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Matemática

Judson Santos | Annelise Maymone

Vista parcial de Londres, Inglaterra.

MANUAL DO EDUCADOR
FORMAÇÃO CONTINUADA 9
Ensino Fundamental

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Matemática
Judson Santos | Annelise Maymone

Vista parcial de Londres, Inglaterra.

MANUAL DO EDUCADOR
FORMAÇÃO CONTINUADA 9
Ensino Fundamental

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O conteúdo deste livro está adequado à proposta da BNCC,
conforme a Resolução nº 2, de 22 de dezembro de 2017, do
Ministério da Educação.

Matemática Projeto gráfico


9o ano do Ensino Fundamental Amanda Travassos

Judson Santos Capa


Annelise Maymone Adriana Ribeiro
Foto: ako photography - stock.adobe.com
Editor
Lécio Cordeiro Direção de arte
Elto Koltz
Assessor pedagógico
Diogo Rogério Moço da Silva Coordenação editorial
Multi Marcas Editoriais Ltda.
Revisão de texto Rua Neto Campelo Júnior, 37
Porto Textual Mustardinha - Recife / PE
CEP: 50760-330
Editoração eletrônica Fone: (81) 3447.1178
Allegro Digital CNPJ: 00.726.498/0001-74
IE: 0214538-37
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos
direitos dos textos contidos neste livro. A editora pede desculpas
se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em
incluir quaisquer créditos faltantes.

ISBN aluno: 978-65-87997-44-5


ISBN professor: 978-65-87997-58-2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Impresso no Brasil.

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A área de Matemática
O conhecimento matemático é necessário para todos os alu- competências e habilidades de raciocinar, representar, comu-
nos da Educação Básica, seja por sua grande aplicação na socie- nicar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer o
dade contemporânea, seja pelas suas potencialidades na forma- estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de
ção de cidadãos críticos, cientes de suas responsabilidades sociais. problemas em uma variedade de contextos, utilizando concei-
A Matemática não se restringe apenas à quantificação de fenô- tos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas. É tam-
menos determinísticos — contagem, medição de objetos, grande- bém o letramento matemático que assegura aos alunos reco-
zas — e das técnicas de cálculo com os números e com as gran- nhecer que os conhecimentos matemáticos são fundamentais
dezas, pois também estuda a incerteza proveniente de fenôme- para a compreensão e a atuação no mundo e perceber o cará-
nos de caráter aleatório. A Matemática cria sistemas abstratos, ter de jogo intelectual da matemática, como aspecto que favo-
que organizam e inter-relacionam fenômenos do espaço, do movi- rece o desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico, estimula a
mento, das formas e dos números, associados ou não a fenôme- investigação e pode ser prazeroso (fruição).
nos do mundo físico. Esses sistemas contêm ideias e objetos que O desenvolvimento dessas habilidades está intrinsecamen-
são fundamentais para a compreensão de fenômenos, a constru- te relacionado a algumas formas de organização da aprendiza-
ção de representações significativas e argumentações consisten- gem matemática, com base na análise de situações da vida coti-
tes nos mais variados contextos. diana, de outras áreas do conhecimento e da própria Matemá-
Apesar de a Matemática ser, por excelência, uma ciência hipo- tica. Os processos matemáticos de resolução de problemas, de
tético-dedutiva, porque suas demonstrações se apoiam sobre um investigação, de desenvolvimento de projetos e da modelagem
sistema de axiomas e postulados, é de fundamental importância podem ser citados como formas privilegiadas da atividade mate-
também considerar o papel heurístico das experimentações na mática, motivo pelo qual são, ao mesmo tempo, objeto e estraté-
aprendizagem da Matemática. gia para a aprendizagem ao longo de todo o Ensino Fundamen-
No Ensino Fundamental, essa área, por meio da articulação tal. Esses processos de aprendizagem são potencialmente ricos
de seus diversos campos — Aritmética, Álgebra, Geometria, Esta- para o desenvolvimento de competências fundamentais para o
tística e Probabilidade, precisa garantir que os alunos relacionem letramento matemático (raciocínio, representação, comunica-
observações empíricas do mundo real a representações (tabelas, ção e argumentação) e para o desenvolvimento do pensamen-
figuras e esquemas) e associem essas representações a uma ati- to computacional.
vidade matemática (conceitos e propriedades), fazendo induções Considerando esses pressupostos, e em articulação com as
e conjecturas. Assim, espera-se que eles desenvolvam a capacida- competências gerais da BNCC, a área de Matemática e, por con-
de de identificar oportunidades de utilização da matemática para sequência, o componente curricular de Matemática devem garan-
resolver problemas, aplicando conceitos, procedimentos e resul- tir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas.
tados para obter soluções e interpretá-las segundo os contextos

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das situações. A dedução de algumas propriedades e a verificação
de conjecturas, a partir de outras, podem ser estimuladas, sobre-
tudo ao final do Ensino Fundamental.

1
Segundo a Matriz do Pisa 2012, o “letramento matemá-
tico é a capacidade individual de formular, empregar e inter-
pretar a matemática em uma variedade de contextos. Isso
inclui raciocinar matematicamente e utilizar conceitos, pro-
cedimentos, fatos e ferramentas matemáticas para descre-
ver, explicar e predizer fenômenos. Isso auxilia os indivíduos
a reconhecer o papel que a matemática exerce no mundo e
para que cidadãos construtivos, engajados e reflexivos pos-
sam fazer julgamentos bem fundamentados e tomar as deci-
sões necessárias.”. Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/marcos_referenciais/2013/
matriz_avaliacao_matematica.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2017.

O Ensino Fundamental deve ter compromisso com o desen-


volvimento do letramento matemático 1 , definido como as

III

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Competências específicas de Matemática
Matemática para o Ensino
Com base nos recentes documentos curriculares brasileiros,
Fundamental a BNCC leva em conta que os diferentes campos que compõem
a Matemática reúnem um conjunto de ideias fundamentais que
1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto produzem articulações entre eles: equivalência, ordem, propor-
das necessidades e preocupações de diferentes culturas, em cionalidade, interdependência, representação, variação e aproxi-
diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva, que con- mação. Essas ideias fundamentais são importantes para o desen-
tribui para solucionar problemas científicos e tecnológicos e volvimento do pensamento matemático dos alunos e devem se
para alicerçar descobertas e construções, inclusive com impac- converter, na escola, em objetos de conhecimento. A proporcio-
tos no mundo do trabalho. nalidade, por exemplo, deve estar presente no estudo de: ope-
2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a rações com os números naturais; representação fracionária dos
capacidade de produzir argumentos convincentes, recorren- números racionais; áreas; funções; probabilidade etc. Além disso,
do aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar essa noção também se evidencia em muitas ações cotidianas e de
no mundo. outras áreas do conhecimento, como vendas e trocas mercantis,
3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos balanços químicos, representações gráficas etc.
dos diferentes campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Nessa direção, a BNCC propõe cinco unidades temáticas, cor-
Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do relacionadas, que orientam a formulação de habilidades a serem
conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capa- desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental. Cada uma delas
cidade de construir e aplicar conhecimentos matemáticos, pode receber ênfase diferente, a depender do ano de escolarização.
desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de A unidade temática Números tem como finalidade desenvolver
soluções. o pensamento numérico, que implica o conhecimento de manei-
4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e ras de quantificar atributos de objetos e de julgar e interpretar
qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo argumentos baseados em quantidades. No processo da constru-
a investigar, organizar, representar e comunicar informações ção da noção de número, os alunos precisam desenvolver, entre
relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamen- outras, as ideias de aproximação, proporcionalidade, equivalên-
te, produzindo argumentos convincentes. cia e ordem, noções fundamentais da Matemática. Para essa cons-
5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecno- trução, é importante propor, por meio de situações significativas,
logias digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas sucessivas ampliações dos campos numéricos. No estudo desses
cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validan- campos numéricos, devem ser enfatizados registros, usos, signi-
do estratégias e resultados. ficados e operações.
6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluin- No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a expectativa em relação
do-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas a essa temática é de que os alunos resolvam problemas com núme-
com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e ros naturais e números racionais cuja representação decimal é fini-
sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e lingua- ta, envolvendo diferentes significados das operações, argumentem
gens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na lín- e justifiquem os procedimentos utilizados para a resolução e ava-
gua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, liem a plausibilidade dos resultados encontrados. No tocante aos
como fluxogramas, e dados). cálculos, espera-se que os alunos desenvolvam diferentes estraté-
7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, gias para a obtenção dos resultados, sobretudo por estimativa e cál-
questões de urgência social, com base em princípios éticos, culo mental, além de algoritmos e uso de calculadoras.
democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversi- Nessa fase espera-se também o desenvolvimento de habili-
dade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem pre- dades no que se refere à leitura, escrita e ordenação de números
conceitos de qualquer natureza. naturais e números racionais por meio da identificação e com-
8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando preensão de características do sistema de numeração decimal,
coletivamente no planejamento e desenvolvimento de pes- sobretudo o valor posicional dos algarismos. Na perspectiva de
quisas para responder a questionamentos e na busca de solu- que os alunos aprofundem a noção de número, é importante colo-
ções para problemas, de modo a identificar aspectos con- cá-los diante de tarefas, como as que envolvem medições, nas
sensuais ou não na discussão de uma determinada questão, quais os números naturais não são suficientes para resolvê-las,
respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo indicando a necessidade dos números racionais tanto na repre-
com eles. sentação decimal quanto na fracionária.

IV

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Com referência ao Ensino Fundamental – Anos Finais, a expec- Outro aspecto a ser considerado nessa unidade temática é
tativa é a de que os alunos resolvam problemas com números o estudo de conceitos básicos de economia e finanças, visando
naturais, inteiros e racionais, envolvendo as operações funda- à educação financeira dos alunos. Assim, podem ser discutidos
mentais, com seus diferentes significados, e utilizando estraté- assuntos como taxas de juros, inflação, aplicações financeiras (ren-
gias diversas, com compreensão dos processos neles envolvidos. tabilidade e liquidez de um investimento) e impostos. Essa uni-
Para que aprofundem a noção de número, é importante colocá- dade temática favorece um estudo interdisciplinar envolvendo
-los diante de problemas, sobretudo os geométricos, nos quais os as dimensões culturais, sociais, políticas e psicológicas, além da
números racionais não são suficientes para resolvê-los, de modo econômica, sobre as questões do consumo, trabalho e dinheiro.
que eles reconheçam a necessidade de outros números: os irra- É possível, por exemplo, desenvolver um projeto com a História,
cionais. Os alunos devem dominar também o cálculo de porcen- visando ao estudo do dinheiro e sua função na sociedade, da rela-
tagem, porcentagem de porcentagem, juros, descontos e acrésci- ção entre dinheiro e tempo, dos impostos em sociedades diversas,
mos, incluindo o uso de tecnologias digitais. do consumo em diferentes momentos históricos, incluindo estra-
No tocante a esse tema, espera-se que saibam reconhecer, com- tégias atuais de marketing. Essas questões, além de promover o
parar e ordenar números reais, com apoio da relação desses números desenvolvimento de competências pessoais e sociais dos alunos,
com pontos na reta numérica. Cabe ainda destacar que o desenvol- podem se constituir em excelentes contextos para as aplicações
vimento do pensamento numérico não se completa, evidentemente, dos conceitos da Matemática Financeira e também proporcionar
apenas com objetos de estudos descritos na unidade Números. Esse contextos para ampliar e aprofundar esses conceitos.
pensamento é ampliado e aprofundado quando se discutem situa- A unidade temática Álgebra, por sua vez, tem como finalidade
ções que envolvem conteúdos das demais unidades temáticas: Álge- o desenvolvimento de um tipo especial de pensamento — pen-
bra, Geometria, Grandezas e medidas e Probabilidade e estatística. samento algébrico — que é essencial para utilizar modelos mate-
máticos na compreensão, representação e análise de relações
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quantitativas de grandezas e, também, de situações e estruturas


matemáticas, fazendo uso de letras e outros símbolos. Para esse
desenvolvimento, é necessário que os alunos identifiquem regu-
laridades e padrões de sequências numéricas e não numéricas,
estabeleçam leis matemáticas que expressem a relação de inter-
dependência entre grandezas em diferentes contextos, bem como
criar, interpretar e transitar entre as diversas representações grá-
ficas e simbólicas, para resolver problemas por meio de equações
e inequações, com compreensão dos procedimentos utilizados.
As ideias matemáticas fundamentais vinculadas a essa unidade
são: equivalência, variação, interdependência e proporcionalida-
de. Em síntese, essa unidade temática deve enfatizar o desenvol-
vimento de uma linguagem, o estabelecimento de generalizações,
a análise da interdependência de grandezas e a resolução de pro-
blemas por meio de equações ou inequações.
Nessa perspectiva, é imprescindível que algumas dimensões
do trabalho com a álgebra estejam presentes nos processos de
ensino e aprendizagem desde o Ensino Fundamental – Anos Ini-
ciais, como as ideias de regularidade, generalização de padrões e
propriedades da igualdade. No entanto, nessa fase, não se pro-
põe o uso de letras para expressar regularidades, por mais sim-
ples que sejam. A relação dessa unidade temática com a de Núme-
ros é bastante evidente no trabalho com sequências (recursivas
e repetitivas), seja na ação de completar uma sequência com ele-
mentos ausentes, seja na construção de sequências segundo uma
determinada regra de formação.
A relação de equivalência pode ter seu início com atividades
simples, envolvendo a igualdade, como reconhecer que se 2 + 3
= 5 e 5 = 4 + 1, então 2 + 3 = 4 + 1. Atividades como essa con-
tribuem para a compreensão de que o sinal de igualdade não é

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apenas a indicação de uma operação a ser feita. A noção intuitiva Outro aspecto a ser considerado é que a aprendizagem de
de função pode ser explorada por meio da resolução de proble- Álgebra, como também aquelas relacionadas a outros campos da
mas envolvendo a variação proporcional direta entre duas gran- Matemática (Números, Geometria e Probabilidade e estatística),
dezas (sem utilizar a regra de três), como: “Se com duas medidas podem contribuir para o desenvolvimento do pensamento com-
de suco concentrado eu obtenho três litros de refresco, quantas putacional dos alunos, tendo em vista que eles precisam ser capa-
medidas desse suco concentrado eu preciso para ter doze litros zes de traduzir uma situação dada em outras linguagens, como
de refresco?”. transformar situações-problema, apresentadas em língua mater-
No Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudos de Álgebra na, em fórmulas, tabelas e gráficos e vice-versa.
retomam, aprofundam e ampliam o que foi trabalhado no Ensino Associado ao pensamento computacional, cumpre salientar a
Fundamental – Anos Iniciais. Nessa fase, os alunos devem com- importância dos algoritmos e de seus fluxogramas, que podem
preender os diferentes significados das variáveis numéricas em ser objetos de estudo nas aulas de Matemática. Um algoritmo é
uma expressão, estabelecer uma generalização de uma proprie- uma sequência finita de procedimentos que permite resolver um
dade, investigar a regularidade de uma sequência numérica, indi- determinado problema. Assim, o algoritmo é a decomposição de
car um valor desconhecido em uma sentença algébrica e estabe- um procedimento complexo em suas partes mais simples, rela-
lecer a variação entre duas grandezas. É necessário, portanto, que cionando-as e ordenando-as, e pode ser representado grafica-
os alunos estabeleçam conexões entre variável e função e entre mente por um fluxograma. A linguagem algorítmica tem pontos
incógnita e equação. As técnicas de resolução de equações e ine- em comum com a linguagem algébrica, sobretudo em relação ao
quações, inclusive no plano cartesiano, devem ser desenvolvidas conceito de variável. Outra habilidade relativa à álgebra que man-
como uma maneira de representar e resolver determinados tipos tém estreita relação com o pensamento computacional é a iden-
de problema, e não como objetos de estudo em si mesmos. tificação de padrões para se estabelecer generalizações, proprie-
dades e algoritmos.
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A Geometria envolve o estudo de um amplo conjunto de con-


ceitos e procedimentos necessários para resolver problemas do
mundo físico e de diferentes áreas do conhecimento. Assim, nessa
unidade temática, estudar posição e deslocamentos no espaço,
formas e relações entre elementos de figuras planas e espaciais
pode desenvolver o pensamento geométrico dos alunos. Esse pen-
samento é necessário para investigar propriedades, fazer conjec-
turas e produzir argumentos geométricos convincentes. É impor-
tante, também, considerar o aspecto funcional que deve estar pre-
sente no estudo da Geometria: as transformações geométricas,
sobretudo as simetrias. As ideias matemáticas fundamentais asso-
ciadas a essa temática são, principalmente, construção, represen-
tação e interdependência.
No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, espera-se que os alunos
identifiquem e estabeleçam pontos de referência para a localização
e o deslocamento de objetos, construam representações de espa-
ços conhecidos e estimem distâncias, usando, como suporte, mapas
(em papel, tablets ou smartphones), croquis e outras representações.
Em relação às formas, espera-se que os alunos indiquem caracte-
rísticas das formas geométricas tridimensionais e bidimensionais,
associem figuras espaciais a suas planificações e vice-versa. Espe-
ra-se, também, que nomeiem e comparem polígonos, por meio de
propriedades relativas aos lados, vértices e ângulos. O estudo das
simetrias deve ser iniciado por meio da manipulação de represen-
tações de figuras geométricas planas em quadriculados ou no plano
cartesiano, e com recurso de softwares de geometria dinâmica.
No Ensino Fundamental – Anos Finais, o ensino de Geometria
precisa ser visto como consolidação e ampliação das aprendiza-
gens realizadas. Nessa etapa, devem ser enfatizadas também as
tarefas que analisam e produzem transformações e ampliações/

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reduções de figuras geométricas planas, identificando seus ele- situações de compra e venda e desenvolvam, por exemplo, atitu-
mentos variantes e invariantes, de modo a desenvolver os con- des éticas e responsáveis em relação ao consumo. Sugere-se que
ceitos de congruência e semelhança. Esses conceitos devem ter esse processo seja iniciado utilizando, preferencialmente, unida-
destaque nessa fase do Ensino Fundamental, de modo que os des não convencionais para fazer as comparações e medições, o
alunos sejam capazes de reconhecer as condições necessárias e que dá sentido à ação de medir, evitando a ênfase em procedi-
suficientes para obter triângulos congruentes ou semelhantes e mentos de transformação de unidades convencionais. No entan-
que saibam aplicar esse conhecimento para realizar demonstra- to, é preciso considerar o contexto em que a escola se encontra:
ções simples, contribuindo para a formação de um tipo de racio- em escolas de regiões agrícolas, por exemplo, as medidas agrá-
cínio importante para a Matemática, o raciocínio hipotético-dedu- rias podem merecer maior atenção em sala de aula.
tivo. Outro ponto a ser destacado é a aproximação da Álgebra No Ensino Fundamental – Anos Finais, a expectativa é a de que
com a Geometria, desde o início do estudo do plano cartesiano, os alunos reconheçam comprimento, área, volume e abertura de
por meio da geometria analítica. As atividades envolvendo a ideia ângulo como grandezas associadas a figuras geométricas e que
de coordenadas, já iniciadas no Ensino Fundamental – Anos Ini- consigam resolver problemas envolvendo essas grandezas com o
ciais, podem ser ampliadas para o contexto das representações uso de unidades de medida padronizadas mais usuais. Além disso,
no plano cartesiano, como a representação de sistemas de equa- espera-se que estabeleçam e utilizem relações entre essas grande-
ções do 1º grau, articulando, para isso, conhecimentos decorren- zas e entre elas e grandezas não geométricas, para estudar gran-
tes da ampliação dos conjuntos numéricos e de suas representa- dezas derivadas como densidade, velocidade, energia, potência,
ções na reta numérica. entre outras. Nessa fase da escolaridade, os alunos devem deter-
Assim, a Geometria não pode ficar reduzida à mera aplica- minar expressões de cálculo de áreas de quadriláteros, triângulos
ção de fórmulas de cálculo de área e de volume nem a aplicações e círculos, e as de volumes de prismas e de cilindros. Outro ponto
numéricas imediatas de teoremas sobre relações de proporcio- a ser destacado refere-se à introdução de medidas de capacidade
nalidade em situações relativas a feixes de retas paralelas corta-

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das por retas secantes ou do teorema de Pitágoras. A equivalên-
cia de áreas, por exemplo, já praticada há milhares de anos pelos
mesopotâmios e gregos antigos sem utilizar fórmulas, permite
transformar qualquer região poligonal plana em um quadrado
com mesma área (é o que os gregos chamavam “fazer a quadra-
tura de uma figura”). Isso permite, inclusive, resolver geometri-
camente problemas que podem ser traduzidos por uma equa-
ção do 2º grau.
As medidas quantificam grandezas do mundo físico e são fun-
damentais para a compreensão da realidade. Assim, a unidade
temática Grandezas e medidas, ao propor o estudo das medidas
e das relações entre elas — ou seja, das relações métricas —, favo-
rece a integração da Matemática a outras áreas de conhecimento,
como Ciências (densidade, grandezas e escalas do Sistema Solar,
energia elétrica etc.) ou Geografia (coordenadas geográficas, den-
sidade demográfica, escalas de mapas e guias etc.). Essa unida-
de temática contribui ainda para a consolidação e ampliação da
noção de número, a aplicação de noções geométricas e a cons-
trução do pensamento algébrico.
No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a expectativa é que os
alunos reconheçam que medir é comparar uma grandeza com
uma unidade e expressar o resultado da comparação por meio
de um número. Além disso, devem resolver problemas oriundos
de situações cotidianas que envolvem grandezas como compri-
mento, massa, tempo, temperatura, área (de triângulos e retân-
gulos) e capacidade e volume (de sólidos formados por blocos
retangulares), sem uso de fórmulas, recorrendo, quando neces-
sário, a transformações entre unidades de medida padronizadas
mais usuais. Espera-se, também, que resolvam problemas sobre

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de armazenamento de computadores como grandeza associa- No Ensino Fundamental – Anos Finais, a expectativa é que os alu-
da a demandas da sociedade moderna. Nesse caso, é importan- nos saibam planejar e construir relatórios de pesquisas estatísti-
te destacar o fato de que os prefixos utilizados para byte (quilo, cas descritivas, incluindo medidas de tendência central e constru-
mega, giga) não estão associados ao sistema de numeração deci- ção de tabelas e diversos tipos de gráfico. Esse planejamento inclui
mal, de base 10, pois um quilobyte, por exemplo, corresponde a a definição de questões relevantes e da população a ser pesquisa-
1.024 bytes, e não a 1.000 bytes. da, a decisão sobre a necessidade ou não de usar amostra e, quan-
A incerteza e o tratamento de dados são estudados na unidade do for o caso, a seleção de seus elementos por meio de uma ade-
temática Probabilidade e estatística. Ela propõe a abordagem de quada técnica de amostragem.
conceitos, fatos e procedimentos presentes em muitas situações- Cumpre destacar que os critérios de organização das habili-
-problema da vida cotidiana, das ciências e da tecnologia. Assim, dades na BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento
todos os cidadãos precisam desenvolver habilidades para coletar, aos quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em uni-
organizar, representar, interpretar e analisar dados em uma varie- dades temáticas) expressam um arranjo possível (dentre outros).
dade de contextos, de maneira a fazer julgamentos bem funda- Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser tomados
mentados e tomar as decisões adequadas. Isso inclui raciocinar e como modelo obrigatório para o desenho dos currículos. Essa
utilizar conceitos, representações e índices estatísticos para des- divisão em unidades temáticas serve tão somente para facilitar
crever, explicar e predizer fenômenos. a compreensão dos conjuntos de habilidades e de como eles se
Merece destaque o uso de tecnologias — como calculadoras, inter-relacionam. Na elaboração dos currículos e das propostas
para avaliar e comparar resultados, e planilhas eletrônicas, que pedagógicas, devem ser enfatizadas as articulações das habilida-
ajudam na construção de gráficos e nos cálculos das medidas de des com as de outras áreas do conhecimento, entre as unidades
tendência central. A consulta a páginas de institutos de pesquisa temáticas e no interior de cada uma delas.
— como a do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Na definição das habilidades, a progressão ano a ano se baseia
— pode oferecer contextos potencialmente ricos não apenas para na compreensão e utilização de novas ferramentas e também na
aprender conceitos e procedimentos estatísticos, mas também complexidade das situações-problema propostas, cuja resolução
para utilizá-los com o intuito de compreender a realidade. exige a execução de mais etapas ou noções de unidades temáticas
No que concerne ao estudo de noções de probabilidade, a distintas. Os problemas de contagem, por exemplo, devem, inicial-
finalidade, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, é promover a mente, estar restritos àqueles cujas soluções podem ser obtidas
compreensão de que nem todos os fenômenos são determinís- pela descrição de todos os casos possíveis, mediante a utilização
ticos. Para isso, o início da proposta de trabalho com probabili- de esquemas ou diagramas, e, posteriormente, àqueles cuja reso-
dade está centrado no desenvolvimento da noção de aleatorie- lução depende da aplicação dos princípios multiplicativo e aditivo
dade, de modo que os alunos compreendam que há eventos cer- e do princípio da casa dos pombos. Outro exemplo é o da resolu-
tos, eventos impossíveis e eventos prováveis. É muito comum que ção de problemas envolvendo as operações fundamentais, utili-
pessoas julguem impossíveis eventos que nunca viram acontecer. zando ou não a linguagem algébrica.
Nessa fase, é importante que os alunos verbalizem, em eventos

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que envolvem o acaso, os resultados que poderiam ter aconteci-
do em oposição ao que realmente aconteceu, iniciando a cons-
trução do espaço amostral. No Ensino Fundamental – Anos Finais,
o estudo deve ser ampliado e aprofundado, por meio de ativida-
des nas quais os alunos façam experimentos aleatórios e simula-
ções para confrontar os resultados obtidos com a probabilidade
teórica — probabilidade frequentista. A progressão dos conheci-
mentos se faz pelo aprimoramento da capacidade de enumera-
ção dos elementos do espaço amostral, que está associada, tam-
bém, aos problemas de contagem.
Com relação à estatística, os primeiros passos envolvem o tra-
balho com a coleta e a organização de dados de uma pesquisa de
interesse dos alunos. O planejamento de como fazer a pesquisa
ajuda a compreender o papel da estatística no cotidiano dos alu-
nos. Assim, a leitura, a interpretação e a construção de tabelas e
gráficos têm papel fundamental, bem como a forma de produção
de texto escrito para a comunicação de dados, pois é preciso com-
preender que o texto deve sintetizar ou justificar as conclusões.

VIII

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Matemática no Ensino Fundamental – Anos Finais: unidades
temáticas, objetos de conhecimento e habilidades
Para o desenvolvimento das habilidades previstas para o Ensi- das possíveis articulações entre as habilidades indicadas para as
no Fundamental – Anos Finais, é imprescindível levar em conta diferentes temáticas. Entretanto, recomenda-se que se faça tam-
as experiências e os conhecimentos matemáticos já vivenciados bém uma leitura (vertical) de cada unidade temática, do 6º ao 9º ano,
pelos alunos, criando situações nas quais possam fazer observa- com a finalidade de identificar como foi estabelecida a progressão
ções sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da rea- das habilidades. Essa maneira é conveniente para comparar as habi-
lidade, estabelecendo inter-relações entre eles e desenvolvendo lidades de um dado tema a ser efetivadas em um dado ano escolar
ideias mais complexas. Essas situações precisam articular múl- com as aprendizagens propostas em anos anteriores também para
tiplos aspectos dos diferentes conteúdos, visando ao desenvol- reconhecer em que medida elas se articulam com as indicadas para
vimento das ideias fundamentais da matemática, como equiva- os anos posteriores, tendo em vista que as noções matemáticas são
lência, ordem, proporcionalidade, variação e interdependência. retomadas ano a ano, com ampliação e aprofundamento crescentes.
Da mesma forma que na fase anterior, a aprendizagem em Cumpre também considerar que, para a aprendizagem de
Matemática no Ensino Fundamental – Anos Finais também está certo conceito ou procedimento, é fundamental haver um con-
intrinsecamente relacionada à apreensão de significados dos obje- texto significativo para os alunos, não necessariamente do coti-
tos matemáticos. Esses significados resultam das conexões que os diano, mas também de outras áreas do conhecimento e da pró-
alunos estabelecem entre os objetos e seu cotidiano, entre eles e pria história da Matemática. No entanto, é necessário que eles
os diferentes temas matemáticos e, por fim, entre eles e os demais desenvolvam a capacidade de abstrair o contexto, apreenden-
componentes curriculares. Nessa fase, precisa ser destacada a do relações e significados, para aplicá-los em outros contextos.
importância da comunicação em linguagem matemática com o Para favorecer essa abstração, é importante que os alunos ree-
uso da linguagem simbólica, da representação e da argumentação. laborem os problemas propostos após os terem resolvido. Por
Além dos diferentes recursos didáticos e materiais, como esse motivo, nas diversas habilidades relativas à resolução de
malhas quadriculadas, ábacos, jogos, calculadoras, planilhas problemas, consta também a elaboração de problemas. Assim,
eletrônicas e softwares de geometria dinâmica, é importante pretende-se que os alunos formulem novos problemas, basean-
incluir a história da Matemática como recurso que pode des- do-se na reflexão e no questionamento sobre o que ocorreria se
pertar interesse e representar um contexto significativo para alguma condição fosse modificada ou se algum dado fosse acres-
aprender e ensinar Matemática. Entretanto, esses recursos e centado ou retirado do problema proposto.
materiais precisam estar integrados a situações que propiciem Além disso, nessa fase final do Ensino Fundamental, é impor-
a reflexão, contribuindo para a sistematização e a formalização tante iniciar os alunos, gradativamente, na compreensão, análise
dos conceitos matemáticos. e avaliação da argumentação matemática. Isso envolve a leitura
A leitura dos objetos de conhecimento e das habilidades essen- de textos matemáticos e o desenvolvimento do senso crítico em
ciais de cada ano nas cinco unidades temáticas permite uma visão relação à argumentação neles utilizada.
William Perugini/Shutterstock.com

IX

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Matemática 6º ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento

Sistema de numeração decimal: características,


leitura, escrita e comparação de números naturais e de números racionais representados na for-
ma decimal

Operações (adição, subtração, multiplicação,


divisão e potenciação) com números naturais
Divisão euclidiana

Fluxograma para determinar a paridade de um número natural


Múltiplos e divisores de um número natural
Números primos e compostos

Números

Frações: significados (parte/todo, quociente),


equivalência, comparação, adição e subtração; cálculo da fração de um número natural; adição e
subtração de frações

Operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação) com números racionais

Aproximação de números para múltiplos de potências de 10

Cálculo de porcentagens por meio de estratégias diversas, sem fazer uso da “regra de três”

Propriedades da igualdade

Álgebra
Problemas que tratam da partição de um todo em duas partes desiguais, envolvendo razões entre
as partes e entre uma das partes e o todo

Plano cartesiano: associação dos vértices de um polígono a pares ordenados

Prismas e pirâmides: planificações e relações entre seus elementos (vértices, faces e arestas)
Geometria

Polígonos: classificações quanto ao número de vértices, às medidas de lados e ângulos e ao para-


lelismo e perpendicularismo dos lados

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Habilidades

(EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, fazendo
uso da reta numérica.

(EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e di-
ferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posicional e função do zero), utilizan-
do, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal.

(EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números na-
turais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora.

(EF06MA04) Construir algoritmo em linguagem natural e representá-lo por fluxograma que indique a resolução de um problema sim-
ples (por exemplo, se um número natural qualquer é par).
(EF06MA05) Classificar números naturais em primos e compostos, estabelecer relações entre números, expressas pelos termos “é
múltiplo de”, “é divisor de”, “é fator de”, e estabelecer, por meio de investigações, critérios de divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10,
100 e 1000.
(EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor.

(EF06MA07) Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, identifi-
cando frações equivalentes.
(EF06MA08) Reconhecer que os números racionais positivos podem ser expressos nas formas fracionária e decimal, estabelecer re-
lações entre essas representações, passando de uma representação para outra, e relacioná-los a pontos na reta numérica.
(EF06MA09) Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo da fração de uma quantidade e cujo resultado seja um número
natural, com e sem uso de calculadora.
(EF06MA10) Resolver e elaborar problemas que envolvam adição ou subtração com números racionais positivos na representação
fracionária.

(EF06MA11) Resolver e elaborar problemas com números racionais positivos na representação decimal, envolvendo as quatro ope-
rações fundamentais e a potenciação, por meio de estratégias diversas, utilizando estimativas e arredondamentos para verificar a ra-
zoabilidade de respostas, com e sem uso de calculadora.

(EF06MA12) Fazer estimativas de quantidades e aproximar números para múltiplos da potência de 10 mais próxima.

(EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “re-
gra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros.

(EF06MA14) Reconhecer que a relação de igualdade matemática não se altera ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir os seus dois
membros por um mesmo número e utilizar essa noção para determinar valores desconhecidos na resolução de problemas.

(EF06MA15) Resolver e elaborar problemas que envolvam a partilha de uma quantidade em duas partes desiguais, envolvendo re-
lações aditivas e multiplicativas, bem como a razão entre as partes e entre uma das partes e o todo.

(EF06MA16) Associar pares ordenados de números a pontos do plano cartesiano do 1º quadrante, em situações como a localização
dos vértices de um polígono.

(EF06MA17) Quantificar e estabelecer relações entre o número de vértices, faces e arestas de prismas e pirâmides, em função do
seu polígono da base, para resolver problemas e desenvolver a percepção espacial.

(EF06MA18) Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando lados, vértices e ângulos, e classificá-los em regulares e não
regulares, tanto em suas representações no plano como em faces de poliedros.
(EF06MA19) Identificar características dos triângulos e classificá-los em relação às medidas dos lados e dos ângulos.
(EF06MA20) Identificar características dos quadriláteros, classificá-los em relação a lados e a ângulos e reconhecer a inclusão e a
intersecção de classes entre eles.

XI

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Construção de figuras semelhantes: ampliação e redução de figuras planas em malhas
quadriculadas

Construção de retas paralelas e perpendiculares, fazendo uso de réguas, esquadros e softwares

Problemas sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, tempera-
tura, área, capacidade e volume

Ângulos: noção, usos e medida


Grandezas e medidas

Plantas baixas e vistas aéreas

Perímetro de um quadrado como grandeza proporcional à medida do lado

Cálculo de probabilidade como a razão entre o número de resultados favoráveis e o total de re-
sultados possíveis em um espaço amostral equiprovável

Cálculo de probabilidade por meio de muitas repetições de um experimento (frequências de


ocorrências e probabilidade frequentista)

Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referen-
tes a variáveis categóricas e variáveis numéricas
Probabilidade e estatística

Coleta de dados, organização e registro

Construção de diferentes tipos de gráficos para representá-los e interpretação das informações

Diferentes tipos de representação de informações: gráficos e fluxogramas

Matemática 7º ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento

Múltiplos e divisores de um número natural

Cálculo de porcentagens e de acréscimos e decréscimos simples


Números

Números inteiros: usos, história, ordenação, associação com pontos da reta numérica e
operações

XII

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(EF06MA21) Construir figuras planas semelhantes em situações de ampliação e de redução, com o uso de malhas quadriculadas, pla-
no cartesiano ou tecnologias digitais.
(EF06MA22) Utilizar instrumentos, como réguas e esquadros, ou softwares para representações de retas paralelas e perpendiculares e
construção de quadriláteros, entre outros.
(EF06MA23) Construir algoritmo para resolver situações passo a passo (como na construção de dobraduras ou na indicação de deslo-
camento de um objeto no plano segundo pontos de referência e distâncias fornecidas etc.).

(EF06MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e
retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em
contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento.

(EF06MA25) Reconhecer a abertura do ângulo como grandeza associada às figuras geométricas.

(EF06MA26) Resolver problemas que envolvam a noção de ângulo em diferentes contextos e em situações reais, como ângulo de visão.

(EF06MA27) Determinar medidas da abertura de ângulos, por meio de transferidor e/ou tecnologias digitais.

(EF06MA28) Interpretar, descrever e desenhar plantas baixas simples de residências e vistas aéreas.

(EF06MA29) Analisar e descrever mudanças que ocorrem no perímetro e na área de um quadrado ao se ampliarem ou reduzirem, igual-
mente, as medidas de seus lados, para compreender que o perímetro é proporcional à medida do lado, o que não ocorre com a área.

(EF06MA30) Calcular a probabilidade de um evento aleatório, expressando-a por número racional (forma fracionária, decimal e percen-
tual) e comparar esse número com a probabilidade obtida por meio de experimentos sucessivos.

(EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em diferen-
tes tipos de gráfico.
(EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito,
consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com
o objetivo de sintetizar conclusões.

(EF06MA33) Planejar e coletar dados de pesquisa referente a práticas sociais escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrônicas
para registro, representação e interpretação das informações, em tabelas, vários tipos de gráficos e texto.

(EF06MA34) Interpretar e desenvolver fluxogramas simples, identificando as relações entre os objetos representados (por exemplo, posi-
ção de cidades considerando as estradas que as unem, hierarquia dos funcionários de uma empresa etc.).

Habilidades

(EF07MA01) Resolver e elaborar problemas com números naturais, envolvendo as noções de divisor e de múltiplo, podendo incluir má-
ximo divisor comum ou mínimo múltiplo comum, por meio de estratégias diversas, sem a aplicação de algoritmos.

(EF07MA02) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, como os que lidam com acréscimos e decréscimos simples,
utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, no contexto de educação financeira, entre outros.

(EF07MA03) Comparar e ordenar números inteiros em diferentes contextos, incluindo o histórico, associá-los a pontos da reta numéri-
ca e utilizá-los em situações que envolvam adição e subtração.

(EF07MA04) Resolver e elaborar problemas que envolvam operações com números inteiros.

XIII

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Fração e seus significados: como parte de inteiros, resultado da divisão, razão e operador

Números

Números racionais na representação fracionária e na decimal: usos, ordenação e associação


com pontos da reta numérica e operações

Linguagem algébrica: variável e incógnita

Álgebra Equivalência de expressões algébricas: identificação da regularidade de uma sequência


numérica

Problemas envolvendo grandezas diretamente


proporcionais e grandezas inversamente
proporcionais

Equações polinomiais do 1º grau

Transformações geométricas de polígonos no plano cartesiano: multiplicação das coordenadas


por um número inteiro e obtenção de simétricos em relação aos eixos e à origem

Simetrias de translação, rotação e reflexão

A circunferência como lugar geométrico

Relações entre os ângulos formados por retas paralelas intersectadas por uma transversal
Geometria

Triângulos: construção, condição de existência e soma das medidas dos ângulos internos

Polígonos regulares: quadrado e triângulo equilátero

Grandezas e medidas Problemas envolvendo medições

XIV

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(EF07MA05) Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
(EF07MA06) Reconhecer que as resoluções de um grupo de problemas que têm a mesma estrutura podem ser obtidas utilizando os
mesmos procedimentos.
(EF07MA07) Representar por meio de um fluxograma os passos utilizados para resolver um grupo de problemas.
(EF07MA08) Comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros, resultado da divisão, razão e operador.
(EF07MA09) Utilizar, na resolução de problemas, a associação entre razão e fração, como a fração 2/3 para expressar a razão de duas
partes de uma grandeza para três partes da mesma ou três partes de outra grandeza.

(EF07MA10) Comparar e ordenar números racionais em diferentes contextos e associá-los a pontos da reta numérica.
(EF07MA11) Compreender e utilizar a multiplicação e a divisão de números racionais, a relação entre elas e suas propriedades
operatórias.
(EF07MA12) Resolver e elaborar problemas que envolvam as operações com números racionais.

(EF07MA13) Compreender a ideia de variável, representada por letra ou símbolo, para expressar relação entre duas grandezas, dife-
renciando-a da ideia de incógnita.
(EF07MA14) Classificar sequências em recursivas e não recursivas, reconhecendo que o conceito de recursão está presente não ape-
nas na matemática, mas também nas artes e na literatura.
(EF07MA15) Utilizar a simbologia algébrica para expressar regularidades encontradas em sequências numéricas.

(EF07MA16) Reconhecer se duas expressões algébricas obtidas para descrever a regularidade de uma mesma sequência numérica
são ou não equivalentes.

(EF07MA17) Resolver e elaborar problemas que envolvam variação de proporcionalidade direta e de proporcionalidade inversa entre
duas grandezas, utilizando sentença algébrica para expressar a relação entre elas.

(EF07MA18) Resolver e elaborar problemas que possam ser representados por equações polinomiais de 1º grau, redutíveis à forma ax
+ b = c, fazendo uso das propriedades da igualdade.

(EF07MA19) Realizar transformações de polígonos representados no plano cartesiano, decorrentes da multiplicação das coordenadas
de seus vértices por um número inteiro.
(EF07MA20) Reconhecer e representar, no plano cartesiano, o simétrico de figuras em relação aos eixos e à origem.

(EF07MA21) Reconhecer e construir figuras obtidas por simetrias de translação, rotação e reflexão, usando instrumentos de desenho
ou softwares de geometria dinâmica e vincular esse estudo a representações planas de obras de arte, elementos arquitetônicos, entre
outros.

(EF07MA22) Construir circunferências, utilizando compasso, reconhecê-las como lugar geométrico e utilizá-las para fazer composições
artísticas e resolver problemas que envolvam objetos equidistantes.

(EF07MA23) Verificar relações entre os ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma transversal, com e sem uso de softwa-
res de geometria dinâmica.

(EF07MA24) Construir triângulos, usando régua e compasso, reconhecer a condição de existência do triângulo quanto à medida dos la-
dos e verificar que a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180°.
(EF07MA25) Reconhecer a rigidez geométrica dos triângulos e suas aplicações, como na construção de estruturas arquitetônicas (te-
lhados, estruturas metálicas e outras) ou nas artes plásticas.
(EF07MA26) Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um algoritmo para a construção de um triângulo qualquer, conheci-
das as medidas dos três lados.

(EF07MA27) Calcular medidas de ângulos internos de polígonos regulares, sem o uso de fórmulas, e estabelecer relações entre ângu-
los internos e externos de polígonos, preferencialmente vinculadas à construção de mosaicos e de ladrilhamentos.
(EF07MA28) Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um algoritmo para a construção de um polígono regular (como qua-
drado e triângulo equilátero), conhecida a medida de seu lado.

(EF07MA29) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de grandezas inseridos em contextos oriundos de situações coti-
dianas ou de outras áreas do conhecimento, reconhecendo que toda medida empírica é aproximada.

XV

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Cálculo de volume de blocos retangulares, utilizando unidades de medida convencionais mais
usuais

Equivalência de área de figuras planas: cálculo de áreas de figuras que podem ser decompos-
tas por outras, cujas áreas podem ser facilmente determinadas como triângulos e quadriláteros

Medida do comprimento da circunferência

Experimentos aleatórios: espaço amostral e estimativa de probabilidade por meio de frequên-


cia de ocorrências

Estatística: média e amplitude de um conjunto de dados

Probabilidade e estatística Pesquisa amostral e pesquisa censitária

Planejamento de pesquisa, coleta e organização dos dados, construção de tabelas e gráficos e


interpretação das informações

Gráficos de setores: interpretação, pertinência e construção para representar conjunto de dados

Matemática 8º ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento

Notação científica

Potenciação e radiciação
Números
O princípio multiplicativo da contagem

Porcentagens

Dízimas periódicas: fração geratriz

Valor numérico de expressões algébricas

Associação de uma equação linear de 1º grau a uma reta no plano cartesiano

Sistema de equações polinomiais de 1º grau: resolução algébrica e representação no plano


cartesiano

Equação polinomial de 2º grau do tipo ax2 = b

Álgebra

Sequências recursivas e não recursivas

Variação de grandezas: diretamente proporcionais, inversamente proporcionais ou não


proporcionais

XVI

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(EF07MA30) Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida do volume de blocos retangulares, envolvendo as unidades usuais
(metro cúbico, decímetro cúbico e centímetro cúbico).

(EF07MA31) Estabelecer expressões de cálculo de área de triângulos e de quadriláteros.


(EF07MA32) Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida de área de figuras planas que podem ser decompostas por quadra-
dos, retângulos e/ou triângulos, utilizando a equivalência entre áreas.

(EF07MA33) Estabelecer o número p como a razão entre a medida de uma circunferência e seu diâmetro, para compreender e resolver
problemas, inclusive os de natureza histórica.

(EF07MA34) Planejar e realizar experimentos aleatórios ou simulações que envolvem cálculo de probabilidades ou estimativas por meio
de frequência de ocorrências.

(EF07MA35) Compreender, em contextos significativos, o significado de média estatística como indicador da tendência de uma pesqui-
sa, calcular seu valor e relacioná-lo, intuitivamente, com a amplitude do conjunto de dados.

(EF07MA36) Planejar e realizar pesquisa envolvendo tema da realidade social, identificando a necessidade de ser censitária ou de usar
amostra, e interpretar os dados para comunicá-los por meio de relatório escrito, tabelas e gráficos, com o apoio de planilhas eletrônicas.

(EF07MA37) Interpretar e analisar dados apresentados em gráfico de setores divulgados pela mídia e compreender quando é possível
ou conveniente sua utilização.

Habilidades

(EF08MA01) Efetuar cálculos com potências de expoentes inteiros e aplicar esse conhecimento na representação de números em no-
tação científica.

(EF08MA02) Resolver e elaborar problemas usando a relação entre potenciação e radiciação, para representar uma raiz como potên-
cia de expoente fracionário.

(EF08MA03) Resolver e elaborar problemas de contagem cuja resolução envolva a aplicação do princípio multiplicativo.

(EF08MA04) Resolver e elaborar problemas, envolvendo cálculo de porcentagens, incluindo o uso de tecnologias digitais.

(EF08MA05) Reconhecer e utilizar procedimentos para a obtenção de uma fração geratriz para uma dízima periódica.

(EF08MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculo do valor numérico de expressões algébricas, utilizando as proprie-
dades das operações.

(EF08MA07) Associar uma equação linear de 1º grau com duas incógnitas a uma reta no plano cartesiano.

(EF08MA08) Resolver e elaborar problemas relacionados ao seu contexto próximo, que possam ser representados por sistemas de
equações de 1º grau com duas incógnitas e interpretá-los, utilizando, inclusive, o plano cartesiano como recurso.

(EF08MA09) Resolver e elaborar, com e sem uso de tecnologias, problemas que possam ser representados por equações polinomiais
de 2º grau do tipo ax2 = b.

(EF08MA10) Identificar a regularidade de uma sequência numérica ou figural não recursiva e construir um algoritmo por meio de um flu-
xograma que permita indicar os números ou as figuras seguintes.
(EF08MA11) Identificar a regularidade de uma sequência numérica recursiva e construir um algoritmo por meio de um fluxograma que
permita indicar os números seguintes.

(EF08MA12) Identificar a natureza da variação de duas grandezas, diretamente, inversamente proporcionais ou não proporcionais, ex-
pressando a relação existente por meio de sentença algébrica e representá-la no plano cartesiano.
(EF08MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam grandezas diretamente ou inversamente proporcionais, por meio de estra-
tégias variadas.

XVII

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Congruência de triângulos e demonstrações de propriedades de quadriláteros

Construções geométricas: ângulos de 90°, 60°, 45° e 30° e polígonos regulares


Geometria

Mediatriz e bissetriz como lugares geométricos: construção e problemas

Transformações geométricas: simetrias de translação, reflexão e rotação

Área de figuras planas

Área do círculo e comprimento de sua circunferência


Grandezas e medidas
Volume de cilindro reto

Medidas de capacidade

Princípio multiplicativo da contagem


Soma das probabilidades de todos os elementos de um espaço amostral

Gráficos de barras, colunas, linhas ou setores e seus elementos constitutivos e adequação para
determinado conjunto de dados

Organização dos dados de uma variável contínua em classes

Probabilidade e estatística
Medidas de tendência central e de dispersão

Pesquisas censitária ou amostral

Planejamento e execução de pesquisa amostral

Matemática 9º ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento

Necessidade dos números reais para medir qualquer segmento de reta

Números irracionais: reconhecimento e localização de alguns na reta numérica

Números Potências com expoentes negativos e fracionários

Números reais: notação científica e problemas

Porcentagens: problemas que envolvem cálculo de percentuais sucessivos

XVIII

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(EF08MA14) Demonstrar propriedades de quadriláteros por meio da identificação da congruência de triângulos.

(EF08MA15) Construir, utilizando instrumentos de desenho ou softwares de geometria dinâmica, mediatriz, bissetriz, ângulos de 90°,
60°, 45° e 30° e polígonos regulares.
(EF08MA16) Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um algoritmo para a construção de um hexágono regular de qualquer
área, a partir da medida do ângulo central e da utilização de esquadros e compasso.

(EF08MA17) Aplicar os conceitos de mediatriz e bissetriz como lugares geométricos na resolução de problemas.

(EF08MA18) Reconhecer e construir figuras obtidas por composições de transformações geométricas (translação, reflexão e rotação),
com o uso de instrumentos de desenho ou de softwares de geometria dinâmica.

(EF08MA19) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de área de figuras geométricas, utilizando expressões de cálculo
de área (quadriláteros, triângulos e círculos), em situações como determinar medida de terrenos.

(EF08MA20) Reconhecer a relação entre um litro e um decímetro cúbico e a relação entre litro e metro cúbico, para resolver problemas
de cálculo de capacidade de recipientes.
(EF08MA21) Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo do volume de recipiente cujo formato é o de um bloco retangular.

(EF08MA22) Calcular a probabilidade de eventos, com base na construção do espaço amostral, utilizando o princípio multiplicativo, e
reconhecer que a soma das probabilidades de todos os elementos do espaço amostral é igual a 1.

(EF08MA23) Avaliar a adequação de diferentes tipos de gráficos para representar um conjunto de dados de uma pesquisa.

(EF08MA24) Classificar as frequências de uma variável contínua de uma pesquisa em classes, de modo que resumam os dados de ma-
neira adequada para a tomada de decisões.

(EF08MA25) Obter os valores de medidas de tendência central de uma pesquisa estatística (média, moda e mediana) com a compreen-
são de seus significados e relacioná-los com a dispersão de dados, indicada pela amplitude.

(EF08MA26) Selecionar razões, de diferentes naturezas (física, ética ou econômica), que justificam a realização de pesquisas amos-
trais e não censitárias, e reconhecer que a seleção da amostra pode ser feita de diferentes maneiras (amostra casual simples, sistemá-
tica e estratificada).
(EF08MA27) Planejar e executar pesquisa amostral, selecionando uma técnica de amostragem adequada, e escrever relatório que con-
tenha os gráficos apropriados para representar os conjuntos de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central, a
amplitude e as conclusões.

Habilidades

(EF09MA01) Reconhecer que, uma vez fixada uma unidade de comprimento, existem segmentos de reta cujo comprimento não é ex-
presso por número racional (como as medidas de diagonais de um polígono e alturas de um triângulo, quando se toma a medida de
cada lado como unidade).

(EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja representação decimal é infinita e não periódica, e estimar a
localização de alguns deles na reta numérica.

(EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.

(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.

(EF09MA05) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com a ideia de aplicação de percentuais sucessivos e a de-
terminação das taxas percentuais, preferencialmente com o uso de tecnologias digitais, no contexto da educação financeira.

XIX

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Funções: representações numérica, algébrica e gráfica

Razão entre grandezas de espécies diferentes

Álgebra
Grandezas diretamente proporcionais e grandezas inversamente proporcionais

Expressões algébricas: fatoração e produtos notáveis

Resolução de equações polinomiais do 2º grau por meio de fatorações

Demonstrações de relações entre os ângulos formados por retas paralelas intersectadas por
uma transversal

Relações entre arcos e ângulos na circunferência de um círculo

Semelhança de triângulos

Relações métricas no triângulo retângulo

Teorema de Pitágoras: verificações experimentais e demonstração


Geometria
Retas paralelas cortadas por transversais: teoremas de proporcionalidade e verificações
experimentais

Polígonos regulares

Distância entre pontos no plano cartesiano

Vistas ortogonais de figuras espaciais

Unidades de medida para medir distâncias muito grandes e muito pequenas


Unidades de medida utilizadas na informática
Grandezas e medidas

Volume de prismas e cilindros

Análise de probabilidade de eventos aleatórios: eventos dependentes e independentes

Análise de gráficos divulgados pela mídia: elementos que podem induzir a erros de leitura ou
de interpretação

Probabilidade e estatística
Leitura, interpretação e representação de dados de pesquisa expressos em tabelas de dupla
entrada, gráficos de colunas simples e agrupadas, gráficos de barras e de setores e gráficos
pictóricos

Planejamento e execução de pesquisa amostral e apresentação de relatório

XX

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(EF09MA06) Compreender as funções como relações de dependência unívoca entre duas variáveis e suas representações numérica,
algébrica e gráfica e utilizar esse conceito para analisar situações que envolvam relações funcionais entre duas variáveis.

(EF09MA07) Resolver problemas que envolvam a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, como velocidade e densidade
demográfica.

(EF09MA08) Resolver e elaborar problemas que envolvam relações de proporcionalidade direta e inversa entre duas ou mais grande-
zas, inclusive escalas, divisão em partes proporcionais e taxa de variação, em contextos socioculturais, ambientais e de outras áreas.

(EF09MA09) Compreender os processos de fatoração de expressões algébricas, com base em suas relações com os produtos notáveis,
para resolver e elaborar problemas que possam ser representados por equações polinomiais do 2º grau.

(EF09MA10) Demonstrar relações simples entre os ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma transversal.

(EF09MA11) Resolver problemas por meio do estabelecimento de relações entre arcos, ângulos centrais e ângulos inscritos na
circunferência, fazendo uso, inclusive, de softwares de geometria dinâmica.

(EF09MA12) Reconhecer as condições necessárias e suficientes para que dois triângulos sejam semelhantes.

(EF09MA13) Demonstrar relações métricas do triângulo retângulo, entre elas o teorema de Pitágoras, utilizando, inclusive, a semelhan-
ça de triângulos.

(EF09MA14) Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pitágoras ou das relações de proporcionalidade envolvendo
retas paralelas cortadas por secantes.

(EF09MA15) Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um algoritmo para a construção de um polígono regular cuja medida
do lado é conhecida, utilizando régua e compasso, como também softwares.

(EF09MA16) Determinar o ponto médio de um segmento de reta e a distância entre dois pontos quaisquer, dadas as coordenadas des-
ses pontos no plano cartesiano, sem o uso de fórmulas, e utilizar esse conhecimento para calcular, por exemplo, medidas de perímetros e
áreas de figuras planas construídas no plano.

(EF09MA17) Reconhecer vistas ortogonais de figuras espaciais e aplicar esse conhecimento para desenhar objetos em perspectiva.

(EF09MA18) Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito pequenas, tais como distân-
cia entre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus ou de células, capacidade de armazenamento de computadores, entre outros.

(EF09MA19) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de volumes de prismas e de cilindros retos, inclusive com uso de
expressões de cálculo, em situações cotidianas.

(EF09MA20) Reconhecer, em experimentos aleatórios, eventos independentes e dependentes e calcular a probabilidade de sua ocor-
rência, nos dois casos.

(EF09MA21) Analisar e identificar, em gráficos divulgados pela mídia, os elementos que podem induzir, às vezes propositadamente, er-
ros de leitura, como escalas inapropriadas, legendas não explicitadas corretamente, omissão de informações importantes (fontes e da-
tas), entre outros.

(EF09MA22) Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para
apresentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central.

(EF09MA23) Planejar e executar pesquisa amostral envolvendo tema da realidade social e comunicar os resultados por meio de relató-
rio contendo avaliação de medidas de tendência central e da amplitude, tabelas e gráficos adequados, construídos com o apoio de pla-
nilhas eletrônicas.

XXI

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Sumário
Sumário
Capítulo 1 – Potenciação ................................................................................ 10
Para começar.................................................................................................................................10
Potenciação ...................................................................................................................................12
O byte ..............................................................................................................................................13
Propriedades das potências ........................................................................................................16
Você conhece a lenda do xadrez? ...............................................................................................24
Potência de 10 ..............................................................................................................................25
Notação científica .........................................................................................................................26
Desafios..........................................................................................................................................28
Matemática+ ..................................................................................................................................28

Capítulo 2 – Produtos notáveis e fatoração ............................................ 31


Para começar.................................................................................................................................31
Propriedades dos produtos notáveis .........................................................................................32
Produtos notáveis especiais ........................................................................................................34
Fatoração .......................................................................................................................................37
Desafios..........................................................................................................................................42
Matemática+ ..................................................................................................................................43

Capítulo 3 – Equações polinomiais do 2º grau ......................................... 44


Para começar.................................................................................................................................44
Equações do 2o grau .....................................................................................................................45
Resolução das equações completas...........................................................................................46
Número de raízes reais ................................................................................................................49
Equações do 2o grau incompletas ..............................................................................................52
Relação entre os coeficientes e as raízes...................................................................................55
Fatoração de uma equação do 2o grau ......................................................................................58
Composição de uma equação do 2o grau ..................................................................................59
Sistema de equações do 2o grau.................................................................................................60
Problemas envolvendo equação polinomial do 2o grau ..........................................................61
Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas...........................................................................64
Desafios..........................................................................................................................................74
Matemática+ ..................................................................................................................................74

Capítulo 4 – Produto cartesiano, relação binária e função ................... 77


Para começar.................................................................................................................................77
Par ordenado ................................................................................................................................77
Produto cartesiano .......................................................................................................................78
Representação do produto cartesiano ......................................................................................78
Localização dos pontos cartesianos nos eixos coordenados..................................................81
Bissetriz dos quadrantes .............................................................................................................81
Distância entre dois pontos.........................................................................................................82
Relação binária ..............................................................................................................................85
Número de relações de A em B ...................................................................................................86

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16:05:20
Relação inversa (R-1) .....................................................................................................................91
Função ............................................................................................................................................94
Domínio, contradomínio e imagem de uma função ................................................................96
Lei de formação de uma função .................................................................................................97
Valor numérico de uma função ..................................................................................................97
Construção de gráficos de funções ............................................................................................102
Raiz e valor numérico no gráfico de uma função .....................................................................105
Domínio e imagem através do gráfico .......................................................................................106
Determinação do domínio de uma função ...............................................................................108
Função polinomial do 1o grau ....................................................................................................110
Reta vertical ...................................................................................................................................114
Reta horizontal ..............................................................................................................................115
Zero, ou raiz, da função polinomial do 1o grau .........................................................................116
Desafios..........................................................................................................................................121
Matemática+ ..................................................................................................................................121

Capítulo 5 – Função polinomial do 2º grau, ou função quadrática...... 125


Para começar.................................................................................................................................125
Função polinomial do 2o grau .....................................................................................................126
Representação gráfica das funções polinomiais do 2o grau ...................................................129
Zeros, ou raízes, da função polinomial do 2o grau ...................................................................135
Coordenadas do vértice de uma função quadrática ................................................................140
Valor máximo e valor mínimo de uma função quadrática ......................................................143
Estudo dos sinais de uma função quadrática ..........................................................................147
Desafios..........................................................................................................................................158
Matemática+ ..................................................................................................................................158

Capítulo 6 – Números racionais e irracionais ........................................... 160


Para começar.................................................................................................................................160
Conjunto dos números naturais .................................................................................................160
Conjunto dos números inteiros ..................................................................................................160
Conjunto dos números racionais................................................................................................161
Conjunto dos números irracionais .............................................................................................163
Representação em reta numérica ..............................................................................................164
Desafios..........................................................................................................................................166
Matemática+ ..................................................................................................................................167

Capítulo 7 – Matemática Financeira ........................................................... 170


Para começar.................................................................................................................................170
Porcentagem .................................................................................................................................172
Porcentagem de porcentagem ...................................................................................................173
Cálculos com tecnologias digitais ...............................................................................................175
Desafios..........................................................................................................................................175
Matemática+ ..................................................................................................................................176

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16:05:20
Capítulo 8 – Segmentos proporcionais ....................................................... 177
Para começar.................................................................................................................................177
Razão ..............................................................................................................................................178
Segmentos proporcionais ............................................................................................................179
Grandezas e escalas .....................................................................................................................182
Feixe de retas paralelas e reta transversal ................................................................................187
Teorema de Tales .........................................................................................................................187
Consequências do teorema de Tales .........................................................................................191
Semelhança de figuras .................................................................................................................199
Polígonos semelhantes ................................................................................................................200
Semelhança de triângulos ...........................................................................................................205
Linhas homólogas .........................................................................................................................206
Teorema fundamental da semelhança de triângulos ..............................................................209
Consequências da semelhança de triângulos ...........................................................................213
Desafios..........................................................................................................................................216
Matemática+ ..................................................................................................................................217

Capítulo 9 – Relações métricas ................................................................... 219


Para começar.................................................................................................................................219
Relações métricas no triângulo retângulo .................................................................................219
Trigonometria................................................................................................................................226
Ângulos notáveis ...........................................................................................................................228
Tabela trigonométrica dos ângulos agudos ..............................................................................233
Lei dos senos .................................................................................................................................236
Lei dos cossenos ...........................................................................................................................240
Desafios..........................................................................................................................................244
Matemática+ ..................................................................................................................................245

Capítulo 10 – Circunferência, arcos e relações métricas ........................ 249


Para começar.................................................................................................................................249
O número p: uma razão geométrica ..........................................................................................249
Medida de um arco de circunferência .......................................................................................251
Radiano ..........................................................................................................................................253
Ângulo formado pelos ponteiros das horas e dos minutos ....................................................255

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Ângulo formado pelo deslocamento do ponteiro dos minutos em relação ao das horas.....255
Cálculo do perímetro de figuras compostas de arcos de circunferência ..............................258
Relações métricas na circunferência ..........................................................................................260
Potência de um ponto em relação à circunferência.................................................................270
Desafios..........................................................................................................................................272
Matemática+ ..................................................................................................................................272

Capítulo 11 – Geometria Espacial ................................................................ 275


Para começar.................................................................................................................................275
Conceitos primitivos .....................................................................................................................276
Postulados de existência .............................................................................................................276
Figuras espaciais ...........................................................................................................................276
Sólidos platônicos .........................................................................................................................278
Relação de Euler............................................................................................................................278
Vista e perspectiva de figuras geométricas ...............................................................................280
Desafios..........................................................................................................................................283
Matemática+ ..................................................................................................................................284

Capítulo 12 – Estatística ................................................................................. 286


Para começar.................................................................................................................................286
A Estatística na pesquisa ..............................................................................................................286
Escolha das variáveis ....................................................................................................................287
Coleta de dados ............................................................................................................................287
Conceito elementar de probabilidade .......................................................................................287
Eventos independentes ...............................................................................................................289
Amplitude ......................................................................................................................................289
Elaboração de tabelas e gráficos ................................................................................................291
Medidas de tendência central (centralidade e variabilidade) .................................................294
Leitura de gráficos – Parâmetros ................................................................................................295
Desafios..........................................................................................................................................298
Matemática+ ..................................................................................................................................299

Caderno de respostas ..................................................................................... 305

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5:20 Matematica_2022_9A_01.indd 9 10/08/2022 16:05:20
OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Identificar os termos da potenciação

CAPÍTULO
(expoente, potência, base).
• Identificar a presença da potenciação Potenciação
em várias áreas profissionais.
• Identificar e aplicar a propriedade do
produto de potência de mesma base.
• Calcular a potência cuja base é um Para começar
número real. Neste início de capítulo, vamos nos apoiar em um dos vários mode-
• Identificar e aplicar a propriedade da los que a Matemática, muitas vezes, fornece-nos como ferramentas para
a solução de problemas em diversas áreas do saber. Portanto, a partir de
divisão de potência de mesma base.
agora, devemos estudar os conteúdos conceituais visando relacioná-los
• Perceber que uma potência com expoen- ao nosso dia a dia.
te inteiro negativo equivale ao inverso da A seguir, você vai conhecer a torre de Hanói, um jogo muito interes-
sante para compreendermos o tema deste capítulo: potenciação.
base com o mesmo expoente positivo. João e Maria são dois grandes amigos que gostam muito de jogos matemá-
• Perceber a importância da potência de ticos e, certo dia, encontraram em um site um jogo chamado torre de Hanói.
A torre de Hanói é um jogo criado pelos matemá-
base 10 na Física e na Química.
ticos franceses François Anatole Lucas e De Parville,
• Simplificar a escrita e a representação em 1894, e consiste em um conjunto de três pinos

Reprodução
dos valores muito pequenos ou muito fixos em uma base comum (como mostra a figura
abaixo). Em um dos pinos, 7 peças furadas estão en-
grandes em notação científica. fiadas em ordem decrescente de tamanho, de baixo
para cima. O desafio consiste em transportar, uma a
uma, essas peças do pino 1 ao pino 3 em um menor
O matemático francês
número possível de movimentos. Não é permitido, François Édouard Anatole
em nenhuma etapa, que uma peça fique fora dos Lucas é um dos criadores
da torre de Hanói.
pinos ou pousada sobre outra de menor tamanho.
ANOTAÇÕES

1 2 3

Você seria capaz de imaginar os movimentos feitos com uma pilha de


7 discos? Para ajudar nesse cálculo, vamos criar uma estratégia começan-
do com um número reduzido de 3 discos. Depois, faremos uma generali-
zação para n peças, sendo n um número inteiro qualquer.

10 Capítulo 1 — Potenciação

Matematica_2022_9A_01.indd 10 10/08/2022 16:05:20 Ma

10

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Solicite aos estudantes que, em gru-


pos, pesquisem sobre jogos matemáti-
cos com o tema potência e, depois, apre-
1 disco 1 movimento
sentem os resultados aos demais colegas
como forma de contextualizar os conteú-
dos conceituais.
+

2 discos 2 movimentos 1 movimento


CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS

• Conhecer as propriedades das potên-


+ + + cias do produto de mesma base.
• Conhecer as propriedades das potên-
3 discos 2 movimentos 2 movimentos 2 movimentos 1 movimento cias da divisão de mesma base.
• Aplicar corretamente as propriedades
da potenciação.
Vamos fazer uma tabela com o número de discos e o número mínimo de movimentos para
mudá-los de um bastão para outro: • Elevar qualquer número real a um
expoente em Z ou Q.
Número de discos transferidos 1 2 3
Número de movimentos executados 1 3 7
• Utilizar as propriedades das operações
com potências para simplificar ou calcular
o valor numérico de expressões.
Podemos verificar que existe uma relação entre o número de peças (discos) e os movimen-
tos executados. Veja:
SUGESTÃO
1 peça 1 movimento 2-1 21 - 1
Observe se é possível a apresenta-
ção de outros jogos, a fim de dinamizar
2 peças 3 movimentos 4-1 22 - 1 o contato com as mídias e os programas
(softwares) de Matemática.
3 peças 7 movimentos 8-1 23 - 1
...

...

...

...

ANOTAÇÕES
n peças 2n - 1

Assim, de acordo com a demonstração, podemos fazer a seguinte dedução: quando esti-
vermos utilizando n discos, o número total de movimentos será dado pela expressão 2 n - 1.

Capítulo 1 — Potenciação 11

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CONTEÚDOS CONCEITUAIS

• Definição.
• Consequência da definição de potência.
• Expoente par.
• Expoente ímpar.
• Propriedades das potências.
• Produto de potência de mesma base.
• Divisão de potência de mesma base.
• Potência de uma potência.
• Distributiva da potenciação em relação à multiplicação.
• Distributiva da potenciação em relação à divisão.

11

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CONTEÚDOS ATITUDINAIS

• Ter uma visão global do assunto. Potenciação


• Despertar o lado investigativo e curioso. Mas o que significa o termo 2n na expressão anterior? 2 n representa uma potência de base
• Trabalhar as informações com base em 2 e expoente n.
uma análise crítica da realidade.
• Pesquisar o uso da Matemática no dia Destacamos aqui um modelo algébrico em que, dado um número real b qualquer e sendo
a dia. n um número natural, define-se potência de b elevado a n como sendo o produto de fatores
iguais de b por b n vezes, ou seja:
• Respeitar as diferentes interpretações
encontradas na resolução das situações- bn = b ⋅ b ⋅ b... b, para todo n ∈ N e n > 1
-problema.
Termos da potenciação:
b - base
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS n - expoente

• Deixe claro para os alunos o que signifi-


Expoente
Então:
cam os termos matemáticos: base de uma 32 = 3 ⋅ 3 → 32 = 9 Potência

potência, expoente e potência. Base


• Ao trabalhar com potenciação, esclare-
ça os conceitos: a base é o fator que se Você percebeu que, dessa forma, simplificamos bastante as expressões envolvendo o pro-
duto de termos iguais?
repete, o expoente é o número de fato- Exemplos:
res repetidos, a potência é o resultado Importante
a) 23 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 Sinais iguais:
da operação.
23 = 8
+ . + = +
Resultados positivos
b) (-5)2 = (-5) ⋅ (-5) - . - = +
SUGESTÃO (-5)2 = 25
Sinais diferentes:
Solicite aos estudantes que descu- c) 34 = 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3
34 = 81 + . - = -
bram se existem outras formas de solu- Resultados negativos
- . + = -
ção para as questões de potenciação e, d) (-4)3 = (-4) ⋅ (-4) ⋅ (-4)
depois, debata em sala de aula as diver- (-4)3 = -64

sas possibilidades. Voltemos agora ao jogo — torre de Hanói.


Observamos que a expressão 2n representa uma potência de base 2 e expoente n. Ou seja:
2n = 2 2 ⋅ 2... 
⋅ 2
n vezes

Então, quando tivermos 7 peças (discos), o número de movimentos executados será:

ANOTAÇÕES 
27 − 1 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅
 
7 vezes

2 − 1 = 127 movimentos

Vamos agora calcular algumas potências com expoente natural não nulo. Lembre-se de
que o sinal do resultado segue a regra da multiplicação.

12 Capítulo 1 — Potenciação

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12

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pois resultaria em uma extensa e incom-
preensível quantidade de algarismos.

Expoente par
Exemplos: ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
2 2
Importante
a) (−2) =(−2) ⋅ (−2) , portanto : (−2) = 4
  N* significa conjunto dos

4
2 vezes

4
números naturais sem o zero. • Antes de iniciar o conteúdo, estimule os
b) (−3) = (−3) ⋅ (−3) ⋅ (−3) ⋅ (−3) , portanto: (−3) = 81 alunos a expressarem aquilo que pensam

4 vezes
sobre potenciação.
Assim, podemos generalizar: se n ∈ N* e n é par, então, o resultado de (-a) n será sempre
positivo.
• Solicite aos alunos que relembrem algum
Portanto: momento em que tenham visualizado o
(-a) n = an (se n for par) emprego de números com potenciação.
Todo número negativo elevado a um expoente par produz resultado positivo. • É importante que a explicação do con-
teúdo seja sempre verificada a partir de
Expoente ímpar exemplos, para que os alunos percebam a
Exemplos: coerência entre o conteúdo e a aplicação.
5
a) (−1) = (−1) ⋅ (−1) ⋅ (−1) ⋅ (−1) ⋅ (−1)
 
• Interessante ressaltar ao aluno a
5 vezes importância de saber as propriedades
da potência, a fim de evitar cálculos des-
Portanto:
5 necessários.
(−1) = −1

3
b) (−2) = (−2) ⋅ (−2) ⋅ (−2)
 
3 vezes

ANOTAÇÕES
Portanto:
3
(−2) = −8

Generalizando, teremos:

Se n ∈ N* e n é ímpar, então, o resultado de (-a) n será sempre negativo.

Portanto:
(-a) n = -an (se n for ímpar) Importante
Se n = 1
Todo número negativo elevado a um expoente ímpar pro- a1 = a
duz resultado negativo. (−a)1 = −a

O byte
A potenciação é muito aplicada em diversas áreas profissionais. Um exemplo de sua utili-
zação está na Informática.

Capítulo 1 — Potenciação 13

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

A humanidade passou por um extenso calcular quantos grãos de areia eram ne-
período de construção e desenvolvimento, cessários para encher o Universo solar. Em
demorando milhares de anos para chegar sua época, o Universo era considerado um
da simples contagem até os cálculos de sistema de esferas, tendo a Terra como
potenciação. Muitos matemáticos de di- centro e a distância do Sol como raio. Após
versas civilizações contribuíram para isso, calcular o diâmetro dessas esferas, Arqui-
sendo que grande parte desse percurso medes calculou o volume do Universo e o
foi desenvolvida por Arquimedes (viveu no volume médio de um grão de areia, fez a
século 3 a.C.) na Grécia Antiga. divisão final e obteve como resultado um
Em suas especulações, Arquimedes, número enorme. Ele não poderia usar os
no seu livro Contador de areia, resolveu números usuais para escrever esse valor,

13

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Proponha atividades em que os alu- A Informática, além de simplificar problemas do dia a dia, introduziu novas palavras em
nos exponham o que entenderam do nosso vocabulário e até mesmo novas unidades de medidas, como os bytes e seus múltiplos.
Você sabe o que é um byte? É uma unidade de informação capaz de representar todos os
texto utilizando o debate como um re- tipos de dados no computador. Essa unidade pode ser expressa por um de seus múltiplos, o
curso a mais para enriquecer os seus co- kilobyte (kB). Veja:
1 kB = 1 ⋅ 10³ bytes ≅ 1.024 bytes
nhecimentos. Os múltiplos do byte mais conhecidos são:

SUGESTÃO DE ATIVIDADE • Kilobyte (kB) = 1 ⋅ 10³ bytes ≅ 1.024 B


• Megabyte (MB) = 1 ⋅ 10 bytes ≅ 1.024 kB
6

• Gigabyte (GB) = 1 ⋅ 10 bytes ≅ 1.024 MB


9

Trabalhe em grupo o exercício a se- • Terabyte (TB) = 1 ⋅ 10 bytes ≅ 1.024 GB


12

guir, estimulando os alunos a debaterem Você pode estar se perguntando: “Mas por que 1.024?”.
a resposta encontrada. Há razões científicas que justificam a escolha de 1.024 como fator na Informática. O valor
1.024 não é um número qualquer, é a décima potência do número 2, que é a potência de 2 mais
próxima de uma potência de 10.
1. Se 53a = 64, o valor de 5-a é:
1.024 = 210 ≅ 103 = 1.000
a) 1/40. 103 ≅ 210 = 1 kB
b) -1/4. Observe, na tabela abaixo, exemplos de minidispositivos eletrônicos e a respectiva capa-
c) 1/4. cidade de armazenamento de informações escrita na forma de potência e na forma abreviada,
como é apresentada nas lojas.
d) 1/20.
Capacidade em gigabytes
Resposta: Alternativa c. (GB)
Equipamento Descrição
Lembrando: temos a propriedade que diz Escrita na
Forma
forma de
que, quando os expoentes das potências potência
abreviada
são iguais, as suas bases também são. Pen drive Dispositivo portátil para armazenar dados 8 ⋅ 109 8 GB
53a = (5a)3 e que 64 = (22)3. iPod Dispositivo portátil de áudio e vídeo 120 ⋅ 109 120 GB
Ainda podemos extrair a raiz cúbica dos MP4 player Dispositivo portátil de áudio e vídeo 80 ⋅ 109 80 GB
termos, obtendo: Dispositivo portátil de áudio e vídeo,
5a = 22 = 4 Smartphone navegação na Internet, envio de mensagens de 64 ⋅ 109 64 GB
texto, câmera digital
Ao inverter os membros da igualdade,
fica: Dispositivo portátil de áudio e vídeo,
Tablet navegação na Internet, envio de mensagens de 12 ⋅ 1010 120 GB
1/5a = 1/4 texto, câmera digital
Chegamos ao resultado:
5−a = 1/4 Importante
1) Um produto de bases ou fatores iguais a um determinado número será denominado potência
desse mesmo número.
2) Na leitura, podemos dizer “dois elevado a n” para 2 n, ou, simplesmente, “potência n de 2”.
3) Normalmente, chamamos os números elevados a 2 e 3, respectivamente, de quadrado e cubo
desses números.
ANOTAÇÕES
14 Capítulo 1 — Potenciação

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14

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Passo a passo
1. Aplicando as regras do cálculo das potências, 2. Sabendo que x = 0,2 e y = 1,5, encontre o
determine as seguintes potências: valor numérico da expressão:
a) 24 b) (-6)2 x2 ⋅ y2 − x3 ⋅ y
 1
3 y2 − x2
c) −  d) (-1)11
 3 
Solução:
23
e) 2 2 3
33 x2 ⋅ y2 − x3 ⋅ y (0, 2) ⋅ (1,5) − (0, 2) ⋅ (1,5)
→ →
Solução: 2
y −x 2 2
(1,5) − (0, 2)
2

0,004 ⋅ 2, 25 − 0, 008 ⋅ 1, 5
a) 24 = 2 . 2 . 2 . 2 = 16 →
2, 25 − 0, 04
b) (-6)2 = (-6) . (-6) = 36 0, 09 − 0, 012 0, 078
=
2, 21 2, 21
3
 1  1  1  1 1
c) −  = −  ⋅ −  ⋅ −  = −
 3   3   3   3  27 3. (UFRGS) Um adulto humano saudável abriga
cerca de 100 bilhões de bactérias somente em
d) (-1)11 = (-1) . ... . (-1) = -1 seu trato digestivo. Esse número de bactérias
pode ser escrito como:
Poderíamos também utilizar a propriedade
a) 109 b) 1010 c) 1011
da potência: quando a base for 1, a potência é
d) 1012 e) 1013
sempre 1. Base negativa com expoente ímpar:
resultado negativo.
Solução:
23 2 ⋅ 2 ⋅ 2 8
e) = = Como 1 bilhão corresponde a 109 unidades, 100
33
3 ⋅ 3 ⋅ 3 27 bilhões equivalem a 102 ⋅109 = 1011 bactérias.

Aplicação
5:24
1. Segundo pesquisas, uma gota de sangue contém aproximadamente 5 milhões de glóbulos
vermelhos. Como poderíamos escrever essa notação científica em uma potência de base 10?

2. Qual o valor de x?

a) 3 x = 81 b) 2 x = 64 c) 7x = 49 d) 2 x = 3 x
x
 1  1  25 
e)   =   f) (0, 5) x =   g) 9x = 81 h) (-3) x = -243
 2   32  100 

Capítulo 1 — Potenciação 15

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15

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
1. Resolva este exercício utilizando a cal-
3. Associe a segunda coluna de acordo com a primeira.
culadora científica. Execute os seguintes
procedimentos: a (-2)3 I -243
Outros saberes
x 2 → Na calculadora, essa tecla serve 2
4
9 Para ampliar os seus conhecimentos acerca do conteúdo
b   II que estamos estudando, escaneie o QR Code a seguir.
para elevar qualquer número à segunda  3  8
Professora Angela Matemática
potência, ou ao quadrado. Propriedades das Potências –
c -35 III -8
Ao praticar na calculadora, siga os pas- Vivendo a Matemática com a
Professora Angela
sos: calcule 202. 16
d (-1)1.007 IV
Para calcular à segunda potência, ou ao 81
quadrado, basta teclar: 32
e V -1
20 x2 = 23
No visor, aparecerá a resposta: 400. x 2 + y 3 − z10
4. Se x = -2, y = 2 e z = 1, então qual o valor da expressão M = ?
−x + y − z
yx → Na calculadora, essa tecla serve para
5. As potências (-2)6 e -26 são iguais ou diferentes? Caso sejam diferentes, qual é o resultado
elevar um número a qualquer potência e de cada uma?
calcular o seu valor.
6. De acordo com seu conhecimento sobre potência de mesma base, calcule.
Para elevar 20 à terceira potência, ou ao
92 ⋅ 33 ⋅ 27−1 
cubo (203), faça da seguinte forma:  
20 yx 3 =  −5 
12 ⋅ 2 
Aparecerá no visor: 8.000.
Propriedades das potências
2. Esta atividade estimula os alunos a pensa- Supondo satisfeitas as condições de existência das potências, são válidas as seguintes pro-
priedades:
rem, a explorarem conceitos e procedimen-
tos já estudados. Quando se calcula o qua-
drado, o cubo e a quarta potência do núme- Propriedade 1 - Produto de potências de mesma base
ro 11, os resultados são números que tanto Considere alguns produtos:
faz ler da direita para a esquerda como da
esquerda para a direita. Esses números são a) 22 ⋅ 23 , temos: 22 ⋅ 23 = 2
⋅2 ⋅ 2 2 ⋅
⋅ 2 b) 33 ⋅ 37 , temos: 33 ⋅ 37 = 3 3 ⋅
⋅ 3⋅3 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅
⋅ 3
2 vezes 3 vezes 3 vezes 7 vezes
chamados de palíndromos. Calcule, na cal-
Assim: Assim:
culadora, a potência de 112, 113 e 114. 22 ⋅ 23 = 2 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅
2 33 ⋅ 37 = 3 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅
3
⋅ ⋅
2 + 3 vezes (3 + 7) vezes

112 = 121 Portanto: Portanto:


113 = 1.331 22 ⋅ 23 = 2( 2 + 3 ) 33 ⋅ 37 = 33 + 7
114 = 14.641 Com isso: Com isso:
2 2 ⋅ 2 3 = 25 33 ⋅ 37 = 310
Agora, solicite que os alunos verifi-
quem se esse fato ocorre com a quinta e
a sexta potências do número 11. Obser- 16 Capítulo 1 — Potenciação

ve que não se repete:


115 = 161.051 e 116 = 1.771.561.
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ANOTAÇÕES

16

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Tomando por base os exemplos anteriores, podemos generalizar:

a x ⋅ a y = a ⋅ a ⋅ a... a ⋅ a ⋅ a ⋅ a... a Lembrete


   
x vezes y vezes
Propriedade 1:
Assim:
a x ⋅ a y = a ⋅ a ⋅ a... a ⋅ a ⋅ a ax ⋅ a y = ax + y
  No produto de potências de
( x + y ) vezes
mesma base, mantemos a base
Portanto: e somamos os expoentes.
ax ⋅ a y = ax+ y
Exemplos:
Qual seria o valor de x nas expressões abaixo?

a) 32 ⋅ x = 35
De acordo com a propriedade 1, ax ⋅ ay = ax + y, temos: 3² ⋅ x = 35
Observamos que: 35 = 32 + 3, o que implica que 35 = 32 ⋅ 33
Portanto: 32 ⋅ x = 32 ⋅ 33
Logo: x = 33

b) 2³ ⋅ x = 27
Pela propriedade 1, observamos que 27 = 23 + 4
Ou seja: 27 = 23 ⋅ 24
Logo, podemos afirmar que: 23 ⋅ x = 23 ⋅ 24
Portanto: x = 24

Propriedade 2 - Divisão de potências de mesma base


Considere as seguintes divisões:
56
a)
52
De acordo com a propriedade 1, ax ⋅ ay = ax + y, temos: Lembrete
6
5 6 2+4 Propriedade 2:
2
= x ↔ 52 ⋅ x = 56 , mas lembre-se de que 5 = 5
5 ax
y
= ax−y
Então: 52 ⋅ x = 5
2+4
a
Na divisão de potên-
Logo: 52 ⋅ x = 52 ⋅ 54 , então x = 54 cias de mesma base,
mantemos a base e sub-
5:33
56 4 56 traímos os expoentes.
Isto é: = 5 , o que implica que = 56 − 2
52 52
67
b)
64
67
De acordo com a propriedade 1, temos: = x ↔ 6 4 ⋅ x = 67 , 67 = 6 4 ⋅ 63
4
6
Com isso: 6 4 ⋅ x = 64 ⋅ 63
Então: x = 63

Capítulo 1 — Potenciação 17

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17

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Observe os procedimentos dos alunos Observe que o expoente da base 6 é igual a 3 = 7 - 4.


ao calcularem as potências, detectando 67 67 67
Portanto: = x ↔ 4 = 63 ↔ 4 = 67 − 4
possíveis dificuldades para resolvê-las. 6 4
6 6
Esclareça as dúvidas que surgirem. Tomando por base os exemplos anteriores, podemos generalizar:

• Peça a alguns alunos que tentem ax


= k (com x > y ) ↔ a y ⋅ k = a x
resolver algumas questões mentalmen- ay

te. Depois de resolvidas essas questões, Mas ax = ax − y + y, com isso:


a y ⋅ k = ax − y + y ↔ a y ⋅ k = ax − y ⋅ a y
chame um aluno para ir ao quadro escre- Então: k = ax − y
ver a resposta e explicar como chegou a Observe que o expoente da base a é igual a x − y.
esse resultado. ax
= a x − y (para a ≠ 0)
Portanto:
• Avalie, por meio de perguntas, o quan- ay

to os alunos já aprenderam. Consequências da propriedade 2

• Motive os alunos a enfrentarem as pos- • Expoente zero: qualquer número diferente de zero elevado a expoente zero é igual a 1.
Exemplos:
síveis dificuldades no entendimento das
23
questões. a)
23
• Solucione as dúvidas fazendo uma revi- De acordo com a propriedade 2, temos:
são do conteúdo.
23
= 23 − 3 , mas 23 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ↔ 23 = 8
23
23 23 8
Portanto: 3 = 23 − 3 = 20 = 1, pois : 3 = = 1
2 2 8
ANOTAÇÕES 34
b)
34
ax
De acordo com a propriedade 2 → = a x − y , temos:
ay
34
= 34 − 4 , mas 34 = 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ↔ 34 = 81
34
34 34 81
Portanto: 4 = 34 − 4 = 30 = 1, pois 4 = =1
3 3 81
Tomando por base os exemplos anteriores, podemos generalizar:
ax
= a x − x , mas a x = a ⋅ a ... a
ax 
x vezes

Com isso:
ax
a x − x = x → a0 = 1
a

• Expoente inteiro negativo:


Vamos considerar algumas divisões:
1
a) 2 =
2

18 Capítulo 1 — Potenciação

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18

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ax
De acordo com a propriedade 2, temos: = ax − y
a y
Lembrete
1 20
Portanto: = Note que, quan-
23 23 do invertemos a fra-
ção, devemos trocar o
20 1 sinal dos expoentes.
Com isso: = 20−3 , então: 3 = 2−3
2 3
2 Veja:
1 32 5−8
b) =
32 58 3−2
ax
De acordo com a propriedade 2 → = a x − y , temos: 74 1
ay = −4
1 30 1 7
= = 30−2 = 3−2
32 32

Lembrete
1) Um número elevado a 1 é igual a ele mesmo.
2) Um número diferente de 0 elevado a 0 é igual a 1.
3) Para as potências de base 10, devemos ter 1 seguido de quantos zeros tenham as unidades do
expoente se os expoentes são positivos.
4) Se o expoente for negativo, o final será 1 antecedido de tantas casas decimais quanto determi-
nar o expoente.

Tomando por base os exemplos anteriores, podemos generalizar:


1 a0
= (sendo a ∈ R * e n ∈ N )
an an
1 1
Portanto: n = a 0−n . Com isso, fica claro que: n = a−n (para a ≠ 0)
a a
Observe que, ao invertermos o denominador e o numerador, trocamos o sinal do expoen-
te da base.

Passo a passo
1. Calcule as seguintes potências.
−14 14
 1  1
5:43
a) (-5)−2 ⋅ (-5) ⋅ (-5) 4 c)   ⋅  
 7 
7
Solução:
(-5)−2 ⋅ (-5) ⋅ (-5) 4 = (-5)−2+1+4 Solução:
−14 14 −14 +14
(-5)−2 ⋅ (-5) ⋅ (-5) 4 = (-5)+3  1  1  1
  ⋅   =  
 7   7   7 
0
b) 1−11  
 1 = 1
1  7 
Solução: 1−11 = =1
111

Capítulo 1 — Potenciação 19

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19

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Aconselha-se rever fração geratriz, a  1


d)  
−2

b) (0,18777...)2
1

 9 
fim de facilitar o cálculo de algumas pro-
posições de potência. Solução:
Solução:
• Divida os alunos em duplas e proponha  1
 
−2
9
=  
+2

= 81
0,18777... =
187 − 18 169
900
=
900

que discutam entre si os exercícios pro-  9   1 1 1
1  169 2  132 2
postos. (0,18777...)2 →   =  2  →
 900   30 
• Estimule os alunos a entenderem a ati- 2. Encontre a fração geratriz e determine:
1

vidade resolvida sem a sua ajuda. Depois,  2  2


a) (0,4444...)2  13   = 13
  
esclareça qualquer dúvida que surgir. 2  30   30
4  4  16
Solução: 0, 444... = →  =
9  9  81

ANOTAÇÕES
Aplicação

7. Calcule as seguintes potências.


−4
 1
a) (-2)−2 b) −  c) (-3) -2 d) (0,999...) -3 e) 3 -2
 2 

8. Calcule o valor numérico das expressões.


2 −1
32 − 3−2 2−1 − (−2) + (−2)
a) b)
32 + 3−2 22 + 2−2

9. Efetue as operações aritméticas e dê o valor da expressão.


−5

  2  −3   4 


  1 −  2   ⋅ 1− 3  − 1, 92

        =

  2   3    5  


 

10. Reduza a uma só potência.


9
 1
2 19  
(−3) ⋅ (−3)  2 
a) 20
b) 5 2
(−3)  1
 
 1
⋅  
 2   2 
11. Simplifique.
2 x + 3 ⋅ 22
a)
2x − 1 ⋅ 2x
(
b) 3 : 3
x x −2
: 3x + 3 ⋅ 3x )( )
3 4 2 2
12. Determine o valor desta expressão: (−1) − (−1) + (−2) − 23 + (−1− 1) .

20 Capítulo 1 — Potenciação

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20

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Propriedade 3 - Potência de uma potência
Considere algumas potências:
3
a) Em (32 ) , observe que temos duas potências: a de expoente 2 e a de expoente 3.
De acordo com a definição e a propriedade 1, temos:
3
(3 )2
= 32 ⋅ 32 ⋅ 32 = 32+2+2 (mas 2
+ 2 +
2 = 2 ⋅ 3)
3 vezes Importante
3
Com isso: 3 ( ) 2
=3 2⋅3
(2 )
3
2
≠ 23
2

(2 )
3
2 2
= 26 → 2 3 = 2 9
5 5
b) Em (2 4 ) , veja que (2 4 ) = 2 4 ⋅ 2 4 ⋅ 2 4 ⋅ 2 4 ⋅ 2 4
5
Portanto: (2 4 ) = 2 4 + 4 + 4 + 4 + 4
5
Com isso: (2 4 ) = 2 4 ⋅ 5

Com base nesses exemplos, podemos generalizar:


Lembrete
y
(a )x
= a ⋅ a ⋅ a .... ⋅ a
x

x x x
Propriedade 3:
y
(a )
y vezes x
= ax ⋅ y
Com isso:
Na potência de potência, mantemos
y a base e multiplicamos os expoentes.
(a )x
=a x⋅y

Propriedade 4 - Distributiva da potenciação em relação à


multiplicação
Considere a seguinte expressão:
(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³
De acordo com a definição e a propriedade 1, temos:
(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³ = (2 ⋅ 3 ⋅ 5) ⋅ (2 ⋅ 3 ⋅ 5) ⋅ (2 ⋅ 3 ⋅ 5)
Portanto:
(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³ = (2 ⋅ 2 ⋅ 2) ⋅ (3 ⋅ 3 ⋅ 3) ⋅ (5 ⋅ 5 ⋅ 5)
5:54
(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³ = 2³⋅ 3³⋅ 5³
Com isso, percebemos que o expoente foi distribuído para cada base, isto é:
(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³ = 2³⋅ 3³⋅ 5³
Generalizando:
n
(a ⋅ b) = (a ⋅ b) ⋅ (a ⋅ b) ... (a ⋅ b)

n vezes

Capítulo 1 — Potenciação 21

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21

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

É necessário que os alunos apliquem Mas:


Lembrete
as propriedades de maneira correta. Es- n
(a ⋅ b) = (a ⋅ a ⋅ a ... a) ⋅ (b ⋅ b ⋅ b ... b) Propriedade 4:
ses conceitos devem ser construídos de 
n vezes
 
n vezes

(a ⋅ b) n = an ⋅ bn
forma bem estruturada para que não Portanto: No produto de potências com mesmo expoente, multi-
haja confusão com as outras operações. (a ⋅ b) n = an ⋅ bn plicamos as bases e mantemos os expoentes.

DESAFIO

Sugerimos como desafio a questão a


Passo a passo
seguir, uma vez que ela envolve conceitos
1. Resolva as seguintes potências.
básicos, importantes para levar à reflexão. 1  1 

1
7
a) (169 ⋅ 144)2 = b)   =
128 
1. (UFRGS) O algarismo das unidades de Solução: Solução:
910 é: 1 1 1 1 1
1
(169 ⋅ 144) 2 = 169 ⋅ 144 = (13
2 2
) ⋅ (12 )
2 2 2 2
 1 

7 1 1 7
a) 0.   = 128 7 = (27 )7 = (2)7 = 2
13 ⋅ 12 = 156 128 
b) 1.
c) 3.
d) 6.
e) 9. Aplicação
Solução:
13. Complete com > ou <.
Sabemos que 9n termina em 1 se n for 1 1

par e que termina em 9 se n for ímpar. a) 213 214 b) (81)3 (81) -1 c) 59−23 5922 d) 49 2
___ 49 2
Portanto, 910 termina em 1. 4 2 −5 −6
 1  1  1  1
e)   ___   f)   ___  
 47   47  10  10 

14. Classifique em verdadeiro (V) ou falso (F).

ANOTAÇÕES 4
a) (32 ) = 324 b) -24 = (-2) 4 c) 26 - 2 = 26 - 22
−1
d) (4 2 ) = (4−1 )
2

3 1 1
e) 31 = 53 f) 2−1 ≠
2
15. Determine o expoente da base 5 para que a potência formada seja igual a 15.625.

16. Investigue e responda.


a) Qual será o último dígito da potência (-2)115?
b) Que sequência é definida pelo último dígito das potências de 2?

22 Capítulo 1 — Potenciação

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22

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17. Responda.
a) Qual é o valor de 6250,75?
1
−0 ,75 −
 1 1 1  1 2
b) Qual é o valor de A, sendo A igual a: 25 −   −  

2
+ (0, 001) 3 ?
16  16 

18. Simplifique a expressão abaixo utilizando as propriedades das potências.


3
(0, 001) ⋅ 106
10−4

19. Observe a sequência de figuras abaixo e responda.

1− 2− 3− 4−

a) Desenhe a figura 5.
b) Quantos círculos formarão a figura 10?

20. Aplicando as propriedades da potência, encontre o valor de:


1
1
 125 3 1
a) 4 2
c)   e) 256 2
 343 
3 4
b) 49 2 d) 15

21. Classifique cada sentença seguinte em verdadeira (V) ou falsa (F).


−2
2 2 4
a) (8 ) e)  
2
3
=8 5
c) (5 + 3) = 5 + 3 2 2
=
 3  9

104 
b)  5  = 10−1 d) 4 3 ⋅ 4 ⋅ 4 2 = 4 6
 10 

6:03

Propriedade 5 - Distributiva da potenciação em relação à


divisão
Veja alguns exemplos iniciais que serão resolvidos de acordo com a definição e a propriedade 1.
3 3
2 2 2 2 2
a)   →   =   ⋅   ⋅  
 3   3   3   3   3 

Capítulo 1 — Potenciação 23

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23

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Professor, questione os alunos sobre 3  


vezes
 2 
3
2 2⋅2
3
 2  3 Lembrete
a função das potências. Portanto:   =

, com isso:   = 2
 3  3
⋅3 ⋅
3  3  33 Não há propriedade para adição e sub-
3 vezes tração de potências de mesmo expoente.
1. Sugira uma pesquisa em que os alu- 4 4
3 3 3 3 3 3 am + bm ≠ (a + b) m
nos descubram situações práticas que b)   →   =   ⋅   ⋅   ⋅   am - bm ≠ (a - b) m
 7   7   7   7   7   7 
tenham a presença de potências. Dica:
Existe propriedade para a multiplica-
procurar, em enciclopédias ou livros, 4

4 vezes
 ção e divisão de potências de mesmo
 3  3 ⋅ 3⋅3⋅3
4
 3  4

assuntos relacionados às disciplinas de Portanto:   = , com isso:   = 3 expoente.


 7  7 7 ⋅ 7 ⋅
⋅ 7  7  74 m
Ciências ou Geografia. Observar que 4 vezes a m ⋅ bm = (a ⋅ b)
m
podemos encontrar potências na veloci- a m  a 
Com esses exemplos iniciais, observamos que o =   para b ≠ 0
dade da luz, 3 × 108 m/s (a escrita desse bm  b 
expoente foi distribuído para cada base. Assim, pode-
número é 300.000.000 m/s), na massa da mos agora generalizar:

Terra, 5,98 × 1021 kg, etc. n


 a         
  =  a  ⋅  a  ⋅  a ...  a 
 b   b   b   b   b 
2. Calcule a terça parte de 3100.
n n
a  a ⋅ a ⋅ a ... a  a  an
100 100 Com isso,   = Então:   n (para b ≠ 0)
3 3  b  b ⋅ b ⋅ b ... b  b  b
= 1 = 3100 = 399
3 3

n
Lembrete
a  an
Propriedade 5:   = n
b b
ANOTAÇÕES  
Na divisão de potências com mesmo expoente, dividimos as bases e mantemos os expoentes.

Você conhece a lenda do xadrez?


