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Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design

Design
Resumo

Lara Dias Lima

Não-Lugares Introdução A Uma Antropologia Da Sobremodernidade


Marc Augé

O texto fala sobre a dinâmica entre os lugares e não-lugares na sociedade contemporânea. Enquanto
os lugares servem como identidades e relações sociais, os não-lugares desvinculam as pessoas de suas
identidades habituais. Esses espaços transitórios restringem a identificação, promovendo a solidão e a
uniformidade. Podemos ver Não-Lugares nos aeroportos, estações de trem, shopping centers, espaços
de trânsito onde predominam códigos de comunicação padronizados e ausência de relações sociais
significativas. Já Lugares podem ser representados pelas nossas casas, comunidades locais, espaços
que possuem significado pessoal ou cultural, onde as identidades individuais e as relações sociais se
apoiam, promovem identificação, conexão social e história palpável.
A experiência nos não-lugares é marcada pela atualidade e pela ausência de história tangível. Neles,
predominam os códigos de comunicação, mas há uma desconexão com as identidades individuais,
exceto nos pontos de controle. A sobremodernidade vive no presente constante, onde os não-lugares
são medidos em unidades de tempo.
Esses espaços também refletem o como o local e o global são cada vez mais parecidos, padronizados..
Há uma interação constante entre as imagens e palavras desses espaços e as referências culturais
locais, criando uma espécie de cosmologia universal objetiva.
A sobremodernidade é esse perído pós-moderno, onde as mudanças rápidas, a mistura de culturas e as
pessoas sempre se movimentando, mudam muito a maneira como as pessoas se relacionam, se veem e
vivem no mundo. Ela, através dos não-lugares, desafia a dualidade entre o universal e o local. Esses
espaços sem personalidades próprias são frequentados por indivíduos não identificados, contrastando
com a necessidade humana de identidade e localização.
Marc Augé explora como os lugares que frequentamos impactam quem somos, tanto a nível
individual, quanto em relação aos outros. Ele mostram que lugares não são só espaços físicos, mas
também emocionais e culturais, influenciando nossa identidade e como nos conectamos. Essa reflexão
nos ajuda a compreender melhor como construímos nossa identidade em um mundo cheio de
mudanças e movimentos. Mesmo assim, a análise antropológica desses espaços revela a complexidade
das interações humanas, pois mesmo nos não-lugares há uma experiência compartilhada, uma
comunhão transitória entre estranhos. Esses espaços, embora despersonalizados, também refletem
dinâmicas sociais, interações culturais e até mesmo manifestações de identidade, ainda que
momentâneas.

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