O xadrez é um dos jogos mais antigos do mundo. Diz uma lenda que ele foi inventado há
muitos séculos, na Índia. Foi aí que...
O rei Sheram, entusiasmado com o novo jogo, resolveu recompensar Sessa, que era profes-
sor e o inventor do xadrez. “Eu desejaria recompensar-te pelo teu maravilhoso invento”, disse
o rei, cumprimentando Sessa. “Gostaria de satisfazer o teu mais caro desejo”, continuou o rei.
Sessa, na sua humildade, disse: “Majestade, eu gostaria de receber um grão de trigo pela pri-
meira casa do tabuleiro do xadrez, dois grãos pela segunda casa, quatro grãos pela terceira,
oito grãos pela quarta e assim sucessivamente, até completarem-se as 64 casas”.
Admirado e até mesmo irritado pelo pedido tão modesto, o rei Sheram solicitou aos seus
sábios que calculassem o número de grãos e ordenou aos seus criados que entregassem em
um saco a recompensa pedida por Sessa.
No dia seguinte, o rei escutou apavorado um dos sábios dizer qual era esse número:

18.446.744.073.709.551.615 (total de grãos)

24 Capítulo 1 — Potenciação

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Só para você ter uma ideia de o quanto esse número é grande, basta dizer que, se fosse
plantado trigo em toda a face da Terra, iria demorar alguns séculos para produzir esse núme-
ro de grãos.
Como seriam os cálculos para a obtenção desse número?

Primeira casa: = 1 grão = 20


Segunda casa: 1⋅2 = 2 grãos = 21
Terceira casa: 2⋅2 = 4 grãos = 22
Quarta casa: 2⋅2⋅2 = 8 grãos = 23
Quinta casa: 2⋅2⋅2⋅2 = 16 grãos = 24
Sexta casa: 2⋅2⋅2⋅2⋅2 = 32 grãos = 25
Sétima casa: 2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2 = 64 grãos = 26
Oitava casa: 2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2 = 128 grãos = 27
Nona casa: 2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2 = 256 grãos = 28
...

...

...

...
Casa 64: 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ... 2 = x grãos = 263

Somando todos os resultados das 64 casas do tabuleiro de xadrez, encontraremos o nú-


mero total de grãos.

Potência de 10
Muitos problemas de Física e de Química utilizam potências de 10 em suas resoluções ma-
croscópicas (grandes medidas) ou microscópicas (pequenas dimensões).

Números grandes e as potências de base 10


As potências e a sua escrita exponencial mostraram-se muito apropriadas para cálculos
envolvendo números muito grandes, também chamados de números astronômicos (tama-
nhos macroscópicos).

1 = 100
10 = 10 = 101 Edward Kasner e James
100 = 10 ⋅ 10 = 102 Newman, no livro Matemáti-
1.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 103 ca e imaginação, apresentam
10.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 104 um número formado pelo 1
100.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 105 seguido de cem zeros, que
6:12
1.000.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 106 foi batizado de gugol.
10.000.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 107
100.000.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 108
1.000.000.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 109

O número de zeros determina o valor do expoente; desse modo, 1 trilhão pode ser escri-
12
to da seguinte forma: 1. 000 .000.000.000
  = 10
doze zeros

Capítulo 1 — Potenciação 25

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Números pequenos e potências de base 10
As potências e a sua escrita exponencial mostram-se muito apropriadas para cálculos en-
volvendo números muito pequenos, também chamados de submúltiplos de 10 (tamanhos
microscópicos).

Submúltiplos de 10

0,1= 10−1
0, 01= 10−2
0, 001= 10−3
0, 0001= 10−4
0, 00001= 10−5
0, 000001= 10−6 O número de casas decimais in-
0, 0000001= 10−7 dica o valor do expoente negativo da
0, 00000 ...00001
  = 10

−n
potência de 10.
n casas decimais

Notação científica
Denomina-se notação científica qualquer número expresso na seguinte forma:

a ⋅ 10n, em que 1 ≤ a < 10 e n ∈ R*


Importante
Exemplos:
A letra a representa um número inteiro ou um nú-
mero decimal. Se for um decimal, convém deixá-lo
a) 3 ⋅ 105 c) 4 ⋅ 10 −7 com uma certa aproximação, que irá depender do
arredondamento desejado.
b) 2 ⋅ 10−3 d) 6,02 ⋅ 1023

A aplicação da notação científica está presente em muitas áreas de estudo, como na acús-
tica, ramo da Física que estuda o som.
Conduto
auditivo
externo

Ma
Caixa do
Membrana do tímpano Tuba
tímpano auditiva

Importante
Podemos ouvir sons até uma frequência de 20.000 hertz, que são aqueles sons agudos, como o
canto de pássaros.
A faixa de frequências que conseguimos ouvir vai de 20 Hz a 20.000 Hz ou, em notação científica,
de 20 Hz a 2 ⋅ 10 4 Hz.

26 Capítulo 1 — Potenciação

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26

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

A notação científica, como você já percebeu, é aplicada naquelas situações em que lida- • Estimular a leitura, a percepção e a
mos com valores muito pequenos ou muito grandes, simplificando a escrita e a compreensão atenção dos alunos ao lerem o texto.
do valor representado.
• Buscar conhecimentos prévios dos alunos
Exemplos: para retomar o conceito de potência.
a) 14.000.000 = 1,4 ⋅ 1.000.000 Importante
Então: 14.000.000 = 1,4 ⋅ 107
A distância entre a Terra e
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
o Sol é de 1,5 ⋅ 1011 m.
b) 0,0000072 = 7,2 ⋅ 10 −6
• Leia o texto a seguir com os alunos e
c) 0,00015 ⋅ 0,0015 = 1,5 ⋅ 10 −4 ⋅ 1,5 ⋅ 10−3 mostre a presença da potência em nosso
Então: 0,00015 ⋅ 0,0015 = 2,25 ⋅ 10 −4 ⋅ 10−3
cotidiano.
0,00015 ⋅ 0,0015 = 2,25 ⋅ 10−7
• Dê um tempo para que eles discutam
d) 2 ⋅ 10−5 + 3 ⋅ 10−4 = 2 ⋅ 10−1 ⋅ 10−4 + 3 ⋅ 10−4 o texto e expressem oralmente as ideias
Então: 2 ⋅ 10−5 + 3 ⋅ 10−4 = 0,2 ⋅ 10−4 + 3 ⋅ 10−4
2 ⋅ 10−5 + 3 ⋅ 10−4 = 3,2 ⋅ 10−4 assimiladas.

e) 3 ⋅ 10−5 + 4 ⋅ 10−6 = 3 ⋅ 10−5 + 4 ⋅ 10−1 ⋅ 10−5


• Procure trabalhar com exemplos prá-
ticos do cotidiano para que se torne
Então: 3 ⋅ 10−5 + 4 ⋅ 10 −6 = 3 ⋅ 10−5 + 0,4 ⋅ 10−5
3 ⋅ 10−5 + 4 ⋅ 10−6 = 3,4 ⋅ 10−5 fácil a compreensão do que é potência
de base 10.

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO


Aplicação
Imagine você fazendo uma viagem em
22. Expresse os números abaixo em notação científica. um foguete. O que estaria observando na
imensidão do Universo? Centenas de mi-
a) 3.220.000 b) 0,000000371 c) 12.560.000.000
lhares de pontos que seriam a Lua, o Sol,
d) 0,0000007 e) 456,987
as estrelas. A milhões de quilômetros de
23. Dê o valor das expressões em notação científica. distância, o ser humano se torna algo tão
a) (6,3 ⋅ 10 −8) : (0,7 ⋅ 10−14) = b) (0,4 ⋅ 107) ⋅ (1,2 ⋅ 10−8) = pequeno ou passa despercebido pela sua
c) (6 ⋅ 103)2 = d) 2,5 ⋅ 102 - 1,5 ⋅ 102 = pequenez, mas, se o compararmos com
um grão de areia, as suas dimensões se
24. Observando a reprodução de uma espécie de bactéria, um cientista verificou que, a cada
hora, a bactéria se dividia em duas. tornam grandes.
a) Quantas bactérias serão encontradas depois de 3h se for colocada uma bactéria para se Nesses casos, só é possível escrever es-
reproduzir? ses números que têm muitos dígitos iguais
b) E no final de 10h?
c) E no final de um dia?
a zero utilizando a potência de base 10.
2 2 2
25. Se A = (−3) − 22 , B = −32 + (−2) e C = (−3 − 2) , calcule C + A ⋅ B.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Capítulo 1 — Potenciação 27
Após a leitura do texto, realize um
debate aberto sobre a interpretação de
cada estudante, enfatizando a represen-
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tatividade de potências de base 10 no co-


tidiano de cada um.
ANOTAÇÕES Montar um planetário com sucatas,
aplicando uma escala formal de potên-
cias de 10 para que o estudante possa vi-
sualizar o real do imaginário.

:13

27

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

1. Como, segundo o enunciado, são 17 26. Os astrônomos estimam que, no Univer- 2. Ornitologia é o ramo da Zoologia que se
árvores com 17 galhos, e cada galho tem so visível, existem aproximadamente 100 dedica ao estudo das aves a partir de sua distri-
bilhões de galáxias, cada uma com 100 bilhões buição na superfície do globo, das condições e
17 maçãs, teremos: 17 · 17 · 17 = 173 = de estrelas. De acordo com esses números, peculiaridades de seu meio, costumes e modo de
4.913 maçãs. se cada estrela tiver, em média, 10 planetas à vida, de sua organização e dos caracteres que as
sua volta, então existem, no Universo visível, distinguem umas das outras, para classificá-las
Resposta: Alternativa c. aproximadamente quantos planetas? em espécies, gêneros e famílias. Um ornitólogo
fez uma pesquisa sobre os beija-flores e consta-
2. Primeiramente, precisamos determi- 27. Uma das menores formas de vida foi desco- tou que o beija-flor bate as asas, em média, 80
berta em 1996, vive no fundo do mar e se chama vezes por segundo. Quantas vezes, em média, o
nar quantos segundos temos em 2 dias: nanobe. O tamanho máximo que um ser desse beija-flor bateria as asas em dois dias?
pode atingir corresponde a 150 nm. Escreva esse
1h = 3.600s a) 1,3824 · 107
número em notação científica.
b) 1,957 · 106
1 dia = 24h c) 1,728 · 105
3.600 · 24 = 86.400s Curiosidades d) 8,64 · 104
e) 23 · 103
Como 1 dia tem 86.400s, 2 dias têm: Nano é o prefixo utilizado para expressar a
bilionésima parte do metro, ou seja, 1 metro di-
86.400s · 2 = 172.800s. vidido por 1 bilhão corresponde a 1 nm e equi-
De acordo com o enunciado, o beija-flor
vale a 1·10 –9 m. O nanômetro tem grande rele-
vância na indústria de semicondutores, já que Matemática
bate as asas, em média, 80 vezes por é a escala usada para medir dimensões no in-
terior de qualquer microchip: módulos de me-
segundo, portanto, em 172.800s, baterá mória, SSDs, processadores e GPUs. 1. Calcule as potências seguintes de acordo
as asas: 80 · 172.800 = 13.824.000 vezes. com a definição e as suas consequências.
28. Uma das principais provas de velocidade
Escrevendo o resultado em notação cien- do atletismo é a prova dos 400 m rasos. No
a) 24 d) (−4)3
tífica, teremos: 1,3824 · 107. Campeonato Nacional, em 2021, o atleta João  1
2

b) −  e) (−0,222...)2


Oliveira venceu essa prova, com a marca de  3 
Resposta: Alternativa a.
45,18 s. Esse tempo, em segundos, escrito em
( )
0
c) 2,0081 f) 1 3
notação científica é:
a) 0,4518 · 102 d) 451,8 · 10 –1 2. Um número está representado cientifica-
b) 4,518 · 101 e) 4.518 · 10 –2 mente quando está na forma α ⋅ 10 n , em que
ANOTAÇÕES c) 45,18 · 100 1 ≤ α < 10 e n ∈ R. Represente cientificamente:
a) 0,0000181
b) 8.300.000.000
c) 0,038000
Desafios d) 0,000000042

1. Mário tem um sítio com 17 árvores. Cada 3. Escreva sob a forma de potência com ex-
árvore possui 17 galhos e, em cada galho, há 17 poente negativo.
maçãs. Quantas maçãs existem no sítio de Mario? 1
a) 2 d) 0,00001
a) 1.635 3
5
b) 3.224  1
b)   e) 0,333...
c) 4.913  2 
d) 2.728
e) 3.625 c) 0,001 f) 0,111...

28 Capítulo 1 — Potenciação

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

4. Considere que a massa de um próton é 9. Realize as operações a seguir e escreva os • Procure explorar situações que estão
1,7 × 10 −27 kg, o que corresponde a cerca de resultados em notação científica. presentes no cotidiano dos alunos.
1.700 vezes a massa de um elétron.
a) 0,00004 . 24.000.000
b) 0,0000008 . 0,00120
• Verifique os procedimentos dos alu-
c) 2.000.000.000 . 30.000.000.000 nos nas resoluções dos exercícios, detec-
tando possíveis dificuldades para poder

Shutterstock.com
10. Daniel perguntou a seu amigo: esclarecê-las.
— Paulo, o valor de 57 é 78.125, qual o resul-
tado de 58?
• Para que fique bem esclarecido o
assunto potenciação, faça uma revisão do
a) 156.250
b) 390.625 conteúdo já estudado, salientando que,
Sabendo que a massa do elétron é igual a 10 n, c) 234.375 muitas vezes, uma revisão acaba solucio-
calcule o valor de n. d) 312.500
nando dúvidas existentes e ampliando os
e) 231.600
conhecimentos dos alunos.
 9  1  1 
5. Calcule o valor da expressão:   −  ⋅ 2 −  
 4  2  3   11. O valor da expressão 20 x3 + 2 x2y 3 , para

x = -2 e y = 5, é: SUGESTÃO
17 3
a) d) a) -840.
12 85 b) -400. Trabalhar situações-problema sobre
b)
3
e)
12 c) 400. potenciação em concursos.
8 17 d) 840.
e) 231.
4
c)
25
12. Simplificando-se a expressão
  1   32 
−1 ANOTAÇÕES
6. Calcule o valor da expressão 1− 2−1 −  − 1 .
2 2
22


 6 

(x ) −2
⋅ (−x −2 ) 
S=   ,
23
23 
32 
7. Assinale o valor da expressão (0,05 + 0,2 - 3 ). 0 x ⋅ (−x ) 3

 
75 4
a) − d) − em que x ≠ 0, x ≠ 1 e x ≠ −1 , obtém-se:
100 16
25 a) −x −94 c) x −94
b) e) 1
10 b) x 94
d) −x 94
7
c)
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12

8. O valor da expressão 10 −3 ⋅ 26 ⋅ 2−5 ⋅ 104 é:


a) 2 ⋅ 10−1
b) 2−1 ⋅ 10
c) 2
d) 2 ⋅ 10−2
e) 20

Capítulo 1 — Potenciação 29

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13. Segundo as estimativas do IBGE, em 2009, o Brasil tinha, aproximadamente, 190 milhões
de habitantes espalhados pelas suas 27 unidades da federação e 5.565 municípios. A tabela
seguinte mostra o número aproximado de habitantes em algumas capitais brasileiras.
Com base nesses dados, é correto afirmar que
Capitais No de habitantes aproximadamente habitantes estão
distribuídos em .
Belo Horizonte 2.400.000 A opção que completa, corretamente, as la-
cunas acima é:
Brasília 2.600.000
a) 1,68 . 108, 5.565 municípios.
Rio de Janeiro 6.000.000
b) 2,20 . 107, 5.565 municípios.
São Paulo 11.000.000 c) 7,52 . 106, Belo Horizonte e Brasília.
d) 7,10 . 106, Belo Horizonte e São Paulo.

14. Quando se diz que em uma determinada região a precipitação pluviométrica foi de 10 mm,
significa que a precipitação naquela região foi de 10 litros de água por metro quadrado, em
média. Se em uma região de 10 km2 de área ocorreu uma precipitação de 5 cm, quantos litros
de água foram precipitados?

a) 5 . 107 b) 5 . 108 c) 5 . 109


d) 5 . 1010 e) 5 . 1011

Neste capítulo, aprendemos:


• A efetuar o cálculo de uma potência.
• Que as regras da potenciação facilitam o cálculo de uma potência.
• As propriedades da potência.
• A escrever um número em forma de notação científica.
• A resolver problemas envolvendo potenciação e notação científica.

30 Capítulo 1 — Potenciação

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CONTEÚDOS CONCEITUAIS

• Técnicas dos produtos notáveis.

2 CAPÍTULO
• O quadrado da soma de dois termos.
Produtos notáveis • O quadrado da diferença de dois termos.
e fatoração • O produto da soma pela diferença de
dois números.
• O cubo da soma de dois termos.
Para começar • O cubo da diferença de dois termos.
Não se sabe ao certo, mas muitos estudos indicam que o trabalho com • Fatoração.
produtos notáveis começou na Grécia Antiga, com a Álgebra Geométrica.
Podemos definir produtos notáveis como multiplicações de expressões
algébricas que apresentam polinômios como fatores. Eles são chamados
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
de notáveis por aparecerem com certa frequência no cálculo algébrico. O
conhecimento desses produtos é muito útil para simplificar a resolução de
cálculos matemáticos. É importante dizer que nem todo polinômio se ca-
• Transformar expressões algébricas em
racteriza como produto notável. O termo notável é referente à importân- um produto de fatores: fator comum,
cia e à regularidade desses produtos para a área da Matemática. fator agrupamento, diferença de quadra-
Antes de conhecermos as propriedades, é importante estarmos aten-
dos, trinômio quadrado perfeito.
tos a alguns conceitos importantes. Observemos um exemplo para enten-
dermos um pouco melhor: João tem terrenos constituídos de formas qua- • Resolver situações-problema por meio
drangulares e retangulares. Tomando como exemplo as imagens a seguir, da fatoração e simplificação.
calcule a área do quadrado e depois a área das figuras que o compõem.

a b CONTEÚDOS ATITUDINAIS
a b
a a a • Valorizar o trabalho coletivo e a troca
a+b

b
de experiências.
a a a a b
• Reconhecer diferentes métodos e pro-
b cessos na resolução de um problema.
a b
a b a
a+b • Formar grupos ou duplas para resolver
exercícios sobre o conteúdo estudado.
Para saber a área do quadrado à direita, basta elevar ao expoente 2
a medida dos lados do quadrado, ou seja (a + b)2. No caso das figuras que
o formam, as áreas dos quadrados (laranja) obedecem ao mesmo proce-
dimento e são, respectivamente, a² e b². Para saber a área dos dois retân-
ANOTAÇÕES
gulos (na cor cinza e que têm o mesmo tamanho), é preciso efetuar a mul-
tiplicação da base pela altura e multiplicar o resultado por dois, ou seja, 2
vezes a . b. Sendo assim, é possível concluir que (a + b)² equivale e pode ser
representado por a² + 2ab + b².
Porém, o trabalho não deve ficar apoiado exclusivamente em questões
geométricas. A interpretação das figuras nesse caso é uma estratégia limi-
tada: nem sempre é possível encontrar um modelo simples para explicar os
produtos notáveis quando eles apresentam expoentes maiores.

Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração 31

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Identificar e aplicar o conceito de pro-


dutos notáveis nos quadrados da soma e
da diferença e no produto da soma pela
diferença.
• Identificar e aplicar a fatoração em
expressões algébricas: fator comum,
agrupamento, diferença entre dois qua-
drados e trinômio quadrado perfeito.
• Aplicar procedimentos de fatoração,
simplificação e divisão na resolução de
uma equação.

31

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Mostre aos alunos que: Propriedades dos produtos notáveis


( a + b) 2 ≠ a 2 + b 2
e que: Quadrado da soma de dois termos
O quadrado da soma dos dois termos é representado pela seguinte expressão:
(a − b)2 ≠ a 2 − b2 , isto é, o quadrado da
(a + b)2 = (a + b) · (a + b)
soma ou da diferença não é o mesmo que
a soma ou a diferença dos quadrados. Aplicando a propriedade distributiva, teremos:
Professor, lembre também que:
(a + b + c )2 ≠ a 2 + b2 + c 2 e que numerica- (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
mente teremos: Assim, o quadrado do primeiro termo é somado ao dobro do produto do primeiro termo
(1 + 2 + 3)2 = 62 e 12 + 22 + 32 = 1 + 4 + pelo segundo termo e, por fim, somado ao quadrado do segundo termo.
9 = 14.
• Discuta com o aluno qual é o método Quadrado da diferença de dois termos
O quadrado da diferença dos dois termos é representado pela seguinte expressão:
mais prático para desenvolver (a + b + c )2 .
(a - b)2 = (a - b) · (a - b)

Aplicando a propriedade distributiva, teremos:

ANOTAÇÕES (a - b)2 = a2 - 2ab + b2

Logo, do quadrado do primeiro termo é subtraído o dobro do produto do primeiro termo


pelo segundo termo e, por fim, é somado a ele o quadrado do segundo termo.
Fácil será a memorização se você identificar a expressão anterior com a área de um qua-
drado de lado (a - b).

A E B
Seja S AEIH = S a área do quadrado de
lado (a − b) e
S ABCD = a 2 Logo:
SBFIE = b ⋅ (a − b) S = a 2 − 2b ⋅ (a − b) − b2
b(a - b) SDGIH = b ⋅ (a − b) S = a 2 − 2ab + 2b2 − b2
a 2
(a − b)
2
SCGIF = b = a 2 − 2ab + b2

H I F
Pelo dispositivo prático:
b(a - b) b² a−b
b
a−b
a 2 − ab
D G b C
a − ab + b2
a − 2ab + b2
2

32 Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração

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32

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Produto da soma pela Dessa forma, do cubo do primeiro termo é
subtraído o triplo do produto do quadrado do
diferença de dois termos primeiro termo pelo segundo termo. Em seguida,
O produto da soma pela diferença dos
ele é somado ao triplo do produto do primeiro
dois termos é representado pela seguinte
termo pelo quadrado do segundo termo. E, por
expressão:
fim, dele é subtraído o cubo do segundo termo.
(a + b)(a - b) = a · a - a · b + b · a - b · b
Passo a passo
Aplicando a propriedade de potência,
teremos:
1. Desenvolva os produtos notáveis a seguir.
(a + b)(a - b) = a - b 2 2
a) (5 + x)2 =
Solução:
5² + 2 · 5 · x + x² = 25 + 10x + x²
O cubo da soma de dois b) (2x + 3y)² =
termos Solução:
O cubo da soma de dois termos é repre- (2x)² + 2 · (2x) · (3y) + (3y)² = 4x² + 12xy + 9y²
sentado pela seguinte expressão:
c) ( 3 - x)² =
(a + b) = (a + b) · (a + b) · (a + b)
3 Solução:
3² - 2 · 3 · x + x² = 9 - 6x + x²
Logo, ao aplicar a propriedade distributi-
d) (2x - 3y)² =
va, teremos:
Solução:
(2x)² - 2 · (2x) · (3y) + (3y)² = 4x² - 12xy+ 9y²
a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
e) (x + 5 ) · (x - 5) =
Solução:
Dessa forma, o cubo do primeiro termo é
x² - 5² = x² - 25
somado ao triplo do produto do quadrado do
primeiro termo pelo segundo termo e ao tri- f) (3x + 7y) · (3x - 7y) =
plo do produto do primeiro termo pelo qua- Solução:
drado do segundo termo. Por fim, ele é soma- (3x)² - (7y)² = 9x² - 49y²
do ao cubo do segundo termo.
g) (x + 3)³ =
(x)³ + 3 · (x)² · 3 + 3 · x · (3)² + (3)³ = x³ + 9x² +
27x + 27
O cubo da diferença de dois
h) (2b - 2)³ =
termos (2b)³ - 3 · (2b)² · 2 + 3 · 2b · (2)² - (2)³ = 8b³ -
O cubo da diferença de dois termos é re-
7:12
24b² + 24b - 8
presentado pela seguinte expressão:

(a - b)3 = (a - b) . (a - b) . (a - b) i) (2m + 5)³ =


(2m)3 + 3 . (2m)2 . 5 + 3 . 2m . (5)2 + (5)3 =
Logo, ao aplicar a propriedade distributi- 8m3 + 60m2 + 150m + 125
va, teremos:
j) (p - 2q)³ =
(p)3 - 3 . (p)2 . 2q + 3 . p . (2q)2 - (2q)3 =
a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 p3 - 6p2q + 12pq2 - 8q3

Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração 33

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33

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Os produtos notáveis e casos de fa-


toração são ferramentas matemáticas
que agilizam a solução de uma série de
Aplicação
problemas, desde aqueles relacionados 1 x 1
1. Se x é um número real tal que x + = 3 e = 360 , então qual é o valor de x 2 + 2 ?
à própria Álgebra até questões ligadas à x y x

Geometria Espacial (estudo dos parale- 2. A soma de uma sequência de números ímpares, começando do 1, é sempre igual a um número
lepípedos reto-retângulos, por exemplo). quadrado perfeito. Com base nessa informação, responda:

a) Qual será a soma dos dez primeiros números ímpares?


SUGESTÃO É possível demonstrar esse truque por meio de um desenho. Observe:
1 = 12
Esse é um ótimo momento para co-
1 + 3 = 22
mentar quais são as dificuldades mais co-
1 + 3 + 5 = 32
muns na identificação das expressões ou
1 + 3 + 5 + 7 = 42
na fatoração delas.
1 + 3 + 5 + 7 + 9 = 52
1 + 3 + 5 + 7 + 9 + 11 = ?2

b) Qual é a soma da sequência 1 + 3 + 5 + 7 + ... + 33 + 35?

ANOTAÇÕES

Produtos notáveis especiais


O quadrado de um trinômio é igual à soma dos quadrados

willypd/AdobeStock.com
de seus termos mais o dobro da soma algébrica dos produtos bi-
nários distintos desses termos. Ou seja, é o quadrado do primei-
ro termo, mais o quadrado do segundo termo, mais o quadrado
do terceiro termo, mais duas vezes o primeiro termo vezes o se-
gundo termo, mais duas vezes o primeiro termo vezes o terceiro
termo, mais duas vezes o segundo termo vezes o terceiro termo.

2
(a + b + c) = a 2 + b2 + c 2 + 2 ⋅ (ab + ac + bc )

Demonstração:
2 2
(a + b + c) = (a + b) + 2 ⋅ (a + b) ⋅ c + c 2
2
(a + b + c) = a2 + 2ab + b2 + 2ac + 2bc + c 2
2
(a + b + c) = a2 + b2 + c 2 + 2(ab + bc + ac)

34 Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração

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34

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Resumindo, temos:

Produtos notáveis Exemplos


2 2
(a + b) = a 2 + 2ab + b2 ( x + 3) = x 2 + 6x + 9

2 2
(a − b) = a 2 − 2ab + b2 ( x − 3) = x 2 + 6x + 9

(a + b)(a − b) = a2 − b2 ( x + 3)( x − 3) = x 2 − 9
3 3
(a + b) = a + 3a 2 b + 3ab2 + b3 ( x + 2) = x 3 + 6 x 2 + 12 x + 8

3 3
(a − b) = a 3 − 3a 2 b + 3ab2 − b3 ( x − 2) = x 3 − 6 x 2 + 12 x − 8

(a + b)(a2 − ab + b2 ) = a3 + b3 ( x + 2) ⋅ ( x 2 − 2 x + 4 ) = x 3 + 8
(a − b)(a2 + ab + b2 ) = a3 − b3 ( x − 2) ⋅ ( x 2 + 2 x + 4 ) = x 3 − 8

Curiosidades

Uma pessoa levaria doze dias para contar de 1 até 1 milhão, se demorasse apenas um
segundo em cada número. Para chegar a 1 bilhão, ela precisaria de 32 anos.

Passo a passo
1. Utilizando os conhecimentos adquiridos a respeito de produtos notáveis especiais, determine:
a) (2x + 3) . (4x² - 6x + 9)
Solução:
Podemos notar facilmente que:
2
4 x 2 = (2 x ) ; 6 x = 2 x ⋅ 3 e 9 = 32, o que dá para concluir na soma de dois cubos. Portanto:
(2 x + 3) ⋅ (4 x 2 − 6 x + 9) = (2 x )
3
+ 33 → 8 x 3 + 27

5   25 2 10 
b)  y − 2 z ⋅  y + yz + 4 z 2 
7:16
 6   36 6 
Solução:
Seguindo o mesmo raciocínio da letra a, teremos:

5   
 y − 2 z ⋅  25 y 2 + 10 yz + 4 z 2  =
 6   36 6 
3
 5 
 y  − (2 z )3 → 125 y 3 − 8 z 3
 6  216

Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração 35

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35

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2. Por qual expressão devemos multiplicar o 5. O desenho a seguir representa a planta de
trinômio 9 x 2 − 3 x + 1 para obter uma soma uma pequena casa construída sobre um terre-
de dois cubos? no. Indique as áreas abaixo com expressões.
Solução:
2
9 x 2 = (3 x ) e 1= 12 , portanto devemos multi- y
Sala Cozinha
plicar o trinômio por 3 x + 1 .

3. Qual o trinômio que, ao ser multiplicado por


3 x − 4 , tem como resultado a diferença de dois

Banheiro
cubos?
x
Quarto
Solução:
Nesse caso, devemos fazer a seguinte operação:
quadrado do primeiro termo: (3 x )2 = 9 x 2 ;
menos o produto do primeiro pelo segundo y x
termo: 3 x ⋅ 4 = 12 x ; mais o quadrado do se-
gundo termo: 4 2 = 16 . Portanto, o trinômio a) Área do quarto.
dado é 9 x 2 − 12 x + 16 . b) Área da cozinha mais área do banheiro.
c) Área da sala.
4. Desenvolva: d) Área da casa.
2
(2a + 3b + 4c) 6. Desenvolva e, quando necessário, utilize o
Solução: dispositivo prático.
2
(2a + 3b + 4c) = a) (a + b + 2)
2

2 2 2
(2a) + (3b) + (4c ) + 2 ⋅ 2a ⋅ 3b + 2 ⋅ 2a ⋅ 4c
b) ( x 2 − x − 2)
2

+ 2 ⋅ 3b ⋅ 4c →  1  1
7. Dados A =  x +  e B =  x −  , calcule
2 2
4a + 9b + 16c + 12ab + 16ac + 24 bc  x   x 
(A + B)².

Aplicação 8. Desenvolva os produtos notáveis e reduza


os termos semelhantes.
a) (x + y)2 - 2xy
3. Desenvolva os seguintes produtos notáveis.
b) (5 - 2z)2 - (25 + 10z)
a) (3 x − 2 y ) ⋅ (9 x 2 + 6 x y + 4 y 2 )
c) (3x + 1)2 + (3x - 1)2 - 2
3 5  9 25 2  d) (2 - 2x)2 + (3 - 2x)2 - 2(x - 3)
b)  a + b ⋅  a 2 − ab + b 
 5 3   25 9 
2 Prostock-studio/AdobeStock.com
 3 
c) a + b + 1
 4 

4. Bruno realizou a seguinte multiplicação:


(2x + 3)(2x + 3) = 4x 2 + 9. Observando o
que Bruno fez em seu caderno, responda: ele
acertou a multiplicação de polinômios? Tente
entender e escreva o que ele fez.

36 Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração

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36

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Fatoração
Outros saberes
Fatorar uma expressão algébrica ou um polinômio significa trans-
Para ampliar os seus
formar a expressão algébrica ou o polinômio em um produto de fato- conhecimentos acerca
res irredutíveis. Há vários processos para a decomposição de um poli- do conteúdo que
estamos estudando,
nômio em um produto de um ou mais fatores. Veja os principais pro- escaneie o QR Code a
cessos de fatoração. seguir.

Fator comum em evidência


Usamos esse tipo de fatoração quando existe um fator que se re-
pete em todos os termos do polinômio. Esse fator, que pode conter nú-
mero e letras, será colocado na frente dos parênteses.
Exemplo: Descomplica
Fatore a expressão: FATORAÇÃO E
PRODUTOS NOTÁVEIS |
ax + bx + cx QUER QUE DESENHE |
ax + bx + cx = x . (a + b + c)
MAPA MENTAL

O x é fator comum e foi colocado em evidência.


Vamos demonstrar essa fórmula, ou técnica, através das áreas das figuras planas.
A F B
Fácil será a memorização se você iden-
tificar a expressão anterior com as áreas de
um retângulo.
Temos:
x 1 2 x S ABCD = (a + b)
S AFED = a ⋅ x
SFBCE = b ⋅ x
Logo: S AFED + SFBCE + S ABCD
D E C
a b
a x + bx = x (a + b)

Passo a passo
1. Fatore os polinômios a seguir.
a) 3x + 3y = b) 5x² - 10x = c) 8ax³ - 4a²x² =
Solução: Solução: Solução:
3 (x + y) 5x ( x - 2) 4ax² (2x - a)

Agrupamento
Usamos esse caso no polinômio em que não exista um fator que se repita em todos os
termos. Podemos usar a fatoração por agrupamento. Para isso, devemos identificar os termos
que podem ser agrupados por fatores comuns.
Exemplo:
Fatore o polinômio mx + 3nx + my + 3ny.

Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração 37

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37

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Conduza-os a perceber que, para fa- Os termos mx e 3nx têm como fator comum o x. Já os termos my e 3ny possuem como fator
torar por agrupamento, devemos ter um comum o y. Colocando esses fatores em evidência:

número par de termos, a fim de dividir x(m + 3n) + y(m + 3n)

esses termos dois a dois, três a três e as- Colocando novamente os fatores comuns em evidência, encontramos a forma fatorada do
polinômio:
sim por diante, de acordo com a necessi-
mx + 3nx + my + 3ny = (m + 3n)(x + y)
dade da expressão. Enfatize que, no caso
da diferença de dois quadrados, a fatora- Vamos demonstrar:
ção certamente é um caso de produtos A E B
notáveis, “produto da soma pela diferen-
ça entre dois termos”.
x 1 2

I F
G

ANOTAÇÕES y 3 4

D a H b C

Fácil será a memorização se você identificar a expressão anterior com áreas das figuras planas.
Temos:
S ABCD = (a + b) ⋅ ( x + y )
S AEFI = a ⋅ x
SIFHD = a ⋅ y
SGBEF = b ⋅ x
SFGCH = b ⋅ y

a x + bx + ay + by =
y em evidência

x em evidência

x (a + b) + y (a + b) ( x + y )(a + b)
Agrupando x e y em uma adição Novo fator comum

Pelo dispositivo prático, pode ficar um pouco trabalhoso. Podemos demonstrar melhor uti-
lizando a propriedade distributiva:

( x + y )(a + b) = a x + ay + bx + by

38 Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração

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38

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Passo a passo
1. Resolva os casos de agrupamento:
a) 5ax + bx + 5ay + by b) x² + 3x + ax + 3a
Solução: Solução:
x( 5a + b) + y(5a + b) x(x + 3) + a( x + 3)
(x + y)(5a + b) (x + 3)( x + a)

Diferença de dois quadrados


Para fatorar polinômios do tipo a2 - b2, usamos o produto notável da soma pela diferença.
Assim, a fatoração de polinômios desse tipo será feita da seguinte maneira:

• Primeiro, devemos calcular a raiz quadrada de cada um dos dois termos.


a 2 = a ; b2 = b

• Depois, escrever o produto da soma dos valores encontrados pela diferença desses valores.
a2 - b2 = (a + b) · (a - b)

Demonstração utilizando os quadrados:

a a
a−b

a a b
a+b
As áreas coloridas nas duas figuras são iguais, então:
a² - b² = (a + b)(a - b)
Pelo dispositivo prático, temos:
7:47

(a + b)(a − b) → a + b Ex.: 4 − x 2 = (2 + x )(2 − x )


a−b 4 =2
2
a + ab x2 = x
− ab − b 2
(2 + x )(2 − x )
2 2
a −b

Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração 39

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39

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Passo a passo
1. Fatore 4x2 - 16.
Solução:
Primeiro, precisamos encontrar a raiz quadrada de cada um dos termos:
4 x 2 = 2 x e 16 = 4
Sendo assim:
4x2 - 16 = (2x + 4)(2x - 4)

2. A diferença entre 1.522² e 1.520² é:


Solução:
Transformando essa operação em um produto da soma pela diferença, teremos:
(1.522 + 1.520)(1.522 - 1.520) = 3.042 · 2 = 6.084

Trinômio quadrado perfeito


Os trinômios quadrados perfeitos a2 + 2ab + b2 e a2 - 2ab + b2 resultam do produto no-
tável do tipo (a + b)2 e (a - b)2.
Assim, a fatoração do trinômio quadrado perfeito será:
a) a2 + 2ab + b2 = (a + b)2 (quadrado da soma de dois termos)
b) a2 - 2ab + b2 = (a - b)2 (quadrado da diferença de dois termos)
Para saber se realmente um trinômio é quadrado perfeito, checaremos o seguinte:
1o – Dois termos (monômios) do trinômio devem ser quadrados perfeitos.
2o – Um termo (monômio) do trinômio deve ser o dobro das raízes quadradas dos dois ou-
tros termos.

Passo a passo
1. Faça a fatoração dos trinômios abaixo.
a) x² - 2x + 1 b) x² - 6y + 9y² c) 9a² - 12a + 12 =
Solução: Solução: Solução:
x² - 2x + 1 = (x + 1)² x² - 6y + 9y² = (x - 3y)² Apenas um termo do trinômio
(x + 1)² → quadrado perfeito (x - 3y)² → quadrado perfeito é quadrado perfeito, portanto o
trinômio não pode ser fatorado.

Cubo perfeito
Os polinômios a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 e a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 resultam do produto notável
do tipo (a + b)3 ou (a - b)3.
Assim, a forma fatorada do cubo perfeito é:
a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3
a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 = (a - b)3

40 Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração

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40

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Para fatorar polinômios desse tipo, devemos calcular a raiz cúbica dos termos ao cubo. De-
pois, é necessário confirmar se o polinômio é cubo perfeito. Se for, elevamos ao cubo a soma ou
a subtração dos valores das raízes cúbicas encontradas.

Passo a passo
1. Fatore o polinômio x3 + 6x2 + 12x + 8. c) x3 + 3x2a + 3xa2 + a3
Solução: d) 2x3 + 3xa2 - 2x3 - 3xa2
Primeiro, vamos calcular a raiz cúbica dos ter- e) 4x3 + 6xa2
mos ao cubo: Solução:
3 Resolvendo o primeiro cubo:
x3 = x e 3 8 = 2
(x + a)3 = x3 + 3x2a + 3xa2 + a3
Depois, precisamos confirmar se o polinômio
é cubo perfeito: Resolvendo o segundo cubo, teremos:
3 · x2 · 2 = 6x2 (x - a)3 = x3 - 3x2a + 3xa2 - a3
3 · x · 22 = 12x
Somando os dois resultados:
Como os termos encontrados são iguais aos
x3 + 3x2a + 3xa2 + a3 + x3 - 3x2a + 3xa2 - a3¨=
termos do polinômio, então temos um cubo x 3 + x 3 + 3 x 2 a + 3 x a 2 −3 x 2 a + 3 x a 2 +a 3 −a 3 =
perfeito.
Assim, a fatoração será: 2 x 3 + 6 x a2
Resposta: alternativa a.
x3 + 6x2 + 12x + 8 = (x + 2)3
4. Um cubo possui arestas com a medida ax + 2b2.
2. Fatore o polinômio a3 - 9a2 + 27a - 27.
Qual é o volume desse cubo?
Solução:
Solução:
Primeiro vamos calcular a raiz cúbica dos ter-
Para calcular o volume do cubo, basta multipli-
mos ao cubo:
car as medidas de largura, comprimento e al-
3
a 3 = a e 3 −27 = −3 tura da forma. Como todas essas medidas são
iguais às arestas do cubo, todas elas são iguais.
Depois, precisamos confirmar se o polinômio
é cubo perfeito: V = a · a · a ou V = a3
V = (ax + 2b2)3
3 · a2 · (- 3) = -9a2
V = (ax)3 + 3(ax)2 2b2 + 3xa(2b2)2 + (2b2)3
3 · a · (- 3)2 = 27a
V = a3x3 + 6a2x2b2 + 12xab4 + 8b6
Como os termos encontrados são iguais aos
Kira/AdobeStock.com

termos do polinômio, então é um cubo per-


feito.
Assim, a fatoração será:
a3 - 9a2 + 27a - 27 = (a - 3)3

3. Qual das alternativas a seguir é o resultado


da soma entre (x + a)3 e (x - a)3?
a) 2x3 + 6xa2
b) x3 - 3x2a + 3xa2 - a3

Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração 41

:51 Matematica_2022_9A_02.indd 41 05/08/2022 19:57:54

41

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

1. O enunciado pede o método prático


para a resolução do cubo da diferença de Aplicação
dois termos, ou seja: (a - b)3. Desenvol-
vendo esse produto notável, teremos: x 2 − y 2 x 2 − 2x y + y 2
9. (USF) O valor da expressão ⋅ , para x = 1, 25 e y = −0, 75, é:
(x + y ) x−y
(a − b) 3 = a) -0,25. b) -0,125. c) 4. d) 0,125. e) 0,25.
(a − b)(a − b)2 =
10. (FGV-SP) Seja n o resultado da operação 3752 − 374 2, a soma dos algarismos de n é:
(a − b)(a 2 − 2ab + b2 ) =
a) 18. b) 19. c) 20.
a 3 − 2a 2b + ab2 − a 2b + 2ab2 − b3 = d) 21. e) 22.
a 3 − 3a 2b + 3ab2 − b3
11. (Fatec) Sabendo que a² - 2bc - b² - c2 = 40 e a - b - c = 10, sendo a, b e c números reais,
o valor de a + b + c é igual a:
Transformando em notação matemática
a) 1. b) 2. c) 4. d) 10. e) 20.
o que é descrito em cada uma das alter- 1

1
3
nativas, teremos: 12. (FEI–SP) Simplificando a expressão (a 2 b + ab2 ) a b3 , encontramos:
1 1

a 2 b2
a) a 3 + 3a 2b + 3ab2 + b3 a) a + b b) a² + b²
c) ab d) a² + ab + b² e) b - a
b) a 3 − 3a 2b + 3ab2 − b3
c) a 3 + 3a 2b + 3ab2 − b3 13. Desenvolva as seguintes expressões:
d) a 3 + 3a 2b − 3ab2 − b3
a) (x + y)3 b) (x - y)3 c) (2x + 1)3 d) (3y - 1)3
e) a 2 − 2ab + b2
14. Qual é o resultado da soma entre 3x2a - 3xa2 e o produto notável (x - a)3?
Portanto, a única alternativa que des-
a) a3 b) - a3 c) x3
creve corretamente o que buscamos é a
d) x - a
3 3
e) x - 3x a
3 2

alternativa b.
Resposta: Alternativa b.
Desafios
2. No enunciado, é dito que cada habitan-
1. Das alternativas a seguir, assinale aquela que do primeiro termo pelo quadrado do segundo
te possui 3 pernas que cada carro possui diz respeito ao método prático para resolver o menos o cubo do segundo termo.
5 rodas e que o total de pernas e rodas é cubo da diferença corretamente. c) O cubo do primeiro termo somado ao triplo
do produto do quadrado do primeiro termo
97. Atribuindo a variável p para represen- a) O cubo do primeiro termo somado ao triplo pelo segundo somado ao triplo do produto
tar as pernas, e a variável r para represen- do produto do quadrado do primeiro termo do primeiro termo pelo quadrado do segundo
pelo segundo somado ao triplo do produto menos o cubo do segundo termo.
tar as rodas, podemos formular a seguin-
do primeiro termo pelo quadrado do segundo d) O cubo do primeiro termo somado ao triplo
te equação: 3p + 5c = 97. somado ao cubo do segundo termo. do produto do quadrado do primeiro termo
Como temos apenas uma equação e duas b) O cubo do primeiro termo menos o triplo pelo segundo menos o triplo do produto do
do produto do quadrado do primeiro termo primeiro termo pelo quadrado do segundo
variáveis, podemos ter várias soluções. pelo segundo somado ao triplo do produto menos o cubo do segundo termo.
Observando as alternativas, podemos eli-
minar algumas soluções. Para 19 ou 16 42 Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração

carros, a igualdade não é satisfeita. Para


9 habitantes e 14 carros, teremos: 3 · 9 +
5 · 14 = 97. No entanto, não há necessida- Matematica_2022_9A_02.indd 42 05/08/2022 19:57:58

de de tantos carros para esse número de


habitantes. Dessa forma, a única afirma- ANOTAÇÕES
tiva que podemos considerar verdadeira
é a da alternativa d, pois verificamos que
a igualdade não pode ser satisfeita com
mais de 17 carros.
Resposta: Alternativa d.

42

ME_Matematica_2022_9A_02.indd 42 15/08/2022 17:41:31


e) O quadrado do primeiro termo menos o Considere a igualdade 17² + x ² = y ² e, com
dobro do produto do primeiro termo pelo se- base nos exemplos anteriores, procure de-
gundo somado ao quadrado do segundo termo. terminar os números naturais x e y. Podemos
concluir que x + y é igual a:
2. Há muito tempo, em uma galáxia muito,
a) 289 b) 121 c) 81
muito distante… Em uma viagem a outro plane-
d) 144 e) 196
ta, os astronautas viram que, no planeta Z,
todos os habitantes possuem 3 pernas e cada 1
4. Sabendo que a + b = 2 e x + y = , cal-
carro possui 5 rodas. Em uma pequena cidade 2
desse planeta, existem ao todo 97 pernas e cule o valor numérico da expressão ax + bx +
rodas. Então podemos afirmar que: ay + by.
a) é possível que existam 19 carros nessa cidade.
0, 49 − x 2
b) existem no máximo 16 carros nessa cidade. 5. (FGV) O valor da expressão , para
c) essa cidade tem 9 habitantes e 14 carros. x = −1, 3 , é: 0 , 7 + x
d) essa cidade possui no máximo 17 carros.
a) 2 b) - 2 c) 2,6
e) nessa cidade, existem mais carros do que
d) 1,3 e) -1,3
pessoas.
6. (CN) A expressão

Matemática
2 2
(x 3
+ y 3 + z3 ) −(x 3 − y 3 − z3 )
y 3 + z3
com x ⋅ y ⋅ z ≠ 0, equivalerá a:
1. (Covest) A forma fatorada da expressão
(a + b) . y + 2 . (a + 1b) é: a) 4x³ b) 4yx³ c) 4zx³
d) 4yzx³ e) 4xyz
a) 2ay + 2by b) (a + b) . (y + 2)
c) 3 (a + b) . y d) (a + b) . y + 2
7. (Fatec) Sabe-se que (a + b - 3) 2 + (c - 5) 2
e) 2y
= 0, com a ∈ R, b ∈ R e c ∈ R. Então é verdade
dizer que a + b + c é igual a:
2. (UFSC) Determine o valor da expressão
a) 3 b) 5 c) 6
(a – b) ² , sendo a e b números reais positivos d) 7 e) 8
e sabendo que:



a 2 + b2 = 117 Neste capítulo, aprendemos:


a ⋅ b = 54
 • Que, na multiplicação de polinômios,
existem alguns produtos que podemos
a) 9 b) 8 c) 7 efetuar sem a necessidade de aplicar o
d) 6 e) 5 dispositivo prático, aplicando as regras
7:58

de produtos notáveis.
3. (OBM) Observe as igualdades a seguir. • A reconhecer as diversas regras de pro-
dutos notáveis.
3² + 4² = 5² • A escrever um polinômio na forma de
5² + 12² = 13² produto de dois ou mais fatores.
7² + 24² = 25² • A reconhecer os casos de fatoração e
ainda aplicar esse conhecimento na re-
9² + 40² = 41²
solução de problemas.

Capítulo 2 — Produtos notáveis e fatoração 43

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43

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Identificar a raiz de um número real.

CAPÍTULO
• Reduzir expressões que apresentam
radicais semelhantes. Equações polinomiais do
• Aplicar a racionalização de denomina- 2o grau
dores para simplificar cálculos.
• Identificar alguns fatores racionalizan-
tes em uma fração. Para começar
• Identificar alguns fatores racionalizan- A equação de 2o grau é uma ferramenta matemática com larga apli-
cação na resolução de problemas do nosso dia a dia. A Engenharia Civil,
tes chamados de números conjugados. por exemplo, com a construção de pontes e viadutos; a Arquitetura, com
desenhos de fachadas de prédios modernos; a Biologia, na observação
do comportamento da proliferação de micro-organismos; a Estatística,
CONTEÚDOS CONCEITUAIS com a previsão de crescimento populacional; e a Zoologia, com a admi-
nistração e o controle de demanda da alimentação dos animais dos zoo-
• Técnicas de fatoração para equações lógicos. São estes os exemplos de algumas áreas profissionais em que a
utilização dessa equação pode ser necessária.
dos seguintes casos: Considere o seguinte problema:

1o caso: equação do tipo ax2 + 2 + = 0, para Um grupo de elefantes de um zoológico está de dieta. Em um período
de 10 dias, eles devem comer uma quantidade de cenouras igual ao qua-
a ≠ 0. drado da quantidade que um grupo de coelhos come em 30 dias.
2o caso: trinômio quadrado perfeito. Em um dia, os elefantes e os coelhos comem, juntos, 1.444 kg de ce-
noura. Quantos quilos de cenoura cada grupo de animal come em um dia?
Considere x a quantidade (kg) de cenoura que os elefantes comem
• Fatoração de um trinômio quadrado por dia e y a quantidade (kg) de cenoura que os coelhos comem por dia.
perfeito. Pelo enunciado:
• Como resolver uma equação do 2o grau? Em um período de 10 dias, os elefantes devem comer uma quantidade de
cenouras igual ao quadrado da quantidade que os coelhos comem em 30 dias.
• Equações do 2o grau incompletas. 10x = (30 . y)² → 10x = 900y²
• Número de raízes reais.
• Relação entre os coeficientes e as raízes. Simplificando:
• Soma das raízes. x = 90y² (equação I)
• Produto das raízes. Mas também foi dito que, em um dia, os elefantes e os coelhos comem,
• Fatoração de uma equação do 2o grau. juntos, 1.444 kg de cenoura, isto é:
• Composição de uma equação do 2o grau. x + y = 1.444 (equação II)
• Raízes fictícias de uma equação do 2o grau. Resolvendo o sistema:
• Sistema de equação do 2o grau. x + y = 1.444 (II)
• Método da substituição. x = 90y² (I)
• Problemas envolvendo equações do
Substituindo o valor da equação I na II, teremos:
2o grau.
90y² + y = 1.444

44 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

Matematica_2022_9A_03.indd 44 10/08/2022 16:17:42 Ma

ANOTAÇÕES

44

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CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS

Portanto: • Reconhecer equações do 2 grau.


o

90y² + y - 1.444 = 0 • Identificar os coeficientes de uma equa-


Em que: ção do 2o grau.
• O termo em y² é 90y², cujo coeficiente é 90. • Determinar as raízes de uma equação
• O termo em y é 1y, cujo coeficiente é 1. do 2o grau usando diferentes processos.
• O termo independente de y é -1.444. • Reconhecer e resolver problemas utili-
Perceba que essa equação, na variável y, é diferente das que foram estudadas nas séries zando equações do 2o grau.
anteriores. Nesta, aparece um termo com expoente 2 na variável y, diferentemente daquelas
do 1o grau, em que se tinha ax + b = 0, sendo a ≠ 0.
• Relacionar o discriminante com o
número de raízes da equação do 2o grau.
Equações do 2o grau • Relacionar os coeficientes da equação do
Chamamos de equação do 2o grau toda equação que pode ser reduzida à forma ax² + bx + c = 0, 2o grau quando são conhecidas as raízes.
em que a, b e c são números reais chamados de coeficientes da equação e a ≠ 0.
Antes de conhecermos o método geral para sua solução, veremos algumas técnicas alter-
nativas que podem ser aplicadas a alguns casos. CONTEÚDOS ATITUDINAIS
1 caso
o

ax² + c = 0, sendo a ≠ 0 e b = 0. Outros saberes • Valorizar o trabalho em grupo e a troca


Vamos calcular a solução para a equação x2 - 16 = 0. de experiência na aprendizagem.
Para ampliar os seus
Solução:
Aplicando a técnica da fatoração, teremos:
conhecimentos acerca
do conteúdo que
estamos estudando,
• Despertar nos alunos a curiosidade
a² - b² = (a - b) ⋅ (a + b) escaneie o QR Code a pela investigação.
• Trabalhar as informações com base em
seguir.
Então:
x² - 16 = 0 → x² - 4² = 0 → (x - 4) ⋅ (x + 4) = 0 uma análise crítica da realidade.
Logo: • Estimular os alunos a pesquisarem o
x - 4 = 0 → x = 4 ou x + 4 = 0 → x = -4 uso da Matemática no dia a dia.
Portanto: S = {-4; 4}
A solução também pode ser obtida utilizando-se uma regra prática:
Professora Angela
Matemática
• Respeitar as diferentes interpretações
Equações do Segundo encontradas na resolução das situações-
x² - 16 = 0 → x² = 16 → x = ± 16 Grau – Vivendo a
Matemática com a -problema.
Portanto: Professora Angela

x = ±4
S = {-4; 4}

Importante ANOTAÇÕES
1) A equação polinomial do 2o grau com apenas uma incógnita possui duas raízes, e, portanto, seu
conjunto verdade (S) admite até o máximo de dois valores.
2) Toda equação que possui apenas o termo quadrado tem duas raízes nulas.
b c
3) A soma das raízes ( x '+ x '') da equação a x 2 + bx + c = 0 é − , e seu produto ( x '⋅ x '') é .
a a
4) A partir do item anterior e conhecendo as raízes de uma equação polinomial do 2o grau com uma
incógnita, podemos formar essa equação escrevendo ax² + Sx + P = 0, em que S será a soma das raí-
zes e P, o produto dessas raízes.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 45

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45

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2o caso
Equação do tipo ax² + bx = 0 para os coeficientes a ≠ 0 e c = 0.
Vamos calcular a solução para a equação 2x² - 5x = 0.

Solução:
Aplicando a técnica de fatoração, teremos:
ax² + bx = x (ax + b)

Então:

2 x 2 − 5 x = 0 → x (2 x − 5) = 0




x =0 


 São as dua
as soluções que satisfazem à equação.
ou 


5 
2x − 5 = 0 → x = 

2 

Portanto:

 5
 
S =
0; 


 2
 

−b
Podemos, então, estabelecer que x = 0 e x =
a

3o caso
Trinômio quadrado perfeito
Vamos calcular a solução para a equação x² + 6x + 9 = 16.
Observamos que o 1o membro da igualdade é um trinômio quadrado perfeito, portanto:

x2 + 6x + 9 = 16
Método de completar quadrados para ob-
ter um trinômio quadrado perfeito.
Ex.:
(x + 3) 2 = 16
x ² + 6x − 7 = 0 → x ² + 6x = 7 →
x ² + 6 x + 9 = 7 + 9 → ( x + 3) ² = 16
Com isso: x + 3 = ± 16 → x + 3 = ±4
Então: x + 3 = ± 16 → x + 3 = 4 →
x + 3 = −4 → x = 1 → x = − 7
x +3 = 4 → x =1  

 Ma

ou 
 Logo, S = {−7; 1}

x + 3 = −4 → x = −7


Resolução das equações completas


Agora, veja esta questão:

4a²x² + 4abx + b² = 0

46 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

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46

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Observamos que o 1o membro da igualdade é um trinômio quadrado perfeito. • Estimule os alunos a trabalharem em
Portanto: grupos e a valorizarem a troca de expe-
riência na aprendizagem.
4a2x2 + 4abx + b2 = 0
• Incentive os alunos a pesquisarem o
uso da equação do 2o grau em situações-
(2ax + b)2 = 0
-problema presentes no cotidiano.
Com isso: (2a x + b) ⋅ (2a x + b) = 0 → 2a x + b = 0 → x = −
b
2a
• Respeite as diferentes interpretações
 b  encontradas na resolução das situações-
Duas raízes reais e iguais, então: S = − 
 2a  -problema.
Na fatoração de um trinômio quadrado perfeito, será utilizada a seguinte técnica: • Para a resolução de problemas, utili-
ze a equação quadrática, ou equação do
• Retira-se a raiz quadrada do 1 termo: a o 2
= a.
2o grau.
• Retira-se a raiz quadrada do 2 termo: b o 2
= b.

• Multiplica-se um pelo outro: a ⋅ b. TEXTO DE APOIO DIDÁTICO


• Multiplica-se o resultado por dois: 2 ⋅ ab.
Se o resultado for igual ao termo do meio (central) do trinômio, podemos concluir que será O grande matemático do século XII,
um trinômio quadrado perfeito. Bhaskara Akaria (1114–1185), professor, as-
a2 + 2ab + b2 trólogo e astrônomo indiano, passou gran-
1o termo 2o termo
de parte do seu tempo estudando Matemá-
tica e Astronomia (fazendo o cálculo do dia e
(a + b)2 da hora da ocorrência de eclipses ou das po-
Multiplica por 2
sições e conjunções dos planetas), que dão
sustentação à Astrologia.
Suas obras mais conhecidas — Lilavati

Aplicação (bela) e Vijaganita (extração de raízes) —


tratam de Aritmética e Álgebra, respectiva-
mente, e têm numerosos problemas sobre
1. Escreva as equações abaixo na forma reduzida (ax² + bx + c = 0) e determine seus coeficien-
tes a, b e c.
equações lineares e quadráticas, progres-
sões aritméticas e geométricas, radicais,
a) (2x + 1)² = (x + 3)² b) (x + 3)² = 5(2 - x)
tríadas pitagóricas e outros.
c) (x - 2)² + 3 = 5x + 7 d) (x + 1)2 + (x - 2)2 = 0
Há muitas controvérsias sobre se
2. Completando um trinômio quadrado perfeito, resolva, nos reais, as equações abaixo. Bhaskara foi o mentor maior da fórmula
a) x² - 10x + 16 = 0 b) 4x² - 28x + 13 = 0
de resolução da equação do 2o grau. Em-
bora no Brasil se atribua seu nome à fór-
1 2 1 1
c) 16x² - 24x + 5 = 0 d) x + x+ =0 mula de resolução da equação do 2o grau
4 3 12
desde o século XVI, na literatura interna-
Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 47
cional isso não acontece. Veja a fórmu-
la de Bhaskara, utilizada para determinar
a resolução das raízes de uma equação
Matematica_2022_9A_03.indd 47 10/08/2022 16:17:49

quadrática, ou equação do 2o grau:

ANOTAÇÕES −b ± b² − 4ac
x=
2a
Em que: a x ² + bx + c = 0, a ≠ 0

:47

47

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 47 17/08/2022 07:18:09


3. Mister MM, o mágico da Matemática, apresentou-se diante de uma plateia e pediu que uma
determinada espectadora pensasse em dois números. Mister MM solicitou, a seguir, que a
espectadora lhe informasse o valor da soma e do produto deles, obtendo como resposta 5 e 6,
respectivamente. Para delírio da plateia, Mister MM adivinhou, então, os dois números. Descu-
bra você também esses números.

4. Felipe lançou o seguinte desafio na Internet: qual deve ser o valor de a para que a equação
(2a² - 5a) x² - 6x + 3 = 0, na variável x, seja do 2o grau? Tente resolver você também esse desafio.

5. Resolva as equações numéricas.


a) 2x² + 6x = 0 b) t² + 5t = 0
c) 3x² - 8x + 5 = 0 d) x (x + 2) = 4x

Como resolver uma equação do 2o grau?


Vamos, então, mostrar um método infalível para se obterem as raízes da equação, isto
é, vamos resolver a equação transformando a expressão em um trinômio quadrado perfeito.
Partiremos desta equação:

ax² + bx + c = 0

O termo ax² não é quadrado. Então multiplicamos a equação por 4a, depois de passar c
para o 2o membro.

Demonstração:

ax2 + bx + c = 0
ax2 + bx = -c
× 4a × 4a
4a2x2 + 4abx = -4ac

Pare um pouco e olhe a expressão 4a²x² + 4abx. O que falta a ela para ser um trinômio
quadrado perfeito?
Vamos fazer o complemento do quadrado adicionando b2 aos dois membros da equação.

4a2x2 + 4abx = -4ac


+b2
+b2
4a 2 x 2 + 4abx + b 2 = b2 - 4ac
Ma

Agora temos um trinômio quadrado perfeito (TQP).

Fatorando, teremos:
(2ax + b)² = b² - 4ac
Em consequência: 2a x + b = b2 − 4ac ou 2a x + b = − b2 − 4ac
Resumidamente: 2a x + b = ± b2 − 4ac

48 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

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48

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Explique para os alunos que, ao resol-


Agora, isolamos o x e temos a solução:
Lembrete ver a equação do 2o grau, sendo ela com-
2a x = −b ± b2 − 4ac −b ± b2 − 4ac
A fórmula x = é chamada de pleta ou incompleta, podemos identificar
2a
fórmula de Bhaskara. o número de raízes apenas com o valor
−b ± b2 − 4ac
x=
2a
obtido no cálculo do Δ.

Número de raízes reais • Se Δ > 0, a equação do 2 o


grau terá
duas raízes reais distintas.
A existência das raízes de uma equação do 2o grau, no conjunto dos números reais, depen-
de do discriminante (Δ) que é dado por b2 - 4ac. Observe a fórmula de Bhaskara, para raízes • Se Δ < 0, a equação do 2o grau não terá
raiz real.
−b ± 
de uma equação do 2o grau, x =
2a
.
• Se Δ = 0, a equação do 2o grau terá
De acordo com o discriminante (Δ), temos três casos a considerar.
duas raízes reais iguais, o que nos permi-
te dizer que terá uma raiz real.
1o caso:
O discriminante é positivo (Δ > 0)
• Chame a atenção dos alunos para a reso-
lução de problemas do cotidiano que envol-
A equação tem duas raízes reais e diferentes, assim representadas:
vem equações do 2o grau.
−b +  −b − 
x1 =
2a
e x2 =
2a • Valorize nos alunos a capacidade de
criar estratégias próprias de resolução
2o caso: de problemas.
O discriminante é nulo (Δ = 0)
• Contextualize os problemas, tornando
A equação tem duas raízes reais e iguais (raiz de multiplicidade 2), assim representadas: a interpretação dos dados mais significa-
b
x1 = x 2 = − tiva na aprendizagem.
2a
• Na seção Passo a Passo, os alunos deve-
3o caso: rão testar a compreensão do conteúdo
O discriminante é negativo (Δ < 0)
apresentado.
A equação não tem raízes reais.
Retornando ao problema do zoológico, apresentado no início deste capítulo, vamos cal-
cular a quantidade de comida ingerida pelos coelhos e pelos elefantes em um dia. Inicial- EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
mente, vamos comparar a equação do 2o grau ay² + by + c = 0 com a equação do proble-
ma: 90y² + y - 1.444 = 0.
Observamos que a = 90, b = 1 e c = -1.444. 1. Se você multiplicar um número real por
Agora, vamos calcular o discriminante Δ e, depois, substituir na expressão: ele mesmo e, do resultado, subtrair 14,
∆ = b2 − 4ac → ∆ = 1− 4 ⋅ 90 ⋅ (−1.444) = 1+ 519.840 → ∆ = 519.841 você vai obter o quíntuplo do número.
Qual é esse número?
−b ± ∆ −b ± ∆ −1± 519.841 −1± 721
y =→ →y= = ≅ Solução:
2a 2a 2 ⋅ 90 180
720 −722 x ² − 14 = 15 x
y1 ≅ = 4 e y2 ≅ ≅ −4 , 01(inválida)
180 180 x ² − 5 x − 14 = 0

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2 grau


o
49 x=
( 2
− −5 ± (−5) − 4 ⋅ 1⋅ (−14) )
2 ⋅1
 2 
5 ± (−5) − 4 ⋅ 1⋅ (14)
 
Matematica_2022_9A_03.indd 49 10/08/2022 16:17:53 x=
2
( )
5 ± 81 (5 ± 9)
ANOTAÇÕES x′ =
2
=
2
=
5−9
x ′′ = = −2
2
x = 7 ou − 2

:51

49

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 49 17/08/2022 07:18:10


Substituindo o valor de y (quantidade que os coelhos comem) na segunda equação (x = 90 ⋅ y2),
temos x = 90 ⋅ 4² → x = 90 ⋅ 16 = 1.440 (quantidade que os elefantes comem).
Resposta: Os coelhos comem 4 kg de cenouras por dia, e os elefantes comem 1.440 kg de
cenouras por dia.

Passo a passo
1. Calcule o discriminante Δ de cada uma das 3. (IFSP) A soma das soluções inteiras da equa-
equações e identifique o tipo de raiz que cada ção (x2 + 1) ⋅ (x2 - 25) ⋅ (x2 - 5x + 6) = 0 é:
equação apresenta.
a) 1. b) 3. c) 5.
a) x² - 4x - 5 = 0 d) 7. e) 11.
Solução:
a = 1; b = -4; c = -5 Solução:
Δ = b2 −4 ⋅ a ⋅ c
Δ = (-4)2 −4 ⋅ 1 ⋅ (-5) 1a equação:
Δ = 16 + 20 x 2 + 1 = 0 → x 2 = −1 → x = −1
Δ = 36 Para essa equação, não há raízes reais.
Logo, a equação tem duas raízes reais e dife-
rentes. 2a equação:
x 2 − 25 = 0 → x 2 = 25 → x = 25 → x ± 5
b) 9x² + 6x +1 = 0
Solução: 3a equação: x2 - 5x + 6 = 0, aplicando a fórmu-
a = 9; b = +6; c = +1 la de Bhaskara, temos: x’ = 2; x’’ = 3
Δ = b2 -4 ⋅ a ⋅ c Assim, temos 4 soluções inteiras: -5, 2, 3, 5.
Δ = (+6)2 -4 ⋅ 9 ⋅ 1 Somando-as, teremos:
Δ = 36 - 36 −5 + 2 + 3 + 5 = 5 . Alternativa c.
Δ=0

Finding Horizons/Shutterstock.com
Logo, a equação tem duas raízes reais e iguais.
2. A área de um retângulo é de 64 cm². Nessas
condições, determine as dimensões do retângulo
sabendo que o comprimento mede (x + 6) cm e
a largura mede (x - 6) cm.
Solução:
A = 64 cm²

l = (x − 6) cm
Ma

C = (x + 6) cm

A = C ⋅  → A = ( x + 6) ⋅ ( x − 6) = 64
x 2 − 6 x + 6 x − 36 = 64
x 2 − 36 = 64 → x 2 = 64 + 36
x = 100 → x = 10
Logo, o comprimento mede 16 cm, e a largu-
ra mede 4 cm.

50 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

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50

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Na seção Aplicação, forme grupos para


Aplicação resolver os exercícios e esteja sempre
pronto a esclarecer as dúvidas que forem
6. Sabendo que 12 é raiz de P(x) = x² - mx + 6, determine o valor de m. surgindo. Cada grupo deve apresentar à
7. Em um site chamado Loucos por Matemática, um aluno lançou a seguinte situação-problema: classe os resultados obtidos. Essa forma
de trabalho serve para que os alunos res-
Decompor o número 120 em produto de dois fatores cuja soma seja 23. Dica: sendo x um dos
peitem a fala do outro e avaliem o quan-
fatores procurados, o outro fator será 23 - x. Encontre você também esses dois números.
to aprenderam. É muito importante esti-
8. Escreva o grau de cada equação abaixo. mulá-los nesse processo.
a) 6x² = 0 b) 3x5 - 1 = 0 • Percebendo que os alunos estão com
x 4 + 2 x −1
dificuldade na resolução das atividades
c) 7x4 - 9(x + 1) = 5x d) − = 2x
2 3 propostas, oriente-os dando as expli-
9. O professor lançou um problema prático para seus alunos. Em volta de uma casa, será construí- cações necessárias. Motive os alunos a
da uma calçada de largura x (como mostra a figura). enfrentarem possíveis dificuldades na
resolução dos exercícios.

x
x x
x • Quando falamos em equação do 2o grau
14 m Essa largura depende do material disponível, que incompleta, significa dizer que: b = 0 ou
só dá para cimentar 112 m². Calcule a largura x
10 m

c = 0 ou b = c = 0. Na equação incom-
dessa calçada.
x x pleta, o coeficiente a é sempre diferen-
x x te de zero.

10. Uma bola é lançada do alto de um edifício e cai em direção ao solo (como mostra a figura).

ANOTAÇÕES

Sua altura h em relação ao solo, t segundos após o lançamento, é dada pela expressão
h = - 25t² + 625. Após quantos segundos do lançamento a bola atingirá o solo?

11. Encontre as raízes da equação x2- 4nx + 3n2 = 0, na incógnita x.

12. Um retângulo tem dimensões 10 cm × 5 cm. Deseja-se aumentar as suas dimensões de


modo que sua área aumente 54 cm². Em quantos centímetros deve ser aumentado cada lado
do retângulo?

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 51

Matematica_2022_9A_03.indd 51 10/08/2022 16:17:56

:55

51

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 51 17/08/2022 07:18:11


Equações do 2o grau incompletas
As equações do 2o grau podem ser reduzidas às formas:

• ax² + c = 0, quando b = 0
• ax² + bx = 0, quando c = 0
• ax² = 0, quando b = c = 0
São ditas equações incompletas.

Vamos exercitar o cérebro com alguns exemplos. Veja:

a) Resolva a equação 3x² - 6 = 0.


Solução:
A equação é do tipo ax2 + c = 0. Podemos resolvê-la de forma prática. Veja:
3x 2 − 6 = 0
6
3x 2 = 6 → x 2 =
3
{
→ x2 = 2 → x = ± 2 → S = − 2; + 2 }
Podemos, também, usar a fórmula de Bhaskara. Veja:

3x 2 + 0 ⋅ x − 6 = 0
∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c → ∆ = 02 − 4 ⋅ 3 ⋅ (−6) = 72

Portanto:
−0 ± 72
x=
2⋅3
Com isso:

6 2
x1 = ∴ x1 = 2
6
−6 2
x2 =
6
∴ x2 = − 2 → S = − 2 ;+ 2 { }
Observamos que a fórmula de Bhaskara, aplicada nesse caso, é menos prática.

b) Resolva a equação 5x² - 6x = 0.

Solução: Ma

A equação é do tipo ax² + bx = 0. Vamos resolver de forma prática.


Veja:
Colocando x em evidência, teremos:
Importante
5 x 2 − 6 x = 0 → x ⋅ (5 x − 6) = 0 A forma da equação polinomial do 2o grau será
Assim, x = 0 ou 5x - 6 = 0. ax² + bx = 0, ou ax2 + c = 0, em que a ≠ 0.

6  6 
x= Portanto: S = 0; 
5  5 

52 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

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52

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

2
Usando a fórmula de Bhaskara, teremos: 5 x 2 − 6 x + 0 = 0 → ∆ = (−6) − 4 ⋅ 5 ⋅ 0 = 36 • Para resolvermos problemas cuja equa-
ção seja ax2 + bx + c = 0, podemos fatorar
−(−6) ± 36 a equação, obtendo como resultado x (a +
Portanto: x =
2 ⋅5 Lembrete b) = 0 e encontrando duas raízes:
6 +6 6 a.b.c=0
Com isso: x1 = → x1 = −b
10 5 Implica dizer que: a = 0 ou b = 0 ou c = 0 (a ∈ R, x ′ = 0 ou x ′′ =
6 −6 b ∈ R e c ∈ R). a
x2 = → x2 = 0
10 Se x ∈ R, y ∈ R e x2 = y, então: x = y ou x = − y
 6  • Para resolvermos problemas cuja equa-
S = 0; 
 5  ção seja ax2 + c = 0, devemos dividi-la
por a e passar o termo constante para o
c) Resolva a equação 2x² + 8 = 0. segundo membro para obter:

Solução: c
A equação é do tipo a x ² + c = 0. x² = −
a
2 x 2 + 8 = 0 → 2 x 2 = −8
x 2 − 4 → x = ± −4 • Fique atento às seguintes observações:
Mas −4 não faz parte do conjunto dos números reais.
Portanto: S = ∅
c
Se − for negativo, não existirá solu-
a
d) Para quais valores de k a equação x² - 2x + k - 2 = 0 admite raízes reais e distintas?
ção no conjunto dos números reais.
Solução:
Para que a equação admita raízes reais e distintas, devemos ter Δ > 0. Com isso: c
Se − for positivo, a equação terá
b² - 4ac > 0
a
(-2)2 - 4 . 1 . (k - 2) > 0 duas raízes com o mesmo valor absoluto
4 - 4k + 8 > 0
(módulo), mas de sinais contrários.
-4k + 12 > 0 (multiplicamos ambos os membros por -1)
Temos:
4k - 12 < 0 SUGESTÃO DE ATIVIDADE
4k < 12 → k < 3
Logo, os valores de k devem ser menores que 3. Veja esta questão e comente-a com
os alunos:
e) Determine o valor de P para que a equação x² - (P - 1)x + P - 2 = 0 admita raízes reais
e iguais.
1. (Cescem) O trinômio ax2 + bx + c tem
Solução:
duas raízes reais e distintas; a e b são dois
Para que a equação admita raízes reais e iguais, é necessário que Δ = 0. Com isso:
b² - 4ac = 0 números reais não nulos. Então, o trinômio:
[-(P - 1)]² - 4 . 1 . (P - 2) = 0
P² - 2P + 1 - 4P + 8 = 0
P² - 6P + 9 = 0 a) tem duas raízes reais e distintas ou ne-
nhuma raiz real, conforme o sinal de b.
Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 53 b) pode ter uma, duas ou nenhuma raiz
real.
c) tem duas raízes reais e distintas se a
Matematica_2022_9A_03.indd 53 10/08/2022 16:18:02 e b forem ambos positivos, nada se po-
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO dendo afirmar nos demais casos.
ANOTAÇÕES d) tem duas raízes reais e distintas ou
Foi Girard que determinou as relações nenhuma raiz real, conforme sinal de
entre raízes e coeficientes, admitindo ser a e b.
possível existirem raízes negativas e imagi- e) tem sempre duas raízes reais e distintas.
nárias, enquanto Viète só conseguia admi-
tir as raízes positivas. Girard percebia que Resposta: Alternativa e.
as raízes negativas são orientadas em sen-
tido oposto ao dos números positivos, an-
tecipando, assim, a ideia de reta numéri-
ca. Ele disse: “O negativo, em Geometria,
indica um retrocesso, ao passo que o po-
sitivo é um avanço”.
:59

53

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Observamos que a equação é um trinômio quadrado perfeito.

Portanto:
P² - 6P + 9 = (P - 3)² = 0

Então:
(P - 3)² = 0 → P = 3
Logo, o valor de P é igual a 3.

f) Para quais valores de m a equação 3x² + 6x + m = 0 não admite nenhuma raiz real, ou
seja, admite raízes imaginárias?

Solução:
Para que a equação não tenha raiz real (apenas raízes imaginárias), devemos ter Δ < 0.

Com isso:
b² - 4ac < 0
6² - 4 . 3 . m < 0
36 - 12m < 0
-12m < -36 (multiplicamos ambos os membros por -1)
Temos:
36
12m > 36 → m >
12
Então: m > 3.
Logo, os valores de m devem ser maiores que 3.

Lembrete
A existência dos zeros, ou raízes, depende do sinal de Δ.

•1 o
caso: Δ > 0; admite duas raízes reais e desiguais.
•2 o
caso: Δ = 0; admite duas raízes reais e iguais.
•3 o
caso: Δ < 0; não admite raízes reais, porém existem raízes complexas.

Bhaskara Akaria (1114-1185), matemático, as- reconhecidos, e, muito cedo, atingiu o posto de
trólogo e astrônomo indiano, escreveu o primei- diretor do Observatório de Ujjain, o maior cen-
ro estudo que empregava o sistema numérico de- tro de pesquisas matemáticas e astronômicas da
cimal. Utilizou letras para designar quantidades Índia, na época.
desconhecidas e antecipou-se no uso da moder- Seu livro mais famoso é o Lilavati, uma obra bem
na convenção de sinais matemáticos. elementar e dedicada a problemas simples de Arit-
Nascido em uma tradicional família de astrólo- mética e Geometria Plana. A palavra Lilavati é um
gos indianos, seguiu a tradição profissional da fa- nome próprio de mulher (a tradução é Graciosa), e
mília, porém com uma orientação científica, de- a razão de ter dado esse título a seu livro é porque,
dicando-se mais à parte matemática que dá sus- provavelmente, teria desejado fazer uma alusão à
tentação à Astrologia. Seus méritos foram logo elegância de uma mulher da nobreza.

54 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

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a) as raízes sejam reais e diferentes.
b) as raízes sejam reais e iguais.
Aplicação c) as raízes não sejam reais.

13. Determine as raízes das equações do 20. Calcule o valor de p na equação x² - 10x +
2o grau incompletas. p = 0 de modo que:
a) 4x2 - 12 = 0 a) as raízes sejam reais e diferentes.
b) as raízes sejam reais e iguais.
b) 3 2 ⋅ x 2 + 3 ⋅ x = 0
c) as raízes não sejam reais.
c) (x - 4)2 + 2 (4x - 10) = 0
21. Calcule o valor de k de modo que a função
14. Analisando a equação do segundo grau f(x) = 4x² - 4x - k tenha duas raízes reais e iguais.
x² - 2x + 1 = 0, podemos afirmar que ela possui:
22. Quantas raízes reais tem a equação 3x² -
a) nenhuma solução real.
3x + 3 = 0?
b) uma única solução real.
c) duas soluções reais. a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4
d) três soluções reais.
e) infinitas soluções reais. 23. A temperatura do forno da padaria de seu
João é reduzida por um sistema a partir do
15. Para que valores de k a equação 2x² + kx + instante de seu desligamento (t = 0) e varia de
2 = 0 possui duas raízes reais e iguais? t2
acordo com a expressão T (t ) = + 400 , com t
4
16. Determine a para que a equação do 2o grau em minutos. Por motivos de segurança, a trava
ax² + x + 1 = 0 admita duas raízes reais e do forno só é liberada para abertura quando
distintas. o forno atinge a temperatura de 39 °C.
Qual o tempo mínimo de espera, em minutos,
1 1
a) a = b) a < após se desligar o forno, para que a porta possa
4 4 ser aberta?
1
c) a > d) a = 4 a) 19,0 b) 19,8 c) 20,0
4 d) 38,0 e) 39,0
e) a = - 4

17. O valor de k para o qual a equação Relação entre os


 k
3 x 2 − 4 x + 4 −  = 0 tem uma raiz nula é: coeficientes e as raízes
 6 
Sejam x1 e x2 as raízes de uma equação do
a) 17. b) 16. c) 0.
2o grau ax² + bx + c = 0 para a ≠ 0, através da
d) -16. e) 24.
fórmula de Bhaskara, temos que:
18. Uma das raízes da equação 3x² - (2 + k) x +
−b + ∆ −b − ∆
5 = 0 é o número 1. Nessas condições, temos: x1 = ; x2 = , em que:
2a 2a
a) k = -5 b) k = 6 c) k = -6
∆ = b2 − 4ac.
d) k = -4 e) k = 5
Assim, temos as seguintes relações entre
19. Calcule o valor de k na equação x² - 6x + as raízes x1 e x2 e os coeficientes a, b e c, em
k = 0 de modo que: que a ≠ 0.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 55

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Depois de muitos anos de estudos, Soma das raízes


matemáticos conseguiram encontrar
uma alternativa mais prática para resol- Calcular a soma das raízes de uma equação do 2o grau é efetuar a operação de adição entre

ver uma equação do 2o grau: descobriram


−b + ∆ −b − ∆
uma interessante relação entre os coefi- x1 = e x2 = .
2a 2a
cientes e as raízes, que facilitou a resolu-
ção dessas equações com um simples cál- Temos que:

culo mental. Hoje, é muito mais prático  −b + ∆   −b − ∆ 



x1 + x 2 =   +  
calcular a soma e o produto de suas raí-  2a   2a 
zes em uma equação do 2o grau.
x1 + x 2 =
(−b + ∆ ) + (−b − ∆ )
−b 2a
Soma das raízes: x’ + x’’ =
a x1 + x 2 =
−b + ∆ − b − ∆
c 2a
Produto das raízes: x’ . x’’ = Importante
a 2b
Então: x1 + x 2 = − 1) Quando Δ > 0, a função tem duas raízes reais e distintas.
2a
• Para se obter a soma e o produto de 2) Quando Δ = 0, a função tem duas raízes reais e iguais.
3) Quando Δ < 0, a função não tem raiz real.
uma equação do 2o grau (x2 − Sx + P = 0), b
Portanto: x1 + x 2 = −
a
utilizamos as seguintes fórmulas:

S =−
b
eP=
c Passo a passo
a a
1. Na equação x2 + 4x - 5 = 0, encontre x1 e 2. Na equação x2 + bx - 2 = 0, calcule b sabendo
SUGESTÃO DE ATIVIDADE x 2 utilizando a relação da soma das raízes e que suas raízes são x1 = 2 e x2 = -1.
sabendo que -5x1 = x2. Solução:
b
Solução: Como x1 + x 2 = − , temos:
1. Determine a soma e o produto da a
x1 + x2 = -4 e -5x1 = x2
seguinte equação: x2 − 5x + 7= 0. Logo, x1 + (-5x1) = -4 2-1=-b→-b=1
Solução: -4x1 = -4 → x1 = +1 (multiplicamos por -1)
Então: 1 + x2 = -4
Sendo a = 1, b = −5 e c = 7: x2 = -4 - 1 → x2 = -5 Logo, b = -1, e a equação fica: x 2 − x − 2 = 0

b c
S =− =5 e P = =7 Produto das raízes
a a Calcular o produto das raízes de uma equação do 2o grau é efetuar a operação da multipli-
−b + ∆ −b − ∆
cação entre x1 = e x2 = .
2a 2a
ANOTAÇÕES Logo, teremos que:
 −b + ∆   −b − ∆ 
  ⋅  
x1 ⋅ x 2 = 
 2a   2a 

56 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

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56

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Observamos que o numerador representa um produto notável: (x + y) ⋅ (x - y) = x² - y²
Com isso:
2 2
(−b) − (∆) b2 − ∆
x1 ⋅ x 2 = → x1 ⋅ x 2 = , mas ∆ = b2 − 4ac
4a 2 4a 2

Então:

b2 − (b2 − 4ac ) b 2 − b 2 + 4ac 4ac


x1 ⋅ x 2 = → x1 ⋅ x 2 = → x1 ⋅ x 2 =
4a 2 4a 2
4a 2

c
Portanto: x1 ⋅ x 2 =
a
b c
Denominamos as expressões x1 + x 2 = e x1x 2 = de relações de Girard.
a a

Albert Girard (1590-1632), matemático francês, lecionou Matemática, Engenharia


e Óptica, além de Música.

Exemplos:

a) Determine a soma e o produto das raízes da equação 10x² + x - 2 = 0.

Solução:
De acordo com a equação do 2o grau ax² + bx + c = 0, teremos: a = 10; b = 1 e c = -2.

b c
Com isso: x1 + x 2 = − → x1 ⋅ x 2 = .
a a
Portanto:
1
Soma das raízes = − .
10
2 1
Produto das raízes = − =− .
10 5
11
b) Determine o valor de k na equação kx² - 22x + 20 = 0 para que a soma das raízes seja
3
Solução:
De acordo com a equação do 2o grau ax² + bx + c = 0.
8:11
Logo, teremos:
a = k, b = -22 e c = 20
b 11
Com isso: x1 + x 2 = − e x1 + x 2 = .
a 3
11 (−22)
Então: =− → 11k = 66.
3 k
Portanto: k = 6.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 57

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57

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Estimule os alunos a resolverem os exer- Importante


cícios na lousa e valorize cada acerto.
b
• Incentive-os a manifestarem as dúvidas 1) Quando x = −
2a
, este será o valor para o qual o trinômio ax2 + bx + c = y encontrará o extre-
e procure respondê-las, principalmen- mo (máximo e mínimo).
te no momento de correção dos exercí- 2) Para os valores máximos e mínimos do trinômio do ponto 1, ax2 + bx + c = y será encontrado
cios, certificando-se de que o conteúdo b2 − 4ac
pela equação x = − .
4a  b2 ∆
foi bem assimilado. 3) As coordenadas cartesianas de um extremo do trinômio são − , − .
• Trabalhar com fatoração é converter  2a 4a 
4) O trinômio ax + bx + c = y terá seu valor máximo se a < 0, e seu valor ocorrerá com a > 0.
2
equações algébricas em produtos de
duas ou mais expressões, transforman-
do essa expressão em fatores de uma
multiplicação. Aplicação
• Utilize várias técnicas para solucionar
uma expressão que tenha fatoração: 24. O valor de p na equação px² - 4x + (p + 1) = 0, para que o produto das raízes seja 0, é:
– Fator comum em evidência. a) 1. b) 2. c) 4. d) -1. e) -2.
– Agrupamento de termos semelhantes.
25. O valor de k na equação 15x² + kx + 1 = 0, para que a soma dos inversos de suas raízes seja
– Diferença de dois quadrados. igual a 8, é:
– Trinômio quadrado perfeito. a) 0. b) -1. c) 8. d) -8. e) 1.
– Trinômio do 2o grau.
26. Sendo S a soma e P o produto das raízes da equação 2x² - 5x - 7 = 0, calcule o valor de (S - P)2.

• Comente minuciosamente os exemplos


do livro e possibilite aos alunos expres- Fatoração de uma equação do 2o grau
sarem as opiniões deles sobre o conteú- Todo trinômio do 2o grau pode ser decomposto no produto do coeficiente do seu primeiro
do estudado. termo pelo binômio do 1o grau, que se obtém subtraindo da variável de cada uma de suas raízes.

• Para compor uma equação do 2o grau Designadas por x1 e x2 as raízes do trinômio ax² + bx + c, queremos demonstrar que:

(ax ² + bx + c = 0) , basta encontrar os ax2 + bx + c = a (x - x1) ⋅ (x - x2)

b c Demonstração:
valores S = − e P = e substituí-los na Sendo x1 e x2 as raízes do trinômio ax² + bx + c, concluímos que ele se anula para:
a a −b c
x = x1 ou x = x 2 , então x1 + x 2 = e x1 ⋅ x 2 = , que são, respectivamente, a soma e o pro-
equação x2 - Sx + P = 0. a a
duto das raízes desse trinômio.
• Explore o conhecimento dos alunos tra-  b c Lembrete
balhando os exemplos do livro. Portanto: a x 2 + bx + c = a  x 2 + ⋅ x + 
 a a  Casos de fatoração:
ab + a = a(b + 1)

 −b b a² - b² = (a + b)(a - b)

 x + x2 = ⋅ (−1) → = −x1 − x 2
 1 a a a² + 2ab + b² = (a + b)²
Mas: 

 c c a² - 2ab + b² = (a - b)²
ANOTAÇÕES 




x1 ⋅ x 2 = → = x1 ⋅ x 2
a a

58 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

Matematica_2022_9A_03.indd 58 10/08/2022 16:18:19

58

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Com isso, temos: Outros saberes
ax + bx + c = a [x + (−x1 - x2) x + x1 ⋅ x2]
2 2
Para ampliar os seus
conhecimentos acerca
ax2 + bx + c = a (x2 - x1x - x2x + x1x2) do conteúdo que
estamos estudando,
escaneie o QR Code a
Vamos usar a fatoração por agrupamento: seguir.

ax 2 + bx + c = a [x (x - x1) - x 2 (x - x1)]

ax 2 + bx + c = a (x - x1) ⋅ (x - x 2)
Equaciona Com Paulo
Está concluída a demonstração. Pereira
Forma fatorada da
Equação de 2o grau

Composição de uma equação do 2o grau


Conhecidas as raízes
Considere a equação do 2o grau ax² + bx + c = 0. São conhecidas as raízes dessa equação,
que serão representadas por x1 e x2.
Dividindo todos os termos da equação do 2o grau ax² + bx + c = 0 por a (a ≠ 0), obteremos:

a x 2 bx c 0 b c
a x 2 + bx + c = 0 (÷ a) → + + = → x2 + x + = 0
a a a a a a
−b c
Mas sabemos que x1 + x 2 = é a soma das raízes e que x1 ⋅ x 2 = é o produto das raí-
a a
zes, os quais, respectivamente, vamos representar por S e P. Portanto:

−b b c
S = x1 + x 2 → S = ⋅ (−1) → = −S → P = x1 ⋅ x 2 → P =
a a a

b c
Com isso: x 2 + x + = 0 → x 2 − Sx + P = 0
a a
Podemos determinar uma equação a partir da soma e do produto de suas raízes.

8:19 Aplicação
27. Um professor de Matemática lançou, para seus alunos, o seguinte problema: encontrar as
equações do 2o grau cujas raízes são:
1 3
a) -2 e 7. b) 3 − 1 e 3 + 1. c) −1 e − . d) 1 e 2. e) − e 1.
6 4
Resolva você também.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 59

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Resolva o sistema de equações: 28. João chegou em casa com a seguinte tarefa: escrever a forma fatorada das equações do 2o grau
abaixo. Resolva você também.
2 x + 3 y = 10


 a) x² - 5x + 6 = 0 b) 2x² - 3x + 1 = 0
3 + y = 8
 c) 3x² - 10x + 3 = 0 d) 2x² + 7x + 5 = 0

a) No primeiro caso, vamos trabalhar 29. Leia atentamente:
com o método da substituição na segun- Para simplificar equações algébricas, antes temos de fatorá-las. Portanto, simplifique as expressões.
da equação: x = 8 − y x 2 − 5x + 4 3x 2 − 5x + 2
a) b)
Agora, substitua esse valor na primei- x 2 − 16 3x 2 − 3x + 1
ra equação: 30. Fatore, quando possível, cada equação.
2 (8 − y ) + 3 y = 10 a) x2 + 2x - 35 = 0 b) 4x2 - 5x + 1 = 0
c) x2 - (a + b) x + ab = 0 d) 3x2 - 19x + 20 = 0
16 − 2 y + 3 y = 10
y = −6 31. Escreva uma equação do 2o grau que tenha:
a) -5 e 3 como raízes.
Vamos encontrar o valor de x substi- b) x1 + x2 = 17 e x1 ⋅ x2 = 70, sabendo que x1 e x2 são as raízes.
tuindo esse valor na primeira equação. c) 0 e 6 como raízes.
d) duas raízes reais iguais.
e) nenhuma raiz real.
2 x + 3 y = 10
2 x + 3 ⋅ (−6) = 10 32. Determine o t da equação (t + 1) x² - 7x + (2t - 1) = 0 para que as raízes sejam números recíprocos.
2 x − 18 = 10
2 x = 28 Sistema de equações do 2o grau
x = 14
Observe a seguinte situação-problema e encontre os valores de x e y no sistema abaixo:
 x 2 + y 2 = 10


b) No segundo caso, vamos trabalhar por 

x = 2 − y

eliminação: multiplica-se a segunda equa-
Para resolvermos esse sistema de equações, basta montar uma equação do 2o grau apli-
ção por -2 e soma-se com a primeira. cando as técnicas de substituição que aprendemos nas séries anteriores.


2 x + 3 y = 10

 Método da substituição

x + y = 8
 Vamos substituir x = 2 - y na equação x² + y² = 10.
Teremos:
Agora, vamos eliminar:
(2 - y)² + y² = 10 → 4 - 4y + y² + y² - 10 = 0 → 2y² - 4y - 6 = 0
2 x + 3 y = −10 Dividindo por 2, temos: y2 - 2y - 3 = 0.
−2 x − 2 y = −16  y + y = 2
 1 2
y = −6 −b   y = 3
y1 + y 2 =  1
a  y1 ⋅ y 2 = −3
  y 2 = −1
 
Substitua o valor do y na segun-
c
da equação para descobrir o valor de x. y1 ⋅ y 2 =
a
Logo, o valor de x é 14.
60 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

ANOTAÇÕES Matematica_2022_9A_03.indd 60 10/08/2022 16:18:25 Ma

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Para trabalhar a resolução de problemas de uma equação ou de sistemas de equa-


ções do 2o grau, deixe os alunos interpretá-los e resolvê-los utilizando-se de seus
conhecimentos prévios, em uma atividade investigativa. Depois, peça-lhes que resol-
vam a equação observando as três fases:

– Interpretar e estabelecer o sistema de equações correspondentes ao problema.


– Resolver o sistema.
– Interpretar a solução encontrada.

Peça aos alunos que exponham as soluções encontradas e os métodos utilizados


para chegar a essas soluções. Se houver resoluções iguais, somente um apresentará.

60

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 60 17/08/2022 07:18:22


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Com isso: • Propicie reflexões sobre os vários


Para y1 = 3 → x1 = 2 - y1 ↔ x1 = -1 aspectos da Matemática e sobre como
Para y2 = -1 → x2 = 2 - y2 ↔ x2 = 3 surgiu a fórmula de resolução da equa-
Então, S = {(-1; 3) ; (3; -1)} ção do 2o grau. Questione se existem fór-
mulas também para equações de grau
Importante maior.
1) Podemos resolver por substituição todo sistema de equações do 2o grau com duas equações e
duas incógnitas. • Verifique se a soma e o produto de raí-
2) Nas soluções de um sistema de equações do 2o grau com duas incógnitas em U = R × R, para o zes de uma equação do 2o grau já eram
produto cartesiano de R por R, teremos pares ordenados reais. utilizados pelos babilônios.
 x + y = 3
3) Um conjunto verdade do sistema 
 x y = 2
em R × R é {(2,1) , (1, 2)} • Procure trabalhar os problemas de sis-
4) Existem sistemas que não são do 2o grau, mas podem ser redutíveis a este. temas do 2o grau de uma maneira que
motive os estudantes a descobrirem sua
importância dentro da Álgebra e da pró-
Problemas envolvendo equação polinomial do 2o grau
pria Matemática.
Vejamos a seguinte equação-problema:
• Trabalhe problemas mais atuais, que
João Gabriel fez um galinheiro retangular utilizando um muro já construído. envolvam situações presentes no coti-
Ele usou 13 m de tela de arame para contornar todo o galinheiro, exceto o lado correspon- diano dos alunos.
dente ao muro. Sabendo que o galinheiro ficou com 21 m2 de área, você é capaz de descobrir
suas dimensões? • Antes de resolver esses problemas,
aborde a parte histórica na qual cada um
Para resolver uma equação-problema, temos que montar uma equação utilizando a se-
está inserido e realize um debate acer-
guinte sequência de raciocínio:
Estabeleça a equação ou o sistema de equações que traduzem o problema para a lingua- ca da resolução dos problemas nesses
gem matemática. períodos históricos e dos métodos de
• Identifique os termos desconhecidos. resolução mais modernos.
• Resolva a equação ou o sistema de equações.
• Interprete as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do
problema.
Para resolver o problema acima, imagine as seguintes dimensões:
ANOTAÇÕES
muro
x x

y
Como a soma dos três lados nos quais foi utilizada a tela de arame é igual a 13 m e a área
é 21 m², podemos escrever duas equações com duas variáveis.

• Perímetro: 2x + y → 2x + y = 13
• Área: x . y → x . y = 21
Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 61

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61

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Importante

−b ± b2 − 4ac
1) A fórmula geral da equação polinomial do 2o grau é .
2a
2) Se a equação ax²+ bx + c = 0 não tiver raízes reais, então Δ < 0. Se tiver raízes reais e desiguais,
então Δ > 0. Por fim, se houver raízes reais e iguais, então Δ = 0.
b
3) Não esqueça que a soma das raízes ( x '+ x '') da equação a x ² + bx + c = 0 é − e seu produ-
a
c
to ( x '⋅ x '') é .
a
4) A partir do item 3 e conhecendo as raízes de uma equação polinomial do 2o grau com uma in-
cógnita, podemos formar essa equação escrevendo ax² + Sx + P = 0, em que S será a soma das raí-
zes e P, o produto dessas raízes.

2 x + y = 13

Temos, assim, um sistema de equações: 


 x ⋅ y = 21

Utilizando o método da substituição, temos:


2x + y = 13 → y = 13 - 2x

Substituindo y por 13 - 2x na segunda equação, temos:


x . y = 21 → x (13 - 2x) = 21
13x - 2x² = 21 → -2x² + 13x - 21 = 0

Multiplicando ambos os membros por (-1), temos:


2x² - 13x + 21 = 0

Precisamos achar as raízes dessa equação para encontrarmos a solução do sistema de


equações-problema.
Como resolução alternativa à aplicação da fórmula de Bhaskara, podemos aplicar a rela-
ção entre os coeficientes e as raízes da equação da página anterior, criando o seguinte sistema:


 b

 x1 + x 2 = −

 a


 c
 x1 ⋅ x 2 =


 a

Aplicando os valores dos coeficientes da equação, temos:



 13

 x1 + x 2 = (I)

 2


 21
 x1 ⋅ x 2 = (II)


 2

Mas esse sistema, na forma como está, é a melhor opção para iniciarmos a resolução pelo
método da substituição?

62 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

Matematica_2022_9A_03.indd 62 10/08/2022 16:18:29 M

62

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Vamos prosseguir e veremos logo em seguida. Temos, então:
13 13
x1 + x 2 = → x2 = − x1 (I)
2 2
Substituindo a equação I na equação II:

13  21
x1 ⋅  − x1 = (II)
 2  2
13 21 13 21
x − x12 = → − x12 + x − =0
2 1 2 2 1 2

13 21
Multiplicamos por (-1) e temos: x12 − x 1 + = 0.
2 2
Note que, neste ponto, voltamos à situação inicial, deparando-nos com outra equação do 2o grau.
Respondendo à pergunta, podemos evitar essa situação quando preparamos melhor o sis-
tema antes de iniciarmos a resolução pelo método da substituição. Veja:


 13

 x + x2 = → 2 x1 + 2 x 2 = 13 (I)
 1
 2


 21
 x1 ⋅ x 2 = → 2 ⋅ x1 ⋅ x 2 = 21 (II)


 2

Para que o sistema fique mais simples e possamos resolvê-lo com mais facilidade, aplica-
mos o artifício matemático das raízes fictícias:
Sejam z1 e z2 raízes fictícias, façamos 2x1 = z1 e 2x2 = z2.
Então, teremos:

 z1 + z2 = 13 (I)


 z1 + z2 = 13 (I) 


  z1 z2
 
 z1 ⋅ z2 = 42 (II)
 

2 ⋅ ⋅ = 21 → z1 ⋅ z2 = 42
2 2
(II)

Agora, na forma como está, podemos ver facilmente que z1 = 6 e z2 = 7.


7 6
Portanto, as raízes verdadeiras são: x1 = = 3 e x 2 = = 3.
2 2
Assim, determinamos os valores possíveis para x. Substituindo os valores de x em y = 13 - 2x,
teremos:

7 7
Para x1 = → y1 = 13 − 2 ⋅ → y1 = 6
2 2
Para x 2 = 3 → y 2 = 13 − 2 ⋅ 3 → y 2 = 7
7  
Portanto, temos como solução do sistema os pares ordenados  ; 6 e (3; 7).
2 
As dimensões do galinheiro de João Gabriel são 3,5 m por 6 m ou 3 m por 7 m.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 63

:29 Matematica_2022_9A_03.indd 63 10/08/2022 16:18:33

63

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ANOTAÇÕES
Aplicação
33. Determine a soma e o produto das raízes de cada uma das seguintes equações, sem resol-
ver cada equação.
a) x2 + 8x - 9 = 0 c) 2x2 - 3x = 0 e) 3x2 + x - 4 = 0
b) 3x2 + 2x - 5 = 0 d) 2x2 - 10x + 8 = 0 f) x2 - 5x - 6 = 0
12
34. Dada a equação = x − 2, escreva-a na forma normal e determine a soma e o produto
x −1
dos inversos das raízes, sem resolvê-la.

35. Vamos determinar a equação do 2o grau na incógnita x cujas raízes são os números reais
seguintes.
a) 7 e 12. c) 4 e -3. e) - 8 e + 8.
b) -10 e -3. d) 9 e -6. f) 0 e 8.
5
36. Qual é a equação do 2o grau na incógnita x cujas raízes reais são os números 2 e ?
2
37. Escreva a equação do 2o grau na incógnita x que nos permite calcular dois números reais
7 3
sendo a soma desses números e o produto .
2 2

Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas


Algumas equações que, a princípio, não parecem ser do segundo grau podem, com pe-
quenos artifícios, ser transformadas nesse tipo de equação, sendo, então, facilmente resolvi-
das. Vejamos alguns exemplos.

1o tipo: equações do tipo ax2n + bxn + c = 0, em que a ≠ 0 e


n=2
Façamos uma substituição de variável de xn por y. Temos:
ax2n + bxn + c = 0
a ⋅ (xn)2 + b ⋅ (xn) + c = 0
Substituindo xn por y, temos: a ⋅ y² + b ⋅ y + c = 0 (uma equação do 2o grau).

Observação:
A equação do tipo ax2n + bxn + c = 0, com a ≠ 0, para n = 2, é chamada de equação biqua-
drada, pois obtemos uma equação ax4 + bx² + c = 0.

Observemos que as equações biquadradas x4 - 13x2 + 36 = 0, 9x4 - 8x2 - 1 = 0 e x4 - 4x2 + 3 = 0


SUGESTÃO DE ATIVIDADE têm os primeiros membros como polinômios do 4o grau na variável x, possuindo um termo em

Hoje muito se fala do Índice de Mas- 64 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

sa Corpórea (IMC). Estimule o estudan-


te a entrevistar o professor de Educação
Física a respeito, já que estamos viven- Matematica_2022_9A_03.indd 64 12/08/2022 12:53:10 Ma

do uma era em que a obesidade cresceu


muito, continua crescendo e, o pior, está
doença grave quando o IMC do indivíduo • entre 25 e 29,9, o indivíduo está com
se apresenta superior a 30. sobrepeso (acima do peso desejado).
atingindo as crianças e os jovens de ma-
neira assustadora. Alguns estudiosos do
E como se pode calcular o IMC? Os • igual ou maior que 30, o indivíduo
estudiosos da saúde definem o IMC por está obeso.
assunto chegam a afirmar que no Brasil
meio da fórmula:
a obesidade chega a ser uma epidemia si- Questione: é uma equação do 2o grau?
lenciosa. O fato é que a obesidade é con- IMC = peso (kg) / altura (m) x altura (m) Você pode colocá-la em uma forma mais
siderada um problema de saúde pública fácil de perceber que ela é uma equação
E se o valor obtido é:
e sabe-se que ela provoca várias outras do 2o grau?
doenças, como diabetes, problemas car- • menor que 18,5, o indivíduo está abai- Converse com os alunos e veja se
diovasculares, dificuldades motoras e ar- xo do peso. encontram novos exemplos que utili-
ticulares, além de distúrbios do sono. • entre 18,5 e 24,9, o indivíduo está com zam equação do 2o grau.
A obesidade é considerada uma peso normal.

64

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 64 17/08/2022 07:18:24


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

x4, um termo em x² e um termo constante. Ou seja, a equação biquadrada com uma variável x • Seria interessante informar aos alunos
é toda equação da forma ax4 + bx2 + c = 0, com a, b e c ∈ R e a ≠ 0. que, até o advento da Matemática moder-
na, a equação biquadrada era mostra-
Resolução da equação biquadrada
Na resolução de equação biquadrada em R (reais), devemos da como uma equação do quarto grau
substituir sua variável por uma outra, transformando-a em uma Importante incompleta e sua escrita na forma geral
equação do 2o grau. Chama-se de equação
biquadrada a equação do
era ax4 + bx2 + c = 0. Porém, com o pas-
Observemos uma sequência prática.
4 grau com apenas uma in-
o
sar dos tempos, convencionou-se a escri-
Substitua x4 por y2 e x2 por y. cógnita e que só possui os
Resolva a equação ay² + by + c = 0. termos de grau par. Quan- ta que ora apresentamos.
Determine a raiz quadrada de cada uma das raízes (y1 e y2)
da equação ay² + by + c = 0.
do resolvemos a equação
biquadrada, encontramos • Estimule os alunos a trabalharem
quatro raízes simétricas em duplas para que possam encontrar
duas a duas.
Se y1 e y2 forem positivas, teremos raízes simétricas. outras formas de resolução, estabelecen-
Se y1 e y2 forem negativas, nenhuma raiz será real. do estratégias próprias.
Exemplo: • Explore os conhecimentos dos alunos, tra-
Determine as raízes das equações biquadradas abaixo: balhando os exemplos do livro.Pode-se tra-
a) x4 - 41x2 + 400 = 0
balhar a solução da equação biquadrada
Solução:
Substituindo x4 por y² e x² por y, temos: y² - 41y + 400 = 0 pelo método da substituição, converten-
Resolvendo essa equação, obteremos: y1 = 25 e y2 = 16 do-a em uma equação do 2o grau.
Como x² = y, temos:
x² = 25 e x² = 16
x=±5ex=±4 TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
Logo, temos para o conjunto verdade: V = {-5; -4; 4; 5}.
As equações do 2 o grau disfarça-
b) 36x4 - 13x2 + 1 = 0
Solução: das, ou biquadradas, são toda equação
Substituindo x4 por y² e x² por y, obteremos: 36y² - 13y + 1 = 0 na forma ax4 + bx2 + c = 0, em que a, b
Resolvendo essa equação, obteremos: y1 =
1 1
e y2 = .
e c são números reais com a ≠ 0, usadas
4 9 com frequência para indicar a localiza-
1 1 1 1 ção de pessoas, barcos, aviões e cidades
Como x² = y, temos: x 2 = e x2 = → x = ± e x = ±
4 9 2 3
e que servem para fazer gráficos, mapas
 1 1 1 1
Logo, temos para o conjunto verdade: V = − ; − ; ; . de ruas, mapas-múndi.
 3 2 3 2 
Para resolver as equações biquadra-
Forma fatorada de uma equação biquadrada das, precisamos substituir x2 = y e x4 = y2.
Toda equação biquadrada de raízes reais x1, x2, x3 e x4 pode ser composta de: Devemos aplicar a fórmula de Bhaskara:
(x - x1) ⋅ (x - x2) ⋅ (x - x3) ⋅ (x - x4) = 0
−b ± b² − 4ac
Exemplo:
y= , pela qual chega-
2a
Encontre as equações biquadradas cujas raízes são:
a) ± 2 e ± 3 mos a resolução: ay2 + by + c = 0.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 65

3:10 Matematica_2022_9A_03.indd 65 10/08/2022 16:18:37

ANOTAÇÕES

65

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 65 17/08/2022 07:18:25


Solução:
Sabemos que a forma fatorada de uma equação biquadrada é dada por:
(x - x1) ⋅ (x - x2) ⋅ (x - x3) ⋅ (x - x4) = 0

Portanto:
x1 = -3; x2 = -2; x3 = 2; x4 = 3

Temos:
(x + 3) ⋅ (x + 2) ⋅ (x - 2) ⋅ (x - 3) = 0

Efetuando o produto, teremos:


x4 - 13x2 + 36 = 0

b) ± a e ± b
Solução:
Sabemos que a equação biquadrada é da forma:
(x - x1) ⋅ (x - x2) ⋅ (x - x3) ⋅ (x - x4) = 0

Portanto: (x + a) ⋅ (x + b) ⋅ (x - a) ⋅ (x - b) = 0

Efetuando o produto, teremos: x4 - (a2 + b2) x2 + a2b2 = 0

Soma e produto das raízes de uma equação biquadrada


Consideremos a equação ax4 + bx² + c = 0, com a ≠ 0, b ≠ 0, c ≠ 0, e a, b e c ∈ R, cujas raí-
zes são x1, x2, x3, x4, e a equação do 2o grau ay² + by + c = 0, cujas raízes são y1 e y2.
Sabemos que, de cada raiz da equação do 2o grau, obtemos duas raízes simétricas para a
equação biquadrada. Assim:

x 2 = y1 e x 2 = y 2 → x = ± y1 e x = ± y 2

Então: x1 = + y1 ; x 3 = + y 2 → x 2 = − y1 ; x 4 = − y 2

Com isso:
a) A soma das raízes reais da equação biquadrada.

x1 + x 2 + x 3 + x 4 = y1 − y1 + y 2 − y 2

Portanto:
x1 + x 2 + x 3 + x 4 = 0

b) O produto das raízes reais e não nulas da equação biquadrada.

( )(
x 1 ⋅ x 2 ⋅ x 3 ⋅ x 4 = + y1 ⋅ − y1 ⋅ )( )(
y2 ⋅ − y2 )
Portanto: x1 ⋅ x2 ⋅ x3 ⋅ x4 = y1 ⋅ y2
c
Com isso: x1 ⋅ x 2 ⋅ x 3 ⋅ x 4 =
a

66 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

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66

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Lembrete
A soma dos quadrados das raízes reais de uma equação biquadrada:

( ) + (− y ) + ( ) + (− y )
2 2 2 2
x12 + x 22 + x 32 + x 42 = + y1 1
y2 2

Portanto:
x12 + x 22 + x 32 + x 42 = y1 + y1 + y 2 + y 2

Com isso: x12 + x 22 + x 32 + x 42 = 2 ( y1 + y 2 )

−2 b
Então: x12 + x 22 + x 32 + x 42 =
a

2o tipo: equações do tipo ax2n + bxn + c = 0, em que a ≠ 0


Esse tipo de equação pode ser resolvido da mesma forma que a equação biquadrada.
Substituindo xn por y, obteremos:
ax2n + bxn + c = 0
Importante
a ⋅ (xn)2 + b ⋅ (xn) + c = 0
Para resolver uma equação bi-
Portanto: quadrada, em que a ≠ 0 e ax4 +
a ⋅ y² + by + c = 0 (equação do 2o grau). bx2 + c = 0, devemos substituir
x² = y, transformando, assim, a
Se n for par, teremos: x = ± n y

 equação biquadrada em uma
Lembre-se de que: x n = y 
 equação ay² + by + c = 0.
Se n for ímpar, teremos: x = y
n

Considerando as raízes reais da equação.


Exemplos:
Resolva as equações abaixo (nos reais).
a) x8 - 18x4 + 81 = 0
Solução:
Fazendo x4 = k → x8 = k2
Teremos, então: k² - 18k + 81 = 0
Resolvendo essa equação, obteremos: k1 = 9 e k2 = 9

{(
Assim: x 4 = ±9 → x = ± 4 9 → S = −4 9 , 4 9 )}
b) x6 + 117x3 - 1.000 = 0
Solução:
Fazendo x3 = y → x6 = y2
Teremos, então: y² + 117y - 1.000 = 0.
Resolvendo essa equação, obteremos: y1 = 8 e y2 = -125
Assim:
x 3 = 8 e x 3 = −125
x = 3 8 e x = 3 −125
x = 2 e x = −5 Logo, S = {-5; -2}

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 67

:39 Matematica_2022_9A_03.indd 67 10/08/2022 16:18:43

67

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
y 2 − 10 y + 9 = 0
• Para que o assunto fique bem escla- 2

recido, faça uma revisão do conteúdo já Passo a passo ∆ = b2 − 4ac → (−10) − 4 ⋅ 1⋅ 9 = 100 − 36 →
∆ = 64
estudado.
−b ± ∆ −(−10) ± 64 10 ± 8
• Incentive os alunos a observarem a 1. Resolva a equação biquadrada seguinte:
x4 - 13x2 + 36 = 0.
y=
2a

2 ⋅1

2

resolução dos exercícios na seção Pas- Solução:
y ' = 1e y " = 9
so a Passo, avaliando o quanto eles con- Fazendo x2 = y, temos y ² − 13 y + 36 = 0
Como x2 = y, para y = 1, então:
seguiram assimilar o conteúdo. É preci- Sendo: a = 1; b = -13; c = 36
2
so motivá-los a enfrentar possíveis difi- ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c → ∆ = (−13) − 4 ⋅ 1⋅ 36 x 2 = 1 → x = ± 1 → ±1

culdades na resolução. ∆ = 169 − 144 → ∆ = 25


Para y = 9, então:
• Reforce os exercícios resolvidos no livro y=
−b ± ∆
→y=
−(−13) ± 25
x 2 = 9 → x = ± 9 → ±3
esclarecendo as dúvidas e proporcionando 2a 2 ⋅1
+13 ± 5
maior segurança na compreensão do que y= → x2 = y x12 + x 22 + x 32 + x 42 →
2
foi feito, sempre com um olhar crítico. 18 2 2 2 2
y1 = +
2
→ y 1 = +9 (−1) + (1) + (−3) + (3) =
8
y 2 = + → y 2 = +4 1+ 1+ 9 + 9 = 20 = 22 ⋅ 5 = 2 5
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 2
x12 = 9 e x 22 = 4 Alternativa d.

1. Resolva a equação ( x ²) ² − 5 x ² + 4 = 0 3. (IFPR) Se a equação x4 - kx2 = 0 tem solução


Retomando: x2 = y
Solução: S = {-9, 0, 9}, então:
Substituir x2 = z na equação: Teremos: x12 = 9 e x 22 = 4 a) k = 9
b) k = 81
x1 = ± 9
c) k = 18
x4 - 5x2 + 4 = 0 x 1 = ±3 d) k = 0
x2 = ± 4 e) k = -9
z² − 5z + 4 = 0 → x 2 = ±2
2 Solução:
−(−5) ± (−5) − 4 ⋅ 1⋅ 4 V = {−3,− 2, + 2, + 3}
z= → x 4 −kx2 = 0 →
2 ⋅1 2

5±3
2. (UFTPR) Se x , x , x e x são as raízes da equa-
1 2 3 4
(x ) 2
−kx2 = 0
z= → z ′ = 4 e z ′′ = 1 ção x4 - 10x2 + 9 = 0, então o valor da expressão
2 Fazendo x2 = y, teremos:
x12 + x 22 + x 32 + x 42 é igual a:
y2 - ky = 0 → y + (y - k) = 0
Substituindo o z’ e o z’’ em x2 = z, ob- a) 0 b) 10 c) 1
temos: d) 2 5 e) 9 y=0ey=k
Solução:
x ² = z → x ² = 4 → x ′ = 2 e x ′′ = −2 → 2
x 4 − 10 x 2 + 9 = 0 → ( x 2 ) − 10 x 2 + 9 = 0  x 2 = 0 → x = 0 (uma das raízes)

x ² = 1→ x ′ = 1 e x ′′ = −1 
x = y  x 2 = k → k = (−9)
2 2
Fazendo x2 = y, teremos:

y 2 − 10 y + 9 = 0 ou k = 92 (as outras duas ra
aízes)
As raízes de x - 5x + 4 = 0 serão -2,
4 2

2
-1, 1 e 2. ∆ = b2 − 4ac → (−10) − 4 ⋅ 1⋅ 9 = 100 − 36 →
∆ = 64 k = 81
−b ± ∆ −(−10) ± 64 10 ± 8
ANOTAÇÕES y=
2a
68 Capítulo
→ → →
2 ⋅ 1polinomiais do2 2 grau
3 — Equações o

y ' = 1e y " = 9

Matematica_2022_9A_03.indd 68 10/08/2022 16:18:49 Ma

68

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 68 17/08/2022 07:18:28


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Equações irracionais são as que têm, pelo


menos, uma incógnita em um radicando,
Aplicação figurando uma expressão com variáveis.
38. Resolva as seguintes equações (nos reais); se necessário, faça o inverso multiplicativo. Para encontrar a solução de uma equação
a) 32x10 - 31x5 - 1 = 0
irracional, elevam-se à potência adequa-
4
x
9
x da ambos os membros da equação, pre-
b)   + 2 = 3 ⋅   parando-os previamente de modo a elimi-
 9   4 

c) x6 - 7x3 + 8 = 0 nar sucessivamente os símbolos das raízes.


Depois, resolve-se a nova equação obtida.
d) 3x8 - 10x4 - 8 = 0
No final, certifique-se de que as soluções
39. Quantas soluções reais tem a equação (x² + 1)² + 6 ⋅ (x² + 1) + 8 = 0? obtidas são da equação irracional, sendo
1+ x 2 estas as únicas soluções.
40. Sabe-se que x 2 − 7 = 2 , com x ≠ -2 e x ≠ 2. Determine as raízes dessa equação no conjun-
to dos números reais. x − 4 • Mostre aos alunos que as equações
30
irracionais são utilizadas na aplicação
41. Duas raízes da equação biquadrada x 4 + bx 2 + c = 0 são 0, 2333... e . O valor de c é:
7 das resoluções das equações do 2o grau.
a) 1. b) 3. c) 5. d) 7. e) 11. Para resolver uma equação irracional, é
42. Resolva 16 x 4 + 9 = 40 x 2 em R. preciso verificar as raízes determinadas,
sabendo que o processo de resolução
3o tipo: equações irracionais envolve uma potenciação.
Outros saberes
São assim chamadas todas as sentenças abertas em que a variá-
Para ampliar os seus
• Procure trabalhar problemas ligados ao
vel aparece como radicando, isto é, uma equação irracional apresenta conhecimentos acerca contexto real. Descubra as equações irra-
a incógnita em um ou mais radicais. do conteúdo que
Vejamos alguns exemplos: estamos estudando, cionais calculando as suas raízes e verifi-
escaneie o QR Code a
seguir. cando a compatibilidade das soluções.
a) c) 3x + 2 = 4
2 x + 1− 2 x − 1 = 3
• Trabalhe com os alunos a leitura dos
3

b) 3
2 x − 3 = 10 problemas matemáticos, interpretando-
-os e resolvendo-os mediante o uso das
Lembrete equações irracionais. Contextualize os
Gis com Giz

Quando elevamos uma equação irracional ao quadrado, obtemos uma se-


Matemática resultados obtidos dos problemas nas
EQUAÇÕES
gunda equação. Ao encontrarmos as raízes da segunda equação, notamos IRRACIONAIS situações do mundo real.
que nem sempre todas as raízes são raízes irracionais. \Prof. Gis/

Resolução de uma equação irracional SUGESTÃO


Resolver uma equação é determinar seu conjunto verdade, ou solução. Para tanto, deve-
mos transformá-la em uma equação racional (elevando-se ambos os membros a uma potência
• Estimule a realização de questões
conveniente) e, a seguir, verificar, dentre as raízes da equação racional, quais satisfazem à equa-
envolvendo equações biquadradas a par-
ção irracional proposta. tir de sites que hospedam concursos e ati-
Aqui, mostramos alguns tipos de equação irracional. vidades desafiadoras.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 69


• Aplique fichamentos envolvendo equa-
ções literais e biquadradas, estimulando a
prática intuitiva e lógica de equações qua-
dráticas.
8:49 Matematica_2022_9A_03.indd 69 10/08/2022 16:18:53

ANOTAÇÕES

69

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 69 17/08/2022 07:18:28


1o tipo: equação da forma 4
x −1 = 2
Solução:
( )
4
Elevamos à quarta potência os dois membros. Teremos, assim: 4
x −1 = 2 → 4
( x − 1) = 2 4.
Com isso: x - 1 = 16
Então: x = 17
Vamos fazer a verificação: 4
x − 1 = 2 para x = 17

4
Teremos: 17 − 1 = 2 → 4 16 = 2 → 2 = 2 (verdadeiro)
Logo, o conjunto solução é S = {17}.

Importante
1) Para que uma equação seja considerada irracional, deve possuir uma incógnita sob o radical ou
ser elevada a um expoente fracionário.
2) Na solução de uma equação irracional, devemos isolar um radical com uma incógnita em um dos
lados da equação, para depois elevar ambos os membros a uma potência de índice igual ao do isolado.
3) Quando se elevam ambos os membros de uma equação a uma potência, a equação obtida nem
sempre tem as mesmas raízes daquela que a origina.
4) Chamamos de raízes estranhas da equação as raízes que não são raízes da primeira, quando
se elevam ambos os membros de uma equação irracional a uma potência.

2o tipo: equação da forma 9 − 2x = 5 − x

Solução:
( )
2 2
Elevando os dois membros ao quadrado, teremos: 9 − 2x = (5 − x ) .

Com isso: 9 - 2x = 25 - 10x + x²

Então: x² - 8x + 16 = 0

Resolvendo a equação, obteremos:


x1 = 4 e x2 = 4.

Vamos fazer a verificação:

9 − 2 x = 5 − x para x = 4

Obteremos: 9−2⋅ 4 = 5− 4

1 = 1 (verdadeira)
Logo, o conjunto solução é S = {4}.

3o tipo: equação da forma 2x + 3 − x + 1 = x − 2

Solução:
( ) ( )
2 2
Elevando os dois membros ao quadrado, teremos: 2x + 3 − x + 1 = x −2 .

70 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

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70

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Desenvolvendo os produtos notáveis, obteremos: 2 x 2 + 5x + 3 = x + 3

( )
2
2
Elevando os dois membros ao quadrado, teremos: 2 x 2 + 5x + 3 = ( x + 3)

Então: 2x² + 5x + 3 = x² + 6x + 9

2o grau: x² - x - 6 = 0

Resolvendo a equação, obteremos: x1 = -2 e x2 = 3

Vamos fazer a verificação: 2 x + 3 − x + 1 = x − 2 para x = −2

Então: 2 ⋅ (3) + 3 − 3 + 1 = 3 − 2

3-2=1

1 = 1 (verdadeiro)
Logo, o conjunto solução é S = {3}.

4o tipo: equação da forma x − 2 + x −1 = 1

Solução:
Elevamos os dois membros ao quadrado.
2
  2
Obteremos:  x − 2 + x − 1 = (1)
 
Então: x − 2 + x − 1 = 1

Com isso: x − 1 = 3 − x

( )
2 2
Elevamos os dois membros ao quadrado. Obtivemos: x − 1 = (3 − x )

Então: x - 1 = 9 - 6x + x2

Assim, encontramos uma equação do 2o grau: x2 - 7x + 10 = 0

Resolvendo a equação, obtivemos: x1 = 2 e x2 = 5

Vamos fazer a verificação:

x − 2 + x − 1 = 1 para x = 2 → 0 + 1 = 1 → 1 = 1 (verdadeiro)

x − 2 + x − 1 = 1 para x = 5 → 3 + 4 = 1 → 3 + 2 = 1 (falso)

Logo, o conjunto solução é S = {2}.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 71

:58 Matematica_2022_9A_03.indd 71 10/08/2022 16:19:03

71

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 71 17/08/2022 07:18:29


5o tipo: equação da forma an
x + b2 n x + c = 0, em que a ≠ 0, x > 0 e n ∈ N − {0,1}

Façamos: 2 n x = y ↔ n x = y 2 .
Com isso, obteremos uma equação do 2o grau: ay 2 + by + c = 0

Vejamos o exemplo:
a) Resolva a equação: x − 17 4 x + 16 = 0.
Solução:
Fazendo 4 x = y ↔ x = y 2 , teremos: y ² − 17 y + 16 = 0.
Resolvendo a equação, obteremos: y1 = 1 e y2 = 16.

( x) ( x)
4 4
Assim, 4
x = 1 e 4 x = 16. Como 4
= 14 e 4
= 164 , temos que x1 = 1 e x2 = 65.536.

Observamos que os índices dos radicais são pares. Assim, devemos ter 4 x ≥ 0 para haver
solução nos reais. Como isso é verdade, as raízes x1 e x2 satisfazem a equação.
Com isso, o conjunto solução será S = {1; 65.536}.

b) Resolva a equação seguinte: 4 x − 5 4 x = 9.


Solução:
Fazendo 4 x = y, poderemos afirmar que y 2 = x .
Teremos, então: 4y2 - 5y - 9 = 0.
9
Resolvendo a equação, obteremos: y1 = e y 2 = −1 .
4
Então:
9
4
x= , mas 4 x = −1 não existe nos reais.
4
Então, x2 = -1 não é solução.
4
9 6.561
( )
4
Assim como 4
x =   , teremos que x1 = .
 4  256
Portanto, sendo os índices dos radicais pares, devemos ter 4 x ≥ 0 para haver solução nos
reais. Como isso não é verdade para x2, somente x1 satisfaz a equação.

 6.561

Com isso, o conjunto solução será S = 
 
.


 256 

Passo a passo
Ma

1. Resolva a equação 3 x − 5 6 x + 6 = 0.
Solução:
Fazendo 6 x = y ↔ 3 x = y 2 , obteremos: y2 - 5y + 6 = 0

Resolvendo a equação, obteremos: y1 = 2 e y 2 = 3. Então: 6


x =2e 6 x =3

72 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

Matematica_2022_9A_03.indd 72 10/08/2022 16:19:15

72

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formas algébricas de procura de solu-
ções de equações, sendo esses proce-
dimentos algébricos articulados com
Elevando os dois membros à sexta potência, Solução:
teremos: 2 2 representações geométricas que justifi-
x + 3 = ( x − 3) → x + 3 = x 2 − 6 x + 9
cavam os raciocínios.
( x) ( x)
6 6 6 6
6
= (2) e 6
= (3) → x 2 − 7x + 6 = 0
x = 64 e x = 729
Logo, x = 1 ou x = 6
CURIOSIDADE
Vamos fazer a verificação: Verificação:
3 O Alcorão prescreve uma lei para as
x − 5 6 x + 6 = 0 para x = 64 → x = 1: 1+ 3 = −2 (não convém)
3 6 heranças, em que a sua divisão é feita de
64 − 5 64 + 6 = 0 →
4 − 10 + 6 = 0 ( verdadeiro) x = 6 : 6 + 3 = 3 (convém) acordo com o sexo e a idade dos herdei-
Logo, o conjunto solução é S = {64 ; 729}. ros. Para efetuar tal divisão, é necessário
Logo, o conjunto solução da equação é S = {6}.
saber calcular quantidades e proporções
6
2. Resolva a equação: x + 10 − = 5. 5. (UTFPR) A equação irracional 9 x − 14 = 2 que obrigam a resolução de equações do
x + 10 resulta em x igual a:
Solução: 2o grau. Esse fato teve grande importân-
1 1 a) -2. b) -1. c) 0.
Fazendo x + 10 = y ↔ = cia no estudo das equações.
x + 10 y d) 1. e) 2.
Solução:
Teremos: y − 6 ⋅
1
= 5 ↔ y2 −5 y −6 = 0 9 x − 14 = 2 → 9 x − 14 = 4 → SUGESTÃO
y
9 x = 18 → x = 2
Resolvendo a equação, obteremos: y1 = 6 e y2 = -1 Realize desafios envolvendo equações
Verificação: 9 ⋅ 2 − 14 = 2 ( V ).
Portanto: x + 10 = 6 e x + 10 = −1 irracionais.
Logo, x = 2 é a solução da equação.
(não satisfaz)

( )
2
x + 10 = 62 ↔ x + 10 = 36 ↔ x = 26 ANOTAÇÕES
3. Determine a solução correta da seguinte
Aplicação
equação irracional: x 2 + 6 x − 2 x = x.
43. Resolva as equações irracionais no conjun-
Solução:
to dos reais.
x 2 + 6x − 2 ⋅ x 2 + 6x ⋅ 2x + 2x = x 2
a) 2x 2 − 2x + 5 = x + 1
8 x − 2 ⋅ 2 x 3 + 12 x 2 = 0
b) x + 5 + 1= x
12 x 2
4 x = 2 x 3 + 12 x 2 → 16 x 2 = 2 x 3 +1
2 3 2 2 3
16 x − 2 x − 12 x = 0 → 4 x − 2 x = 0 44. Todas as raízes reais da equação
2 x 2 ⋅ (2 − x ) = 0
x2 +3 x
− 2 = 0 são:
 x = 0 x x +3
Então : 
 x = 2 a) x1 = 3 e x2 = -3
4. (UTFPR) O conjunto solução S da equação b) x1 = 3 e x2 = 3
x + 3 = x − 3 é: c) x1 = −3 e x 2 = 3
a) S = {6}. b) S = {1, 6}. c) S = {3}. d) A equação não tem raízes reais.
d) S = ∅. e) S = {4}. e) x1 = 3 e x 2 = 3

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 73

Matematica_2022_9A_03.indd 73 10/08/2022 16:19:26

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

A resolução de problemas com da Grécia e da Índia. Um de seus feitos


equações do 2 o grau aparece na mais importantes foi a criação de uma
história dos babilônios, dos egípcios obra sobre o sistema numérico hindu, a
e dos gregos. Porém, o nome mais qual foi imprescindível para a divulgação
fortemente ligado à resolução de e adoção do nosso sistema numérico
equações do 2o grau é o de Muhammad atual. Seu nome é, provavelmente, a
Ibn Musa Al-Khwarizmi, matemático raiz das palavras logaritmo, algoritmo e
que viveu no século IX. Trabalhou na algarismo.
biblioteca de Bagdá, denominada de Até Al-Khwarizmi, a resolução de
Casa da Sabedoria, e traduziu para o equações do 2o grau era, quase exclu-
árabe obras matemáticas provenientes sivamente, geométrica. Ele desenvolveu
:15

73

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 73 17/08/2022 07:18:31


RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

1. Consideremos n como o número inicial 45. Resolva as equações irracionais abaixo reduzido, de acordo com a equação Q = 400
de trabalhadores e (n - 3) como o número (nos reais). -100p, na qual Q representa a quantidade de
pães especiais vendidos diariamente; e p, o
de trabalhadores que executaram o a) 3 x + 1− x + 4 = 1 seu preço em reais.
serviço. Assim: b) x − 3 = 2 x
A fim de aumentar o fluxo de clientes, Seu
Genésio decidiu fazer uma promoção. Para tan-
10.800 10.800 c) 2 x + 3 − x + 1 = 1 to, modificará o preço do pão especial de modo
= + 600 ⇔ que a quantidade a ser vendida diariamente
n (n − 3) 46. A respeito da equação x − 4 = 2, seja a maior possível, sem diminuir a média de
18 18 podemos dizer que: arrecadação diária na venda desse produto.
= + 1⇔ Qual deve ser o preço p, em reais, do pão especial
n (n − 3) a) não possui raiz real.
para que não diminua a média de arrecadação?
18n = 18(n − 3) + n(n − 3) ⇔ b) a única raiz é x = 20.
c) a única raiz é x = 2 + 10.
n2 − 3n − 54 = 0 ∴ n = 9, pois n ≥ 0. d) tem duas raízes reais e duas imaginárias.

Descobrindo o valor de n, podemos facil-


e) a única raiz é x = 1. Matemática
mente descobrir a quantidade de traba- 47. Resolva as equações irracionais redutíveis
ao 2o grau no conjunto dos números reais. 1. Leia atentamente.
lhadores que realizaram o serviço:
n - 3 = 9 - 3 = 6 trabalhadores. a) 2+ x = 7 b) 3
x 2 − 7x = 2 O professor de Matemática, certo dia, che-
gou atrasado ao colégio em que leciona e foi
Para encontrar o valor que cada um rece- c) 7 + x +1 = 3 d) 4 x 2 + x + 4 = 2 direto para a sala de aula. Lá encontrou, na
lousa, o seguinte desafio: “Resolva a equa-
beu, basta dividirmos o valor total pago
ção do 2 o grau 4x² - 3x - 1 = 0 completando
pelo número de trabalhadores que con- o trinômio quadrado perfeito.” Rapidamente,

cluiu o serviço:
10.800
= 1.800 Desafios o professor descobriu a resposta.
Descubra você também.
6
Respostas: 1. Um construtor resolveu fazer uma peque- 2. Sendo x1 e x2 raízes da equação 2x² - 5x -1 = 0,
na reforma no seu condomínio e contratou o calcule o valor de x12 + x 22 .
a) 6 trabalhadores.
serviço de um grupo de trabalhadores pelo
b) R$ 1.800,00 valor de R$ 10.800,00, a ser igualmente dividi- 3. A soma de um número real com seu qua-
do entre eles. Como três desistiram do traba- drado dá 30. Qual é esse número?
lho, o valor contratado foi dividido igualmente
2. A arrecadação é dada pelo preço de entre os demais. Assim, o empreiteiro pagou, 4. Se você multiplicar um número positivo por
cada pão multiplicado pela quantida- a cada um dos trabalhadores que realizaram ele mesmo e, do resultado, subtrair 9, você
de de pães vendidos. Como, de acordo o serviço, R$ 600,00, além do combinado no obterá 112. Qual é o número?
acordo original.
com o enunciado, essa arrecadação é 5. Qual deve ser o valor real de y para que as
a) Quantos trabalhadores realizaram o serviço?
de R$ 300,00, teremos: b) Quanto recebeu cada um deles? frações
2 y +1 y + 5
e sejam numericamente
iguais? y + 2 y +3
( 400 − 100 p) p = 300 2. A padaria de seu Genésio é muito procurada
2
por seus pães especiais. Ele vende, em média, 6. Analisando o valor do discriminante Δ = b² - 4ac,
4 00 p − 100 p = 3 00 100 pães especiais por dia e arrecada, com diga se as raízes das equações a seguir são reais
p2 − 4 p + 3 = 0 essas vendas, em média, R$ 300,00. Constatou- ou imaginárias (não pertencem ao conjunto dos
-se que a quantidade de pães especiais vendi- reais). Lembre-se de que você pode modificar
∆ = b2 − 4ac dos diariamente aumentará, caso o preço seja os coeficientes de uma equação, multiplican-
∆ = (−4 )2 − 4 ⋅ 1⋅ 3
∆ = 16 − 12 74 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

∆=4
(−b ± ∆)
p= Matematica_2022_9A_03.indd 74 10/08/2022 16:19:31

2a
( 4 ± 2)
p= ANOTAÇÕES
2
p1 = 3
p2 = 1

Logo, o preço do pão deverá ser reduzi-


do para R$ 1,00.

74

ME_Matematica_2022_9A_03.indd 74 17/08/2022 07:18:34


do ou dividindo todos os seus termos por um a) a equação do 2o grau que representa essa
mesmo número real diferente de zero. área.
b) os valores de y1 e y2. Qual dos valores é vá-
a) 4x2 - 20x + 24 = 0
lido? Explique sua escolha.
5 2 1 c) as dimensões desse espaço em metros (com-
b) x −x + =0
4 5 primento e largura).
c) (2x - 3) ⋅ (3x - 1) = (x - 3)2 -5x
12. Resolva as equações irracionais a seguir.

( )
d) x 2 − 2 2 − 1 x + 2 − 2 = 0
a) 7 + 4 x −1 = 2 2
e) 5x2 - 6x + 5 = 0 4
b) 2 − 3 2x −1 = 1
x 2 − 2x
7. Sendo = 1, quais valores de x tornam 13. Determine o conjunto verdade das equa-
3x − 6 ções biquadradas, sendo U = R.
a igualdade verdadeira?
a) x4 + 10x2 + 9 = 0
8. Construa a equação polinomial do 2 grauo
b) 9x4 + 5x2 - 4 = 0
cujas raízes são 2 5 e − 2 5. c) x4 - 16 = 0

9. A equação x² + 4x + 1 = 0 possui duas raízes 14. Resolva as equações, sendo U = R.


reais a e b. Descubra o valor de cada uma das
a) ( x 2 + 5) ⋅ ( x 2 − 5) = 50
raízes e, depois, forme a equação cujas novas
raízes são: a + 1 e b + 1. b) x4 - 5ax2 + 4a2 = 0

10. As equações seguintes estão escritas na 15. Resolva a equação redutível ao 2o grau a
forma normal reduzida. Calcule o discriminante seguir, sendo U = R.
Δ de cada uma e identifique o tipo de raiz que
1 10 1
cada equação apresenta. + =
(1+ x ) ( x
2 2
2
+ 1) 5
a) x2 + 8x + 20 = 0 b) x2 + 6x - 4 = 0
c) 5x2 - 3x + 1 = 0 d) 6x2 - x - 1 = 0
16. Resolva a equação, sendo U = R.
e) -x2 + 10x - 16 = 0
1 10 x2
+ 2 =
11. No prédio de Artur, há uma área de lazer 1+ x 2
x + 1 10
onde ele se diverte com os amigos. Veja a foto
abaixo.
17. Resolva as equações irracionais em R.
rojakolab/Shutterstock.com

a) x + 4 − x = −2
9:31

b) 5 + x = 1+ 8 + x

18. Determine, em R, o conjunto verdade das


equações irracionais.

y y + 30 a) 3
x 3 + x 2 − 1− x = 0
Sabendo que a área desse espaço é de 175 m²,
b) x + 6 = x −6
calcule:

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau 75

Matematica_2022_9A_03.indd 75 10/08/2022 16:19:38

75

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19. Sabendo que U = R, resolva as equações irracionais.

a) 10 + 5 x + 6 = 4 b) x + 2 = x 2 + 2 x + 1

20. A equação biquadrada que possui os números 3 e 3 como duas de suas raízes é:
a) x4 - 2x2 - 27 = 0 b) x4 - 2x2 + 27 = 0
c) x4 + 12x2 + 27 = 0 d) x4 - 12x2 + 27 = 0
e) x4 + 2x2 + 27 = 0

21. Sendo U = R e utilizando uma variável auxiliar, resolva as seguintes equações.


a) x4 - 8a2x2 - 9a4 = 0 b) x 5 − x 5 = 12
2 2
c) ( x 2 − 5) + ( x 2 − 1) = 40 d) x4 - 5x2 + 4 = 0

22. (Uece) Sejam x1 e x2 as raízes da equação 2 x 2 − 6 x + P − 2 = 0. Se (x1 + x2)2 = x1 ⋅ x2, então


P é igual a:
a) 1. b) 3. c) 5. d) 7.

23. Resolva a equação, sendo U = R - {-1, 1}.


a2 + 4 a2 4
2
− 2
= 4
x + 1 x −1 x −1

24. (PUC) A soma e o produto das raízes da equação (x2 + 10) ⋅ (x2 - 10) + 19 = 0 são, respectivamente:
a) 9 e 0. b) +3 e -3. c) 0 e -9. d) -1 e -9.

Neste capítulo, aprendemos:


• A reconhecer uma equação do 2 grau. o

• A identificar os coeficientes de uma equação do 2 grau. o

• A resolver equações completas e incompletas.


• A aplicar a fórmula de Bhaskara a fim de resolver equações completas.
• A relacionar os coeficientes com as raízes de uma equação do 2 grau. o

• A resolver problemas envolvendo equação do 2 grau. o

• A reconhecer uma equação redutível a uma equação do segundo grau.


• A resolver equações biquadradas e irracionais.
• A construir equações do 4 grau a partir de suas raízes.
o

• A resolver problemas envolvendo equações especiais.

76 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau

Matematica_2022_9A_03.indd 76 10/08/2022 16:19:42

76

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Resolver a equação biquadrada, trans-

4 CAPÍTULO
formando-a em uma equação do 2o grau
Produto cartesiano, utilizando a fórmula de Bhaskara (daí o

relação binária e função nome de redutível do 2o grau).


• Reconhecer, como equação irracional,
aquela que contém variável no radicando
Para começar e que só tem significado quando o radi-
Os sistemas de coordenadas do dia a dia cando é maior ou igual a zero e se o radi-
Certo dia, você precisa ir à casa de algum colega para estudar com ele. cal tiver índice par.
Como você ainda não o visitou (e, portanto, não sabe o endereço), ele infor-
ma, por telefone, o nome da rua e o número: Rua Pirilampo, nº 400. Ele ex- CONTEÚDOS CONCEITUAIS
plica a você que, para chegar a esse endereço, basta seguir a rua onde
você mora, no sentido da esquerda para a direita e, após três quartei-
rões, virar à esquerda até chegar à casa de número 400. • Produto cartesiano.
Ao fazer isso, ele está repassando para você as coordenadas que • Representação do produto cartesiano.
permitem localizar a casa dele. Assim, fica perceptível que utilizamos
os sistemas de coordenadas quando nos deslocamos de um lugar a
• Diagrama das setas (ou flechas).
outro em nosso cotidiano. • Plano cartesiano.
Um motorista, ao telefonar pedindo ajuda a um mecânico para
que conserte seu automóvel em plena estrada, deve fornecer as coor-
• Localização dos pontos cartesianos nos
eixos coordenados.
denadas do ponto onde ele está. Ou seja, a marca quilométrica da es-
trada em que ele se encontra. • Relação binária.
Um ponto sobre a superfície terrestre é determinado por um par
de medidas em graus chamadas de latitude e longitude. A longitude
• Função.
de um ponto P é a medida, em graus, do menor arco possível sobre um • Domínio, contradomínio e imagem de
paralelo, ligando o ponto P ao Meridiano de Greenwich. uma função.
Por exemplo: quando um capitão de algum navio que esteja à de-
riva em alto-mar informa pelo rádio de comunicação que sua posição • Lei de formação de uma função.
é de 10° norte, 130° oeste, isso significa dizer que a posição do navio é • Representação gráfica de uma função.
10° de latitude norte e 130° de longitude oeste.
• Construção de gráficos de funções.
Par ordenado • Identificação de uma função por meio
de gráficos.
Dados dois elementos, x e y, formamos um novo elemento (x, y),
denominado par ordenado. No par ordenado, dizemos que: • Método prático para identificar o gráfi-
 x é a primeira coordenada (abscissa, ou antecedente do par). co de uma função.
( x , y )
 y é a segunda coordenada (ordenada, ou consequente do par). • Raiz e valor numérico no gráfico de
Convém frisar que (a, b) ≠ (b, a).
uma função.

Veja: • Domínio e imagem por meio de gráfico.


 A(1, 2)
• Determinação de um domínio de uma
 → A ≠ B , pois representam pontos distintos. função.
B (2, 1)
 • Introdução.
• Definição.
Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 77 • Gráficos das funções polinomiais do
1o grau.
• Zero, ou raiz, da função polinomial.
Matematica_2022_9A_04.indd 77 12/08/2022 12:55:02
• Coeficiente linear.
• Coeficiente angular.
ANOTAÇÕES • Juros simples envolvendo a função
afim.
• Juros simples.
• Fórmula de juros simples e montante.
• Sequências envolvendo função polino-
mial do 1o grau.
• Lei de formação das sequências numé-
ricas por meio de função.
• Função polinomial do 1o grau envolven-
do Física.
• Conceito de movimento uniforme.
• Função horária dos espaços.

77

ME_Matematica_2022_9A_04.indd 77 17/08/2022 07:20:07


• Estudos dos sinais de uma função poli-
nomial do 1o grau.
• Translações de gráficos de uma função Produto cartesiano
polinomial do 1o grau.
Dados dois conjuntos A e B não vazios, chamamos produto cartesiano de A por B e repre-
sentamos por A × B (lê-se A cartesiano B) a relação binária formada pelo conjunto de todos os
pares ordenados (x, y) em que x ∈ A e y ∈ B.
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
Representação do produto cartesiano
• Estabelecer a noção de função por A representação do produto cartesiano pode ser feita através do diagrama de setas ou do
meio de exemplos práticos.
plano cartesiano.
• Conceituar domínio e imagem. Sendo A = {1, 2} e B = {3, 4, 5}, temos:
• Localizar um ponto no plano cartesiano Exemplo:
ao conhecer as suas coordenadas.
A × B = {(1, 3), (1, 4), (1, 5), (2, 3), (2, 4), (2, 5)}
• Determinar o domínio e o conjunto B × A = {(3, 1), (3, 2), (4, 1), (4, 2), (5, 1), (5, 2)}
imagem de uma função.
• Reconhecer a fórmula que define uma Diagrama de setas (ou flechas)
função.
• Determinar gráficos que descrevem a A B B A

imagem de uma função.


1 3 3 1
• Construir figuras geométricas quando 4 4
são dadas as coordenadas dos vértices
2 5 5 2
dessas figuras.
• Identificar uma função polinomial do A×B B×A
1o grau.
Plano cartesiano
• Reconhecer a raiz de uma função do y y
1 o grau e associar geometricamente o
5
resultado.
4
• Interpretar a fórmula y = ax + b e rela- 3
cionar o seu gráfico com o sinal do coe-
2 2
ficiente a ≠ 0.
1 1
• Reconhecer uma função constante.
• Utilizar a função do 1o grau como ins- 1 2 x 1 2 3 4 5 x
trumento de análises de situações. Figura da representação Figura da representação
A×B B×A

Observamos que o número de elementos A × B é igual a 2 × 3 = 6; n(A) = 2 e n(B) = 3.


Portanto, o número de elementos do produto cartesiano é:
ANOTAÇÕES n(A × B) = n(A) . n(B)

78 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

Matematica_2022_9A_04.indd 78 12/08/2022 12:55:02 Ma

78

ME_Matematica_2022_9A_04.indd 78 17/08/2022 07:20:07


CONTEÚDOS ATITUDINAIS
• Propor trabalho com livros, jornais e
Importante revistas que apresentem gráficos ou tabe-
las para que cada situação seja analisada.
1) Dados dois números reais a e b, o par (a, b) é denominado par ordenado de primeiro elemen-
to a e segundo elemento b. • Realizar atividades em que os alunos
2) Cada uma das quatro regiões em que os eixos coordenados dividem o plano é chamada de possam localizar um ponto qualquer no
quadrante.
plano cartesiano.
3) Os quadrantes são ordenados no sentido anti-horário.
4) O ponto 0 é chamado de origem do sistema de coordenadas. • Levar os alunos a fazerem um estudo dos
gráficos partindo de situações-problema.
y Eixo das ordenadas
Observações:
1. (a, b) = (c, d) se, e somente se, a = c e b = d.
• Trabalhar as informações com base em
2. Os pontos da forma A (a, 0) estão no eixo x.
uma análise crítica da realidade.

2 quadrante
o
1 quadrante
o
3. Os pontos da forma B (0, b) estão no eixo y. • Estimular os alunos a pesquisarem o
Dados dois conjuntos não vazios, A e B, o produto car- uso da Matemática no dia a dia.
yP P (xP , yP) tesiano de A por B, denotado por A × B, é o conjunto de
todos os pares ordenados (x, y), com x pertencente ao • Respeitar as diferentes interpretações
conjunto A e y pertencente ao conjunto B. Isto é:
encontradas na resolução das situações-
x
A × B = {(x, y) | x ∈ A e y ∈ B}
0 Eixo das -problema.
xP abscissas
Observações:
1. A × B ≠ B × A
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
3o quadrante 4o quadrante 2. Se n(A) = n e n(B) = m, então n(A × B) = n(A) . n(B) =
n.m
3. O produto cartesiano de A por A é indicado por A². Trabalhe a resolução de problemas do
plano cartesiano deixando os alunos in-
terpretá-los e resolvê-los utilizando os co-
nhecimentos prévios, em uma atividade
investigativa. As atividades favorecem a
Passo a passo criatividade, a percepção das dificuldades
ou do não entendimento das resoluções.
y
1. Qual é a figura representada pelo produto
cartesiano de A por B, sabendo que A = [1, 5] e
B = [3, 4]?
Solução:
Observamos que A = [1, 5] e B = [3, 4] são in-
4 ANOTAÇÕES
tervalos fechados. Portanto, os representa- 1 A×B
mos por retas.
Então, a figura é um retângulo. 3
4

x
1 5

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 79

5:02 Matematica_2022_9A_04.indd 79 12/08/2022 12:55:02

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2. Calcule a área da região formada pelo pro- 3. Dados os intervalos fechados A = [3, p] e B
duto cartesiano de B por A tal que: = [5 - p, 2], se a área do produto cartesiano A
B = {x ∈ R | 1 ≤ x ≤ 7} e A = {x ∈ R | 2 ≤ x ≤ 8}. × B é igual a 16 ua, calcule o valor de p, sendo
Solução: (p > 0). (ua = unidade de área.)
Observemos que os conjuntos A e B são inter- Solução:
valos fechados nos reais. Portanto, os repre- De acordo com o enunciado, temos:
sentaremos por retas. y
Então:
Plano cartesiano

y 2
8 Área do
p-3 quadrado
6 B×A 5-p
p–3
2

p x
x 3
1 7
6 Portanto:
2
( p − 3) = 16
Com isso, a área da região formada por A × B é p − 3 = ±4
62 = 36 ua (unidade de área).
p − 3 = 4 ou p − 3 = −4
p = 7 ou p = −1 (este não satisfaz)

Lembrete
Denominamos intervalo qualquer subconjunto dos números reais.

•[a,Fechado
b] = {x ∈ R | a ≤ x ≤ b}
•[a,Fechado à esquerda
b[ = {x ∈ R | a ≤ x < b} = [a, b)
a b a b
•]a,Aberto
b[ = {x ∈ R | a < x < b} = (a, b)
•]a,Fechado à direita
b] = {x ∈ R | a < x ≤ b} = (a, b]

a b a b Ma

O sistema cartesiano ortogonal de coordenadas consiste, portanto, basicamente, de dois


eixos perpendiculares entre si que se cruzam em um ponto denominado origem das coorde-
nadas, ou, simplesmente, origem.
Os dois eixos determinam um plano, denominado plano cartesiano. Eles dividem o plano
em quatro quadrantes numerados no sentido anti-horário, conforme a figura a seguir:

80 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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80

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

y Eixo das ordenadas


• Faça uma pesquisa em livros, jornais e
revistas contendo gráficos ou tabelas para
2o quadrante 1o quadrante
que possa ser analisada cada situação.

0
origem x
Eixo das abscissas
• Realize atividades em que os alunos
possam localizar um ponto qualquer no
3o quadrante 4o quadrante plano cartesiano.
• Leve os alunos a fazerem um estudo
dos gráficos partindo de situações pre-
Localização dos pontos cartesianos nos eixos sentes no cotidiano.
coordenados • Trabalhe as informações com base em
uma análise crítica da realidade.
Vamos fazer as localizações dos pontos cartesianos, ou pares ordenados, com relação ao
eixo das abscissas (x) e ao eixo das ordenadas (y). Os pontos no sistema cartesiano a seguir têm
suas coordenadas escritas ao lado da figura. SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Realize atividades em que os alunos
G(-3, 2) D(0, 2) A(3, 2)
2 possam traçar a bissetriz nos quadrantes.

1 a) (3, 2) d) (0, 2) g) (-3, 2)

B(-3, 0) I(0, 0) F(3, 0)


TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
b) (-3, 0) e) (-3, -2) h) (0, -2)
-3 -2 -1 1 2 3
-1 c) (3, -2) f) (3, 0) i) (0, 0) O grande matemático e filósofo fran-
cês René Descartes (1596–1650) foi quem
-2
E(-3, -2) H(0, -2) C(3, -2) formulou o conceito de plano cartesiano
no século XVII, estabelecendo um siste-
ma de referência para localizar pontos no
Bissetriz dos quadrantes plano e também para representar equa-
ções e inequações nele. O nome cartesia-
Todo ponto p(a, b) da bissetriz dos qua- Todo ponto p(a, b) da bissetriz dos qua-
no nasceu da adaptação do seu nome ao
drantes ímpares tem abscissa e ordenada drantes pares tem abscissa e ordenada opos-
iguais (a = b). tas (a = -b). latim: Cartesius.
y Plano cartesiano significa o cru-
y
bissetriz
2
zamento de duas linhas de um mesmo
2
1
plano, obtendo um ponto. O plano car-
1
-2 -1 1 2 tesiano é dividido em quatro regiões de-
1 2 x -2 -1 x nominadas quadrantes, ilustradas na figu-
-1 -1
ra a seguir, sendo representado pelo par
-2 -2
bissetriz ordenado, que é indicado na forma geral
P = (x, y), em que x é a abscissa do ponto
Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 81 P e y, a ordenada do ponto P.

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2o quadrante 1o quadrante
ANOTAÇÕES

3o quadrante 4o quadrante

:03

81

ME_Matematica_2022_9A_04.indd 81 17/08/2022 07:20:08


Lembrete
A

Bissetriz de um ângulo é a semirreta a 


 .
C OC é a bissetriz de AOB
interna ao ângulo que o divide em dois O
a
ângulos congruentes (iguais).

Distância entre dois pontos


Um barco parte de um ponto A em direção ao leste, atingindo o ponto B. Em seguida, muda
sua rota, navegando em direção ao norte, chegando à sua posição final C, de acordo com o sis-
tema de coordenadas ortogonais. Observe a figura abaixo.

y
Qual é a distância que separa os pontos A e C?
Para responder a essa pergunta, antes vamos
y2 C calcular algumas distâncias:

• Distância entre os pontos A e B: Δx = x² - x¹


y1
A B • Distância entre os pontos B e C: Δy = y² - y¹
x1 x2 x
Com isso, para calcular a distância entre os pontos A e C, vamos utilizar o famoso teorema
de Pitágoras no triângulo retângulo ABC. Observe a figura abaixo.
C

Temos: d2 = (Δx)2 + (Δy)2


d Δy Então:
2 2 2 2
d= (∆x ) + (∆y ) ou d = ( x 2 − x 1) + ( y 2 − y1 )
A B
∆x

Ma

Passo a passo
1. (UFRN) O jogo da velha tradicional consiste em um tabuleiro quadrado dividido em 9 partes,
no qual dois jogadores, alternadamente, vão colocando peças (uma a cada jogada). Ganha o
jogo aquele que alinhar, na horizontal, na vertical ou na diagonal, três de suas peças. Uma ver-
são chamada jogo da velha de Descartes, em homenagem ao criador da geometria analítica,
René Descartes, consiste na construção de um subconjunto do plano cartesiano, no qual cada

82 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

Matematica_2022_9A_04.indd 82 12/08/2022 12:55:04

82

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Veja na Figura 1:
– O eixo horizontal é positivo à direita
jogador, alternadamente, anota as coordenadas a) A tem 5 elementos. da origem das coordenadas e negativo à
de um ponto do plano. Ganha o jogo aquele b) B tem 4 elementos. esquerda. Seu nome é eixo das abscissas,
que primeiro alinhar três de seus pontos. A c) B tem 6 elementos.
sequência abaixo é o registro da sequência das d) A tem mais de 6 elementos. do latim abscindere, que significa cortar.
jogadas de uma partida entre dois jogadores e) B tem menos de 3 elementos. – O eixo vertical é positivo acima da
iniciantes, em que um anotava suas jogadas Solução:
com a cor preta e o outro com a cor cinza. Eles Sendo x ∈ N e n(A×B) = n(A) ⋅ n(B):
origem das coordenadas e negativo abai-
desistiram da partida sem perceber que um 8x + 2 = (5 - x) ⋅ 3x ⇔ 3x2 - 7x + 2 = 0 → x = 2. xo dela. Seu nome é eixo das ordenadas.
deles havia ganhado. Portanto, segue que n(B) = 3 ⋅ 2 = 6

((1, 1), (2, 3), (2, 2), (3, 3), (4, 3), (1, 3), (2, 1), (3, 1),
(3, 2), (4, 2)). O sistema cartesiano ortogonal de coor- Fig. 1
denadas possui sua aplicação também na
vida cotidiana com os guardas florestais,
Com base nessas informações, é correto afir- nos trabalhos de prospecção e exploração
mar que o jogador que ganhou a partida foi o de recursos naturais, com os geólogos, ar-
que anotava sua jogada com a cor: queólogos, nos salvamentos do corpo de
bombeiros, entre outras situações diárias.
a) cinza, em sua terceira jogada. O GPS tem-se tornado cada vez mais popu-
b) preta, em sua terceira jogada. lar entre ciclistas, técnicos do IBGE, pesca-
c) cinza, em sua quarta jogada. dores, turistas, etc.
d) preta, em sua quarta jogada.

Pincasso/Shutterstock.com
Solução:
Considere a figura.

y Fig. 2

3 2o quadrante 1o quadrante

Aplicação 3o quadrante 4o quadrante


1

1. Considere os pontos do plano (0, 0), (0, 1), (2, 1),


(2, 3), (5, 3) e (7, 0). Representando geometri-
1 2 3 4 x camente esses pontos no plano cartesiano e Dado o ponto P de coordenadas (a, b),
ligando-os por meio de segmentos de reta,
De acordo com a sequência de jogadas apre- dizemos que:
obedecendo à sequência dada, após ligar o
sentada, podemos concluir que o jogador que
último ponto ao primeiro, obtém-se uma região
ganhou a partida foi o que anotava sua joga-
limitada do plano. Se a unidade de medida é
da com a cor cinza, em sua terceira jogada, ou
dada em centímetros, a área dessa região, em
– P é do primeiro quadrante se, e so-
seja, na jogada (1, 3).
centímetros quadrados, é: mente se, a > 0 e b > 0.
2. (UEPB) Os conjuntos A e B têm, respectiva- a) 9. – P é do segundo quadrante se, e so-
mente, 5 - x e 3x elementos e A . B tem 8x + 2 b) 10. mente se, a < 0 e b > 0.
elementos. Então, pode-se admitir como ver- c) 13.
dadeiro que: d) 14. – P é do terceiro quadrante se, e so-
mente se, a < 0 e b < 0.
Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 83 – P é do quarto quadrante se, e so-
mente se, a > 0 e b < 0.

Matematica_2022_9A_04.indd 83 12/08/2022 12:55:05 Observe que os pontos dos eixos, ou


SUGESTÃO DE ATIVIDADE cidade, se o trajeto realizado é o mais cur- aqueles que possuem uma das coorde-
to ou não. Essas atividades abordam situa- nadas zero, não pertencem a nenhum
Professor, crie situações-problema ções do cotidiano dos alunos, deixando-os quadrante.
nas quais os alunos possam se localizar e mais confiantes e com a certeza de que es-
que envolvam um sistema de coordena- tudar Matemática é importante e que ela
das cartesianas em que ambos os eixos está presente em todo lugar. ANOTAÇÕES
devem ser numerados. Problematize al-
gumas situações, por exemplo, sobre em TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
quais coordenadas encontra-se o merca-
do mais próximo à escola e à casa de cada Eixos cartesianos são duas retas
aluno. Peça que escrevam o caminho que perpendiculares. O ponto em que se cor-
eles percorrem para ir de um local a outro tam (0, 0) recebe o nome de origem das
e para que verifiquem, usando o mapa da coordenadas.
:04

83

ME_Matematica_2022_9A_04.indd 83 17/08/2022 07:20:09


2. Na figura a seguir, temos um recorte do layout de uma planilha do Excel. Nele, consta uma lista de
compras feita por uma família pernambucana. Nessas condições, relacionando as linhas e colunas
dessa planilha, indique as coordenadas da posição da célula do Excel em que está o item VERDURAS.

3. Sendo A = {1, 2, 3} e B = {4, 5}, determine os produtos cartesianos.


a) A × B b) B × A c) A² d) B²

4. Faça o que se pede.


a) Um diagrama de flechas que represente o produto cartesiano A × B, em que A = {0, 1, - 2} e
B = {0, 2, 4, 5}.
b) Represente, em um plano cartesiano, o produto A × B.

5. João Victor tem 2 bermudas e 3 camisetas de times de futebol. Quais são as possíveis combi-
nações de bermuda e camiseta que João Victor pode fazer?

6. Uma linha ferroviária liga as cidades turísticas indicadas por letras na figura abaixo.

As passagens apresentam as cidades de origem e destino


escritas na forma de par ordenado. Por exemplo, em uma
B F G H
A C E passagem da cidade A para a cidade B, o par ordenado
D escrito é (A, B). Sabendo que um turista da cidade D acaba
de comprar uma passagem qualquer, responda:
a) Quais são os possíveis pares ordenados escritos
nessa passagem?
b) Escreva todos os pares ordenados diferentes que
podem ser impressos nas passagens vendidas nessa
linha ferroviária.
7. Dados os conjuntos A = {0, 1}, B = {-1, 0, 1} e C = {1, 3, 4}, calcule.
a) B - A b) C - B c) (B - A) × (C - B) Ma

d) (C - A) × B e) C × C = C²

8. Considere o Trópico de Capricórnio como eixo das abscissas e o meridiano de 45º como eixo
das ordenadas. Nesse sistema cartesiano, as coordenadas das cidades de São Paulo, do Rio de
Janeiro, de Belo Horizonte e de Vitória são, respectivamente:
 3   1  3   7 
− , 0 ,2,  , , 4 e 5,  , todas medidas em centímetros.
 2   2   2   2 

84 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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84

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conceito de relação é a discussão sobre a
interação dos neurônios.
Determine as coordenadas de uma cidade que fique equidistante das cidades de São Paulo, do Ao relacionar espaço em função do
Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. tempo, número do sapato em função do
9. Dados os intervalos A = [3, 8] e B = [5, 10], a figura geométrica obtida através de A × B possui área: tamanho dos pés, intensidade da fotos-
a) 9. b) 25. c) 64. d) 100. síntese realizada por uma planta em fun-
ção da intensidade de luz a que ela é ex-
10. Sabendo que os conjuntos A, B e C têm 2 n, 3 e 4 elementos respectivamente, calcule n para
posta ou pessoa em função da impressão
que o produto cartesiano de A × B × C tenha 48 elementos.
digital, percebemos quão importante é o
11. Em relação a um sistema cartesiano ortogonal, com os eixos graduados em quilômetros, conceito de funções para compreender
uma lancha sai do ponto (-6, -4), navega 7 km para o leste, 6 km para o norte e 3 km para o
oeste, encontrando um porto. Depois, continua a navegação indo 3 km para o norte e 4 km as relações entre os fenômenos físicos,
para o leste, encontrando um outro porto. A distância, em quilômetros, entre os portos é: biológicos, sociais, etc.
a) 7. c) 2 3. e) 5. Observamos, então, que as aplicações
b) 3 5. d) 7. de plano cartesiano, produto cartesiano,
relações e funções estão presentes no
12. Um homem vai a um restaurante disposto a comer um só prato de carne e uma só sobre-
mesa. O cardápio oferece 8 pratos distintos de carne e 5 pratos distintos de sobremesa. De
nosso cotidiano.
quantas formas o homem pode fazer sua refeição?
Disponível em: http://pessoal.sercomtel.com.br/mate-
13. Sejam (2m + n, m - 4) e (m + 1, 2n) dois pares ordenados iguais, calcule mn. matica/medio/funcoes/funcoes.htm. Acesso em: 03/07/2012.
Adaptado.
14. Calcule a distância entre os pontos M = (4, -5) e N = (-1, 7) no plano cartesiano x × y.
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
Relação binária Na Matemática e na Lógica, uma relação
Considere as seguintes sentenças: binária é uma relação entre dois elementos,
• João Gabriel é amigo de João Victor. sendo um conjunto de pares ordenados. As
• Neymar é membro da Seleção Brasileira de Futebol. relações binárias são comuns em muitas
• Rafael é primo de José Luan. áreas da Matemática, servindo para definir
Cada uma das frases acima é comum nas nossas conversas do dia a dia e envolve uma si-
conceitos como múltiplo e maior que na Arit-
tuação intuitiva denominada relação binária.
Isto é: João Gabriel e João Victor relacionam-se? São amigos. mética e é congruente na Geometria.
Então, observamos que a expressão relação binária envolve uma correspondência ou uma As relações binárias são constituídas
associação entre dois objetos (pessoas, números, ideias, etc.). Essa associação se faz a partir de
certa propriedade possuída pelos objetos relacionados.
de pares ordenados, podendo ser repre-
sentadas em gráficos, sendo o gráfico
Consideremos, agora, a sentença aberta: x é primo de y. nada mais do que uma curva (o nome se
O par ordenado (Rafael, José Luan) satisfaz a sentença aberta, isto é, faz com que ela seja
verdadeira quando x é substituído por Rafael e y por José Luan. Entretanto, o par ordenado aplica mesmo a gráficos com apenas re-
(João Gabriel, João Victor) não satisfaz a sentença aberta, pois eles são amigos, e não primos. tas) que representa visualmente a relação
Analogamente, se temos a sentença aberta x é igual a y, temos, então, os pares ordena-
dos (1, 1), (2, 2) e (-3, -3) que satisfazem a sentença. Mas (1, -2), (-3, 2) e (0, 4) não satisfazem.
binária para cada par ordenado em que
Portanto, uma relação binária é uma expressão conectiva ou um conjunto de pares ordenados ela se defina. O gráfico formado assim é
que satisfazem a sentença originada por essa expressão. também chamado de sistema cartesia-
no, ou gráfico cartesiano, por represen-
Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 85
tar um produto cartesiano.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Matematica_2022_9A_04.indd 85 12/08/2022 12:55:07

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO encontramos gráficos. Eles estão presen- • Chame a atenção dos alunos para a
tes nos exames laboratoriais, nos rótulos correspondência nos conjuntos.
Aplicações das relações e de produtos alimentícios, nas informa- • Trabalhe as informações com base em
funções no cotidiano ções de composição química de cosmé- uma análise crítica da realidade, observan-
ticos, nas bulas de remédios, enfim, em do que todas as aplicações de plano carte-
Ao ler um jornal ou uma revista, é todos os lugares. Ao interpretar os gráfi- siano, produto cartesiano, relações e fun-
comum nos depararmos com gráficos, cos, verificamos a necessidade dos con- ções estão presentes no nosso cotidiano.
tabelas e ilustrações. Estes são instru- ceitos de plano cartesiano.
mentos muito utilizados nos meios de O Sistema ABO dos grupos sanguíneos
comunicação. Um texto com ilustra- é explicado pela recombinação genética
ções é muito mais interessante, chama- dos alelos (a, b, o) e esse é um bom exem-
tivo, agradável e de fácil compreensão. plo de uma aplicação do conceito de pro-
Não é só nos jornais ou nas revistas que duto cartesiano. Uma aplicação prática do
:06

85

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Agora, vamos definir matematicamente uma relação binária através de conjuntos.
Relação de um conjunto A em B é qualquer subconjunto do produto cartesiano A × B.
Se R é uma relação de A em B, então R ⊂ A × B.

Observação:
Em uma relação, pode ocorrer de:

• Várias setas partirem de um ponto de domínio.


• Sobrarem elementos do domínio.
A B A B

Importante
1) Dados dois conjuntos não vazios A e B, uma relação R de A em B é qualquer subconjunto do
produto cartesiano A x B.
2) O domínio de uma relação R de A em B, denotado por D(R), é o conjunto formado por
todos os primeiros elementos dos pares ordenados (x, y) pertencentes à relação. Isto é:
D(R) = {x ∈ A : existe y ∈ B e (x, y) ∈ R}.
3) A imagem de uma relação R de A em B, denotada por Im(R), é o conjunto formado por
todos os segundos elementos dos pares ordenados (x, y) pertencentes à relação. Isto é:
Im(R) = { y ∈ B : existe x ∈ A e (x, y) ∈ R}.
4) A relação inversa de uma relação R de A em B, denotada por R−1, é obtida permutando os
elementos de cada par (x, y) pertencente à relação R. Assim, D(R−1) = Im(R) e Im(R−1) = D(R).

Número de relações de A em B
O número de relações de A em B é o cálculo de subconjunto do produto cartesiano de A × B,
pois uma relação binária está contida (subconjunto) no produto cartesiano A × B.
Com isso:

n(R AB) = 2n(A) ⋅ n(B)


Exemplos:
a) Determine o número de relações binárias de A em B, em que A = {a, b, c} e B = {d, e}.
Solução: n(R AB) = 2n(A) ⋅ n(B) = 23 ⋅ 2 = 26 = 64 Ma

b) Determine o número de elementos do conjunto A sabendo que o número de relações


binárias de A em B é 16 e o número de elementos do conjunto B é 2.
Solução:
De acordo com o enunciado, temos:
n(A) = ?
n(B) = 2 elementos
n(R AB) = 16 elementos

86 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Com isso: 16 = 2n(A) ⋅ 2 • Faça uma revisão do conteúdo já estu-


24 = 22 ⋅ n(A) dado, para que fique bem esclarecido o
Como as bases são iguais, temos: assunto.
2n(A) = 4 → n(A) = 2 elementos • Incentive os alunos a observarem a
resolução dos problemas na seção Pas-
Importante
so a Passo, avaliando se eles conseguiram
Dizemos que R é reflexiva se, e somente se, todo elemento x de A estiver na relação R consigo mesmo.
Dizemos que R é simétrica se, e somente se, (x, y) ∈ R ⇒ (y, x) ∈ R. assimilar o conteúdo. É preciso motivá-
Dizemos que R é assimétrica se, e somente se, (x, y) ∈ R ⇒ (y, x) ∉ R. -los a enfrentar possíveis dificuldades na
Dizemos que R é antissimétrica se, e somente se, (x, y) ∈ R e (y, x) ∈ R.
Dizemos que R é transitiva se, e somente se, (x, y) ∈ R e (y, z) ∈ R ⇒ (x, z) ∈ R. resolução.
Dizemos que R é intransitiva se, e somente se, (x, y) ∈ R e (y, z) ∈ R ⇒ (x, z) ∉ R.
• Reforce os exercícios resolvidos no
livro esclarecendo as dúvidas e, se possí-
vel, explicando a resolução passo a passo.
Passo a passo
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
1. Considere os conjuntos A = {2, 3, 4, 5} e 2. Sejam A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 5, 7, 8} e a relação
B = {2, 4, 6, 7}. Vamos listar os elementos do R1 = {(x, y) ∈ A × B | y = 2x + 1}. Então, temos: Podemos dizer que, em Matemática,
conjunto dado por R = {(x, y) ∈ A × B | x divide Solução: uma relação binária é uma correspon-
y} e conferir as características da relação de a) Representação na forma de conjunto:
A em B. R 1 = {(1, 3), (2, 5), (3, 7)} dência entre dois conjuntos não vazios X
Solução: b) Representação por flechas: e Y. O conjunto X é chamado de conjun-
Temos, portanto, a relação binária.
A B to de partida; e o conjunto Y, conjunto
a) R = {(2, 2), (2, 4), (2, 6), (3, 6), (4, 4)}
b) de chegada.
A B
1 3
X Y
2 2
2 5 a 1
3 4 b
3 7 2
4 6 c
4 8 d 3
5 7

Observações: Observações: A correspondência entre os dois con-


Conjunto de partida: A = {2, 3, 4, 5} Conjunto de partida: A = {1, 2, 3, 4} juntos é dada por pares ordenados. O pri-
Conjunto de chegada: B = {2, 4, 6, 7} Conjunto de chegada: B = {3, 5, 7, 8}
Domínio da relação: D(R) = {2, 3, 4} Domínio da relação: D(R) = {1, 2, 3}
meiro elemento pertence ao conjunto X, e
Imagem da relação: Im(R) = {2, 4, 6} Imagem da relação: Im(R) = {3, 5, 7} o segundo, ao conjunto Y. Dependendo do
Contradomínio da relação: CD(R) = {2, 4, 6, 7} Contradomínio da relação: CD(R) = {3, 5, 7, 8} tipo de estrutura e do tipo de restrição que
é imposta a esses conjuntos e à própria re-
Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 87
lação, temos tipos especiais de relação bi-
nária, cada um com um nome específico.
Uma classe de relações especialmen-
Matematica_2022_9A_04.indd 87 12/08/2022 12:55:07

te importante é a classe das funções. Em


Matemática, uma relação é qualquer sub-
ANOTAÇÕES conjunto de um produto cartesiano. De-
finimos uma relação R como sendo um
conjunto de pares ordenados (x, y) em
que x pertence ao conjunto X e y perten-
ce ao conjunto Y.

R = {( x , y ) x ∈ X e y ∈ Y }

Perceba que o próprio conjunto carte-


siano é uma relação, visto que todo con-
junto é subconjunto de si mesmo.

:07

87

ME_Matematica_2022_9A_04.indd 87 17/08/2022 07:20:11


3. Dados os conjuntos M = {x | x é o nome de M N
uma face de uma moeda} e N = { y | y é um
2
número primo representado em uma face de
cara
um dado}, calcule:
3
a) O diagrama das flechas de M × N.
b) O número de elementos de M × N. coroa
5
Solução:
a) M = {cara, coroa} e N = {2, 3, 5}
b)
2 2
Cara 3 Coroa 3
5 5
Reprodução

Ramon Lapenta/Shutterstock.com

Podemos obter, então, o conjunto:

{(cara, 2), (cara, 3), (cara, 5), (coroa, 2), (coroa, 3),
(coroa, 5)}

Portanto, o número de elementos (M × N) é:


Vamos obter, agora, todos os pares ordenados n(M . N) = n(M) . n(N)
(x, y) tais que x ∈ M e y ∈ N. n(M . N) = 2 . 3 → n(M . N) = 6

Observe, nos exercícios acima, que o domínio e a imagem da relação são subconjuntos do
conjunto de partida e do de chegada, respectivamente. E o contradomínio é o mesmo do con-
junto de chegada.
Agora, vamos mostrar, por meio de exemplos, algumas relações binárias através de um ra-
ciocínio lógico estruturado e certa dose de criatividade utilizando processos de contagem de
maneira interessante.

Exemplos:
a) Imagine uma sala com 21 pessoas (P1, P2, P3, ..., P21) e que cada uma dessas pessoas cum-
primentou todas as outras uma única vez com um aperto de mão.
Calcule o número total de cumprimentos (apertos de mão).

Solução:
Passamos à seguinte árvore de possibilidades.

P P P P PPP 


 PP  P 3PP34  P4  P P
Ma

 1  1   1 3 11 3  3 4  
 
 
 
 4 4
P P P  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

P P3P 3P4  P4P5 P4PP45 P5  
PP20
 P P  P  P
P
 3  3   3 4 
             
 

5 5  20  20  2020
   
P1 P4 P1 P4P1P2P4PP15PP 4P5P2P3P5PP26PP
P4P
12 23P5PP56P...
3  19

P
P6P3...
3 PP619 
P6... 
 P19......
PP20P{P

1919
P20 {PP2120 {PP2120
21 P20{P{21
P21
       
 
 
 
   
 
 
 
   

      
 

  
 
  
  


  
  P

 
  P 
 P 
 P
 P
         21  21  2121
21
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

P P P
 21  21  
 P 
21 21
P P
 P
2121 
21 
P P
2121 
 P
 P P
212121 P
 21  
P P
2121
20 apertos 19 apertos 18 apertos 2 apertos 1 aperto
de mão de mão de mão de mão de mão

88 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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88

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Observamos que cada uma das 21 pessoas deu 20 apertos de mão (cada pessoa só não aper-
ANOTAÇÕES
ta a mão dela mesma). Assim, teríamos: 21 × 20 apertos de mão. Mas, desse modo, cada aperto
de mão foi contado duas vezes. Por exemplo, o aperto de mão da pessoa 10 com a pessoa 15
é o mesmo aperto de mão da pessoa 15 com a pessoa 10. Com isso, ficou contado duas vezes.
21⋅ 20
Portanto, o total correto de apertos de mão dados é: .
2
21⋅ 20
Logo, o número de apertos de mão = = 210.
2
Outra solução:
Para calcular o número total de apertos de mão, basta utilizar uma soma telescópica.
Isto é:
Número de apertos de mão

1 + 2 + 3 + .................... + 18 + 19 + 20

Somando os números dos extremos, temos:


1 + 20 = 2 + 19 = 3 + 18 = .................. 10 + 11 =
21 21 21 21

Então: o número total = 21 + 21 + 21 + ... + 21 + 21 + 21 = 10 ⋅ 21 = 210


10 vezes

b) Seja o conjunto A = {1, 2, 3, 5, 7}, quantos produtos de dois fatores distintos escolhidos
entre os elementos de A podemos formar?

Solução:
Para calcular o número de produtos de dois fatores distintos, basta desenhar a árvore de
possibilidades.
2
 3
3 4 produtos  3 produtos 5 2 produtos 1 produto
1 2 5 distintos 3  5 {7 distinto
5 distintos  7 distintos
 7 
7

Observamos que os produtos do número 3 com o número 5 são os mesmos produtos do


número 5 com o número 3.
Então:
O número total de produtos de dois fatores distintos = 1 + 2 + 3 + 4 = 5 + 5
2 vezes

O número total de produtos de dois fatores distintos é 10.


SUGESTÃO
c) Oito clubes de futebol disputam um campeonato de uma única fase (turno único).
Cada time joga uma única vez contra todos os demais. Calcule o número total de jogos
desse campeonato. • Oriente os alunos a realizarem uma
pesquisa extraclasse sobre relações biná-
Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 89 rias e algoritmos matemáticos.
• Construa com os alunos soluções e apli-
cações práticas do assunto.
Matematica_2022_9A_04.indd 89 12/08/2022 12:55:10

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Construa a árvore das possibilidades Solução:

{
para resolver a seguinte situação:
vagão 2 vagão-restaurante
vagão 1
Um trem de passageiros é formado por vagão-restaurante vagão 2
uma locomotiva e três vagões distintos, sen- Locomotiva
do que um deles é um vagão-restaurante.
Sabendo-se que a locomotiva deve ir à fren-
te e que o vagão-restaurante não pode ser
vagão 2 { vagão 1
vagão-restaurante
vagão-restaurante
vagão 1

colocado imediatamente após a locomotiva,


de quantos modos diferentes é possível for-
Resposta: Teremos 4 possibilidades diferentes.
mar essa composição?
:08

89

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Solução:
Para calcular o número total de jogos, basta desenhar a árvore de possibilidades.
T2 T2T2T2T2
    T3  T
T T T
3 3 3
T3 T3T3T3T3
3   
   T4 
T T4T4
4   T4
    T4  T4T4T4
   T4 




 
 

   
T TTT T5    
T4 T4T4T4TT4 T
5T
 T T5  5 5 5  T T7T T T7
     5  5 5 5      7  
T1 T51T1TT51T5TT215TT25T2T2  23 T36T3TT...
T T6TT...
63 
T6...
T...
366
T 7T67{
T6T...
6 6  7 T78T{7TT{87T{8TT78{T8
    T6  T
 T
6 
T  T   
6 6 6     
  T  T T
8T8T8
T6 T6T6T6T6 
 
 
 
 T T
7 
 T
7 
 T 
7 7 7
T 8  8  
    T7  T T7T7
7 
T7   
T7 T7T7T7T7
 
  

T8 


T


 T


 T8T8


    T8  
T

 T
8 
 T T8
8 8
8 8

T8 T8T8T8T8
7 jogos 6 jogos 5 jogos 2 jogos 1 jogo

Portanto:
Total de jogos = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7

Total de jogos = 8 + 8 + 8 + 4 Total de jogos = 3 ⋅ 8 + 4 = 28

d) Uma lanchonete faz vitaminas só com duas frutas distintas.


Quantas vitaminas podem ser feitas com as seguintes frutas: mamão, laranja, banana,
melão, manga, goiaba, maçã, morango, pera e melancia?
Solução:
Considere as vitaminas com os sabores:
V1 = mamão V6 = goiaba
V2 = laranja V7 = maçã
V3 = banana V8 = morango
V4 = melão V9 = pera
V5 = manga V10 = melancia

Combinamos os sabores dois a dois para calcular o número total de vitaminas. Para isso,
basta desenhar a árvore de possibilidades.

VVVV 
 V 
VV
3V
 222 2 
 

3
 
33 
 V 
VV
4V
VVVV  V4VV
  V 
 

4
 
44

      
 333 3 
  44 4
VV
55V5


V 
5

VV

V
55 5
V4VV4V  V
5    
 4 4      V  V
 6V V
VVVV 
 V VV
66V6 66 6 V
 VV
V
6    9
V1VV11V51 55 5 
V2VV2V  
 V3VV3.V 
... ...... V8V
...... V8V  V9V{V9VV
9{{VV{1010V10
99 9
22  33 88 
Ma

. ...  . .. .      V VV V10 10


9

  
 
 
 
 
 . 
..
 . 
 10
 1010
. ... 
 . 
 
.. . 
 
 

  
 
 
 
 
 . 
..
 .
. ... 
   
. ... 
 
 
 

VVVV 
 
 
 
V 

V  V
10
V V
 V  VV 101010
 10101010  
 
10 
101010
9 8 7 2 1
vitaminas vitaminas vitaminas vitaminas vitamina

90 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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90

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O número total de vitaminas é VT. • Trabalhe as informações com base em


Temos que: uma análise crítica da realidade, observan-
VT = 1 + 2 + 3 + .... + 8 + 9 do que todas as aplicações de plano carte-
VT = 9 + 8 + 7 + .... + 2 + 1 siano, produto cartesiano, relações e fun-
2VT = 10 + 10 + 10 .... + 10 + 10
ções estão presentes no nosso cotidiano.
9 vezes • Crie novas funções a partir de outras,
Então: em que a relação inversa R-1 é qualquer
2VT = 10 ⋅ 9 = 90 subconjunto de um produto cartesiano
Mas a ordem de colocação das frutas não importa. Por exemplo, o par (V1, V2) e (V2, V1) re- que tem um conjunto de pares ordena-
presentam o mesmo sabor, ou seja, vitamina de mamão com laranja. Assim, o total de combi- dos (x, y).
nações válido é: VT = 45
Essa quantidade representa as possibilidades de se fazerem vitaminas com 2 sabores.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Relação inversa (R 1) -

Encontramos R-1 (inversa de R) permutando os elementos de cada par (x, y) pertencente à


Na seção Passo a Passo, peça aos alu-
relação R. Isto é, o par ordenado (x, y) pertencente à relação binária (R). Com isso, (y, x) é o par nos que se organizem em grupos. Exer-
ordenado que pertencerá à relação inversa (R-1). cite o hábito da leitura fazendo um estu-
Exemplos: do sobre o processo de resolução e sobre
a) Dada a relação binária R = {(1, 2), (3, 4), (5, 6)}, calcule a relação inversa de R. o porquê do resultado obtido nas ques-
Solução:
tões e, após o estudo, esclareça dúvidas
Para obter a relação R-1, é só inverter os pares ordenados (x, y). R-1 = {(2, 1), (4, 3), (6, 5)}. e possíveis questionamentos dos alunos.

b) Dados os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {4, 5}, calcule:

• A relação binária R = {(x, y) ∈ A × B | y = x + 2}.


• O domínio da relação R.
• A imagem da relação R. ANOTAÇÕES
• O contradomínio da relação R.
• A relação inversa de R.
• O domínio da relação R . -1

• A imagem da relação R . -1

• O contradomínio da relação R . -1

Solução:
De acordo com o enunciado, temos:

A B A B

1
R
4 1 R–1
4 • R = {(2, 4),(3, 5)} • R = {(4, 2),(5, 3)}
-1

2 2 • D(R) = {2, 3} • D(R ) = {4, 5}


-1

3
5
3
5 • Im(R) = {4, 5} • Im(R ) = {2, 3}
-1

• CD(R) = {4, 5} • CD(R ) = {1, 2, 3}


-1

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 91

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:11

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Passo a passo
1. (Uece) Dados os conjuntos A = {-3, -1, 0, 2} e x2 y2 = 1 x2 y2 = 9
B = {x ∈ Z | x² - x - 2 = 0}, o domínio da relação x y = ±1 x y = ±3
R = {(x, y) ∈ A × B | x ⋅ y < 0) é: x ⋅ y =1 x ⋅ y = −1
a) D(R) = {-3, -1, 0} x⋅y =3 x ⋅ y = −3
b) D(R) = {-3, -1, 2}
c) D(R) = {-1, 0, 2} E = {( x , y ) ∈ N×N |x ⋅ y = 1 ou x ⋅ y = 3}
d) D(R) = {-3, 0, 2} x ∈N e y ∈N
Solução: E = {(1, 1) , (1, 3) , (3, 1)}
A = {−3, − 1, 0, 2}
B = { x ∈ Z|x ² − x − 2 = 0} Resposta: Alternativa a.
x²− x −2 = 0
3. (Uece) Se P = {1, 2, 5, 7, 8}, então o número de
−b  x1 = 2 elementos do conjunto W = {(x, y) ∈ P² | x < y} é:
S= =1 
a  x 2 = −1
 a) 8 b) 9 c) 10 d) 11
c Solução:
P = = −2
a
W = {( x , y ) ∈ P 2|x < y } →
A = {-3, -1, 0, 2}
B = {-1, 2} (x , y ) ∈ P2 ⇒ x ∈ P e y ∈ P
R = {(x , y) ∈ A × B | x . y < 0} (1, 2) , (1, 5) , (1, 7) , (1, 8) , (2, 5) , (2, 7) ,

 
x ∈ A e y ∈ B para x e y com sinais contrários. W = 
R = A × B = {(-3, 2), (-1, 2), (2, -1)}



( 2 , 8 ) , (5, 7) , (5, 8) , (7 , 8) 


Domínio da relação: D(R) = {-3, -1, 2} Resposta: Alternativa c.


Resposta: Alternativa b. 4. (UFU) Considerando a relação R = {(a, b) ∈ N
× N | a + 2b = 6}, calcule o domínio e a imagem
2. (UFC) Sejam N o conjunto dos números intei- da relação R-1.
ros positivos e E = {(x, y) ∈ N2 | x4y4 - 10x2y2 + 9 N R N
= 0}, determine o número de elementos de E. 0 0
2 1
a) 3 c) 1 e) 0
b) 2 d) 4 4 2
Solução: 6 3
4 4 2 2
x y − 10 x y + 9 = 0
Artifício: x 2 y 2 = k

x 4 y 4 − 10 x 2 y 2 + 9 = 0
N R–1 N
2 0 0
(x 2
y 2
) − 10 ( x y 2 2
)+ 9 = 0 → k 2
− 10k + 9 = 0
2 1
S = 10
4 2
k = 1
P = 9  1 6 3
k2 = 9

92 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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Solução:
De acordo com o enunciado, temos:
R = {(a, b) ∈ N × N ⊥ a + 2b = 6}
a ∈ N ⇔ a ≥0. Isolando o valor de a, temos: a = 6 - 2b ∴ 6 - 2b ≥ 0 ⇔ b ≤ 3
b ∈ N ⇔ b ≥ 0, portanto: b = {0, 1, 2, 3}

Substituindo os valores de b na equação a + 2b = 6, encontramos: a = {0, 2, 4, 6}.

Com isso:
D(R-1) = {0, 1,2, 3} e Im = {0, 2, 4, 6}

Aplicação

15. Sejam os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {2, 8, 9} e a relação binária R, de A em B, definida


R = {(x, y) ∈ A × B | x é divisor de y}. Nessas condições:
a) Faça o diagrama das flechas.
b) Calcule o domínio da relação.
c) Calcule a imagem da relação.
d) Calcule o contradomínio da relação.
e) Calcule o número de relações de A em B.

16. Observe o diagrama de flechas.


A B

1 3

2 4

3 5

Sabendo que a relação binária ao lado é definida por: R = {(x, y) ∈ A × B | x + y = k, em que k ∈ N},
calcule o valor de R.

17. Considere os conjuntos A = {x ∈ N, em que x é um número primo e menor do que 20}


e B = {x . y | (x, y) ∈ A × A com x ≠ y}. Calcule o número de elementos do conjunto B.

18. Quantos pares ordenados pertencem à relação binária R = {(x, y) ∈ Z² | x² + y² = 25}?

19. Leia atentamente.


Em uma primeira fase de um campeonato de xadrez, cada jogador joga uma vez contra todos
os demais. Se João, Gabriel, Maria e Aimê vão participar desse campeonato, calcule as relações
de jogos possíveis que irão realizar.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 93

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93

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20. Escreva, por enumeração, as relações R seguintes definidas por diagramas de flechas.

a) R sobre A b) R sobre A

1
a d

3
b c
2

21. Seja o conjunto A = {1, 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19}, quantas são as relações de A × A tais que os
produtos de 4 fatores distintos, escolhidos entre os elementos de A, contêm o fator 5 e são pares?

22. Sejam A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}. Se R1 = {(x, y) ∈ A × B | x ≥ y - 2}, represente R1 e R1−1


pelos pares ordenados e em diagramas de flechas.

23. Em uma reunião social, cada pessoa cumprimentou todas as outras uma vez, havendo, ao
todo, 45 apertos de mão. Quantas pessoas havia na reunião?

24. Dez clubes de futebol disputaram um campeonato em dois turnos. No final, dois clubes empata-
ram na primeira colocação, havendo mais um jogo de desempate. Quantos jogos foram disputados?

25. Uma lanchonete faz vitaminas com uma ou duas frutas distintas. Os sabores são: laran-
ja, mamão, banana, morango e maçã. As vitaminas podem ser feitas com um só tipo de fruta
ou misturando-se dois tipos de frutas de acordo com o gosto do freguês. Calcule o número de
relações possíveis de vitaminas que a lanchonete pode oferecer.

Função
No cotidiano, encontramos inúmeros exemplos de grandezas que estão interligadas. Ao
relacionarmos a distância percorrida em função do volume de combustível consumido por um
carro, a intensidade da fotossíntese realizada por uma planta em função da intensidade de luz
a que ela é exposta, a taxa de juros simples (fixa) em função do tempo aplicado, percebemos
quão importantes são os conceitos de funções para compreendermos as relações entre os fe-
nômenos físicos, biológicos, sociais, etc. Mas, para relacionarmos essas grandezas, temos de Ma

estabelecer uma lei matemática que facilitará a compreensão e a existência desses fenômenos.
Dados dois conjuntos, A e B, não vazios, dizemos que a relação f de A em B é função se, e
somente se, para qualquer x pertencente ao conjunto A, existe, em correspondência, um único
y pertencente a B, tal que o par ordenado (x, y) pertença a f.

Diagrama de flechas
Vejamos algumas situações através do diagrama de flechas. Em cada diagrama a seguir,
estão relacionados os elementos do conjunto A com os elementos do conjunto B.

94 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Importante • Para facilitar o entendimento dos alu-


nos, trabalhe por meio de atividades con-
1) A imagem de uma função f : A → B, denotada por Im( f ), é o conjunto dos elementos y ∈ B para os
quais existe x ∈ A de modo que (x, y) ∈ f. textualizadas, tornando o processo de
2) Uma relação f de A em B é uma função de A em B se, e somente se, a seguinte condição for ve- aprendizagem mais significativo. Faça
rificada: “Toda reta paralela ao eixo dos y, traçada por um ponto qualquer do domínio de f, intercep-
ta o gráfico em um único ponto”. uma pesquisa com os alunos sobre a rela-
ção existente entre o número do sapato e
De acordo com o conceito de função, analisaremos os diagramas: o tamanho dos pés ou a pessoa em fun-
Diagrama I: Diagrama II: ção da impressão digital.
Note que o elemento 4 de A não está as-
sociado a elemento algum de B. Portanto, o
Veja que o elemento -1 de A está associa-
do a dois elementos de B (elementos -2 e 3).
• Resolva exercícios práticos para que os
alunos assimilem a noção de função.
diagrama I não representa uma função, e sim Portanto, o diagrama II não representa uma
uma relação. função, e sim uma relação. • Analise um diagrama ou gráfico e iden-
tifique se uma relação é função.
A B A B
• Esclareça os seguintes conceitos aos
1 2 –1 –2 alunos, lembrando que existe uma dife-
2 4 2
3 rença entre imagem e conjunto imagem.
3 6 3
4 A imagem é um ponto em que a flecha de
4 4
relacionamento toca, e o conjunto ima-
gem é o conjunto de todos os elementos
Diagrama III:
Vemos, no diagrama abaixo, que cada ele- Então, o diagrama III representa uma
que as flechas tocam.
mento de A está associado a um único elemen- função. Domínio (D(f)) – Conjunto de “parti-
to de B. Isto é, todos os elementos do conjun- Simbolicamente, f é uma função de A em da” das setas, ou seja, de todos os valo-
to de partida (A) têm um correspondente no B ↔ {∀x ∈ A ∃ y ∈ B | (x, y) ∈ f }
conjunto de chegada (B). res possíveis para x. O domínio de uma
A B função também é chamado de campo
A B
–1 0 f Im(f) de definição, ou campo de existência
0 2
x
f(x) da função, e é representado pela letra D.
2 3 Contradomínio (CD(f)) – Conjunto de
3 5
“chegada” das setas.
Observações:
Imagem (Im(f)) – Conjunto dos ele-
mentos “atingidos” pelas setas, ou seja,
1. f é função. 2. f não é função. 3. f é função.
A A f de todas as imagens do domínio. O con-
f B A f B B
junto imagem é representado por Im.

ANOTAÇÕES
Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 95

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:15

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4. f não é função.
A B
f Lembrete
Nomenclatura:
Função de A em B
f
f : A→B A  →B
x → y = f ( x ) ou x → y = f ( x )

Observamos que os diagramas 1 e 3 representam funções, pois cada elemento do conjun-


to de partida (A) tem um elemento no conjunto de chegada (B). Mas os diagramas 2 e 4 não re-
presentam funções, pois existe um elemento de A que não está associado a algum elemento
de B e existe um elemento de A que está associado a mais de um elemento de B.

Domínio, contradomínio e imagem de uma função


O diagrama A representa o conjunto das meninas, e o diagrama B representa o conjunto
dos meninos. Vamos, agora, mostrar uma função envolvendo os elementos dos dois conjuntos.

A B

Função do namoro:
Ana João
Ana namora João.
Gabriel Paula namora Gabriel.
Paula
Luís Clara namora Luís.
Clara Lucas f :A→B

O estudo das vibrações das cordas dos instru-

Everett Collection/Shutterstock.com
mentos musicais levou o matemático Peter Dirichlet
(1805-1859) a definir função como uma correspon-
dência arbitrária entre os valores de duas variáveis,
tal como hoje é definida. Já a ideia de generaliza-
ção, ou modelo matemático utilizando o concei-
to de função, levou à criação da análise moder-
na, que compreende ramos como a lógica, a teo- Ma

ria dos conjuntos, a álgebra abstrata e a topologia


geral, entre outros vários campos de pesquisas.
Por isso, quando avaliamos o preço por metro
de um tecido em função de sua qualidade, mesmo
que a qualidade não possua representações de
valores, números ou grandezas de medidas em
uma forma geral, estamos utilizando a noção de
função.

96 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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96

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Matematicamente, falamos que o conjunto A, das meninas, é chamado de domínio da fun- • Estimule os alunos a praticarem os
ção (condição para a função existir). Isto é, todas as meninas têm um menino para namorar. exercícios. Caso perceba que eles estão
Note que nem todos os meninos têm uma menina para namorar. Portanto, os meninos
que estão associados com uma menina representam o conjunto imagem da função. E todos com dificuldade na resolução das ativida-
os meninos do conjunto B são chamados de contradomínio da função. des propostas, oriente-os dando as expli-
Veja o diagrama:
cações necessárias.
A B • Motive os alunos a enfrentarem as
f possíveis dificuldades na resolução dos
1 5 exercícios.

2 6
• Incentive o trabalho em duplas ou em
pequenos grupos. Os alunos devem ter
3 7 em mente que diferenças de opiniões
4 8 sempre existirão e que, por isso mes-
mo, a colaboração de todos só aumen-
ta a compreensão do conteúdo estuda-
do. Valorize todas as situações em que
Se f é uma função de A em B, dizemos que: os alunos busquem uma solução comum.
• A é o domínio da função f. Representamos por A = D(f ). • Resolva os exercícios com os alunos para
• B é um contradomínio da função f. Representamos por B = CD(f ). encontrar o valor numérico de uma fun-
O conjunto Im( f ) = {y ∈ B, x ∈ A | y = f(x)} é chamado de conjunto imagem da função f.
Veja o diagrama.
ção sabendo que o valor que atribuímos a
x (domínio da função) deve ser substituído
Portanto: na variável y = f ( x ) .
D(f ) = {1, 2, 3, 4}
Im(f ) = {5, 6, 7}
Exemplo:
CD(f ) = {5, 6, 7, 8}
Em f ( x ) = 2 x 2 + 5 x + 8, ao substituir
Im(f ) ⊆ CD (f )
o valor x = 3, teremos f(3) = 2(3)2 + 5(3)
+ 8 = 41.
Lei de formação de uma função
Para encontrar o princípio da lei de formação de uma função, temos de relacionar os ele-
mentos do domínio com os elementos do conjunto imagem.

Valor numérico de uma função ANOTAÇÕES


Dados o domínio e a lei de formação de uma função, isto é, a expressão matemática que
relaciona x com y, podemos encontrar o conjunto imagem dessa função. Para isso, devemos
encontrar o valor numérico da função para cada elemento do domínio.
O valor numérico de uma função é o valor que y = f(x) assume quando se atribui determi-
nado valor à variável x (domínio da função).

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 97

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Passo a passo
n(n − 3)
1. Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4}, B = {-1, 3. A fórmula d = expressa o número de
0, 1, 2, 3, 4} e a função f: A → B com y = x - 1, 2
calcule: diagonais d de um polígono convexo em função
de n lados. Calcule o número de diagonais do
a) O conjunto imagem da função.
pentágono (5 lados) e do hexágono (6 lados).
b) O conjunto domínio da função.
Solução:
c) O conjunto do contradomínio da função.
Observamos que o número de diagonais d po-
d) f(2).
deria ser representado em função de n da se-
e) f(3).
guinte forma:
Solução:
O valor de y é uma função de x. d = f(n).
Portanto, y = f(x). Com isso, y = x - 1 implica n(n − 3)
dizer que: f(x) = x - 1 Portanto: f (n) =
2
Valor numérico Com isso:
Valor Imagem da Pentágono → n = 5 lados, temos:
da função
de x função
f(x) = x − 1
5(5 − 3)
1 f(1) = 1 - 1 = 0 0 f (5) = f (5) = ⇒
2
2 f(2) = 2 - 1 = 1 1 5⋅2
f (5) = ⇒ f (5) = 5 diagonais
3 f(3) = 3 - 1 = 2 2 2

4 f(4) = 4 - 1 = 3 3 Hexágono → n = 6 lados, temos:

6 (6 − 3)
Com isso: f (6) = ⇒
2
a) Im(f ) = {0, 1, 2, 3} 6⋅3
f (6) = ⇒ f (6) = 9 diagonais
b) D(f ) = {1, 2, 3, 4} 2

c) CD(f ) = {-1, 0, 1, 2, 3, 4} 4. De acordo com os diagramas abaixo, qual é


a lei de formação dessas funções?
d) f(2) = 2 - 1 → f(2) = 1
Dada a função f: A → B tal que:
e) f(3) = 3 - 1 → f(3) = 2
A B
2. Seja f: R → R tal que f(x) = 3x - 5. Calcule o
valor de x para que a função seja nula. –1 –1 Ma

Solução:
Para que a função seja nula, implica dizer que
0 1
f(x) = 0. Então:
5 1 3
f ( x ) = 0 ⇔ 3x − 5 = 0 ⇒ 3x = 5 ⇒ x =
3
5 2 5
Portanto, para x = , a função f ( x ) = 3 x − 5
3
se anula  f ( x ) = 0
 

98 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Trabalhar o IMC visto no capítulo ante-
Solução: 5. A função que representa o valor a ser pago
Observe a tabela abaixo: após um desconto de 3% sobre o valor x de rior por meio de fórmulas e aplicar valor
uma mercadoria é: numérico a partir de idades, pesos, etc.
Domínio Imagem Relação
(x) (y = f(x)) entre x e y a) f(x) = x - 3 b) f(x) = 0,97x
y = f(-1) = -1 2 . (-1) + 1 = -1 c) f(x) = 1,3x d) f(x) = -3x
−1
e) f(x) = 1,03x
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
0 y = f(0) = 1 2 . (0) + 1 = 1
2 . (0) + 1 = 1
1
2
y = f(1) = 3
y = f(2) = 5 2.2+1=5
Solução:
Vamos calcular um desconto de 3% sobre a
• Na seção Aplicação, forme grupos para
resolver os exercícios e esteja sempre
mercadoria x. Temos:
Para obter uma relação entre x e y, observa-
pronto a esclarecer as dúvidas que forem
mos que os valores de y são o dobro dos va- f(x) = x - 3%x
lores de x mais 1. Portanto, a lei de formação surgindo. Cada grupo deve apresentar
Então:
é y = 2x + 1, porém y = f(x) implica dizer que: à classe os resultados obtidos. Essa for-
f(x) = 97%x → f(x) = 0,97x
f(x) = 2x + 1.
ma de trabalho serve para que os alunos
respeitem a fala dos colegas e avaliem o
Lembrete
quanto aprenderam.
Quando lemos y = f(x), dizemos que y é função de x, isto é: os valores que a variável y pode assu-
mir dependem dos valores assumidos pela variável x. • Estimule os alunos a resolverem os exer-
cícios. Ao fazer a correção, fique atento
para perceber os que tiveram maior difi-
culdade e oriente-os, dando as explica-
Aplicação ções necessárias.
• Motive os alunos a enfrentarem as pos-
síveis dificuldades encontradas na resolu-
26. Os diagramas de flechas dados a seguir representam relações binárias. Para cada uma:
ção dos exercícios.
a) Diga se é ou não uma função.
b) Em caso afirmativo, determine seu domínio, contradomínio e conjunto imagem. • É importante que os alunos solucionem
os exercícios para que possam avaliar o
quanto já aprenderam. Sendo necessário,
1 5 1 9 oriente-os na resolução dos problemas.
2 6 10 Persistindo as dúvidas, faça uma revisão
I. II. 3
3 7 11 do conteúdo, isso os ajudará a superar
4 8 4 12 eventuais dificuldades.

1 1 1 1
4
III. 2 2 IV. 2 ANOTAÇÕES
5 2
3 3 3

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 99

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1 1

V. 2 0 VI. 1 2

3 3

27. Dada a função f : R → R definida por f(x ) = x² - 2, calcule:


a) f(-1).
b) f(2).
c) f(0).

28. Uma prestadora de serviços cobra pela visita à residência do cliente e pelo tempo neces-
sário para realizar o serviço na residência. O valor da visita é R$ 50,00 e o valor da hora para
realização do serviço é R$ 30,00. Uma expressão que indica o valor a ser pago (P) em função
das horas (h) necessárias à execução do serviço é:
a) P = 50h
b) P = 60h
c) P = 50 + 30h
d) P = 40 + 20h

v2 v
29. A fórmula d = + permite calcular a distância mínima d que o automóvel ainda percor-
250 10
re após o motorista decidir parar quando sua velocidade é v (d dada em metros, v em quilô-
metros por hora). Quantos metros, no mínimo, percorrerá um automóvel a 100 km/h após o
motorista decidir brecar?
a) 10
b) 30
c) 50
d) 70
e) 90

30. A colheitadeira, também conhecida como ceifeira debulhadora, é um equipamento agríco-


la destinado à colheita de lavouras, tais como de cana-de-açúcar, algodão ou grãos (trigo, arroz, Ma

café, soja, milho, etc). Um fazendeiro resolveu investir em uma colheitadeira para facilitar o
serviço na plantação. Sabendo que o valor pago foi de R$ 300.000 no ano da compra, é bastan-
te comum que máquinas desse porte percam o seu valor V ao decorrer dos meses t. Supondo
que a taxa de depreciação de uma máquina desse porte é de R$ 22.000 por ano, devido ao seu
constante uso, podemos afirmar que o valor da colheitadeira, ao final de 7 anos e meio, será de:
a) R$ 154.000. d) R$ 174.000.
b) R$ 246.000. e) R$ 210.000.
c) R$ 135.000.

100 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
 1
31. Se f(x) = 2x3 - 1, então f (0) + f (−1) + f   é igual a:
• Explore as informações oferecidas pelo
 2  gráfico, discutindo-as com os alunos.
−3 −15 −19 −17 −13 • Trabalhe a interdisciplinaridade com
a) . b) . c) . d) . e) .
4 4 4 4 4 a Geografia, discutindo assuntos como
32. A caixa d’água da casa de Luiz tem 6.000 l e foi esvaziada em um período de 3 h. Na primeira subemprego, mercado de trabalho,
hora, foi utilizada apenas uma bomba, mas, nas duas horas seguintes, a fim de reduzir o tempo ascensão profissional, entre outros.
de esvaziamento, outra bomba foi ligada com a primeira. O gráfico, formado por dois segmen-
tos de reta, mostra o volume de água presente na cisterna, em função do tempo.
Qual é a vazão, em litro por hora, da bomba que foi ligada no início da segunda hora? TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
a) 1. 000
b) 1.250 6.000
A
B
Por que estudamos função?
c) 1.500 5.000

d) 2.000
Volume (l)

e) 2.500 O estudo de função tem uma impor-


C tância que não está restrita apenas à Ma-
Tempo (h)
0 1 3 temática, mas se estende a várias outras
33. Cleyde calça sapatos tamanho 36. Será que ela tem um pé com 36 cm de comprimento? Nada ciências, como a Física e a Química.
disso! Para ter o número do sapato em função do comprimento do pé, nós usamos a fórmula
5 x + 28 Estamos sempre em contato com as
algébrica S ( x ) = , em que S(x) é o número do sapato e x é o comprimento do pé em centí-
4 funções no nosso dia a dia, embora não
metros. De acordo com essa fórmula, indique o item que mostra o tamanho do pé de Cleyde. percebamos. Quando assistimos a um tele-
a) 23,2 cm b) 24,4 cm c) 26,8 cm d) 29,4 cm e) 31,4 cm jornal ou lemos uma revista, podemos nos
deparar com gráficos, que são um tipo de
Representação gráfica de uma função relação entre duas variáveis, uma compara-
Admitamos que, a partir dos 50 anos, a perda da massa óssea ocorra de forma linear, con-
ção de duas grandezas ou até mesmo uma
forme mostra o gráfico abaixo. função representada graficamente.
Observe que, aos 60 e aos 80 Todo gráfico define uma relação, com-
Porcentagem de massa óssea anos, as mulheres têm, respectivamen-
te, 90% e 70% da massa óssea que ti- paração ou função, mas, para isso, é ne-
100
nham aos 30 anos. cessário que ela tenha sua representação
90
Analisando os dados, podemos
80 na forma algébrica.
responder ainda:
70 Homens O pré-requisito para o início do estu-
Mulheres • Qual é o percentual de massa óssea do de função é o conhecimento de equa-
das mulheres com idade de 50, 60, 70
ções, pois todo o desenvolvimento algé-
Adaptado de Galileu, janeiro de 1999.

e 80 anos, respectivamente?
• Qual a lei de formação da função brico de uma função é feito por meio de
entre as idades das mulheres a par-
equações.
tir dos 50 anos e a sua porcentagem
de massa óssea?
30 40 50 60 70 80
Idade • Qual o percentual de massa óssea que
as mulheres já perderam aos 76 anos
A taxa de perda óssea é maior entre as mulheres.
em relação à massa dos 30 anos? ANOTAÇÕES
Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 101

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Construção de gráficos de funções
Para construirmos gráficos de funções de R em R, devemos proceder da seguinte maneira:

a) Traçar o plano cartesiano Ox e Oy.


b) Atribuir valores à variável x da função e encontrar os valores correspondentes de y = f(x).
c) Formar pares ordenados (x, y) e, depois, marcar esses pontos no plano cartesiano.
d) Traçar a linha ou a curva que liga esses pontos.

Com isso, encontraremos o gráfico que representará a função.

Exemplos:
Construa os gráficos das funções f : R → R definidas por:
a) f(x ) = 2x −1

1o passo: Atribuímos alguns valores à variável x para encontrar os valores corresponden-


tes de y, obtendo alguns pares ordenados (x, y).

• Para x = 0, temos: Lembrete


y = f(x) = 2 ⋅ x - 1 → y = 2 ⋅ 0 - 1 → y = -1
Na construção dos gráficos,
Portanto, o par ordenado é (0, -1).
consideramos a variável x as-
sumindo qualquer valor real
• Para x = 1, temos: possível.
y = f(x) = 2x - 1 → y = 2 ⋅ 1 - 1 → y = 1
Portanto, o par ordenado é (1, 1).

• Para x = -1, temos:


y = f(x) = 2x - 1 → y = 2 ⋅ (-1) -1 → y = -3
Portanto, o par ordenado é (-1, -3).

2o passo: Marcamos os pontos no plano cartesiano, traçamos a linha que liga esses pontos
e obtemos o gráfico da função.
y

0
–3 –2 –1 1 2 3 x
–1

–2

–3

102 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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b) f(x) = x + 2

1o Passo: Atribuímos alguns valores à variável x para encontrarmos os valores correspon-


dentes de y, obtendo alguns pares ordenados (x, y).

• Para x = -2, temos: y = f(x) = x + 2 → y = -2 + 2 → y = 0


Portanto, o par ordenado é (-2, 0).

• Para x = 0, temos: y = f(x) = x + 2 → y = 0 + 2 → y = 2


Portanto, o par ordenado é (0, 2).

• Para x = 1, temos: y = f(x) = x + 2 → y = 1 + 2 → y = 3


Portanto, o par ordenado é (1, 3).

2o Passo: Marcamos os pontos no plano cartesiano, traçamos a linha que liga esses pontos
e obtemos o gráfico da função.

0
–3 –2 –1 1 2 3 x
–1

–2

–3

Identificação de uma função por meio de gráficos


Para identificar se um gráfico representa ou não uma função, vamos utilizar os seguintes
procedimentos:

a) Observar, no gráfico, se existem valores de x (conjunto domínio) que estão associados a


mais de um valor de y = f(x) (conjunto imagem). Esse gráfico não será função.
b) Analisar, no gráfico, se existem valores de x que não estão associados a algum valor de
y = f(x). Caso isso ocorra, não será função.
c) Se no gráfico existir, para cada valor de x, um único valor associado a y = f(x), a relação
será uma função.

Exemplo:
Observe os gráficos a seguir e identifique quais representam uma função.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 103

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y y

–4 –2
0 x 0 x
–2

–3

Lembrete
Um método prático para saber se um gráfico representa uma função é traçar retas paralelas ao
eixo Oy. O gráfico representará uma função se cada uma dessas retas interceptar o gráfico em um
único ponto.

O gráfico da esquerda não representa uma função, pois há valores de x que estão associados
a mais de um valor de y = f(x). Note, por exemplo, que, para x = 0, estão associados y = 3 e y = -3.
Já o gráfico da direita é uma função, pois, para cada valor de x, está associado um único
valor de y = f(x).

Passo a passo

1. (UFMG) Das figuras abaixo, a única que representa o gráfico de uma função real y = f(x), x ∈ [a, b] é:

a) y b) y c) y

a b x a b x a b x

d) y e) y f) y

a b x a b x a b x

104 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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Solução: O gráfico sugerido na alternativa d não repre-
Os gráficos sugeridos nas alternativas a, b, c senta uma função de domínio [a, b] por haver
e f não representam funções, porque há pelo uma “interrupção” no intervalo [a, b], isto é,
menos uma reta vertical (por uma abscissa existe pelo menos uma reta no intervalo [a, b]
pertencente a [a, b]) que corta o gráfico em que não corta o gráfico da função em ponto
mais de um ponto: algum, o que significa dizer que “aquela abs-
cissa não tem imagem”.
y y
y

a b x a b x

y y

a b x

a b x a b x Resposta: Alternativa e.

Raiz e valor numérico no gráfico de uma função


Raiz de uma função y = f(x) é o valor de x tal que y = 0. Na prática, para descobrir a raiz (ou
as raízes), devemos igualar a função a zero. Graficamente, as raízes de uma função são os pon-
tos de interseção do gráfico com o eixo das abscissas (Ox).

y
g
c

d
a h

b e f x

Observe, no gráfico, que a, e e h são os pontos que tocam o eixo x; com isso, representam
raízes, ou zeros, da função.
Então: f(a) = 0, f(e) = 0 e f(h) = 0.
Observe que d é o ponto do gráfico que corta o eixo das ordenadas (y).
Portanto: f(0) = d (que é chamado de termo independente da função).
Analisando no gráfico, os pontos b e f têm valores numéricos correspondentes nos eixos
das ordenadas (y). Isto é: f(b) = c e f(f ) = g.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 105

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105

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Exemplo:
De acordo com o gráfico a seguir, calcule:
a) As raízes, ou zeros, da função.
y
3 b) f(-3), f(-1), f(2) e f(4).
c) O termo independente.
2 d) f(-2) + f(3)

1 Solução:
-4 a) As raízes, ou zeros, da função são os pon-
1 2 3 4 x tos que tocam o eixo das abscissas (0x).
-3 -2 -1
-1 Portanto, as raízes são: -3, -1, 2 e 4.
b) Sabendo que -3, -1, 2 e 4 são as raízes
-2
da função, então os seus respectivos f são nulos.
-3 Portanto: f(-3) = 0, f(-1) = 0, f(2) = 0 e f(4) = 0.
c) O termo independente é o ponto do gráfi-
-4 co que corta o eixo das ordenadas (y).
Portanto: f(0) = -3.
-5
Analisando o gráfico, temos: f(-2) = 3 e f(3) = 2
Com isso: f(-2) + f(3) = 3 + 2 = 5.

Domínio e imagem através do gráfico


Um outro problema comum é a determinação do domínio e da imagem de uma função f atra-
vés do seu gráfico. De acordo com as definições e os comentários feitos até aqui, dado o gráfico de
uma função f, temos:

• D(f) é o conjunto de todas as abscissas dos pontos do eixo Ox, tais que as retas verti-
cais por eles traçadas interceptam o gráfico de f.
• Im(f) é o conjunto de todas as ordenadas dos pontos do eixo Oy, tais que as retas ho-
rizontais por eles traçadas interceptam o gráfico de f.
Então, graficamente, quando estudamos o domínio de uma função → D( f ), devemos ob-
servar o limite dos valores possíveis considerados em Ox.
Quando estudamos a imagem da função → Im(f ), devemos observar o intervalo de valo-
res assumidos por y.
Gráfico cartesiano
y

f(b)

f(x) Veja:
D(f ) = [a, b]
f(a) Im(f ) = [ f(a), f(b)]

0 a x b x

106 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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Exemplo:
(FCC-SP) Se f: A → B é uma função e D ⊂ A, chamamos de imagem de D pela função f o
conjunto anotado e definido por:

y
6

4 f(D) = {y ∈ B e x ∈ D | f(x) = y}
3
2

0 4 5 6 9 x

Pelo gráfico, D(f ) e Im(f ) assumem valores sem restrições.

Agora, sendo g uma função de R em R cujo gráfico está representado acima, para encontrar,
por exemplo, a imagem dos x pertencentes ao intervalo [5, 9], vamos reconstruir o gráfico utili-
zando apenas o trecho que nos interessa, de acordo com o domínio limitado ao intervalo [5, 9]:
Gráfico reconstruído
y
6

3
2

0 5 6 9 x

Projetando ortogonalmente esse trecho sobre Ox e Oy, temos:

y
6

Domínio considerado: 5 ≤ x ≤ 9
Conjunto imagem obtido: 2 ≤ y ≤ 6
3
2

0 5 6 9 x

Pela figura acima, fica fácil perceber que a imagem de g([5, 9]) corresponde ao conjunto [2, 6].

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 107

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Determinação do domínio de uma função
Devemos considerar como domínio todos os valores de x (x ∈ R) que tornam possíveis as
operações indicadas na lei de formação. Isto é, o domínio de uma função é a condição de exis-
tência desta. Agora, vamos mostrar algumas condições de existência que estarão relacionadas
com o domínio da função.
a) Divisão entre A e B.
A
Isto é: Para , a condição de existência é quando B ≠ 0.
B
x 2 − 7x + 5
Exemplo: Seja a função f ( x ) = .
x −8
Determine o domínio da função.

Devemos impor que o denominador não pode ser nulo, isto é, x - 8 ≠ 0, então:
D(f ) = {x ∈ R | x ≠ 8} = R - {8}

b) Radiciação de um número A.
n
Isto é: A , quando n for par, a condição de existência é A ≥ 0.

Exemplo:
Seja a função f ( x ) = 4 2 x − 6 , determine o domínio da função.

Em R, o radicando de uma raiz de índice par não pode ser negativo, isto é: 2x - 6 ≥ 0 →
x ≥ 3. Portanto:
D(f ) = {x ∈ R | x ≥ 3} = [3 + ∞[

c) Radiciação de um número A.
n
Isto é: A , quando n for ímpar, a condição de existência são todos os reais (R).
Exemplo:
Seja a função f ( x ) = 3 7 x + 9 , determine o domínio da função.
O radicando de uma raiz de índice ímpar em R pode ser negativo, nulo ou positivo, ou seja,
7x + 9 pode assumir todos os valores reais, portanto: D(f ) = R.

d) Divisão envolvendo radiciação de um número.


A
Isto é: . Quando n for par, a condição de existência é B > 0.
n
B
Ma

Exemplo:
3x 2 − 4 x + 5
Seja a função f ( x ) = , determine o domínio da função.
4x + 8
Solução: 4x + 8 > 0 → x > -2, portanto:
D(f ) = {x ∈ R, x > -2} = ] -2, ∞[

e) Divisão envolvendo radiciação de um número.


A
Isto é: . Quando n for ímpar, a condição de existência é B ≠ 0.
n
B

108 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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108

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CURIOSIDADE
Existem algumas restrições ao domínio;
2 x 2 − 5x + 3
Exemplo: Seja a função f ( x ) =
3
, determine o domínio da função. geralmente as duas mais importantes que
3x − 6
Solução: Devemos colocar a condição de existência do denominador envolvendo radicia-
aparecem nos exercícios são estas:
ção com índice ímpar. Isto é: • Não existe raiz quadrada de número nega-
D(f ) = {x ∈ R | x ≠ 2} = R - {2} tivo (e nenhuma outra raiz de índice par).
Exemplo:
9− x
• Não existe divisão por zero.
Seja a função f ( x ) = , determine o domínio da função. Ao determinar o domínio de uma fun-
8 x + 16
ção, devemos determinar o maior domí-
9− x
Solução: As operações indicadas por são possíveis se, e somente se: nio possível para aquela variável indepen-
8 x + 16
dente, que deve ser colocado no lugar de
9 − x ≥ 0 ⇔ −x ≥ −9 ⇔ x ≤ 9 (I)
 x na fórmula da função.
8 x + 16 > 0 ⇔ 8 x > −16 ⇔ x > −2 (II)

Efetuando a interseção de (I) e (II), obteremos:


(1) SUGESTÃO
9
(2)
–2 Identifique relações de setas entre a
(1) ∩ I
–2 9 sala de aula, denominando domínios e
Portanto: D(f ) = {x ∈ R | -2 < x ≤ 9} = (-2, 9).
imagens.

Aplicação
ANOTAÇÕES
34. Calcule o valor de P para que a raiz da função polinomial do 1o grau f(x) = P(x - 1) + 4 - x
seja zero.

35. Seja f uma função representada pelo gráfico a seguir.

y
A função f é:
3x 3x
+3 a) f ( x ) = 3 − b) f ( x ) = 3 +
4 4

4x 4x
c) f ( x ) = 4 − d) y = −12 −
3 2
-4 x (−12 + 4 x )
e) y =
3

36. Sem construir o gráfico, determine as coordenadas do ponto em que as funções a seguir
interceptam o eixo y:
x 2x 1
a) y = x - 3 b) y = -2x + 5 c) y = d) y = −
4 3 2

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 109

Matematica_2022_9A_04.indd 109 12/08/2022 12:55:32

:27

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x
37. A função do 1o grau f : R → R é definida por f ( x ) = 2 − 5. Calcule:
3
 3 
a) f(0) b) f(-6) 
c) f   d) f(2) - f(1) + f(9)
 5 
38. Considere f(x) = ax + b. Determine a e b para que se tenha f(2)= -5 e f(-1) = 1.

39. Defina a função do 1o grau cujo gráfico passa pelos pontos (0, 0) e (4, 1).

40. (G1) Examine cada relação e escreva se é uma função de A em B ou não. Em caso afirmati-
vo, determine o domínio, a imagem e o contradomínio.
a) b)
A R1 A A R2 B
–2 0 4 0
0 4 1 10
8 2 100
2
4 16 12 3 1000
0 1

Função polinomial do 1o grau


Para compreendermos o significado da função polinomial do 1o grau, ou função afim, ve-
jamos a seguinte situação:

Maria e João são dois grandes amigos que tiveram a ideia de criar um serviço de pet táxi.

Outros saberes
Pet Táxi Para ampliar os seus
conhecimentos acerca do
conteúdo que estamos
estudando, escaneie o
QR Code a seguir.

Sabe-se que, nesse serviço de pet táxi, é cobrado um valor fixo —


a bandeirada, que custa R$ 2,30 — e R$ 1,20 por quilômetro rodado.
LABIM
Eduarda ligou para o pet táxi para levar o seu gatinho a uma clíni- Curtas Matemáticos –
ca de animais que fica a 18 km de distância de sua casa. Quanto Eduar- Função do 1o grau
da pagou ao taxista?
Ela pagou 18 . R$ 1,20 = R$ 21,60 pela distância percorrida mais R$ 2,30 pela bandeirada,
ou seja, R$ 21,60 + R$ 2,30 = R$ 23,90. Se a casa de Eduarda ficasse a 30 km de distância, o
preço da corrida (em reais) seria: 30 . R$ 1,20 + R$ 2,30 = R$ 38,30.
Podemos notar que cada distância x percorrida pelo táxi corresponde a certo custo c(x)
para a corrida. O valor c(x) é uma função de x.
É fácil encontrar a fórmula que expressa c(x) em função de x:
c(x) = 1,20 . x + 2,30, que é um exemplo de função polinomial do 1o grau, ou função afim.

110 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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110

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Chama-se função polinomial do 1o grau, ou função Importante
afim, qualquer função f de R em R dada por uma lei da forma
A raiz, ou zero, de uma fun-
f(x) = ax + b, em que a e b são números reais dados e a ≠ 0. ção é a abscissa do ponto de
A raiz, ou zero, da função do 1o grau f(x) = ax + b é o valor interseção do gráfico da fun-
de x tal que f(x) = 0. ção com o eixo das abscissas.
Logo, para encontrar a raiz, ou o zero, de uma função do Ou seja, é o ponto do gráfico
primeiro grau, basta resolver a equação do 1o grau ax + b = 0.  b 
de f com coordenadas − , 0.
 a 

Vejamos alguns exemplos de funções polinomiais do 1o grau:

a) f(x) = 5x - 3, em que a = 5 e b = -3. Lembrete


O número a é chamado de coeficiente de x.
b) f(x) = -2x - 7, em que a = -2 e b = -7. O número b é chamado de termo constante
(termo independente).
x 2 1 2
c) f ( x ) = + , em que a = e b = .
3 5 3 5
d) f(x) = 11x, em que a = 11 e b = 0.

O gráfico da função afim é uma reta inclinada em relação aos eixos


do sistema cartesiano ortogonal, como representamos a seguir:
a>0 y a<0 y

b b

0 x 0 x

A constante real não nula a deno-


mina-se coeficiente angular da reta.
Quando a > 0, a reta é ascendente (ca-
minhando da esquerda para a direita, y
f(x) = 2x + 5
em x, a reta sobe), e a função é dita cres-
cente. Ao contrário, quando a < 0, a reta
é descendente (caminhando da esquer- 5 Coeficiente
da para a direita, em x, a reta desce), e linear = 5
a função é dita decrescente.
A constante real b denomina-se
coeficiente linear da reta e indica a
ordenada do ponto em que a reta corta
o eixo dos y.
Como o gráfico de uma função afim -3 x
é uma reta, necessitamos apenas de dois –1
(-3, -1)
pontos para traçá-la.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 111

:34 Matematica_2022_9A_04.indd 111 12/08/2022 15:32:13

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g(x) = -3x + 0, isto é, g(x) = -3x Importante
Considere a função f(x) = ax + b uma
y função polinomial do 1o grau. Fazer o es-
tudo do sinal da função f(x) é encontrar
valores para x de modo que se tenha f(x)
Coeficiente igual a zero, f(x) maior do que zero e f(x)
menor do que zero.
linear = 0

1
x

h(x) = 2x - 5
Lembrete
y
f:R→R
1
5 x f(x) = - ax, com a ∈ R*
2 y

–3 (1, –3)
0 x
Coeficiente
linear = –5
–5

Observe:

• O domínio da função afim é R.


• O conjunto imagem da função afim é R: f(R) = R.
• Um caso particular da função de 1 grau é aquele em que b = 0. Nesse caso, ela é cha-
o

mada de função linear.


• Função linear: f : R → R tal que f(x) = ax, com a ∈ R*.
O gráfico da função linear é uma reta inclinada em relação aos eixos do sistema cartesia-
no ortogonal e que passa pela origem: Ma

Sendo a uma constante real não nula, a igualdade


y
y
y = ax indica que = a (constante não nula). Assim,
x
para os pares de coordenadas dos pontos da reta di-
0 x
y1 y y
ferentes da origem, temos: = 2 = 3 = ... = a.
x1 x2 x3

112 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
1. A loja Vital anunciou na rádio as promo-
Importante ções que estavam sendo realizadas. Per-
1) Uma função f: A→B é crescente em um conjunto A1 ⊂ A se, para dois elementos quaisquer x1 e x2 cebeu-se que, quanto mais se anunciava,
e pertencentes a A1, com x1 e x2, tivermos f(x1) < (x2).
2) Uma função f: A→B é crescente em um conjunto A1 ⊂ A se, para dois elementos quaisquer x1 e x2 mais se vendia. A venda era dada em fun-
e pertencentes a A1, com x1 < x2, tivermos f(x1) > (x2). ção dos anúncios feitos na rádio. Verifi-
3) Seja A um conjunto tal que -x ∈ A qualquer que seja x ∈ A e seja f: A→B uma função.
4) Dizemos que f é uma função par se f(-x) = f(x) qualquer que seja -x ∈ A. O gráfico de uma fun- cou-se que a função era definida pela fór-
ção par é simétrico em relação ao eixo y.
5) Dizemos também que f é uma função ímpar se f(-x) = f(x) qualquer que seja -x ∈ A. O gráfico de 5
uma função ímpar é simétrico em relação à origem do sistema de coordenadas.
mula y = x + 90 , em que y representa a
4
quantidade de produtos vendidos duran-
Ou seja, a função linear y = ax indica que as grandezas y e x são diretamente proporcionais. te os dias em que foram anunciadas as
Um caso particular da função linear é aquele em que a = 1. Nesse caso, ela é chamada de
promoções e x representa o número de
função identidade.
anúncios na rádio durante 15 dias.
•Função identidade: f : R tal que f(x) = x. Responda:
O gráfico da função identidade é a bissetriz dos quadrantes ímpares dos eixos do sistema
cartesiano ortogonal.
a) Quantos produtos a loja vendeu du-
rante os dias em que o anúncio foi divul-
y
gado 60 vezes na rádio?
Solução:
45°
0 x
5 5
y= x + 90 → y = (60) + 90
4 4
Vejamos, agora, alguns exemplos de funções afins: y = 165
Seja a função f: R → R, tal que f(x) = 2x + 4, temos:
b) Quantas vezes o anúncio da loja foi di-
vulgado na rádio durante os dias em que
y
x y (x, y)
a loja vendeu 350 produtos?
6
-2 0 (-2, 0) Solução:
4
-1 2 (-1, 2) 5
x + 90 = 350 → 5 x + 360 = 1400
2 4
0 4 (0, 4)
-2 -1 1 x
x = 208
1 6 (1, 6)

Lembrete
Uma função é crescente quando, dados dois valores reais x1 e x 2, para x1 < x 2, tem-se f(x1) < f(x 2).
ANOTAÇÕES
Para verificar se uma função polinomial do 1o grau é crescente, basta observar o sinal de a: se
a > 0, então a função f(x) = ax + b é crescente.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 113

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Ao representar uma reta no plano cartesiano, podemos, em alguns casos, notar que
ela poderá ser paralela ao eixo Ox (perpendicular ao eixo Oy) ou paralela ao eixo Oy
(perpendicular ao eixo Ox).
• Para diferenciar a reta vertical da reta horizontal, iremos tomar como referencial o
eixo das abscissas (eixo Ox). Portanto, a reta que é perpendicular ao eixo Ox será con-
siderada a reta vertical; assim, a perpendicular ao eixo Oy será a horizontal.
• A reta vertical pode ser identificada devido à não interceptação com o eixo Oy e à
interceptação com o eixo Ox em um ponto qualquer (k) de coordenadas iguais a (k, 0).

:24

113

ME_Matematica_2022_9A_04.indd 113 17/08/2022 07:20:27


Note bem: O gráfico de f(x) = 2x + 4 é uma reta ascendente, isto é, quando atribuímos va-
lores cada vez maiores a x, os valores de y também aumentam.
x aumenta

x -2 -1 0 1 2 Essa função é crescente, pois, da esquerda para a


y 0 2 4 6 8 direita, a reta sobe na direção dos quadrantes ímpa-
res, no sentido do 3o quadrante para o 1o quadrante.
y aumenta

Seja a função g: R → R, tal que g(x) = -2x + 3, temos:

x y (x, y) y
-1 5 (-1, 5) 5

0 3 (0, 3) 3
1 1 (1, 1) 32

1
3  3 
0  , 0
x
2  2  -1 1

Note bem: O gráfico de f(x) = -2x + 3 é uma reta descendente, isto é, quando atribuímos
valores cada vez maiores a x, os valores de y diminuem.
x aumenta

x -1 0 1 3/2 2 Essa função é decrescente, pois, da esquerda


para a direita, a reta desce na direção dos quadrantes
y 5 3 1 0 -1
pares, no sentido do 2o quadrante para o 4o quadrante.
y diminui

Reta vertical
Nesse caso, temos uma relação de um mesmo elemento do domínio com mais de uma ima-
gem. Com isso, não temos uma função.

Representação de uma reta vertical:


h : R → R, tal que x = k, em que k é uma constante real.
Ma

Exemplo: Para x = 2 (equivalente a x + 0y = 2).

Lembrete
Uma função é decrescente quando, dados quaisquer dois valores reais x1 e x2, para x1 > x2, tem-
-se f(x1) < f(x2).
Para verificar se uma função polinomial do 1o grau é decrescente, basta observar o sinal de a. Se
a < 0, então a função f(x) = ax + b é decrescente.

114 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Gráfico Diagrama • A reta horizontal pode ser identificada


y por não interceptar o eixo Ox, mas o eixo
5 Oy em um ponto qualquer (k) de coorde-
5/2 2 2 nadas iguais a (0, k).

2
• A atividade de leitura do texto do boxe
contextualizado, presente em cada capí-
x
tulo, deve ser uma constante na prática
2 1
-1 em sala de aula, visto se tratar de uma
x=2 atividade que exercita a leitura oraliza-
x = 2 não é função da dos alunos e a capacidade deles de
Note bem: x = 2 é a reta onde todos os pontos têm abscissa igual a 2. reconhecer, na prática, o que vem sendo
exposto na teoria.
Reta horizontal
Nesse caso, temos os elementos do domínio com a mesma imagem. Com isso, temos uma
• Peça aos alunos que determinem o
função constante.
ponto no qual o gráfico da função poli-
Representação de uma reta vertical: nomial do 1o grau corta o eixo x sem pre-
h : R → R, tal que f(x) = k, em que k é uma constante real. cisar construir o gráfico.
Exemplo:
Para h(x) = 3 (equivalente a 0x + y = 3). SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Importante
1. Sendo a função f (x) = 3x −15, determi-
Ao considerar c um número real, chama-se função constante toda função f : R → R definida
por f(x) = c. Assim, f : R → R x → y = f(x) = c. ne o ponto que corta o eixo x.
Observações: Solução:
1. O domínio da função constante é o conjunto dos números reais, D( f ) = R.
2. A imagem da função constante é o conjunto unitário formado pelo número real c, Im(f) = {c}.
f ( x ) = 3 x − 15
f ( x ) = 0 → 3 x − 15 = 0 → x = 5
Gráfico Diagrama
y Sem desenhar o gráfico, sabemos que
1 a reta corta o eixo x no ponto (5,0).

y=3 2 3
3
3 ANOTAÇÕES
x

f(x) = 3 é uma função constante. Im = (3) y = 3 é função.

Note bem: y = 3 é a reta onde todos os pontos têm ordenada igual a 3.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 115

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Pergunta desafio
A altura de uma planta bonsai (árvore ao lado), em me-

Shutterstock.com
2
tros, é dada por h = 0, 4 − , sendo t a idade da planta em
5+t
meses. A empresa que vende esse tipo de planta fixa o valor do
produto em função de sua altura. Uma planta com 70 meses
terá altura de:

a) 28 cm b) 32 cm c) 36 cm
d) 38 cm e) 42 cm

Zero, ou raiz, da função polinomial do 1o grau


Chama-se zero, ou raiz, da função polinomial do 1o grau f(x) = ax + b, com a ≠ 0, o nú-
mero real x tal que f(x) = 0.
b
Temos: f ( x ) = 0 → a x + b = 0 → x = −
a
b
Então, a raiz da função f(x) = ax + b é a solução da equação do 1o grau ax + b = 0, ou seja, x = − .
a

 b 
Portanto, a raiz de uma função afim nos dá o ponto onde o gráfico corta o eixo x : − , 0 ,
 a 
o que é muito importante para o estudo do sinal dessas funções.
Representação gráfica

a) y b) y

b b
− −
a a
x x
Zero, ou raiz, da função Zero, ou raiz, da função
afim, sendo a e b com afim, sendo a e b com
sinais contrários. sinais iguais.

Ma

Importante
1) Ao considerar os números reais a e b, com a ≠ 0, chama-se de função polinomial do 1o grau
toda função f : R → R definida por f(x) = ax + b. Assim, temos que:
f : R → R x → y = f(x) = ax + b, a, b ∈ R e a ≠ 0
2) A raiz, ou zero, da função do 1o grau f(x) = ax + b é o valor de x tal que f(x) = 0.
3) Logo, para encontrar a raiz, ou o zero, de uma função de 1o grau, basta resolver a equação do 1o
grau ax + b = 0.

116 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Exemplo: y
y=x-3
• Peça aos alunos que analisem o gráfico
Na figura ao lado, vamos: da função polinomial do 1o grau para saber
• Calcular o coeficiente angular. se a função é crescente ou decrescente.
• Calcular o coeficiente linear. a • Incentive os alunos a observarem a
• Verificar se a função é crescente ou decrescente. x resolução dos problemas da seção Pas-
• Calcular o zero, ou a raiz, da função. so a Passo, avaliando se conseguiram
Solução: assimilar o conteúdo. É preciso motivá-
• Sabemos que a reta (ou função afim) é da forma y = ax + b, em que a e b são o coefi- -los a enfrentar possíveis dificuldades na
ciente angular e o linear, respectivamente.
resolução.
• Portanto: a = 1 e b = -3.
• A função é crescente, pois o coeficiente angular a = 1 (maior do que zero). • Reforce os exercícios resolvidos no livro,
• Para encontrarmos o zero da função, basta igualar y a zero. solucionando as resoluções das questões.
Com isso: y = 0 → x - 3 = 0 ∴ x = 3 Caso os alunos tenham dúvidas, faça uma
revisão do conteúdo.

Passo a passo
ANOTAÇÕES
1. Calcule o valor de m para que a função po- 3. (Faap) A variação de temperatura y = f(x), em
linomial do 1o grau f(x) = m (x - 1) + 3 - x seja um intervalo de tempo x, é dada pela função
crescente. f(x) = (m² - 9)x² + (m + 3)x + (m - 3).
Solução: Calcule m de modo que o gráfico da função
Sabemos que uma função polinomial do 1o grau seja uma reta e f(x) seja crescente.
f(x) = ax + b é crescente quando a > 0. Solução:
Sabemos que, para o gráfico da função f(x) ser
Portanto: uma reta, a função deve ser polinomial do 1o grau.
f(x) = m (x - 1) + 3 - x
f(x) = mx - m + 3 - x Portanto:
f(x) = (m - 1)x + 3 - m f(x) = (m² - 9)x² + (m + 3)x + (m - 3) é uma
função polinomial do 1o grau para m2 - 9 = 0
Com isso: e m + 3 ≠ 0.
m-1>0∴m>1
Com isso:
2. Calcule o zero da função polinomial do 1o m² - 9 = 0 ∴ m² = 9 ∴ m = ± 3
grau f(x) = 2x + 8 - 6x.
Solução: Porém:
Encontramos o zero da função polinomial do m + 3 ≠ 0 ∴ m ≠ -3
1o grau fazendo f(x) = 0. Então, o valor de m = 3 é a solução.
Logo, 2 x + 8 − 6 x = 0
−8 4. Seja f uma função afim tal que f(-1) = 3 e
−4 = −8 → x = → x =2
−4 f(1) = 1:
Assim, a função é nula no ponto (2, 0). a) Calcule a lei da função.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 117

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Solução: 24 cm. Quando tiramos uma xícara de leite da
Se a função f é afim, temos: f(x) = ax + b. caixa, a altura do leite baixa 4 cm.
Mas, substituindo os valores de f(-1) e f(1) na
a) Qual é a altura y do leite que resta na caixa
função f(x) = ax + b, temos:
depois que retiramos x xícaras?
f(-1) = a . (-1) + b → f(-1) = -a + b → -a
Solução:
+b=3
Se retirarmos x xícaras de leite da caixa, a sua
f(1) = a . (1) + b → f(1) = a + b → a + b = 1
altura vai baixar 4 . x. Portanto, a altura y do
leite que resta na caixa será de 24 - 4x.
Portanto:
Isto é: y = 24 - 4x.
− a + b = 3


 a + b = 1 b) Após retirarmos 6 xícaras de leite, qual a

Aplicando o método da adição, temos: altura do leite restante na caixa?
Solução:
4
2b = 4 → b = → b = 2 Desejamos saber qual o valor de y para x = 6.
2
Então: y = 24 - 4 . 6 → y = 0
Aplicando o valor de b na outra equação, temos:
Não há mais leite na caixa.
a + b = 1
 c) Façamos uma tabela substituindo valores
a + 2 = 1
 para x.
a = −1

Então, a lei da função é dada por: Xícara (x) Altura do leite (y)
f(x) = -1 . x + 2 → f(x)= -x + 2
x y = 24 −4x
b) Diga se a função é crescente ou decrescente.
Solução: 0 24
Observamos que o coeficiente de x é negativo,
1 20
portanto a função é decrescente.
6 0
c) Calcule f(3).
Solução:
f(3) = -3 + 2 → f(3) = -1 Portanto, o gráfico de y em função de x é:

5. Um eletricista cobra uma taxa de 20 reais


pela visita ao cliente e mais 30 reais por hora
trabalhada. Como calcular o preço final a ser
pago já que este depende do tempo de duração 24
do serviço?
Solução:
20
Ma

Se o serviço do eletricista durar x horas, vai


y (cm)

custar 30 . x reais mais os 20 reais da taxa de


visita. Portanto, o preço final y a ser pago em
reais ao eletricista é dado por:
y = 30x + 20.

6. Uma caixa de 1 l de leite, feita de papelão,


1 6 x (xícaras)
tem a forma de um bloco retangular de altura

118 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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118

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

7. Classifique em verdadeiro (V) ou falso (F), Resolvendo o sistema de equações: • Mostre aos alunos que os exercícios
de acordo com o gráfico abaixo. resolvidos são exemplos de resolução
3a + b = 1
y 
4a + b = 0 dos outros problemas propostos no livro.
1 Temos: a = -1 e b = 4. Então, a lei da função
para x ≥ 3 é f ( x ) = −x + 4.
• Oriente os alunos a consultarem os
exercícios resolvidos quando houver
-1 4 dúvidas em relação às atividades.
0 1 3 x
Aplicação • Na seção Aplicação, forme duplas para
resolver os exercícios e esteja sempre
-1
41. Uma pessoa obesa, pesando, em um certo pronto para esclarecer as dúvidas que
momento, 156 kg, recolhe-se a um spa onde forem surgindo. Cada dupla deve apre-
a) Para x ≤ -1, a função é linear. se anunciam perdas de peso de até 2,5 kg por
sentar à classe os resultados obtidos.
Solução: semana. Suponhamos que isso realmente
Falso, pois, para x ≤ -1, o gráfico da função é ocorra. Nessas condições: Essa forma de trabalho serve para que
uma reta paralela ao eixo do x, então a fun- os alunos respeitem a fala dos colegas e
a) Encontre uma fórmula que expresse o peso
ção é constante.
mínimo, P, que essa pessoa poderá atingir após avaliem o quanto aprenderam.
b) A função é crescente para -1 ≤ x ≤ 1.
n semanas.
b) Calcule o número mínimo de semanas com- • As atividades, quando feitas em duplas
Solução: ou em pequenos grupos, podem ser de
pletas que a pessoa deverá permanecer no spa
Verdadeiro, pois, para -1 ≤ x ≤1, o gráfico da
para sair de lá com menos de 120 kg. grande ajuda para os alunos mais tímidos.
função é uma reta inclinada indo na direção
dos quadrantes ímpares.
42. O valor de uma scooter nova é de R$ • Estimule os alunos a resolverem os exer-
c) Em -1 ≤ x ≤ 1, temos a função identidade
9.000,00 e, com 4 anos de uso, é de R$ 4.000,00. cícios. Ao fazer a correção, fique atento
Supondo que o preço caia com o tempo, segun-
f(x) = x. aos conteúdos sobre os quais eles apre-
do uma linha reta, o valor de uma scooter com
Solução: sentaram maior dificuldade; oriente-os
1 ano de uso é:
Verdadeiro, pois f(-1) = -1, f(0) = 0 e f(1) = 1
Portanto, f(x) = x. a) R$ 8.250,00. b) R$ 8.000,00. dando as explicações necessárias.

d) A função é constante em 1≤ x ≤ 3.
c) R$ 7.750,00.
e) R$ 7.000,00.
d) R$ 7.500,00. • Motive os alunos a enfrentarem pos-
síveis dificuldades que encontrarem na
Solução:
Verdadeiro, pois, para 1≤ x ≤3, o gráfico da fun- 43. Sabendo que os pontos (2, -3) e (-1, 6) resolução dos exercícios.
ção é uma reta paralela ao eixo do x, então a pertencem ao gráfico da função f : R → R defini-
função é constante. da por f(x) = ax + b, determine o valor de b - a.

e) Para x ≤ 3, temos f(x)= x - 6. 44. Seja f a função de R em R dada por f(x) =


Solução: (k2 - 4)x + 3k, na qual k é uma constante real.
Falso, pois, de acordo com o gráfico, temos: Se f é decrescente, e seu gráfico intercepta o
f(3) = 1 e f(4) = 0. Com isso, observamos que, eixo das abcissas no ponto (1, 0), então um
para x ≥ 3, o gráfico é uma reta (função poli- outro ponto do gráfico de f é: ANOTAÇÕES
nomial do 1o grau) f(x) = ax + b, sendo a < 0.
a) (-3, 6).
De acordo com o gráfico, temos:
b) (-8, 6).
c) (5, -12).
f(3) = a ⋅ 3 + b → f(3) = 3a + b = 1
d) (2, 9).
f(4) = a ⋅ 4 + b → f(4) = 4a + b = 0 e) (3, 6).

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 119

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:42

119

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45. Um reservatório de água comporta 16.000 l
e tem forma de um paralelepípedo retangular
cujos lados da base medem 1 m e 2 m. Consi- 6,5
dere h como a altura do nível da água, medida
a partir da base do reservatório. O gráfico a
5

y (reais)
seguir mostra como variou o nível de água
durante um intervalo de tempo de 8h.
3,5
80
2
70
0 1 2 3 4
60
x (horas)

Suponha que o padrão observado no gráfico


50 não se altere quando x cresce. Nessas condi-
h (cm)

ções, uma pessoa que estacionar o seu carro


das 22h de certo dia até as 8h30 do dia seguinte
40
deverá pagar:

30 a) R$ 12,50. c) R$ 15,50. e) R$18,50.


b) R$ 14,00. d) R$ 17,00.

20 47. Leia e responda.

Fábio comprou um celular pós-pago. Ele


10
paga uma assinatura mensal de R$ 50,00
mais uma taxa de R$ 0,60 por minuto de
1 2 3 4 5 6 7 8 9 t (h)
conversação.

a) Qual será o valor de sua conta mensal se


Com base nas informações acima e sabendo,
o tempo de conversação acumulado for 60
ainda, que não entrou e saiu, simultaneamente,
minutos?
água do reservatório, é correto afirmar que:
b) Sabendo que Fábio pagou R$ 110,00 de conta,
a) o volume V de água no reservatório (em qual foi o tempo de conversação acumulado
litros) e a altura h do nível (em metros) estão no mês?
relacionados por V = 20 ⋅ h.

fizkes/AdobeStock.com
b) em t = 0, havia 300 l de água no reservatório.
c) das 2h às 4h, o reservatório esteve cheio.
d) no inter valo de tempo da 0h às 2h, a Ma

altura h, medida em metros, pode ser ex-


pressa em função do tempo, medido em
horas, por h = 20 + 30t.

46. A seguir, vê-se parte de um gráfico que


mostra o valor y a ser pago (em reais) pelo
uso de um estacionamento por um período
de x horas.

120 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

48. Observe o gráfico que mostra a variação da 2. Com o avanço da tecnologia, o uso de aplica- 1. A área de um triângulo é calculada pela
temperatura em determinado dia e responda: tivos para realizar viagens é cada vez mais
b⋅h
comum no cotidiano. Supõe-se que, para calcu- fórmula: A = . A base é formada pelo
25 lar o valor da viagem em um aplicativo, há um 2
valor fixo mais um total de R$ 2,40 por quilô- lado BC = [3 − (-2)] = 5 cm. A altura é for-
temperatura (°C)

20 metro rodado. Sabendo que um cliente pagou


R$ 24,60 ao final da viagem e que a quantida-
mada pelo lado AC = (3 − 1) = 2 cm. Por-
15 de de quilômetros rodados foi de 8 km, então tanto, para calcular a área, faremos:
o valor fixo da viagem foi de:
5 ⋅ 2 10
10 a) R$ 2,00. c) R$ 3,60. e) R$ 5,00. A= = = 5 cm2
b) R$ 2,50. d) R$ 5,40. 2 2
5
3. Um atleta de alto rendimento, ao ser subme- Para calcular o perímetro, precisamos
4 8 12 16 20 24 tempo (h) tido a um treino específico, apresenta, ao longo
saber a medida do lado AB. Utilizando
do tempo, ganho de massa muscular. A função
a) Em que período do dia a temperatura per- P(t) = P0 + 0,19 t expressa o peso do atleta em o teorema de Pitágoras, teremos:
maneceu constante? função do tempo ao realizar esse treinamento,
b) Em que período do dia a temperatura esteve sendo P0 o seu peso inicial e t o tempo em dias. ( AB )2 = ( AC )2 + (BC )2
em elevação? Considere um atleta que antes do treinamen- ( AB )2 = 22 + 52
c) Em que período do dia a temperatura apre- to apresentava 56 kg e que necessita chegar
sentou declínio? ao peso de 60 kg em um mês. Fazendo unica- ( AB )2 = 4 + 25
d) Qual foi a temperatura registrada às 12h? mente esse treinamento, será possível alcan- AB = 29 = 5, 385 cm
E às 24h? çar o resultado esperado?
Então o perímetro é P = 5,385 + 5 + 2 =
49. A tabela abaixo refere-se a uma função
do 1o grau. Encontre a lei de formação dessa
12,385 cm.
função. Matemática Resposta: P = 12,385 cm; A = 5cm2
x 0 1 2 3 4
1. Ao chegar à frente do hotel, um hóspede 2. Sabemos que o valor pago é calculado
y -1 -4 -7 -10 -13 observou que tinha 4 portas de entrada. En-
tão, questionou-se: de quantas maneiras uma por: V(q) = 1,40q + T, sendo T a taxa fixa
pessoa poderá entrar no edifício e sair por uma e q os quilômetros rodados. Substituindo
50. Responda.
porta diferente da que usou para entrar?
os valores conhecidos, teremos:
Os pontos (-2, 0) e (2, 0) pertencem ao gráfico
de uma função do 1o grau. Qual é a lei de for- 2. Ana trabalha como caixa na loja Legal, que
24,60 = 2,40 · 8 + T
mação dessa função? vende cada camiseta por R$ 15,00. Ana calcula
o valor y a ser pago pelo cliente em função do 24,60 = 19,20 + T
número x de camisetas que ele compra. Qual 24,60 − 19,20 = T
é a lei de formação dessa função?
T = 5,40
Desafios 3. O triângulo POR, no plano cartesiano, de Resposta: Alternativa d.
vértices P(0, 0), O(6, 0) e R(3, 5), é:
1. Professor Tales colocou no quadro da turma a) equilátero.
do 9o ano que um triângulo é formado pelos b) isósceles, mas não equilátero. 3. Substituindo o tempo indicado pelo
pontos A(-2, 3), B(3, 1) e C(-2, 1) no plano carte- c) escaleno. enunciado na função, podemos encon-
siano. Calcule a área e o perímetro desse triân- d) retângulo.
gulo em centímetros. e) obtusângulo. trar o peso do atleta ao final de um mês
de treinamento e compará-lo com o peso
Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 121 que se deseja alcançar. Vamos, então,
substituir na função o peso inicial (P0) por
56 e o tempo (t) por 30, pois seu valor
Matematica_2022_9A_04.indd 121 12/08/2022 12:55:43 deve ser dado em dias:

P(30) = 56 + 0,19 · 30
ANOTAÇÕES P(30) = 56 + 0,19 · 30
P(30) = 56 + 5,7
P(30) = 61,7

Ao final de 30 dias, o atleta terá 61,7 kg.


Portanto, usando o treinamento, será
possível atingir a meta.
Resposta: Sim.

:43

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Lembrete 8. O gráfico da função y = 3x - 1 passa pelos
pontos C(0, y) e D(x, 2). Calcule:
Se a é o maior lado do triângulo, temos:
a² < b² + c² → Triângulo acutângulo a) Os pontos C e D.
a² = b² + c² → Triângulo retângulo b) f(1).
a² > b² + c² → Triângulo obtusângulo c) f(−1).
d) O gráfico da função.
4. Calcule o domínio das funções abaixo.
9. Um rato deve chegar ao compartimento C
1− x
3
x +2 passando antes, uma única vez, pelos compar-
a) f ( x ) = b) f ( x ) = timentos A e B.
2x + 1 7 x + 21

3x 1
c) f ( x ) = 2
d) f ( x ) =
x −4 x ⋅ 5 x + 10 A
B
5. Complete a tabela e escreva a lei de formação C
que relaciona x com y.
Se há 4 portas de entrada em A, 5 em B e 7
x -2 -1 0 1 2 3 4 5 em C, então o número de modos distintos de
chegar a C é:
y 1 2 3
a) 16. d) 90.
6. Analise e responda. b) 27. e) 140.
c) 33.

L 10. O especialista em botânica, professor


Aristides, em uma de suas palestras, explicou
que há algumas plantas que podem ser plan-
a) Sendo P o perímetro do quadrado repre- tadas através de ramos (chamados de mudas)
sentado acima, qual é a função que relaciona em vez de ser plantadas por sementes. Admita
P com o seu lado? que um ramo de 2 m foi plantado e que cresce
b) Representando a área desse quadrado por constantemente 40 cm/ano. Calcule:
A, qual é a função que relaciona A e L?
c) Complete a tabela. a) a altura dessa árvore em 5 anos.
b) o tempo necessário para que a altura da
L (cm) P (cm) A (cm²) árvore seja de 2,5 m.
3
11. Construa o gráfico das seguintes funções.
5
a) f(x) = -x +3 b) f(x) = 4x - 1
9
Ma

3
c) f(x) = -x d) f ( x ) = x −3
7. Localize todos os pontos a seguir, associados 2
aos pares de números inteiros.
12. A representação gráfica da função y = 5 é
A(2, 5); B(2, -5); C(-2, 5); D(-2, -5); E(6, 0); F(0, 6); uma reta:
G(0, -6); H(-6, 0)
a) que intercepta os dois eixos.
Ligando os pontos A, B, C e D, que figura você b) perpendicular ao eixo das ordenadas.
formou? c) paralela ao eixo das abscissas.

122 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

13. Sabendo que os gráficos das funções li- 16. Com base no gráfico abaixo, pede-se para: • Nesta seção, existem atividades com
neares estão representados abaixo, podemos y maior nível de dificuldade. Peça que os
afirmar que:
alunos corrijam as atividades na lousa e
y
compartilhem as respostas encontradas.
h(x) = cx
g(x) = bx x
• As atividades de conclusão do capítulo
0 servirão para verificar se ainda há dúvi-
f(x) = ax
das. Procure corrigi-las com os alunos.
x a) Identificar o tipo de função.
b) Determinar a lei de associação que a representa.
c) Identificar os zeros da função. SUGESTÃO
d) Classificar a função quanto ao crescimento,
justificando a resposta.
a) a > b > c b) b > a > c e) Estudar o sinal da função. Resolva situações-problemas envol-
c) c > b > a d) a > c > b
e) b > c > a vendo funções quadráticas.
17. (CM-Salvador) Com base no gráfico abaixo,
pede-se para:
14. Com base no gráfico a seguir, pede-se: y
y

0 x
ANOTAÇÕES
+2
+1 -3

0 +1 x
a) Identificar o tipo de função.
b) Determinar a lei de associação que a representa.
c) Identificar os zeros da função.
a) Identificar o tipo de função. d) Classificar a função quanto ao crescimento,
b) Determinar a lei de associação que a representa. justificando a resposta.
c) Identificar os zeros da função. e) Estudar o sinal da função.
d) Classificar a função quanto ao crescimento,
justificando a resposta. 18. O lucro de uma empresa na produção de
e) Estudar o sinal da função. x peças é dado pela função f(x) = 50x - 500,
sendo x um número natural. Pede-se:
15. O gráfico da função y = ax + b passa pelos a) O gráfico do lucro em função do número de
pontos A(1, 3) e B(2, 8). Pode-se afirmar que:
peças produzidas.
a) f(3) = 10. b) Quantas peças essa empresa precisa pro-
duzir, no mínimo, para ter lucro?
b) f(4) = 12.
19. Resolva.
c) 4 é raiz única da função.
a) Para que valores de k a função polinomial
d) f(x) < 0 para x < 3. do 1o grau f(x) = kx + 3 é crescente?
b) Para que valores de m a função polinomial
2
e) f ( x ) > 0 para x > . do 1o grau f(x) = 1 - (3 - m) x é decrescente?
5

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 123

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c) Para que valores de q a função polinomial do 22. Determine o zero de cada função abaixo.
1o grau f(x) = 4 - (q - 2) x é crescente?
a) f(x) = -2x + 3
d) Para que valores de p a função polinomial
do 1o grau f(x) = - (2p + 1) x + 1 é decrescente? 1
b) f ( x ) = − x − 12
3
20. Para encher o tanque de certo automóvel,
são necessários 52 l de combustível. O preço
23. Um motorista de aplicativo de uma certa
de cada litro é R$ 2,10.
cidade cobra R$ 6,50 de bandeirada (valor fixo)
a) Quanto se paga para encher o tanque es- mais R$ 0,70 por quilômetro rodado (valor va-
tando ele vazio? riável). Determine o valor a ser pago por uma
b) Qual é a quantia y em reais a ser paga quando corrida de 18 km.
se colocam x litros de combustível no tanque?
c) Faça o gráfico da função do item b. 24. Em um grupo de estudo, Carlos perguntou
d) Qual é a taxa de variação dessa função? a Ana:
— Se uma função do primeiro grau é tal que
21. Esboce o gráfico de cada função dada abaixo. f(100) = 780 e f(-50) = 480, então é verdade que:
a) f(x) = x + 2 a) f(-100) = 280
b) f(0) = 380
1
b) f ( x ) = − x c) f(120) = 820
2 d) f(150) = 850
c) f(x) = -2x + 4 e) f(200) = 1.560

Neste capítulo, aprendemos:


• A identificar um par ordenado (x, y).
• O conceito de produto cartesiano.
• A relação binária representada no plano cartesiano.
• A escrever uma função a partir de uma relação binária.
• A reconhecer uma função afim, bem como a construir o seu gráfico.
• A resolver problemas envolvendo função do 1 grau. o

124 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Representar graficamente o produto

5 CAPÍTULO
Função polinomial do cartesiano.
• Localizar um ponto no plano cartesiano
2o grau, ou função ao conhecer as coordenadas.
• Determinar a bissetriz dos quadrantes,
quadrática representando-a graficamente no plano
cartesiano.
Para começar • Calcular a distância entre dois pontos
Para compreendermos o significado das funções polinomiais do 2o grau, também conhe- utilizando o teorema de Pitágoras.
cidas como funções quadráticas, criaremos uma situação-problema.
Os cabos da Ponte São Vicente, ilustrada na figura abaixo, formam arcos de parábola do • Determinar a relação inversa da rela-
2o grau. As torres de suporte têm 24 m de altura, e há um intervalo entre elas de 200 m. O ponto ção binária. Identificar o domínio, o con-
mais baixo de cada cabo fica a 4 m do leito da estrada. Consideremos o plano horizontal do ta- tradomínio e a imagem de uma função.
buleiro da ponte contendo o eixo de x e o eixo de simetria da parábola como sendo o eixo de y
perpendicular a x. Poderíamos calcular o comprimento dos fios de sustentação que ligam ver- • Calcular a imagem de um elemen-
ticalmente o cabo parabólico ao tabuleiro da ponte utilizando a lei de formação: to, dada uma função f definida por uma
y=
1 2
x +4 equação.
500 y
• Associar as raízes e o valor numérico às
Torre Torre abscissas dos pontos em que a parábola
50 m
A
intercepta o eixo x.
24 m
4m

Torre B O Torre Tabuleiro x ANOTAÇÕES


Estrada Estrada

200 m

Assim, podemos, por exemplo, determinar o comprimento do elemento de sustentação


BA, que liga verticalmente o cabo parabólico ao tabuleiro da ponte, situado a 50 m do eixo y.

Importante
1) Considere a, b e c números reais, com a ≠ 0. Chama-se de função do 2 o grau toda função
f : R → R definida por f(x) = ax2 + bx + c.
2) Os zeros de uma função do 2o grau f(x) = ax ² - bx + c são os valores de x cujas imagens são iguais
a zero. Esses valores são dados por:

−b ± 
f ( x ) = 0 → a x 2 + bx + c = 0 → x 2 = , em que = b2 − 4ac
2a
−b +  −b − 
x1 = ou x 2 =
2a 2a

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 125

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CONTEÚDOS CONCEITUAIS
• Função polinomial do 2 grau.
o

• Representação gráfica das funções poli- Função polinomial do 2o grau


o
nomiais do 2 grau. A função definida por y =
1 2
x + 4 é denominada função polinomial do 2o grau, ou fun-
• Concavidade da parábola (para cima ou 500
ção quadrática. Portanto, y = f(x) é uma função quadrática, tal que a lei de formação que a de-
para baixo). termina é do tipo f(x) = ax2 + b + c, para a ≠ 0, em que a, b e c são constantes pertencentes ao
• Zeros, ou raízes, da função polinomial conjunto dos reais (R).
1 2
do 2o grau. Com isso, comparando a lei de formação y = x + 4 com a função
500
• Estudo das raízes de uma função qua- 

a=
1
drática por meio do discriminante. 

 500

• Coordenadas do vértice de uma função f ( x ) = a x 2 + bx + c , para a ≠ 0 , teremos: b = 0


c=4
quadrática. 




• Valor máximo e valor mínimo de uma Exemplos:
função quadrática. a) Vamos determinar os coeficientes a, b e c das funções quadráticas abaixo.

• Estudos dos sinais de uma função • f(x) = 3x² - 2x + 5 a = 3


quadrática. 
Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, teremos: b = −2
• Forma canônica de uma função qua- 
c = 5
drática. 2
• Conjunto imagem. • y = x − 2x 2
3
a = − 2




 2
Comparando com a função quadrática f(x) = ax + bx + c, teremos: 
2
b =

 3
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS 

 c=0


• Reconhecer e definir, por meio prático, • f(x) = x² - 16
uma função polinomial do 2o grau. a = 1

• Localizar os gráficos no plano cartesiano e Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, teremos: b = 0

utilizá-los na análise de funções quadráticas. c = −16

• Identificar o eixo da parábola. • y = 6x²


• Relacionar a concavidade da parábola a = 6

com o sinal do coeficiente de x2. Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, teremos: b = 0

• Achar o ponto máximo ou mínimo de c = 0

uma função do 2o grau. b) Vamos identificar as funções quadráticas e determinar a, b e c.

• Analisar o ponto mínimo e o ponto • f(x) = (x + 1)² - (2x - 3)²


máximo de uma função quadrática. Solução:
Desenvolvendo os produtos notáveis, teremos:
CONTEÚDOS ATITUDINAIS f(x) = (x² + 2x + 1) - (4x² - 12x + 9)

• Propor trabalho com livros, jornais e f(x) = x² + 2x + 1 - 4x² + 12x - 9

revistas contendo gráficos ou tabelas para f(x) = -3x² + 14x - 8 (é uma função quadrática)

que possa ser analisada cada situação.


• Levar os alunos a fazerem um estudo dos
126 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

gráficos partindo de situações-problema.


• Estimular o interesse e a curiosidade Matematica_2022_9A_05.indd 126 10/08/2022 16:30:32

para que sejam desenvolvidas diferen-


tes estratégias de cálculo.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
ANOTAÇÕES
• Estimular os alunos a trabalharem em • A partir de exemplos vivenciados no
dupla para que possam encontrar outras cotidiano, identifique uma função poli-
formas de resolução, estabelecendo nomial do 2o grau.
estratégias próprias. • A atividade de leitura do texto História
• Explorar as resoluções de exercícios a da Ponte Pênsil deve ser realizada em voz
partir do cálculo mental. alta em sala de aula, visto que dessa for-
• Estimular os alunos a pesquisarem o ma os alunos podem exercitar a leitura
uso da Matemática no dia a dia. oralizada e a capacidade de reconhecer,
• Respeitar as diferentes interpretações na prática, o que vem sendo exposto na
encontradas na resolução das situações- teoria.
-problema.

126

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Lembrete
a = −3 Produtos notáveis

Com isso:  b = 14 Quadrado da soma: (a + b)² = a² + 2ab + b²

c = −8 Quadrado da diferença: (a - b)² = a² - 2ab + b²

Produto da soma pela diferença: (a + b) (a - b) = a² - b²


• f(x) = (3x - 2)² - (2x + 1)²

Solução:
Desenvolvendo os produtos notáveis ou utilizando a técnica de fatoração da diferença de
quadrados, temos:

f(x) = (3x - 2)² - (2x + 1)² Lembrete


f(x) = (3x - 2 - 2x - 1) . (3x - 2 + 2x + 1)
Fatoração
f(x) = (x - 3) . (5x - 1) Diferença de dois quadrados:
f(x) = 5x² - x - 15x + 3 a² - b² = (a - b) ⋅ (a + b)
f(x) = 5x² - 16x + 3 (é uma função quadrática)

a = 5

Com isso: b = −16

c = 3

c) Encontre a lei de formação das funções quadráticas, sabendo que os coeficientes a, b e c são:

• a = 1, b = 2 e c = 3
Solução:
Sabemos que a função quadrática é dada por f(x) = ax² + bx + c.

Com isso, a lei de formação será f(x) = x² + 2x + 3.


3
• a = − , b = 0, c = 1
4
Solução:
Sabemos que a função quadrática é dada por f(x) = ax² + bx + c.
3
Com isso, a lei de formação será f ( x ) = − x 2 + 1.
0:32 4
2 3
• a=
5
, b=−
2.001
ec=0

Solução:
Sabemos que a função quadrática é dada por f(x) = ax² + bx + c.
2 3
Assim, teremos a seguinte lei de formação f ( x ) = x− x.
5 2.001

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 127

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História da Ponte Pênsil
Inaugurada em 21 de maio de 1914, a velha Estados Unidos, e a Ercílio Luz, em Florianópolis.
Ponte Pênsil começou a ser planejada em 1910 Em 1999, uma nova reforma garantiu à velha
pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito, senhora “vitalidade” para a virada do século. A
com o objetivo de promover o escoamento das Empresa Bandeirante de Energia (EBE) firmou
águas e evitar a propagação de doenças. A ne- parceria com a Prefeitura de São Vicente com o
cessidade de conduzir os dejetos até a ponta do objetivo de bancar os custos da nova iluminação
Morro do Itaipu levou o sanitarista a planejar a da ponte. A iluminação foi uma homenagem da
construção de uma ponte sobre o Mar Peque- empresa aos 500 anos do Brasil. A obra é uma
no, em São Vicente, entre os morros dos Barbo- ponte suspensa de aço.
sas e do Japuí. A passagem facilitaria, inclusive, o Disponível em: http://pontepensil.blogspot.com/2009/11/v-
acesso à Fortaleza de Itaipu, na área continental -behaviorurldefaultvml-o.html#:~:text=Inaugurada%20
do município, até então de difícil comunicação. e m % 2 0 19 14 % 2 C % 2 0 a % 2 0 v e l h a , e v i t a r % 2 0 a % 2 0
A sua inauguração foi prestigiada por diver- propaga%C3%A7%C3%A3o%20de%20doen%C3%A7as.
sas personalidades de fama internacional. A edi- Acesso em: 16/03/2022. Adaptado.

ficação é exemplo da capacidade da engenharia

Bas van de Wiel/Shutterstock.com


brasileira. A Ponte Pênsil, quer por sua aparên-
cia monumental, quer por sua comprovada soli-
dez, é, sem dúvida, um dos principais monumen-
tos históricos da cidade.
A velha ponte ainda conserva vários materiais
originais trazidos de Dortmund, na Alemanha,
para sua construção, como os cabos de aço que
sustentam sua gigantesca estrutura. As velhas
ligações, tombadas pelo Condephaat, suportam
até 60 toneladas, e, em 1994, quando completou
80 anos, a ponte ganhou um sistema de ilumina-
ção que a destaca à noite no cenário vicentino. A
iluminação é idêntica à de outras pontes famo-
sas, como a Golden Gate, em São Francisco, nos

Importante
As parábolas de uma função quadrática podem ser observadas nas fontes ornamentais, que re-
gulam a umidade relativa do ar nas grandes cidades.

Vadim Petrakov/Shutterstock.com
Ma

Fonte na praça central de Braga, Portugal.

128 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

Para a representação gráfica da fun-


Aplicação ção polinomial do 2o grau, há um tipo de
curva geométrica chamada de parábola
1. Determine os valores dos coeficientes a, b e 4. Considerando a função f(x) = 2x² + 6x - 4, com eixo de simetria vertical. O méto-
c nas funções polinomiais do 2o grau. associe os valores corretamente.
do mais comum de traçar o gráfico dessa
a) y = 2x + 2 - 3 x² a f (0) 4 função é calcular alguns de seus pontos
1 que pertencem à parábola, representan-
b) f(x) = -3x² + 4x - 9 b f (-2) −
2 do-os no plano cartesiano, e, em seguida,
2
c) y = x + 3 − 3x 2 c f (2) -8 traçar a curva característica da função uti-
5
 1 lizando tais pontos.
d) y = (x - 2)² - 4x + 7 d f   -4
 2 
1 2
e) f ( x ) = 12 − x e f (1) 16
4 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
2. Determine a função quadrática que expres- 5. O dono de uma marcenaria que fabrica
sa a área y do retângulo em função de x. certo tipo de armário sabe que o número de • Explique para os alunos que o gráfico
armários n que pode fabricar por mês depen- de toda função do 2o grau é uma pará-
de do número x de funcionários trabalhan- bola cuja concavidade pode estar volta-
do na marcenaria, e essa dependência é dada
2 pela função n(x) = x² + 2x. Qual é o número da para cima ou para baixo, dependen-
de empregados necessários para fabricar 168 do do valor do coeficiente a. Se esse coe-
armários em um mês?
ficiente for positivo, a concavidade esta-

Firma V/AdobeStock.com
x rá voltada para cima; caso o coeficiente a
seja negativo, a concavidade estará volta-
da para baixo.
3 x
• Aproveite para trabalhar com os alu-
3. Dada a função polinomial do 2o grau y = 2x2
nos o estudo da concavidade por meio
- 5x + 1, determine:
do gráfico.
a) os coeficientes a, b e c da função.
1
b) os valores de y para x = 2 e x = .
3
ANOTAÇÕES
Representação gráfica das funções polinomiais do 2o grau
Para construirmos os gráficos das funções polinomiais do 2o grau, representaremos, no
plano cartesiano Ox e Oy, os pares ordenados (x, y), que formam uma curva chamada de pará-
bola. Para compreendermos melhor a representação gráfica de uma função quadrática, vamos
começar pela função polinomial do 2o grau f(x) = x².
Solução:
Primeiro, vamos construir uma tabela de valores reais arbitrários para x e, depois, vamos
determinar, no plano cartesiano, os pares ordenados encontrados.

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 129

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Isto é:
Outros saberes
x y = x² (x, y)
Para ampliar os seus
-2 y = (-2)² = 4 (-2, 4) conhecimentos acerca
-1 y = (-1)² = 1 (-1, 1) do conteúdo que
estamos estudando,
0 y = 0² = 0 (0, 0) escaneie o QR Code a
seguir.
1 y = 1² = 1 (1, 1)
2 y = 2² = 4 (2, 4)

A parábola é uma curva que apresenta simetria axial.


Gráfico da função f(x) = x²:
O eixo de si-
y Me Salva! ENEM 2022
metria da parábo-
Me Salva! FUN13
4 Eixo de la é perpendicular - Funções – Como
simetria ao eixo x. esboçar uma parábola

-2 -1 1 2 x
Observamos que o gráfico da função quadrática polinomial do 2o grau é uma parábola com
concavidade para cima, e o eixo y é onde o gráfico da parábola se divide em duas partes si-
métricas (eixo de simetria).
Vejamos outras representações gráficas de funções quadráticas.

a) f(x) = -x² + 2x
Solução:
Primeiro, vamos construir uma tabela de valores reais arbitrários para x e, depois, vamos
determinar, no plano cartesiano, os pares ordenados encontrados.
Isto é:
x y = -x² + 2x (x, y)
-1 y = -(-1)² + 2(-1) = -3 (-1, -3)
0 y = -0² + 2 . 0 = 0 (0, 0)
1 y = -1² + 2 . 1 = 1 (1, 1)
2 y = -2² + 2 . 2 = 0 (2, 0)
3 y = -3² + 2 . 3 = -3 (3, -3)

Gráfico da função f(x) = -x² + 2x Ma

y
1
Observamos que o gráfico da
-1 Eixo de
simetria função quadrática ao lado tem conca-
1 2 3 x vidade voltada para baixo, e o ponto
(1, 1) divide a parábola em duas par-
tes simétricas.
-3

130 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Peça que os alunos calculem os valo-
b) f(x) = x² - 5x + 4
res arbitrários de x para que possam en-
Solução: contrar o valor de y e, depois, construir
Primeiro, vamos construir uma tabela de valores reais arbitrários para x e, depois, vamos
um gráfico para representar os pares or-
determinar, no plano cartesiano, os pares ordenados encontrados.
Isto é: denados no plano cartesiano.
x y = x² - 5x + 4 (x, y)
-1 y = (-1)² - 5 . (-1) + 4 = 10 (-1, 10) TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
0 y = 0² - 5 . 0 + 4 = 4 (0, 4)
1 y = 1² - 5 . 1 + 4 = 0 (1, 0) Em algumas situações do nosso dia a
2 y = 2² - 5 . 2 + 4 = -2 (2, -2) dia, deparamo-nos com trajetórias que
descrevem parábolas.
2
5 5 5 9  5 9 
y =   − 5 ⋅ + 4 = −  ,−  Veja que as parábolas são encontra-
2  2  2 4  2 4 
das em diversos equipamentos e siste-
4 y = 4² - 5 . 4 + 4 = 0 (4, 0) mas de vital importância para nossa so-
ciedade. Dentre eles, podemos destacar
Gráfico da função f(x) = x² - 5x + 4:
as antenas parabólicas e os radares.
É comum observarmos, no alto de re-
y
sidências e edifícios, as antenas parabóli-
10 Observamos que o gráfico da função cas, que captam ondas eletromagnéticas
quadrática tem concavidade para cima, e enviadas por satélites em órbita ao redor
 5 −9  da Terra. Isso somente é possível devido à
o ponto  ,  divide a parábola em duas
 2 4 
propriedade da parábola que consiste em
partes simétricas.
refletir o conjunto de raios recebidos em
4 um único ponto (o foco da parábola). Nesse
ponto, encontra-se posicionado o receptor
5 de ondas, que enviará o sinal recebido para
1 22 4
um conversor que as decodificará e as en-
x
-1
viará para o receptor de televisão.
-2
−9 Eixo de Os aparelhos de radar operam de for-
simetria
4 ma semelhante às antenas parabólicas, re-
cebendo o eco de pulsos eletromagnéticos.

c) f(x) = -x² + 6x - 5

Solução:
Primeiro, vamos construir uma tabela de valores reais arbitrários para x e, depois, vamos
determinar, no plano cartesiano, os pares ordenados encontrados. ANOTAÇÕES
Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 131

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CURIOSIDADE

Lançamento de projéteis Isto é:


x y = -x² + 6x - 5 (x, y)
Ao ser lançado um objeto (míssil, pe- -1 y = -(-1)² + 6 . (-1) - 5 = -12 (-1, -12)
dra, flecha, etc.), desprezando-se a re- 0 y = -0² + 6 . 0 - 5 = -5 (0, -5)
1 y = -1² + 6 . 1 - 5 = 0 (1, 0)
sistência do ar, ele descreve uma curva
2 y = -2² + 6 . 2 - 5 = 3 (2, 3)
parabólica. Você sabia que, quando um
3 y = -3² + 6 . 3 - 5 = 4 (3, 4)
foguete é lançado, ele faz uma curva na 4 y = -4² + 6 . 4 - 5 = 3 (4, 3)
forma de uma parábola? 5 y = 4² - 5 . 4 + 4 = 0 (5, 0)

Gráfico da função f(x) = -x² + 6x - 5


TEXTO DE APOIO DIDÁTICO y
4
A concavidade é a abertura da pará- 3

bola, que ora está voltada para cima, ora


-1 1 5
para baixo. O sentido da concavidade de- x
2 3 4
pende do coeficiente a:

• Quando a > 0, a parábola tem a conca- Observamos que o gráfico da


função quadrática ao lado tem con-
vidade voltada para cima. -5
cavidade voltada para baixo, e, no
• Quando a < 0, a parábola tem a conca- ponto (3, 4), a parábola foi dividida
em duas partes simétricas.
vidade voltada para baixo.

Eixo de
simetria
-12
ANOTAÇÕES
Concavidade da parábola
De acordo com os exemplos anteriores, a parábola pode ter sua concavidade voltada para
cima ou para baixo. Isto é, uma função polinomial do 2o grau f(x) = ax² + bx + c obedecerá à se-
guinte regra geral:
Se a > 0, a parábola tem sua concavidade Se a < 0, a parábola tem sua concavidade
voltada para cima. voltada para baixo.
Graficamente: Graficamente:
y y

132 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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ANOTAÇÕES
Importante
O gráfico de uma função do 2o grau é uma curva aberta chamada de parábola. Considere a fun-
ção do 2o grau definida por f(x) = ax ² + bx + c. Como a ≠ 0, por definição, segue-se que ou a é po-
sitivo ou a é negativo. Para o Δ , temos três opções: ou Δ é positivo, ou Δ é negativo, ou Δ é nulo.
Daí, temos as seguintes situações:

Caso I: Quando a > 0

1) Se Δ > 0, o gráfico da fun- 2) Se Δ = 0, o gráfico da fun- 3) Se Δ < 0, o gráfico da fun-


ção do 2o grau intercepta o eixo ção do 2o grau intercepta o eixo ção do 2o grau não intercepta o
das abscissas em dois pontos das abscissas em um único eixo das abscissas.
distintos. ponto.

x1 x2 x x1= x2 x x

Caso II: Quando a < 0


DESAFIO
1) Se Δ > 0, o gráfico da fun- 2) Se Δ = 0, o gráfico da fun- 3) Se Δ < 0, o gráfico da fun-
ção do 2o grau intercepta o eixo ção do 2o grau intercepta o eixo ção do 2o grau não intercepta o
das abscissas em dois pontos das abscissas em um único eixo das abscissas. 1. “A Matemática é uma ciência da qual
distintos. ponto.
não sabemos do que estamos falando
x1 x2 x1= x2 nem se o que estamos falando é verda-
x x x de”, essa frase foi dita pelo britânico:
a) Lewis Carrol (1832–1898), matemático
e professor de lógica da Universidade de
Vejamos alguns exemplos:
Oxford e autor do clássico Alice no País
a) f(x) = 2x² - 3x + 5 das Maravilhas.
Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, temos: a = 2. Logo, tem concavi- b) Isaac Newton (1643–1727), filósofo, fí-
dade voltada para cima, pois a > 0.
sico e matemático, um dos inventores do
4
b) f ( x ) = − x 2 + 3 cálculo diferencial e integral.
5
4 c) Bertrand Russel (1872–1970), ganha-
Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, temos: a = − . Logo, tem con-
cavidade voltada para baixo, pois a < 0. 5 dor do prêmio Nobel de Literatura em
1950.
c) Determine os valores de m para que a função f(x) = (m - 7) ⋅ x² - 3x - 2 tenha concavi-
dade voltada para baixo. d) Andrew Willes (1953), matemático que
demonstrou o Último Teorema de Fermat
Solução:
mais de 350 anos após ter sido formulado.
A função quadrática tem concavidade voltada para baixo, então a < 0.
Com isso: m - 7 < 0 → m < 7 Resposta: Alternativa c.

d) Determine os valores de k para que a função quadrática f(x) = (2k - 3)x² + 3x - 4 tenha
a concavidade voltada para cima. TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 133 Veja como fica mais fácil entender a
relação do sinal do discriminante com a
concavidade:
0:43 Matematica_2022_9A_05.indd 133 10/08/2022 16:30:44

a>0 a<0
Delta A parábola no plano cartesiano Concavidade voltada para Concavidade voltada para
cima baixo

A parábola corta o eixo x em dois


∆>0
pontos

A parábola toca, em 1 ponto, o


∆=0
eixo x

∆<0 A parábola não corta o eixo x

133

ME_Matematica_2022_9A_05.indd 133 17/08/2022 07:41:33


Solução:
Se a função quadrática tem concavidade voltada para cima, então a > 0. Com isso:
3
2k − 3 > 0 → 2k > 3 → k >
2
e) A variação da temperatura y, em um intervalo de tempo x, é dada pela função f(x) = (m² - 4)x³
+ (m - 1)x² + 3x - 4. Calcule m de modo que o gráfico da função seja uma parábola com con-
cavidade voltada para cima.

Solução:
Sabemos que a curva da parábola representa o gráfico de uma função polinomial do 2o grau.
Para que f(x) seja uma função do 2o grau, devemos anular o coeficiente do termo em x³.

Assim:
m² - 4 = 0 ∴ m2 = 4 ∴ m = ± 2
Porém, a parábola tem concavidade voltada para cima.

Então: m - 1 > 0 ∴ m > 1 m = ±2


Portanto, o valor de m = 2 é a solução, pois satisfaz as duas condições: 
m > 1

Aplicação
6. Com o auxílio da tabela de valores, construa o gráfico da função definida por:
a) f(x) = x² - 2x b) f(x) = -x² c) f(x) = 2x² - 6x + 4
d) f(x) = -x² + 2x - 1 e) f(x) = x² + 2 f) f(x) = -x² + 6

7. Classifique em C (concavidade voltada para cima) ou B (concavidade voltada para baixo) as


funções quadráticas abaixo.
2 π
a) f ( x ) = − x 2 + 5 x b) f ( x ) = 2 ⋅ x 2 πx − 3 c) f ( x ) = + x 2 − 3 x + 2
3 3
d) f (x) = 4x - 5x2 e) f (x) = (-x + 1) ⋅ (-x - 5) f) f (x) = (x - 1)3 - (x - 2)3

8. Construa o gráfico da função polinomial do 2o grau f(x) = x² -4x +3 e calcule o par ordenado Ma

(a, b) que pertence ao eixo de simetria.

9. Classifique em V (verdadeiro) ou F (falso). Sendo f(x) = x² + 5x - 12, podemos afirmar que:


 −1
a) f (0) = -12 b) f   = 0
 2 
c) O ponto P (3,12) pertence ao gráfico da função f (x).
d) Se x = 5, f (x) > 0 e) Se x = -2, f (x) < 0

134 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
n(n − 3)
10. Sabe-se que a fórmula f (n) = expressa o número de diagonais de um polígono A quantidade de zeros, ou raízes, de
2
convexo de n lados. Por exemplo, o pentágono regular convexo adiante possui 5 diagonais. uma função quadrática depende do valor
do discriminante, ou delta, definido por:

D = b2 − 4ac

• Se D > 0, a função apresenta dois zeros


diferentes.
• Se D = 0, a função terá um zero real
duplo (com maior precisão, diz-se que a
Responda: função tem dois zeros iguais).

a) Qual é o número de diagonais do heptágono?


• Se D < 0, a função não apresenta zeros
(com maior precisão, diz-se que a função
b) A fórmula f(n) representa uma função quadrática com concavidade voltada para cima ou
para baixo?
não tem zeros reais).
c) Calcule o par ordenado que pertence ao eixo de simetria da parábola.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
11. Construa a tabela e trace o gráfico das seguintes funções quadráticas no plano cartesiano.

a) f(x) = 2x² - 3x + 1 • Os zeros, ou as raízes, definem os pon-


b) f(x) = x² + 2x + 1
tos em que a parábola intercepta o eixo x.
c) f(x) = -x² + 5x • Mostre para os alunos situações do
cotidiano em que temos a aplicação da
 p2 
12. Calcule p para que a função f ( x ) =  − 8 x 2 + 3 x − 5 tenha a concavidade voltada para cima. parábola.
 2 

Zeros, ou raízes, da função polinomial do 2o grau


Denominamos zeros, ou raízes, de uma função quadrática f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ 0,
os valores de x que anulam essa função. Isto é, os zeros, ou raízes, de uma função quadrática
são obtidos quando resolvemos a equação do 2o grau ax² + bx + c = 0 (f(x) = 0).
ANOTAÇÕES
Vejamos alguns exemplos:

a) Seja a função f(x) = x² - 6x + 5, verifique se os números 1 e 5 representam as raízes


dessa função.

Solução:
Para verificarmos se um número x é raiz da função, basta calcular se o f(x) é igual a zero.
Portanto:

• f(1) = 1² - 6 . 1 + 5 ∴ f(1) = 0, então o número 1 é raiz da função.


• f(5) = 5² - 6 . 5 + 5 ∴ f(5) = 0, então o número 5 é raiz da função.
Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 135

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Importante
Os zeros de uma função do 2 grau f(x) = ax ² + bx + c são os valores de x cujas imagens são iguais
o

a zero. Esses valores são dados por:

−b ± ∆
f ( x ) = 0 → a x 2 + bx + c = 0 → x =
2a
−b + ∆ −b − ∆
x1 = ou x 2 = , em que ∆ = b2 − 4ac
2a 2a

Observações:
1) Δ > 0, a função tem duas raízes reais e distintas.
2) Δ = 0, a função tem duas raízes reais e iguais.
3) Δ < 0, a função não tem raiz real.

Podemos obter a solução de outra maneira:


Para verificarmos se os números são raízes da função, basta resolver a equação do 2o grau.
Sendo x1 e x2 raízes da equação, temos que:
b
x1 + x 2 = − (soma das raízes)
a
c
x1 ⋅ x 2 = (produto das raízes)
a

Então:
−(−6)
x1 + x 2 = → x1 + x 2 = 6
1
5
x1 ⋅ x 2 =→ x1 ⋅ x 2 = 5
1

 x1 + x 2 = 6
Assim, teremos o seguinte sistema: 


 x1 ⋅ x 2 = 5

Como os valores 1 e 5 satisfazem o sistema, eles são raízes da função f(x) considerada.

b) Determine os zeros das funções abaixo.


x
f ( x ) = − + 3x
2
Solução: 
x2  x   x = 0 ou

Fazendo f(x) = 0, teremos: − + 3 x = 0 → x − + 3 = 0 
Ma

  x
2  2  − +3 = 0


 2
Lembrete
Os zeros de uma função quadrática f(x)
são os pontos onde o gráfico intercepta o
eixo das abscissas e são obtidos calculan-
do-se x1 e x2 para f(x) = 0.

136 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Matematica_2022_9A_05.indd 136 10/08/2022 16:30:52

136

ME_Matematica_2022_9A_05.indd 136 17/08/2022 07:41:35


x
Com isso: − = −3 ⋅ (−1) → x = 6 Graficamente, teremos:
ANOTAÇÕES
2
Portanto, 0 e 6 são os zeros, ou raízes, da y
função (que admite duas raízes reais e distintas).
5
f(x) = 4x² - 4x + 1
Solução:
Fazendo f(x) = 0, teremos:
x
4x² - 4x + 1 = 0
Δ = b² - 4ac c) Determine os zeros das funções qua-
dráticas e esboce os resultados encontrados
Δ = (-4)² - 4 . 4 . 1
graficamente.
Δ = 16 - 16
f(x) = -x² + 3x - 2
Δ = 0 (admite duas raízes reais iguais)
Solução:
−b ± ∆ Fazendo f(x) = 0, teremos:
x=
2a
 1 −x 2 + 3 x − 2 = 0 ⋅ (−1)

−(−4) ± 0  x1 = 2 x 2 − 3x + 2 = 0
x= 
2⋅4  1 ∆ = b2 − 4ac
 x 2 =
 2
∆ = (−3) ² − 4 ⋅ 1⋅ (2)
Graficamente, teremos: ∆ = 9−8
∆ = 1 ( ∆ > 0 → admite duas raízes reais
y distintas)

−b ± 
a>0 x=
2⋅a
Δ=0
3 ± 1 x1 = 2 TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
x= 
2  x 2 = 1
1
2 Estudo das raízes de uma
Graficamente, teremos:
x função quadrática por meio
(x) = 2x² - 4x + 5 y do discriminante Δ
Solução:
Fazendo f(x) = 0, teremos: Pelo que foi visto no estudo das equa-
2x² - 4x + 5 = 0 ções do 2o grau, temos:
1 2
Δ = b² - 4ac x

Δ = (- 4)² - 4 . 2 . 5 • Se Δ > 0, a parábola corta o eixo das


abscissas (x) em dois pontos distintos.
Δ = 16 - 40
Δ = -24 (Δ < 0 → não admite raízes reais)
f(x) = x² - 6x + 9 • Se Δ = 0, a parábola corta o eixo das
Portanto, a função não possui raízes reais. Fazendo f(x) = 0, temos: x² - 6x + 9 = 0 abscissas (x) em um único ponto (tangen-
cia o eixo das abscissas (x)).
Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 137 • Se Δ < 0, a parábola não corta nem tan-
gencia o eixo das abscissas (x). Para esboçar
o gráfico de uma função quadrática, temos:
Matematica_2022_9A_05.indd 137 10/08/2022 16:30:56

Sinal de a a > 0 (positivo) a < 0 (negativo)


(∆) discriminante
x1 x2 x1 x2
x x
∆ > 0 (admite duas raízes reais distintas) x1 e x2 são as raízes. x1 e x2 são as raízes.

x 1 = x2
x
∆ = 0 (admite duas raízes reais iguais) x1 e x2 são as raízes. x1 e x2 são as raízes.
x 1 = x2 x
x
não corta nem tangencia não corta nem
∆ < 0 (não admite raízes reais) o eixo das abscissas tangencia o eixo das
x
abscissas

:52

137

ME_Matematica_2022_9A_05.indd 137 17/08/2022 07:41:35


TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

Professor, explore a capacidade de ob- −b


x1 + x 2 = Lembrete
servação, reflexão e imaginação dos alu- Soma das raízes: a
x1 + x 2 = 6 A parábola toca o eixo y (das or-
nos demonstrando a concavidade da pa- denadas) no ponto de abscissa nula
rábola a partir destes desenhos. c ( x = 0). Sendo f( x ) = ax ² + bx + c,
x1 ⋅ x 2 = então f(0) = c. Portanto, (0, c) é o
Produto das raízes: a
ponto onde a parábola corta o eixo y.
x1 ⋅ x 2 = 9

A 0 A 0
>
<

Com isso, as raízes são iguais a 3 (admite duas raízes reais iguais).

9
a>0
Δ=0
A>0 A<0

Observe nos desenhos que, quando a


3 x
> 0, a concavidade da parábola está volta-
da para cima e fica, na figura, o formato de
uma carinha feliz e, quando a < 0, a pará- Importante
As antenas parabólicas são espelhos, apesar de não refletirem a luz. Esses
bola está voltada para baixo e fica, na figu- equipamentos são construídos para refletir ondas, chamadas de radiofre-
ra, o formato de uma carinha triste. quências, que, depois de uma reflexão das ondas eletromagnéticas emitidas
pelo satélite, seguem até o seu aparelho de telecomunicação (TV). Já o forma-
lexaarts/Shutterstock.com

to de uma parábola se dá em uma curva simétrica, possuindo um eixo de si-


metria que passa pelo seu vértice, como mostra a figura abaixo.

ANOTAÇÕES

Sean Pavone/Shutterstock.com
Vértice

Eixo de simetria

Ponte Akashi-Kaikyo, Japão

Sua aplicação tem abrangência nos mais diversos objetos, como faróis de veículos, pontes pênseis,
fornos solares, antenas parabólicas, etc.

Iain Frazer/Shutterstock.com
Torre de sustentação Pendurais

Esquema de pontes pênseis Forno solar – Odeillo, Sul da França


Tabuleiro

138 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Matematica_2022_9A_05.indd 138 10/08/2022 16:30:58 Ma

138

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SUGESTÃO DE ABORDAGEM

Ressalte a importância da compreen-


são, no gráfico, de que a abscissa do vérti-
Aplicação ce será a média aritmética entre as raízes
da função, e a ordenada do vértice pode
13. Determine as raízes das funções quadrá- 16. Uma bala é atirada de um canhão (como
ticas abaixo. mostra a figura) e descreve uma parábola de
ser encontrada substituindo, na função,
equação y = -3x² + 60x (sendo x e y medidos o valor da abscissa.
a) f(x) = 2x² + 3x + 1
em metros).
b) f(x) = x² - 4x + 3 y
c) f(x) = 2x² - 4x + 2 v
d) f(x) = 2x² - 50
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
e) f(x) = 3x² + 9x
O vértice da parábola é definido como
14. Verifique, através do Δ (discriminante), x sendo o ponto V, que corresponde ao
se as funções quadráticas cortam o eixo do x
em dois pontos distintos, um único ponto ou ponto mais extremo dela. É definido pe-
nenhum ponto e calcule esse(s) ponto(s), se las seguintes coordenadas:
Vamos determinar o alcance do disparo.
existir(em) nos reais.
a) f(x) = x² - 9  b ∆
17. Aplicando a soma e o produto das raízes,
 X = − ;Yvértice = − 
 4a 
b) f(x) = x² - 6x + 5 vértice
encontre as funções quadráticas representa-
2a
c) f(x) = -2x² - 7
d) f(x) = x² - 4x + 8 das por cada gráfico abaixo.
e) f(x) = -x² + 2x - 1 a) f (x) b) f (x)
f) f(x) = -6x² + 4x - 2
y y ANOTAÇÕES
15. São dados os gráficos de três funções -4 5 x
quadráticas com f(x) = ax² + bx + c e Δ = b² -
4ac. Em cada caso, diga se a e Δ são positivos,
negativos ou nulos.
1 7 x
a) y

x -7

b) -20
y

c) f (x)
y
x

c) -1 4 x
y

x -4

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 139

0:58 Matematica_2022_9A_05.indd 139 10/08/2022 16:30:58

139

ME_Matematica_2022_9A_05.indd 139 17/08/2022 07:41:37


Coordenadas do vértice de uma função quadrática
Considere o gráfico que representa a função quadrática f(x) = ax² + bx + c e o ponto do
vértice V de coordenadas (xv, yv).
Observamos, no gráfico ao lado,
y que as coordenadas do vértice são re-
presentadas pelo ponto de coordena-
da definida pela interseção entre o eixo
de simetria e a parábola.
Eixo de
simetria
Lembrete
O eixo de simetria divide a parábo-
la ao meio.
Isto é:
xv– x1 x2– xv
xm - xa xb - xm

x1 xv x2 xa xm xb
x
xm → Ponto médio.
x m - x a = xb - x m
yv
v

Com isso, a distância entre x1 e xv é a mesma entre xv e x2.


Portanto:

x v − x1 = x 2 − x v
x v + x v = x1 + x 2
x1 + x 2
2 x v = x1 + x 2 → x v = (ponto médio)
2

b
Porém, sabemos que x1 e x2 são as raízes, e a sua soma é igual a a − .
a
b

x + x2 b
Então: x v = 1 → xv = a → xv = −
2 2 2a
Para determinar a ordenada y v, basta substituir x por xv na função quadrática y = ax² + bx + c: Ma

y v = a ⋅ x v 2 + bx v + c
2
 b  b b2 b2 b2 b2 c
y v = a ⋅ −  + b ⋅ −  + c → y v = a ⋅ 2 − + c → yv = − +
 2a   2a  4a 2a 4a 2a 1

b2 − 2b2 + 4ac −b2 + 4a


ac  b2 − 4ac 
yv = → yv = → y v = − . Portanto: y = − ∆
4a 4a  4a  v
4a

140 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Matematica_2022_9A_05.indd 140 10/08/2022 16:31:01

140

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

O vértice da parábola de uma fun-


Lembrete
ção do 2o grau (V) é um ponto muito im-
−b
xv = portante. Por meio dele, podemos deter-
2
Dada a equação: a x + bx + c = 0 , temos que: 2a
−∆ minar, com a concavidade voltada para
yv = → ∆ = b2 − 4ac
4a cima, o ponto mínimo de V ou, voltada
O ponto (xv, yv), portanto, representa as coordenadas do vértice da parábola.
para baixo, o ponto máximo de V.
Veja como ficam, no gráfico, as duas
a) Determine as coordenadas do vértice das seguintes funções quadráticas e esboce os gráficos.  b  b ∆ 
∆
V − , −  de V − ,− 
coordenadas
f(x) = x2 - 7x + 6  2a 4a   2a 4a 
Solução:
Para encontrarmos as coordenadas do vértice, podemos utilizar os seguintes procedimentos:

b (−7) 7 x1 + x 2 1+ 6 7 a>0
xv = − → xv = − → xv = xv = → xv = → xv =
2a 2 ⋅1 2 2 2 2

Sabemos que: a<0

• Para x = x , f(x) = 0 (nula), a > 0 e Δ = 0.


1
 b ∆
• Para x < x ou x > x , f(x) < 0 (negativa). V − , − 
1 1  2a 4a 
−∆ 25
yv =
4a
→ ∆ = b2 − 4ac → ∆ = (−7)2 − 4 ⋅ 1⋅ 6 → ∆ = 25 → y v = −
4
0 x

ou a > 0, yv =V−− b , − ∆a> 0
 4a
7 7
2  2a 4a  V (ponto mínimo)
7 49 49 6
y v = f ( x v ) → y v = f   → y v =   − 7 ⋅ + 6 → y v = − + →
 2   2  2 4 2 1
a<0
yv =
49 − 98 + 24
→ yv = −
25 a>0
4 4

Com isso, graficamente, temos: a<0


y ∆ V (ponto mínimo)
7 a > 0 , yv = −
2 4a
1 2 3 4 5 6 x 0  b ∆ x
V − , − 
Eixo de simetria

 2a 4a 

xv a>0

−25 Observamos que:


Coordenadas do vértice
a<0
4
 7 25  • a > 0 → Concavidade voltada para cima.
V  ,− 
 2 4 
• Δ > 0 → Corta o eixo x em dois pontos ANOTAÇÕES
distintos.

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 141

Matematica_2022_9A_05.indd 141 10/08/2022 16:31:05

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Verifique se a parábola que corresponde ao gráfico da função y = 2x2 − 2x − 4 toca
ou não o eixo x.
Solução:
2 x ² − 2 x − 4 = 0, em que
a = 2 , b = −2 , c = −4
−b ± ∆
∆ = b² − 4ac = (−2) ² − 4 (2)(−4) = x = =
2a
(
− −2 ± 36 ) = x = 2 ± 6 → x ′ = 2 e x ′′ = −1
2 (2) 4
Como o ∆ = 36 > 0, a parábola corta o eixo x em dois pontos cujas coordenadas
são (2, 0) e (-1, 0).
:01

141

ME_Matematica_2022_9A_05.indd 141 17/08/2022 07:41:40


f(x) = -x2 + 4x - 4

Solução:
Para encontrarmos as coordenadas dos vértices, podemos utilizar os seguintes procedimentos:
b −(+4) x + x2 2+2
xv = − → xv = → x v = 2 ou x v = 1 → xv = → xv = 2
2a 2 ⋅ (−1) 2 2
Sabemos que:

b 
 x1 = 2
x1 + x 2 = − → x1 + x 2 = 4 


a x 2 = 2

c
x1 ⋅ x 2 = → x1 ⋅ x 2 = 4
a

yv = − → yv = 0
4a

Observamos que as raízes são iguais, portanto o valor do Δ = 0, ou seja:


y v = f (xv) → y v = f (2)
y v = -(2)2 + 4 ⋅ 2 - 4 → y v = −4 + 8 - 4 → y v = 0

Com isso, graficamente, teremos:

V(2, 0) Coordenadas do vértice


x

Observamos que:
Eixo de simetria

• a < 0 → Concavidade voltada para baixo.


-4
• Δ = 0 → Corta o eixo x em um único ponto (o
próprio vértice da parábola).

f(x) = 2x2 - 4x + 6

Solução: Ma

Para encontrarmos as coordenadas dos vértices, podemos utilizar os seguintes procedimentos:


b −(−4) x + x2 2
xv = − → xv = → x v = 1 ou x v = 1 → x v = → sv = 1
2a 2⋅2 2 2
Sabemos que:
b c
x1 + x 2 = − → x1 + x 2 = 2 x1 ⋅ x 2 = → x1 ⋅ x 2 = 3
a a
2
∆ = b2 − 4ac → ∆ = (−4) − 4 ⋅ 2 ⋅ 6 → ∆ = 16 − 48 → ∆ = −32

142 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Matematica_2022_9A_05.indd 142 10/08/2022 16:31:07

142

ME_Matematica_2022_9A_05.indd 142 17/08/2022 07:41:41


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Não existem raízes reais, pois ∆ < 0 .


• As coordenadas do vértice são usadas
para encontrar o valor máximo e o valor

yv = − mínimo da função, dependendo do sinal
4a
do coeficiente a (concavidade para cima
Como o ∆ = −32 , teremos:
ou para baixo).
−(−32)
yv =
4 ⋅2
→ yv =
32
8
→ yv = 4 • O valor mínimo da função se dá quan-

ou do a > 0, y v = − ; e o valor máximo,
4a
2
y v = f ( x v ) → y v = f (1) → y v = 2 ⋅ (1) − 4 ⋅ 1+ 6 → y v = 2 − 4 + 6 → y v = 4

quando a < 0, y v = − .
4a
Com isso, graficamente, teremos:

y
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
6
1. Nas empresas de produção, o conheci-
5 mento da função quadrática é muito uti-
4 V(1, 4) Ponto do vértice lizado para resolver vários problemas de
3 otimização (máximos ou mínimos). Sabe-
Eixo de simetria

2 -se que o custo C para produzir x unida-


1
des de certo produto é dado por:
Observamos que:

• a > 0 → Concavidade voltada para cima.


1 2 3 4 5 x
• Δ < 0 → Não corta nem tangencia o eixo x. C = 2x2 −120x + 6.000 (em reais).

a) Calcule a quantidade de unidades que


a empresa deveria produzir para que
Valor máximo e valor mínimo de uma função quadrática
seu custo fosse mínimo.
Considere os gráficos que representam a função f(x) = ax² + bx + c, o ponto do vértice V de
coordenadas (xv, yv) e os seus respectivos valores máximo e mínimo. Solução: Como é uma parábola de
concavidade voltada para cima (a > 0),
esse valor mínimo será atingido em seu
Eixo de simetria

y y
V(xv, y v) Coordenadas do vértice vértice. O número de unidades ideal é
yv
V dado pelo valor de xv. Vamos usar a fór-
mula que vimos anteriormente:
x1 x2 x1 x2
xv x xv x −b −(120) = 30
xv = , ou seja, x v = .
Eixo de simetria

2a 4
V Resposta: 30 unidades.
V(xv , yv) Coordenadas do vértice

b) Calcule o valor mínimo desse custo de


Capítulo 5 — Função polinomial do 2 grau, ou função quadrática
o
143 produção.
Solução: Basta agora encontrar o va-
lor da função custo (C) para x = 30. Te-
Matematica_2022_9A_05.indd 143 10/08/2022 16:31:10 remos:

C = 2 x ² − 120 x + 6.000
ANOTAÇÕES C = 2 (30) ² − 120 (30) + 6.000
C = 1.800 − 3.600 + 6.000
C = 4.200
Resposta: R$ 4.200,00.

:07

143

ME_Matematica_2022_9A_05.indd 143 17/08/2022 07:41:43


Observe que, quando a < 0, a ordenada do vértice da parábola representa o valor máximo.
E, quando a > 0, a ordenada do vértice da parábola representa o valor mínimo.
Resumindo, temos:

• Se a > 0, a função polinomial do 2 grau f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ 0, tem um ponto


o

mínimo, que é representado pela coordenada do vértice.


• Se a < 0, a função polinomial do 2 grau f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ 0, tem um ponto
o

máximo, que é representado pela ordenada do vértice.


Vejamos alguns exemplos:

a) Determine o valor máximo da função polinomial do 2o grau f(x) = -x² + 5x - 7.


Solução:
O valor máximo dessa função é dado pela ordenada do vértice da parábola.
Isto é:

∆ = b2 − 4ac Lembrete
∆ = 52 − 4 ⋅ (−1) ⋅ (−7) → ∆ = 25 − 28 → ∆ = −3 As coordenadas do vérti-
∆ −(−3) 3 ce são V(xv, y v).
yv = − → yv = → yv = − O xv representa a abscis-
4a 4 ⋅ (−1) 4 sa do vértice; e y v, a ordena-
3 da do vértice.
Logo, o valor máximo dessa função é y v = − .
4

Observações
 b ∆
1) V − ;− 
 2a 4a 

 ∆  ∆
2) Se a > 0, então Im( f ) = 
y ∈ R : y ≥−  . Nesse caso, y v = − é denominado valor mí-
nimo da função. 

 4a 

 4a

 
∆ ∆
3) Se a < 0, então Im( f ) = 
y ∈ R : y ≤−  . Nesse caso, y v = − é denominado valor
máximo da função.


 4a 

 4a

b) Qual é o valor de x para o qual a função f(x) = 3x² - 6x + 2 admita valor mínimo?
Solução:
Devemos calcular xv, pois ele representa o valor correspondente ao ponto mínimo da função.
b −(−6) Ma

xv = − → xv = → xv = 1
2a 2⋅3
Logo, a função tem o seu ponto mínimo em x igual a 1.
Para determinar qual o valor mínimo, devemos calcular o y v .
y v = f (xv) → yv = f (1)
y v = 3 ⋅ 12 - 6 ⋅ 1 + 2
y v = 3 - 6 + 2 → y v = -1

144 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Matematica_2022_9A_05.indd 144 10/08/2022 16:31:15

144

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Logo, o valor mínimo dessa função em y é igual a -1. • Incentive os alunos a observarem a
resolução dos exercícios da seção Passo
c) (xv, y v) = (2, 1) são as coordenadas do vértice da função f(x) = -x² + (3m - 5) x - 3. Calcu-
le o valor de m e os valores de f(1) e f(3). a Passo, avaliando se conseguiram assi-
milar o conteúdo. É preciso motivá-los a
Solução: Outros saberes
Calculando o valor de m, teremos:
enfrentar possíveis dificuldades na reso-
Para ampliar os seus
conhecimentos acerca lução dos problemas.
b b −b do conteúdo que
xv = −
2a
→2=−
2 ⋅ (−1)
→2=
−2
→ −b = −4 → b = 4 estamos estudando,
escaneie o QR Code a • Reforce os exercícios resolvidos no livro,
seguir. esclarecendo as dúvidas. Caso tenham
a = −1
 dificuldades, faça uma revisão do conteú-
Vemos que na função f ( x ) :  b = 3m − 5
 do; isso ajudará os alunos na resolução
c = −3
dos exercícios.
Então: 3m - 5 = 4 → 3m = 4 + 5 → 3m = 9 → m = 3
Equaciona Com Paulo
Pereira
Calculando f(1) e f(3): FUNÇÃO DO 2º GRAU:
MÁXIMOS E MÍNIMOS
f (1) = -12 + 4 ⋅ (1) - 3 = -1 + 4 - 3 = 0 ANOTAÇÕES
f (3) = -32 + 4 ⋅ (3) - 3= -9 + 12 - 3 = 0

Como f(1) = f(3) = 0, podemos afirmar que x = 1 e x = 3 são raízes da função f(x) = -x² + 4x - 3.

Passo a passo
1. (FGV-SP) Uma parede de tijolos será usada Substituindo x por 100 em z = 400 - 2x, obte-
como um dos lados de um curral retangular. mos z = 200.
Para os outros lados, usaremos 400 m de tela
x 100 1
de modo a produzir a área máxima. Então, o Portanto: = = = 0, 5
z 200 2
quociente de um lado pelo outro é:
Alternativa b.
a) 1 Parede
b) 0,5
c) 2,5 2. (UFRN) Calcule dois números cuja diferença
x x
d) 3 seja 8 e que forneçam o mesmo produto.
e) 1,5 Solução:
x e x + 8 são os números procurados.
Solução: z y é o produto desses dois números.
De acordo com o esquema acima, temos:
2x + z = 400 → z = 400 - 2x Temos:
A área do curral é dada por: y = x . z → y = y = x(x + 8) → y = x² + 8x
x . (400 - 2x) → y = -2x² + 400x
A área será máxima quando: O produto será mínimo para:
b −400 b −8
xv = − →x= → x = 100 x =− ⇒x= ⇒ x = −4
2a 2 ⋅ (−2) 2a 2

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 145

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:15

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Se -4 é um dos números, o outro é -4 + 8. Observando a figura anterior, podemos escrever:
Portanto, os números procurados são -4 e 4.
2x + 2z = 32 → x + z = 16 → z = 16 - x
3. (Fuvest-SP) De um retângulo de perímetro
32 e lados cuja medida são x e z, com x < z, a) Chamando de y a área remanescente (a área
retira-se um quadrado de lado medindo x. que sobra), temos:
y = (z - x) . x → y = x . z - x²
a) Calcule a área remanescente em função de x.
b) Determine x para que essa área seja a maior
Substituindo z por 16 - x, obteremos:
possível.
y = (16 - x) . x - x²
Solução: y = 16x - x² - x²
z–x x y = -2x2 + 16x

b) A área será máxima para:


remanescente

y b
Área

x x x =−
2a
−16
x= →x=4
2 ⋅ (−2)
z

Aplicação
18. Determine as coordenadas do vértice da parábola de cada função abaixo.
a) f(x) = -2x² + 3x - 1 b) f(x) = x² - 3x + 2
c) f(x) = -2x² - x - 5 d) f(x) = x² + 4x + 5

19. Verifique se as funções admitem valor máximo ou valor mínimo e calcule esse valor.
a) f(x) = x² + 4x - 3 b) f(x) = -3x² + 3x - 1
c) f(x) = 2x² - 5x + 3 d) f(x) = -x² + x - 2

20. Determine m para que a função f(x) = (m - 4)x² - 5x - 1 tenha valor máximo.

21. Determine a e b para que o gráfico da função f(x) = ax² + bx - 5 tenha vértice V(2, -1). Ma

22. Resolva.
Um carrinho de montanha-russa atinge o começo de uma subida em forma de parábola com
velocidade de 40 km/h. A altura (h) que o carrinho atinge em relação ao solo, em função do
tempo (t), é dada pela expressão h(t) = -5t2 + 40t - 35.
a) Em que instante t o carrinho atinge a altura máxima?
b) Qual é a altura máxima atingida pelo carrinho?

146 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Em uma função quadrática na qual
23. Em uma apresentação aérea de acrobacias da Patrulha da Fumaça, um dos aviões a jato
descreve um arco no formato de uma parábola de acordo com a seguinte função y = -x² + 40x. y = f (x) = ax 2 + bx + c, com 0 ≠ 0, cal-
Determine a altura máxima atingida pelo avião. cule os valores de x, que tornam a fun-
ção y = f (x):
24. Uma empresa têxtil produz uma determinada camisa com o custo definido pela seguinte
função: C(x) = x² - 120x + 3.000. Considerando o custo C em reais e x a quantidade de unida- Positiva: f (x) > 0.
des produzidas, determine a quantidade de unidades para que o custo seja mínimo. Negativa: f (x) < 0.
a) 60 unidades. c) 140 unidades. e) 46 unidades. Nula: f (x) = 0.
b) 120 unidades. d) 80 unidades.

25. Na figura ao lado, tem-se um quadrado inscrito em outro x


quadrado. Pode-se calcular a área do quadrado interno subtrain- x
do-se da área do quadrado externo as áreas dos quatro triângu-
los. Feito isso, verifica-se que A é uma função da medida x. O valor ANOTAÇÕES
mínimo de A é:

8- x
a) 16 cm². d) 32 cm².
b) 24 cm². e) 48 cm².
x
c) 28 cm².
x

26. Após várias experiências em laboratório, observou-se que a concentração de certo antibióti-
co, no sangue de cobaias, varia de acordo com a função y = 24x - 2x², em que x é o tempo decor-
rido, em horas, após a ingestão do antibiótico. Nessas condições, determine o tempo neces-
sário para que o antibiótico atinja nível máximo de concentração no sangue dessas cobaias.
a) 4 horas. c) 6 horas. e) 5 horas.
b) 3 horas. d) 2 horas.

Estudo dos sinais de uma função quadrática


Considere a seguinte situação-problema.

Um automóvel se desloca em movimento uniformemen- 2


te variado (MUV) cuja função horária é: f(t) = -6 + 8t - 2t².
Para f(t), o espaço é percorrido em metros e o tempo é me- tempo (s)
dido em segundos. 1 2 3
espaço (m)

Se a função horária (ou função polinomial do 2o grau)


do espaço em relação ao tempo f(t) = -6 + 8t - 2t² é repre-
sentada pelo gráfico ao lado:

• Em que momento o automóvel estará na parte positiva


da trajetória?
• Em que momento o automóvel passará pela origem dos
espaços?
• Em que momento o automóvel estará na parte negativa -6
da trajetória?

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 147

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Para responder a todas essas perguntas, temos de estudar os sinais de uma função poli-
nomial do 2o grau.
Estudar o sinal de uma função quadrática da forma f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ 0, significa
determinar para quais valores de x (abscissa) a função:

• É nula.
• É positiva.
• É negativa.
Portanto, vamos mostrar alguns casos do estudo de sinais de uma função quadrática.

1o caso
Quando a função f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ 0, tem duas raízes reais e distintas.
Concavidade voltada para cima (a > 0 e Δ > 0).

y Lembrete
O eixo das abscis-
sas x divide o plano
cartesiano em duas
regiões:

+ + + x1 x2 + + + Acima: positiva.
Abaixo: negativa.
– – – – x

Zeros, ou raízes, da função

Portanto:

• Para x = x ou x = x , a função é nula (f(x) = 0).


• Para x < x ou x > x , a função é positiva (f(x) > 0).
1 2

• Para x < x < x , a função é negativa (f(x) < 0).


1 2

1 2

Observações
1) Quando Δ > 0, a função tem duas raízes reais e distintas.
2) Quando Δ = 0, a função tem duas raízes reais e iguais.
3) Quando Δ < 0, a função não tem raiz real.
 b ∆
4) V − ;− 

 2a 4a 

 
∆ ∆
5) Se a > 0, então m( f ) = 
y ∈ R : y ≥−  . Nesse caso, y v = − é denominado valor míni-
mo da função.


 4a 

 4a


 
∆ ∆
6) Se a < 0, então Im( f ) = 
y ∈ R : y ≤−  . Nesse caso, y v = − é denominado valor má-
ximo da função.


 4a 

 4a

148 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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Concavidade voltada para baixo (a < 0 e Δ < 0)

+ + + + + + + +
x1 x2
– – – – x

Zeros, ou raízes, da função

Portanto:

• Para x = x ou x = x , a função é nula (f(x) = 0).


• Para x < x ou x > x , a função é negativa (f(x) < 0).
1 2

• Para x < x < x , a função é positiva (f(x) > 0).


1 2

1 2

Exemplos:
a) Vamos estudar o sinal da função f : R → R definida por f(x) = x² - 4x + 3.

Solução:
Inicialmente, vamos encontrar o zero, ou a raiz, da função:

 x + x 2 = 4  x1 = 1
f ( x ) = 0 → x 2 − 4 x + 3 = 0  1 
 x1 ⋅ x 2 = 3  x 2 = 3
 

Com isso, agora, vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o sinal.

+ + + + + +
1 3
x
– – – –

Zeros, ou raízes, da função

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 149

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149

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Os zeros de uma função quadrática, ou Portanto:


função polinomial do 2o grau, dependem • Para x = 1 ou x = 3, a função é nula (f(x) = 0).
do valor do Δ da equação ax2 + bx + c = 0. • Para x < 1 ou x > 3, a função é positiva (f(x) > 0).
• Quando Δ > 0, a equação tem duas raí- • Para 1 < x < 3, a função é negativa (f(x) < 0).
zes reais diferentes, e a parábola tem dois b) Vamos estudar o sinal da função f : R → R definida por f(x) = -2x² + 3x - 1.
pontos de interseção com o eixo x.
Solução:
• Quando Δ = 0, a equação tem duas raí- Inicialmente, vamos encontrar o zero, ou a raiz, da função:
zes reais e iguais, e a parábola tem um f(x) = 0 → -2x² + 3x - 1 = 0
único ponto de interseção com o eixo x. Δ = b² - 4ac →
• Quando Δ < 0, a equação não tem raí- Δ = (3)² - 4 . (-2) . (-1) →
zes reais, e a parábola não tem ponto de
Δ=9-8=1
interseção com o eixo x.

 1
Para encontrar os zeros, ou raízes, de −3 ± 1   x1 =
Teremos: x =  2
2 ⋅ (−2) 
uma função quadrática f (x) = x2 + bx = c, é 
x 2 = 1

preciso resolver uma equação do 2o grau.
Com isso, agora vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal.
Veja o exemplo:

f (x ) = 0 y

→ 2 x ² +x
 − 6 = 0
equação do 2° grau
1
∆ = 49
2 + + + + + + 1 x
−1± 7
x= – – – –
4
3
→ x ′ = e x ′′ = −2
2 Zeros, ou raízes, da função

3
Os valores −2 e são os zeros da fun- Portanto:
2
ção f (x ) = 2x2 + x − 6. • Para x = 21 ou x = 1, a função é nula (f(x) = 0).
• Para x< 21 ou x > 1, a função é negativa (f(x) < 0).
• Para 21 < x < 1, a função é positiva (f(x) > 0).
ANOTAÇÕES
2o caso
Quando a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ 0, tem uma única raiz real.

150 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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Concavidade voltada para cima (a > 0 e Δ = 0)

+ + + x1 = x2 + + + +
Zeros, ou raízes, da função x

Portanto:

• Para x = x = x , a função é nula (f(x) = 0).


• Para x < x ou x > x , a função é positiva (f(x) > 0).
1 2

1 2

Concavidade voltada para baixo (a < 0 e Δ = 0)

x1 = x2
Zeros, ou x
– – – – – – –
raízes, da
função

1:26

Portanto:

• Para x = x = x , a função é nula (f(x) = 0).


• Para x < x ou x > x , a função é negativa (f(x) < 0).
1 2

1 2

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 151

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Partindo de situações presentes no dia a 3o caso


dia dos alunos, leve-os a identificar quando Quando a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ 0, não tem raiz real.
uma função é polinomial do 2o grau.
Concavidade voltada para cima (a > 0 e Δ < 0)
• Construa e analise gráficos de várias
funções. y

SUGESTÃO DE ABORDAGEM

• Mostre para os alunos que existe uma


relação entre o coeficiente a e a concavi-
dade da parábola de uma função do tipo
y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0.
• Encontre os zeros (raízes) de uma fun- + + + + + + + + + +

ção polinomial do 2o grau. x

Portanto:
SUGESTÃO
• Se a > 0, Δ < 0, a função é positiva para qualquer x real (∀ x ∈ R).
Professor, proponha que os alunos Concavidade voltada para baixo (a < 0 e Δ < 0)
pesquisem situações do cotidiano em que y
as parábolas estejam presentes. Exem-
x
plo: ver a parábola formada pelo esquei-
– – – – – – – – – –

tista ao fazer alguma manobra.

ANOTAÇÕES

Portanto:

• Se a < 0, Δ < 0, a função é negativa para qualquer x real (∀ x ∈ R).


Exemplos:
a) Vamos estudar o sinal da função f: R → R definida por f(x) = x2 + x + 1.
Inicialmente, vamos encontrar os zeros, ou as raízes, da função:
f(x) = 0 → f(x) = x² + x + 1 = 0
Δ = b² - 4ac → Δ = 12 - 4 . 1 . 1 → Δ = -3 (Δ < 0)
Com isso, agora vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal.

152 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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y

+ + + + + + + + + +

Como Δ < 0 e a > 0, a função não tem raiz real, e a concavidade da parábola é para cima.
Portanto, f(x) > 0 (a função é positiva) para qualquer x real (∀ x ∈ R).

b) Vamos estudar o sinal da função f: R → R definida por f(x) = -x² + 2x - 6.

Solução:
Vamos encontrar os zeros, ou as raízes, da função:
f(x) = 0 → f(x) = -x² + 2x - 6 = 0
Δ = b² - 4ac → Δ = (+2)² - 4 ⋅ (-1) ⋅ (-6) → Δ = -20

Com isso, vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal.

– – – – – – – – – – x

1:26

Como Δ < 0 e a < 0, a função não tem raiz real, e a concavidade da parábola é para baixo.
Portanto, f(x) < 0 (a função é negativa) para qualquer x real (∀ x ∈ R).

c) Vamos estudar o sinal da função f: R → R definida por f(x) = x² - 2x + 1.


Solução:
Inicialmente, vamos encontrar os zeros, ou as raízes, da função:

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 153

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 x1 + x 2 = 2 
 x1 = 1
f ( x ) = 0 → x 2 − 2 x + 1= 0 
 

 
 x1 ⋅ x 2 = 1
 x 2 = 1

Com isso, agora, vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal.

y
Importante
Se Δ = 0, o gráfico da função do 2o grau
intercepta o eixo das abscissas em um único
ponto.

Zeros, ou x1= x2
raízes, da
+ + + + função + + + +
1 x

Portanto:

• Para x = x = 1, a função é nula (f(x) = 0).


• Para x < 1 ou x > 1, a função é positiva (f(x) > 0).
1 2

d) Vamos estudar o sinal da função f: R → R definida por f(x) = -x² + 4x - 4.

Solução:
Inicialmente, vamos encontrar os zeros, ou as raízes, da função:
x + x = 4
 x = 2

f ( x ) = 0 → −x 2 + 4 x − 4 = 0 

1 2 

1
 
 1 2 =4
 x ⋅ x  2 =2
 x

Nesse caso, podemos afirmar que a função é positiva para qualquer x ∈ R, com x ≠ 1.
Com isso, agora, vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal:
Zeros, ou
y raízes, da
função

– – – – x
2 – – – –

154 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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154

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Nesse caso, podemos afirmar que a função é negativa para qualquer x ∈ R, com x ≠ 2.

Portanto:

• Para x = x = 2, a função é nula (f(x) = 0).


• Para x < 2 ou x > 2, a função é negativa (f(x) < 0).
1 2

1 2

Veremos, agora, a relação entre o sinal da função e o valor de Δ.

Importante
Se Δ = 0, o gráfico da função do 2o grau intercepta o eixo das abscissas em um único ponto.
x1= x2
x

Agora, vamos fazer um resumo das relações existentes entre as condições dos sinais dessas
funções polinomiais do 2o grau com o discriminante (Δ) e o sinal do coeficiente de x² (o valor de a).

Resumo das dicas


Estudar o sinal da função significa analisar para quais valores de x ocorre f(x) > 0, f(x) = 0
e f(x) < 0.
Para isso, precisamos fazer um esboço do gráfico f(x) e da concavidade da parábola.

• 1 caso: a função tem duas raízes reais


o
• 2 caso: a função tem duas raízes reais
o

e distintas. e iguais.

x1 x2 x

a < 0 e ∆>0 a < 0 e ∆=0


Para x = x1 ou x = x2, f(x)0 = 0 (nula) Para x = x1, f(x) = 0 (nula)
Para x1 < x < x2, f(x) > 0 (positiva) Para x < x1 ou x > x1, f(x) < 0 (negativa)
Para x < x1 ou x > x2, f(x) < 0 (negativa)

x1 x
x

a > 0 e ∆>0
Para x = x1 ou x = x2, f(x) = 0 (nula) a > 0 e ∆=0
Para x1 < x < x2, f(x) < 0 (negativa) Para x = x1, f(x) = 0 (nula)
Para x < x1 ou x > x2, f(x) > 0 (positiva) Para x < x1 ou x > x1, f(x) > 0 (positiva)

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 155

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155

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• 3 caso: a função não tem raízes reais.
o

a < 0 ← f (x) < 0, ∀ x ∈ R (negativa) a > 0 ← f (x) > 0, ∀ x ∈ R (positiva)

Aplicação
27. Dadas as funções de R em R definidas pelas fórmulas a seguir, identifique as que são funções
quadráticas.

a) y = 2x3 + 8 - x2
b) y = 2 x + 1 + 2
c) y = 4x2 - 3
d) y = x - 3x3
e) y = x2 - x + 1

28. Dada a função quadrática f(x) = 2x² + 3x - 5, para que valor de x tem-se f(x) = 2?

−2 x 2
29. Dada a função f ( x ) = − 2, calcule.
3
a) f(-1) b) f(0) c) f(2)

30. Se o vértice da parábola dada por y = x² - 4x + m é o ponto (2, 6), então o valor de m é:
a) 10.
b) 5.
c) -5.
d) 9.
e) -9.

31. Trace os gráficos das funções a seguir.


x2 2x 2
a) f ( x ) = b) f ( x ) =
2 3
32. Determine as raízes das funções quadráticas.

a) y = x2 - 16 b) y = -x2 + 9x
c) y = 10x2 - 5x - 15 d) y = x2 - 2x +1

156 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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156

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33. Observe os gráficos a seguir, cada um deles representa uma função diferente. Indique, em
cada caso, o sinal de a e o número de raízes da função a que se referem.

a) b) c) y d)
y y y
x
x x
x

34. Transforme os trinômios abaixo na forma de (ax + b)² + c.

a) x2 + 4x + 8 b) 4x2 + 4x + 5

35. Faça o estudo de sinal das funções a seguir.

a) y = x2 - 2 b) f (x) = (x + 1)2

36. Professor Fábio fez uma parábola como mostra a figura abaixo, que representa o gráfico de
y = ax2 + bx + c. Assinale a única afirmativa falsa em relação a esse gráfico.
a) ac é negativo. y
b) b2 - 4ac é positivo.
c) b é positivo.
d) c é negativo.

37. Faça a correspondência correta entre as funções e os gráficos a seguir.

a f (x) = (x - 3)2

b f (x) = x2 - 3

c f (x) = (x - 1)2 - 1

I. II. III.
y y y

x x x

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 157

:32 Matematica_2022_9A_05.indd 157 10/08/2022 16:31:32

157

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

1. Houve dois momentos em que a bola


tocou o chão: o primeiro foi antes de ela Desafios Matemática
ser chutada, e o segundo foi quando ela
terminou sua trajetória e retornou para 1. No jogo do campeonato pernambucano, 1. Estude o sinal das funções.
depois de um chute que quase levou ao gol da
o chão. Em ambos os momentos, a altu- equipe do Santa Cruz, o goleiro do Sport bateu
a) f(x) = x² + 4x + 3
ra h(t) era igual a zero. Sendo assim: o tiro de meta e teve sua trajetória descrita pela b) f(x) = -x² + 4x - 4
equação h(t) = - 2t² + 8t (t ≥ 0) , em que t é c) f(x) = x² + 14x - 15
h(t) = − 2t² + 8t o tempo medido em segundo e h(t) é a altura d) f(x) = x² - 12x + 36
em metros da bola no instante t. Determine,
0 = − 2t² + 8t e) f(x) = x² - x + 123
após o chute:
2t² − 8t = 0 f) f(x) = -x² - 3x - 2
a) o instante em que a bola retornará ao solo.
2t · (t −4) = 0 b) a altura atingida pela bola. 2. A função quadrática f, definida por f(x) = (m
- 1)x² + 2mx + 3m, assume somente valores
t’ = 0 estritamente positivos para todo x ∈ R se, e
2. Os principais argumentos das montado-
t’’ − 4 = 0 somente se:
ras para justificar o alto preço do automóvel
t’’ = 4 3 3
vendido no Brasil são a alta carga tributária e a) m < 0 e m > b) 0 < m <
a baixa escala de produção. A explicação dos 2 2
3
Portanto, o segundo momento em que a fabricantes para vender no Brasil o carro mais c) m > d) m < 1
2
bola tocou o chão foi no instante de qua- caro do mundo é o chamado Custo Brasil, isto
e) m < 0
é, a alta carga tributária somada ao custo de
tro segundos. produção (encargos trabalhistas), que oneram
3. Determine os valores de k ∈ R, tais que
A altura máxima atingida pela bola é a produção. De acordo com o economista de
f(x) = kx² + 2 (k + 1) x - (k + 1) seja estrita-
uma empresa, o lucro é dado pela expressão
dada pelo vértice da parábola. As coor- matemática L = R - C, em que L é o lucro, C o
mente negativa para todo valor real de x.
denadas do seu vértice podem ser encon- custo da produção e R a receita do produto.
Uma indústria de peças automotivas produziu 4. Dada a função quadrática f(x) = x² - 2x - 35,
tradas através das seguintes fórmulas: calcule a menor solução positiva quando f(x)
x unidades e verificou que o custo de produ-
−b −∆ é negativa.
ção era dado pela função C(x) = x² - 2.000x e
xv = e yv = . No caso dessa ques-
2a 4a a receita, representada por R(x) = 6.000x - x².
5. A área deste retângulo é maior do que 48
Com base nessas informações, determine o
tão, só precisaremos calcular o yv. Sendo unidades. Quais são os valores reais de x que
número de peças a serem produzidas para
atendem a essa afirmativa?
assim: que o lucro seja máximo.
−∆ a) 4.000 peças. d) 5.000 peças.
yv = b) 5.000 peças. e) 2.000 peças. x
4a
c) 3.000 peças.
−(b2 − 4 ⋅ a ⋅ c )
yv = x+2
4a
vadimborkin/AdobeStock.com

−[82 − 4 ⋅ (−2) ⋅ 0] 6. As raízes da equação 2x2 + bx + c = 0 são 3


yv =
4 ⋅ (−2) e - 4. Nesse caso, o valor de b + c é:
−(64 − 0) a) -26.
yv =
−8 b) -22.
c) -1.
yv =8
d) 22.
e) 26.
Portanto, a altura máxima atingida pela
bola foi de 8 metros. 158 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Respostas:
a) 4 s
b) 8 m Matematica_2022_9A_05.indd 158 10/08/2022 16:31:34

2. Para encontrar o valor solicitado pelo Para determinar o número de peças pro- ANOTAÇÕES
enunciado, primeiramente vamos subs- duzidas para que o lucro seja máximo,
tituir as funções dadas na expressão do devemos encontrar o xv.
lucro. −b
xv =
L=R-C 2a
−8.000
L = 6.000 − x2 − (x2 - 2.000x) xv =
−4
L = 6.000 − x2 − x² + 2.000x
x v = 2.000
L = −2x² + 8.000x

Sendo assim, os coeficientes da fun- Portanto, para que o lucro seja máximo,
ção do 2o grau encontrada são: a = -2, a empresa deverá produzir 2.000 peças.
b = 8.000 e c = 0. Resposta: Alternativa e.
M

158

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7. (UFMG) Observe a figura que representa o 14. Resolva a equação (m + 2) · x 2 + 4x -
gráfico de y = ax² + bx + c. (m + 1) = 0, sabendo que o produto de suas
3
raízes vale − .
y 4
15. Um engenheiro vai projetar uma piscina
na casa de um cliente, no formato de um pa-
ralelepípedo retângulo, cujas medidas internas
são, em metros, expressas por x, 10 - x e 2. O
maior volume que essa piscina poderá ter, em
x metros cúbicos, é igual a:
a) 240.
b) 220.
Assinale a única afirmativa falsa em relação c) 200.
a esse gráfico. d) 50.
e) 100.
a) ac é negativo.
b) b2 - 4ac é positivo. 16. Sobre a função f(x) = ax2 + bx + c, represen-
c) b é positivo. tada no gráfico abaixo, a afirmativa correta é:
d) c é negativo.
a) a > 0, b > 0, c > 0
8. Qual o valor de m para que a função f(x) = b) a < 0, b < 0, c < 0
(4m + 1) x² - x + 6 admita valor mínimo? c) a < 0, b > 0, c < 0
d) a < 0, b > 0, c > 0
9. Estude o sinal de cada função do 2o grau
dada abaixo. y

a) f(x) = -x² - x - 6
b) y = 3x² - 5x + 2
c) y = -4x² + 9x - 2

10. O valor de m na função f(x) = 3x2 + 6x - m x


para que ela tenha raízes reais e iguais é:
a) - 7.
b) - 5.
c) - 3. Neste capítulo, aprendemos:
d) - 1. • O conceito de função quadrática, bem como
a reconhecer seus coeficientes.
1:34
11. Determine m de modo que o valor mínimo
da função f(x) = (m + 3)x² + 8x -1 seja 3.
• A representar graficamente uma função
quadrática.
x 2 − 3x • A determinar os zeros da função quadrá-
12. Sendo = 1, qual será o valor atri- tica e também as coordenadas do vérti-
buído a x? 2 x − 6 ce da parábola.
• A estudar os sinais da função quadrática.
13. As raízes da equação f(x) = x² + ax + b, em
que f(x) = 0, são 1 e - 5. Quais são os valores
• A resolver problemas envolvendo função
quadrática.
atribuídos, respectivamente, a a e b?

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 159

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Desenhar, no plano cartesiano, o gráfi-

CAPÍTULO
co da função polinomial do 2o grau.
• Relacionar a concavidade da parábola Números racionais e
com o sinal do coeficiente a.
• Determinar os pares ordenados no pla-
irracionais
no cartesiano da função quadrática.
• Determinar os valores arbitrários de Para começar
x para que se possa encontrar o valor Quando há junção de determinados elementos, podemos designá-los
de y. como um conjunto. Este, por sua vez, pode ser formado por quaisquer

• Representar, por meio do gráfico, o elementos. Quando os elementos são números, chamamos esse conjun-
to de numérico.
ponto máximo e o ponto mínimo de uma Os conjuntos numéricos são considerados subdivisões primordiais
função quadrática. para a representação aritmética matemática.
São eles:

CONTEÚDOS CONCEITUAIS Conjunto dos números naturais


É o conjunto formado pelos números considerados inteiros positivos
• Conjunto dos números naturais. e o número nulo (zero). É um conjunto que tem início, mas não tem fim.

• Conjunto dos números inteiros. Símbolo: N = { x | x ≥ 0}


• Conjunto dos números racionais. Podemos representar como: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …}

• Representação canônica de um núme- Caso não apresente o elemento zero, chamamos de conjunto dos nú-
ro racional. meros naturais não nulos (N*).
• Conjunto dos números irracionais. Conjunto dos números inteiros
• Teorema de pitágoras. É o conjunto formado pelos números inteiros negativos, positivos e
• Representação em reta numérica. o número nulo, também chamado de neutro (zero). É um conjunto consi-
derado infinito em ambos os intervalos (negativo e positivo).
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS Símbolo: Z = { x|x ≤ 0 e x ≥ 0}
Podemos representar como: Z = {...,−5,−4 ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, 4 , 5, ...}
• Conceituar número racional e suas apli-
cações em problemas do cotidiano. Subconjuntos de Z
• Calcular números decimais e transfor- • Conjunto dos números inteiros não negativos: não apresenta os
má-los em frações. elementos negativos (Z+).

• Determinar a diferença entre número Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …} Observe que os elementos são iguais aos do con-
junto dos números naturais.
racional e irracional.
• Verificar os números racionais e irracio- • Conjunto dos números inteiros não positivos: não apresenta os
elementos positivos (Z-).
nais nos conjuntos numéricos.
• Observar na reta numérica os números Z − = {...,−5,−4 ,−3,−2,−1, 0}

racionais (Q) e irracionais (I).


• Aplicar números racionais e irracionais
160 Capítulo 6 — Números racionais e irracionais

em problemas algébricos.

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ANOTAÇÕES

160

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Conjunto dos números inteiros não negativos e não nulos: não apresenta os elementos
negativos nem o neutro (Z* ).
Uma das maneiras mais salutares de
+ abordar conjuntos numéricos é mostran-
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5,…} do a nomenclatura básica, ou seja, falan-
• Conjunto dos números inteiros não positivos e não nulos: não apresenta os elementos do a respeito dos elementos e suas re-
positivos nem o neutro (Z* ).- presentações, bem como os infinitos
Z*− = {...,−5,−4 ,−3,−2,−1} numerais existentes entre um intervalo
que o representa.
Conjunto dos números racionais
É o conjunto formado pela representação fracionária dos números inteiros. É a união dos CONTEÚDOS ATITUDINAIS
elementos dos conjuntos naturais e inteiros expressos em forma fracionária. Envolve também
os números decimais exatos e as dízimas periódicas. • Estimular os alunos a trabalharem em
a
É representado por Q = , sendo b um número diferente de zero.
dupla para que possam encontrar outras
b formas de associação dos elementos,

 12 8 2 0 4 4 9 16 
Q =
...,− ,− ,− , , , , , , ... estabelecendo estratégias próprias.
 3 4 2 5 4 2 3 4 


a
• Explorar as resoluções de exercícios a
Caso não represente um número exato, a fração
b
pode representar resultados com: partir do cálculo mental, despertando nos

Inteiros:
20
4
=5 alunos o lado investigativo e curioso.


Decimais:
30
= 7, 5 • Trabalhar as informações com base em
4 uma análise crítica da realidade.
• 2
Dízimas periódicas: = 0, 22222...
9 • Estimular os alunos a pesquisarem o
Um número racional pode ser formado através de uma geratriz. Essa geratriz é a represen- uso da Matemática no dia a dia.
tação aritmética de um número fracionário com resultado periódico.
• Respeitar as diferentes interpretações
encontradas na resolução das situações-
Passo a passo -problema.

1. Verificar se 0,212121... é um número racional.


Solução: Outros saberes
0, 212121=
21
Para ampliar os seus
ANOTAÇÕES
99 conhecimentos acerca do
conteúdo que estamos
Através da geratriz, verificamos que é um número racional. estudando, escaneie o
QR Code a seguir.
375
2. Represente a fração em números decimais.
Solução: 200
375 200
1750 1, 875
375
→ 1500
200 Brasil Escola
1000 Números Racionais –
Brasil Escola
(0 )

Capítulo 6 — Números racionais e irracionais 161

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161

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Incentive os alunos a observarem a


resolução dos exercícios resolvidos e ava-
lie se conseguiram assimilar o conteúdo.
Aplicação
É preciso motivá-los a enfrentar possíveis 2
1. Identifique o conjunto a que pertence o número x . y2, sendo x = e y = 3.
dificuldades na resolução. Caso eles ain- 3
xy
da tenham dificuldades, faça uma revisão 2. Se x = 1.200.000 e y = 0,00002, então qual o valor da operação ?
3
do conteúdo. 1
3. Simplifique a fração e apresente seu valor na forma decimal.
• Estimule a visualização de reta numé- 2
2
2
rica, incentivando o raciocínio lógico e − 1+
5 1
3+
dedutivo do estudante. 2
2 x ² − 3x
4. Sendo x = 0,05, calcule o valor da expressão y = .
SUGESTÃO 0, 5 + 2 x

5. Assinale V para verdadeiro ou F para falso nas afirmações abaixo.


Construa em sala de aula o diagrama
5
de Venn que demonstre a inclusão dos a) não é um número racional. b) -1 é um número racional.
3
conjuntos numéricos entre si (usando a 13 −13
c) O oposto de é . d) 0,999 = 1.
5 5
simbologia ⊂, ⊃, ∈, ∉ ).
6. Represente as frações em números decimais.
30 3 4 7
a) b) c) d)
11 5 3 50

R 7. As alternativas abaixo fazem afirmações sobre o conjunto dos números irracionais. Qual
delas está incorreta?
a) O conjunto dos números racionais é constituído por todos os números que podem ser repre-
N sentados por frações com numerador e denominador inteiros e denominador diferente de zero.
b) No conjunto dos números racionais, estão contidos todos os números inteiros.
Z c) Todas as dízimas periódicas são números racionais.
d) As raízes quadradas não pertencem ao conjunto dos números racionais.
Q R-Q e) Os números decimais exatos fazem parte do conjunto dos números racionais.

8. Veja a temperatura média na superfície de alguns planetas.

C PLANETA
Vênus
TEMPERATURA
+475 °C
Júpiter -150 °C
Saturno -180 °C
Urano -180 °C

ANOTAÇÕES Netuno -220 °C

162 Capítulo 6 — Números racionais e irracionais

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162

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Em qual dos planetas listados na tabela anterior se verifica a maior temperatura média? • Na seção Aplicação, forme duplas para
resolver os exercícios e esteja sempre pron-
9. Calcule: + 475º - 150º - 180º - 180º - 220º.
to para esclarecer as possíveis dúvidas que
10. Calcule, expressando os resultados em números decimais. surgirem. Cada dupla deve apresentar à
5 7 4 1 2 1 3 7 classe os resultados obtidos. Essa forma de
a) − b) − − + c) − −
3 3 5 5 5 6 6 6 trabalho serve para que os alunos apren-
3 1 7 1 3 5 dam a respeitar a fala dos colegas e avaliem
d) − + − e) − + −
4 4 4 9 9 9 o quanto assimilaram do conteúdo.
11. Certo número de caixas foi colocado em uma balança. Todas as caixas têm o mesmo peso: • Estimule os alunos a resolverem os exer-
1,2 kg. Se a balança marcou 48 kg, quantas caixas foram colocadas na balança? cícios. Ao fazer a correção, fique atento
para perceber os assuntos que suscita-
12. Maria vai bordar uma toalha retangular de dimensões 12 cm × 8 cm. Quanto ela vai gastar
de renda para bordar todo o contorno dessa toalha? ram mais dúvidas. Oriente os alunos dan-
do as explicações necessárias.
Conjunto dos números irracionais
Existem números decimais não exatos infinitos que não possuem
Outros saberes
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
período, ou seja, números que, após a vírgula, não possuem algaris-
mos repetidos. Para ampliar os seus
Veja alguns exemplos a seguir: conhecimentos acerca Professor, organize uma pequena
do conteúdo que
I. 1, 414213562... estamos estudando, competição. Divida a turma em dois gru-
escaneie o QR Code a

II. 1, 7320508...
seguir. pos e peça que cada um elabore cartões
com números aleatórios. Elaborados os
III. 3, 141592...
cartões, recolha-os e faça a troca entre os
IV. 2, 7182818...
grupos, para que cada um identifique-os
V. 0,14285...
de modo que o outro grupo reconheça a
Esses números podem ainda ser representados por outros alga- Brasil Escola
Números Irracionais – relação de pertinência ou inclusão. Deter-
rismos. Observe: Brasil Escola
mine um limite de tempo para que pos-
I. 2
sam discutir as respostas. Quando acabar
II. 3
o tempo, faça a correção atribuindo pon-
III. π (número pi)
tos para quem acertar as respostas, sen-
IV. e (número de Neper)
do vencedor o grupo que obtiver o maior
Essas representações numéricas representam exemplos de núme- número de questões corretas.
ros irracionais em suas formas distintas. Afirma-se isso, pois:
I. 2 = 1, 414213562...
II. 3 = 1, 7320508... ANOTAÇÕES
III. π = 3, 141592...
IV. e = 2, 7182818...

Capítulo 6 — Números racionais e irracionais 163

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163

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

O conjunto dos números racio- Classifica-se como número irracional todo número cuja representação decimal é infinita e
nais nasceu da necessidade de dividir não periódica. Esses números compõem conjunto infinito em sua origem e infinito em sua am-
plitude, o conjunto dos números irracionais (I).
quantidades. Portanto, esse é o conjun-
to dos números que podem ser escritos
na forma de fração. Representado por Q,
Passo a passo
o conjunto dos números racionais possui
1. Observe o conjunto A e responda: quais elementos são números irracionais?
os seguintes elementos:
10
 
18 
A=
 ; 0, 4 ;−6; π;− 7 ;−  

2
 
10 

Q = {x ∈ Q | x = a/b, a ∈ Z e b ∈ N}
Solução: π,− 7 { }
A definição acima é lida da seguinte ma- 81 + 64
2. O valor da expressão é um número racional?
neira: x pertence aos racionais, tal que x é 324 − 25
Solução:
igual a a dividido por b, com a pertencente
81 + 64 9+8 17
aos inteiros e b pertencente aos naturais. = = = 1, 307692308
324 − 25 18 − 5 13
Em outras palavras, se é fração ou um
Portanto, o valor da expressão é um número racional.
número que pode ser escrito na forma de
fração, então é um número racional.
Os números que podem ser escritos Representação em reta numérica
na forma de fração são: Podemos representar os números racionais e irracionais na reta numérica real por meio
1 – Todos os números inteiros. de valores aproximados de suas representatividades, utilizando o símbolo ≅.
2 – Decimais finitos. -2, -1, 0, 1, 2, 3, etc.
3 – Dízimas periódicas. 1 28
− = 5, 6
Os decimais finitos são aqueles que -6 -5,1 -2,5 2 2 ≅ 1, 41 π ≅ 3,14 4 5

possuem um número finito de casas de-


cimais. Observe: (-) -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 (+)
1,1
2,32 Os valores que indicam números irracionais são expressos por aproximação.

4,45
Dízimas periódicas são decimais infi-
nitos, mas que repetem a sequência final
de suas casas decimais. Observe:
Aplicação
2,333333...
13. Complete com os símbolos > (maior que), < (menor que) e = (igual a).
4,45454545...
1 1 2 7  2  1 3 2
6,758975897589... a) b) c) −  −  d)
2 3 5 5  3   5  7 8

164 Capítulo 6 — Números racionais e irracionais

ANOTAÇÕES
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164

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 7  3  3 2
e) 2,07 2,7 f) −  −  g) h) 0,25 0,3
 9   4  5 7

i) 0,2 0,20 j) (-3,2) (-2,8)

14. Identifique como número racional (R) ou como número irracional (I):
1
a) 4,25 b) c) 81 d) 7,171771777...
3
e) 50 f) 8,434343... g) -76 h) − 18

i) 16 j) 1,3333333...

15. Qual é o valor numérico da expressão -4 . x2 + 5 . x - 7, para x = 2?

16. O valor da expressão numérica 60 - 36 + 52 é:


a) -20.
b) 20.
c) 19.
d) 18.

17. A alternativa correta é:


a) Todo número inteiro é um número racional.
b) Todo número racional é um número inteiro.
c) Todo número natural é um número inteiro.
d) Todo número racional é um número natural.

18. Marque V para verdadeiro e F para falso.


a) Entre dois números inteiros, existem vários números inteiros.
b) Entre dois números inteiros, existe um único inteiro.
c) Entre dois números racionais, pode existir um número inteiro.
d) Entre dois números, não pode existir nenhum número inteiro.

19. O número 7:
a) É maior que 7.
b) É menor que 7.
c) É igual a 7.
3:00 d) É maior que 3.

20. José, com uma calculadora, determinou o valor de 50 e obteve como resultado 7,0710678...
Pode-se provar que esse número tem infinitas casas decimais e não é dízima periódica. É, portan-
to, um número:
a) Irracional.
b) Racional.
c) Natural.
d) Inteiro relativo.

Capítulo 6 — Números racionais e irracionais 165

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165

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
7
Para facilitar o entendimento da reta 21. Para marcar o número , primeiro devemos escrevê-lo na forma de um numeral misto,
1 2
numérica real, utilize exemplos que este- 3 . Então dividimos o segmento de extremos 3 e 4 em duas partes, contamos uma parte do 3
2 7
jam presentes no dia a dia. para a direita e marcamos .
2
O exemplo de uma linha de tempo
ou de andares de um edifício estimula a
-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
compreensão dos alunos.
Em outras situações, podemos exem- Baseando-se nesse exemplo, localize, na reta numérica, as frações racionais a seguir.

plificar condições de valores quebrados. a)


5
b)
7
c) −
10
d) −
3
e)
9
f)
15
g) −
9
2 2 4 2 2 2 2
Veja exemplos de mercadorias e valo-
res monetários encontrados na socieda-
22. Sejam os números:
de em que vivemos:
7 180 10
• Renda: a maioria dos brasileiros tem 3
10 1+ 3 9 −
2
π
4

5
80
salários baixos, que mal podem suprir
a) Quais são inteiros?
as suas necessidades básicas, enquanto b) Quais são racionais?
uma minoria tem salários exorbitantes. c) Quais são irracionais?

• Moradia: muitos brasileiros não têm 23. Calcule:


condições de ter uma simples casa pró-
1 1 1  1 2
pria em um bairro de periferia, e poucos a) 0, 777... + = b) 1, 222... + = c) 0, 777...− = d) 0, 222... +  : =
2 6 2  3  3
possuem casas luxuosas em bairros e 24. Encontre a fração geratriz de 0,373737...
cidades nobres.
• Saúde: a maioria dos brasileiros não tem 25. Um fazendeiro dividiu uma área circular de 80 m de raio em setores iguais de ângulo central igual
a 45°. Sabendo que o comprimento de uma circunferência de raio r é igual a 2πr, em que π = 3,14, de
plano de saúde, ficando à mercê da saú- quantos metros de arame o fazendeiro vai precisar para circundar a figura demarcada?
de pública precária, enquanto a minoria
tem condições de pagar um plano de saú-
de que dá a assistência necessária. Desafios
1. Lécio tem um papagaio que faz contas fantásticas com números inteiros, mas não sabe nada
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS sobre decimais. Quando Lécio sopra um número em seu ouvido, o papagaio multiplica esse
número por 5, depois soma 14, divide o resultado por 6, finalmente subtrai 1 e grita o resulta-
• Para reconhecer uma dízima, primei- do. Se Lécio soprar o número 20, o número que o papagaio gritará será:
ro devemos fazer o estudo dos números a) oposto de 10.
b) simétrico de 18.
para definir se a determinação fracionária
c) consecutivo de 18.
resulta em um decimal exato ou inexato. d) antecessor de 22.
• Tenha o máximo de cuidado ao estudar e) oposto do oposto de 18.

cada valor. Primeiro, determine as fra- 2. Na aula de Matemática, o professor Tales lançou a seguinte questão para seus alunos do 9o ano:
ções que irá trabalhar para que o resul-
tado possa estar incluso no conjunto dos 166 Capítulo 6 — Números racionais e irracionais

números reais.

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

1. Seguem os cálculos feitos pelo papagaio: 2. Sendo a e b, com a > b, os números pedidos, teremos:

1o → 20 . 5 = 100 I. a = b + 10
2o → 100 + 14 = 114 II. ab − 40 = 39b + 22
114
3o → = 19 Substituindo o valor de a (encontrado na equação I) na equação II:
6
(b + 10) · b − 40 = 39b + 22
4o → 19 - 1 = 18
b2 − 29b − 62 = 0
O número 18 é o oposto do oposto de 18, Logo, b = 31 ou b = -2 (não convém)
pois o oposto do oposto de um número é Como a = b + 10, a = 41.
o próprio número. Assim, o maior desses números é 41.
Resposta: Alternativa e. Resposta: Alternativa d.
M

166

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A diferença entre dois números inteiros positivos é 10. Ao multiplicar um pelo outro, um estu-
dante cometeu um engano, tendo diminuído em 4 o algarismo das dezenas do produto. Para
conferir seus cálculos, dividiu o resultado obtido pelo menor dos fatores, obtendo 39 como
quociente e 22 como resto. Podemos afirmar que o maior desses números é:
a) 31. c) 37. e) 43.
b) 35. d) 41.

Matemática
1. Transcreva todos os números do quadro 1 para o quadro 2, obedecendo à organização de
cada conjunto.

Quadro 1

-33 π 21 2 -0,01

7
12% 0,333... 1 − +1
9

100 0,1 +1,23 0, 00000000001 +1000

0 12 -3,012 -78 22,232323...

1
-100 0,5 0,5555... -0,121212...
4

1
25 10¹ 56 10/100
2

1 3 -159 10000000000,0 −(− 64 )

−100
123 -789 -23 − 16
−100

-1,2 1,000000 144 -2,4444... 1,758236418...

3:15

Quadro 2

Naturais Inteiros Racionais Irracionais

Capítulo 6 — Números racionais e irracionais 167

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

2. Calcule as expressões: 7. Complete usando corretamente as palavras


A definição de números irracionais de- ou expressões abaixo.
a) 17,352 - 15,2 + 8,3
pende da definição de números racionais. b) 35,25 - (4,85 - 1,23 + 17,9) infinita e infinita e não
exata
Portanto, pertencem ao conjunto dos nú- periódica periódica
3. Um número natural x que satisfaz a desi-
meros irracionais todos os números que
gualdade 49 < x < 100 é: A representação decimal de:
não pertencem ao conjunto dos racionais.
a) 5. a) 0,666… é .
Dessa forma, ou um número é racio- b) 6.
nal ou ele é irracional. Não existe possi- c) 8. b) 2,5 é .
d) 10.
bilidade de um número pertencer a esses c) 3,2 é .
e) 50.
dois conjuntos simultaneamente. Sendo
d) 2,2362734 é .
assim, o conjunto dos números irracio- 4. Classifique as afirmações a seguir como
verdadeiras (V) ou falsas (F). e) 0,8 é .
nais é complementar ao conjunto dos nú-
1. Um número natural não pode ser um nú-
meros racionais dentro do universo dos f) 1,73216874… é .
mero irracional.
números reais. 2. O conjunto dos números racionais está con- g) 0,77… é .
Outra maneira de definir o conjun- tido no conjunto dos números irracionais.
3. O conjunto dos números irracionais não está h) 5,343434… é .
to dos números irracionais é a seguin- contido no conjunto dos números racionais.
te: os números irracionais são aqueles 4. O conjunto dos números irracionais é for- 8. Complete usando racionais ou irracionais.
mado pela união entre os conjuntos dos
que não podem ser escritos na forma de a) Os números de representação decimal infi-
números racionais e reais. nita e periódica são .
fração. São eles: 5. Qualquer raiz quadrada tem como resultado
um número racional. b) Os números de representação decimal infi-
nita e não periódica são .
1 – Decimais infinitos. a) V, F, V, F, F.
b) V, F, V, F, V. c) Os números naturais são .
2 – Raízes não exatas.
c) F, F, F, V, F.
d) Os números inteiros são .
d) F, V, F, V, V.
Os decimais infinitos são números e) F, V, V, F, V. e) As raízes não exatas são .

que possuem infinitas casas decimais f) As raízes exatas são .


5. Representa número irracional:
e que não são dízimas periódicas. Por a) 9.
g) Os números podem ser es-
critos em forma de fração.
exemplo:
b) − 9.
0,12345678910111213... h) Os números não podem ser
c) −9. escritos em forma de fração.
π
d) 19.
2 9. Marque V ou F.
1
e) − . a) 2,5 é um número racional.
9
b) 2,5 é um número irracional.
ANOTAÇÕES 6. O valor numérico da expressão x6 - m4 para
x = -1 e m = -2 é:
c) 2,5 é um número real.
d) 3 é um número racional.
a) 14. b) -2. c) -7.
d) -15. e) -17. e) 3 é um número irracional.

168 Capítulo 6 — Números racionais e irracionais

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10. Marque a sentença falsa. 14. Assinale a alternativa em que pelo menos
um dos números pertence ao conjunto dos
a) Todo número natural é real.
racionais.
b) Todo número decimal exato é racional.
c) Todo número racional é real. a) 2 , 3 e 2 + 3.
d) Todo número inteiro é irracional.
b) 1,234567891011121314...
e) Todo número decimal não exato e não pe-
riódico é irracional. c) π, ϕ , 7 e 1, 3658921.
11. Sobre os números: a = 0,171717..., b = d) 2 + 3 e 3.
0,313113111311113..., c = 0,424224222422224...,
e) 3 2 , 3π e 5ϕ.
d = 0,897638976389763... e e = 3, marque a
sentença verdadeira.
a) Nenhum é racional. 15. Analise com atenção as afirmações abaixo
b) Todos são racionais. e marque a alternativa correta.
c) Apenas e é racional.
d) Apenas a, d, e são racionais. I. O produto de qualquer número inteiro não
e) Apenas b e c são racionais. nulo por um número irracional qualquer é
um número irracional.
12. Calcule as seguintes raízes quadradas com
II. O quadrado de qualquer número irracional
valores aproximados até a 1a casa decimal.
é também um número irracional.
III. Toda fração que possua no numerador um
a) 7 b) 70 c) 22
número racional tem como quociente tam-
bém um número racional.
d) 55 e) 30
5 50
13. Na sequência numérica 2 , , e 3, a) Apenas alternativa I está correta.
quantos são irracionais? 2 2 b) Apenas alternativa II está correta.
c) Apenas alternativa III está correta.
a) 1 b) 2 c) 3 d) As alternativas I e II estão corretas.
d) Todos são irracionais. e) As alternativas I e III estão corretas.

Neste capítulo, aprendemos:


• O conceito de número racional e suas aplicações em problemas do cotidiano.
• A calcular números decimais e transformá-los em frações.
• A determinar a diferença entre número racional e irracional.
• A verificar os números racionais e irracionais nos conjuntos numéricos.
• A observar, na reta numérica, os números Q e I.
3:24
• A aplicar números racionais e irracionais em problemas algébricos.

Capítulo 6 — Números racionais e irracionais 169

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Reconhecer uma inequação do 1 o


grau

CAPÍTULO
com uma variável ou duas variáveis.
• Estudar a variação dos sinais das ine- Matemática Financeira
quações-produto.
• Reconhecer uma inequação do 2o grau
na variável x.
Para começar
CONTEÚDOS CONCEITUAIS
Matematicamente, as operações que envolvem questões monetárias, porcentagens, capitais,
lucros e dividendos são estudadas em uma área especial denominada Matemática Financeira.
• Taxa de juros. Todo e qualquer cálculo que envolva negócios financeiros é aplicado em operações por
• Taxas equivalentes. meio de quantidades monetárias. Essas quantidades envolvem lucros, empréstimos, aplica-
ções, investimentos, pagamentos, ordens de serviços bancários, etc.
• Desconto.
• Porcentagem.
• Porcentagem de porcentagem. Conceitos financeiros
• Cálculos com tecnologias digitais. Capital (C) Prazo mais os juros acrescidos ao
Representa o valor do É o período durante o qual valor. Assim, M = C + J. Logo,
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS dinheiro no momento atual. o capital permanece aplicado. o montante dessa aplicação
Esse valor pode ser de um será: M = C + C . i . t, então
• Conceituar juros aplicados por meio de investimento, uma dívida ou
um empréstimo.
Desconto
É o valor “retirado” do
M = C . (1 + i . t).
transações financeiras.

itchaznong/AdobeStock.com
valor do capital dependendo
• Calcular taxas percentuais e aplicá-las Juros (J) da taxa percentual aplicada.
ao cotidiano. Representam os valores
obtidos pela remuneração de Acréscimo
• Compreender taxas sucessivas. um capital. Os juros represen- É o valor “acrescido” ao
• Calcular acréscimos e descontos tam, por exemplo, o custo do
dinheiro tomado emprestado.
valor do capital dependendo
da taxa percentual aplicada.
sucessivos.
• Entender e aplicar porcentagem por Taxa de juros (i) Juros simples
meio da Matemática financeira. É o percentual do custo ou Os juros simples são
remuneração paga pelo uso do calculados levando-se em
• Realizar cálculos por meio das tecnolo- dinheiro. A taxa de juros está consideração determinado
gias digitais. sempre associada a certo prazo, período, por meio da fórmu-
que pode ser, por exemplo, de la J = C . i . t , em que C é o
um dia, um mês ou um ano. capital aplicado; i, a taxa de
CONTEÚDOS ATITUDINAIS juros; e t é o período a que
Índice de taxa percentual correspondem os juros.
• Explorar as resoluções de exercícios a Aplicação estimada a ser
partir do cálculo mental. acrescida ou descontada do Montante (M)
capital em uma negociação Corresponde ao valor
• Debater e analisar os temas com os alu- financeira. futuro, ou seja, é o capital
nos usando a situação econômica atual
do País.
• Pesquisar, em revistas e jornais, o índi- 170 Capítulo 7 — Matemática Financeira

ce de inflação, o de desemprego e o cus-


to de vida, para que os alunos analisem
a porcentagem dos números envolvidos Matematica_2022_9A_07.indd 170 06/08/2022 08:52:52 Ma

e a razão existente entre esses valores.


• Estimular os alunos a trabalharem em ANOTAÇÕES
duplas para que encontrem outras for-
mas de resolução, estabelecendo estra-
tégias próprias. Despertar nos alunos o
lado investigativo e curioso.
• Trabalhar as informações com base em
uma análise crítica da realidade.
• Estimular os alunos a pesquisarem o
uso da Matemática no dia a dia.
• Respeitar as diferentes interpretações
encontradas na resolução das situações-
-problema.

170

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Professor, faça uma revisão dos con-


Passo a passo ceitos envolvendo razão e proporção de
mesma grandeza para que possa traba-
1. Aplicando-se R$ 300.000,00 à taxa de 5% ao 2. Uma mercadoria que custa R$ 250,00 foi lhar o conteúdo porcentagem com maior
mês, determine o montante no final de 2 anos. vendida na Black Friday com 28% de desconto. entendimento por parte dos alunos.
Solução:
R$ 300.000,00 x 5% = R$ 15.000,00 x 24 meses
Qual o valor da mercadoria arrematada pelo
cliente? • Organize um trabalho sobre juros sim-
em 2 anos = R$ 360.000,00 Solução: ples em que os alunos desempenhem o
28 raciocínio lógico dedutivo. Depois, peça
Então, o montante é: 250 ⋅ = 70
R$ 300.000,00 + R$ 360.000,00 = R$ 660.000,00 100 que eles façam comparações, relacio-
Então: 250 − 70 = R$ 180, 00 nando o que foi verificado e aplicado na
prática.

Aplicação
1. À taxa de 2% ao mês, certo capital, em 10
ANOTAÇÕES

Thapana_Studio/AdobeStock.com
meses, produziu um juro simples de R$ 500,00.
Qual foi o capital aplicado?

2. Considere uma TV no valor de R$ 1.200,00.


Determine o valor da TV com o desconto utili-
zado à taxa de 14%.

3. Um produto sofreu um aumento de acordo


com a taxa de 5%. Determine o valor do produ-
to considerando que, antes do aumento, seu
preço era de R$ 108,00.

Lembrete
• Para calcular o preço de um determinado produto após um desconto dado, basta multiplicar o
d
preço inicial pela diferença 1− .
Exemplo: 100
Em uma promoção, uma cafeteira que normalmente custa R$ 450,00 estava sendo vendida com
32% de desconto. Sendo assim, o valor pago pela cafeteira durante a promoção foi:
 32 
R$ 450,00 ⋅ R$ 450,00 ⋅ 1−  = R$ 450,00 ⋅ 0, 68 = R$ 306,00
 100 
i
• Se quisermos calcular o preço após um acréscimo, basta multiplicar o preço inicial por 1+ 100.
Exemplo:
Na compra de um produto com o cartão de crédito, devo pagar 15% de acréscimo no valor inicial da
compra a título de juros. Se o produto custa R$ 600,00 à vista, na compra com o cartão de crédi-
to, custará R$ 600,00 x 1,15 = R$ 690,00.

Capítulo 7 — Matemática Financeira 171

2:52 Matematica_2022_9A_07.indd 171 06/08/2022 08:52:57

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Peça aos alunos que observem a sala 4. Calculando o desconto de 7,55% dado em uma parcela de um crediário que inicialmente era
de aula e o material didático e identifi- R$ 309,56, entende-se que o valor pago foi de aproximadamente:

quem taxas percentuais no dia a dia. A a) R$ 289,16. b) R$ 289,19. c) R$ 286,16.


d) R$ 286,19. e) R$ 290,00.
intenção é que eles identifiquem as dife-
rentes taxas que estão presentes no 5. Uma duplicata foi descontada em R$ 700,00 pelos 120 dias de antecipação. Se foi usada uma
operação de desconto comercial simples, à taxa anual de desconto de 20%, o valor atual do
cotidiano.
título era de:
• Converse com os alunos sobre os des- a) R$ 10.500,00. b) R$ 10.200,00. c) R$ 9.800,00.
contos oferecidos em lojas sob valores de d) R$ 8.200,00. e) R$ 7.600,00.
compra à vista e acréscimos em valores
6. Richard investiu R$ 3.200,00 com taxa percentual de 0,75% ao mês em um banco de sua
de compra a prazo.
cidade. Após 5 meses, precisou tirar o rendimento. Qual o valor retirado?
• Peça aos alunos que façam uma pes-
quisa sobre taxas cobradas em cartões
de crédito. Porcentagem
• Debata sobre os índices encontrados Todo cálculo representativo que resulte em um acréscimo, um desconto, uma taxa ou uma
informação estatística é considerado matematicamente como porcentagem.
nas pesquisas.
x
Pode-se representar a porcentagem como uma fração centesimal , e simbolicamen-
100
te dizemos que é x%.
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

A Matemática Financeira apresen-


ta um conteúdo que deve ser estudado Passo a passo
ao longo de todo o Ensino Médio e é im-
portante que seja bem compreendido 1. Comprando um objeto à vista, obtenho um 3. Uma fatura recebeu um abatimento de 35%,
desconto de R$ 30,00 correspondente a 15% resultando um valor líquido de R$ 8.750,00.
no Ensino Fundamental, pois se trata de do preço. Qual o preço real do objeto? Qual era seu valor inicial?
um conjunto de conhecimentos de gran- Solução: Solução:
de utilidade na vida por constituir a base 30 → 15%
8.750 → 65%
das operações financeiras. Ela nos possi- x → 100%
x → 100%
15 x = R$ 3.000, 00 → x = R$ 200, 00
bilita, por exemplo, aplicar o dinheiro de 65 x = R$ 875.000, 00 → x ≅ R$ 13.461, 54
forma mais racional, economizar, obter 2. Um tênis que custava R$ 490,00 estava em

rainbow rays/Shutterstock.com
lucros e realizar investimentos. promoção por R$ 392,00. Qual foi o porcentual
Além disso, existem projetos de lei do desconto?
Solução:
que propõem a introdução da educação
financeira no currículo escolar, como uma 490 → 100%
392 → x
disciplina, em decorrência do crescimen-
490 x = 39.200 → x = 80%
to da nossa economia.
O desconto foi de 20%.

172 Capítulo 7 — Matemática Financeira

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ANOTAÇÕES

172

ME_Matematica_2022_9A_07.indd 172 15/08/2022 18:23:51


início do jogo, cada família recebe uma
carta, na qual estão descritos os níveis
seu preço sofre acréscimo de 18%. Qual é o
de necessidades básicas que cada famí-
Aplicação valor de cada parcela?
lia precisa alcançar com o dinheiro, sen-
15. Um jogador de futebol, ao longo de um
campeonato, cobrou 40 faltas, transforman- do elas lazer, conforto, tempo e satisfa-
7. Foi realizada uma pesquisa para saber qual o do em gols 20% das cobranças. Quantos gols ção. Cada uma dessas cartas tem níveis
meio de transporte utilizado pelos alunos para de falta esse jogador fez?
chegar à escola. Responderam a essa pergunta diferentes de necessidades visando à di-
16. Uma loja lança uma promoção de 10% de
5.000 alunos: 42% disseram que vão de carro;
desconto no preço dos seus produtos. Se uma versidade entre as famílias. Em segui-
25%, de moto; e o restante, de ônibus. Calcule
mercadoria custa R$ 250,00, quanto a merca- da, durante algumas rodadas, os grupos
todas as porcentagens possíveis.
doria passará a custar?
participam de leilões, nos quais são ofe-
8. Um produto que custava R$ 300,00 sofreu
um acréscimo de 15%. Qual o valor do produ- recidas cartas que as famílias precisam
to após o acréscimo obtido?
Porcentagem de
comprar, pois cada carta fornece duas
9. Tropeçando, bati em uma mesa onde
porcentagem das necessidades que precisam ser sa-
estavam 20 garrafas de refrigerante. Sobraram Algumas situações podem exigir que seja
tisfeitas; por exemplo, bicicleta forne-
apenas 30% das garrafas sem quebrar. Quantas calculada uma sucessão de porcentagens sobre
garrafas sobraram e quantas eu quebrei? um determinado valor, como no caso de des- ce tempo e lazer. Durante as rodadas,
contos ou acréscimos sucessivos. Quando isso também são oferecidas cartas de inves-
10. Dos 56 bombons que estavam na minha
ocorre, podemos determinar uma porcenta-
gaveta, já comi 25%. Quantos bombons ainda
gem equivalente ao multiplicar todas essas timento, as quais podem ser aplicadas
me restam?
porcentagens. a qualquer uma das necessidades. No
11. Dos 75 pares de sapatos que comprei para
decorrer do jogo, cada família terá de
revender, consegui vender 40%. Quantos pares
Outros saberes passar por um imprevisto em algumas
ainda me restam para vender?
Para ampliar os seus conhecimentos acerca do conteúdo
cartas, que a obrigará a saldar uma dí-
Vipada/AdobeStock.com

que estamos estudando, escaneie o QR Code a seguir.

vida naquele momento.


Matemática – Prof. Reginaldo
Moraes
Também é disponibilizado para cada
Porcentagem de Porcentagem família, no início de cada rodada, um sa-
lário de seis unidades monetárias. Cada
família necessita se controlar para fa-
zer seus lances e não entrar em dívidas
12. Na minha comunidade, criou-se um clube
Passo a passo exorbitantes, sendo que todas têm o di-
de futebol só para garotas. 120 meninas estão reito de contrair empréstimos quando
participando. Porém, 12,5% admitiram que não 1. Qual era a dívida de Ana sabendo que R$ 120,00 quiserem, basta que se dirijam ao ban-
gostam desse esporte. Quantas garotas não correspondem a 40% do restante a ser pago e
gostam de futebol? que ela já pagou 30% da dívida? queiro, e, quando isso acontece, a famí-
13. Para a Olimpíada de Matemática da minha
Solução: lia pode pagar esse empréstimo no fi-
Como Ana já havia pago 30% da dívida, então
escola, 25 alunos dos 150 que irão participar nal da rodada, eximindo-se de juros. Há
ainda restam 70% a serem pagos.
usam camisa tamanho G. Que porcentagem essa também a possibilidade de levar a dívi-
quantidade representa do total de participantes? x → 70%
da adiante, pagando juros a partir da
14. Um produto tem preço de R$ 370,00 à 120 → 30%
vista. A prazo, em 5 parcelas mensais iguais, 30 x = 8.400 → x = 280, 00 próxima rodada. É neste momento que
entram os conceitos estudados; o jogo
Capítulo 7 — Matemática Financeira 173 original trazia uma taxa de juros sim-
ples e desconsiderava a inflação; mo-
dificações então foram feitas de forma
3:01 Matematica_2022_9A_07.indd 173 06/08/2022 08:53:03 a estimular e exigir mais raciocínio dos
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS a aplicação de um jogo que trabalha al- alunos. A cada rodada, é estipulado um
guns conceitos de Matemática Financeira. tipo diferente de juros cobrados sobre
Após algumas experiências em sala o empréstimo, ora juros simples, ora ju-
de aula, a partir de atividades, perce- SUGESTÃO DE ATIVIDADE ros compostos, com taxas também va-
be-se que os alunos encontram dificul- riando; ou seja, a cada rodada, os alu-
dades em estabelecer conexão entre o O jogo Vida Financeira foi criado nos têm de fazer cálculos, aplicando os
conteúdo e o cotidiano. Conhecendo a pelo Banco Santander para ser joga- conceitos de juros e utilizando a por-
importância dessa relação entre o co- do por seus funcionários. Esse jogo foi centagem e a exponencial para calcu-
nhecimento adquirido na escola e o dia adaptado por bolsistas de Iniciação à lar corretamente a dívida com o banco,
a dia do aluno, o ensino deve ser signifi- Docência (ID) para ser utilizado em sa- ou seja, se é interessante pagá-la ao fi-
cativo para os alunos, a fim de que pos- las de aula. nal da rodada ou em rodadas seguin-
sam compreendê-lo melhor. Pode ser O jogo consiste em separar a turma tes, levando em conta a inflação. Tendo
proposta, para uma das aulas práticas, em grupos, que formam “famílias”. No que calcular os juros a cada rodada, os

173

ME_Matematica_2022_9A_07.indd 173 15/08/2022 18:23:51


alunos estão aplicando os conceitos de
Matemática Financeira, estudados em
aulas anteriores, além de desenvolve- 2. Pedro pagou 60% de uma dívida. Sabendo que R$ 2.000,00 correspondem a 40% do restante
rem o seu raciocínio lógico, uma vez que a ser pago, qual era a dívida inicial de Pedro?
Solução:
precisavam agir com cautela e rapidez. Seja x a dívida.
Serão consideradas em equilíbrio finan- Pedro pagou 60% . x, restando 40% . x.
Logo:
ceiro, ou vencedoras, as famílias que ti-
40 40 1.600 200.000
verem conseguido suprir todas as ne- ⋅ ⋅ x = 2.000 → x = 2.000 → 16 x = 200.000 → x =
100 100 10.000 16
cessidades básicas ou as que estiverem x = R$12.500, 00
em menor desequilíbrio.
Durante a aplicação:
• Pode-se observar um grande interes-
Aplicação
se e envolvimento por parte dos alunos,
17. André tinha certa quantia. Gastou 40% na compra de um livro e 4% do que sobrou na compra
o que nem sempre ocorre nas aulas tra- de um almanaque, ficando ainda com R$ 144,00. Qual foi o preço do livro?
dicionais.
18. Meu salário é de R$ 3.000,00. Dele 30% são reservados para o pagamento do aluguel da
• Observe também se os alunos ainda casa; e 40% do que resta, para alimentação. Descontado o dinheiro do aluguel e o da alimen-
apresentam alguma dificuldade ao cal- tação, quanto resta para despesas diversas?
cular os juros, principalmente os juros
19. Sérgio gasta 20% de seu salário com alimentação e 42% do que sobra com moradia. Que
compostos e inflação. porcentual resta do seu salário?
• Constatar se os alunos conseguem apli- 20. Dentre os inscritos em um concurso público, 60% são homens e 40% são mulheres. Já estão
car os conhecimentos no dia a dia, eco- 2 3
empregados dos homens e das mulheres. Qual é a porcentagem dos candidatos que já
nomizando, fazendo melhores escolhas 3 5
financeiras e, até mesmo, ajudando os possuem emprego?

pais, que, em algumas situações, entram a) 60% b) 48% c) 64% d) 62%

em dívidas exorbitantes por não terem o 21. Certa empresa fez uma pesquisa e descobriu que
3
dos clientes pagam rigorosamente em
domínio de tais conhecimentos. 1 4
dia, acertam suas dívidas com certo atraso e os demais estão inadimplentes. A porcentagem
5
Disponível em: https://proceedings.sbmac.org.br/sbmac de inadimplência dessa empresa é de:
/article/view/797/803. Acesso em: 13/06/2019. Adaptado. a) 2,5%. b) 35,5%. c) 5%. d) 25%.

22. Um salário sofreu aumento de 30% e passou a ser R$ 2.600,00. Qual o valor do salário antes
do aumento?

23. Em um certo ano, uma empresa produziu um total de 15.000 peças. Nos dois anos seguin-
ANOTAÇÕES tes, a produção aumentou 15% e 20% respectivamente.
a) Qual a produção anual após esses dois aumentos?
b) Qual a porcentagem total de aumento nesses dois anos?

24. Acréscimos sucessivos de 40% e 25% são equivalentes a um único acréscimo de quantos
por cento?

174 Capítulo 7 — Matemática Financeira

Matematica_2022_9A_07.indd 174 06/08/2022 08:53:06 Ma

174

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

25. Uma mercadoria sofreu dois aumentos 1. Primeiramente, vamos organizar os


sucessivos: 12% e 15%. Qual foi a porcentagem
de acréscimo sofrida pela mercadoria?
Desafios dados fornecidos pelo enunciado:

1. Quando chegamos aos 18 anos, ficamos C = 3.000, 00


26. Nos três primeiros trimestres do ano, a 
ansiosos para adquirir nossa independência I = 1% a.m. → 0, 01
inflação foi respectivamente 5%, 4% e 6%.
financeira. Não foi diferente com João. Assim, 
Nessas condições, a inflação acumulada nesse t = 1 ano → 12 meses
conseguiu um emprego e decidiu alugar um
período foi de:
imóvel. Uma prática bastante comum para o
a) 15%. aluguel de imóveis é o uso do devedor solidá- Substituindo os dados na fórmula de
b) 15,75%. rio ou então o pagamento de um cheque- juros simples, teremos:
c) 12%. -caução. Ambas as opções são para resguardar
d) 12,47%. quem está alugando o imóvel. A primeira delas J=C·i·t
consiste em uma terceira pessoa se responsa-
bilizar pelas dívidas caso o locatário não pague. J = 3.000 · 0,01 · 12
A segunda é o pagamento, por parte do locatá- J = 30 · 12
rio, de um valor, que fica na conta do locador
Cálculos com tecnologias J = 360,00
até o término do contrato. Ao final, esse valor
digitais é devolvido para o locatário. Como não havia
ninguém disposto a ser devedor solidário, João Sendo assim: 3.000 + 360 = 3.360. Ou
optou pela segunda opção, pegando dinheiro
Cálculos com características peculiares,
emprestado com o seu irmão, Mário. O emprés- seja, ao final de 1 ano, João terá pago ao
cujos detalhes contemplam cálculos algébri-
cos e diversas formas geométricas, podem ser
timo foi de R$ 3.000,00 e, para que Mário não seu irmão R$ 3.360,00.
ficasse em desvantagem, ele propôs para o
realizados através da Etnomatemática, da Et- Resposta: Alternativa b.
seu irmão que lhe pagasse com juros simples
nomodelagem e das tecnologias digitais.
de 1% a.m. Se, ao final de um ano, João pagar
Esse conhecimento passa a ser observado
a sua dívida com o seu irmão, o valor pago por
de maneira externa, que se estabelece quan-
ele será de: 2. Podemos utilizar a fórmula geral do
do os traços matemáticos são projetados em
softwares, como o GeoGebra. a) R$ 3.600,00. d) R$ 3.930,00. acréscimo para determinar o valor da mer-
Exemplo: etnomodelo êmico em fotogra- b) R$ 3.360,00. e) R$ 3.036,00. cadoria antes do acréscimo. Nesta fórmu-
fia e etnomodelo ético projetado no GeoGebra. c) R$ 3.660,00.
A Etnomatemática busca uma melhoria no la, a variável x representa o valor que bus-
processo de ensino e aprendizagem em Mate- 2. Na loja Vem Comprar, uma loja especializa- camos, p representa o acréscimo e o resul-
mática com a incorporação do conhecimen- da em eletroeletrônico, uma televisão de 32
tado desse produto é o valor final.
to local e de valores humanos, como a coope- polegadas, após sofrer um amento de 24%,
ração, a solidariedade e a ética, no currículo teve seu preço alterado para R$ 1.041,60. Deter-
V f = x ⋅ (1 + 0, 01p)
matemático. O objetivo dessa abordagem é mine o valor da TV antes do acréscimo.
a promoção da valorização e do respeito às 1.041,60 = x ⋅ (1+ 0, 01⋅ 24 )
Gorodenkoff/AdobeStock.com

maneiras diferentes que a humanidade utili-


1.041,60 = x ⋅ (1+ 0, 24 )
za diariamente para explicar, entender, com-
preender e lidar com as situações-problemas 1.041,60 = x ⋅ 1, 24
enfrentadas no cotidiano. 1.041,60
Em benefício ao cálculo matemático, tem- x=
-se a tecnologia digital, que vem se aperfei- 1, 24
çoando com o passar dos anos. O desenvol- x = 840
vimento tecnológico em Matemática pode se
dar por meio de: calculadoras, computadores, Portanto, o valor da mercadoria antes do
tablets, smartphones e Internet. acréscimo era de R$ 840,00.
Resposta: R$ 840,00
Capítulo 7 — Matemática Financeira 175

3:06 Matematica_2022_9A_07.indd 175 06/08/2022 08:53:07

ANOTAÇÕES

175

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Professor, explore um pouco de História, 8. Aumentar um produto em 40% e, em seguida,


sugerindo aos alunos uma pesquisa sobre Matemática conceder um desconto de 20% equivale a au-
mentar o preço original em quantos por cento?
a evolução financeira no País e no mundo.
• Comente com eles sobre conhecimen- 1. Uma mercadoria que custava R$ 180,00 teve,
em dois meses consecutivos, aumentos de 20%
9. Qual o montante da aplicação de um capital
de R$ 10.000,00 por 15 meses a uma taxa de
tos matemáticos, como a necessidade de e, no terceiro mês, uma redução de preço de 5% ao mês?
resolver situações econômicas no País, e 50%. Ao final do trimestre, a mercadoria estava
promova debates sobre o assunto. custando: 10. Em uma auditoria feita na empresa de Seu
Carlos consta que certo capital foi aplicado a
• Peça que os alunos resolvam a seção a) R$ 152,10.
b) R$ 169,60.
uma taxa de 30% ao ano durante 8 meses,
Matemática+ em casa. Ao fazer a correção, c) R$ 129,60.
rendendo juros simples no valor de R$ 192,00.
O capital aplicado foi de:
fique atento para perceber em que par- d) R$ 126,00.
te os alunos apresentaram maior dificul- a) R$ 288,00.
2. Um terreno foi vendido por duas vezes, b) R$ 880,00.
dade. Oriente os alunos dando as explica- sendo o porcentual do lucro inicial de 12% e o c) R$ 960,00.
ções necessárias. último de 20%. Determine o percentual que d) R$ 2.880,00.
representa o lucro total, com base no preço e) R$ 1.580,00.
• Utilize a tecnologia digital para aperfei- inicial do terreno.
çoar o desenvolvimento tecnológico em 11. Aplicando R$ 1.200,00 durante um ano com
Matemática. Você pode usar computado- 3. Um medicamento que custava R$ 40,00 taxa de 0,6% ao mês, quanto terei?
aumentou 30% no primeiro mês e 20% no se-
res, calculadoras, laptops, tablets, Inter- a) R$ 90,00
guinte. Determine o preço desse medicamento
b) R$ 89,50
net e outras tecnologias da informação após esses aumentos.
c) R$ 86,40
e comunicação. 4. Uma indústria, em uma época de recessão,
d) R$ 144,00
e) R$ 132,50
demitiu, em um mês, 10% de seus emprega-
dos, que totalizavam 20.000. No mês seguinte,
12. Felipe pagou 40% de uma dívida. Sabendo
houve nova demissão correspondente a 5%
que R$ 240,00 correspondem a 40% do restante
ANOTAÇÕES dos empregados restantes.
a ser pago, qual era a dívida inicial de Felipe?
a) Qual o número de empregados dessa indús-
a) R$ 1.000,00
tria após esses dois meses?
b) R$ 500,00
b) Qual a porcentagem total de demissão nes-
c) R$ 1.500,00
ses dois meses?
d) R$ 480,00
e) R$ 1.200,00
5. Na compra de um smartphone de R$ 2.300,00,
recebi um desconto de 15% e, em seguida, outro, Neste capítulo, aprendemos:
que reduziu o valor para R$ 1.564,00. Qual foi a
porcentagem do segundo desconto? • O conceito de juros aplicado através de
transações financeiras.
6. Dois descontos sucessivos de 30% correspon- • A calcular taxas percentuais e aplicá-las
dem a um único desconto de quantos por cento? ao cotidiano.
• A compreender taxas sucessivas.
7. Sobre uma fatura de R$ 2.000,00, obtive um • A calcular acréscimos e descontos
desconto de 10% e, em seguida, outro, que re- sucessivos.
duziu minha fatura a R$ 1.530,00. Qual foi a • A aplicar porcentagem através da
porcentagem do segundo desconto? Matemática Financeira.

176 Capítulo 7 — Matemática Financeira

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176

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Identificar que a razão de dois segmen-

8 CAPÍTULO
tos é a razão dos números que expres-
Segmentos sam suas medidas tomadas na mesma

proporcionais unidade.
• Identificar e conceituar linhas homólo-
gas nos triângulos semelhantes.
Para começar • Reconhecer as consequências do teo-
Na elaboração dos mapas geográficos, na criação de plantas baixas de ambientes arquitetô- rema de Tales.
nicos, etc., necessitamos de conceitos matemáticos que ajudem na redução e na ampliação dos
ambientes a serem representados. Esses procedimentos podem ser auxiliados pelo conhecimen- • Aplicar o teorema da bissetriz interna
to e pela aplicação dos conceitos de segmentos proporcionais. Vamos acompanhar o exemplo em um triângulo.
prático a seguir:
• Reconhecer polígonos semelhantes e
João e Gabriel são dois grandes amigos que planejam viajar de férias para Fernando de No- não semelhantes.
ronha. Porém, foram antes a uma agência de turismo e receberam um mapa com as seguin-
tes informações:
• Reconhecer figuras semelhantes e não
semelhantes presentes no cotidiano:
Se João e Gabriel es-
Distância de Natal
mapas, fotos, etc.
colherem viajar de barco,
Fernando

• Desenvolver a noção de semelhança de


de Noronha
qual é a velocidade média
360 km
Tempo
de barco 36h Ceará na travessia: figuras a partir de ampliações e reduções.
de avião 1h10min Natal
• do Recife para Fernando
de Noronha? CONTEÚDOS CONCEITUAIS
• de Natal para Fernando
Paraíba
Piauí
Pernambuco
de Noronha?
• Razão.
Recife

• Razão de segmentos.
Alagoas
Distância do Recife Para calcular a velocida-
de média do barco nessa tra-
Sergipe
• Segmentos proporcionais.
545 km
Tempo vessia, basta calcularmos a
Bahia
de barco 50h razão entre a distância per- • Proporção.
de avião 1h35min corrida e o tempo gasto
entre as cidades. Isto é: • Escala numérica.
• Escala gráfica.
• Segmentos comensuráveis.
Distância do Recife
para Fernando de Noronha

545
= 10, 9 km/h • Segmentos incomensuráveis.
50
Tempo gasto do Recife para
• Feixe de retas paralelas e retas trans-
Fernando de Noronha versais.
Distância de Natal • Teorema de Tales.
• Consequências do teorema de Tales.
para Fernando de Noronha

360
36
= 10 km/h • 1o caso: teorema de Tales nos triângulos.
Tempo gasto de Natal para • 2o caso: teorema da bissetriz interna.
Fernando de Noronha
• 3o caso: teorema da bissetriz externa.
• Semelhança de figuras.
• Polígonos semelhantes.
Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 177

• Semelhança de triângulos.
• Linhas homólogas.
• Relação da câmara escura.
Matematica_2022_9A_08.indd 177 10/08/2022 16:35:54

ANOTAÇÕES • Teorema fundamental da semelhança


de triângulos.
• Casos de semelhança (ou critérios de
semelhança) de triângulo.
• 1o caso: Ângulo – Ângulo (AA).
• 2o caso: Lado – Ângulo – Lado (LAL).
• 3o caso: Lado – Lado – Lado (LLL).
• Consequências da semelhança de triân-
gulos.
• Base média de um triângulo.

177

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CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS

• Recordar igualdade entre duas razões. Importante


• Comparar medidas de dois segmentos. 1) As expressões tais como “2 está para 3” e “5 para 2”, que permitem comparações entre números
• Verificar se dois segmentos são comen- ou grandezas, são chamadas de razões.
suráveis ou incomensuráveis. 2) Na razão, “a está para b”, “a para b”,
"a"
, ou, ainda, “a : b”, o elemento a chama-se antecedente,
• Identificar segmentos proporcionais. e o elemento b chama-se consequente. b
3) A razão entre dois números pode ser considerada como quociente entre eles e, portanto, como
• Ampliar ou reduzir figuras utilizando um número racional.
malha quadriculada. 4) A sentença matemática que exprime uma igualdade entre duas razões denomina-se proporção.

• Distinguir os significados usuais e mate-


máticos de semelhança entre figuras.
Razão
• Reconhecer se dois polígonos são
semelhantes, estabelecendo relações O conceito de razão não se aplica exclusivamente às grandezas ou aos números. Podemos,
também, determinar a razão entre segmentos de reta.
entre eles.
• Relacionar perímetros de polígonos Sejam os segmentos PQ e RS abaixo:

semelhantes. 40 cm
• Compreender e utilizar o conceito de P Q
semelhança de triângulos para resolver
1m
uma situação-problema. R S
• Enunciar os critérios de semelhança
dos triângulos.
Lembrete
• Reconhecer um feixe de paralelas e de Razão entre duas grandezas é uma comparação das medidas dessas grandezas por meio de uma
retas transversais. divisão.

• Enunciar o teorema de Tales na resolu- Razão entre dois segmentos é a razão dos números que medem esses segmentos na mesma
unidade.
ção de problemas.
• Reconhecer um triângulo retângulo. PQ 40 cm 40 cm 2
• Mostrar que a altura determina, sobre A razão entre os segmentos PQ e RS é igual a:
RS
=
1m
= =
100 cm 5
a hipotenusa, dois segmentos que são as
RS 1m 100 cm 5
projeções dos catetos sobre a hipotenusa. A razão entre os segmentos RS e PQ é igual a: = = =
PQ 40 cm 40 cm 2
• Aplicar às relações métricas do triângu-
lo retângulo o cálculo de medida de seg- A origem da palavra razão vem do latim ratio, que significa divisão, ou quociente, entre
mentos para a resolução de problemas. a
dois números A e B, denotada por: .
b

Concluímos que a razão entre dois segmentos é igual à divisão das medidas desses seg-
ANOTAÇÕES
mentos consideradas em uma mesma unidade. Dados dois segmentos, AB e CD , a razão entre
AB
eles é indicada por .
CD

178 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2022_9A_08.indd 178 10/08/2022 16:35:58

CONTEÚDOS ATITUDINAIS

• Debater e analisar os temas com os alu- • Explorar as resoluções de exercícios a


nos usando a representação geométrica. partir do cálculo mental.
• Pesquisar, em revistas e jornais, índi- • Despertar nos alunos o lado investiga-
ce de inflação, de desemprego e de cus- tivo e curioso.
to de vida para que os alunos analisem • Trabalhar as informações com base em
a porcentagem dos números envolvidos uma análise crítica da realidade.
e a razão existente entre esses valores. • Estimular os alunos a pesquisarem o
• Estimular os alunos a trabalharem uso da Matemática no dia a dia.
em duplas para que possam encontrar • Respeitar as diferentes interpretações
outras formas de resolução, estabelecen- encontradas na resolução das situações-
do estratégias próprias. -problema.

178

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Segmentos proporcionais Outros saberes
Pelas definições de proporção e razão de segmentos, podemos Para ampliar os seus
conhecimentos acerca
dizer que quatro segmentos, AB , CD, EF e GH , nessa ordem, são pro- do conteúdo que
estamos estudando,
porcionais quando a razão entre os dois primeiros for igual à razão escaneie o QR Code a
seguir.
entre os dois últimos.

AB EF
=
CD GH

Consideremos os segmentos abaixo: Canal Futura


Segmentos
proporcionais
8 cm 20 cm
A B C D

10 cm 25 cm
M N P Q

AB MN
Vamos obter as razões e . Depois, faremos uma comparação entre os seus resultados:
CD PQ

AB 8 cm AB 2 MN 10 cm MN 2
= ⇒ = e = ⇒ =
CD 20 cm CD 5 PQ 25 cm PQ 5

AB MN
Observamos que as razões e são iguais entre si. Temos, então, a igualdade de
duas razões: CD PQ

AB MN 2
= = , que é uma proporção.
CD PQ 5

Concluímos que os segmentos AB , CD, MN e PQ formam, nessa ordem, uma proporção se,
AB MN
e somente se, = . Nesse caso, dizemos que AB , CD, MN e PQ, nessa ordem, são segmen-
CD PQ
tos proporcionais.
5:58
Lembrete
Seja a reta abaixo:
r
C D
(Lê-se reta r.)
Os pontos C e D, e todos os demais entre eles, formam um segmento de reta. Um segmento de reta
cujos extremos são C e D é indicado por CD. A medida de um segmento CD é indicada por CD ou m (CD).

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 179

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179

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Revise os conceitos envolvendo razão Importante


e proporção de mesma grandeza para
que possa trabalhar o conteúdo segmen- a c
1) Uma proporção pode ser representada por a : b :: c : d ou = .
b d
tos proporcionais com maior entendimen- a c
2) Na proporção a : b :: c : d, b e c chamam-se meios; e a e d, extremos. = , a e c são os ante-
to por parte dos alunos. cedentes; e b e d, os consequentes. b d

• Organize um trabalho de Desenho Geo-


3) Para toda proporção, o produto dos meios é igual ao dos extremos.
4) As telas de todos os televisores do mundo são retângulos semelhantes entre si, que são seme-
métrico em que os alunos desenhem a lhantes a um retângulo de lados 3 e 4. Para esse cálculo, devemos usar a relação de semelhança:
b 4
mesma figura em vários tamanhos. Depois, = .
h 3
peça que eles façam comparações, relacio-
nando cada objeto com outros de estru-
turas semelhantes, proporcionais. Essas Lembrete
explicações são feitas com comparações
Proporção
demonstrando a igualdade a partir de
Dizemos que os números reais a, b, c e d, com b ≠ 0 e d ≠ 0, formam, nessa ordem, uma propor-
ângulos congruentes, lados proporcionais a c
ção se = .
e figuras semelhantes. b d
• Incentive os alunos a observarem a reso- Propriedades fundamentais das proporções:

lução dos exercícios na seção Passo a Passo,


avaliando o quanto conseguiram assimilar a c a c a −b c −d
1a propriedade: = → a ⋅d = b⋅c 5a propriedade: = → =
b d b d b d
do conteúdo. É preciso motivá-los a enfren-
2
a c a+b c +d a c ab  a 
tar possíveis dificuldades que surjam duran- 2a propriedade: = → = 6a propriedade: = → = 
b d a c b d cd  b 
te a resolução dos problemas. 2
a c a+b c +d a c ab  c 
3a propriedade: = → = 7a propriedade: = → = 
b d b d b d cd  d 
a c a −b c −d
4 a propriedade: = → =
ANOTAÇÕES b d a c

Passo a passo

1. Verifique se os segmentos abaixo formam, na ordem apresentada, uma proporção.

5 cm 20 cm
A B E F

10 cm 40 cm
C D G H

180 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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180

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Solução: Logo, a razão:
Vejamos se é verdadeira a proporção:
AB EF 5 20 DM x DM x
= , ou seja, = = → =
10 40 DE x+y DE 5x
CD GH x+
3
Aplicando a propriedade fundamental das
DM x DM 3 x DM 3
proporções 5 ⋅ 40 = 10 ⋅ 20, temos 200 = = → = → =
DE 3 x + 5 x DE 8x DE 8
200, o que é uma sentença verdadeira. Logo:
3
AB , CD, EF e GH são segmentos proporcionais.
Logo, a razão:
2. No segmento da figura, M está localizado de 5
x
DM 3 ME y ME
tal modo que = . = → = 3
ME 5 DE x+y DE 5
x+ x
3
D M E 5x
ME ME 5 x 3
= 3 → = ⋅
DE 5 x DE 3 8x
DM ME x+
Qual é o valor das razões e ? 3
DE DE ME 5 x ME 5
= → =
Solução: DE 8x DE 8
De acordo com as propriedades fundamentais
das proporções, teremos: 3. Dada a figura:
B C
DM 3 DM + ME 3 + 5
= → =
ME 5 DM 3 h

Porém: DM + ME = DE
A b D
Com isso, teremos:
Sabe-se que o perímetro desse retângulo é 70 m,
DE 8 DM 3
= → =
DM 3 DE 8 e a razão entre o comprimento (b) e a altura (h)
2
DM 3 DM + ME 3 + 5 é . Calcule a área desse retângulo.
= → = 5
ME 5 ME 5

Mas sabemos que: DM + ME = DE Lembrete


O perímetro do retângulo é a soma das me-
DE 8 ME 5 didas de todos os seus lados, e a área é igual à
Com isso: = → =
6:10 ME 5 DE 8 base multiplicada pela altura.
Outra solução:

D M E Solução:
De acordo com o enunciado, temos:
Se DM = x e ME = y , teremos: b 5
2b + 2h = 70 e =
DM 3 x 3 5 h 2
= → = → y= x
ME 5 y 5 3 Com isso, teremos o sistema:

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 181

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181

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

A escala é a distância representada 



2b + 2h = 70 : (2) 
b + h = 35

no papel em relação à distância na rea- 
b 5 → 
b 5

 = 
 =
lidade. Para calculá-la, devemos dividir a 

 h 2 
h 2
distância (numerador), que será sempre o Usando as propriedades fundamentais das proporções, teremos:
valor unitário (1), pelo denominador, que
b 5 b+h 5+2 35 7
é o número de vezes que a realidade foi = → = → = → 7h = 70 → h = 10
h 2 h 2 h 2
reduzida. Definimos a razão ou relação de
semelhança da seguinte forma: b 5
= →
b+h 5+2
= →
35 7
= → 7 b = 35 ⋅ 5 → b = 5 ⋅ 5 → b = 25
h 2 b 5 b 5
d 1
Escala = = = constante Portanto, a área do retângulo é:
D N Área do retângulo = base ⋅ altura
Área do retângulo = 25 ⋅ 10 = 250 m2
D é um comprimento tomado no ter-
reno, denominado distância real natural. 4. Dada a figura ao lado:
D 2m C
d é um comprimento corresponden- Sabendo que ABCD é um quadrado de lado 2 m, explique
quando a razão entre dois segmentos pode ser um número
te no desenho, denominado distância
irracional e quando pode ser um racional.
prática. Solução:
N é fator de redução entre a grandeza De acordo com a figura, vamos calcular o valor de x atra-
vés do teorema de Pitágoras.

2m

2m
gráfica e sua correspondência no terreno.

m
→ x 2 = 22 + 22 → x 2 = 4 + 4 → x 2 = 8 → x = 2 2 m

x
Observe que, quanto maior for o de-
A razão entre dois segmentos pode ser um número irra-
1
nominador da relação , menores serão cional quando uma das medidas do segmento for um nú-
N mero irracional. Isto é:
a escala e o desenho. A 2m B
AB 2 AB 1 2 AB 2
= → = ⋅ → =
AC 2 2 AC 2 2 AC 2
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A razão entre dois segmentos pode ser um número racional quando a medida desses segmen-
• Caso os alunos tenham dúvidas, faça tos for racional.

uma revisão do conteúdo, isso os ajuda- AB 2 AB


= → =1
rá a superar as dificuldades encontradas BC 2 BC
na resolução dos exercícios.
• Faça um debate sobre as questões Grandezas e escalas
resolvidas no livro, favorecendo a com-
As escalas permitem representar, de forma gráfica, um espaço geográfico conservando a propor-
preensão, passo a passo, do que foi feito. ção real dos elementos representados. Os mapas podem utilizar duas escalas: numérica ou gráfica.

• Escala numérica: É representada em forma de fração, ou razão, em que o valor do nu-


merador é o do mapa, e o denominador é o valor referente ao espaço real.
ANOTAÇÕES Por exemplo: em 1 : 10.000, cada 1 cm no papel (mapa) corresponde a 10.000 cm no espaço real.

182 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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• Escala gráfica: Representa, de forma gráfica, a escala numérica.
0 50 100 150 km

Cada unidade da escala, ou seja, 1 cm, representa 50 km no espaço real.


Assim, em um mapa, a escala tem a função de mostrar a relação entre a medida no mapa
e as dimensões reais.

Importante
Existem variáveis relativas a escalas de medidas dos jogadores e a lista dos filmes mais assistidos.
que podem ser divididas em: escalas nominais, As escalas intervalares são usadas em uma
ordinais, intervalares e proporcionais, ou de razão. forma quantitativa para registrar um fenômeno,
As escalas nominais são registros essencial- aferindo (medindo) a partir da denominação ar-
mente qualitativos e se referem ao tipo de sujei- bitrária de um ponto zero (esse zero como uma
to, de objeto ou de acontecimento. Elas devem intensidade específica), sempre com um valor
ser usadas apenas nas relações de igualdade e quantitativamente constante envolvendo classifi-
diferença. Os números dados a essas variáveis cação, grandeza e unidades de tamanhos idênticos.
nominais servem apenas como identificação ou Exemplos: escalas Celsius e Fahrenheit.
para associar a uma categoria a que pertença. As escalas proporcionais, ou de razão, são
Exemplos: código postal, sexo, cor dos olhos e adicionais às escalas intervalares, pois possuem
código de barras. um zero absoluto que é fixo a partir de sua identi-
As escalas ordinais são variáveis utilizadas ficação, representando, assim, um fato, um ponto
para aferir (medir) determinadas características, mínimo. Um fator importante na escala de razão é
além de identificá-las em uma determinada classe que um valor 2, por exemplo, indica efetivamente
e um determinado critério. Elas podem ser cres- uma quantidade duas vezes maior que o 1, o que
centes ou decrescentes, variando entre os pata- não é visto nas outras escalas. Exemplos: idade,
mares mínimos e máximos. Exemplos: o ranking salário e preço.

Passo a passo
1. (Mackenzie) Considere que a distância real, a) 1 : 7.500.000
em linha reta, entre Conchas e Pereiras, no b) 1 : 750.000
interior de São Paulo, seja de 7,5 km. Isso equi- c) 1 : 750
vale a 1 cm no mapa. Em que escala o mapa d) 1 : 7.500
foi desenhado? e) 1 : 75.000
Solução:
Se 1 cm no mapa corresponde a 7,5 km na rea-
lidade e sabemos que 7,5 km correspondem a
6:21 750.000 cm, já está definida a escala 1 : 750.000
(que deve ser lida como 1 por 750 mil), ou
Conchas 1 cm no mapa corresponde a 750.000 cm no
terreno (real).

2. (UFPE) Utilizando o mapa a seguir, calcule a


Pereiras distância real, em linha reta, entre as cidades de
Florianópolis e Lages sabendo que a distância
gráfica é de 1,7 cm.

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 183

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CURIOSIDADE

Uma das mais importantes descober-


Paraná Assinale V para as alternativas verdadeiras e
tas da Escola Pitagórica foi a de que dois F para as falsas.
segmentos nem sempre são comensu- Santa Catarina a) 1.700 km
ráveis, ou seja, nem sempre a razão en- Florianópolis b) 170.000 m
c) 1.700.000 m
tre os comprimentos de dois segmentos
Lages

Rio Grande do Sul d) 170 km


é uma fração de números inteiros (nú- e) 1.700 m
1: 10.000.000
mero racional). Essa descoberta foi uma
consequência direta do teorema de Pitá- Solução:
goras: se um triângulo retângulo tem ca- De acordo com o mapa, temos que a escala é 1 : 10.000.000.
Portanto:
tetos de comprimento 1, sua hipotenu-
sa terá um comprimento x, satisfazendo 1 1, 7
= → x = 17.000.000 cm
x2 = 2, e, portanto, a razão entre a hipo- 10.000.000 x
tenusa e um cateto não será uma fração Usando as transformações de centímetros (cm) para metros (m) e quilômetros (km), temos:
de dois inteiros, já que a raiz quadrada x = 170.000 m, ou x = 170 km. Com isso, as alternativas verdadeiras são as letras b e d, e as
alternativas falsas são as letras a, c e e.
de 2 é um número irracional. Parece que
isso desgostou profundamente os pitagó-
Lembrete 1
ricos, pois era uma descoberta inconciliá-
Para fazer a transformação de centímetro (cm) para quilômetro (km), devemos utilizar uma tabela
vel com a teoria pitagórica dos números. com os submúltiplos e múltiplos do metro:
Somente no século IV a.C., Eudoxo, com Unidade
Múltiplos do metro Submúltiplos do metro
sua teoria das proporções, redefiniu um fundamental
conceito mais geral de razão entre dois km hm dam m dm cm mm
segmentos, permitindo definir a razão en- quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro

tre dois segmentos como comensuráveis


ou não.
Lembrete 2
Disponível em: http://www.matematica-na-veia.blogspot.
com/2007/09/pitgoras-pitgorasrepresentado-por. Denominamos segmentos comensuráveis Denominamos segmentos incomensuráveis
html. Acesso em: 15/07/2012. aqueles cuja razão é um número racional. aqueles cuja razão é um número irracional.
Dados os segmentos: Dados os segmentos:

PO = 6 cm e RS = 8 cm AB = 6 3 e CD = 4
PO
Calcule a razão Calcule a razão AB
ANOTAÇÕES Solução:
RS
Solução:
CD

PO 6 cm 3 AB 6 3 3 3
= = = =
RS 8 cm 4 CD 4 2

Logo, PO e RS são segmentos comensuráveis. Logo, AB e CD são segmentos incomensuráveis.

184 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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Aplicação
1. Na forma abaixo, n é a unidade de medida que cabe 9 vezes em AB .

n n n n n n n n n
A P B

Calcule a razão entre os segmentos.

a) AP e BP b) AP e AB c) BP e AB

AB 2
2. Determine a medida x do segmento AB , sabendo que = e BC = 10 cm (como mostra
a figura). BC 5

A x B 10 cm C

3. Dada a figura:
D C
Determine a razão entre os segmentos:

a) AB e AC .
x
b) BC e AB.
c) BC e BD.
A 2x B

4. Pedro pediu a seu primo Paulo que calculasse a área de um terreno retangular de 24 m de perímetro
5
cuja razão entre o comprimento e a largura é de . Qual é a área, em metros quadrados, do terreno?
7
5. Faça a relação proporcional.
a) A razão entre o perímetro e o lado de um quadrado.
b) A razão entre o lado de um triângulo equilátero e o seu perímetro.
6:26

6. Dada a figura:
x

A B C
y

AB 3
Determine os valores de x e y, sabendo que = e BC = 16 cm.
AC 7

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 185

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185

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Pedir aos alunos que observem a sala 7. Resolva.


de aula e o material didático e identifi- Paula viajou para Conceição do Tocantins e utilizou um mapa rodoviário. Ao entrar no último
quem algumas das retas desenhadas. A trecho da rodovia, quis avaliar a distância que faltava até a cidade. Como o trecho no mapa era
representado por um segmento de reta, ela pegou uma régua e mediu 2 cm.
intenção é a de que os alunos identifi-
quem as diferentes retas que estão pre-
sentes no cotidiano deles.

ANOTAÇÕES
Conceição do
Tocantins

Como a escala do mapa era de 1 : 1.000.000, quantos quilômetros faltavam para Paula chegar
a Conceição do Tocantins?

8. Os segmentos AB , CD, MN e PO formam, nessa ordem, uma proporção. Se MN = 2 cm,


AB + CD = 28 cm e PO = 5 cm, determine AB e CD .

9. Renato e alguns colegas da turma irão confeccionar uma maquete de um campo de futebol
para a mostra de Matemática de sua escola. Para determinar as dimensões do campo, fizeram
uma pesquisa e descobriram que as medidas do Estádio Adelmar da Costa Carvalho (Ilha do
Retiro, Recife, PE) são 45 m de largura e 100 m de comprimento. A maquete terá 22,5 cm de
largura. Qual deverá ser o comprimento dessa maquete para que a proporção do campo seja
mantida?
10. Victor chegou em casa com a seguinte

CECOM/Reitoria IFC
tarefa: a soma de dois números é 96, e a razão
5
entre eles é . Determine esses números.
7
11. Em um determinado site chamado Loucos
por Geometria, um aluno lançou a seguinte
situação-problema: Considere que os segmen-
tos AB , CD, EF e GH, nessa ordem, são propor-
cionais. Determine os segmentos AB e CD, saben-
do que EF = 18 mm, GH = 30 mm e que a soma
das medidas dos segmentos AB e CD é 32 mm.

12. Qual é a razão entre:


a) o raio e o diâmetro da mesma circunferência?
b) o comprimento e o raio de uma mesma cir-
cunferência?

186 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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186

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Feixe de retas paralelas e reta transversal
Um conjunto de três ou mais retas paralelas em um plano é chamado de feixe de retas
paralelas. A reta que intercepta as retas do feixe é chamada de reta transversal. As retas a,
b, c e d, que aparecem no desenho abaixo, formam um feixe de retas paralelas, enquanto as
retas s e t são retas transversais.

s t
a
b
c
d

Teorema de Tales
Um feixe de retas paralelas cortado por duas transversais quaisquer determina segmen-
tos proporcionais.
a b

r s t u r

a t

A figura abaixo representa uma situação em que aparece um feixe de três retas paralelas
cortado por duas retas transversais.
m n

A A' r

u u'

u u' r / / s / / t
B B' Hipótese: 
6:38
m e n são transversais.
u u' s
AB A'B '
Tese: =
u u' BC B 'C '

C u u' C'
t

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 187

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Converse com os alunos sobre as escul-


turas que apresentam o número de ouro, O número de ouro é visto por

Roman Pyshchyk/Shutterstock.com
muitos estudiosos e pesquisadores
que resulta em uma razão 0,618. Há estu- como um símbolo da harmonia de-
dos que comprovam a tendência da maio- vido a sua preciosa aplicabilidade no
campo da música. Grandes compo-
ria das pessoas de preferirem objetos que sitores — como Beethoven, em sua
estejam na proporção áurea, e as indús- Quinta Sinfonia; e Mozart, em suas
trias se beneficiam produzindo inúmeros sonatas — se consagraram usando o
número de ouro. Alguns instrumen-
produtos de consumo que a utilizam. tos musicais tiveram seu formato tra-
• Peça aos alunos que façam uma pes- çado com a ajuda do número de ouro,
como o violino, por exemplo. Veja a
quisa sobre os produtos industrializados
imagem ao lado:
que utilizam a proporção áurea.
Suponha que AB e BC sejam segmentos comensuráveis; e u, uma unidade de medida.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE Demonstração:
AB AB 2u 2
Estabelecendo a razão , teremos: = = 1
1. Tales de Mileto, em 600 a.C., já utili- BC BC 3u 3
zava os conceitos de proporção quando
fincou uma estaca perpendicular ao solo A'B ' A'B ' 2u ' 2
Estabelecendo a razão , teremos: = = 2
para ver a sua projeção e medir a altura. B 'C ' B 'C ' 3 u ' 3
Descubra a altura do prédio, representa-
AB A ' B '
da por y, na figura abaixo. Deixe a medi- Comparando 1 e 2, teremos: = → AB , BC , A ' B , B 'C '
BC B ' C '
da na mesma unidade. Dado: 5 dm equi-
são proporcionais.
vale a 0,5 m.
Este é o teorema de Tales. Ele pode ser enunciado da seguinte maneira: se um feixe
de retas paralelas é interceptado pelas transversais m e n (como mostra a figura abaixo),
os segmentos determinados pelas retas paralelas em m são proporcionais aos segmen-
tos correspondentes que são determinados na reta n. Os segmentos que se cruzam for-
mando um ângulo reto são considerados perpendiculares.
y
m n
A A'
r
1m
5 dm 22 m B B'
s

C C'
Solução: t
1 y
= → y = 44 m
0,5 22
A altura do prédio é de 44 m.

188 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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ANOTAÇÕES

188

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14
Passo a passo
1. Quanto vale x?

4 5
5
3 x

Solução: anos
4 5 15
Pelo teorema de Tales: = → x = 1990 1996
3 x 4
15 De acordo com o gráfico, é correto afirmar que,
Resposta: x =
4 em 1994, a produção de café nesse município
2. Três terrenos têm frente para a Rua A e para foi, em milhões de toneladas:
a Rua B, como na figura. As divisas laterais são a) 9,5.
perpendiculares à Rua A. Qual é a medida de b) 9.
frente para a Rua B de cada lote, sabendo que c) 10,5.
a frente total para essa rua é 180 m? d) 11.
Rua B e) 12,5.

x y z Solução:
Observamos que o gráfico dado é linear. Com
isso, poderemos utilizar o teorema de Tales na
40 m 30 m 20 m figura abaixo:
Rua A

Solução: 14
Chamaremos de x, y e z as três medidas de x
frente para a Rua B. Usando o teorema de
Tales, teremos:
5
 x y z
 = =
 40 30 20

 x + y + z = 180 anos
1990 1994 1996
De acordo com as propriedades das propor-
Temos:
6:43 ções, temos:
x y z x+ y+z 180 x −5 14 − x
= = → = =2 =
40 30 20 40 + 30 + 20 90 1994 − 1990 1996 − 1994
Logo, os lotes terão as seguintes medidas: 80 x − 5 14 − x
=
m, 60 m, 40 m. 4 2
2 x − 10 = 56 − 4 x
3. (UEL-PR) O gráfico a seguir mostra a ativida- 6 x = 66 ⇒ x = 11
de de café, em milhões de toneladas, em certo
município do Estado do Paraná. Alternativa d.

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 189

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Professor, para enriquecer mais os seus


conhecimentos, leia o Capítulo 3: Seme-
lhança e áreas, do livro Medida e forma em
Aplicação
Geometria, de Elon Lages Lima, Coleção do 13. Sendo a // b // c, calcule x e y.
Professor de Matemática, SBM. s
r
• Trabalhe, no laboratório de informática, a)
A
r s
D
a
b)
A D
a
o software Cabri-géomètre II. Esse recurso
x 4 x 10 E
permite a criação de figuras, como retas 14 21
B
B E b
b
paralelas e transversais; e valores. Além
C y 3 C y 4 F
c c
da construção de gráficos, ele tem outras F
aplicações, como multiplicação e divisão
de segmentos, verificação das proprieda- a a b c d
c) b d)
des da multiplicação (elemento neutro, o Sendo:
y
=3 r
c
inverso e o zero), determinação das áreas 12 x 2
x
do triângulo e do retângulo e a área máxi- 5
6 s
ma do retângulo inscrito em um triângulo. x 3 4
y 8 y
• Na seção Aplicação, incentive os alunos r 4

a resolverem os exercícios e esteja sem-


pre pronto a esclarecer as dúvidas que s
forem surgindo. 14. Tony está jogando bilhar com Álvaro e colocou a seguinte situação para ele:
Existem 5 bolas dispostas em uma mesa de bilhar. A reta formada entre as bolas 1 e 2 é paralela
à reta formada entre as bolas 4 e 5.
OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Fazer os alunos compreenderem a neces-


sidade de resolver as atividades propostas. 1 2

• Explorar, analisar, interpretar e resolver 3


50
cm

corretamente situações-problema.
cm
60

75
cm

SUGESTÃO DE ATIVIDADE 5 4

1. Considerando a figura a seguir e usando


o teorema de Tales, determine AD, saben- De acordo com as medidas dispostas na imagem, assinale a alternativa que indica a distância
do que DE = 15 cm, BC = 5 cm e AB = 3 cm. entre as bolas 1 e 3.
a) 20 cm c) 40 cm e) 60 cm
A
b) 30 cm d) 50 cm

B 190 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais


D

C Matematica_2022_9A_08.indd 190 10/08/2022 16:36:47 Ma

E
ANOTAÇÕES

Solução:
3 x
= → 5 x = 3 ⋅ 15
5 15
45
x= → x =9
5
Resposta: AD terá 9 cm.

190

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

15. Um feixe de quatro paralelas determina, precisam ser calculadas. Complete o mapa • Estimule os alunos a desenvolverem
sobre uma transversal, três segmentos conse- com as distâncias que faltam. estratégias pessoais para calcular a medi-
cutivos que medem 3 cm, 9 cm e 6 cm. Calcu-
le o comprimento dos segmentos determina- y da do segmento que é paralelo ao tercei-
dos pelo feixe em outra transversal, sabendo 20
15
ro lado.
que o segmento desta, compreendido entre a
primeira e a quarta paralela, é 90 cm. x
12
z
• Faça uma revisão dos conceitos de
razão e proporção, lembrando que a ideia
16. Joaquim tem três terrenos na cidade de 18
15 de proporção e sua aplicação são bastan-
Itu, que têm frente para a rua A e para a rua B,
como na figura. As divisas laterais são perpen- te antigas. As retas paralelas são bastan-
diculares à rua A. Quais as medidas de frente te utilizadas no desenho técnico, como no
para a rua B de cada lote, sabendo que a frente
Consequências do teorema desenho da planta de uma casa.
total para essa rua tem 180 m?
a) 80, 50 e 30. d) 80, 60 e 40. de Tales
b) 70, 60 e 50. e) 60, 60 e 60. TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
c) 90, 70 e 40. O teorema de Tales pode ser aplicado nas
funções polinomiais do 1o grau e em diversas
Rua B situações-problema no estudo de triângulos.
Tales de Mileto foi o criador da Geo-
Agora, vamos mostrar alguns casos do teore- metria demonstrativa, sendo reconheci-
ma de Tales no estudo de figuras triangulares. do como o primeiro matemático a orga-
40 m 30 m 20 m 1o caso: teorema de Tales nos nizar a Geometria. Na arquitetura e nas
triângulos medições das terras, os gregos se utili-
Rua A
Quando uma reta paralela a um lado de zavam da proporcionalidade para traba-
17. Na figura a seguir, temos que a // b // c //
um triângulo intercepta os outros dois lados
d. Aplicando o teorema de Tales, determine o lhar. Fala-se que a primeira sistematiza-
em dois pontos distintos, ela determina, sobre
valor de x + z + y. ção da Geometria pode ter sido em torno
esses lados, segmentos proporcionais.
a A
r da questão da proporcionalidade de seg-
mentos determinados por um feixe de re-
9 x 3
tas paralelas e outro de retas transver-
b M N
s
z 4 2 sais. Essa questão durou muitos séculos,
c sendo denominada de teorema dos seg-
12 4 t mentos proporcionais. Já no final do sé-
B C
culo XIX, na França, definiram-na como
d Hipótese: MN / /BC
teorema de Tales.
a) 18 c) 20 e) 23 AM AN
Tese: =
b) 19 d) 21 MB NC CURIOSIDADE
Demonstração:
18. Este mapa mostra quatro estradas parale-
As retas r, s e t formam um feixe de paralelas. No século VI a.C., Tales foi um dos res-
las que são cortadas por três vias transver-
Então, pelo teorema de Tales, temos:
sais. Algumas das distâncias entre os cruza- ponsáveis por grandes descobertas na
mentos dessas vias e estradas estão indica- AM AN
das no mapa (em quilômetros), mas as outras
= Matemática. Ele observou que, em um
MB NC
mesmo instante, a razão entre a altura
Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 191 de um objeto e o comprimento da som-
bra que esse objeto projetava no chão era
sempre a mesma para quaisquer objetos.
6:47 Matematica_2022_9A_08.indd 191 10/08/2022 16:36:49

ANOTAÇÕES

191

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Exemplo:
No triângulo abaixo, determine as medidas de x e y.

A Tales usou os seus conhecimentos de Geo-


metria e proporcionalidade para calcular a altu-
12 x ra de uma pirâmide.
48 60
D E AD = 12
DB = 48 − 12 = 36
y
AE = x
EC = 60 − x = y
B C
Pelo Teorema de Tales, teremos:

AD AE 12 1 x
= ⇒ = → 3 x = 60 − x → 4 x = 60 → x = 15
BD EC 363 60 − x
y = 60 − x ⇒ y = 60 − 15 ⇒ y = 45

Logo, as medidas são 15 m e 45 m.

2o caso: teorema da bissetriz interna


A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo divide o lado oposto a esse ângulo em
dois segmentos proporcionais aos lados que formam esse ângulo.
M

Hipótese: AN é bissetriz 
θ
A.

A BN NC
Tese: =
BA AC
Demonstração:
α
β
Traçamos CM / / AN até encontrar BA no ponto M.
γ
De acordo com o teorema de Tales, temos:
BN BA BN NC 1
= ou =
NC AM BA AM
B N C

Como:
Ma

α = β bissetriz 

θ = α correspondentes → θ = γ, pela propriedade transitiva.

β = γ alternos internos

Sendo θ = γ, o ΔACM é isósceles e, portanto, AC ≅ AM → AC = AM


BN NC
Substituindo em 1 AM por AC , teremos : =
BA AC

192 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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192

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Exemplo: • Explore um pouco de História, sugerin-


Os lados de um triângulo medem, respectivamente, 7 m, 8 m e 12 m. Calcule a medida dos do aos alunos uma pesquisa sobre a evo-
segmentos que a bissetriz interna determina sobre o maior lado. lução da Matemática e as contribuições
Solução:
A de Tales de Mileto.
Importante
• Comente com eles que conhecimentos
Bissetriz interna de um triângulo matemáticos, como a proporcionalidade,
7 8
É um segmento com extremidades em um vér- em virtude da necessidade de resolver
tice do triângulo e no lado oposto a esse vértice
e que divide o ângulo desse vértice em dois ân-
situações do dia a dia, fizeram os estu-
B N C gulos congruentes. Todo triângulo tem três bis- diosos descobrir como determinar a altu-
12 setrizes internas.
ra de uma pirâmide — uma medida ina-
A
cessível com os recursos da época.
BN NC
BA
=
AC

• Promova debates sobre esse assunto.
BN NC
= →
7 8
BN 7
= B D C
NC 8

Aplicando uma propriedade das proporções, teremos: ANOTAÇÕES


BN + NC 7 + 8 12 15 12 ⋅ 7
= → = → BN = → BN = 5, 6
BN 7 BN 7 15
BN + NC = 12 → NC = 12 − 5, 6 →  NC = 6, 4

Logo, as medidas dos segmentos determinados pela bissetriz interna são 5,6 m e 6,4 m.

3o caso: teorema da bissetriz externa


A bissetriz do ângulo externo de um triângulo determina, sobre o lado oposto, dois seg-
mentos subtrativos, proporcionais aos outros dois lados.
Considere o triângulo:

A α
AB = c , BC = a, CA = b, CD = n e BD = m

Hipótese:
c
b AD é bissetriz externa de 
A.

 m n
=
Tese:  c b

m − n = a
B a C n D

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 193

Matematica_2022_9A_08.indd 193 10/08/2022 16:36:57

:54

193

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Observações
1) As bissetrizes internas de um triângulo encontram-se em um ponto denominado incentro do
triângulo.
2) O incentro de um triângulo é um ponto equidistante dos lados do triângulo. Ele é o centro da
circunferência inscrita ao triângulo.
3) Em qualquer triângulo, a bissetriz de um ângulo interno divide o lado oposto a esse ângulo em
segmentos proporcionais aos lados adjacentes. Isto é:
BS CS
=
AB AC

Demonstração:
Por C, traçamos uma paralela à bissetriz AD, determinando um ponto E sobre AB .
A
α

c β

c θ b
E γ

B a C n D

m
Como:
α = θ ângulos correspondentes

β = γ ângulos alternos internos → θ = γ, pela propriedade transitiva.

α = β biissetriz 

Sendo θ = y , o  ACE é isósceles e AE = AC = b


AD AB AD CD
Então temos: = ou =
CD AC AB AC
Exemplo:
Em um triângulo ABC , as medidas dos lados são AB = 6 cm, BC = 4 m e AC = 5 m. Calcule
em quanto é preciso prolongar o lado BC para que ele encontre a bissetriz externa do ângulo 
A.
Solução:
A Ma

BD = m
m n
CD = n = e m−n = a
c b
cm

m n m 6
6

5 cm AB = c = → =
6 5 n 5
AC = b → BC = a

B 4 cm C D
n
m
194 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2022_9A_08.indd 194 10/08/2022 16:37:05

194

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
• O estudo dos conceitos e da termi-
Lembrete nologia, além de enriquecer o vocabu-
α A lário do aluno, é uma oportunidade de
fazê-lo entrar em contato com o méto-
Se a bissetriz externa de um
triângulo intercepta a reta su- c b  m
 = n do dedutivo.
porte do lado oposto, ela o divi-
de em segmentos proporcionais.
Assim,  c

b
m − n = a
• Ao relacionar a condição de paralelismo
B a C n D
entre duas retas, r e s, com a congruên-
m cia de alguns pares de ângulos formados
por elas e uma reta transversal t, pode-
Aplicando uma das propriedades das proporções, teremos: -se concluir a soma dos ângulos internos
de um triângulo.
m− n 6 −5 4 1
m
=
6
→ = → m = 24 cm
m 6 • É desejável que os alunos estejam fami-
m − n = 4 → n = m − 4 → n = 24 − 4 = 20 cm liarizados com os conceitos de paralelis-
mo, perpendicularidade, ângulos e as
Logo, devemos prolongar em 20 cm o lado BC .
diferentes maneiras de compará-los e
Lembrete medi-los.
• Aborde os conceitos e a nomenclatura
Ângulos formados por duas parale- Ângulos Nomenclatura Propriedades usuais, tais como: reta transversal, retas
las e uma transversal.

c e
e 
c ≅  ≅ f
e; d
perpendiculares, retas paralelas, ângu-
 e f Alternos internos
d Congruentes los opostos pelo vértice, ângulos alter-

a e g  nos internos, alternos externos, colate-
Alternos externos a ≅ g ; 
b≅
h
g

be h Congruentes rais internos e externos. Explicite a utiliza-
f 
a e
e
ção dessa nomenclatura na descrição de
h e
d h  situações do mundo físico ou de objetos.
e Correspondentes a ≅ c ≅ g ; d
e;  ≅
h; 
b ≅ f

c e g

Congruentes • É importante o aluno reconhecer as
b e f
relações existentes entre os ângulos for-
c  e
d e  + mados por retas paralelas cortadas por
Colaterais internos d e =c + f = 180°
b
d

c e f Suplementares uma transversal: igualdade (ou congruên-
a 
b e g
cia) entre os ângulos alternos internos e
b + g = 
 a +
h = 180°
Colaterais externos

a eh Suplementares
alternos externos e a verificação de que a
 soma dos ângulos colaterais internos ou
a e
c

bed

externos é 180°.
Opostos pelo vértice c ; g ≅ 
a ≅ e;  ; f ≅ 
b≅d h
g e
e
Congruentes
f e 
h Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br. Acesso
em: 05/07/2012. Adaptado.

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 195

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ANOTAÇÕES

:05

195

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Passo a passo

1. Determine a medida do lado BC de um triângulo ABC sabendo que P está em BC e que AC


é a bissetriz interna de P 
AQ, QC = 12 cm e CP = 6 cm.
Solução:
A
θ
90° –
θ θ AB é bissetriz externa do ângulo 
A.
θ
Teorema da bissetriz interna:
90° –

AQ AP AQ
= ∴ = 2
12 6 AP

Q C P B

12 6 x

18 + x
Teorema da bissetriz externa: Assim, = 2 ∴ 2 x = 18 + x
x
AQ AP AQ 18 + x x = 18, e, portanto, BC = 24 cm.
= → =
18 + x x AP x

2. Na figura a seguir, o triângulo ABD é reto em B, e AC é a bissetriz de B 


AD. Se
AB = 2 ⋅ BC , BC = b e CD = d , escreva d em função de b.
A
Solução:
Pelo teorema da bissetriz interna:

α d b
α = ∴ AD = 2d
AD 2b
Aplicando o teorema de Pitágoras:
2 2
AD2 = (2b) + (b + d )
2 2 2
(2d ) = (2b) + (b + d )
4d 2 = 4 b2 + b2 + 2db + d 2
3d 2 − 2bd − 5b2 = 0
5b
d' = → d " = −b (não satisfaz)
B C D 3
b d

196 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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196

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Aplicação

19. No triângulo da figura a seguir, DE / /BC . Nessas condições, determine:


A

9 6

D E a) A medida x.
b) O perímetro do ABC , com BC = 12.

x+1 x-1

B C

20. Um professor de Matemática, ao iniciar a aula na turma do 9o ano do colégio em que lecio-
na, colocou no quadro o seguinte desafio: uma reta paralela ao lado BC de um triângulo ABC
determina, sobre o lado AB , segmentos de 3 cm e 12 cm. Calcule as medidas dos segmentos
que essa reta determina sobre o lado AC , de medida 10 cm. Qual a resposta encontrada por ele?

A
21. O perímetro do triângulo ABC vale 120 cm
e a bissetriz do ângulo  divide o lado oposto
em dois segmentos de 18 cm e 22 cm, confor-
me a figura. A medidas dos lados b e c respec-
tivamente: c b
a) 22 e 54.
b) 36 e 44.
c) 44 e 36.
d) 52 e 18. 18 22
e) 30 e 46. B C

22. Calcule x e y nos triângulos sabendo que AD é bissetriz do ângulo 


A.

a) A b) A

x y 15 24
x + y = 45

C
B x D y
B 12 D 18 C
13

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 197

:24 Matematica_2022_9A_08.indd 197 10/08/2022 16:37:28

197

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c) A
Sendo: BC = 24

x 21

C
B
6 D y

23. Na figura a seguir, BA / / CD. Então x e y valem, respectivamente:


F

a) 25 cm e 13 cm.
24 cm 32 cm 4 16
b) cm e cm.
3 3
x A c) 20 cm e 12 cm.
B
18 cm y d) 40 cm e 24 cm.

C 70 cm
D

24. A bissetriz interna AD de um triângulo ABC divide o lado oposto em dois segmentos: BD e
CD, de medidas 24 cm e 30 cm, respectivamente. Sendo AB e AC respectivamente iguais a 2x + 6
e 3x, determine o valor de x e as medidas AB e AC.

25. Observe e determine.

Na figura, o lado DE é paralelo ao lado BC . Determine a medida x.


B C

x 6

Ma

10 8

D E

198 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2022_9A_08.indd 198 10/08/2022 16:37:34

198

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

26. Considerando as medidas indicadas na Polígonos semelhantes têm o mesmo


figura e sabendo que o círculo está inscrito Lembrete
número de lados, os ângulos geometrica-
no triângulo, determine x. De acordo com o teorema dos pontos de tan-
3 gência, temos: mente iguais e os comprimentos dos la-
A
A dos correspondentes proporcionais, isto
x
6 é, têm a mesma forma ou são uma am-
pliação (ou redução) do outro.
B S C
7
Q
A razão de semelhança de dois polígo-
P
Obs.: O segmento AS é uma bissetriz interna. nos semelhantes é a razão entre dois la-
dos correspondentes:
Ralf/AdobeStock.com

B C
• Quando a razão é maior que 1, então
R estamos fazendo uma ampliação.

Sabendo que P, Q e R são pontos de tangên-


• Quando a razão é menor que 1, então
estamos fazendo uma redução.
cia, então PA = AQ, BP = BR e CR = CQ.
• Quando a razão é igual a 1, então as
figuras são geometricamente iguais.
Semelhança de figuras
Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma forma e suas medidas possuem cor-
respondentes proporcionais, ou seja, quando uma é ampliada ou reduzida em relação à outra. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Isso significa que existe uma proporção constante entre elas, sem ocorrência de deforma-
ção. A figura final e a figura original são chamadas figuras semelhantes.
Observemos as seguintes figuras semelhantes:
• Estimule a percepção de figuras seme-
lhantes por meio de desenho na malha
quadriculada.
Figura A
• Ressalte o reconhecimento de figuras
que apresentam semelhanças, diferen-
ciando-as das que não apresentam.
2h
• Questione os alunos sobre o que são
h figuras semelhantes na Matemática.
• Matematicamente, podemos dizer que
duas figuras são semelhantes quando,
Figura B depois de ampliadas ou reduzidas, conti-
nuam guardando entre elas uma propor-
ção constante, sem modificar a sua forma.

ANOTAÇÕES
Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 199

Matematica_2022_9A_08.indd 199 10/08/2022 16:37:36

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO


No cotidiano, podemos encontrar muitos exemplos de semelhanças entre os obje-
tos. Por exemplo, ao observar uma fotografia, a imagem que vemos na foto é a repre-
sentação reduzida e proporcional do objeto em tamanho real e, ao mesmo tempo, é
uma ampliação da figura que aparece no negativo — quando feita no modo analógico.
O desenho da planta de uma casa, projetada pelo arquiteto, também é um exemplo
de semelhança entre a casa em tamanho real e o seu desenho no papel em miniatura.
Quando ouvimos a expressão figuras semelhantes, logo pensamos em figuras que
se assemelham, figuras parecidas, de mesma aparência. Podemos associar a ideia de
figuras semelhantes às ampliações ou reduções de uma figura em outras, guardan-
do semelhança na forma.
Disponível em: http://www2.mat.ufrgs.br/edumatec/atividades_diversas/ativ20/semelh/sistems2.htm. Aces-
so em: 13/06/2019. Adaptado.

:34

199

ME_Matematica_2022_9A_08.indd 199 26/04/2023 10:58:31


As figuras geométricas são semelhantes quando existe uma igualdade entre as razões dos
segmentos que ocupam as correspondentes posições relativas nas figuras.

3 unidades
6 unidades 4 unidades

8 unidades

• Base menor do barco azul/base menor do barco vermelho = 2/4 = 1/2.


• Base maior do barco azul/base maior do barco vermelho = 4/8 = 1/2.
• Altura do barco azul/Altura do barco vermelho = 3/6 = 1/2.
O barco vermelho é uma ampliação do barco azul, pois as dimensões do barco vermelho
são duas vezes maiores do que as dimensões do barco azul, ou seja, os lados correspondentes
foram reduzidos à metade na mesma proporção.

Polígonos semelhantes
Considere os polígonos ABCD e A’B’C’D’ nas figuras:

B
4 cm
C

3,8 cm B´
2,4 cm 6 cm

D 2 cm A
5,7 cm
3,6 cm

D´ 3 cm A´
Observe que:
Os ângulos correspondentes são congruentes: 
A≅
A ', B ≅ B ', C ≅ C ', D ≅ D '.

Os lados correspondentes (ou homólogos) são proporcionais:

AB BC CD DA 3, 8 4 2, 4 2
= = = ou = = =
A ' B ' B 'C ' C ' D ' D ' A ' 5, 7 6 3, 6 3

Podemos concluir que os polígonos ABCD e A’B’C’D’ são semelhantes e indicamos: ABCD ~
A’B’D’C’ (lê-se: polígono ABCD é semelhante ao polígono A’B’D’C’). Ou seja:
Dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes são congruentes e
os lados correspondentes são proporcionais.

200 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2022_9A_08.indd 200 10/08/2022 16:37:37 M

200

ME_Matematica_2022_9A_08.indd 200 26/04/2023 10:58:31


Importante
Podemos definir simetria como sendo a correspon-

Pavel L Photo and Video/Shutterstock.com


dência, em tamanho, forma e posição relativa, de partes
situadas em lados opostos de uma linha ou plano médio.
Algumas formas geométricas, objetos artísticos, itens pre-
sentes na natureza ou mesmo corpos humanos são simé-
tricos. Esse conceito está relacionado com o da isometria,
bem como às operações geométricas correlacionadas: re-
flexão, reflexão deslizante, rotação e translação.
Já a homotetia, por sua vez, conserva a forma da figu-
ra original, embora não aconteça o mesmo com seu tama-
nho. As figuras homotéticas, como são chamadas, podem
ser vistas no dia a dia, até mesmo na escola, quando apre-
sentamos imagens pelo projetor multimídia.

A razão entre dois lados correspondentes em polígonos semelhantes denomina-se razão


de semelhança, ou seja:

AB BC CD DA
= = = = k (razão de semelhança)
A ' B ' B 'C ' C ' D ' D ' A '
2
A razão de semelhança dos polígonos considerados é: k = .
3

Propriedade
Se dois polígonos são semelhantes, então a razão entre seus perímetros é igual à razão
entre as medidas de dois lados homólogos quaisquer dos polígonos.

Demonstração:

Sendo ABCD ~ A’B’C’D’, teremos:


AB BC CD DE EA
= = = =
A ' B ' B 'C ' C ' D ' D ' E ' E ' A ' D'

D
E' C'

E C

A B A' B'

Os perímetros desses polígonos podem ser assim representados:

Perímetro de ABCDE(P) = AB + BC + CD + DE + EA

Perímetro de A ' B 'C ' D ' E '(P ') = A ' B ' + B 'C ' + C ' D ' + D ' E ' + E ' A '

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 201

:37 Matematica_2022_9A_08.indd 201 10/08/2022 16:37:41

201

ME_Matematica_2022_9A_08.indd 201 26/04/2023 10:58:31


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Na seção Aplicação, incentive os alunos Por uma propriedade das proporções, podemos afirmar que:
a resolverem os exercícios e esteja sem-
pre pronto a esclarecer as dúvidas que AB + BC + CD + DE + EA AB BC CD DE EA
= = = = =
A ' B ' + B 'C ' + C ' D ' + D ' E ' + E ' A ' A'B ' B 'C ' C 'D ' D 'E ' E ' A'
forem surgindo.
• Sendo necessário, oriente-os na reso- ou
2p
=
AB
=
BC
=
CD
=
DE
=
EA
lução. Persistindo as dúvidas, faça uma 2 p ' A ' B ' B 'C ' C ' D ' D ' E ' E ' A '

revisão do conteúdo, isso ajudará os alu-


Exemplo:
nos a superarem eventuais dificuldades. Os lados de um triângulo medem 3,6 cm, 6,4 cm e 8 cm. Esse triângulo é semelhante a
outro cujo perímetro mede 45 cm. Calcule os lados do segundo triângulo.
CURIOSIDADE
Solução:

Na Antiguidade, quando das cheias do Razão de semelhança:


Rio Nilo, os egípcios se fixavam nas mar-
2p AB BC CD 3, 6 + 6, 4 + 8 18 2
= = = = = =
gens dele com o intuito de aproveitar os 2 p ' A ' B ' B 'C ' C ' D ' 45 45 5
benefícios da natureza. Com as enchen- 2
=
3, 6
→ A'B ' =
5 ⋅ 3, 6
= 9 cm
tes anuais, os rios desfaziam as marcações 5 A'B ' 2
2 6, 4 5 ⋅ 6, 4
dos terrenos. Daí nasceu a necessidade de = → B 'C ' = = 16 cm
5 B 'C ' 2
refazer as marcações. Mas como? Desen- 2
=
8
→ C 'D ' =
5⋅8
= 20 cm
volvendo técnicas de cálculo de períme- 5 C 'D ' 2

tros e áreas e técnicas de construção de Logo, os lados do segundo triângulo são 9 cm, 16 cm e 20 cm.
figuras geometricamente iguais.
Sabe-se que tudo isso foi o começo da Lembrete
Geometria. O estudo das figuras semelhan- A definição de polígonos semelhantes só é válida quando ambas as condições são satisfeitas: ân-
gulos correspondentes congruentes e lados correspondentes proporcionais. Apenas uma das condi-
tes tem ajudado a sociedade na resolução ções não é suficiente para indicar a semelhança entre polígonos.
de inúmeros problemas do cotidiano.

Aplicação
ANOTAÇÕES
27. Verifique se as figuras são semelhantes e justifique sua conclusão.

a) b)
C

4 T
3
1,5 2 15
5
A B R
5 2,5 S 10 20

202 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2022_9A_08.indd 202 10/08/2022 16:37:43

202

ME_Matematica_2022_9A_08.indd 202 26/04/2023 10:58:32


c) d) C

B 15 C 4 cm 6 cm
B C
34°
10 A
8 cm B

60° 120° C
A D A D 2 cm 3 cm

ABCD é um ABCD é um 17°


A B
paralelogramo paralelogramo 4 cm

28. Determine a medida x sabendo que os polígonos são semelhantes.

a) b)

13,2

x x 4
8 3,2
2,5

9,6

29. Os lados de um triângulo ABC têm medidas: a = 12 cm, b = 19 cm e c = 10 cm. Determine


a medida dos lados de um triângulo semelhante ao triângulo ABC, com 123 cm de perímetro.

30. A sombra de um prédio em um terreno plano, 31. Calcule os perímetros dos polígonos
em determinada hora do dia, mede 15 m. Nesse semelhantes A e B.
mesmo instante, próximo ao prédio, a sombra
de um poste de altura 5 m mede 3 m. Qual é
a altura do prédio? 6

prédio z A 12

7:43
x

poste 5
y

B
5

3
4
15 3

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 203

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203

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32. Os polígonos na imagem abaixo são a) Qual será a altura de um andar se, na ma-
semelhantes. Isso significa que seus lados quete, ele tiver 3 cm?
correspondentes são proporcionais. Dadas b) Qual será a altura de uma porta na maquete
essas informações, encontre a razão de propor- se a porta do prédio medir 2,5 m?
cionalidade entre os lados do polígono ABCD c) Qual é a razão de semelhança entre a ma-
e os lados do polígono EFGH e descubra os quete e o prédio?
comprimentos de x + y.

kai/AdobeStock.com
a) 2, 120 m
b) 2, 20 0m
c) 2, 50 cm e 40 cm
d) 0,5; 150 m
e) 0,5; 120 m

D
100 cm
50 cm
50 cm C
x H
y 35. Em um triângulo ABC, os lados medem
A 40 cm B 40 cm AB = 9 cm, AC = 11 cm e BC = 15 cm. Um triân-
gulo MNP, semelhante ao triângulo ABC, tem
F 80 cm G
105 cm de perímetro. Determine as medidas
dos lados do triângulo MNP.
33. Considere as fotografias A e B a seguir.
A

9 11
x
B C
8,6 cm 15

2,5 cm M
Dani Toth

5 cm x y

O valor de x para que as medidas da base e da


altura das duas fotos sejam proporcionais é:
N z P Ma

a) 4,3 cm. d) 2,0 cm.


36. Coloque V para verdadeiro e F para falso
b) 5,0 cm. e) 6,2 cm.
nos itens a seguir.
c) 3,2 cm.
a) Todos os triângulos são semelhantes.
34. Arquitetos costumam utilizar maquetes b) Todos os triângulos retângulos são semelhantes.
para demonstrar seus projetos. A maquete de c) Todos os triângulos isósceles são semelhantes.
um prédio com 40 cm de altura é semelhante d) Todos os triângulos equiláteros são seme-
ao edifício que terá 60 m de altura. lhantes.

204 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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204

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

37. Certa noite, Maria Eduarda, de 1,50 m de • Os triângulos constituem um caso

Nataliya Hora/AdobeStock.com
altura, estava a 2 m de distância de um poste especial de semelhança. Para que dois
de luz de 4 m de altura (como mostra a figura
abaixo). Qual é o comprimento da sombra da triângulos sejam semelhantes, basta que
moça no chão? se verifique uma das duas condições de
semelhança; se essa condição for satisfei-
ta, a outra, automaticamente, será válida.
Portanto, dois triângulos são semelhan-
tes quando têm:

– Os ângulos respectivamente congruentes.


– Os lados correspondentes proporcionais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Lados homólogos ocorrem quando dois


triângulos semelhantes possuem lados pro-
porcionais e ângulos congruentes. Se um
lado do primeiro triângulo é proporcional a
Semelhança de triângulos um lado do outro triângulo, então esses dois
Considere o seguinte problema: lados são ditos homólogos.
Beatriz é colocada em frente à câmara escura de orifício, como mostra a figura abaixo.

ANOTAÇÕES
H h

a b

Observamos que as figuras são semelhantes. Qual é a relação entre H (altura do objeto), h
(altura da imagem), a (a distância do objeto à câmara) e b (comprimento da câmara)?
Para responder a essa pergunta, temos de estudar as relações de semelhança de triângulos.
Os triângulos ABC e DEF da página seguinte são semelhantes, pois os ângulos correspon-
dentes são congruentes, e os lados correspondentes são proporcionais. A razão entre os lados
correspondentes é chamada de razão de semelhança.

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 205

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:46

205

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A

A≅D


D  
 ABC ≅ DEF 
B ≅ E → Ângulos congruentes


≅
C F



AB BC AC
= = → Lados proporcionais
C E F DE EF DF
B

Importante
A definição de um triângulo é dada por: um polígono de três lados. A

b
Notação: o triângulo ABC é denotado por ABC. c
Os elementos de um triângulo têm a seguinte definição:
B C
Vértices: os pontos A, B e C são os vértices do ABC. a
Lados: os segmentos AB (de medida c), BC (de medida a) e AC (de medida b) são os lados ABC .
Ângulos: os ângulos B 
AC (ou   (ou B
A ), ABC  (ou C
) e BCA ) são os ângulos (ou ângulos internos) do
ABC .
Perímetro: denotado por P, é a soma das medidas dos lados do ABC . Assim, em qualquer triân-
gulo, tem-se que: P = a + b + c.

1) Ao maior lado, opõe-se o maior ângulo.


2) Cada lado do triângulo é menor que a soma dos outros dois lados.
3) Cada lado do triângulo é maior que a diferença, em valor absoluto, dos outros dois lados.
4) A soma dos ângulos internos do triângulo é igual a 180°.
5) Qualquer ângulo externo do triângulo é igual à soma dos dois ângulos internos não adjacentes.

Linhas homólogas
Observe os triângulos semelhantes ABC e A’B’C’:

C'

A H M B A' H' M' B'

206 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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206

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Lembrete
A semelhança entre dois triângulos pode ser indicada pelo símbolo ∼. No caso dos triângulos ABC
e DEF, podemos fazer a seguinte representação: ABC ∼ DEF.

Diz-se que dois elementos são homólogos quando estes apresentam alguma relação de
correspondência entre si, seja na forma, na função ou na localização. Na Matemática, essa re-
lação é percebida na geometria quando as partes são correspondentes.
Observe as denominações abaixo:

• Ângulos homólogos: os ângulos congruentes de dois triângulos semelhantes:



Ae eB
A ', B  ', C
eC
 '.

• Vértices homólogos: os vértices dos ângulos homólogos: A e A’, B e B’, C e C’.


• Lados homólogos: os lados determinados por vértices homólogos: AB e A'B ', AC e
A 'C ', BC e B 'C '.

• Alturas homólogas: CH e C 'H '.


• Medianas homólogas: CM e C 'M '.
A razão de semelhança entre dois triângulos semelhantes pode ser dada pela razão entre
dois lados homólogos, entre duas medianas homólogas, entre duas alturas homólogas; enfim,
entre duas linhas homólogas quaisquer.

Importante Lembrete
1) A classificação dos triângulos quanto aos seus ângu- Os lados correspondentes de dois
los é: triângulos semelhantes são chama-
Acutângulo: é o triângulo que tem os três ângulos agudos. dos homólogos.
Quando a razão de semelhança de
Retângulo: é o triângulo que tem um ângulo reto.
dois triângulos é igual a 1, os triângu-
Obtusângulo: é o triângulo que tem um ângulo obtuso. los são congruentes.
A razão entre os perímetros de dois
2) Quanto aos seus lados, temos: triângulos semelhantes é igual à sua
Escaleno: é o triângulo em que dois lados quaisquer razão de semelhança (k).
não são congruentes.
Isósceles: é o triângulo que tem dois lados congruentes. P AB + BC + CA
= =k
Equilátero: é o triângulo que tem os três lados P ' A ' B ' + B 'C ' + C ' A '
congruentes.

3) Observações importantes:
Jiri Vaclavek/Shutterstock.com

I. O lado não congruente do triângulo isósceles é cha-


mado de base, e os ângulos adjacentes à base são chama-
dos de ângulos da base.
II. Em qualquer triângulo isósceles, o ângulo forma-
do pelos lados congruentes é chamado de ângulo do
vértice.
III. Cada ângulo interno de um triângulo equilátero mede 60°.
O triângulo equilátero também é chamado de equiângulo.

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 207

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207

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Incentive os alunos a observarem a Propriedades da semelhança


resolução das questões na seção Passo a A semelhança entre triângulos possui as seguintes propriedades:
Passo e avalie se conseguiram assimilar o
conteúdo. É preciso motivá-los a enfren-
• Reflexiva: ABC ∼ ABC
Todo triângulo é semelhante a si mesmo.
tar possíveis dificuldades na resolução
das atividades. • Simétrica: ABC ∼ DEF → DEF ∼ ABC
Se um triângulo é semelhante a um segundo triângulo, este último é semelhante ao primeiro.
• Faça um debate sobre as questões
 ABC ∼DEF 
resolvidas no livro proporcionando a com-
preensão, passo a passo, do que foi feito. • Transitiva : e

 →  ABC ∼GHI

DEF ∼GHI 

Se um triângulo é semelhante a um segundo, e este segundo é semelhante a um terceiro,


então o primeiro é semelhante ao terceiro.
ANOTAÇÕES
Passo a passo

1. Verifique e responda. 2. A figura abaixo representa uma câmara es-


C cura de orifício.

A B'
3 4 O n
m
B A'

A 5 B
a b
T
Sabe-se que os triângulos OAB e OA’B’ são seme-
1,5 2 lhantes. Qual é a relação entre m (altura do obje-
to), n (altura da imagem), a (distância do objeto à
R 2,5 S câmara) e b (profundidade da câmara)?

Se os triângulos são semelhantes, identifique os Solução:


lados correspondentes e escreva a proporção. Sabendo que os triângulos são semelhantes,
então os seus lados serão proporcionais, pois
Solução: os seus ângulos correspondentes são con-
Os triângulos acima são semelhantes, pois os gruentes. Isto é:
ângulos correspondentes são congruentes; e A
B'
os lados, proporcionais. Porém, os lados pro-
O Relação da
porcionais são:
n câmara escura:
m
m a
AB AC BC 5 3 4 b
A' =
= = = = = =2 a n b
RS RT ST 2, 5 1, 5 2 B

208 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2022_9A_08.indd 208 10/08/2022 16:37:58 Ma

208

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Teorema fundamental da semelhança de triângulos • Dizemos que dois triângulos são seme-
lhantes se um pode ser obtido pela
Se uma reta é paralela a um dos lados de um triângulo e intercepta os outros dois lados em
pontos distintos, então o triângulo determinado pela reta é semelhante ao primeiro. expansão uniforme do outro e somente
se possuem seus três ângulos ordenada-
C mente congruentes e os lados homólo-
Hipótese: a reta r é paralela ao lado AB , ou gos (homo = mesmo, logos = lugar) pro-
E D r seja, r / / AB , ou, ainda, ED / / AB. porcionais.
Tese: ABC ∼ DEC • A demonstração do teorema funda-
B A mental é feita a partir do teorema de
Tales, utilizando critérios de semelhança.

CD CE
• Se um feixe de retas paralelas tem duas
Demonstração: pela hipótese, ED / / AB. Então: = (I) transversais, então a razão entre dois
CA CB
 ≅C ângulo comum aos dois triângulos
segmentos quaisquer de uma é igual à
C ( ) razão entre os segmentos corresponden-
 
(
A ≅D ângulos corrrespondentes em retas paralelas ) (II)
tes da outra.
≅
B E (ângulos correspondentes em retas paralelas)

Traçando por E uma reta s paralela ao lado AC , determinamos o ponto F sobre o lado
AB de tal forma que, como EF / / AC , temos:
CE
=
AF
 (III) ANOTAÇÕES
CB AB

C
Lembrete
s
Toda paralela a um
lado de um triângulo
E r
que intercepta os outros
D
dois lados em dois pon-
tos distintos determina,
com esses lados, um se-
B
gundo triângulo, seme-
A
lhante ao primeiro.
F

Como o quadrilátero AFED é um paralelogramo, teremos: AF ≅ DE (IV )


CE DE
Substituindo (IV) em (III), teremos: = (V)
CB AB

CD CE DE
De (I) e (V), teremos: = = ( VI)
CA CB AB

Logo, de (II) e (VI), podemos concluir que: ΔABC ∼ ΔDEC.

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 209

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209

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Importante

Duas retas paralelas cortadas pela mesma Ângulos opostos pelo mesmo vértice.
transversal.

r
α
r // s β α
β
s

Alternos internos: α = β. São iguais: α = β.

Passo a passo
=
1. Na figura a seguir, C E , BC = 2 cm, AB = 4 cm, 2. Na figura, sabe-se que α e β são congruentes:
DE = 6 cm, AE = 9 cm. Calcule AC = x e AD = y.
AR = 7 cm, AS = 5 cm, SR = 4 cm

C e  AB = 10 cm.

2 x Determine  AD = x e BD = y .
y D

B 4 A A

6
9
5
E
x
Solução: 7
Observamos que os triângulos ABC e ADE são
semelhantes. Com isso, teremos: 10 α S

AB BC AC 4 2 x 4
= = → = =
AD DE AE y 6 9 R Ma

Portanto: β

4 2 B y D
= → y = 12
y 6
2 x Solução:
e = → x = 3 / x = 3 cm
6 9 Observamos que os triângulos ABD e ASR são
e y = 12 cm semelhantes.

210 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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210

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Com isso, teremos: Solução: • O que você entende sobre triângulos


De acordo com o enunciado, teremos: semelhantes? São triângulos que pos-
AD BD AB x y 10
= = → = =
7 4 5 A suem a mesma forma, mas dimensões
AR RS AS
diferentes.
Portanto:
x 10 y 10
8 E e D • Existe diferença entre triângulos seme-
= → x = 14 e = → x =8
7 5 4 5 e lhantes e triângulos congruentes? Sim. Os
x = 14 cm e y = 8 cm e
semelhantes são parecidos quanto à for-
θ θ
3. (UFMG) Observe a figura: B C ma e os congruentes são iguais, ou seja,
e F 12 – e
A têm as mesmas dimensões, ou medidas.
12
• Professor, a assimilação do conceito
E D de semelhança é importante para a com-
Observamos que os triângulos ABC e DFC são
semelhantes. preensão dos alunos. Mostre a eles como
Portanto: reconhecer a semelhança de dois triân-
AB BC 8 12
gulos pelas propriedades da semelhança
B F C = → =
DF FC e 12 − e ou igualdades que têm os lados e ângu-
Nela, AB = 8, BC = 12 , e BFDE é um losango 12e = 96 − 8e → 20e = 96 los correspondentes.
inscrito no triângulo ABC. A medida do lado
do losango é: Com isso: • Professor, aprofunde um pouco mais os
96 seus conhecimentos sobre semelhança len-
a) 4. b) 4,8. c) 5. d) 5,2. e= ↔ e = 4,8
20 do o artigo Semelhança, pizzas e chopes, de
Eduardo Wagner (RPM n. 25, p. 10).
Agora, vamos estudar três casos de semelhança (ou critérios de semelhança) de triângu-
los em que, conhecendo-se alguns elementos, é possível afirmar se os triângulos são seme-
lhantes ou não.
ANOTAÇÕES
1o caso: Ângulo - Ângulo (AA)
Observe dois triângulos, ABC e A’B’C’, com dois ângulos respectivamente congruentes:
A

 
A ≅ A'
Hipótese:
 '
B ≅ B


B C
Tese: ABC ∼ A’B’C’

A'

B' C'

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 211

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:13

211

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Demonstração:
Sobre AB, marcamos um ponto D, tal que AD ≅ A ' B '. A seguir, por D, traçamos DE / /BC .
A

A'
D E

B C B' C'

Assim:
1 ADE ≅ A’B’C’→ Caso AA de congruência de triângulos. Então:
ADE ≅ A’B’C’.
2 ADE ∼ ABC → Teorema fundamental da semelhança.
3 ABC ∼ A’B’C’→ Propriedade transitiva, comparando 1 e 2 .

Então, os triângulos A’B’C’ e ABC também são semelhantes. Isto é, se dois triângulos pos-
suem dois ângulos respectivamente congruentes, os triângulos são semelhantes.

2o caso: Lado - Ângulo - Lado (LAL)


Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcionais e os ângulos compreen-
didos congruentes, são semelhantes. Observe a demonstração considerando os dois triângu-
los abaixo.
A

A'
c c b
b =  
c ' b '
 →  ABC ∼ A ' B 'C '
  
c' b' A ≡ A' 


B a C B' a' C'

Note que:
A

• Pelo caso de congruência LAL: ADE ≡ A’B’C’


Ma

c'
c
b' • Pelo teorema fundamental: ADE ∼ ABC
D E b
a' Então, A’B’C’ ∼ ABC. Isto é, pela propriedade transitiva, os
triângulos A’B’C’ e ABC também são semelhantes.
Assim: A’B’C’ ∼ ABC
B a C

212 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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212

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

3o caso: Lado - Lado - Lado (LLL) • Em triângulos semelhantes, a razão


Observe que dois triângulos, ABC ∼ A’B’C’ , possuem os três pares de lados correspon- entre quaisquer segmentos correspon-
dentes proporcionais; então, esses triângulos são semelhantes. Observe a demonstração con- dentes é igual à razão de semelhança que
siderando os dois triângulos abaixo.
transforma um triângulo no outro.
A b C • Se dois triângulos têm os lados respec-
tivamente paralelos, são semelhantes.
• O segmento de reta que une os pontos
c a A' b' C' médios de dois lados de um triângulo é
a b c
c' a'
= = →  ABC ∼ A ' B 'C ' paralelo ao outro lado.
a ' b' c '
B B'

Note que:
b
ANOTAÇÕES
A b' E C • Pelo caso de congruência LLL: ADE ≡ A’B’C’
c' a' • Pelo teorema fundamental: ADE ∼ ABC
D Então, A’B’C’ ∼ ABC. Isto é, pela propriedade tran-
a
c sitiva, os triângulos A’B’C’ e ABC também são semelhan-
tes. Assim: A’B’C’ ∼ ABC.

Consequências da semelhança de triângulos


Observe os triângulos semelhantes.
A' A'

B' H' M' C'

B' H' M' C'

A partir da semelhança de dois triângulos, é possível verificar que, se a razão de semelhan-


ça é um número real k, então:

• A razão entre duas alturas correspondentes é k.


• A razão entre duas medianas correspondentes é k.
• A razão entre duas bissetrizes internas correspondentes é k.
• A razão entre os perímetros é k.
Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 213

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213

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Base média de um triângulo
Observe um triângulo ABC em que M e N são os pontos médios de AB e AC.

M N

B C
AM AN 1
Observe os triângulos AMN e ABC. Eles têm  em comum e = = .
AB AC 2
 e MN = 1 .
 ≡B
De acordo com o 2o caso de semelhança, temos:  AMN ∼ ABC e, portanto, M
BC 2
BC
Assim, podemos concluir que MN / /BC e MN = .
2
Se um segmento une os pontos médios de dois lados de um triângulo, ele é paralelo ao ter-
ceiro lado e tem comprimento igual à metade dele.

Aplicação
38 Na figura a seguir, o valor de x é: 40. Se AS é bissetriz de 
A , calcule x nos casos:
A a) A

10 cm

M 8 cm N 6 8

20 cm

B x C
B 3 S x C
39. No da figura a seguir, DE //BC . Nessas
condições, determine: B
b)
a) a medida x. A
b) o perímetro do ABC. 6
9 6 x
8
D E B

x+1 x-1

B 11 C C 12 A

214 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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214

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41. O valor de x na figura é:

a) 7.
4x b) 8.
N -2
c) 9.
d) 10.
e) 11.
10

B 2x M 8 A

1
42. A razão de semelhança entre dois triângulos equiláteros é . Calcule a medida do lado
menor sabendo que o perímetro do triângulo maior é 60. 4

a) 12
b) 8
c) 6
d) 5
e) 3

43. Na figura a seguir, temos PQ / /BC . As medidas a, b e c indicadas na figura são:


A

a) a = 50°; b = 55°; e c = 60°.


b) a = 55°; b = 65°; e c = 60°.
b c c) a = 60°; b = 65°; e c = 55°.
P Q
d) a = 55°; b = 60°; e c = 65°.
e) a = 65°; b = 60°; e c = 55°.

60° 65°
B C

44. As bases de um trapézio medem 24 cm e 40 cm, e a altura mede 14 cm. Calcule a altura
do menor triângulo que se obtém prolongando-se os lados não paralelos até se encontrarem.
a) 21 cm
b) 22 cm
c) 30 cm
d) 32 cm
e) 40 cm

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 215

:25 Matematica_2022_9A_08.indd 215 10/08/2022 16:38:26

215

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

1. Os segmentos indicados são, dois a na província de Shiga — destino importante de


dois, paralelos entre si. Então, pelo teore- Desafios imigrantes brasileiros no Japão pelas oportu-
nidades de moradia e trabalho em suas áreas
ma de Tales, sabemos que formam uma industriais.
proporção. Como foi informado o valor 1. Um correto manejo do cultivo de grãos resul- O prédio tem quatro andares com dois
ta no aumento de produtividade e qualida- apartamentos por piso e um na cobertura. Cada
do segmento HE, que é a soma dos seg- de da plantação, o que significa, na prática, unidade é composta de sala com 13 m², dois
mentos HG, GF e FE, utilizaremos também maior ganho financeiro. O equilíbrio entre quartos com 13 m² e 9 m², além de cozinha e
manejo, tecnologia e estabilidade do cultivo banheiro. O imóvel foi planejado para ser alu-
a soma dos segmentos AB, BC e CD (500 m
resultam em redução de custos e diminuição gado às pessoas que trabalham na localidade.
+ 600 m + 700 m = 1.800 m). do impacto ambiental. Para melhorar a quali-

Koichi Torimura
dade do solo, aumentando a produtividade
do milho e da soja em uma fazenda, é feito o
Assim, teremos a seguinte proporção: rodízio entre essas culturas e a área destinada
ao pasto. Com essa finalidade, a área produtiva
1.800 600 da fazenda foi dividida em três partes confor-
=
1.980 GF me a figura.

B C D
Multiplicando meio pelos extremos: A

1.800 ⋅ 600 Milho Soja Pasto


GF =
1.980
GF = 660 m H
G Dekasseguis: termo que designa qualquer
F
E pessoa que deixa sua terra natal para traba-
Resposta: Alternativa b.
lhar temporariamente em outra região ou país.
Considere que:

• Os pontos A, B, C e D estão alinhados.


Disponível em: https://www.materiaincognita.com.br/projeto-
2. Os triângulos BAC e MNC são seme- -genial-para-construcao-barata-em-terreno-triangular. Acesso

lhantes. A razão de semelhança k será • Os pontos H, G, F e E estão alinhados. em: 13/12/2021.

• Os segmentos são, dois a dois, paralelos Aqui no Brasil, nos canteiros de obras de cons-
AC entre si. trução civil, é comum perceber trabalhadores
dada por: k = = 2 . A razão entre suas
NC • AB = 500 m, BC = 600 m, CD = 700 m e realizando medições de comprimento e de
HE = 1980 m. ângulos e fazendo demarcações por onde a
áreas será: k² = 2² = 4. Sendo S a área do obra deve começar ou se erguer. Em um des-
Nessas condições, a medida do segmento GF
triângulo MNC e Sr a área da região a ser é, em metros: ses canteiros foram feitas algumas marcas
calçada com concreto, teremos: no chão plano. Foi possível perceber que, das
a) 665. d) 650. seis estacas colocadas, três eram vértices de
( Sr + S ) b) 660. e) 645. um triângulo retângulo e as outras três eram
= k 2 , sendo k = 2. c) 655. os pontos médios dos lados desse triângulo
S indicados pelas letras.
( Sr + S ) 2.
=4 B
S
Projeto genial para construção barata M
Sr + S = 4 s − s em terreno triangular P
Sr = 3s N
Muitos dekasseguis devem conhecer bem A C
o Queen Palace, este pequeno edifício de ares- A região demarcada pelas estacas A, B, M e N
Assim, podemos afirmar que a área a ser tas afiadas, localizado na cidade de Youkaichi, deveria ser calcada com concreto.
calçada corresponde ao triplo da área do
triângulo MNC. 216 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Resposta: Alternativa e.

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ANOTAÇÕES

216

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Nessas condições, a área a ser calcada cor- 2. Determine o valor de cada incógnita nas
responde: figuras abaixo.
a) à mesma área do triângulo AMC. a) x + y = 20
b) à mesma área do triângulo BNC.
c) à metade da área formada pelo triângulo ABC. A
d) ao dobro da área do triângulo MNC.
e) ao triplo da área do triângulo MNC. 4 x

D E
y
Matemática 6

B C

1. Calcule o valor de x em cada figura, sendo


a // b // c.
b) A
a) a
x 9 7 2x + 6
b
6 5
c F
E
2x – 2
5
b) a
8 6 B C
b
5 x
c

A
c) 8
c) a D
x 4
20 b 12
6
c

C
B x+1 E x
d) a
6 3
b
8 x 3. Determine x e y nas figuras a seguir.
c
a) AD = bissetriz interna de 
A.

8:27
A
e)

10 cm
5 cm

4 5
x 3 B x D y C

12 cm

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 217

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217

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.
b) BD = bissetriz externa de B 5. Determine as medidas desconhecidas saben-
do que os polígonos são semelhantes.
A

a)
x 5+x
3 cm 14 cm
4

y
6 18
B
4 cm C
4
c) AD = bissetriz externa de 
A.
b) x

A
6
y+1
24 cm
20 cm 8 3

6. O triângulo ABC a seguir mostra o terreno da


C 16 cm B x D casa de Gabriel. O segmento DE é paralelo ao
y segmento BC. Determine o valor de x aplicando
a proporcionalidade entre segmentos paralelos
cortados por segmentos transversais.
4. A concepção de óvni abrange todos os obje-
tos voadores irreconhecíveis de imediato. Mas a) 9 A
esse termo não se limita apenas à visualização b) 8
de discos voadores. Esse tema é visto com des- c) 7 2x - 2 2x + 6
confiança por uma parte da população que d) 10
D E
não acredita na existência de vida em outros e) 12
2 3
planetas. Entretanto, muitas pessoas acredi-
tam e algumas delas afirma terem visto óvnis. B C
Em uma cidade do interior do Brasil, à noite,
surgiu um objeto voador não identificado, em
forma de disco, que estacionou a 50 m do solo, Neste capítulo, aprendemos:
aproximadamente. Um helicóptero do exército, • A estabelecer a razão entre dois segmentos.
situado a aproximadamente 30 m acima do
objeto, iluminou-o com um holofote, conforme
• A reconhecer um número escrito na forma
de escala.
mostra a figura abaixo. Sendo assim, qual é a
medida do raio do disco voador?
• A calcular situações-problemas envolven-
do grandezas grandes e pequenas.
a) 3 • A construir uma proporção a partir de um
b) 4 feixe de paralelas.
c) 3,5 • A relacionar ângulos formados por retas
30 m paralelas cortadas por retas transversais.
d) 4,5
e) 5 • As consequências do teorema de Tales.
• A identificar figuras semelhantes, bem
50 m como a calcular a razão de semelhança
Sombra entre duas figuras.

16 m

218 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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218

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Identificar um triângulo retângulo como

9 CAPÍTULO
aquele que tem o ângulo reto.

Relações métricas • Reconhecer em um triângulo retângu-


lo a hipotenusa e os catetos.
• Aplicar o teorema de Pitágoras no cálcu-
lo da medida da diagonal de um quadra-
Para começar do e da altura de um triângulo equilátero.
Outros saberes
As relações métricas são uma poderosa ferramenta para calcu-
Para ampliar os seus
larmos altitude, grandes distâncias entre objetos, etc., sem que seja conhecimentos acerca CONTEÚDOS CONCEITUAIS
preciso fazer a medição no local. Para isso, vamos aprender a utilizar do conteúdo que
estamos estudando,
essas relações aplicadas às formas geométricas.
• Elementos de um triângulo retângulo.
escaneie o QR Code a
seguir.

Relações métricas no triângulo retângulo • Semelhança nos triângulos retângulos.


João gosta muito de Matemática e, quando está de férias, vai sem- • História da Matemática e da Geometria.
pre para o seu sítio em Iguape. Certo dia observou atentamente que • Trigonometria.
a frente da casa formava triângulos retângulos, como mostra a figu-
ra abaixo: • Catetos e hipotenusa.
• Razões trigonométricas no triângulo
Professora Angela
Matemática
Relações Métricas no
A Triângulo Retângulo – retângulo.
• Relações entre as medidas da hipote-
Professora Angela

Os triângulos retângulos do es-


quema ao lado são semelhantes?
nusa e dos catetos.
D E
DE / /BC • Seno de um ângulo agudo.
B C • Cosseno de um ângulo agudo.
• Tangente de um ângulo agudo.
• Aplicação importante: ângulos notáveis.
Importante • Ângulos complementares.
1) O segmento que une os pontos 2) Considere o triângulo retângulo • Relação fundamental da Trigonometria.
médios de dois lados é paralelo ao da figura ao lado, em que: a é a hipo- • Tabela trigonométrica dos ângulos agudos.
• Fórmula trigonométrica da área.
terceiro lado e igual à sua metade. tenusa; b e c, os catetos; h, a altura re-
Os pontos D e E são pontos médios lativa à hipotenusa; m, a projeção de
dos lados AB e AC, respectivamen-
te. O segmento DE é paralelo a BC.
c sobre a hipotenusa; e n, a projeção
de b sobre a hipotenusa.
• Lei dos senos, ou teorema de Lamy.
A
Usando o fato de que os triângu-
los ABC, ABH e AHC são semelhantes,
• Lei dos cossenos.
b c tem-se que:

a a) a ⋅ h = b ⋅ c
D E
b) b2 = a ⋅ n
n m c) a2 = b2 + c2 ANOTAÇÕES
d) h2 = m ⋅ n
B C
h e) c2 = a ⋅ m

Capítulo 9 — Relações métricas 219

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219

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CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS

• Identificar a hipotenusa e os catetos em Elementos de um triângulo retângulo


um triângulo retângulo. Os elementos de um triângulo retângulo recebem denominações especiais; assim, para um
• Representar triângulos retângulos para triângulo ABC retângulo em A, temos que:

obter a tangente, o seno e o cosseno dos A


seus ângulos agudos.
• Associar seno, cosseno e tangente de c
h
b
ângulos agudos como razão de semelhança.
• Aplicar as razões trigonométricas (tan- m n
gente, seno, cosseno) para determinar B H C
elementos desconhecidos de um triân- a
gulo retângulo.
• BC é a hipotenusa de medida a.
• Aplicar a lei dos senos e a lei dos cosse- • AB é um cateto de medida c.
nos de um triângulo qualquer para deter-
minar elementos desconhecidos. • AC é um cateto de medida b.

• Identificar e calcular a altura de um • AH é a altura relativa à hipotenusa; sua medida é indicada por h.

triângulo equilátero aplicando as razões • BH é a projeção ortogonal do cateto AB sobre a hipotenusa; sua medida é indicada por m.

trigonométricas no triângulo retângulo. • HC é a projeção ortogonal do cateto AC sobre a hipotenusa; sua medida é indicada por n.

Semelhança nos triângulos retângulos


CONTEÚDOS ATITUDINAIS Por meio da semelhança de triângulos retângulos, podemos estabelecer relações entre as
medidas da hipotenusa, dos catetos, da altura e das projeções.

• Incentivar os alunos a observarem 1a relação métrica


nos objetos à sua volta o ângulo reto, os Observemos os triângulos semelhantes ABC e HBA.

catetos e a hipotenusa. A
A
• Estimular os alunos a trabalharem em
dupla para que possam encontrar outras b
c c h
formas de resolução, estabelecendo
estratégias próprias. B
m H
B a C
• Explorar as resoluções de exercícios a
partir do cálculo mental.
• Trabalhar as informações com base em Escrevemos a proporção entre seus lados homólogos:
AB BC
= =
HB BA HA
AC c a b
→ = =
m ch
uma análise crítica da realidade. 1

• Estimular os alunos a pesquisarem o


uso da Matemática no dia a dia. Lembrete
• Respeitar as diferentes interpretações Em um triângulo retângulo qualquer, o produto das medidas dos catetos é igual ao produto da me-
dida da hipotenusa pela medida da altura relativa à hipotenusa.
encontradas na resolução das situações-
-problema.
220 Capítulo 9 — Relações métricas

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ANOTAÇÕES

220

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a b
Da igualdade 1 , temos: = ↔ b⋅c = a ⋅h
c h
Então, temos a relação métrica:

b ⋅ c = a⋅ h

2a relação métrica
Analisando ainda a proporção entre os lados homólogos dos triângulos semelhantes ABC
e HBA, temos:

A A

b AB BC AC c a b
c c = = → = =
h
HB BA HA m
c h
2

B a C B m H

c a
Da igualdade 2 , temos: = ↔ c2 = a ⋅ m
m c
Então, temos a relação métrica:

c2 = a · m
Agora, observemos os triângulos semelhantes ABC e HAC.
A
Lembrete
b Em um triângulo retângulo qualquer, o qua-
c
drado da medida de um cateto é igual ao pro-
duto da medida da hipotenusa pela medida
da projeção ortogonal desse cateto sobre a
B a C hipotenusa.

b
h

C
5:08 H n
AB BC AC c a b
Escrevemos a proporção entre seus lados homólogos: = = → = = .
HA AC HC h bn
a b 3
Da igualdade 3 , temos: = ↔ b2 = a ⋅ n
b n
Então, temos a relação métrica:

b2 = a · n

Capítulo 9 — Relações métricas 221

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221

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SUGESTÃO

Trabalhe a semelhança de triângulos 3a relação métrica


para estabelecer as relações métricas nos Consideremos os triângulos semelhantes HBA e HAC.
A A
triângulos retângulos.
b HB HA BA
c h m h c
h = = = =
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO HA HC AC hn b
4

B m H H n C
Pitágoras de Samos (Grécia, século VI
a.C.), discípulo de Tales de Mileto, ficou Da igualdade 4 , temos:

conhecido pelo teorema de Pitágoras m h


= ↔ h2 = m ⋅ n
h n
(a2 = b2 + c2), que leva seu nome. Para re-
Então, temos a relação métrica:
presentá-lo, construa quadrados com cada
h2 = m . n
um dos lados do triângulo. A soma da área
dos quadrados pequenos será igual à área Lembrete
do grande. Em um triângulo retângulo qualquer, o quadrado da medida da altura relativa à hipotenusa é
A1 = a 2 igual ao produto das medidas das projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa.

A2 = b2
4a relação métrica - Teorema de Pitágoras
A3 = c 2 Observe.
A1 = A2 + A3 A

a 2 = b2 + c 2
 
Teorema de Pitágoras
c b
h

a
B m H n C
A1
c a
a Na segunda relação métrica, vimos que: b2 = a ⋅ n e c2 = a ⋅ m.
c A3 c a Somando, membro a membro, essas duas igualdades:
b
c b2 + c2 = (a ⋅ n) + (a ⋅ m) 1
b2 + c2 = a ⋅ (n + m) 2
b A2 b
No triângulo na página anterior, temos que a = n + m.
Substituindo (n + m) por a em 2 :
b
b2 + c 2 = a ⋅ a  Lembrete
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 2 2
b + c = a ou a = b + c 2 2 2 2 Em um triângulo retângulo qual-
quer, a soma dos quadrados das me-
Então, temos a relação métrica: didas dos catetos é igual ao quadra-
• Para enriquecer os seus conhecimentos, a 2 = b 2 + c2
do da medida da hipotenusa, esse é
o teorema de Pitágoras.
leia os artigos da RPM: Números pitagóri-
cos: uma fórmula de fácil dedução e algu-
222 Capítulo 9 — Relações métricas
mas aplicações geométricas, de André Roth-
bart e Bruce Paulsell (RPM n. 7, p. 49); e As
ternas pitagóricas, de Cláudio Arconcher
Matematica_2022_9A_09.indd 222 10/08/2022 16:45:13

(RPM n. 18, p. 10).


• Sugerimos que a atividade de leitura ANOTAÇÕES
do texto do boxe seja uma constante na
prática em sala de aula, visto que se tra-
ta de uma atividade que exercita a leitu-
ra oralizada dos alunos e a capacidade de
reconhecerem na prática o que vem sen-
do exposto na teoria.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Solicite uma pesquisa para os alunos
sobre Pitágoras e seus seguidores, os
chamados pitagóricos.
M

222

ME_Matematica_2022_9A_09.indd 222 15/08/2022 18:23:37


Passo a passo
1. No esquema, a reta AB representa a tra- 2. Na figura a seguir, O é o centro da semicir-
jetória de um navio, e, no ponto D, localiza-se cunferência de diâmetro AB , e AO é o diâmetro
da semicircunferência menor.
uma ilha. Quando o navio se encontra no ponto
Mostre que a2 = 2b2.
A, AD = 60 km, e, quando o navio está em B,
BD = 48 km . Se BD é a menor das distâncias F

do navio à ilha, quando o navio estiver em C,


qual será a sua distância em relação à ilha? E
a
A b
m
B
A O B
Solução:
Seja AB = 2r e AO = r.
C D
Solução: Traçando-se os segmentos FB e EO , os triân-
gulos AFB e AEO são retângulos, pois estão
Sendo AC = a e CD = x , teremos: inscritos em semicircunferências.


a 2 = 602 + x 2 (DAC ) 1 Do AFB, a2 = 2r ⋅ m


 Do AEO, b2 = r ⋅ m
48a = 60 x
 2

A partir da equação 1 , teremos: Trocando rm por b2, teremos que: a2 = 2b2.


60 x 5x
a= ∴a= A
48 4 3. Encontre o valor de x em função de a.
a
a
B a a
60

48

5:13

x D a x
Substituindo 2 em 1 :
25 x 2 25 x 2
= 3.600 + x 2 → − x 2 = 3.600
16 16 a
9x 2 3x
= 3.600 → = 60 Solução:
16 4 Aplicando o teorema de Pitágoras nos quatro
Logo, x = 80 km. triângulos, teremos:

Capítulo 9 — Relações métricas 223

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223

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Trabalhe a aplicação do teorema de a


Pitágoras no cálculo da hipotenusa, dos 1 b2 = a 2 + a 2
a a
catetos e da altura. Veja um exemplo: 2 2
2 c = b +a
2

3
2 4 2 2
3 d = c + a
2

1. Em um triângulo retângulo ABC, a dife-


rença entre os catetos é 1 cm, e o produ- a x
2 2
4 x = d + a
2

1
to, 12 cm². Determine: 2 2 2
5 x = 5a ∴ x = 5a
a x =a 5
a) A hipotenusa a.
Resolução:
b − c = 1 cm Aplicação
b ⋅ c = 12 cm²
1. Determine o valor de x nos casos.
b − c = 1→ b = 1+ c
a) Quadrado b) Triângulo equilátero
(1+ c) ⋅ c = 12 → c ² + c − 12 = 0
−1≠ 1² − 4 ⋅ 1− 12
c= → 8 x
2 ⋅1 x 6
−2 ± 49 −1± 7
c= →c=
2 2
c=3 2. Um triângulo retângulo possui projeções dos catetos sobre a hipotenusa medindo 6,4 dm e
3,6 dm. Nesse caso, os catetos medem em decímetros:
c = −4 (não satisfaz)
a) 15 e 20. b) 10 e 12. c) 3 e 4. d) 8 e 6.
c = 3 cm → b = 1+ 3 = 4 cm m
3. A respeito dos elementos de um triângulo retângulo, assinale a alternativa correta.
a² = b² + c² → a² = 4² + 3²
a) Um triângulo retângulo é assim conhecido por possuir pelo menos dois lados iguais.
a² = 16 + 9 → a² = 25 → a = 5 cm
b) O triângulo retângulo é assim conhecido por possuir pelo menos um ângulo de 180°, também
conhecido como ângulo reto.
c) A hipotenusa é definida como o maior lado de um triângulo qualquer.
b) A altura h relativa à hipotenusa. d) A hipotenusa é definida como o lado que se opõe ao maior ângulo de um triângulo qualquer.
Resolução: e) A hipotenusa é definida como o lado que se opõe ao ângulo reto de um triângulo retângulo.

b⋅c = a ⋅h → 4 ⋅3 = 5⋅h 4. Na figura a seguir, determine o perímetro do triângulo ABC.

5h = 12 → h = 2, 4 cm G A

c) As projeções m e n dos catetos. F C 6


x+2
Resolução:
x
b² = a ⋅ m → 4² = 5 ⋅ m E 9 B
m = 3, 2 cm
c ² = a ⋅ n → 3² = 5 ⋅ n 224 Capítulo 9 — Relações métricas
n = 1, 8 cm

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Matematica_2022_9A_09.indd 224 10/08/2022 16:45:22

• Na seção Aplicação, incentive os alunos a resolverem ANOTAÇÕES


os exercícios e esteja sempre pronto a esclarecer as
dúvidas que forem surgindo.
• Ao fazer a correção dos exercícios, fique atento para
perceber o conteúdo em que os alunos apresenta-
ram maior dificuldade. Oriente-os dando as explica-
ções necessárias.
• É importante que os alunos pratiquem os exercí-
cios para que possam avaliar o quanto já aprenderam.
Caso seja necessário, auxilie-os na resolução. Persis-
tindo as dúvidas, faça uma revisão do conteúdo; isso
os ajudará a superar eventuais dificuldades.
M

224

ME_Matematica_2022_9A_09.indd 224 15/08/2022 18:23:39


5. Na figura abaixo, NP // MQ, PQ ⊥ MQ, MNQ = 90°, N
MN = 12 cm e MQ = 20 cm. A medida do segmen-
to NQ , em centímetros, é:
N P

M P
Q

K1 5 K 5
Se MQ = cm e QP = 2 cm, então
5 5
M Q K1 ⋅ K 2 − (K 1 + K 2 ) é igual a:

a) 8. b) 9. c) 16. d) 11. e) 12.


a) 36. b) 37. c) 38. d) 39.

6. Mirmecologia é a ciência que se ocupa do 8. Dado o triângulo ABC, retângulo em A e com


estudo específico das formigas. Carlos é um lados AB = AC = 10 cm, qual a medida do seu
mirmecólogo e está estudando o compor- terceiro lado?
tamento das formigas. Uma formiga está
a) 10 2 c) 17 2 e) 9 2
no ponto A da malha mostrada na figura. A
malha é formada por retângulos de 3 cm de b) 15 2 d) 14 2
largura por 4 cm de comprimento. A formiga
só pode caminhar sobre os lados ou sobre 9. O transporte alternativo é uma maneira de
as diagonais dos retângulos. Qual é a menor locomover-se usando um meio diferente dos
distância que a formiga deve percorrer para mais tradicionais. A bicicleta é um exemplo disso.
ir de A até B? Em alguns lugares, ela é usada porque é mais
barata, como no interior do Brasil e em países
B como a Índia e a China. Outras pessoas escolhem
andar de bicicleta por uma questão ideológica,
porque elas não agridem o meio ambiente e não
causam tantos transtornos quanto os carros.
Usando uma bicicleta, uma pessoa sai do ponto
A e dirige-se ao ponto B. O percurso, dado em
3 quilômetros, representado pelos segmentos AC,
CD e DB está esboçado no gráfico abaixo.
A 4
40
5:22 a) 12 cm
b) 14 cm 30
c) 15 cm D
d) 18 cm B
20
e) 20 cm
10
7. Na figura a seguir, MNP é um triângulo retân- A C
gulo em N, NQ é a altura relativa à hipotenusa,
MN = 3 3 cm e NP = 3 2 cm. 0 10 20 30 40 50

Capítulo 9 — Relações métricas 225

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225

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

Os primeiros geômetras sabiam que Considerando 2 = 1, 4 , assinale a alternativa 11. Um triângulo tem lados medindo 3 cm, 4
o ângulo reto era um dos conceitos bási- que apresenta a distância percorrida pela pes- cm e 5 cm. Seja h a medida da altura relativa
soa do ponto A ao ponto B. ao maior lado, o valor de h2 expresso em cm
cos da Geometria. Euclides definiu-o na é, aproximadamente, igual a:
a) 56 km c) 20 km e) 10 km
sua obra Elementos: “Quando uma linha b) 21 km d) 15 km a) 5,54. c) 5,58. e) 5,76.
reta traçada sobre outra linha reta deter- b) 5,56. d) 5,60.
10. Um terreno retangular será dividido ao
mina ângulos adjacentes iguais entre si,

Jason/AdobeStock.com
meio, pela sua diagonal, formando dois triân-
cada um dos ângulos diz-se reto, e a li- gulos retângulos. A metade desse terreno será
nha reta diz-se perpendicular àquela que cercada com 5 fios de arame farpado. Sabendo
que as dimensões desse terreno são de 20 m
interceptar”. de largura e 21 m de comprimento, qual será
a metragem mínima gasta de arame?
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS a) 300 m.
b) 350 m.
c) 140 m.
• Mostre aos alunos o seno, o cosseno e d) 70 m.
a tangente e como encontrar o resultado e) 299 m.
das razões trigonométricas.
• Comente a existência de ângulos que Trigonometria
são mais usados, e que têm valores
Razões trigonométricas no triângulo retângulo
para o seno, o cosseno e a tangente que
Vamos considerar um triângulo retângulo ABC reto em 
A.
devem ser memorizados.
• As razões trigonométricas estão resu- B Lembrete
midas a seguir:
Catetos e hipotenusa
cateto aposto co Em um triângulo, chamamos o lado oposto
sen± = =
hipotenusa h ao ângulo reto de hipotenusa; e os lados adja-
centes, de catetos.
cateto adjacente ca
cos± = =
hipotenusa h C A B
cateto oposto co
tg± = =
cateto adjacente ca Nesse triângulo:
Hi
po
te
nu
• AB e AC são catetos. Cateto
sa

ANOTAÇÕES • BC é a hipotenusa.

• .
AC é o cateto oposto a B

• .
AB é o cateto adjacente a B
A Cateto
a
C
• .
AB é o cateto oposto a C

• .
AC é o cateto adjacente a C

226 Capítulo 9 — Relações métricas

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226

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Ao prolongar os lados CB e CA do triângu-
AB A1B1 A2 B2 A3B3
lo ABC e traçar segmentos paralelos a AB, obte- = = = = ... = K 1
BC B1C B2C B3C
mos os triângulos: A1B1C , A2 B2C , A3B3C ...
A constante k1 recebe o nome de seno do
Observe que: . Como AB é a medida do cateto
ângulo agudo C
 ABC ∼  A1B1C ∼  A2B2C ∼ ... , e BC é a medida da hipotenusa, temos:
oposto a C
Logo, os lados homólogos desses triângu-

medida do cateto oposto ao ângulo C
los são proporcionais. Sendo assim, podemos
sen 
C=
escrever as seguintes igualdades de razões: medida da hipotenusa

AB A1B1 A2 B2 A3B3
= = = = ...= K 1 (constante) Logo, em um triângulo retângulo qual-
BC B1C B2C B3C
quer, o seno de um ângulo agudo é a razão
AC A1C A2C A3C entre a medida do cateto oposto a ele e a
= = = = ... = K 2 (constante) medida da hipotenusa.
BC B1C B2C B3C

AB A1B1 A2 B2 A3B3
= = = = ...= K 3 (constante) Cosseno de um ângulo agudo
AC A1C A2C A3C

B3
B2 B3
B1 B2
B B1
B

C C
A A1 A2 A3 A A1 A2 A3

Por meio da semelhança de triângulos re- AC A1C A2C A3C


= = = = ... = K 2
tângulos, podemos estabelecer relações entre BC B1C B2C B3C
as medidas da hipotenusa e dos catetos.
A constante k2 recebe o nome de cosseno
Seno de um ângulo agudo do ângulo agudo C . Como AC é a medida do
 e BC é a medida da hipo-
cateto adjacente a C
tenusa, temos:
5:34
B3
B2 
medida do cateto adjacente ao ângulo C
B1 =
cos C
B medida da hipotenusa

Então, em um triângulo retângulo qual-


quer, o cosseno de um ângulo agudo é a
razão entre a medida do cateto adjacente a
C ele e a medida da hipotenusa.
A A1 A2 A3

Capítulo 9 — Relações métricas 227

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Embora exista uma tabela com os valo- Tangente de um ângulo agudo


res decimais para o seno, cosseno e para
AB A1B1 A2 B2 A3B3
a tangente dos ângulos de 0° a 90°, os = = = = ... = K 3
AC A1C A2C A3C
ângulos de 30°, 45° e 60° apresentam B3
B2
B1 A constante k3 recebe o nome de tangen-
também seus valores representados na B
te do ângulo agudo C . Como AB é a medida
forma de fração. Esses ângulos são mui-
do cateto oposto a C  e AC é a medida do ca-
to importantes e bastante utilizados no

teto adjacente a C , podemos escrever:
estudo da Trigonometria.
• Mostre aos alunos que aprender esses C
A A1 A2 A3
=
tg C

medida do cateto oposto ao ângulo C

conceitos da Trigonometria será muito medida do cateto adjacente ao ângulo 


C

importante para o Ensino Médio, pois esse


Assim, em um triângulo retângulo qualquer, a tangente de um ângulo agudo é a razão
assunto será estudado durante o 1o ano.
entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente a ele.
• Incentive os alunos a observarem a reso-
lução dos exercícios na seção Passo a Passo,  pelo cosseno do ângulo agudo C
Ao dividirmos o seno do ângulo agudo C , teremos:
avaliando o quanto conseguiram assimilar sen 
C AB AC AB BC AB
= : = ⋅ =
do conteúdo. É preciso motivá-los a enfren- cos 
C BC BC BC AC AC
tar as eventuais dificuldades. 
Como
AB  = sen C
 , teremos que tg C
= tg C
AC 
cos C
Exemplo:
SUGESTÃO No triângulo abaixo, vamos calcular sen a, cos a e tg a.
Teremos que:

Professor, para enriquecer os seus co- C


sen α = BC → sen α =3
nhecimentos, leia os artigos da RPM: Ensi- AC 5
nando trigonometria através da imagem, de 5  AB  4
3 cos α = → cos α =
Abdala Gannam (RPM n.9, p.47) e Curio- AC 5
sen 
sidades, de Paulino Lin (RPM n.36, p.20). =
tg α
α
→ tg α = ⋅ 5 → tg α
3 =3
α cos α 5 4 4
B A
4

Ângulos notáveis
ANOTAÇÕES
Ao estudarmos os ângulos notáveis, podemos construir uma tabela de valores, que deno-
minamos tabela de ângulos notáveis.
Os ângulos notáveis são os ângulos agudos que medem 30°, 45° e 60°, e a tabela cons-
truída a partir desses ângulos é muito útil para a resolução de problemas envolvendo razões
trigonométricas.
Assim temos:

228 Capítulo 9 — Relações métricas

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Seno Cosseno Tangente
1 3 3
30°
2 2 3

2 2
45° 1
2 2

3 1
60° 3
2 2

Passo a passo
1. (UFRGS) Na figura abaixo, o retângulo ABCD 2
AE = 62 + 82 → AE = 10
tem lados que medem 6 e 9. Se a área do pa-
ralelogramo sombreado é 6, o cosseno de a é: 8 4
Logo, cos α = →
10 5
3 2 3 4 8 2. (Unicap) A medida de um cateto de um triân-
a) . b) . c) . d) . e) .
5 3 4 5 9 gulo retângulo excede em 4 unidades a medida
do outro cateto e é 4 unidades inferior à medida
A B
α da hipotenusa. Considere as medidas dos lados
em metro. Encontre a terça parte da medida
da área do triângulo.
6 a) 24 m2
b) 28 m2
c) 32 m2
α d) 36 m2
D C e) 40 m2
9
Solução:
Solução:
Pelo enunciado, temos: b = c + 4 e b = a - 4;
A B
α dando os valores de a e c em função de b e c,
em função de b, teremos:

6 c=b-4ea=b+4
2 2
5:50
a 2 = b 2 − c 2 → (b + 4 ) = b 2 + (b − 4 )

α b2 + 8b + 16 = b2 + b2 − 8b + 16
D E x C b2 − 16b = 0 → b = 0
9
Na figura acima, temos: b = 0 (não serve) e b = 16; logo, a = 20 e c = 12
A = 6 → x ⋅ 6 = 6 → x = 1 → DE = 8 b⋅h 16 ⋅ 12
Área do triângulo: → = 96
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângu- 2 2
96
lo ADE, teremos: A terça parte: = 32
3

Capítulo 9 — Relações métricas 229

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3. O triângulo ABC é retângulo em A. Se o seno 13. Construa um triângulo retângulo isósce-
 é 0, 8, qual o valor da tangente do les de lados congruentes medindo 2 e calcule
do angulo B
o seno e o cosseno dos ângulos agudos.
?
ângulo C
Solução: 14. Em um triângulo retângulo isósceles
qualquer, de hipotenusa 2x e catetos x, calcu-
B
le o seno e o cosseno dos ângulos agudos.

B 
15. Calcule tg tg
Ae B
A tg
tg B  em cada triângulo.
a
c a)
 A
C
A b C
 = 0, 8 → 8 = 4
sen B → sen B 3
10 5

Cateto oposto = 4
Hipotenusa (a) = 5
C 4 B
2 2 2 2 2 2
a = b +c → 5 = 4 +c
c 2 = 25 − 16 → c = 9 → c = 3 b) C

tg C = cateto oposto → 3 → tg C
 = 0, 75 5
cateto adjacente 4
2

B A
Aplicação 5 2
2
12. Utilize as medidas dos lados dos triângulos
16. Calcule a soma dos catetos do triân-
e calcule sen A e cos   e cos B
A; e sen B .
gulo retângulo da f igura sabendo que
a) A
3
AB = 10 e cos α = .
5
B
2

C 5 B 10

C α
b) C A
5 5
2 2
17. A figura abaixo é formada por três triân-
gulos retângulos. As medidas dos catetos do
primeiro triângulo são iguais a 1. Nos demais
A B triângulos, a medida de um dos catetos é igual

230 Capítulo 9 — Relações métricas

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à da hipotenusa do triângulo anterior, e o outro 19. Ao aproximar-se de uma ilha, o capitão de
cateto tem medida igual a 1. Considerando os um navio avistou uma montanha e decidiu
ângulos a, β e γ na figura, atenda às solicita- medir a sua altura. Ele mediu um ângulo de
ções seguintes. 30° na direção do seu cume. Depois de navegar
mais 2 km em direção à montanha, repetiu o
a) Calcule tg a, tg β e tg γ.
procedimento, medindo um novo ângulo de
b) Calcule o valor de a.
45°. Então, usando 3 = 1,73, qual o valor
que mais se aproxima da altura dessa monta-
nha, em quilômetros?
a

γ 20. Ariane trabalha em um prédio e todos os


1
dias tem de subir uma escada de 8 degraus,
β que tem aproximadamente 2 m de compri-
α
mento e 30° de inclinação. De acordo com
a figura a seguir, determine a altura de cada
1 degrau.
1

18. Para uma feira de ciências, um grupo de


estudantes resolveu construir uma maquete de
uma casa, conforme esquema abaixo. O telha-
do será feito com uma placa de isopor de 1 m
de comprimento, que será dividida ao meio
para fazer as duas partes do telhado. Sabendo 2m
que o telhado será feito segundo um ângulo de
30°
55º, calcule a medida x da largura casa.
Considere:
sen 55º = 0,82 a) 12,5 cm c) 16,5 cm e) 23 cm
cos 55º = 0,57 b) 12 cm d) 14 cm
tg 55º = 1,43
21. Uma escada de 2 m de comprimento está
apoiada no chão e em uma parede vertical.
Se a escada faz 30° com a horizontal, calcule
a distância do topo da escada ao chão.

Placa de Placa de
isopor isopor
55º

2m x

30°
x

Capítulo 9 — Relações métricas 231

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231

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

A tabela trigonométrica dos ângulos 22. Considere os triângulos retângulos PQR


e PQS da figura a seguir. Se RS = 100, quanto ângulo sen cos tg
agudos foi criada com a ideia de facilitar
vale PQ?
os cálculos na resolução dos exercícios: 30° 0,5 0,866 0,577
P
basta buscar na tabela o ângulo agudo
procurado e descobre-se o valor do seno, 60° 0,866 0,5 3

do cosseno e da tangente desse ângulo.


T
Isso permite que os alunos confiram o re-
sultado encontrado por eles na resolução
60° 30°
das questões com o da tabela. Q R S
Na tabela, há os valores para os ân-
30°
gulos de 1° a 90°, variando de grau em 23. O ângulo de elevação da base de uma 1,2 m
grau e com aproximação até centésimos árvore ao topo de uma encosta é de 60°. A
Sabendo-se que a árvore está distante 100 m
de milésimos. Observe que a cada ângu- 15 m
da base da encosta, que medida deve ter um
lo agudo de um triângulo retângulo está cabo de aço para ligar a base da árvore ao topo
da encosta? a) 15 m
associado um único valor para o seno, o b) 8,66 m
cosseno e a tangente. c) 12,36 m
d) 9,86 m
e) 4,58 m
x
25. Trafegando em um trecho plano e reto de
ANOTAÇÕES uma estrada, um ciclista observa uma torre. No
instante em que o ângulo entre a estrada e a
linha de visão do ciclista é 60°, o marcador de
quilometragem da bicicleta acusa 103,50 km.
60° Quando o ângulo descrito passa a ser 90°, o
marcador de quilometragem acusa 104,03 km.
100 m

a) 50 3
60°
b) 150
c) 200
d) 200 3
e) 100 3 torre

24. A seguir, está representado um esquema


Qual é, aproximadamente, em metros, a dis-
de uma sala de cinema com o piso horizontal.
tância da torre à estrada? Se necessitar, use
De quanto deve ser a medida de AT para que
2 = 1, 41; 3 = 1, 73; 6 = 2, 45.
um espectador sentado a 15 m da tela, com os
olhos 1,2 m acima do piso, veja o ponto mais a) 463,4 b) 535,8 c) 755,4
alto da tela, que é T, a 30° da horizontal? d) 916,9 e) 1.071,6

232 Capítulo 9 — Relações métricas

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• A relação fundamental da Trigonometria é feita a partir de funções observadas de um mesmo arco, que ligam as funções seno
e cosseno e utilizam a fórmula: cos² x + sen² x = 1.
• Muito se tem dito a respeito dessa relação fundamental, pois as funções seno e cosseno são as funções primitivas, e todas as demais
decorrem de seu prévio conhecimento.
• Podemos determinar o seno ou o cosseno por meio de um raciocínio rápido, sendo desnecessário fazer cálculos. Se o ângulo
pertence ao primeiro quadrante (seno positivo e cosseno positivo) e o seu seno vale 1/2, podemos dizer que o cosseno é positivo
e é uma fração de denominador 2 e numerador igual à raiz quadrada da diferença entre os quadrados dos números da fração do
seno. Assim, o cosseno será igual a:

2² − 1² 3
=
2 2

232

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Tabela trigonométrica dos ângulos agudos
A tabela trigonométrica apresenta os valores para as razões trigonométricas com aproxi-
mação de três casas decimais.

Tabela trigonométrica dos ângulos agudos


ângulo sen cos tg ângulo sen cos tg ângulo sen cos tg
1° 0,017 1,000 0,017 31° 0,515 0,857 0,601 61° 0,875 0,485 1,804

2° 0,035 0,999 0,035 32° 0,530 0,848 0,625 62° 0,883 0,469 1,881

3° 0,052 0,999 0,052 33° 0,545 0,839 0,649 63° 0,891 0,454 1,963

4° 0,070 0,998 0,070 34° 0,559 0,829 0,675 64° 0,899 0,438 2,050

5° 0,087 0,996 0,087 35° 0,574 0,819 0,700 65° 0,906 0,423 2,145

6° 0,105 0,995 0,105 36° 0,588 0,809 0,727 66° 0,914 0,407 2,246

7° 0,122 0,993 0,123 37° 0,602 0,799 0,754 67° 0,921 0,391 2,356

8° 0,139 0,990 0,141 38° 0,616 0,788 0,781 68° 0,927 0,375 2,475

9° 0,156 0,988 0,158 39° 0,629 0,777 0,810 69° 0,934 0,358 2,605

10° 0,174 0,985 0,176 40° 0,643 0,766 0,839 70° 0,940 0,342 2,747

11° 0,191 0,982 0,194 41° 0,656 0,755 0,869 71° 0,946 0,326 2,904

12° 0,208 0,978 0,213 42° 0,669 0,743 0,900 72° 0,951 0,309 3,078

13° 0,225 0,974 0,231 43° 0,682 0,731 0,933 73° 0,956 0,292 3,271

14° 0,242 0,970 0,249 44° 0,695 0,719 0,966 74° 0,961 0,276 3,487

15° 0,259 0,966 0,268 45° 0,707 0,707 1,000 75° 0,966 0,259 3,732

16° 0,276 0,961 0,287 46° 0,719 0,695 1,036 76° 0,970 0,242 4,011

17° 0,292 0,956 0,306 47° 0,731 0,682 1,072 77° 0,974 0,225 4,332

18° 0,309 0,951 0,325 48° 0,743 0,669 1,111 78° 0,978 0,208 4,705

19° 0,326 0,946 0,344 49° 0,755 0,656 1,150 79° 0,982 0,191 5,145

20° 0,342 0,940 0,364 50° 0,766 0,643 1,192 80° 0,985 0,174 5,671

21° 0,358 0,934 0,384 51° 0,777 0,629 1,235 81° 0,988 0,156 6,314

22° 0,375 0,927 0,404 52° 0,788 0,616 1,280 82° 0,990 0,139 7,115

23° 0,391 0,921 0,424 53° 0,799 0,602 1,327 83° 0,993 0,122 8,144

9:16 24° 0,407 0,914 0,445 54° 0,809 0,588 1,376 84° 0,995 0,105 9,514

25° 0,423 0,906 0,466 55° 0,819 0,574 1,428 85° 0,996 0,087 11,430

26° 0,438 0,899 0,488 56° 0,829 0,559 1,483 86° 0,998 0,070 14,301

27° 0,454 0,891 0,510 57° 0,839 0,545 1,540 87° 0,999 0,052 19,081

28° 0,469 0,883 0,532 58° 0,848 0,530 1,600 88° 0,999 0,035 28,636

29° 0,485 0,875 0,554 59° 0,857 0,515 1,664 89° 1,000 0,017 57,290

30° 0,500 0,866 0,577 60° 0,866 0,500 1,732 - - - -

Capítulo 9 — Relações métricas 233

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233

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

Os elementos fundamentais de um
triângulo são os seus lados, os seus ân- Passo a passo
gulos e a sua área. Resolver um triângulo
significa conhecer as medidas desses ele- 1. Utilizando a tabela trigonométrica, determine Solução:
mentos. Conhecendo três desses elemen- o cosseno de 33°. Supondo que a superfície abaixo do avião seja
Solução: horizontal, a linha percorrida por ele e a altura
tos, podemos usar as relações métricas
Localizamos o ângulo de 33° e, na coluna cos, atingida formam um triângulo retângulo com
ou as relações trigonométricas. encontramos 0,839. essa superfície. A altura atingida pelo avião é
Sabemos que o cálculo da área de um equivalente ao cateto oposto ao ângulo de 35°,
ângulo sen cos tg
e a linha percorrida pelo avião é equivalente à
triângulo é o produto da base pela altura 31° 0,515 0,857 0,601 hipotenusa. Para calcular a medida h dessa al-
dividida por dois. Mas, quando o triângu- 32° 0,530 0,848 0,625 tura, podemos fazer:
lo não fornece a base ou a altura, é pre- 33° 0,545 0,839 0,649
ciso utilizar alguns artifícios como os que 34° 0,559 0,829 0,675 km
a Trigonometria oferece. 10 altura
35° 0,574 0,819 0,700
Caso o triângulo ofereça o valor de Logo, o cosseno de 33° é 0,839.
35°
um de seus ângulos e os valores de dois
2. Determine o ângulo cuja tangente é igual a 1,6. h
lados, podemos aplicar o cálculo do seno sen 35° = → h = sen 35° ⋅ 10
Solução: 10
para encontrar o valor de sua área. Localizamos, na coluna tg, o valor 1,6 e deter-
minamos o ângulo correspondente a esse valor. De acordo com a tabela trigonométrica dos ân-
Disponível em: http://www.uel.br/projetos/matessencial gulos agudos, temos: sen 35° = 0,574. Substi-
/trigonom/trigo05.htm. Acesso em: 13/06/2019. Adaptado. ângulo sen cos tg
tuindo esse valor na equação:
56° 0,829 0,559 1,483
h = 0, 574 ⋅ 10 → h = 5, 74
57° 0,839 0,545 1,540
Portanto, a altura h atingida pelo avião é 5,74 km.
ANOTAÇÕES 58° 0,848 0,530 1,600
59° 0,857 0,515 1,664 4. De acordo com a figura abaixo, calcule:

60° 0,860 0,500 1,732


Logo, o ângulo que apresenta o valor 1,6 como 50 m
40 m
tangente é o ângulo 58°.
α
3. Um avião levanta voo formando um ângu-
30 m
lo de 35° com a pista. Mantendo esse ângulo,
que altura ele alcançará após percorrer 10 km?
a) cos a.
(Suponha que a superfície abaixo do avião seja
b) o valor de a.
horizontal.)

Solução:
30 3
a) cos α = → cos α = = 0, 6.
50 5
b) Pela tabela trigonométrica, temos:

35° 3
cos α = = 0, 6 → α ≅ 53°.
5

234 Capítulo 9 — Relações métricas

Matematica_2022_9A_09.indd 234 10/08/2022 16:46:14 Ma

234

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na seção Aplicação, incentive os alu-


Aplicação nos a resolverem os exercícios e esteja
sempre pronto a esclarecer as dúvidas
26. Usando a tabela trigonométrica, encon- 29. Usando a tabela trigonométrica, associe a que forem surgindo. Persistindo as dúvi-
tre os valores. coluna da esquerda com a coluna da direita.
das, faça uma revisão do conteúdo; isso
a tg 77° I sen 15°
a) sen 33° e cos 57° → e . ajudará os alunos a superarem eventuais
b) sen 20° e cos 70° → e . b 0,259 II tg 29° dificuldades.

c) sen 34° e cos 56° → e . c 0,554 III 0,326


d) sen 23° e cos 67° → e .
d cos 71° IV 4,332
Agora, analise os resultados obtidos e descubra
ANOTAÇÕES
e 0,731 V cos 43°
qual é o ângulo cujo cosseno é igual ao sen 18°.

30. O piloto de um avião observa um ponto de


27. Um observador de 1,70 m, colocado a
um terreno por um ângulo de 35° em relação
80 m do mastro de uma bandeira, vê o seu
à horizontal. Após 10 segundos, ele enxerga o
ponto mais alto sob o ângulo de 38°. Qual é
mesmo ponto por um ângulo de 55°. Se ele voa
a altura desse mastro?
horizontalmente com uma velocidade média de
400 km/h, qual é a altitude aproximada do avião?

35o 55o
38°
1,70 m

80 m

31. Calcule a altura relativa à hipotenusa de um


28. Gabriel é um garoto que gosta de brincar
triângulo retângulo em que os lados medem
de skate. Uma das rampas de um campeona-
12 cm, 9 cm e 15 cm.
to de skate profissional tem 2,8 m de altura, e
o comprimento de sua base é de 7 m. Qual é a
32. Calcule a altura x do poste, sabendo que a
medida do ângulo de inclinação dessa rampa
sombra mede 15 m. Veja a figura.
com relação ao solo?

50o

7m 15 m

Capítulo 9 — Relações métricas 235

6:14 Matematica_2022_9A_09.indd 235 10/08/2022 16:46:14

235

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Faça a dedução e aplicação da lei dos 33. Sabendo que F é o ponto médio de EB,

cowardlion/Shutterstock.com
senos em um triângulo qualquer. determine:

• Verifique o entendimento dos alunos, a) a medida x indicada na figura.


b) a área BCDE.
trabalhe problemas interdisciplinares que
E x D
são abordados em Ciências, como a queda
livre e a lei da gravidade.
• A lei dos senos estabelece a relação F
entre a medida de um lado e o seno do
6 2
ângulo oposto a esse lado. Diz-nos tam- x
bém que, em um triângulo, os seus lados O edifício Aspam (sigla em inglês que significa Mansão dos
Produtos Turísticos da Prefeitura) tem arquitetura inspirada no
A x B C
são proporcionais aos senos dos ângu- formato de um A, em uma referência à letra inicial da cidade
de Aomori, no Japão, na qual está situado.
los opostos e que a constante dessa pro-
porcionalidade é igual ao diâmetro de
Lei dos senos
Outros saberes
uma circunferência que circunscreva esse O teorema de Lamy afirma que, em todo triângulo, os seus lados
Para ampliar os seus
são proporcionais aos senos dos ângulos opostos a eles. Esse teore-
triângulo. conhecimentos acerca
ma também é conhecido como lei dos senos. do conteúdo que
estamos estudando,
Vamos demonstrar a lei dos senos: escaneie o QR Code a
seguir.
Seja o triângulo ABC acutângulo e CH a altura relativa ao lado AB .
C
ANOTAÇÕES

b a
Prof. Murakami –
Matemática RAPIDOLA
Lei dos senos –
Geometria plana

A H B
c

CH 

CAH: sen 
A= A
→ CH = b sen  
 a b
b   
 → b sen A = a sen B → =
 CH  
 sen  
A sen C
CBH: sen B = → CH = a sen B
a 

b c
Procedendo de modo análogo: = .

sen B 
sen C
Outra maneira:
Seja um triângulo ABC de lados a, b e c e altura h do vértice C sobre o lado AB .
a b c
Podemos escrever, então: = = .
sen 
A 
sen B 
sen C

236 Capítulo 9 — Relações métricas

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236

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C

b a
h

A
H B
c
Sabemos que a área desse triângulo em função dos ângulos é dada por:
1 1  = 1 ⋅ a ⋅ b ⋅ sen C
S= ⋅ b ⋅ c ⋅ sen 
A = ⋅ a ⋅ c ⋅ sen B 
2 2 2
Com isso:
b ⋅ c ⋅ sen   = a ⋅ b ⋅ sen C
A = a ⋅ c ⋅ sen B  b ⋅ c ⋅ sen  . 1 
 = a ⋅ b ⋅ sen C
A = a ⋅ c ⋅ sen B 
 a ⋅ b ⋅ c 
Temos:
b ⋅ c ⋅ sen   a ⋅ b ⋅ sen C
A a ⋅ c ⋅ sen B  sen   sen C
A sen B 
= = = =
a ⋅b⋅c a ⋅b⋅c a ⋅b⋅c a b c
Portanto:
Em todo triângulo, a razão entre a medida de um lado e o seno do ângulo oposto a ele é
constante. Isto é:
a b c
= =
sen 
A 
sen B 
sen C

Passo a passo
1. Um observador situado no ponto A, distante Solução:
30 m do ponto B, vê um edifício sob um ângulo
de 30°, conforme a figura abaixo. Baseado nos   +C
A+B  = 180° → C
 = 45°
dados da figura, determine a altura do edifício,
em metros. Pela lei dos senos e sendo AC = x no ABC ,
Dados: teremos:
D
AB = 30 m x 30
=
C sen 60° sen 45°
6:19

AB = 75°
 h
DCA = 90°
x 30
C
AD = 30° = → 2 ⋅ x = 30 3
C B 3 2

ABC = 60° 60° 2 2
30° 75° m 30 3 2 30 6
30 x= ⋅ =
A 2 2 2
x = 15 6 m

Capítulo 9 — Relações métricas 237

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237

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Procure utilizar problemas comuns às  ∴ tg 30° = h


O ADC é retângulo em C
3. (IFMG) Um grupo de escoteiros pretende
disciplinas como motivação e globaliza- x escalar uma montanha até o topo, repre-
sentado na figura abaixo pelo ponto D, visto
ção de conceitos. 3 h sob ângulos de 40° do acampamento B e de
= → 3h = 15 18 →
• Desenvolva a perseverança na obten- 3 15 6 60° do acampamento A.
5⋅3 2 (Considere: sen 20° = 0,342.)
ção de soluções de problemas, criticando h= =5 2 m
3 D
e discutindo os resultados com os alunos.
• Busque estimular a curiosidade, o inte- 2. Um barco de pescadores A emite um sinal de
socorro que é recebido por dois radioamadores,
A 60o

resse e a criatividade do aluno para que B e C, distantes entre si 70 km. Sabendo que os m
ele explore novas ideias e descubra novos ângulos ABC  e ACB
 medem, respectivamente, 160
40o
64° e 50°, determine a que distância se encon- B
30o
C
caminhos na aplicação dos conceitos
tra o radioamador mais próximo do barco. Use
aprendidos e na resolução de problemas. sen 66° = 0,91; sen 64° = 0,90 e sen 50° = 0,77.
Considerando que o percurso de 160 m entre A
• Desenvolva os níveis culturais do edu- Solução:
Representando o triângulo ABC, temos:
e B é realizado segundo um ângulo de 30° em
cando, contribuindo para um melhor relação à base da montanha, então a distância
A entre B e D, em metros, é de aproximadamente:
aprendizado em outras disciplinas.
• Possibilite o desenvolvimento de sen- a) 190
c) 260
b) 234
d) 320
so crítico e participativo, o reconhecimen-
Solução: D
to da inter-relação entre os vários cam- 20o

pos da Matemática e desta com as outras 150o 60o


x
áreas. 10
o
60o

m
160
64o 50o
30o 40o
B C
B C
ANOTAÇÕES Aplicando a lei dos senos no triângulo assina-
()
med  ()
 + med C
A + med B ()
 = 180° lado, teremos:

med ( A) + 64° + 50º = 180°


 x 160
= → 0, 342 ⋅ x = 160 ⋅ sen 150°
sen 150° 0, 342
med (A) = 66° 0, 342 x = 80 → x = 233, 9 ≅ 234 m

meunierd/Shutterstock.com
Usando a lei dos senos, vamos obter:
70 b c
= =
sen 66° sen 64° sen 50°
70 b c
= =
0, 91 0, 90 0, 77
70 b
= → b = 69, 2 km
0, 91 0, 90
70 c
= → c = 59, 2 km
0, 91 0, 77

238 Capítulo 9 — Relações métricas

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238

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Aplicação
34. Um navio, navegando em linha reta, passa 36. Brincando com uma lanterna, Victor viu
sucessivamente pelos pontos A, B e C. O coman- um feixe de luz da janela de seu quarto para
dante, quando o navio está em A, observa a rua, como mostra a figura. Calcule o compri-
 = 30°. Após
um farol L e calcula o ângulo LAC mento d da luz projetada no chão.
navegar 4 milhas até B, verifica que o ângulo Utilize a tabela trigonométrica.
 = 75° (como na figura abaixo). Então,
LBC
quantas milhas separam o farol do ponto B?

26°

10 m

20°

30° 75° 37. João atira uma pedra na água. A pedra


A B
C percorre 10 m em linha reta, como mostra a
figura. Calcule a distância d do morro ao ponto
em que a pedra atingiu a água.

72°
35. Barra do Corda, Bacabal e São Luís são m
cidades do triângulo maranhense localizadas 10
conforme a figura. A partir dos dados forneci- 2m
dos, pode-se dizer que a distância aproximada
de Barra do Corda a Bacabal é igual a:
(Dados: sen 36° = 0,59; cos 36° = 0,81;
sen 132° = 0,74; cos 132° = -0,67)
d
Bacabal
Taya/AdobeStock.com

132o
6:30
Barra do
Corda 36o
São Luís
140 km

a) 130 km.
b) 111,6 km.
c) 98,6 km.
d) 110,6 km.
e) 115,5 km.

Capítulo 9 — Relações métricas 239

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239

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• A lei dos cossenos estabelece uma rela- 38. (Unesp) Uma pessoa se encontra no ponto A de uma planície, às margens de um rio, e vê, do
ção entre um lado do triângulo, seu ângu- outro lado do rio, o topo do mastro de uma bandeira, ponto B. Com o objetivo de determinar a
altura h do mastro, ela anda, em linha reta, 50 m para a direita do ponto em que se encontra-
lo oposto e os lados que definem esse va e marca o ponto C. Sendo D o pé do mastro, avalia que os ângulos B   valem 30° e
AC e BCD
ângulo a partir da Trigonometria.  vale 105°, como mostra a figura. Nessas condições, é correto afirmar que a altura h do
o ACB

• A lei dos cossenos nos diz que, em um mastro, em metros, é:


B
triângulo, o quadrado de um lado é igual
à soma dos quadrados dos outros lados h a) 12,5
menos duas vezes o produto desses dois b) 12, 5 2
D c) 25
lados pelo cosseno do ângulo por eles 30o d) 25, 0 2
formado. 30o e) 35
A 105o
Para esses triângulos, podemos escre-
50 m
ver: a2 = b2 + c2 -2 - bc . cos A.
C

Lei dos cossenos


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Agora, estudaremos dois casos na determinação da lei dos cossenos.
• Caso os alunos tenham dúvidas, faça 1o caso: lado oposto a um ângulo agudo
uma revisão do conteúdo, isso os ajuda- Observe o triângulo ABC:
rá a superar as dificuldades encontradas A
na resolução dos exercícios.
• Faça um debate sobre as questões
resolvidas no livro, favorecendo a com-
c b
preensão dos problemas.
h

x y
B C
H
a
ANOTAÇÕES
• a, b, c são medidas dos lados do triângulo ABC.
• h é a medida da altura relativa a BC.
• x é a medida da projeção ortogonal de AB sobre BC.
• y é a medida da projeção ortogonal de AC sobre BC.
Aplicando o teorema de Pitágoras nos triângulos ABH e AHC, teremos:

c2 = h 2 + x 2 → h 2 = c2 - x 2 1
b 2 = h2 + y 2 → h2 = b 2 - y 2 2

240 Capítulo 9 — Relações métricas

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240

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Igualando 1 e 2 : c2 − x2 = b2 −y2 → b2 = c2 −x2 + y2 3

Substituindo y = a - x em 3
b2 = c2 - x2 + a2 - 2ax + x2
b2 = c - x2 + (a - x)2
b2 = c2 + a2 - 2ax
= x .
No triângulo ABH, teremos: cos B ⇔ x = c ⋅ cos B
c
Substituindo x = c ⋅ cos B  em 4

b2 = c 2 + a 2 − 2ac ⋅cos B

2o caso: lado oposto a um ângulo obtuso


Seja o triângulo ABC obtusângulo em 
A, e CH = h a altura relativa ao lado AB (como mos-
tra a figura abaixo).

a
h
b

(180 - Â)
Â
H m A c B
Usando o teorema de Pitágoras, teremos:
BCH : a 2 = h2 + (c + m)2 .
 ACH : h2 = b2 − m2 .

Logo, a 2 = b2 − m2 + c 2 + 2 cm + m2 → a 2 = b2 + c 2 + 2 cm 1 , mas, usando o cosseno do ân-


gulo (180 − A) no AHC , teremos:
m
cos (180 − 
A) = → m = b ⋅ cos (180 − 
A)
b
Porém, no 1o ano do Ensino Médio, estudaremos redução de quadrantes no ciclo trigono-
métrico, que mostra a relação: cos (180− 
A) = −cos 
A

Assim, m = b ⋅ (−cos 
A) → m = −b ⋅ cos 
A.
6:37

Então, substituindo na equação 1 : a2 = b2 + c2 + 2c ⋅ m

Teremos: a 2 = b2 + c 2 + 2c ⋅ (−b ⋅ cos 


A)

Portanto: a 2 = b2 + c 2 − 2bc ⋅cos 


A
Analogamente, teremos:

b2 = a 2 + c 2 − 2ac ⋅ cos B
 Essas igualdades são chamadas de lei dos cossenos.
c 2 = a 2 + b2 − 2ab ⋅ cos C

Capítulo 9 — Relações métricas 241

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241

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Comente e discuta com os alunos o


modo de resolução das questões resol- Passo a passo
vidas no livro.
• Mostre aos alunos que a Trigonometria 1. Vamos encontrar a medida a do lado BC a 2 = b2 + c 2 − 2 ⋅ b ⋅ c ⋅ cos α
também está envolvida na resolução de do triângulo ABC a seguir aplicando a lei dos 49c 2 64c 2 c 2 8c 2
= + −2⋅ ⋅ cos α
cossenos. 9 9 1 3
questões de Geometria como uma ferra- 2 2 2 2
49c = 64c + 9c − 48c ⋅ cos α
menta a mais. C
24c 2
• Estimule os alunos a resolverem a 48c 2 ⋅ cos α = 73c 2 − 49c 2 → cos α =
48c 2
seção Aplicação. Ao fazer a correção, fique a b=2
1
Portanto, o ângulo cujo cosseno é igual a .
atento para perceber em que eles mos- 2
60° 1
traram mais dificuldade e oriente-os dan- B cos α = → α = 60°
c=3 A 2
do as explicações necessárias.
3. Um balão parte do ponto B (ver figura), e,
Solução:
após alguns minutos, um observador no ponto
a 2 = b2 + c 2 − 2bc ⋅ cos  A acompanha a trajetória do balão, que chega
ANOTAÇÕES A
ao ponto C. Sendo a = 80 m e c = 50 m, calcule:
a 2 = 22 + 32 − 2 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ cos 60°
1 a) A distância AC = b entre o ponto A, onde
a2 = 4 + 9 − 2 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅
2 está o observador, e o balão, no ponto C.
a 2 = 13 − 6 b) A altura h do balão nesse momento.

a2 = 7 ⇒ a = 7 C (balão)

a
2. Os lados de um triângulo medem a, b e c h
centímetros. Qual é o valor do ângulo interno b
oposto ao lado que mede a centímetros se 60°
forem satisfeitas as relações: 3a = 7c e 3b = 8c? H 30 A B
c
A
Solução:
α
a) Para encontrarmos o valor de b, aplicamos
c b
a lei dos cossenos (2o caso).


b2 = a 2 + c 2 − 2ac ⋅ cos B
B a C
b2 = 502 + 802 − 2 ⋅ 50 ⋅ 80 ⋅ cos 60°
Solução:
Vamos isolar as incógnitas a e b em função de c: b2 = 2.500 + 6.400 − 100 ⋅ 80 ⋅ cos 60°

7c 1
3a = 7c → a = b2 = 8.900 − 8.000 ⋅ → b2 = 8.900 − 4.000
3 2
8c
3b = 8c → b = b = 4.900 → b = 70 m
3
Usando a lei dos cossenos, com relação ao ân- Logo, a distância do observador para o balão
gulo a, teremos: é de 70 m.

242 Capítulo 9 — Relações métricas

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242

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b) Para calcularmos a altura do balão, podemos aplicar o teorema de Pitágoras.
Note que AH = 30 m, então:
b2 = 302 + h2 → 702 = 302 + h2 → h2 = 4.900 − 900

h = 4.000 → h = 4 ⋅ 1.000 = 22 ⋅ 102 ⋅ 10 → h = 20 10 m

Aplicação
39. A água utilizada na casa de um sítio é capta- 41. Em uma pequena cidade, a igreja fica
da e bombeada do rio para uma caixa-d’água a distante da escola 100 m, e a escola fica distan-
50 m de distância. A casa está a 80 m de distân- te da praça 150 m, como está representado na
cia da caixa-d’água, e o ângulo formado pelas figura abaixo. Qual é a distância aproximada
direções caixa-d’água-bomba e caixa-d’água- que separa a igreja da praça? Utilize 7 = 2, 64.
-casa é de 60°. Se se pretende bombear água
do mesmo ponto de captação até a casa, então
quantos metros de encanamento serão neces-
sários? Observe a figura.

10
80 m

0
m
Caixa-d'água
60°
Casa
60°
150 m
50 m

42. Dois lados de um terreno de forma triangu-


lar medem 15 m e 10 m, formando um ângulo
de 60°, conforme a figura abaixo.
40. Paulo e Marta estão brincando de jogar
dardos. O alvo é um disco circular de centro
O. Paulo joga um dardo, que atinge o alvo em
um ponto, que vamos denotar por P; em segui-
da, Marta joga outro dardo, que atinge um ponto
10
denotado por M, conforme figura. Sabendo-se
que a distância do ponto P ao centro O do alvo é
PO = 10 cm, que a distância de P a M é = 14 cm e
que o ângulo PÔM mede 120°, a distância, em 60°
centímetros, do ponto M ao centro O é:
6:52 15
P
O comprimento do muro necessário para cercar
a) 10 cm. o terreno, em metros, é:
14 cm
b) 12 cm.
10 cm
c) 8 cm. (
a) 5 5 + 15 .) ( )
d) 5 5 + 11 .
O d) 7 cm.
M
e) 6 cm. b) 5(5 + 5 ) . e) 5(5 + 7 ) .

c) 5(5 + 13 ) .

Capítulo 9 — Relações métricas 243

Matematica_2022_9A_09.indd 243 10/08/2022 16:46:59

243

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

1. Utilizando as medidas fornecidas pelo


enunciado, podemos traçar o triângulo
ABC da seguinte maneira:
Desafios
1. Marcos tem um terreno, representado pelo a) 41 d) 569 + 10
A triângulo ABC a seguir, onde cria galinhas,
b) 45 e) 50
porcos e vacas, entre outros animais. Ele gosta-
ria de saber o perímetro desse terreno para c) 569 + 24
dividi-lo em áreas exclusivas para cada uma
c b
das criações. No entanto, ele só conhece as 3. Para melhorar o transporte das uvas da
medidas BD, que é de 36 m, e DC, que é de 64 m. região, a Prefeitura de Petrolina vai construir,
Assinale a alternativa que indica o perímetro sobre um rio que corta a cidade, uma ponte que
do terreno de Marcos. deve ser reta e ligar dois pontos, A e B, locali-
B C A
D zados nas margens opostas do rio. Para medir
n = 36 cm m = 64 cm a distância entre esses pontos, um topógrafo
localizou um terceiro ponto, C, distante 200 m
a do ponto A e na mesma margem do rio onde
se encontra o ponto A. Usando um teodolito
(instrumento de precisão para medir ângulos
Para determinar o perímetro do triângu- horizontais e ângulos verticais, muito empre-
gado em trabalhos topográficos), o topógrafo
lo ABC, devemos saber as medidas AB, BC observou que os ângulos BCA e CAB mediam,
B D C
e AC. Para isso, vamos utilizar algumas respectivamente, 30° e 105°, conforme ilustra-
a) 240 m c) 185 m e) 100 m
relações métricas no triângulo retângu- do na figura a seguir. Adote: 2 = 1,4.
b) 220 m d) 130 m
lo. São elas: 2. Júlio e seu irmão, Jânio, adoram fazer pipas
e depois soltá-las. Eles sempre as iniciam com
a = m + n duas varetas perpendiculares formando as
 2 diagonais de um quadrilátero. Quantos centí-
b = a ⋅ m metros de vareta, no mínimo, eles usariam para A
 2 B
c = a ⋅ n fazer a pipa representada na figura a seguir?
 105o
13
cm
Assim: Rio
5 cm

a = m+n

200 m
a = 64 + 36
a = 100
BC = 100 m 30o
cm

b2 = a ⋅ m
20

C
b2 = 100 ⋅ 64
Com base nessas informações, é correto afir-
b2 = 6.400 mar que a distância, em metros, do ponto A
ao ponto B é de:
b2 = 6.400
b = 80 244 Capítulo 9 — Relações métricas
AC = 80 m

c2 = a ⋅ n
Matematica_2022_9A_09.indd 244 10/08/2022 16:47:01 Ma
c 2 = 100 ⋅ 36
Diagonal horizontal: 12 · 2 = 24 cm.
c 2 = 3.600
Adotaremos o mesmo procedimento com
c 2 = 3.600 cm
13 o outro triângulo.
c = 60
AB = 60 m 20² = 12² + y ²
y ² = 400 − 144
y ² = 256
Portanto, o perímetro do terreno de
Marcos é: 100 + 80 + 60 = 240 m. y = 256
Resposta: Alternativa a. 13² = 5² + x ² y = 16 cm
169 − 25 = x ² Diagonal vertical: 16 + 5 = 21 cm.
2. Primeiramente, vamos descobrir a dia- 144 = x ² Somando as duas diagonais, teremos: 24
gonal horizontal. Ela pode ser dividida em x = 144 + 21 = 45 cm. Portanto, eles gastariam, no
dois triângulos retângulos. x = 12 cm mínimo, 45 cm de vareta para fazer a pipa.

244

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ANOTAÇÕES
Matemática
1. Usando a lei dos senos ou a lei dos cossenos, 3. Observe o esquema.
determine a medida do ângulo a.

a) 8
2 7

α̂ D

6 3
h B
61°
120° α̂ 93°

m
3 4 6
b) sen 120° = 56°

25
2 C
12 A
a) Qual é a menor distância do balão até o ponto A?
b) A quantos metros de altura o balão está do solo?
6 (Considere sen 26° = 0,438 e sen 61° = 0,847.)
c) 45o 4. Milena, diante da configuração representada
3 2
abaixo, pediu ajuda aos colegas para calcular o
α̂ comprimento da sombra x do poste, mas, para
isso, ela informou que o sen a = 0,6. Calcule o
comprimento da sombra x.

d) 2 6

45° α̂ 10 m

α̂
2. Para construir uma ponte sobre o rio, con- x
forme a figura, um engenheiro fez as seguin-
5. Determine o valor dos cos α nos triângulos
tes medidas: segmento AB = 30 m, ângulo a seguir.
B  = 30°. O engenheiro
AC = 105° e ângulo BCA
a)
instalou o teodolito no ponto B. Com base nas 6 2
5
medidas tiradas pelo engenheiro, determine o α̂
comprimento AC da ponte.
B

A C b) 2 3

α̂
2

Capítulo 9 — Relações métricas 245

7:01 Matematica_2022_9A_09.indd 245 10/08/2022 16:47:09

AB AC
Resposta: Alternativa b. =
sen 30° sen 45°

AB 200 2 2
3. Sabemos que a soma dos ângulos inter- = → AB ⋅ = 200 ⋅
1 2 1 2
nos de um triângulo é 180°. Assim, para 2
, faremos: 2
encontrar a medida do ângulo B
2 ⋅ 200 200 2
 + 30° + 105° = 180° 2 AB = → AB = ⋅
B 2 2 2
 + 135° = 180°
B
200 2
 = 180° − 135° AB = = 100 2
B 2
 = 45°
B Considerando 2 = 1, 4 , teremos:
100 ⋅ 1, 4 = 140 m
Podemos calcular a medida AB por meio
da lei dos senos. Logo: Resposta: 140 m

245

ME_Matematica_2022_9A_09.indd 245 15/08/2022 18:24:02


c) 8. Um barco A e outro B saem de um porto
com rumos que diferem de um ângulo de 35°.
2,5
2 As velocidades dos barcos são constantes e
iguais a VA = 40 km/h e VB = 30 km/h. Qual é
α̂
a distância entre eles após 2h de movimento?
3
(Use: cos 35° = 0,82.)

A
d)
4 2
3

α̂
2 2

6. Consulte a tabela trigonométrica e, com o B


auxílio de uma calculadora, responda: 35°
a) Em um triângulo ABC, o lado AB mede 5 cm,
o lado BC mede 4 cm, e o ângulo interno for-
9. As medidas dos lados AB e BC de um triân-
mado entre os lados AB e BC mede 65°. Qual gulo ABC são, respectivamente, 6 cm e 12 cm,
e o ângulo entre eles é 120°. Calcule, em cen-
é a medida aproximada do lado AC ?
tímetros, a medida do lado AC.
b) Em um triângulo PQR, o lado PQ mede 3 cm, 
 3 
 Use: sen 120 ° = .
o lado QR mede 6 cm, e o ângulo interno for-  2 
mado entre os lados PQ e QR mede 35°. Qual
10. Sabe-se que, em todo triângulo, a medida
é a medida aproximada do lado PR ?
de cada lado é diretamente proporcional ao
seno do ângulo oposto ao lado. Usando essa
7. Calcule a distância entre os pontos A e B,
informação, calcule a medida do lado AB do
entre os quais há uma montanha, sabendo
triângulo representado abaixo.
que suas distâncias a um ponto fixo M são de
300 m e 380 m, respectivamente.  3 

Use: sen 120° = 2 .
A  
A

120°

M
B
45°
 é igual a 47°. (Dado:
A medida do ângulo AMB C 12 m B
cos 47° = 0,68.)

246 Capítulo 9 — Relações métricas

Matematica_2022_9A_09.indd 246 10/08/2022 16:47:19 M

246

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11. Determine: Figura 1
a) A medida da diagonal menor do paralelo-
gramo ABCD.
B 10 cm

80° α
A d
C
5 10 1

D Uma pessoa, utilizando o aparelho a 1,5 m do


solo, toma duas medidas, com distância entre
b) A medida da diagonal menor do paralelo- elas de 10 m, conforme esquema da Figura 2.
gramo PQRS. Sendo ∅1 = 30° (o ângulo de visada da pessoa
na posição mais próxima da árvore) e ∅2= 20°
P Q (o ângulo de visada dessa mesma pessoa na po-
60° sição mais distante), calcule a altura da árvore.
Figura 2
13

S 12 R
1,5 m 12 11
10 m
12. Na figura abaixo, tem-se um quadrilátero
ABCD inscrito numa circunferência de centro O. 14. Um avião levanta voo com um ângulo de
A 30°. Depois de percorrer 8 km, o avião se en-
contra a uma altura de:
B
D O

a) 2 km.
b) 5 km.
8 km
C c) 3 km.
x d) 6 km.
Sabe-se que AB mede 5 cm, BC mede 8 cm e e) 4 km.
 mede 120°. A medida do raio
que o ângulo ADC 30°
da circunferência, em centímetros, é igual a:
15. Calcule a mediana relativa à hipotenusa
5 3 8 3 de um triângulo cujos catetos medem 12 m e
a) . b) . c) 5 3.
2 3 9 m, respectivamente.
13 2
d) 7 2. e) . 16. Em um triângulo, a bissetriz do ângulo reto
2
determina sobre o lado oposto segmentos pro-
13. Um aparelho é construído para medir altu- porcionais a 6 e 8. Sabendo que a hipotenusa
ras e consiste de um esquadro com uma régua mede 14 m, calcule a medida dos catetos.
de 10 cm e outra régua deslizante que permite
medir tangentes do ângulo de visada, conforme 17. Determine a altura de um triângulo equi-
o esquema da figura a seguir. látero de 2 3 m de lado.

Capítulo 9 — Relações métricas 247

:19 Matematica_2022_9A_09.indd 247 10/08/2022 16:47:24

247

ME_Matematica_2022_9A_09.indd 247 15/08/2022 18:24:04


18. Marco Polo, embora não tenha sido o pri- 19. O Big Ben é o sino da Torre do Relógio de
meiro europeu a chegar à China, foi o que mais Londres, a Elizabeth Tower. O Big Ben é, na ver-
ficou famoso por suas viagens ao Oriente. Isso dade, o Great Bell, um grande sino localizado no
porque registrou suas aventuras no livro As interior da Elizabeth Tower, prédio que abriga as
viagens de Marco Polo, que descreve as maravi- casas do Parlamento da Grã-Bretanha e traz o
lhas do país e serviu como inspiração e ponto relógio mais famoso do mundo. O relógio que
de partida para outros viajantes. Em uma de está na torre do Big Ben foi construído com o
suas viagens, encontrou três ilhas, A, B e C, que ponteiro grande medindo 4,7 m e o ponteiro
aparecem em um mapa em escala 1:10.000, pequeno medindo 2,7 m. Exatamente às 2h, a
como na figura. Das alternativas, a que melhor distância entre as pontas, que marcam o tempo,
se aproxima da distância entre as ilhas A e B é: dos dois ponteiros é de, aproximadamente:
a) 2,3 km. d) 1,4 km. a) 5,0 m. d) 3,8 m.
b) 2,1 km. e) 1,7 km. b) 4,6 m. e) 4,0 m.
c) 1,9 km. c) 4,1 m.

eva millan/EyeEm/AdobeStock.com
B

30°

105°

A 12 cm C

Neste capítulo, aprendemos:


• As relações métricas no triângulo retângulo e suas aplicações.
• A calcular as razões trigonométricas no triângulo retângulo.
• A resolver problemas utilizando a tabela de trigonometria.
• A aplicar as fórmulas das relações métricas em um triângulo qualquer.
• A resolver problemas envolvendo os conhecimentos adquiridos.

248 Capítulo 9 — Relações métricas

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248

ME_Matematica_2022_9A_09.indd 248 15/08/2022 18:24:04


• Cálculo do perímetro de figuras com-
postas de arcos de circunferência.
• Relações métricas na circunferência.

10 CAPÍTULO
• Reta tangente comum.
Circunferência, arcos e • 1a relação: entre duas cordas.
relações métricas • 2a relação: entre duas secantes.
• 3a relação: entre tangente e secante.
• Potência de um ponto em relação à cir-
Para começar cunferência.
Neste capítulo, estudaremos circunferências, arcos e suas relações
métricas, que são utilizados como ferramentas de fundamental impor- CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
tância nos cálculos de áreas de figuras planas.
As circunferências também são bastante comuns no nosso dia a
dia, como em parques de diversões, circos, automóveis, placas de trân- • Associar a importância das relações
sito, etc. métricas na circunferência e no seu uso
cotidiano.
RusGri/Shutterstock.com

pryzmat/Shutterstock.com
• Associar e relacionar os elementos de
uma circunferência.
• Reconhecer as medidas dos segmen-
tos que pertencem a duas cordas que se
interceptam em um ponto interno à cir-
cunferência.
• Relacionar as medidas dos segmentos
ESB Professional/Shutterstock.com

que pertencem a duas secantes que se


interceptam em um ponto externo à cir-
cunferência.
• Relacionar as medidas dos segmentos
que pertencem a uma secante e a uma
tangente à circunferência.
• Calcular o comprimento de uma circun-
O número p: uma razão geométrica ferência em função da medida do raio.
Um problema que interessou matemáticos de todas as civiliza- • Calcular o comprimento de um arco de
ções foi o cálculo da razão entre o comprimento (C) e o diâmetro (2r) circunferência em função da medida do
de uma circunferência.
Teremos, agora, três circunferências de raios distintos, como mos-
ângulo central correspondente e a medi-
tram as situações adiante: da do raio da circunferência.
a) Maria Eduarda comprou uma pizza no final de semana e fez o se- • Calcular a medida do ângulo central e do
guinte procedimento: mediu o comprimento da circunferência da caixa, ângulo interno de um polígono regular.
que é 111 cm; dividiu-o pelo diâmetro da caixa, que mede 35,35 cm; e o
resultado foi, aproximadamente, 3,14. • Calcular a medida do lado e a medida
do apótema de um polígono regular ins-
Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 249 crito em uma circunferência.
• Resolver problemas que estabeleçam
ou tenham relações entre o raio da cir-
Matematica_2022_9A_10.indd 249 06/08/2022 09:09:57 cunferência e elementos de um polígono
OBJETIVOS DIDÁTICOS CONTEÚDOS CONCEITUAIS nela circunscrito.

• Identificar os ângulos central e inscrito • O número p: uma razão geométrica.


na circunferência. • Comprimento da circunferência em ANOTAÇÕES
• Construir circunferências utilizando o função do raio.
compasso. • Transformação de unidades.
• Observar a posição relativa entre o ponto • Medida de um arco de circunferência.
e a circunferência e a reta e a circunferên- • Radiano.
cia e, também, entre duas circunferências. • Ângulo formado pelos ponteiros das
• Calcular o comprimento de circunferên- horas e dos minutos.
cias e de arcos de circunferência. • Ângulo formado pelo deslocamento do
ponteiro dos minutos em relação ao das
horas.

249

ME_Matematica_2022_9A_10.indd 249 15/08/2022 18:23:25


CONTEÚDOS ATITUDINAIS

• Estimular os alunos a trabalharem em b) Simone comprou uma lata de leite e Com isso, você já deve saber que, qual-
duplas para que encontrem outras for- fez o seguinte procedimento: dividiu o compri- C
quer que seja a circunferência, a razão é
mento da circunferência da lata de leite pelo 2r
mas de resolução, estabelecendo estra- seu diâmetro; e o resultado foi, aproximada- constante, dando o número irracional repre-
tégias próprias. mente, 3,14. sentado por π. Disso resulta a conhecida ex-
pressão do comprimento da circunferência
• Explorar as resoluções de exercícios c) Márcia comprou um espelho de maquia- em função do raio:
por meio do cálculo mental. gem e fez as seguintes medições com uma fita
C
• Trabalhar as informações com base em métrica: dividiu o comprimento da circunferên-
cia do espelho pelo seu diâmetro; e o resulta- 2r
= π → C = 2πr

uma análise crítica da realidade. do foi, aproximadamente, 3,14. Outra maneira de calcular os valores apro-
• Estimular os alunos a pesquisar o uso ximados de π é utilizando áreas ou perímetros

Africa Studio/AdobeStock.com
de polígonos regulares inscritos ou circunscri-
da Matemática no dia a dia.
tos à circunferência. Matemáticos egípcios (por
• Respeitar as diferentes interpretações volta de 1800 a.C.), babilônios e gregos chega-
encontradas na resolução das situações- ram a valores com aproximação apreciável do
que hoje representamos por π.
-problema.

Passo a passo
ANOTAÇÕES
1. A roda de uma bicicleta tem raio de 44 cm.
Lembrete Qual é a distância que essa bicicleta percorre
quando a roda dá 1.000 voltas? Use: π = 3,14.
O cálculo do diâmetro de uma circunferência
é duas vezes o seu raio. a) Mais de 4 km.
d = 2r b) Entre 3 km e 4 km.
Para calcular a área de um círculo, utilizamos: c) Entre 2 km e 3 km.
2
A = π ⋅ r d) Entre 1 km e 2 km.
e) Menos de 1 km.

Importante Solução:
1) Para que exista uma circunferência, faz- Sabemos que 1 volta equivale ao comprimen-
-se necessário um centro no mesmo plano de to da circunferência.
onde todos os pontos distem igualmente em Isto é:
uma curva fechada formada por uma linha a
C = 2π ⋅ R → C = 2 ⋅ 3, 14 ⋅ 44→ C = 276, 32 cm
partir do centro.
Porém, para encontrarmos a distância percor-
2) O círculo é a porção do plano limitada pela rida, basta usarmos uma regra de três.
circunferência.
3) Para alguns autores, a circunferência é um 1 volta → 276,32 cm
círculo; e o círculo, um disco. 1.000 voltas → x
4) Para qualquer círculo, a mediatriz de uma
corda passa pelo seu centro. Com isso:
x = 1.000 . 276,32 → x = 276.320 cm
5) E qualquer raio que passa por sua extremi-
dade é perpendicular à tangente. Então:
x = 276.320 : 100.000 → x = 2,76320 km

250 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Lembrete • A medida de um arco de circunferên-


cia que tem dois pontos, C e D, é dividida
Para transformação de unidades em dois arcos; C e D são as extremidades
÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10
de cada um desses arcos, que denomina-
mos de CD e DC
.
km hm dam m dm cm mm

× 10 × 10 × 10 × 10 × 10 × 10
C C

Medida de um arco de circunferência


D D
Observe, a seguir, a ilustração de um relógio de parede com pêndulo.

• Se C e D se coincidem, formam um arco


de uma volta e um arco nulo.
Perysty/AdobeStock.com

O
C=D
R α R

C=D
A B
arco de uma volta

40°
C=D
32 c
cm


arco AB
32

Com auxílio do compasso, é possível du- C=D


A B plicar, triplicar, etc. a medida desse arco. Ob- arco nulo
servamos que:
• Um arco de meia-volta é formado pelas
• A medida do ângulo AOC
 é igual a 2
extremidades de C e D de um mesmo diâ-
vezes a medida do ângulo AOB . Por-
metro.
Quanto percorre o pêndulo de um relógio 
tanto, a medida do arco AC é o dobro
do ponto A até o B?
Para responder a essa pergunta, temos de da medida do arco  AB.
estudar uma proporcionalidade entre as me-
didas do ângulo e do arco da circunferência. • A medida do ângulo COD
 é igual a 3
D C
vezes a medida do ângulo AOB . Por- O
Com isso, observe a circunferência de raio

tanto, a medida do arco CD é o triplo
 determina o arco AB
R. O ângulo AOB  como
,
mostra a figura. da medida do arco 
AB. O = centro da circunferência
arco de meia-volta

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 251

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ANOTAÇÕES

251

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SUGESTÃO DE ATIVIDADES

1. Responda. C

y B
R
R
Com isso, concluímos que a medida do ângulo e o com-
12
O primento do arco que esse ângulo determina são diretamen-
10
te proporcionais.
8 o R
R
6
A
4 r
2 D

-2 2 4 6 7 10 12 14 r
-2 Quando dividimos uma circunferência em 360 partes congruentes, cada uma dessas par-
tes é um arco de 1 grau (1°).
Então:
B
a) Quais as coordenadas do centro des-
sa circunferência?
Resposta: (8,6)
O A B A
O
b) Quantas unidades de comprimento
tem o raio dessa circunferência?
Resposta: 6
Arco 
AB de 90° (um quarto de volta) Arco 
AB de 180° (meia-volta)
c) Quantas unidades de comprimento
Um quarto de volta corresponde a 90°, ou a Uma meia-volta corresponde a 180°, ou a
tem o diâmetro dessa circunferência? πr
em unidades de comprimento. πr em unidades de comprimento.
Resposta: 12 2

d) Qual o eixo tangente à circunferência?


Resposta: Eixo x.
O A A=B O

B
ANOTAÇÕES
Arco 
AB de 270° (três quartos de volta) Arco 
AB de 360° (uma volta, ou nulo)

Três quartos de volta correspondem a


Uma volta completa corresponde a 360°,
3πr
270°, ou a em unidades de comprimento. ou a 2πr em unidades de comprimento.
2

252 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Observemos as seguintes relações: 1. Descubra a medida do maior ângulo


πr 1 2 formado pelos ponteiros quando são 7
90º → → ⋅ (2πr ) 180º → πr → ⋅ (2πr )
2 4 4 horas.
3πr 3 4
270º → → ⋅ (2πr ) 360º → 2πr → ⋅ (2πr ) 30°
2 4 4

Com isso, encontraremos uma relação entre o comprimento do arco (l) em função do ân-
gulo (α). Veja a figura abaixo:

R aio

O α Comprimento 2. Calcule o ângulo formado por duas


do arco
Ra horas consecutivas.
io
A
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

De acordo com as relações entre o ângulo em graus e o comprimento do arco, temos:


Radiano é a medida de um arco cujo
comprimento é igual ao raio da circunfe-
• Ângulo em graus → comprimento do arco
• 360° → 2πr rência que contém o referido arco. Como
• α→L ao arco está associado um ângulo central,
Mas sabemos que essas medidas dos arcos de uma circunferência em graus são direta- também podemos dizer que radiano é a
mente proporcionais às medidas em unidades de comprimento. Com isso:
medida do ângulo central que determina
Onde: na circunferência um arco cujo compri-
360 2πr 2πr ⋅ α
r Medida do raio mento é igual ao do raio.
= L= α Medida do ângulo em graus
α L 360º O radiano é útil para distinguir quanti-
L Comprimento do arco
dades de diferentes naturezas, mas com
a mesma dimensão. Por exemplo, a ve-
Radiano
locidade angular pode ser medida em
Para facilitar nossos cálculos, aprenderemos uma nova unidade de medida de ângulos: o radianos por segundo (rad/s). Fixando a
radiano. Observe a figura.
palavra radiano, enfatiza-se o fato de a
velocidade angular ser igual a 2p vezes a
r L=r frequência rotacional.
O r

ANOTAÇÕES
Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 253

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Observe que a medida do comprimento do arco é igual à medida do comprimento do raio,
ou seja: ℓ = r.
Surge, assim, o radiano (rad), que corresponde à medida do ângulo central quando L = r.

r
r
1 radiano = 1 rad
O r

Como C = 2πr e r = 1 rad, podemos escrever: C = 2π . 1 rad = 2π rad.

Dessa forma, a medida de uma circunferência pode ser expressa por: 360°, na unidade
grau; 2πr, em unidades de comprimento; 2π, na unidade radiano.

Agora, podemos responder à situação-problema que envolve o relógio de parede.


Observamos que o ângulo α mede 9° e o raio mede 32 cm.
Verifique que:
360° → 2π rad
Lembrete
180° → π rad 120π 2π 150π 5π
120° = = rad 150° = = rad
π 180 2 180 6
90° → rad
2

2πr ⋅ α
Com isso, o comprimento do arco  AB = .
360
2π ⋅ 32 ⋅ 9
Comprimento do arco AB = (Considere: π = 3,14)
360
Portanto:
O comprimento do arco 
AB percorrido pelo ponteiro de um relógio de parede é igual a
5,03 cm, aproximadamente.

Passo a passo
1. Calcule, em radianos, a medida de um arco de 60°.
Solução:
Podemos resolver através de uma regra de três. Observe:

360° − 2π rad
60° − x
360° 2π rad
= → 6 x = 2π rad
60°1 x
2 1π rad π π rad.
x= → x = rad Logo, a medida do arco é
63 3 3

254 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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254

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2. Calcule, em graus, a medida de um arco de rad.
6
Solução:
360° − 2π

x−
6
360° 2π rad 360° 12
= → = → 12 x = 360° ⋅ 5 → 12 x = 1.800° → x = 150°
x 5π rad x 5
6

Ângulo formado pelos ponteiros das horas e dos minutos


Agora, vamos mostrar uma relação entre o ponteiro das horas e dos minutos em função
de um ângulo. Sabemos que o mostrador de um relógio é dividido em 12 partes iguais (cada
360°
uma mede = 30° ), marcas que indicam as horas; e em 60 partes iguais (cada uma mede
360° 12
= 6° ), marcas que indicam os minutos. Isto é: quando o ponteiro dos minutos der uma
60
volta completa no relógio, percorrerá 60 minutos, que equivalem a 360°. Com isso, um minu-
360°
to equivale a = 6°.
60
Com relação ao ponteiro das horas, quando der uma volta completa no relógio, percorre-
360°
rá 12 horas, que equivalem a 360°. Com isso, uma hora equivale a = 30°.
12
Logo, em uma hora, o ponteiro das horas descreve um ângulo de 30°; e, em um minuto, o
ponteiro dos minutos descreve um ângulo de 6°.

Ângulo formado pelo

Borisb17/Shutterstock.com
deslocamento do ponteiro
dos minutos em relação ao
das horas
Observamos que, quando o ponteiro dos mi-
nutos se desloca, o ponteiro das horas também
se desloca. Sabemos que uma hora no ponteiro
das horas equivale a 30° e a 60 minutos; então,
um minuto no ponteiro dos minutos com rela-
30
ção ao ponteiro das horas equivale a = 0 , 5° .
60
Isto é, quando o ponteiro dos minutos
andar um minuto, o ponteiro das horas se des- A Igreja de São Pedro, em Zurique, na Suíça, abriga o maior
locará meio grau (0,5°). relógio da Europa.

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 255

:12 Matematica_2022_9A_10.indd 255 06/08/2022 09:10:17

255

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
• Incentive os alunos a observarem a
resolução dos exercícios da seção Passo
a Passo e avalie se os alunos conseguiram
Passo a passo
assimilar o conteúdo. É preciso motivá-
-los a enfrentar possíveis dificuldades na 1. Determine a medida do menor ângulo forma- Daí, obtivemos:
do pelos ponteiros de um relógio às 8h20min.
resolução de questões. Solução: 60 30° 30°
= → 3= → x = 10°
• Caso os alunos tenham dúvidas, faça Vamos considerar: 20 x x
α = x + 120° → α = 10° + 120° → α = 130°
uma revisão do conteúdo. Isso os ajuda-
α → Medida do ângulo pedido.
rá a superar as dificuldades. x → Medida do ângulo descrito pelo ponteiro
2. Determine a medida do menor ângulo forma-
• Faça um debate sobre as questões das horas em 20min, a partir das 8h.
30°
do pelos ponteiros de um relógio às 12h24min.
resolvidas no livro, favorecendo a com- Solução:

preensão, passo a passo, do que foi feito. 12 12 β


11 1 11 1
• Na seção Aplicação, incentive os alunos 10 2 10 2
a resolverem os exercícios e esteja sem- 3 3 α
9 9 x
pre pronto para solucionar as dúvidas 120°
8 4 x 8 4
que forem surgindo. 7 5 7 5 x=α-β
6 6
• Estimule os alunos a praticarem os exer- α é o ângulo descrito pelo ponteiro dos minu-
cícios. Ao fazer a correção, fique atento O mostrador do relógio é dividido em 12 par-
tos no tempo de 24min.
para perceber o conteúdo em que eles tes iguais. Por isso, o arco compreendido entre
dois números consecutivos mede: 
 1 min ↔ 6°
 → α = 24 ⋅ 6° = 144°
apresentaram maior dificuldade. Oriente- 

360° 24 min ↔ α

-os dando as explicações necessárias. = 30°
β é o ângulo descrito pelo ponteiro das horas
12
no tempo de 24min.
Assim, α = x + 120°. Como, a cada 60min, o
ponteiro das horas percorre 30°, temos:  1h
 ↔ 30° 60 min ↔ 30°


 → 



24 min ↔ ² 
24 min ↔ ²

Tempo Ângulo descrito
ANOTAÇÕES 60min 30° Portanto:
20min x 24 ⋅ 30°
² = = 12° x = 144° 12° = 132°
60

Aplicação
1. Dados os ângulos abaixo em radianos, indique seus valores em graus.
π 12π
a) rad c) rad
10 5
3π 3π
b) rad d) rad
4 2

256 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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256

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2. Converta em radianos. 7. O comprimento da trajetória de A até B é
igual a: A
a) 75° b) 144°
c) 22°30’ d) 1°

3. Calcule o maior ângulo entre os ponteiros


do relógio nos instantes:

60
a) 16h. b) 6h.

4. O ponteiro dos minutos de um relógio tem


comprimento de 12 cm. Qual é a distância que
a ponta do ponteiro percorre em um interva-
lo de tempo de 23min?

12
120°

12
Shutterstock.com

18
150°
18

B
a) 53π. d) 43π.
5. Às 11h15min, o ângulo α (figura abaixo),
b) 60π. e) 96π.
formado pelos ponteiros de um relógio, mede:
c) 120π.

11 12 1 8. Na figura, têm-se 3 circunferências de centros


10 2 A, B e C, tangentes duas a duas. As retas QC e PT
α são perpendiculares. Sendo 4 m o raio da circun-
9 3 ferência maior, quantos metros devemos percor-
rer para ir de P a Q seguindo as flechas?
8 4
7 5
0:24
6
a) 2π
a) 90°. b) 112°30’. c) 82°30’. T A C B P b) 3π
d) 120°. e) 127°30’. c) 4π
d) 6π
e) 12π
6. Um relógio foi acertado exatamente às 6h.
Que horas o relógio estará marcando após o
ponteiro menor (das horas) ter percorrido um Q
ângulo de 72°?

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 257

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257

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9. Um serralheiro cortou um pedaço de chapa de alumínio em forma de um setor circular que
possui ângulo igual a 45° e raio igual a 50 cm. Qual é o perímetro desse setor circular?
a) 314 cm c) 78,5 cm e) 139,25 cm
b) 39,25 cm d) 157 cm

Cálculo do perímetro de figuras compostas de arcos de


circunferência
Para calcular o perímetro de uma figura composta, devemos decompô-la em outras cur-
vas cujo perímetro sabemos calcular.
Exemplo:

3 3 3 3
A O" C O' B

• O arco AC  tem metade do comprimento da circunferência de raio 3.

 = 2 ⋅ π ⋅ 3 = 6 ⋅ 3,14 = 9, 42.
m( AC ) 2 2
• O arco CB tem metade do comprimento da circunferência de raio 3.


m(CB )
 = 9, 42.

• O arco  AB tem metade do comprimento da circunferência de raio 6.


2 ⋅ π ⋅ 6 12 ⋅ 3,14
m( 
AB ) = = = 18, 84.
2 2
O perímetro da figura é: 9,42 + 9,42 + 18,84 = 37,68.

Aplicação
Ma

10. Uma franquia de fast food vende fatias de


pizza, e uma de suas opções tem o formato
representado ao lado. Sabendo que essa fatia
é uma das oito fatias recortadas da pizza intei- 5π cm
ra (todas com o mesmo tamanho e formato),
qual é o diâmetro da fôrma da pizza?

258 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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258

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

11. Na figura a seguir, têm-se cinco arcos de 13. Percorrendo a estrada da figura abaixo, um • Trabalhe nos exercícios o reconhecimen-
circunferências concêntricas e igualmente veículo inicia um retorno em um ponto A utili- to e a representação das retas secantes, tan-
espaçadas entre si. Sabendo-se que a soma zando a trajetória circular da figura, cujo raio é
dos comprimentos desses arcos é igual ao 20 m. Se nessa rotatória a velocidade máxima gentes e externas a uma circunferência.
comprimento da circunferência maior, qual é
a medida do ângulo central comum a todas as
permitida é de 20 km/h, o menor tempo neces- • Usando régua e compasso, realize
,
circunferências?
sário para que esse veículo percorra o arco AB construções envolvendo tangência entre
em segundos, é:
reta e circunferência.
(Considere π = 3,14)
• Deduza e aplique a relação entre um
segmento de secante e um segmento de
tangente em uma mesma circunferência.
• Aplique a fórmula para o cálculo da
área do círculo na resolução de situações-
-problema.
• Mostre a utilidade das relações métri-
12. Em torno de um campo de futebol, confor- cas como meio de interpretar rápida e
me a figura a seguir, construiu-se uma pista de A B precisamente os fenômenos científicos
atletismo com 3 m de largura, cujo preço, por
presentes no dia a dia.
metro quadrado, é de R$ 500,00. Sabendo-
-se que os arcos situados atrás das traves dos • Explique que o ângulo inscrito é forma-
gols são semicírculos de mesma dimensão, o do quando duas retas secantes de uma
custo total dessa construção, que equivale à 20
área hachurada, é:
m circunferência se interceptam em um
(Considere π = 3,14) ponto comum dessa circunferência.

ANOTAÇÕES

a) 12. c) 15. e) 22.


a) R$ 488.400,00. b) 18. d) 25.
b) R$ 464.500,00.
100 m

c) R$ 502.530,00. 14. Uma praça tem formato circular, e deseja-


d) R$ 667.030,00. -se cercá-la para a realização de um evento
durante um final de semana. Para tanto, serão
gastos R$ 8,50 por metro de material. Saben-
do que o diâmetro dessa praça é de 30 m, qual
será o valor gasto com a cerca nesse evento?
a) R$ 1.601,40
b) R$ 800,70
40 m c) R$ 900,00
d) R$ 1.600,00
3m 3m e) R$ 94,20

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 259

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259

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Relações métricas na circunferência
Propriedades das secantes e tangentes
Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em
dois pontos distintos A e B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM
é perpendicular à reta secante s.

s A Lembrete
M A reta é secante quando intercepta a circun-
B ferência em dois pontos, formando a corda AB.

A Reta secante
O
B

s A

M
Se uma reta s, secante a uma circunferên- B
cia de centro O, intercepta a circunferência em
dois pontos distintos, A e B, a reta perpendi-
cular a s, que passa pelo centro O da circun- O
ferência, passa também pelo ponto médio da
corda AB.

Seja OP o raio de uma circunferência, em


Lembrete
que O é o centro e P é um ponto da circunferên-
A reta é tangente quando intercepta a circun-
cia. Toda reta perpendicular ao raio OP é tan- ferência em um único ponto, chamado ponto de
tangência, ou ponto de contato.
gente à circunferência no ponto de tangência P.
E

P P
Ma

Reta tangente

260 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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260

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Reta tangente comum: uma reta que é tangente a duas circunferências ao mesmo tempo 1. (IFMG) Maria caminha pela Praça Raul
é denominada tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes comuns: a interna e a ex- Soares sobre o arco ABC e, depois, segue
terna.
em linha reta até o ponto D. Um esque-
ma simplificado da praça está desenha-
do a seguir, no qual se apresentam duas
circunferências de centro O, de raios 5
m e 42 m. Sabe-se que os pontos A, R, S
e T são vértices de um quadrado. Consi-
Tangente comum interna Tangente comum externa
dere p = 3.

Ângulo inscrito: relativo a uma circunferência, é um ângulo com o vértice na circunferência


 é inscrito, e 
e os lados secantes a ela. Na figura abaixo, o ângulo AOB AB é o arco correspondente.
S T
A medida do ângulo inscrito na circunferência é igual à metade da medida do arco defini-
do por seus lados.

( )
m 
AB
( )
 =
m AOB
2
Outros saberes
Para ampliar os seus conhecimentos acerca do conteúdo
B que estamos estudando, escaneie o QR Code a seguir. O
Escola de Números com Thyago D
Araujo
Relações Métricas na Circunferência
[COMPLETO]

O
A R A
B
C
O percurso realizado por Maria, em
1a relação entre duas cordas metros, encontra-se no intervalo:
Na figura abaixo, as cordas AB e CD de uma circunferência se interceptam em um ponto P
diferente do centro dessa circunferência.
Então: PA ⋅ PB = PC ⋅ PD a) [55, 60[.
b) [60, 65[.
D A c) [65, 70[.
P
d) [70, 75[.

O diâmetro é a corda de maior medida.


Solução:
C O comprimento do percurso realizado
B
por Maria é dado por:
1 1
⋅ 2π ⋅ OC + OC − OD ≅ ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 42 + 42 − 5
8 8
Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 261
≅ 31,5 + 37
≅ 68, 5 m
Matematica_2022_9A_10.indd 261 06/08/2022 09:10:38

Portanto, entre [65, 70[.


Resposta: Alternativa c.
ANOTAÇÕES
2. (UFG–Adaptada) Gerard Stenley
Hawkins, matemático e físico, nos anos
1980, se envolveu com o estudo dos mis-
teriosos círculos que apareceram em
plantações na Inglaterra. Ele verificou que
certos círculos seguiam o padrão indica-
do na figura da página seguinte, isto é,
três círculos congruentes, com centros
nos vértices de um triângulo equilátero,
tinham uma reta tangente comum.
:35

261

ME_Matematica_2022_9A_10.indd 261 15/08/2022 18:23:32


Demonstração:

Hipótese: AB e CD são cordas da circunferência.


Tese: PA ⋅ PB = PC ⋅ PD

Os triângulos APC e DPB são semelhantes pelo caso AA:

 ≅ APC
DPB  e são opostos pelo vértice (A). 



 APC ∼DPB
  
CDB ≅ C AB e determinam o mesmo arco BC (A).


Nestas condições e considerando-se PA PC


Então: = , ou seja, os segmentos PA, PD, PC e PB são, nessa ordem, proporcionais.
uma circunferência maior que passe pe- PD PB
los centros dos três círculos congruentes,
Logo: PA ⋅ PB = PC ⋅ PD
calcule a razão entre o raio da circunferên-
cia maior e o raio dos círculos menores.
Solução: Passo a passo
Na figura a seguir, H1, H2 e H3 são os
pontos em que os círculos de centros A, 1. Na figura, calcule a medida da corda CD.
B e C tangenciam a reta. Solução:
A Usando o teorema entre duas cordas, teremos:
3 x ⋅ ( x + 1) = (4 x − 1) ⋅ x → 3 x 2 + 3 x = 4 x 2 − x
3x
4 x 2 − 3x 2 − 3x − x = 0 → x 2 − 4 x = 0
A
P x D x ( x − 4) = 0 → x = 0 ou x = 4
4x - 1
CD = (4 x − 1) + x
C
H3 x+1
H1 H2 CD = 5 x − 1
B CD = 5 ⋅ 4 − 1 → CD = 19
O
 na figura abaixo.
2. Calcule a medida do arco AC
B C
M B Solução:
=
AC 
AB + BC
A 
( ) e m θ = m(BC
m AB 
)
Seja O o centro do círculo circunscrito θ
C  =
Mas m α () 2
() 2
ao triângulo ABC.
É fácil ver que BH1 + AH 2 = 2 ⋅ BH1 = AM ,
α  = 2⋅m α
Então: AC  +2⋅m 
() ()
 = 2 ⋅ 30° + 2 ⋅ 20° = 100°
θ → AC

com M sendo o ponto médio do lado BC.


Logo, pela propriedade da mediana, obte- Sendo: α = 30° e θ = 20°
2 4
mos: OA = ⋅ AM = ⋅ BH1 , ou seja, o raio
3 3 262 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas
4
do círculo maior é igual a do raio dos
3
círculos menores.
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ANOTAÇÕES

262

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Aplicação
15. Determine o valor de x.
A
a) b)
2 2x
5 x
C P
x 9
4
D
O
9

c) C d)

8 9 1 x
B
A
P
x
x x + 12
O
11

16. Duas cordas de uma circunferência, AB e CD, interceptam-se em P. Sabendo que PA = x,


PB = 4x - 1, PC = 3x e PD = x + 1, calcule:
a) A medida x.
b) O comprimento de cada uma das cordas.

0:46
B
3x E
17. Na aula de Geometria, professor Tales x
desenhou no quadro a relação entre duas
x+
cordas e pediu aos estudantes que determi- A 1
1
-
nassem a soma das cordas BD e CE , sabendo 4x D
que AB = 3x , AC = 4 x − 1, AD = x + 1 e AE = x .
C

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 263

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263

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18. Em uma circunferência, duas cordas, 21. DEB é uma corda de um círculo tal que
AB e CD, interceptam-se em um ponto E de
DE = 3 e EB = 5. Seja O o centro do círculo,
forma que a razão entre CD e EC é igual a 1.
liga-se OE e estende-se OE até cortar o círculo
Sendo AE = 6 cm e AB = 16 cm, o comprimento
em C (veja a figura). Dados: EC = 1, determine
de CD é, em centímetros:
o raio do círculo.
C
a) 75. b) 2 15. c) 15 2.

d) 2 30. e) 2 75. 1

B 5 3 D
19. (ITA) Por um ponto A de uma circunferên-
cia, traça-se o segmento AA’, perpendicular a E
um diâmetro dessa circunferência. Sabendo-
-se que o ponto A’ determina, no diâmetro,
segmentos de 4 cm e 9 cm, podemos afirmar O
que a medida do segmento AA’ é:
a) 4 cm. b) 12 cm. c) 13 cm.

d) 6 cm. e) 13 cm.

20. Calcule x nas questões abaixo.

a)
B
2a relação entre duas secantes
Se o ponto P estiver no exterior da circun-
ferência, a relação PA ⋅ PB = PC ⋅ PD também é
válida.

A
B
A 5°
x +1
P
O

B D
b)
C

40° + x Demonstração:
Hipótese: P é exterior à circunferência e
está no prolongamento das cordas AB e CD.
x + 5°
C Tese: PA ⋅ PB = PC ⋅ PD

Os triângulos PAD e PCB são semelhantes


pelo caso AA:

264 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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264

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A
B 
P é um ângulo comum a PAD e PCB (A).

A≡C , pois são ângulos inscritos em um
O P
mesmo arco (A).
D
PA PC
C Assim: = ↔ PA ⋅ PB = PC ⋅ PD
PD PB

Passo a passo
1. Na figura, tem-se: Solução:
Usando o teorema entre duas secantes, temos:
PA = 2 AB , PO = 13 cm e OC = 5 cm
Determine o valor de AB.
A
A
B x B x
AB = x

P P
O C O 5 C 8

2 x ⋅ x = 13 ⋅ 8 → x 2 = 13 ⋅ 4
x 2 = 22 ⋅ 13 → x = 2 13

Aplicação
22. Determine o valor de x.

a) b)
B
5 B
11

9
x A A
P
O C O
P C
x
2
x D
10
D

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 265

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265

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23. Por um ponto Q externo a uma circunferência, passam duas secantes: uma intercepta
a circunferência nos pontos M e N; e a outra, nos pontos O e P. Se conhecemos as medidas
NQ = 4, MQ = 8, PQ = 3, OQ = x, calcule a medida OQ.

24. Calcule o valor de x.

a) b) B

4
4
x 8
P
O
C x 2
3
D 5
B
c) A
15
x
O
P
5
x + 10
C
D

25. Na figura, ABC representa o trecho de uma 27. Na figura a seguir, AB = 8 cm, BC = 10 cm,
estrada que cruza o pátio circular de centro O AD = 4 cm, e o ponto O é o centro da circun-
e raio r. Se AC = 2r = AO, determine BC. ferência. O perímetro do triângulo AOC mede,

C em centímetros:
B

C
O A a) 36.
b) 72.
O c) 54.
d) 116.
e) 120. Ma

26. Determine o raio do círculo abaixo.


11 5 a) 10 B
b) 11 D
4 c) 12
O d) 13
e) 14
12
2
A

266 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

3a relação entre tangente e secante • Estimule o raciocínio, a criação e a liber-


O quadrado da medida do segmento tangente é igual ao produto da medida do segmen- dade de pensamento dos alunos.
to secante inteiro pela medida de sua parte externa.
• Solicite uma pesquisa em livros de
Matemática sobre os conceitos de cir-
P B C cunferência, corda, raio, diâmetro, seg-
mentos tangentes à circunferência, seg-
2
( AP) = PB ⋅ PC mentos secantes à circunferência, ponto
externo e interno à circunferência.
R
A

Demonstração:
ANOTAÇÕES
P B C
AP PC
 ABP ∼ APC → = → AP ⋅ AP = PB ⋅ PC →
PB AP
2
( AP) = PB ⋅ PC

Passo a passo

1. Na figura, AC = CD e AB é tangente à circun- Solução:


Usando o teorema entre tangente e secan-
ferência. Calcule AC.
te, temos:
B B

3 2 3 2

A
O A
O
x
C
C x
D
D
(3 2 )
2
= 2x ⋅ x → 2x 2 = 9 ⋅ 2 → x 2 = 9 → x = 3

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 267

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Aplicação
28. Determinando o valor de x na figura, 32. Na figura a seguir, M e N são pontos médios
obtemos:
dos lados do quadrado ABCD, e T é o ponto
de tangência. Calcule a área do quadrado em
x função de k sabendo que CT mede k.
2
O A N B
T
x

a) 2 + 2 2 b) 2 + 5 c) 1 M

d) 1+ 5 e) 3 + 5

29. Por um ponto T distante 12 cm de uma


circunferência, traça-se uma secante que deter-
mina, na circunferência, uma corda AB de 8 cm. D C
Calcule o comprimento da tangente a essa
33. Calcule x nas figuras abaixo.
circunferência traçada do ponto T, sabendo que
AB passa pelo centro da circunferência. 4
x
a) 4 15 b) 6 15 c) 8 15 a)
6
d) 10 15 e) 12 15

30. (Epcar) De um ponto P exterior a uma circun-


ferência, traçam-se uma secante PB de 32 cm,
x
que passa pelo seu centro, e uma tangente PT,
b)
cujo comprimento é de 24 cm. Calcule o compri-
7
mento dessa circunferência em centímetros. 9

31. De um ponto situado a 13 cm do centro de


um círculo, traça-se uma tangente à circunfe- 4
rência desse círculo de 12 cm de comprimen-
to. Pode-se afirmar que o raio da circunferên- c)
cia, em cm, mede, aproximadamente: 6
x
a) 13. b) 10. c) 9. d) 5. e) 3.

268 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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Relações métricas adicionais
Duas outras importantes relações métricas na circunferência são oriundas de relações mé-
tricas no triângulo retângulo já conhecidas e demonstradas. São elas:

a) A medida da corda que passa pela extre- b) A medida do segmento da perpendicu-


midade de um diâmetro de uma circunferên- lar baixada de um ponto qualquer da circunfe-
cia é igual à média proporcional entre as me- rência sobre o diâmetro é igual à média pro-
didas do diâmetro e da projeção dessa corda porcional entre as medidas dos dois segmentos
sobre o diâmetro. determinados por ela sobre o diâmetro.
Assim: Assim:
A
A

C B C
B O H
O H

AB 2 = BC ⋅ BH AH 2 = BH ⋅ HC

Passo a passo
1. Calcule o valor de x nas figuras. 2. Calcule o valor de x nas figuras.
A A
a) a)
x
x

B C O
B C
O H 7 H 4
9 16

Solução: Solução:
AB 2 = BC ⋅ BH → x 2 = 16 ⋅ 9 AH 2 = BH ⋅ HC → x 2 = 16 ⋅ 4
x 2 = 144 → x = 144 → x = 12 x 2 = 64 → x = 64 → x = 8

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 269

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Trabalhe os cálculos da potência de b) A c) A


um ponto em relação a uma circunferên-
x
cia (o comprimento); conhecendo a me-
x O
dida do raio, aplique a fórmula para o cál- B C B 4 C
H O H
culo da área do círculo na resolução de 4 5
4,5
situações-problema.

Solução: Solução:
2
AB = BC ⋅ BH → x = 9 ⋅ 4 2
AH 2 = BH ⋅ HC → x 2 = 4 ⋅ 5
2
x = 36 → x = 36 → x = 6 x 2 = 20 → x = 20 → x = 2 5
ANOTAÇÕES
Potência de um ponto em relação à circunferência
B

A
B1
Por um ponto P exterior a uma cir- A1
cunferência, traçamos vários segmen- P
tos de secantes, conforme a figura. A2
B2 A3

B3

Pela relação entre as secantes, temos:

PA ⋅ PB = PA1 ⋅ PB1 = PA2 ⋅ PB2 = PA3 ⋅ PB3 = ... = constante.


Essa constante é chamada potência do ponto P em relação à circunferência.
Pot (P) = PA ⋅ PB
No caso específico da secante que passa pelo centro da circunferência, temos:
PA = d - r
PB = d + r
Logo:
Pot (P) = PA ⋅ PB
Pot (P) = (d - r) ⋅ (d + r)
Pot (P) = d2 - r2
B A
r O r P

270 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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36. Encontre os valores de x em cada circun-
Passo a passo ferência de raio 2 cm.

a)
1. Qual é a potência de um ponto que dista
1,8 P
25 m do centro de uma circunferência cujo 1,5
diâmetro mede 30 m?

2
25 x 2,3

15 15 10
P
O
30
b)3

Solução: 2
6
Pot (P) = d2 - r2 → Pot (P) = 252 − 152
Pot (P) = 625 - 225 → Pot (P) = 400 m2
O
2. A potência de um ponto P em relação a uma 3
circunferência é 600 cm2. Sabendo que P dista 35 P x
cm do centro da circunferência, calcule o seu raio. 2
Solução:
Pot (P ) = d 2 − r 2 c)

600 = 352 − r 2 3,6

600 = 1.225 − r 2

600 − 1.225 = r 2 O 2,8


r →= 625
x x
r = 625 → r = 25 cm

Aplicação d)
1:38

34. Um ponto P dista 20 cm do centro de uma 3,7


circunferência com 5 cm de raio. Qual é a
potência do ponto P? O

35. A potência de um ponto P em relação a uma 2,3


circunferência é 21a2. Sabendo que o ponto P
está distante 5a do centro da circunferência,
calcule a medida do seu raio em função de a. x P

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 271

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

1. Se a pista circular possui 80 m de diâ- e) e tratá-lo bem é uma questão de bom senso,
metro, podemos facilmente determinar o cidadania e bem-estar agora e principalmen-
te no futuro. Pensando nisso, um grupo de
comprimento dela por meio da fórmula: estudantes de uma escola quer representar
P uma peça sobre a importância da reciclagem
C=π·d x do lixo. Eles querem montar um cenário no
O
C = π · 80 qual 3 paredes de 4 m de altura por 5 m de
comprimento deverão ser revestidas de CDs
C = 80π m defeituosos. Sabendo-se que cada CD possui
12 cm de diâmetro, quantos CDs, aproximada-
Se o atleta corre 10 km (10.000 m) diaria- mente, serão necessários para revestir essas
mente, podemos determinar o número paredes? (Use π = 3,14)
de voltas (n) percorridas pelo atleta por a) 5200 c) 5400 e) 5600
meio do quociente entre 10.000 m e o Desafios b) 5300 d) 5500

comprimento da pista:
1. Nas olimpíadas de Tóquio, no Japão, tem
10.000 uma pista de atletismo tem a forma circular e Matemática
n= seu diâmetro mede 80 m. Um atleta treinando
80π nessa pista deseja correr 10 km diariamente.
125 1. Na figura, O é o centro da circunferência;
Determine o número mínimo de voltas comple-
n= voltas
π tas que ele deve dar nessa pista a cada dia. AB = a; AC = b; e OA = x . O valor de x, em fun-

ção de a e b, é:
Para um resultado mais preciso, vamos 2. Em um condomínio, uma área pavimentada,
considerar π = 3,14: que tem a forma de um círculo com diâmetro,
medindo 8 m, é cercada por grama. A adminis-
125 tração do condomínio deseja ampliar essa área,
n= mantendo seu formato circular e aumentando,
3,14
em 10 m, o diâmetro dessa região, preservan- O
n ≈ 39, 8 voltas do, assim, o revestimento da parte já existen-
te. O condomínio dispõe, em estoque, de material
Podemos afirmar que o atleta dará apro- suficiente para pavimentar mais 130 m2 de área. O A
B
ximadamente 40 voltas. síndico do condomínio avaliará se esse material
disponível será suficiente para pavimentar a C
Resposta: 40 voltas.
região a ser ampliada. A conclusão correta a que
a+b
o síndico deverá chegar, considerando a nova a) b) a - b c) 2 a 2 − b2
2
2. A área da região a ser pavimentada equi- área a ser pavimentada, é a de que o material
a2 b ab
disponível em estoque será ou não suficiente? d) − e)
vale à diferença entre o círculo maior, for- (Utilize 3 como aproximação para π.) 2b 2 2
mado pela área total, e o círculo menor da
2. Em uma circunferência, duas cordas, AB e CD,
área pavimentada. O círculo menor pos- 3. De uma forma sintetizada, o lixo correspon-
de a todos os resíduos gerados pelas atividades interceptam-se em um ponto E de forma
sui diâmetro igual a 8 metros. Como o raio humanas considerados sem utilidade ou que
que a razão entre ED e EC é igual a 2. Sendo
equivale à metade do diâmetro, teremos: entraram em desuso. O lixo é um fenômeno
puramente humano, uma vez que na nature- AE = 6 cm e EB = 16 cm, o comprimento de CD é:
8 za não existe esse tipo de resíduo, pois tudo
a) 7. b) 12 3. c) 8.
r = ⇒ 4 metros. no ambiente agrega elementos de renovação
2 e reconstrução. O lixo faz parte de nossa vida, d) 7 6. e) 9.

O círculo maior possui diâmetro de (8 +


272 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas
10) metros.

D = 8 + 10 = 18 m
18 Matematica_2022_9A_10.indd 272 06/08/2022 09:11:50 Ma

R= =9m 3. Sabendo que o raio é a metade do diâmetro, vamos determinar o raio de cada CD
2
em metros:
Conhecendo o raio de cada um dos círcu-
los, podemos encontrar suas áreas e sub- d
r=
trair a área do círculo menor da área do 2
0, 012
círculo maior. r=
2
A = π · R² − π · r2 r = 0, 06 m
A = 3 · 9² − 3 · 4²
Conhecido o raio do CD, já podemos identificar sua área:
A = 243 − 48
A = 195 m² Acd = π · r²
Acd = 3,14 · (0,06)²
Resposta: Não será suficiente, pois a área
Acd = 3,14 · 0,0036
da nova região a ser pavimentada mede
Acd = 0,011304 m²
195 m².

272

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3. Na figura, AB = 7 cm, AD = 6 cm e DE = 4 cm. 7. Dada uma circunferência de centro O e raio
ANOTAÇÕES
r, assinale a alternativa correta.
Nessas condições, o segmento BC mede,
a) Dado um ponto A, fora da circunferência, o
centímetros:
segmento OA é menor ou igual a r.
b) Sabendo que o segmento OA tem compri-
E
mento menor do que r, pode-se afirmar que
D A pertence ao círculo limitado por essa circun-
ferência.
A c) Sabendo que o segmento OA tem compri-
mento maior do que r, pode-se afirmar que A
B pertence à circunferência.
d) O diâmetro do círculo limitado por essa cir-
C cunferência é igual a 3r.
e) Para que o ponto A pertença à circunferência,
24
a) . b) 5. c) 12. basta que a distância de A até O seja menor
7 do que r.
11
d) 11. e) .
7 8. Roberto vai para o trabalho e volta para
4. Duas cordas cortam-se no interior de um cír- casa de bicicleta. Sabendo que o pneu dessa
culo. Os segmentos da primeira são expressos bicicleta possui formato circular de diâmetro
por 3x e x + 1 e os da segunda por x e 4x - 1. medindo 70 cm e que ele percorre 21,4 km
O comprimento da maior corda, qualquer que diários nesse trajeto, é correto afirmar que o
seja a unidade, é expresso pelo número: pneu dessa bicicleta deu:
(Dado π = 3)
a) 17. c) 21. e) 22.
b) 19. d) 30. a) 10.000 voltas.
b) 10.190 voltas.
5. As irmãs Bruna e Gabriela brincavam na c) 10.199 voltas.
pracinha quando a mãe as chamou para o al- d) 10.210 voltas.
moço. Elas estavam na posição descrita abaixo e) 10.220 voltas.
quando foram chamadas.

Halfpoint/AdobeStock.com

Bruna x
x 6
4
Gabriela

A que distância, em metros, Bruna estava de


sua casa?

6. A menor distância de um ponto P até uma


circunferência é 3 m, e o segmento da tangente
à circunferência partindo de P é 5 m. O raio da
circunferência, em metros, mede r. Calcule 3r.

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 273

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Vamos agora determinar a área do cenário, lembrando que serão três paredes com 4
m de altura por 5 m de comprimento:

Acenário = (base · altura) · 3


Acenário = (5 · 4) · 3
Acenário = 60 m²

Para sabermos a quantidade x de CDs necessária para revestir todo o cenário, basta
calcular o quociente entre a área do cenário e a área de cada CD:
60
x=
0, 011304
x ≈ 5.307, 8

Portanto, serão necessários aproximadamente 5.308 CDs.


Reposta: Alternativa b.

273

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9. A primeira ferrovia no Brasil foi inaugurada em 1854 pelo imperador Dom Pedro II e possuía
uma extensão de 14,5 km, conhecida como Estrada de Ferro de Mauá. Ao longo dos anos, as
ferrovias passaram por várias expansões e também sofreram com o abandono e o esqueci-
mento. O transporte ferroviário é um dos mais utilizados no mundo e conhecer a sua origem é
essencial. Sabe-se que uma curva em uma linha férrea deve ser traçada em círculo. O raio que
deve ser dado ao círculo para que os trilhos mudem 25º de direção em uma distância de 40π
metros é igual a:
a) 308 m. c) 258 m. e) 288 m.
b) 268 m. d) 278 m.

10. A respeito da definição básica das circunferências e de suas propriedades, assinale a alter-
nativa correta.
a) Uma circunferência é uma região plana limitada por um círculo.
b) Uma circunferência é um conjunto de pontos cuja distância até o centro é sempre menor do
que a constante r.
c) Uma circunferência possui apenas dois raios, e a soma desses dois elementos é igual ao diâmetro.
d) Uma circunferência de centro O e raio r é um conjunto de todos os pontos cuja distância até
O é igual a r.
e) Círculo é a região do plano limitada por um diâmetro.

Neste capítulo, aprendemos:


• Que uma circunferência tem seu comprimento em função do raio.
• A calcular o comprimento de uma circunferência.
• A usar unidades de medida de uma circunferência.
• As relações métricas em uma circunferência.
• A resolver problemas envolvendo circunferências e arcos de circunferências.

274 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Estabelecer diferença entre polígonos

11 CAPÍTULO
convexos e não convexos.

Geometria Espacial • Calcular a somas dos ângulos internos


e externos de polígonos convexos.
• Reconhecer um polígono regular.
• Utilizar a semelhança de triângulos
Para começar para estabelecer as relações métricas no
A área de estudos conhecida como Geometria Espacial é desti- triangulo retângulo.
nada à observação e análise dos sólidos no espaço. Estes, por sua vez,
são conhecidos como sólidos tridimensionais e são facilmente encon-
• Usar as relações métricas no triângu-
lo retângulo para calcular as medidas de
trados no cotidiano — como na arquitetura de um grande prédio, nos
móveis de casa, nas embalagens dos produtos que adquirimos ou no seus principais elementos.
desenho que você rabisca em seu caderno. Quando é possível visuali-
zar mais de uma face no sólido observado, estamos diante de um só-
lido geométrico. CONTEÚDOS CONCEITUAIS
Um sólido geométrico, ou tridimensional, diferentemente do sóli-
do plano, que é composto por reta e plano apresenta faces, arestas e
vértices. Os vértices são os pontos das extremidades de união entre • Conceitos primitivos.
uma aresta e outra; já as arestas são os segmentos das retas dos lados • Postulados de existência.
do sólido; e, por último, as faces, que são cada lado do sólido.
Se observarmos ao nosso redor, veremos inúmeros exemplos de
• Figuras espaciais.
sólidos geométricos que comprovam a aplicação da Geometria Espa- • Sólidos platônicos.
cial. A capital nacional, Brasília, é um exemplo da utilização concreta • Vista e perspectiva de figuras geo-
de sólidos geométricos e figuras geométricas planas.
métricas.
• Prismas.
Diego Grandi/Shutterstock.com

• Cilindro.
• Troncos.
• Cone.
• Esfera.
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS

• Associar a um sólido geométrico um


número real positivo que expressa a
medida da sua superfície, chamada área.
• Conhecer as unidades para medir
superfícies.
Na imagem, temos o Congresso Nacional, que foi minuciosamen-
te arquitetado com uso dos sólidos geométricos. Ou seja, a Geometria
• Reconhecer sólidos equivalentes como
faz parte do nosso dia a dia. aqueles que têm áreas iguais, na mesma
unidade.
Capítulo 11 — Geometria Espacial 275 • Determinar, por meio de fórmulas pró-
prias, a área de uma região determinada
por um polígono, formando figuras espa-
Matematica_2022_9A_11.indd 275 06/08/2022 09:09:43 ciais planificadas e pela superfície de um
sólido geométrico.
ANOTAÇÕES • Realizar construções, reconhecendo e
analisando propriedades de figuras geo-
métricas e suas relações, estabelecendo
paralelos no mundo real.
• Efetuar medições e estimativas e utili-
zar conceitos geométricos na resolução
de problemas reais.
• Resolver problemas que envolvam o
conceito da figura geométrica espacial.
• Reconhecer medidas de capacidade
como volume de um sólido e suas aplica-
ções no dia a dia.

275

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CONTEÚDOS ATITUDINAIS

• Apreciar figuras geométricas em diver- Conceitos primitivos


sas situações no mundo real.
Ponto Reta Plano
• Trabalhar as informações com base em r
uma análise crítica da realidade. A
• Estimular os alunos a trabalharem em B a
duplas para que encontrem outras for-
mas de resolução, estabelecendo estra-
tégias próprias. Postulados de existência
• Estimular os alunos a pesquisarem o • Existem infinitos pontos, infinitas retas, infinitos planos e um único espaço.
uso da Matemática no dia a dia. • Por dois pontos distintos, passa uma única reta.
• Respeitar as diferentes interpretações • Dois pontos distintos determinam uma reta.
encontradas na resolução das situações-
Figuras espaciais
-problema.
São sólidos formados pela planificação de figuras geométricas planas, que, por sua vez,
foram determinadas pela junção de retas e pela união de infinitos pontos.

Cubo
ANOTAÇÕES Também chamado de hexaedro regular, é composto de 6 faces quadrangulares, 12 ares-
tas e 8 vértices.
Suas fórmulas são determinadas através de:

Área lateral: 4a2


Área total: 6a2
Volume: a . a . a = a3

Pirâmide
Sólido geométrico poliédrico formado de base poligonal, podendo ser triangular, pentagonal,
quadrado, retangular, etc. Possui um vértice que une todas as faces laterais, denominado de ápice.
Suas fórmulas para aplicação são:

Área total : Al + Ab Importante


1
Volume : Ab ⋅ h A área da base de uma pirâmide
3 depende do polígono apresentado,
 Al: área lateral surgindo daí também o nome da pirâ-
 mide. Se a base for um pentágono, a
Onde: Ab: área da base
 pirâmide é denominada pentagonal.
h: altura

276 Capítulo 11 — Geometria Espacial

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

Bloco retangular O cálculo das áreas vem de antiga-


Também conhecido como paralelepípedo, é considerado um dos sólidos geométricos mais mente, desde quando, no Egito, às mar-
comuns em nosso dia a dia, pois apresenta estabilidade fixa através das faces que o formam.
Suas fórmulas são: gens do Rio Nilo, marcavam-se terras
para plantações e pagavam-se impostos
Área total: 2ab + 2ac + 2bc
pelas terras ocupadas, proporcionais à
Volume: a ⋅ b ⋅ c
superfície da terra utilizada. Hoje, conti-
nuamos pagando o Imposto Predial e Ter-
ritorial Urbano (IPTU) referente à área do
terreno; esse valor pago depende tam-
bém do valor venal do terreno.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Considere a, b e c as medidas de comprimento, largura e altura do paralelepípedo.
Esclareça que a junção das figuras
geométricas planas é sempre um sólido

Passo a passo geométrico. Por isso, a planificação dos


sólidos auxilia o cálculo da superfície.

1. Sendo 6 cm a aresta de um hexaedro regular, determine sua área total e seu volume.
Solução:
A = 6 ⋅ 62 → 6 ⋅ 36 = 216 cm2 ANOTAÇÕES
V = 6 ⋅ 6 ⋅ 6 → 216 cm3

Obs.: Cubo de aresta 6 possui mesmo valor numérico de área e volume.

2. Um bloco retangular tem medidas formando uma sequência numérica de números pares,
cuja soma é 12 m. Calcule a área total e o volume.
Solução:
2, 4, 6.

AT = 2 ⋅ 2 ⋅ 4 + 2 ⋅ 2 ⋅ 6 + 2 ⋅ 4 ⋅ 6 = 16 + 24 + 48 = 88 m2
V = 2 ⋅ 4 ⋅ 6 = 48 m3

3. Calcule a área total (AT) e o volume (V) de uma pirâmide quadrangular que tem aresta de
base 3 cm, área lateral 16 cm2 e altura 9 cm.
Solução:

Abase = 3 ⋅ 3 = 9 cm2 / Alateral = 16 cm2


25 ⋅ 9
Então: AT = 9 + 16 = 25 cm2 e V = = 75 cm3
3

Capítulo 11 — Geometria Espacial 277

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277

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Mostre que o volume de um sólido geo- Sólidos platônicos


métrico é sempre calculado pelo produ-
Também conhecidos como os poliedros de Platão, esses sólidos geométricos apresentam
to da área de sua base pela sua altura. faces congruentes em forma de polígonos regulares. Segundo Platão, os poliedros estão rela-
• Os sólidos que possui ápice (pirâmide e cionados ao Universo através da sua composição e de seus elementos. Ele os associou da se-
guinte forma:
cone) tem esse volume dividido por três.
• Na seção Aplicação, incentive os alunos • Tetraedro: fogo
• Cubo ou hexaedro regular: terra
a resolverem os exercícios e esteja sem- • Octaedro: ar
pre pronto a esclarecer as dúvidas que • Dodecaedro: Universo
forem surgindo. • Icosaedro: água
• É importante que os alunos pratiquem
os exercícios para avaliarem o quanto já
aprenderam. Sendo necessário, oriente-
-os na resolução. Persistindo as dúvidas,
Tetraedro Hexaedro Octaedro Dodecaedro Icosaedro
faça uma revisão do conteúdo; isso ajuda-
rá os alunos a superarem eventuais difi-
Relação de Euler
culdades.
A relação de Euler estabelece uma correlação entre o número de faces, arestas e vértices
de um poliedro.
Aresta
Face Outros saberes

ANOTAÇÕES Para ampliar os seus conhecimentos acerca do conteúdo


que estamos estudando, escaneie o QR Code a seguir.

Professor Mateca
Vértice Geometria Espacial – Relação de
Euler – Poliedros Convexos – Aula 2

V+F-A=2

Aplicação
1. Quantas faces um poliedro convexo com 6 vértices e 12 arestas tem? Desenhe um poliedro
que satisfaça essas condições.

2. Na aula de Geometria, Sandro desenhou um poliedro convexo que é formado por dois triân-
gulos e três retângulos. Desse modo, o número de vértices desse poliedro é igual a:
a) 6. c) 8. e) 9.
b) 5. d) 7.

278 Capítulo 11 — Geometria Espacial

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

3. Sabendo que um poliedro possui 18 vértices e que em cada vértice se encontram 5 arestas, Caso aconteça triângulos quaisquer,
determine o número de faces dessa figura. mostre outra maneira de calcular a área
a) 23 c) 54 e) 36 do triângulo: por meio do teorema
b) 29 d) 18
de Heron — o nome faz referência ao
4. Um paralelepípedo tem 142 cm² de área total, e a soma do comprimento de suas arestas matemático grego Heron de Alexandria
vale 60 cm. Sabendo que as medidas de seus lados formam a sequência x, x + 2 e x + 4, quanto
(10 d.C.–70 d.C) —, que dá a área do
eles medem?
triângulo em função da medida dos três
5. A aresta de um cubo mede x + 2 cm. Sabendo que a área desse cubo é igual a 294 cm2, qual lados do triângulo. Também é conhecido
é a medida de sua aresta em centímetros?
como fórmula do semiperímetro.
a) 5 cm c) 7 cm e) 81 cm
b) 4 cm d) 9 cm

6. Sabendo que o volume de um cubo é igual a 729 cm3, qual é a área da base desse cubo?
a) 16 cm2 c) 64 cm2 e) 256 cm2
ANOTAÇÕES
b) 36 cm2 d) 81 cm2

7. Um bloco retangular tem medidas x, x + 2 e x + 4. Determine:


a) área total. b) volume.

8. Um bloco retangular possui diagonal que mede 40 cm. Sabendo que sua largura mede 12 cm
e seu comprimento é de 8 cm, calcule a altura desse bloco.

9. O presidente de um clube de futebol quer


colocar em frente de seu estádio um mastro
com uma bandeira, que será apoiado sobre
uma pirâmide de base quadrada feita de
concreto maciço, como mostra a figura.

Sabendo-se que a aresta da base da pirâmide


terá 3 m e que a altura da pirâmide será de 4
m, o volume de concreto, em metros cúbicos,
necessário para a construção da pirâmide será:
a) 36. c) 18. e) 4.
b) 27. d) 12.

10. (Prefeitura de Cajamar) Qual o volume de uma pirâmide regular hexagonal com 50 cm de
altura e 20 cm de aresta de base?
a) 10.000 3 cm³
b) 3.000 3 cm³
c) 1.000 3 cm³
d) 2.400 3 cm³

Capítulo 11 — Geometria Espacial 279

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11. Leia os quadrinhos.

Figura 1
70 cm

40 cm
60 cm

100 cm

Suponha que o volume de terra acumulada no carrinho de mão do personagem seja igual ao
do sólido esquematizado na Figura 1, formado por uma pirâmide reta sobreposta a um para-
lelepípedo retângulo. Assim, o volume médio de terra que Hagar acumulou em cada ano de
trabalho é, em decímetros cúbicos, igual a:
a) 14. b) 15. c) 16. d) 18.

Vista e perspectiva de figuras geométricas


Quando os sólidos geométricos são expostos em regiões planas, eles podem apresentar pers-
pectivas e vistas. É o que chamamos de projeções ortogonais. Elas podem ser das seguintes formas:

Vista plana Vista bidimensional Vista tridimensional

Já as projeções podem ser representa- Também podemos representar as proje-


das em perspectivas de acordo com a posição ções da figura geométrica através de malhas
e vista do observador. O mesmo sólido pode (pontilhadas, quadriculadas ou triangulares).
ser apresentado de perspectivas diferentes:

Ma

280 Capítulo 11 — Geometria Espacial

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Ao fazer a correção dos exercícios,


fique atento para perceber o conteúdo
Aplicação em que eles apresentaram maior dificul-
dade. Oriente-os dando as explicações
12. Desenhe as vistas de cima, frente e lateral, 13. Represente a vista inferior do sólido abaixo.
partindo das perspectivas isométricas simpli-
necessárias.
ficadas (desenho isométrico), a seguir. • Mostre que dois sólidos são semelhan-
tes se apresentarem, simultaneamente,
os ângulos respectivamente iguais e os
a)
comprimentos dos lados corresponden-
tes proporcionais, isto é, se têm a mesma
forma ou se um deles é uma ampliação
b) (ou redução) do outro.

14. Em uma malha quadriculada, desenhe um


• Explique que a razão entre as áreas de
cubo de 5 unidades de aresta e calcule a área
dois sólidos semelhantes é igual ao qua-
total do sólido projetada. drado da constante de proporcionalidade k.

Prismas área
É todo e qualquer sólido geométrico com faces planas, bases poligonais iguais e paralelas
= k2
área
e faces laterais quadrangulares idênticas.

Outros saberes
Para ampliar os seus conhecimentos acerca do conteúdo
• Mostre que um sólido é considera-
que estamos estudando, escaneie o QR Code a seguir. do regular se tiver todos os seus lados e
Volume do prisma: ângulos iguais e que todos os polígonos
V = Abase . altura Toda a Matemática
Geometria espacial – Projeção que o formam podem ser decompostos
ortogonal
em tantos triângulos congruentes quan-
tos sejam seus lados.

SUGESTÃO
Passo a passo
Mostre que o sólido pode apresentar
várias vistas e que, dependendo do refe-
1. Calcule o volume de um prisma triangular 2. (PUC–SP–Adaptada) Uma caixa-d’água em
cuja base é um triângulo equilátero de aresta forma de prisma reto tem aresta lateral igual rencial, as figuras planas podem apresen-
2 cm e altura de 5 cm. a 6 m e por base um losango cujas diagonais tar formas diferentes.
Solução: medem 7 m e 10 m. O volume dessa caixa é:
Solução:
l2 3 22 3
Ab =
4

4
= 3
Ab =
D ⋅d

7 ⋅ 10
= 35 ANOTAÇÕES
2 2
V = 5 3 cm3 V = 35 ⋅ 6 = 210 m 3

Capítulo 11 — Geometria Espacial 281

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:49

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Cilindro
É o sólido geométrico de bases circulares paralelas e congruentes. É formado pela rotação
de 360º de um retângulo.

O’ O’

h h

O O

Cilindro de revolução Cilindro circular reto

A área total de um cilindro é representada por:


AT = 2πr ² + 2πrh ou AT = 2πr (r + h)
O volume é representado por: V = πr ²h

Passo a passo
1. Um reservatório em formato cilíndrico possui 6 m de altura e
raio da base igual a 2 m. Determine o volume e a capacidade desse
reservatório em litros.
Solução: 6m

V = πr ²h → V = 3,14 ⋅ 2² ⋅ 6 → V = 75, 36 m³
Temos que 1 m3 corresponde a 1.000 l, então V = 75.360 l.
2m

Aplicação
15. O volume de um prisma quadrangular regular cuja base é um quadrado de lado igual Ma

a 4 cm e altura 6 cm é, em centímetros cúbicos:

a) 16. b) 24. c) 96. d) 128. e) 126.

16. Considere P um prisma reto de base quadrada cuja altura mede 6 m e que tem volume de
64 m3. O lado dessa base quadrada mede:
8 80 8 3 4 6
a) 4 m. b) m. c) m. d) m. e) m.
3 3 3 3

282 Capítulo 11 — Geometria Espacial

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282

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

17. Sejam dois prismas regulares de mesma altura: o primeiro, de base triangular; e o segun- 1. Primeiramente, vamos organizar os
do, de base hexagonal. A aresta da base de ambos mede 3 cm. A razão entre seus volumes é: dados fornecidos pelo enunciado em
1 2 1 3 1 notação matemática. Adotaremos a
a) . b) . c) . d) . e) .
6 3 2 2 4
incógnita p para representar as faces pen-
18. Calcule a área lateral, a área total e o volume de cada um dos sólidos cujas medidas estão tagonais, t para as triangulares, f para as
indicadas nas figuras.
faces e a para as arestas.
a) Prisma reto (triangular) b) Prisma quadrangular c) Cilindro (Adote p = 3,14)

 f = 3p + x t



3,5 cm
2,5 cm  = 4x
a
20 cm

Número de arestas:
2 cm
2 cm
4 cm 3 cm
(3 ⋅ 5 + 3 x )
6 cm a=
2
19. Uma peça de madeira tem as dimensões e 20. As figuras abaixo representam duas caixas- (3 ⋅ 5 + 3 x )
4x =
a forma da figura abaixo. Qual é o volume de -d’água de mesma altura: 4 m. 2
madeira empregado para fabricar esta peça? 4 x ⋅ 2 = 15 + 3 x
a) Qual das duas caixas tem volume maior?
10 cm b) Qual a razão entre o volume da caixa da 8 x − 3 x = 15
esquerda e o da direita?
5 x = 15
15
x=
6m 5
x =3
8m

20 cm
8m O poliedro possui 3 faces pentagonais e
8m
3 faces triangulares, totalizando 6 faces.
Resposta: Alternativa e.
Desafios
2. A base do prisma apresentado pela
questão é um triângulo isósceles com
1. Na aula de desenho geométrico, o professor Tales pediu para Fábio desenhar um poliedro
convexo de 3 faces pentagonais e algumas faces triangulares. Em seguida, fez a seguinte pergunta: um ângulo de 60°. Isso significa que os
“Qual é o número de faces desse poliedro, sabendo que o número de arestas é o quádruplo do outros dois ângulos também terão essa
número de faces triangulares?”
medida. Portanto, esse triângulo tam-
a) 10 faces.
bém é equilátero. Sendo assim, pode-
b) 7 faces.
c) 18 faces. mos usar a fórmula da área do triângu-
d) 12 faces. lo equilátero para encontrar a área da
e) 6 faces.
base desse prisma.

2 3
Capítulo 11 — Geometria Espacial 283 Ab =
4
402 3
Ab =
4
Matematica_2022_9A_11.indd 283 06/08/2022 09:09:57
1.600 3
Ab =
4
ANOTAÇÕES Ab = 400 3 cm2

Para encontrar o volume do prisma, basta


que multipliquemos a área da base pela
altura do sólido.
V = Ab ⋅ h
V = 400 3 ⋅ 500
V = 200.000 3
V = 200.000 ⋅ 1, 73
V = 346.000 cm3

Reposta: Alternativa c.
:55

283

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ANOTAÇÕES
2. A casa de Lucas está com problemas no 2. Qual é o volume do prisma da imagem a
telhado. Ele vai precisar comprar uma calha seguir, sabendo que ele é um prisma reto e
para evitar que a água da chuva caia dentro sua base é quadrada?
de casa. Essa calha tem forma de prisma
a) 5.760 cm3
reto, conforme a figura abaixo, possui 5 m de
b) 5.000 cm3
comprimento e uma secção transversal ABC,
c) 2.500 cm3
na forma de V, tal que AB = AC = 40 cm e BÂC
d) 1.080 cm3

40 cm
= 60°. Qual o volume que essa calha comporta?
e) 480 cm3
(Considere 3 = 1,73)

B C
B C 12 cm
60° 5m
40 cm 60° 40 cm 3. O raio de um cilindro circular mede 3 cm; e a
A altura, 3 cm. Determine o volume desse cilindro.
A
4. Qual a altura de um reservatório cilíndrico,
sendo 50 m o raio da base e 5.000 pm3 de vo-
a) 300.000 cm 3
lume?
b) 326.000 cm3
c) 346.000 cm3
5. Determine o volume do bloco retangular de
d) 400.000 cm3
medidas 4 cm × 6 cm × 8 cm.
e) 446.000 cm3
6. Uma piscina possui a forma de um paralelepí-
pedo com 8 m de comprimento, 4 m de largura
e 1,8 m de profundidade. Calcule a capacidade,
Matemática em litros, dessa piscina.

Astronaut Images/KOTO/AdobeStock.com
1. Em uma fazenda no norte de Goiás, foi cons-
truído um reservatório em formato cilíndrico
que apresenta raio igual a 2 m e altura de 10
m, como mostra a imagem a seguir. Qual é o
volume desse reservatório? (Considere p = 3,14)
a) 125,6 m3
b) 115,6 m3
c) 100,6 m3
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS d) 75,6 m3
e) 15,6 m3 7. Dado um cubo de 10 cm de aresta, determine
• Estimule os alunos a resolverem a 10 m
quantas bolinhas de diâmetro igual a 1 cm ele
comporta.
seção Matemática+. Ao fazer a correção,
fique atento(a) às atividades que eles tive- 8. Um reservatório em forma de paralelepípe-
ram maior dificuldade na resolução das do tem 5 m de comprimento, 4 m de largura
2m e 2,5 m de altura. Determine a capacidade, em
atividades propostas. Oriente os alunos m³, desse reservatório.
dando as explicações necessárias.
• A seção Matemática+ serve para avaliar 284 Capítulo 11 — Geometria Espacial
o quanto os alunos já aprenderam. É mui-
to importante estimulá-los nesse proces-
so; as dúvidas deles indicam o conteúdo Matematica_2022_9A_11.indd 284 06/08/2022 09:09:59

que deve ser revisado, ajudando a supe- a dia são figuras geométricas planas e do Egito citado em muitos contos mate-
rar eventuais dificuldades. espaciais, estudadas pela Matemática. A máticos (pirâmide) e a casquinha de sor-
ideia é “aprender fazendo”, pois os es- vete (cone).
SUGESTÃO DE ATIVIDADE tudantes poderão comparar, recortar, Pode-se dividir a turma em grupos e
colar e montar os sólidos geométricos, lhes entregar os sólidos e objetos utiliza-
É grande a dificuldade dos alunos em tornando-se os autores de sua própria dos no cotidiano (caixas, latas, chapéu de
visualizar as figuras espaciais a partir de aprendizagem. aniversário, bolas, cubo mágico, embala-
figuras planas. Pensando nisso, sugeri- Eles poderão constatar que a grande gens) para que manuseiem e percebam
mos uma atividade sobre formas geomé- maioria dos objetos que manuseamos as características de cada um. Em segui-
tricas espaciais (reconhecendo formas). nos lembra os sólidos geométricos como: da, serão orientados a abrir os sólidos,
Pretende-se com isso que o estudante a lixeira (cilindro), a CPU e a própria sala se possível, obtendo assim a planificação
chegue à conclusão de que grande par- (paralelepípedo), o dado utilizado em jo- deles, quando irão concluir que a esfera
te dos objetos que manipulamos no dia gos (cubo), a bola (esfera), as pirâmides não apresenta planificação.
M

284

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9. Um aquário que tem a forma de um cubo possui 28 cm de aresta. Qual é o seu volume em
centímetros cúbicos?

10. Um artesão pretende derreter duas peças metálicas cúbicas e, com o material obtido, fabricar
outra peça, em forma de paralelepípedo. A primeira tem arestas medindo 2 cm, e a segunda
tem arestas medindo 4 cm.
a) Calcule o volume de cada peça que será derretida.
b) Qual será o volume da nova peça fabricada?

11. Calcule o volume dos cubos cujas arestas medem:


a) 5 m. b) 1,2 cm.
c) 3 km. d) 1,5 m.

12. Calcule o volume dos paralelepípedos cujas dimensões são:


a) 2 m; 4 m; e 5 m.
b) 1,5 m; 2 m; e 6 m.
c) 0,5 m; 2 m; e 3,5 m.

Neste capítulo, aprendemos:


• A importância da Geometria Espacial e seus elementos para o nosso cotidiano.
• A reconhecer figuras geométricas espaciais.
• A calcular área e volume dos principais sólidos geométricos.
• A visualizar perspectivas de objetos poliédricos.
• A calcular e aplicar volume de cilindros e prismas.
• A resolver problemas envolvendo sólidos geométricos.

9:59

Capítulo 11 — Geometria Espacial 285

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OBJETIVOS DIDÁTICOS

• Apresentar o conceito de perímetro

12

CAPÍTULO
e área de uma figura plana, chamando
a atenção para a independência dessas
grandezas.
Estatística
• Desenvolver habilidades dos alunos
para calcular a área e o perímetro de figu-
ras planas e compreender a importância Para começar
de área e perímetro no cotidiano. Nos dias atuais, é comum observarmos, em vários meios de comuni-
• Fazer com que os alunos percebam cação, informações ligadas à Estatística, principalmente pela observação
de gráficos e tabelas bem organizados e bem construídos. Apresentados
que figuras diferentes podem ter a mes-
dessa forma, esses dados fazem parte de um processo estatístico que nos
ma área, do mesmo modo que figuras do permite, de maneira simples e direta, a observação e retirada de informa-
mesmo tipo podem ter áreas diferentes. ções necessárias para determinado estudo.
Neste capítulo, iremos estudar as principais etapas do processo esta-
• Desenvolver a compreensão do concei- tístico, com suas mais importantes peculiaridades.
to de área.
• Encontrar a área de uma figura plana História da Estatística
utilizando a malha quadriculada como
A Estatística não é uma ciência Estado, na formulação de políti-
recurso. nova: há mais de 2.000 anos já cas públicas, fornecendo dados
• Explorar diferentes figuras planas com- era aplicada pelos governos na demográficos e econômicos. A
contagem da população. O termo abrangência da Estatística au-
parando as medidas de superfície.
estatística surge da expressão mentou no começo do século XIX,
• Calcular a área utilizando medidas em latim statisticum collegium, para incluir a acumulação e aná-
padronizadas. que significa “palestra sobre os lise de dados de maneira geral.
assuntos do Estado”, de onde Hoje, a Estatística é largamente
surgiu a palavra em língua italia- aplicada nas ciências naturais e
CONTEÚDOS CONCEITUAIS na statista, que significa homem sociais, inclusive na administra-
de estado, ou político, e a pala- ção pública e privada. O uso de
vra alemã statistik, designando computadores modernos tem
• Estatística. a análise de dados sobre o Esta- permitido a computação de da-
• Objetivo da pesquisa. do. As primeiras aplicações do
pensamento estatístico estavam
dos estatísticos em larga escala e
também tornou possíveis novos
• Seleção das variáveis que serão analisadas. voltadas para as necessidades de métodos, antes impraticáveis.
• Coleta de dados.
• Organização dos dados.
• Elaboração de tabelas e gráficos. A Estatística na pesquisa
• Determinação de parâmetros. Ao iniciarmos qualquer estudo estatístico, é necessário definir com
bastante clareza o que vai ser analisado. Por exemplo:

• A idade média dos alunos do 9 ano.


o

• O número de gols marcados em cada rodada do Campeonato Bra-


sileiro da Série A.
ANOTAÇÕES • A situação de contas bancárias em um determinado mês.
286 Capítulo 12 — Estatística

Matematica_2022_9A_12.indd 286 10/08/2022 16:49:16

CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
• Aplicar os dados estatísticos no mundo
em que vivemos.
• Ressaltar a importância da Estatística.
• Analisar os dados estatísticos apresen-
tados por meio de tabelas.
• Trabalhar tabelas a partir do levanta-
mento de dados.
• Calcular e ler dados estatísticos apre-
sentados por meio de gráficos.
• Identificar e analisar os dados estatísti-
cos usando gráficos de segmentos, gráfi-
cos de barras e gráficos circulares.
M

286

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Escolha das variáveis
Ao realizarmos a pesquisa estatística, devemos expor, de forma clara, qual a variável a ser
estudada em determinada situação e quais são seus possíveis valores. Por exemplo:

• Saldos de contas bancárias nos 15 primeiros dias de maio de 2008.


Estatística é a ciência que estuda as relações entre dos obtidos (Estatística Descritiva). Por fim, fez a
dados numéricos e prováveis acontecimentos fu- análise confirmatória dos dados, isto é, verificou
turos, sistematizando, organizando e descrevendo a margem de erro e se os resultados da amostra
fatos, fenômenos e eventos. Ela funciona como refletiram, de fato, os riscos da bioestatística de
uma ferramenta na tomada de decisões. toda a turma — população de estudantes (infe-
Em uma determinada aula, o professor de Matemá- rência estatística).
tica solicitou aos seus estudantes que calculassem

sommersby/AdobeStock.com
Massa (kg)
o Índice de Massa Corpórea: IMC =
Altura2 (m)
(a massa representa o que muitos chamam de peso).
O que o professor fez? Primeiramente, dimen-
sionou uma amostra da sala de aula, dividindo-a
em equipes, e fez a coleta de dados do IMC. Isso
seria a amostra (amostragem). Em um segundo
momento, o professor solicitou que, usando os
dados obtidos com o IMC dos alunos, organi-
zassem em tabelas os dados brutos coletados e
construíssem gráficos para apresentar os resulta-

Coleta de dados

hidesy/Shutterstock.com
Nesta parte do processo, devemos reali-
zar uma pesquisa ou efetuar medidas que nos
possibilitem o recolhimento dos dados (valores)
relativos ao estudo estatístico a ser realizado.
A avaliação amostral procura fornecer o
resultado coletado de uma problemática, e a
censitária procura abranger toda ou a maior
parte das opiniões realizando um levantamen-
to quantitativo em relação ao que se destina.
9:16

Conceito elementar de
probabilidade
Quando formamos subconjuntos através
de um espaço amostral usando um evento ou
uma situação, criamos uma probabilidade pos-
sível ou não.

Capítulo 12 — Estatística 287

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287

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CONTEÚDOS ATITUDINAIS

• Incentivar o interesse dos alunos pelo


tipo de trabalho que se pode utilizar: car- Passo a passo
tazes, transparências, exposições orais, etc.
• Empregar os conceitos na resolução de 1. Considere o lançamento de um dado. Calcule
a probabilidade de:
dado, formando 36 pares ordenados possíveis.
Porém, queremos que a soma seja 10. Então
problemas reais. podemos concluir que esses pares podem ser:
• Associar os dados estatísticos em diver- a) Sair o número 2.
Solução:
(4, 6), (5, 5) e (6, 4).
sas situações no mundo real. Então, n(A) = 3.
Como meu universo de numeração no dado
Logo, a probabilidade procurada será igual a:
• Estimular nos alunos o trabalho em é de 1 a 6, temos um espaço amostral:
U = {1, 2, 3, 4 , 5, 6} . Como desejo que saia 3 1
dupla para que encontrem outras for- p ( A) = =
o número 2, minha amostra será exatamen- 36 12
mas de resolução, estabelecendo estra- te o número 2, que se repete apenas 1 vez no
3. Uma urna possui 4 bolas azuis, 6 bolas ver-
tégias próprias. dado. Daí: n( A) = 1. Portanto, a probabilidade
melhas e 8 bolas amarelas. Tirando-se uma
1
• Trabalhar as informações com base em procurada será: p ( A) = .
6
bola com reposição, calcule as probabilidades
seguintes.
uma análise crítica da realidade. b) Sair um número ímpar.
a) Sair bola azul.
• Estimular os alunos a pesquisarem o Solução:
Da mesma maneira, um dado possui 6 núme-
Solução:
uso da Matemática no dia a dia.
ros, e 3 deles são ímpares. Agora, o evento é 4 2
• Respeitar as diferentes interpretações A = {1, 3, 5} , com 3 elementos.
p ( A) = = = 0, 22 ≅ 22%
18 9
encontradas na resolução das situações- Logo, a probabilidade procurada será:
b) Sair bola vermelha.
-problema. p ( A) =
3 1
= .
Solução:
6 2 6 1
p ( A) = = = 0, 33 ≅ 33%
c) Sair um múltiplo de 2. 18 3
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO Solução:
c) Sair bola amarela.
O evento agora só possui 3 elementos
Solução:
Quem pensa que a Matemática não é A = {2, 4 , 6} . Logo, a probabilidade procura-
3 1 8 4
importante se engana. Ela está ocupan- da será: p ( A) = = . p ( A) = = ≅ 0, 44 = 44%
6 2 18 9
do um papel cada vez mais significativo

Milanazavr/Shutterstock.com
d) Sair um número maior que 2.
no nosso dia a dia. Se não houvesse Ma- Solução:
temática, não existiriam edifícios, pon- Pode ser que saiam 4 elementos.
A = {3, 4 , 5, 6} .
tes, linhas elétricas, cabos de telefone,
4 2
aviões, computadores, micro-ondas, au- Portanto, p ( A) = = .
6 3
tomóveis, etc.
2. Considere o lançamento de dois dados. Cal-
Com a Matemática, é possível explicar cule a probabilidade de sair a soma total 10.
diversos fenômenos do cotidiano. Solução:
Observe que, nesse caso, o espaço amostral
U é constituído pelos pares ordenados forma-
Disponível em: http://www.fernandosilva.pro.br/portal
dos por cada número possível nos dois dados.
/index.php/en/para-pensar/curiosidades/item/87-
-aplica%C3%A7%C3%A3o-da-matem%C3%A1tica-no- Ou seja, (1, 1), (1, 2), (1, 3)... Daí há 6 possibili-
-cotidiano. Acesso em: 13/06/2019. Adaptado. dades de um dado e 6 possibilidades de outro

288 Capítulo 12 — Estatística

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ANOTAÇÕES

288

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Eventos independentes
Dois eventos são considerados independentes quando a ocorrência de um não afeta a ocor-
rência do outro. Por exemplo: se lançarmos dois dados simultaneamente, o resultado do pri-
meiro não afeta o resultado do segundo, portanto dizemos que os lançamentos simultâneos
de dados são eventos independentes.

Passo a passo
1. Ricardo e Amanda lançaram, cada um, uma moeda. Qual é a probabi-
lidade de obtermos 2 caras? Outros saberes
Solução: Para ampliar os seus
Cara conhecimentos acerca
Moeda A do conteúdo que
Coroa estamos estudando,
Lançamento escaneie o QR Code a
Cara seguir.
Moeda B
Coroa
Como os lançamentos das moedas são eventos independentes, a pro-
babilidade de obtermos o resultado desejado em um não influenciará
no resultado do outro. Assim:
1 1 1 Prof. MURAKAMI
P ( A ∩ B ) = P ( A) ⋅ P (B ) P ( A ∩ B) = ⋅ = – MATEMÁTICA
2 2 4
RAPIDOLA
Portanto, a probabilidade de que tanto a moeda de Ricardo como a de PROBABILIDADE
| EVENTOS
1 INDEPENDENTES
Amanda deem cara é de .
4

Amplitude
É a diferença apresentada entre o maior e o menor valor apresentados em subconjuntos
de uma probabilidade aplicada de acordo com um espaço amostral determinado.

Passo a passo
9:25

1. Em um saco, o professor colocou os números de 1 a 28, que representam cada aluno da sua
turma. Sorteou 6 números: 14, 17, 19, 20, 25 e 28. Com esse sorteio, ele pode determinar a pro-
babilidade de sorteados em relação ao número de alunos da turma, mas preferiu determinar
a amplitude entre os números sorteados.
Solução:
Maior: 28; menor: 14
Amplitude: 28 − 14 = 14

Capítulo 12 — Estatística 289

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289

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Na seção Aplicação, incentive os alunos


a resolverem os exercícios e esteja sem-
pre pronto a esclarecer as dúvidas que
Aplicação
forem surgindo.
• É importante que os alunos prati- 1. Em uma fábrica de beneficiamento de casta- • 270 funcionários residiam em outro
nha-de-caju, o número total de castanhas município.
quem os exercícios para que avaliem o
quanto já aprenderam. Sendo necessá-
encaminhadas diariamente para controle de • 490 funcionários residiam em bairros no-
qualidade e seleção é 50.000. Entretanto, para bres da capital.
rio, oriente-os na resolução. Persistindo cada 20 castanhas, 4 vão para a seleção de • 530 funcionários residiam em bairros me-
qualidade para serem classificadas em tipos A, dianos da capital.
as dúvidas, faça uma revisão do conteú- B e C. Considerando o número total de casta- • 1.040 funcionários residiam em favelas da
do; isso os ajudará a superar eventuais nhas vistas diariamente, qual seria o total da capital.
dificuldades. amostra a ser classificado?
Organize, em seu caderno, uma tabela com
2. Número de gols marcados por rodada em os dados coletados no levantamento e sua
um campeonato regional em 2015. frequência.
SUGESTÃO
8
4. Saldo de uma conta bancária na primeira
Faça uma pesquisa em sala de aula 7
quinzena do mês de maio de 2008.
6
usando a amostragem sobre o esporte
Rodadas 5
preferido das meninas e dos meninos. 4
1.000,00 Crédito
Depois, organize com os alunos a tabu- 3
Débito
lação dos dados levantados e a constru- 2 900,00

Valores em R$
1
ção das tabelas e dos gráficos. 800,00
0 10 20 30 40 50 60 No de gols 700,00
Saldo nulo
OBJETIVOS DIDÁTICOS 600,00
O gráfico é representado no plano cartesiano
através de retângulos cuja base é situada no
• Conscientizar os alunos da importância eixo das ordenadas, e a altura indica a quan-
1a5 6 a 10 11 a 15
tidade de gols para cada rodada.
de praticarem os exercícios. Dias do mês de maio de 2008
Com base no gráfico, responda:
• Explorar, analisar e interpretar situa- a) Qual a rodada com menor quantidade de
Crédito Débito
ções-problema, a fim de esclarecer even- gols? Qual foi essa quantidade?
tuais dúvidas. b) Qual a rodada com maior quantidade de
Esse tipo de gráfico, conhecido como gráfico de
• Explorar os conhecimentos dos alunos gols? Que quantidade foi essa?
c) Quantos gols já haviam sido marcados ao
segmentos, apresenta a variação de determi-
estimulando-os a investigar e a questionar. nado fato ao longo do tempo. Cada segmento
término da quarta rodada?
representa os valores de crédito e débito a cada
d) Qual a quantidade de gols marcados em
cinco dias do mês, gerando um saldo credor,
todo o campeonato?
devedor ou nulo. Responda.

3. Em uma universidade, foi feito um levanta- a) Qual o saldo no quinto dia do mês? É saldo
mento de dados sobre o local de moradia dos credor ou devedor?
ANOTAÇÕES seus funcionários. Observe os resultados. b) E no 10o dia do mês?

290 Capítulo 12 — Estatística

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290

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Elaboração de tabelas e gráficos
Nesta etapa de elaboração de gráficos, classificamos e organizamos as informações, tor-
nando-as mais facilmente visualizáveis.

Gráfico de barras verticais • Ângulo correspondente ao canal Visão


Idade média dos alunos do 9o ano. do Mundo:
500 500 ⋅ 100
⋅ 360 = 180° → = 50%
7 1.000 1.000
6
5 • Ângulo correspondente ao canal Vendo
No de alunos

e Vivendo:
4
3 100 100 ⋅ 100
⋅ 360 = 36° → = 10%
1.000 1.000
2
1
Idade dos alunos
144° = 40%
12 13 14 15 36° =10%

O gráfico acima é representado no plano


cartesiano, por meio de retângulos, com a base 180° = 50%
no eixo das abscissas e com a altura represen-
tando o número de alunos que se encontram
em determinada idade.
A simples leitura dos dados brutos de uma
Gráfico de setores tabela não nos fornece as condições necessá-
Uma pesquisa feita com 1.000 pessoas rias à determinação do perfil do investigado,
perguntava a preferência delas sobre os ca- uma vez que as informações não estão devida-
nais de TV aberta. mente organizadas. Para cada variável estuda-
Os resultados obtidos foram os seguintes: da, contamos o número de vezes em que ocor-

• 400 pessoas preferiam o canal Q-tu- re cada um de seus valores (ou realizações). O
número obtido é chamado de frequência ab-
do Vê.
• 500 pessoas preferiam o canal Visão soluta e é indicado por ni (cada valor assumi-
do pela variável que aparece determinado nú-
do Mundo.
• 100 pessoas preferiam o canal Vendo mero de vezes, o que justifica o uso do índice i).
e Vivendo.
Gráfico de linhas
9:28
Para construir um gráfico de setores, di- O gráfico de linhas é um tipo de gráfico que
vidimos um círculo em setores, que são pro- exibe informações com uma série de pontos
porcionais aos valores encontrados na pesqui- de dados, chamados de marcadores, que são
sa. Vejamos: ligados por segmentos de linha reta. Muitas
vezes, é usado para visualizar uma tendência
•Ângulo correspondente ao canal Q-tudo Vê: nos dados em intervalos de tempo. O gráfico
de linha é composto de dois eixos, um vertical
400 400 ⋅ 100
⋅ 360 = 144° → = 40% e outro horizontal, e de uma linha que mostra
1.000 1.000
a evolução de um fenômeno ou processo.

Capítulo 12 — Estatística 291

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291

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Água e sal Doce Espaguete Lasanha Pizza Recheado
600.000,00

500.000,00

Quantidade 400.000,00

300.000,00

200.000,00

100.000,00

0,00
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Mês

Gráfico de colunas
O gráfico de colunas é composto de dois
Áreas (km2) da regiões fisiológicas – Brasil
eixos, um vertical e outro horizontal. No eixo ho-
rizontal, são construídas as colunas que repre-
sentam a variação de um fenômeno ou de um 4.000.000

3.500.000
processo de acordo com sua intensidade. Essa
3.000.000
intensidade é indicada pelo eixo vertical. As colu-
2.500.000
nas devem sempre possuir a mesma largura, e a Km2
2.000.000
distância entre elas deve ser constante. Os gráfi- 1.500.000
cos de coluna são úteis para mostrar alterações 1.000.000
de dados em um período de tempo ou para ilus- 5.000

trar comparações entre itens. 0


Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Gráficos pictóricos
São gráficos que usam imagens para chamar a atenção dos leitores.

A riqueza do Estado cresce, e a renda das pessoas cai

Gastos do Gastos do Gastos do


Governo Governo Governo
Federal Federal Federal

208 294 364


bilhões de reais bilhões de reais bilhões de reais

A gastança do Estado
cresce...

... e a renda das


pessoas cai Rendimento médio
dos trabalhadores Rendimento médio
Cai 7,5% Rendimento médio

923
dos trabalhadores
Cai 5,7% dos trabalhadores
reais
854 reais 805 reais
1995 2001 2005
Veja. São Paulo: Abril, ano 39, nº 41, 18 out. 2006. p. 54-5.

292 Capítulo 12 — Estatística

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292

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Aplicação
5. A tabela abaixo representa a quantidade 7. O país mais visitado no mundo é a França,
de sorvete vendida em uma praia nas quatro com sua bela capital, Paris, e seus monumen-
semanas do mês de férias, na cidade de Fortaleza. tos maravilhosos, como a Torre Eiffel, o Arco
do Triunfo, o Museu do Louvre e a Catedral
Semana (julho) Sorvetes vendidos
de Notre-Dame. O gráfico abaixo mostra o
1a 300 número de turistas, em milhões, que visita-
ram o país entre 2001 e 2005.
2a 350
3a 200 Turistas que visitaram a França (em milhões)

4a 150 77,5
77
a) Construa um gráfico setorial que represente
a distribuição dos dados da tabela. 76,5
b) Qual é a representação do gráfico na forma 76
de colunas? 75,5
c) Represente-o, também, na forma de seg-
75
mentos.
74,5
6. O gráfico abaixo representa a velocidade de 74
um automóvel depois de 2 horas de viagem. 2001 2002 2003 2004 2005
Analise-o e responda.
Assinale verdadeiro (V) ou falso (F).

100 a) ( ) Entre os anos 2001 e 2002, houve um


aumento de turistas na ordem de 20%.
80
v (km/h)

b) ( ) Desde 2002, o número de turistas vem


60
crescendo a cada ano.
40
c) ( ) O aumento do número de turistas, em
20 valores absolutos, entre os anos 2001 e 2002,
0 corresponde aproximadamente à metade do
1 2 3 4 5 t(h) crescimento do número de turistas entre 2004
e 2005.
a) Em qual intervalo de tempo a velocidade do
automóvel aumenta? d) ( ) O maior crescimento de turistas se deu
b) Qual é a maior velocidade atingida pelo veículo? entre 2003 e 2004.
c) Em qual intervalo de tempo a velocidade do e) ( ) Percentualmente, o crescimento do nú-
automóvel diminui? mero de turistas entre os anos de 2001 e 2002
d) Quais são as variáveis envolvidas na função foi maior que o registrado entre 2004 e 2005.
que representa esse gráfico?
f) ( ) No período 2002-2003, ocorreu a maior
e) Que tipo de função representa esse gráfico
queda no número de turistas.
(função constante, função linear)? Por quê?
f ) O gráfico é crescente ou decrescente? g) ( ) No ano de 2004, houve uma diminuição
Explique. acentuada no número de turistas.

Capítulo 12 — Estatística 293

:30 Matematica_2022_9A_12.indd 293 10/08/2022 16:49:30

293

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Os problemas de média, moda ou me- Concluímos, utilizando os dados da tabe-


Medidas de tendência la ao lado, que a média de idade dos alunos do
diana são simples e podem ser conduzi-
central (centralidade e 9o ano é de 13,5 anos.
dos rapidamente, sendo enriquecidos
com as atividades propostas. Os concei-
variabilidade) c) Média aritmética ponderada (MP):
Observando todos os dados obtidos em para encontrarmos essa média, multiplicamos
tos são muitos, porém são simples e aces- uma coleta de dados estatísticos, é possível os valores pelo número de vezes que eles apa-
síveis e não exigem certos cálculos algé- expressá-los através da medida de tendência recem (pesos). Em seguida, somamos os produ-
bricos e artifícios. central, que nada mais é que o cálculo de uma tos encontrados e, por último, dividimos esse
amplitude, de uma média, de uma mediana ou resultado pela soma dos pesos.
de uma moda.
X1P1 + X 2 P 2 + ... + XnPn
Idade média dos alunos do 9o ano: MP =
P1 + P2 + ... + Pn
Idade dos alunos Número de alunos
ANOTAÇÕES 12 05
Xn = valores
Pn = pesos
13 07
Na tabela vista anteriormente, os pesos
14 06 correspondem ao número de alunos por idade.
15 02 Então:
12 ⋅ 5 + 13 ⋅ 7 + 14 ⋅ 6 + 15 ⋅ 2

Rawpixel.com/Shutterstock.com
MP = =
5+7+6+2
60 + 91+ 84 + 30
20
265
MP = → MP = 13,2 25
20
d) Mediana: é o valor que ocupa a po-
sição central de um conjunto de valores dis-
postos em ordem crescente ou decrescente
de grandezas.
Média, mediana e moda são considera-
Exemplo:
das medidas de tendência central.
3, 3, 6, 8, 9
a) Rol: são os dados de uma amostra co- No exemplo visto, 6 é a mediana.
locados em ordem crescente.
Quando temos um número par de obser-
b) Média aritmética (MA): é a soma das
vações, não há um único valor central. Nesse
diferentes possibilidades dividida pela quan-
caso, a mediana é dada pela média dos dois
tidade de possibilidades.
valores centrais.
X 1 + X 2 + ... X r Exemplo:
MA =
n 5, 6, 6, 7, 9, 10, 11, 12
Xn = valores 7+9
Mediana = =8
Pn = pesos 2
e) Moda: é o valor que aparece com maior
Então:
frequência em determinado conjunto de va-
12 + 13 + 14 + 15 lores. Ao analisarmos a tabela que expressa
MA =
4 a idade média dos alunos do 9o ano, observa-
54 -se que a idade que aparece o maior número
MA = → MA = 13, 5
4 de vezes é 13; portanto, a moda é 13.

294 Capítulo 12 — Estatística

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Leitura de gráficos – Outros saberes
Parâmetros Para ampliar os seus conhecimentos acerca do conteúdo
que estamos estudando, escaneie o QR Code a seguir.
Os parâmetros que iremos estudar neste
tópico têm como objetivo sintetizar todas as Educa Mais Brasil
informações contidas nos gráficos e nas tabe- INTERPRETAÇÃO TEXTUAL –
las, além de tornar mais rápida a apreciação Interpretação de Gráficos ENEM

de suas principais características.

Passo a passo
1. (Fuvest) Examine o gráfico.
Porcentagem de registros de nascimentos do ano por grupo de idade da mãe
Brasil — 1999 / 2004 / 2009
35

1999
30,8

30,7

30
2004
28,3

2009
25,2

25
23,7
23,3
20,8

19,9

20
18,2

16,8
14,8
14,4

15

10
8,0
7,3
6,7

5
2,3
2,1
1,9

1,4
0,7

0,7

0,8

0,8

0,4

0,0
9:34 Menos de 15 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 anos ou Idade ignorada
anos mais

IBGE. Diretoria de Pesquisa, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil, 1999/2004/2009. Adaptado.

Com base nos dados do gráfico, pode-se afirmar corretamente que a idade:
a) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi maior que 27 anos.
b) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi menor que 23 anos.
c) mediana das mães das crianças nascidas em 1999 foi maior que 25 anos.
d) média das mães das crianças nascidas em 2004 foi maior que 22 anos.
e) média das mães das crianças nascidas em 1999 foi menor que 21 anos.

Capítulo 12 — Estatística 295

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Aplique uma pesquisa estatística, divi-


Solução:
dindo os estudantes em grupos. Alternativa d.
Para as crianças nascidas em 2004, considere a tabela a seguir.

Estratégias Idades xi fi xi . fi
[15, 19] 17 0,199 3,38
• Forme grupos de quatro alunos e peça [20, 24] 22 0,307 6,75
que usem qualquer moeda com o objetivo
[25, 29] 27 0,237 6,40
de jogar cara ou coroa. Anote na lousa os
[30, 34] 32 0,148 4,74
resultados obtidos por cada grupo.
[35, 39] 37 0,073 2,70
• Discuta a frequência dos resultados e
retome o conceito de porcentagem como 5

∑ xifi = 23, 97
ferramenta para indicar essa frequência. i =1

• Substitua as moedas por dados com Desse modo, podemos concluir que a idade média das mães das crianças nascidas em 2004 foi
seis faces. Peça que os alunos joguem maior do que 22 anos (23,97).
várias vezes, anotando a frequência de
cada face com um traço simples. Para
isso, construa uma tabela com uma colu- Aplicação
na para a frequência e outra indicando a
pontuação das faces. 8. Em uma pesquisa realizada com 300 famílias,
Local de Número de
levantaram-se as seguintes informações:
almoço empregados
P = pontuação
Número de Proporção de
F = frequência Restaurantes 300
filhos famílias
0 0,17 Lanchonetes 150

P 1 2 3 4 5 6 1 0,20 Self-services 250

2 0,24 a) Construa um gráfico setorial para essa pesquisa.


b) Qual é a porcentagem representada por
F 3 0,15
cada opção dada na tabela?
4 0,10

Ipek Morel/Shutterstock.com
• Peça que cada grupo calcule os valores 5 0,10

da média, da moda e da mediana, a partir 6 0,04

dos dados anotados na tabela. Com base nessas informações, as médias aritmé-
tica e ponderada, a mediana e a moda do número
Disponível em: https://educacao.uol.com.br/planos-
-de-aula/medio/matematica-algumas-ideias-de-esta- de filhos são representadas por quais valores?
tistica.htm. Acesso em: 13/06/2019. Adaptado. 9. Uma pesquisa realizada entre trabalhado-
res de uma loja de calçados quanto ao local
onde almoçavam obteve o resultado da tabela
a seguir:
ANOTAÇÕES
296 Capítulo 12 — Estatística

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296

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10. Uma pesquisa eleitoral foi realizada com uma amostra de 499 eleitores objetivando estudar a
influência da idade na preferência entre dois candidatos presidenciais. O resultado obtido foi o seguinte:
Candidato
Preferência em idade (anos) A B Indecisos Total
De 20 a 30 anos 68 117 15 200
De 31 a 50 anos 102 70 17 189
De 51 a 80 anos 80 3 27 110
Total 250 190 59 499
a) Qual é a moda dessa pesquisa?
b) Qual é a média ponderada da preferência de cada candidato?

11. Uma equipe de especialistas do centro 12. Quem são os atletas de alto rendimento?
meteorológico de uma cidade mediu a tempe-
O alto rendimento está ligado, ou as-
ratura do ambiente, sempre no mesmo horário,
sociado, à aptidão física no esporte e refe-
durante 15 dias intercalados, a partir do primei-
re-se à otimização dos recursos corporais e
ro dia de um mês. Esse tipo de procedimento
técnicos. Atletas que conseguem aumentar
é frequente, uma vez que os dados coletados
o uso dos recursos e técnicas disponíveis,
servem de referência para estudos e verifi-
adquirem novas competências na forma-
cação de tendências climáticas ao longo dos
ção, atingindo assim um alto nível de com-
meses e anos. As medições ocorridas nesse
petência. Assim um técnico de um atleta de
período estão indicadas no quadro abaixo.
alto rendimento que treina para uma com-
Dia do mês Temperatura (em ºC) petição passa a seguinte série de exercícios:
1 15,5
1o – Caminhar meia hora a 3 km/h.
3 14
2o – Correr 12 km, a uma velocidade cons-
5 13,5
tante, em 1 hora.
7 18
3o – Nadar durante 1 hora.
9 19,5 4o – Andar 9 km de bicicleta, a uma veloci-
11 20 dade constante, em meia hora.
13 13,5

Maridav/AdobeStock.com
15 13,5
17 18
19 20
21 18,5
23 13,5
25 21,5
27 20
9:35 29 16

Em relação à temperatura, os valores da média,


mediana e moda são, respectivamente, iguais a:
a) 17 °C, 17 °C e 13,5 °C.
b) 17 °C, 18 °C e 13,5 °C.
c) 17 °C, 13,5 °C e 18 °C.
d) 17 °C, 18 °C e 21,5 °C.
e) 17 °C, 13,5 °C e 21,5 °C.

Capítulo 12 — Estatística 297

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297

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RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS

1. Seja t, em minutos, o tempo de uso Baseando-se na tabela abaixo, quantas calorias Para o curso continuar bem, é necessário que
mensal, temos que: o atleta queima na série de exercícios? ele aprove pelo menos 70% de seus alunos.
Sabendo que os aprovados são apenas aqueles
Calorias queimadas em 30 minutos de exercícios
• O custo total, pelo plano A, é: 35 + 0,5t. Corrida
455
que obtiveram resultado ótimo ou excelente,
pode-se afirmar que esse curso continuará
• O custo total, pelo plano B, é: 20 + 0,8t. (12 km/h)
no mercado?
• O custo total, pelo plano C, é: 1,2t.
Corrida
(8 km/h) 288
a) Sim, pois o percentual de alunos aprovados
Nadar 279 foi, aproximadamente, 70%.
Primeiramente, vamos calcular o tempo b) Sim, pois o percentual de alunos aprovados
necessário para que o plano A seja mais Aeróbica 248 foi, aproximadamente, 80%.
c) Não, pois o percentual de alunos aprovados
vantajoso que o plano B. Dançar 208 foi, aproximadamente, 50%.
d) Não, pois o percentual de alunos aprovados
35 + 0,5t < 20 + 0, 8t Tênis 205
foi, aproximadamente, 40%.
Bicicleta
0,5t − 0, 8t < 20 − 35 (18 km/h) 201 e) Sim, pois o percentual de alunos aprovados
foi, aproximadamente, 90%.
−0, 3t <−  15 Patinar 163
0, 3t > 15 Caminhar
(18 km/h) 160
t>
15 Caminhar
92
Desafios
0, 3 (3 km/h)
Trabalho
t > 50 doméstico 82 1. Em 2022, a Anatel divulgou os resultados da
Pesquisa de Satisfação e Qualidade percebida
Agora, vamos calcular o tempo necessá- a) 1.546 calorias. d) 1.761 calorias.
referente ao ano de 2021, que indica níveis de
satisfação do consumidor com as operadoras de
rio para que o plano A seja mais vantajo- b) 1.846 calorias. e) 2.164 calorias.
telefonia. Assim, Ricardo pegou esses dados e
c) 1.356 calorias.
so que o plano C. fez uma pesquisa com três empresas de telefo-
13. Um dos cursos mais concorridos todos os nia para saber qual é o plano mais vantajoso.
35 + 0,5t < 1, 2t anos é o de Medicina. De acordo com a pesqui- Os três planos de telefonia celular são apresen-
sa do Brasil Escola, para concorrer a uma vaga tados na tabela abaixo.
0,5t − 1, 2t < −35
no curso o candidato não cotista precisar ter no
−0, 7t <−  35 Custo fixo Custo adicional
mínimo uma média de 730 pontos no Exame Plano
Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. O gráfi-
mensal por minuto
0, 7t >35
co a seguir diz respeito aos resultados obtidos A R$ 35,00 R$ 0,50
35 por uma turma de alunos de um curso para
t>
0, 7 Medicina.
B R$ 20,00 R$ 0,80
t > 50 Resultados dos estudantes no curso de Medicina
C 0 R$ 1,20
Podemos concluir, então, que o plano A é 6

mais vantajoso com um tempo de uso men- A partir de quantos minutos mensais de uso o
sal maior que 50 minutos. 4 plano A é mais vantajoso que os planos B e C?

Resposta: Alternativa c. a) 50 minutos.


2 b) 49 minutos.
1 c) 51 minutos.
2. A superfície plana a ser considerada d) 52 minutos.
Ruim Bom Ótimo Excelente e) 48 minutos.
é a superfície retangular de dimensões
8 m e 10 m. Assim, temos que a área
298 Capítulo 12 — Estatística
dessa superfície é 80 m2. De acordo com
o enunciado, a cada 100 mm de chuva,
essa superfície de 80 m2 acumula 80 · 100
Matematica_2022_9A_12.indd 298 10/08/2022 16:49:36

= 8.000  , ou seja, 8 m3 de água.


100x = 5.600
De acordo com o gráfico, a quantidade anual
de chuva é: 100 mm + 100 mm + 300 mm
x = 56 ANOTAÇÕES
+ 100 mm + 50 mm + 50 mm = 700 mm. Assim, o volume do reservatório, em
Sendo assim, fazendo uma regra de três: metros cúbicos, é tal que:

p ⋅ 2 ⋅ 4 = 56
Chuva (mm) Quantidade de 8 p = 56
chuva (m3) 56
p=
100 8 8
p=7m

700 x Resposta: Alternativa d.

298

ME_Matematica_2022_9A_12.indd 298 15/08/2022 18:23:19


2. O sertão nordestino apresenta as menores incidências de chuvas, isso em âmbito nacional. A
restrita presença de chuva nessa área é causada basicamente pelo tipo de massa de ar aliado ao
relevo, que muitas vezes impede que massas de ar quentes e úmidas ajam sobre o local causan-
do chuvas. Para prevenir-se contra o período anual de seca no alto Sertão do Pajeú, um agricul-
tor pretende construir um reservatório fechado que acumule toda a água proveniente da chuva
que cair no telhado de sua casa ao longo de um período anual chuvoso. As ilustrações a seguir
apresentam as dimensões da casa, a quantidade média mensal de chuva na região, em milíme-
tros, e a forma do reservatório a ser construído.

(mm)

300

200

100
8m m
10

pm
Jan.

Fev.

Mar.

Abr.

Maio

Jun.

Jul.

Ago.

Set.

Out.

Nov.

Dez.
4m Reservatório
2m
2 m × 4 m × pm

Sabendo que 100 mm de chuva equivalem ao acúmulo de 100 l de água em uma superfície plana
horizontal de 1 m2, a profundidade (p) do reservatório deverá medir:
a) 4 m. c) 6 m. e) 8 m.
b) 5 m. d) 7 m.

Matemática
1. O gráfico abaixo representa as notas de um Com base nessas informações, podemos afir-
aluno ao longo de um ano letivo, dividido por mar que:
bimestres. Para que o aluno seja aprovado
a) se o critério utilizado para a obtenção da
sem recuperação, terá de ter aproveitamento
média final for uma média aritmética, o aluno
mínimo de 50%.
será aprovado.
b) a soma das notas em todos os bimestres é 21.
4
9:36
c) se for utilizado o método da média ponde-
rada e, a cada bimestre, for atribuído um peso
Bimestre

3
para cada boa nota (peso 1 para o primeiro
bimestre, 2 para o segundo e assim por diante),
2 esse aluno estará aprovado.
d) se esse aluno tivesse repetido a nota do
1 primeiro bimestre no segundo bimestre, teria
0 1 2 3 4 5 6 7 sido aprovado por ambos os métodos, média
Notas aritmética e média ponderada.

Capítulo 12 — Estatística 299

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299

ME_Matematica_2022_9A_12.indd 299 15/08/2022 18:23:19


e) esse aluno estaria aprovado pelo método 5. O quadro seguinte mostra o desempenho
da média aritmética se tivesse feito um ponto de um time de futebol no último campeonato
a mais em qualquer um dos bimestres. Paulista A2. A coluna da esquerda mostra o
f) sua média nos três primeiros bimestres, pelo número de gols marcados, e a coluna da direi-
método da média aritmética, é 5. ta informa em quantos jogos o time marcou
g) utilizando o critério de médias ponderadas, aquele número de gols.
sua média nos três primeiros bimestres é 5,5.
Gols marcados Quantidade de partidas
2. A média aritmética dos números 2,05, 7,5, 0 5
7,9 e 8,3 é inferior a 6. 1 3
Verdadeiro Falso 2 4
3 3
3. O Colégio Novo Caminho, que possui mais 4 2
de 1.000 alunos no Ensino Médio, passou a 5 2
entregar aos pais dos alunos o desempenho 7 1
escolar de seus filhos, também chamado de
boletim, na forma de gráficos de linhas. Es- Se X, Y e Z são, respectivamente, a média, a
ses gráficos são atualizados bimestralmente, mediana e a moda dessa distribuição, então:
e acredita-se que, dessa maneira, fica mais
a) X = Y < Z. d) Z < X < Y.
fácil o acompanhamento e a visualização das
b) Z < X = Y. e) Z < Y < X.
notas dos estudantes. Para que o aluno seja
c) Y < Z < X.
aprovado, seu aproveitamento deve ser igual
ou superior a 60%. Se um aluno tem, nas três
6. O gerente de uma agência bancária no interior
primeiras unidades, 17 pontos, quanto preci-
de São Paulo obteve dois gráficos que mostra-
sará para ser aprovado ao final do ano letivo?
vam o número de atendimentos realizados por
funcionários. O Gráfico I mostra o número de
Monkey Business/AdobeStock.com

atendimentos realizados pelos funcionários A e


B durante 2 horas e meia; e o Gráfico II mostra
o número de atendimentos realizados pelos
funcionários C, D e E durante 3 horas e meia.

Gráfico I

30
25
25

20
4. Se a média aritmética dos números 6, 8, x
e y é igual a 12, então a média aritmética dos 15
números (x + 8) e (y - 4) será: 10
10
a) 9,5.
b) 13. 5
c) 19.
d) 20. 0
A B
e) 38.

300 Capítulo 12 — Estatística

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300

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Gráfico II 7. A distribuição das idades dos alunos de uma
classe é dada pelo seguinte gráfico.
40
35
35 23
30 28 20

Número de alunos
25
21
20
10
15
10 5
5 2

0 16 17 18 19 20
C D E Idade (anos)

Observando os dois gráficos, o gerente desses Qual das alternativas representa melhor a mé-
funcionários calculou o número de atendimen- dia de idade dos alunos?
tos, por hora, que cada um deles executou. O
a) 16 anos e 10 meses.
número de atendimentos, por hora, que o fun-
b) 17 anos e 5 meses.
cionário B realizou a mais que o funcionário C é:
c) 17 anos e 1 mês.
a) 4. c) 10. e) 6. d) 18 anos e 6 meses.
b) 3. d) 5. e) 19 anos e 2 meses.

8. Pela definição da Organização Mundial da Saúde, obesidade é o excesso de gordura corporal,


em quantidade que determine prejuízos à saúde. Uma pessoa é considerada obesa quando
seu Índice de Massa Corporal (IMC) é maior ou igual a 30 kg/m2, e a faixa de peso normal varia
entre 18,5 e 24,9 kg/m2.
Observe o gráfico.

Peso (em quilos)

95
90
85
Zona de risco
80
75
70
Zona de segurança
65
60
55
Zona de alerta
50
45

Altura 40
1,46

1,54

1,62
1,64
1,66

1,70
1,72
1,74
1,76
1,78
1,44

1,48
1,50
1,52

1,56
1,58
1,60

1,68

1,80
1,82
1,84
1,86
1,88
1,90
1,92
1,94

(em metros)

Capítulo 12 — Estatística 301

:37 Matematica_2022_9A_12.indd 301 10/08/2022 16:49:37

301

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Ao marcar no gráfico o ponto de interseção 10. Responda: o que é uma parte da população
entre as medidas de altura e peso, saberemos retirada para análise?
localizar a situação de uma pessoa em uma
a) Universo.
das três zonas. Para aqueles que têm 1,65 m e
b) Parte.
querem permanecer na zona de segurança, o
c) Pedaço.
peso deve manter-se, aproximadamente, entre:
d) Dados Brutos.
a) 48 e 65 quilos. e) Amostra.
b) 50 e 65 quilos.

gunnar3000/AdobeStock.com
c) 55 e 68 quilos.
d) 60 e 75 quilos.
e) 60 e 75 quilos.

9. Todos os anos, a Disney World, em Orlando,


na Flórida, recebe muitos turistas brasileiros.
O gráfico abaixo representa a evolução do nú-
mero de turistas brasileiros, em milhares de
visitantes.
295
271 11. A parte da Estatística que se preocupa com
233 a interpretação dos dados obtidos em uma
221 pesquisa, associando uma margem de incer-
236
224 206 190 teza, denomina-se:
a) Estatística de População.
150
162 b) Estatística de Amostra.
c) Estatística Inferencial.
d) Estatística Descritiva.
1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

e) Estatística Grupal.

12. A massa (em quilogramas) de 20 trabalha-


Responda.
dores de uma empresa com 100 funcionários
a) Observe o gráfico, compare os períodos de está registrada a seguir.
1992 a 1997 e de 1998 a 2001 e, sem fazer os
65 52 73 80 65
cálculos, diga qual dos períodos você acha que
tem a maior média aritmética. 50 70 65 70 77
b) Calcule, agora, a média aritmética da quanti-
dade de turistas brasileiros nos períodos consi- 82 91 75 52 68
derados no item anterior. Compare os valores
86 70 80 75 80
obtidos. Sua resposta antes de fazer os cálculos
(item a) foi correta?
Com base nos dados obtidos, responda:
c) Qual a média aritmética da quantidade de
turistas brasileiros em todo o período consi- a) Qual a população e a unidade estatística
derado no gráfico? dessa pesquisa?
d) Qual é o ano cujo valor de turistas está mais b) Qual é a sua amostra?
próximo do valor da média aritmética obtida c) Qual é a variável nessa pesquisa? Ela é dis-
no item anterior? creta ou contínua?
e) Nos três anos de maior visitação, qual foi o d) Que frequência absoluta respectivamente
número médio de brasileiros? têm os valores 65 kg, 75 kg, 80 kg e 90 kg?

302 Capítulo 12 — Estatística

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302

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13. Observe o gráfico abaixo que indica o nú- d) O aluno 2 venceu a aposta, pois sua média
mero de candidatos inscritos em um concurso foi 7,0.
em função da idade. e) Nenhum aluno venceu a aposta, pois as mé-
dias de todos eles foram iguais.
2.000

Sengchoy Int/AdobeStock.com
1.500
No de candidatos

1.500 1.300
1.000 800
500 300 400

0
18 19 20 21 22
Idade

Com base nesses dados, é correto afirmar que:


a) a maioria dos candidatos tem 20 anos.
b) o número de candidatos com 19 anos é maior
15. As lojas A e B fizeram uma promoção para
que os de 20 e 21 anos juntos.
a venda de DVDs, e os preços pelas quantida-
c) o número dos candidatos com 18 anos é
des vendidas estão representados nos gráfi-
maior que o número daqueles com 21 anos.
cos abaixo. Os gráficos das funções A(x) e B(x)
d) o número de candidatos com idade inferior
representam, respectivamente, os preços em
ou igual a 19 anos é inferior ao total de candi-
função das quantidades x de DVDs compradas
datos com idade igual ou superior a 20 anos.
pelos clientes nas lojas A e B.
e) o número de candidatos inscritos com 21
Cada um desses gráficos é formado por um
anos é inferior ao número de candidatos com
segmento de reta e por uma semirreta.
idade menor que 19 anos.

14. Dois amigos que estudam na mesma sala y


A(x)
com professor Tales apostaram qual deles ter-
minaria o ano com a maior média. As notas B(x)
deles foram:
50
Aluno 1 Aluno 2
24
1o Bimestre 10 6

2o Bimestre 9 6,5

3o Bimestre 5 7,5 x
0 4 10
4 Bimestre
o
4 8
A semirreta que integra o gráfico de A(x) tem
Entre as alternativas a seguir, assinale aquela inclinação igual a 3, e a do gráfico de B(x) tem in-
que for correta. clinação igual a 2. Com base nessas informações
e nos gráficos acima, julgue os seguintes itens.
a) O aluno 1 conseguiu a melhor média, pois
possui as melhores notas iniciais. I. Caso um cliente queira adquirir menos de
b) O aluno 2 conseguiu a melhor média, pois 10 DVDs, é mais vantajoso para ele comprar
manteve as notas próximas umas das outras. na loja B.
c) O aluno 1 venceu a aposta, pois sua média II. Com R$ 30,00, um cliente compra nas duas
foi 7,0. lojas a mesma quantidade de DVDs.

Capítulo 12 — Estatística 303

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303

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III. Na compra de 15 DVDs na loja A, um cliente economizará, em relação à compra na loja B,
R$ 0,20 em cada DVD.
IV. Na compra de 20 DVDs na loja B, um cliente economizará, em relação ao que gastaria na
compra na loja A, mais de R$ 10,00.
V. Com R$ 66,00, um cliente poderá comprar até 18 DVDs na loja A, mas não na loja B.
A quantidade de itens certos é igual a:
a) 0. c) 2. e) 4.
b) 1. d) 3.

16. Um restaurante está com 13 pessoas: 9 clientes e 4 garçons. Se escolhermos uma pessoa
do local aleatoriamente, qual a probabilidade de ser um cliente?

3 6 5
a) c) e)
13 13 13
9 7
b) d)
13 13

Neste capítulo, aprendemos:


• Estatística.
• A escolher, coletar e organizar dados para um rol estatístico.
• A fazer uma leitura correta de gráficos estatísticos, bem como elaborá-los.
• A calcular e a determinar parâmetros de erros estatísticos.
• A resolver problemas envolvendo gráficos, tabelas e dados estatísticos.
• A identificar eventos dependentes e independentes.
• A determinar conceitos de pesquisa amostral.
• A calcular tendência central e aplicá-la no cotidiano.

304 Capítulo 12 — Estatística

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304

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Caderno de respostas

Capítulo 1
Aplicação
1. 5 ⋅ 106 = 5.000.000 13.
a) < b) > c) <
2. d) < e) < f) <
a) x = 4 b) x = 6 c) x = 2
d) x = 0 e) x = 5 f) x = 2 14.
g) x = 2 h) x = 5 a) F b) F c) F
d) V e) F f) F
3.
a) III b) IV c) I 15. 15.625 = 56

d) V e) II 16.
a) 8 b) 2, 4, 8, 6
11
4. M =
3
17.
5. As potências são diferentes e apresentam como a) 125 b) 3
resultados 64 e -64, respectivamente.
18. 10
6. 216
19.
7.
1 1
a) b) -16 c)
4 9
a)
1
d) 1 e)
9

8.
40 16
a) b) − b) 512 círculos.
41 17

20.
1 5
9. − a) 2 b) 343 c)
32 7

10.  1
2 d) 1 e) 16
a) (-3)1 
b)  
2

11.
a) 2−x +6 b) 3−2 x −1 21.
a) F b) V c) F
12. -2 d) V e) F

Caderno de respostas 305

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305

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1
22. 6. -
3
a) 3, 22 ⋅ 106 b) 3, 71 ⋅ 10−7
c) 1, 256 ⋅ 1010 d) 7 ⋅ 10−7 7. Alternativa a.
e) 4 , 56987 ⋅ 102
8. Alternativa e.
23.
a) 9 ⋅ 106 b) 4,8 . 10 0 9.
c) 3, 6 ⋅ 107 d) 1 ⋅ 102 a) 9,6 · 102
b) 9,6 ·10-10
24. c) 6,0 ·1019
a) 8 bactérias. b) 1.024 bactérias. c) 224
10. Alternativa b.
25. 0
11. Alternativa d.
26. 1023 planetas.
12. Alternativa a.
27. 1,5 · 10 –7

13. Alternativa b.
28. Alternativa b.
14. Alternativa a.

Desafios Espaço para cálculos


1. Alternativa c.

2. Alternativa a.

Matemática +
1.
1
a) 16 b) c) 2,008
9

4
d) -64 e) f) 1
81

2.
a) 1,81 . 10-5 b) 8,3 . 109 c) 3,8 . 10-2
d) 4,2 . 10-8

3.
a) 3-2 b) (2)-5 c) 10-3
d) 10-5 e) 3-1 f) 9-1

4. n = -30

5. Alternativa a.

306 Caderno de respostas

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306

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13.
Capítulo 2 a) x 3 + 3x2 · y + 3x · y2 + y 3
Aplicação b) x 3 - 3x2 · y + 3x · y2 - y 3
c) 8x 3 + 12x2 + 6x + 1
1. 7
d) 27y 3 - 27y2 + 9y - 1
2.
a) 100
14. Alternativa d.
b) A soma dos números ímpares começando por 1
é sempre um número quadrado perfeito.
c) 324
Desafios
1. Alternativa b.
3. 2. Alternativa d.
3 3
a) 27 x − 8 y
Matemática +
27 3 125 3 1. Alternativa b.
b) a + b
125 27
2. Alternativa a.
2 9 2 3 3
c) a + b + 1+ ab + 2a + b
16 2 2
3. Alternativa a.
4. Não. Ele simplesmente usou cada termo ao
quadrado. 4. 1

5. 5. Alternativa a.
a) x2 b) 2xy
2 2 6. Alternativa a.
c) y2 d) (x + y)2 ou x + 2 x y + y

7. Alternativa e.
6.
2 2
a) a + b + 4 + 2ab + 4a + 4 b Espaço para cálculos
b) x 4 − 2 x 3 − 3 x 2 + 4 x + 4

7. 4x2

8.
a) x2 + y2
b) -30z + 4z2
c) 18x2
d) 8x2 -22 x + 19

9. Alternativa c.

10. Alternativa c.

11. Alternativa c.

12. Alternativa d.

Caderno de respostas 307

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307

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Espaço para cálculos

308 Caderno de respostas

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308

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6
b) x ' = − ; x '' = 0
Capítulo 3 6

c) x ' = 2; x '' = −2
Aplicação
14. Alternativa b.
1.
a) 3x2 - 2x - 8 = 0 (a = 3; b = -2; c = -8) 15. k = +4 e -4
b) x2 + 11x - 1 = 0 (a = 1; b = 11; c = -1)
c) x2 - 9x = 0 (a = 1; b = -9) 16. Alternativa b.
d) 2x2 - 2x + 5 = 0 (a = 2; b = -2; c = 5)
17. Alternativa e.
2.
a) x’ = 8 e x’’= 2 18. Alternativa b.
13 1
b) x’ = e x ’’ = 19.
2 2
a) k < 9 b) k = 9 c) k > 9
5 1
c) x’ = e x ’’ =
4 4
20.
1
d) x’ = − e x’’= -1 a) P < 25 b) P = 25 c) P > 25
3

3. x’ = 3 e x’’ = 2 21. k = -1
5
4. a ≠ 0 e a ≠ 22. Alternativa a
2

5. 23. Alternativa d.
a) x’ = 0 e x’’ = -3 b) t’ = 0 e t’’ = -5
24. Alternativa d.
5
c) x’ = e x ’’ = 1 d) x ’ = 0 e x ’’ = 2
3
25. Alternativa d.
6. 12,5
26. 36
7. Os números são 15 e 8.
27.
8. a) x 2 − 5 x − 14 = 0 b) x 2 − 2 3 x + 2 = 0
a) 2o grau. b) 5o grau.
7 1
c) 4o grau. d) 4o grau. c) x 2 + x + = 0 d) x 2 − 3 x + 2 = 0
6 6
9. x = 2 m
1 3
e) x 2 − x − =0
4 4
10. t = 5 s
28.
11. S = {n, 3n} a) ( x − 3)( x − 2) = 0

12. Cada lado deve aumentar em 3 cm.


 1
b) ( x − 1)  x −  = 0
 2 
13.
a) x ' = + 3 ; x '' = − 3
 1
c) ( x − 3)  x −  = 0
 3 

Caderno de respostas 309

:27 Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 309 10/08/2022 16:55:41

309

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 5 7 + 17 7 − 17
d) ( x + 1)  x +  = 0 c) x1 = 3 ; x2 = 3
 2  2 2
29.
2 d) x = ± 2
x−
x −1 3
a) b)
x +4 1
x− 39. Não possui raízes reais.
2

30.
 1
{
40. S = −3;− 3 ; + 3 ; +3 }
a) ( x + 7)( x − 5) = 0 b) ( x − 1)  x −  = 0
 4 
41. Alternativa a.
c) ( x − a)( x − b) = 0
3 1
42. x = ± e ±
 4 2 2
d) ( x − 5)  x −  = 0
 3 
43.
31. a) x1 = x 2 = 2 b) x = 4
a) x 2 + 2 x − 15 = 0
b) x 2 − 17 x + 70 = 0 44. Alternativa d.
c) x 2 − 6 x = 0
d) Qualquer equação com D = 0. 45.
e) Qualquer equação com D < 0. a) x = 5 b) x = 9
c) x1 = 3; x 2 = −1
32. t = 2
46. Alternativa b.
33.
2 5
a) S = -8; P = -9 b) S = − ; P = − 47.
3 3
a) x = 25 b) x1 = −1; x 2 = 8
3
c) S = ; P = 0 d) S = 5; P = 4 c) x = 3 d) x1 = −4 ; x 2 = 3
2
1 4
e) S = − ; P = − f) S = 5; P = -6
3 3 Desafios
1.
34. x 2 − 3 x − 10 = 0
a) 6 trabalhadores.
1 1
S= ;P = − b) R$ 1.800,00
3 10
2. R$ 1,00
35.
a) x 2 − 19 x + 84 = 0 b) x 2 + 13 x + 30 = 0
c) x 2 − x − 12 = 0 d) x 2 − 3 x − 54 = 0
Matemática +
e) x 2 − 64 = 0 f) x 2 − 8 x = 0

 1
x = −
9 7 3 1.  4
36. x 2 − x + 5 = 0 37. x 2 − x + = 0 

2 2 2 x = 1

38.
5
2.
a) x1 = 1; x 2 ≠ R 2

b) x1 = 0; x 2 ∉ R  0
x = 5
3.  10

 x 2 = −6

310 Caderno de respostas

Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 310 10/08/2022 16:56:08 M

310

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4. 11 {
b) S = − a , + a , − 2 a , + 2 a }
5. y = ± 7 15. V = {-3; +3}

6. 16. {± 10 }
a) Reais. b) Reais.
c) Reais. d) Reais. 17.
e) Imaginárias. a) x = 5; S = {5} b) S = ∅

18.
7. Apenas x = 3. a) S = {-1; +1} b) S = {10}

19.
 3
 
8. x − 20 = 0
2
a) S = {6} b) S = 
− 

 
 2 

9. a = −2 + 3 20. Alternativa d.


b = −2 − 3


x 2 + 2x − 2 = 0
21.
a) S = {-3a + 3a} b) S = { 5
16 }
10.
a) ∆ = −16 (Não existe raiz real). {
c) S = − 7 , + 7 } d) S = {-2, -1, +1, +2}
b) ∆ = 52 (Duas raízes distintas).
c) ∆ = −11 (Não existe raiz real). 22. Alternativa c.
d) ∆ = 25 (Duas raízes distintas).
1
e) ∆ = 36 (Duas raízes distintas). 23. x = ± 2 + a 2 para x ≠ ±1
2

11. 24. Alternativa c.


a) y 2 + 30 y − 175 = 0
Espaço para cálculos
 y 1 = 5
b)  2
 y = −35

Como -35 é um valor negativo, não é válido
para solução.

c) Largura = 5; comprimento = 35.

12.
 1
 
a) S =   b) S = {1}

2
 

13.

 2 2 
a) V = ∅ b) V = 
− , + 


 3 3 


c) V = {−2, +2}

14.
{
a) S = − 5 3 , + 5 3 }
Caderno de respostas 311

:08 Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 311 10/08/2022 16:56:24

311

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Espaço para cálculos

312 Caderno de respostas

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312

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7.
Capítulo 4 a) {-1} b) {3, 4} c) {(-1, 3)(-1, 4)}
d) {(3, -1)(3, 0)(3, 1)(4, -1)(4, 0)(4,1)}
Aplicação e) {(1, 1)(1, 3)(1, 4)(3, 1)(3, 3)(3, 4), (4, 1), (4, 3), (4, 4)}
1. Alternativa d.
8.
P = (0,2)
2. E3
9. Alternativa b.
3.
a) A × B = {(1, 4 )(1, 5)(2, 4 )(2, 5)(3, 4 )(3, 5)}
10. n = 2
b) B × A = {(4 ,1)(4 , 2)(4 , 3)(5,1)(5, 2)(5, 3)}
c)
11. Alternativa e.
A2 = A × A = {(1,1)(1, 2)(1, 3)(2,1)(2, 2)(2, 3)(3,1)(3, 2)(3, 3)}
d) B 2 = B × B = {(4 , 4 )(4 , 5)(5, 4 )(5, 5)}
12. 40 formas.
4. 1
0 13. mn =
2
0
2 14. d = 13
a) 1
4
–2 15.
5 a) 0
1 2
2 8
5 3 9

4 4

b) D = {1, 2, 3, 4}
2 c) Im = {2, 8, 9}
d) CD = {2, 8, 9}
e) 7 relações.
b) x
–2 0 1
16. R = {(1, 5)(2, 4)(3, 3)}
5. (B1C1) (B1C2) (B1C3) (B2C1) (B2C2) (B2C3)
17. 28 elementos.
6. a) (D, E)(D, C)(D, F)(D, B)(D, G), (D, A)(D, H)
18. 12 pares.

AB BC CD DE EF FG GH 19. ( J; G)( J; M) ( J; A)(G; M)(G; A)(M; A)


AC BD CE DF EG FH GF
AD BE CF DG EH FE GE 20.
AE BF CG DH ED FD ED a) (1,3)(3,1)(2,2)
b)
AF BG CH DA EC FC GC b) (a, d)(d, a)(a, b)(b, c)(c, c)
AG BH CA DB EB FB GB
21. 6 relações.
AH BA CB DC EA FA GA

Caderno de respostas 313

:24 Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 313 10/08/2022 16:56:28

313

ME_Matematica_2022_9A_13.indd 313 15/08/2022 18:23:05


22. 0 ≥ 2 − 2 (Sim) 1≥ 2 − 2 (Sim) 30. Alternativa c.
0 ≥ 3 − 2 (Não) 1≥ 3 − 2 (Sim)
0 ≥ 4 − 2 (Não) 1≥ 4 − 2 (Não) 31. Alternativa c.
0 ≥ 5 − 2 (Não) 1≥ 5 − 2 (Não)
32. Alternativa c.
2 ≥ 2 − 2 (Sim) 3 ≥ 2 − 2 (Sim)
2 ≥ 3 − 2 (Sim) 3 ≥ 3 − 2 (Sim) 33. Alternativa a.
2 ≥ 4 − 2 (Sim) 3 ≥ 4 − 2 (Sim)
2 ≥ 5 − 2 (Não) 3 ≥ 5 − 2 (Sim) 34. p = 4.

35. Alternativa b.
R1=
0 2 36.
1 3 a) (0,-3)

2 4 b) (0,5)
3 5
c) (0,0)

R1–1 =  1
d) 0,− 
 2 
2 0
3 1
37.
4 2 a) f(0) = -5 b) f(-6) = -9
5 3
3 23
c) f   = −
 5  5
23. 10 pessoas.
5
24. 91 jogos. d) soma =
3

25. 15 relações. 38. b = -1; a = -2


x
26. 39. f ( x ) =
4
I. Não
II. Não 40.
III. Sim → Im = 1, 2, 3 / CD = 1, 2, 3, 4, 5 / D = 1, 2, 3 a) É função. D = {-2, 0, 2, 4} / Im = {0, 4, 16} / CD
IV. Sim → IM = CD = 1, 2 / D = 1, 2, 3 = {0, 4, 8, 12, 16}
V. Sim → IM = CD = 0 / D = 1, 2, 3 b) Não é função.
VI. Não
41.
27. a) n semanas: P = 156 - 2,5n
a) -1 b) 2 c) -2 b) A pessoa deve recolher-se ao spa por, no mínimo,
15 semanas.
28. Alternativa c.
42. Alternativa c.
29. Alternativa c.
43. b - a = 6

314 Caderno de respostas

Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 314 10/08/2022 16:56:32 M

314

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44. Alternativa c. y=x+3

45. Alternativa c. 6.
a) P = 4l b) A = l2
46. Alternativa d. c) 3 → P = 12 → A = 9
5 → P = 20 → A = 25
47. 9 → P = 36 → A = 81
a) 86 reais.
b) 100 minutos. 7. Um retângulo.

48. 8.
a) Entre 12 e 16 horas. a) C(0, -1); D(1; 2) b) y = 2
b) Entre 0 e 12 horas. c) y = -4
c) Após as 16 horas.
d) Às 12 horas, foi de 20 °C; às 24 horas, foi de 10 °C. d) y
2 D
49. y = f(x) = -3x - 1
1
50. f(x) = x . 0
0
1 2 x
Desafios -1

1. P = 12,385 cm, A = 5 cm2 -2

2. Alternativa d.
9. Alternativa e.
3. Sim.
10. a) 4 m b) 1 ano e 3 meses.

Matemática + 11.
a) y
1. 12 maneiras.

2. y = 15x; f(x) = 15x

3. Alternativa b. 3 x

4.

 1 

a) D( f ( x )) =  x ∈ R / − < x ≤ 1


 2 


b) D( f ( x )) = { x ∈ R / x ≠ 3}
b) y
c) D( f ( x )) = { x ∈ R / x ≠ ±2}

d) D( f ( x )) = { x ∈ R / x ≠ 2 e x ≠ 0}
1 x
5. X -2 -1 0 1 2 3 4 5 4
Y 1 2 3 4 5 6 7 8
Caderno de respostas 315

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315

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c) y c) x = 2
d) Crescente, a positivo.

 x = 2; y = 0 → nula.



0 x e) Para  x > 2; y > 0 → positivo.


 x < 0; y < 0 → negativo.

18.

a)

y 10
d) Peças produzidas

2 x

500

b) 11 peças ou mais.
12. Alternativa c.
19.
13. Alternativa c. a) f ( x ) = k x + 3 é crescente, e só se, k > 0 .
b) f ( x ) = 1− (3 − m) x é decrescente se, e só se,
14. −(3 − m) < 0 → m − 3 < 0m < 3 .
a) Função afim. c) f ( x ) = 4 − (q − 2) x é crescente se, e só se,
b) y = -x + 1 −q + 2 > 0 → q < 2 .
c) f(0) = 1 d) f ( x ) = −(2 p + 1) x + 1é decrescente se, e só se,
d) Decrescente, pois a < 0
1
e) P(x) = 1 → nula. −2 p − 1 < 0 → 2 p > − 1 → p > − .
2
P(x) > 1 → negativa.
P(x) < 1 → positiva. 20.
a) R$ 109,20 b) y = 2,10 x
15. Alternativa e.
c) y
16. 6,3
a) Função linear.
b) f ( x ) = a x
c) f (0) = 0; f ( x ) = a x 4,2
d) Crescente, pois a > 0
e) P(x) > 0. 2,1
y > 0 → positiva.
P(x) = 0; y = 0 → nula.
x
P(x) < 0; y < 0 → negativa. 1 2 3

17. d) a = 2,1
3
a) Função afim. b) f ( x ) = x −3
2

316 Caderno de respostas

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316

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21.
y y

a) f (x ) = x + 2 4 c) f (x ) = −2x + 4 4

x y 3 3
x y
0 2 2 1 2 2
2 4 1 2 0 1

0 2 x 0 x
1

22.
1 1
b) f (x ) = − x y
f (x ) = − y
2 2 3
a)   b) (-36)
x y  2 
0 0
0 x 23. R$ 19,10
4 -2 -1
-2 24. Alternativa c.

Espaço para cálculos

Caderno de respostas 317

:48 Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 317 10/08/2022 16:56:52

317

ME_Matematica_2022_9A_13.indd 317 15/08/2022 18:23:07


e)
Capítulo 5 f)

Aplicação
1.
7.
a) a = -3; b = 2; c = 2
a) B → Concavidade voltada para baixo.
b) a = -3; b = 4; c = -9
b) C → Concavidade voltada para cima.
2 c) C → Concavidade voltada para cima.
c) a = − 3 ; b = ; c = 3
5 d) B → Concavidade voltada para baixo.
e) C → Concavidade voltada para cima.
d) a = 1; b = -8;c = 11
f) C → Concavidade voltada para cima.
1
e) a = − ; b = 0; c = 12
4 8. y

2. ( x + 3)( x + 2) = x 2 + 5 x + 6
3
2
3. 3

–1 x

a=2  x = 2 / y = −1


 
a) b = −5 b)  1 4
  x = / y =−
  3 9
c = 1
 

 9.
a) Verdadeiro.
4. e - d - b - a - c
b) Falso.
c) Verdadeiro.
5. 12
d) Verdadeiro.
e) Verdadeiro.
6.
y 10.
a) y b)
a) 14
x
b) Para cima.
3 9
c) x = ; y = −
2 8
x
11.

y y a) y
c) d)
x

1 1 x
x' =x'1;=x''1;=
x'' =
2 2

b) y
x

x x = −1
–1

318 Caderno de respostas

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318

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c) y
1
c) Valor mínimo (a > 0) −
8
x' = 0; x'' = 5 7
5 x d) Valor máximo (a < 0) −
4

20. Valor máximo m < 4


12. P > 4
21. b = 4; a = -1
13.
1
a) x ' = −1; x '' = − 22.
2
a) t = 4 b) h = 45
b) x’ = 3; x’’ = 1 c) x’ = 1; x’’ = 1
d) x’ = 5; x’’ = -5 e) x’ = 0; x’’ = - 3 23. 400 m.

14. 24. Alternativa a.


a) Dois pontos, ± 3. b) Dois pontos, 1 e 5.
c) Nenhum. d) Nenhum. 25. Alternativa d.
e) Um ponto, 1. f) Nenhum.
26. Alternativa c.
15.
a) a < 0(−); ∆ > 0(+) 27.
a) Não é função quadrática.
b) a > 0(+); ∆ = 0 b) Não é função quadrática.
c) É função quadrática.
c) a < 0; ∆ < 0(−) d) Não é função quadrática.
e) É função quadrática.
16. O alcance dos disparos foi de 20 metros.
−3 + 65 '' −3 − 65
28. x ' = ;x =
4 4
17.
a) f ( x ) = x 2 − x − 20 29.
b) f ( x ) = −x 2 + 8 x − 7
8 14
c) f ( x ) = x 2 − 3 x − 4 a) − b) -2 c) −
3 3

18. 30. Alternativa a.


3 1
a) x v = ; y v =
4 8
31.
3 1
b) x v = ; y v = − y
2 4 a)
1 39
c) x v = − ; y v = − 2
4 8

d) x v = −2; y v = 1 –2 2 x

19. b) y
a) Valor mínimo (a > 0) : −7. 6

1
b) Valor máximo (a < 0) : − .
4

–3 3 x

Caderno de respostas 319

:58 Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 319 10/08/2022 16:57:13

319

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32. 4. S = 7 5. x > 6
a) x ' = 4 ; x '' = −4 b) x ' = 0; x '' = 9
6. Alternativa b.
3
c) x = ; x '' = −1
'
d) x’ = x’’ = 1 7. Alternativa c.
2
33. 
 1
8. S = 
m ∈ R| m > − 
a) a > 0. Nenhuma raiz. 

 4 


b) a > 0. Duas raízes distintas.
9.
c) a < 0. Duas raízes iguais.
a) f(x) > 0, -2 < x < 3
d) a < 0. Duas raízes iguais.
f(x) = 0, x = -2 ou x = 3
f(x) < 0, x < -2 ou x > 3
34.
a) ( x + 2)2 + 4 b) (2 x + 1)2 + 4 2
b) f (x ) = 0 se x = ou x = 1
3
35. 2
f (x ) > 0 se x < ou x > 1
a) Para (− 2 < x < + 2 ) → negativa; para ( x > 2 ) 3
ou ( x < − 2 ) → positiva; para x = − 2 ou x = 2 2
f (x ) < 0 se < x < 1
→ nula 3 1
c) f (x ) = 0 se x = ou x = 2
b) Para (x = -1) → nula; para (x > -1) ou (x < -1) 4
→ positiva 1
f (x ) > 0 se < x < 2
4
36. Alternativa c. 1
f (x ) < 0 se x < ou x > 2
4
37.
a) Gráfico III. b) Gráfico II. c) Gráfico I.
10. Alternativa c. 11. m = 5
Desafios 12. 2 13. a = 4; b = -5
1.
14. m = 2 15. Alternativa d.
a) 4 s b) 8 m

16. Alternativa c.
2. Alternativa e.

Matemática + Espaço para cálculos


1.
a) x = -3 e x = -1; f(x) = 0; x < -3 e x > -1; f(x)
> 0; -3 < x < -1; f(x) <0
b) x = 2; y = 0; x ≠ 2; y < 0
c) x = -15 e x = 1; y = 0; x < -15 e x > 1; y > 0; -15
< x < 1; y < 0
d) x = 6; y = 0; x ≠ 6; y > 0
e) ∀ x ∈ R y > 0
f) x = -2 e x = -1; y = 0; x < -2 e x > -1; y < 0;
-2 < x < -1; y > 0
1
2. Alternativa b. 3. k ' = −1; k '' = −
2

320 Caderno de respostas

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320

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Capítulo 6
Aplicação
1. 6 pertence ao conjunto dos números naturais. 11. 40 caixas.

2. 8 12. 40 cm
13.
1
3. − = 0,0142857 a) > b) < c) < d) > e) < f) <
70
g) > h) < i) = j) <

29
4. − = −0, 241667 14.
120
a) R b) R c) R d) I e) I f) R
5. g) R h) I i) R j) R
a) Falso.
b) Verdadeiro. 15. −15 + 5 2
c) Verdadeiro.
d) Verdadeiro. 16. Alternativa b.

6. 17. Alternativas a e c.
a) 2, 72
18.
a) V b) F
b) 0,6
c) V d) F

c) 1, 3
19. Alternativa b.
d) 0,14
20. Alternativa a.
7. Alternativa d.
21.
8. Em Vênus.
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8

9. -255
G C D A B E F
10.
22.
a) −0, 6
180 10
a) 9; ;−
b) -0,6 4 5

c) -1,5 7 180 10
b) 9; − ; ;−
2 4 5
d) -2,25
3
c) π; 10 ; 1+ 3 ; 80
e) −0, 3

Caderno de respostas 321

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321

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23.
23 25 5 5
a) b) c) d)
18 18 18 6

37
24.
99

25. 222,8 m.

Desafios

1. Alternativa e.

2. Alternativa d.

Matemática +
1.

 −100




Naturais: 0;100; 25 ;1;123;12;1, 000000; 21 ; 1;101 ; 144 ; 56;1000000000, 0; +1; +1000; − − 64 ;( )
−100



Inteiros: Todos os naturais listados, mais − 33; − 110 ; − 159 ; − 23; − 78 ; − 16 ; − 789


 1
Racionais: Todos os naturais e inteiros listados, mais 12%; −1, 2; 0, 33...; 0,1; 0, 5; + 1, 23; −3, 012; 0, 55...;

 2


 7 1 10

− ; 0, 00000000001; ; − 2, 4444...;−0, 01; 22, 232323...;−0,121212;

 9 4 100


Irracionais: π; 3 ; 2 ;1, 758236418...

2.
a) 10,452 b) 13,73

3. Alternativa c. 4. Alternativa a.

5. Alternativa d. 6. Alternativa d.

7.
a) Infinita e periódica. e) Exata.
b) Exata. f) Infinita e não periódica.
c) Exata. g) Infinita e periódica.
d) Exata. h) Infinita e periódica.

8.
a) Racionais. b) Irracionais. c) Racionais. d) Racionais. e) Irracionais.
f) Racionais. g) Racionais. h) Irracionais.

322 Caderno de respostas

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322

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9.
a) V b) F c) V d) F e) V

10. Alternativa d. 11. Alternativa d.

12.
a) 2,6 b) 8,3 c) 4,6 d) 7,4 e) 5,4

13. Alternativa d. 14. Alternativa c. 15. Alternativa d.

Espaço para cálculos

Caderno de respostas 323

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323

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Espaço para cálculos

324 Caderno de respostas

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324

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Capítulo 7
Aplicação
1. R$ 2.500,00 22. R$ 2.000,00

2. R$ 1.032,00 23. a) 20.700 peças. b) 38%

3. R$ 113,40 24. 75%

4. Alternativa d. 25. 28,8%

5. Alternativa c. 26. Alternativa b.

6. R$ 3.320,00 Desafios

 42% = 2.100 1. Alternativa b.


7. 25% = 1.250


33% = 1.650


2. R$ 840,00

8. R$ 345,00 Matemática +
9. Sobraram 6; quebrei 14. 1. Alternativa c.

10. 42 bombons. 2. 34,4%

11. Restam 45. 3. R$ 62,40

12. 15 garotas. 4.
a) 17.100
13. 16%, aproximadamente. b) 14,5%

14. R$ 87,32 5. 20%

15. 8 gols. 6. 51%

16. R$ 225,00 7. 15%

17. R$ 100,00 8. 12%

18. Restam R$ 1.260,00. 9. R$ 17.500,00

19. Restam 46,4%. 10. Alternativa c.

20. Alternativa c. 11. Alternativa c.

21. Alternativa c. 12. Aternativa a.

Caderno de respostas 325

:37 Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 325 10/08/2022 16:57:38

325

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Capítulo 8
Aplicação
C
1. b) = 2π
R
3 1
a) = 13.
6 2
a) y = 6; x = 8
b) y = 6; x = 15
3 1
b) =
9 3
c) y = 6 2 ; x = 2 2
6 2 15 8
c) = d) y = ;x =
9 3 2 3

2. x = 4 14. Alternativa c.

3. 15. x = 15; y = 45; z = 30

a) 2 5 16. Alternativa d.
5
1
b) 17. Alternativa c.
2

18. x = 10; y = 30; z = 22,5


5
c)
5
19.
4. A = 35 m 2
a) x = 5
b) Perímetro do ABC = 37
5.
a) 4 20. x = 2; y = 8
1
b) 21. Alternativa c.
3

6. y = 12; x = 28 22.
a) x = 18; y = 27
7. 20 quilômetros. b) x = 5; y = 8
c) x = 7; y = 18
8. AB = 8; CD = 20
23. Alternativa d.
9. 50 cm.
24. x = 15; AB = 36 cm; e AC = 45 cm.
10. y = 56; x = 40
24
25. x =
5
11. AB = 12; CD = 20
26. x = 15
12.
27.
R 1
a) = a) Sim, pois possuem lados proporcionais.
d 2

326 Caderno de respostas

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b) Não. c) Não. d) Não.
Desafios
28.
1. Alternativa b.
a) x = 15,84 b) x = 5,12
2. Alternativa e.
29. x = 57; y = 36; z = 30

30. x = 25
Matemática +
1.
31. PA = 30 cm; PB = 20 cm 15
a) x = 10,8 b) x =
4
32. Alternativa e. 20
c) x = d) x = 4 e) x = 3,75
3
33. Alternativa a
2.
a) x = 8; y = 12 b) x = 11
34.
c) x = 3
a) x = 450 cm ou 4,5 m
b) x = 1, 6 cm
3.
1
c) x = a) x = 4; y = 8 b) x = 6; y = 8
150
c) x = 80; y = 96
35. x = 27; y = 33; z = 45
4. Alternativa a.
36.
a) F 5.
b) F a) x = 7
c) F
32
d) V b) x = ; y = 15
3

37. 0,75 m 6. Alternativa a.

38. x = 24 Espaço para cálculos


39.
a) 5
b) 36

40.
a) 4
b) 15

41. Alternativa b.

42. Alternativa d.

43. Alternativa d.

44. Alternativa a

Caderno de respostas 327

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327

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Capítulo 9
Aplicação
1. x x 1
14. senα = ; cos α = ou senα = cos α =
a) x = 4 2 b) x = 4 3 2x 2x 2

15.
2. Alternativa d. 4 = 3
a) tg A = ; tgB
3 4
3. Alternativa e.
b) tg A = 1; tgB
 =1

4. Aproximadamente 14,4.
16. 14
5. Alternativa c.
17.
2 3
a) tgα = 1; tgβ = ; tgγ =
6. Alternativa b. 2 3

b) a = 2
7. Alternativa d.
18. Largura de 0,57 m ou 57 cm.
8. Alternativa a.
19. Aproximadamente 2,7 km.
9. Alternativa a.
20. Alternativa a.
10. Alternativa b.
21. 1 m
11. Alternativa e.
22. x = 50 3
12.

 = 5 29 ;cos  2 29 23. Alternativa c.


senA A=
a) 29 29
 2 29  5 29 24. Alternativa d.
senB = ;cos B =
29 29
25. Alternativa d.

 = 2 ;cos  2 26.
senA A=
2 2 a) 0,545 e 0,545
b)
 = 2 ;cos B
= 2 b) 0,342 e 0,342
senB c) 0,559 e 0,559
2 2
d) 0,391 e 0,391
13.
C O ângulo é 72°.
senB = 2 = 2 = senC

2 2 2 27. 64,18 m
2

2  = 2 = cos C
cos B 
2

2 28. α ≅ 22°

A 2 B

328 Caderno de respostas

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328

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29. 2. x = 30 2 ou ≅ 42, 4 m.
a) IV b) I
c) II d) III 3.
e) V a) x ≅ 50 m.
b) h ≅ 42 m.
30. Aproximadamente 1.526 m.
4. x ≅ 13,3 m.
31. 7,2 cm
5.
94 11
32. x = 17,88 m a) cosα = b) cosα =
12 12

33.
11, 25 31
a) x = 6 b) A = 72 c) cos α = d) cosα =
15 32

34. x = 2 2 6.
a) x = 4,91
35. Alternativa b. b) x = 3,98

36. d ≅ 12,8 m 7. x ≅ 282

37. d ≅ 9,79 m 8. x ≅ 46,13

38. Alternativa b. 9. AC = 6 7

39. x = 70 m 10. x = 4 6

40. Alternativa e. 11.


a) d = 10,37
41. x = 132 m b) d = 12,52

42. Alternativa e. 12. Alternativa b.

13. 11,5 m
Desafios
14. Alternativa e.
1. Alternativa a.
15. 7,2 m
2. Alternativa b.
16. 4 7 m; 2 21 m.
3. 140 m
17. 3 m
Matemática + 18. Alternativa e.
1.
19. Alternativa c.
a) α = 30° b) α = 45°
c) α = 90° d) senα = 35°

Caderno de respostas 329

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329

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Espaço para cálculos

330 Caderno de respostas

Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 330 10/08/2022 16:58:15 M

330

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Capítulo 10
Aplicação
1. 15.
a) 18° a) x = 11,25
b) 135° b) x = 3
c) 432° c) x = 9,7
d) 270° d) x = 4

2. 16.

a) x = a) x = 4
12

b) PA = 4

b) x = PB = 15
5
PC = 12
0, 5π PD = 5
c) x =
4

17. 36
π
d) x =
180
18. Alternativa b.
3.
a) 240° 19. Alternativa d.
b) 180°
20.
4. 28,88 cm. a) x = 75°
b) x = 30°
5. Alternativa b.
21. x = 8
6. 8h24min
22.
7. Alternativa a. a) x = 3
b) x = 3 10
8. Alternativa d.
23. x ≅ 10,67
9. Alternativa e.
24.
10. 40 cm a) x = 2
b) x = 22
11. 72° c) x = 5

12. Alternativa c. 25. BC = 0, 5r

13. Alternativa b. 26. Alternativa d.

14. Alternativa b. 27. Alternativa c.

Caderno de respostas 331

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28. Alternativa d. 6. 3r = 8 m

29. Alternativa a. 7. Alternativa b.

30. C = 43,96 cm 8. Alternativa b.

31. Alternativa d. 9. Alternativa e.

32. A = k2 10. Alternativa d.

33.
a) x = 5
Espaço para cálculos
b) x = 12
c) x = 8

34. P(pot) = 375

35. r = 2a

36.
a) x = 2,76
b) x = 2
c) x = 2,9
d) x = 3,7
e) P = x - 2

Desafios
1. 40 voltas.

2. Não será suficiente, pois a área da nova região


a ser pavimentada mede 195 m².

3. Alternativa b.

Matemática +
1. Alternativa d.

2. Alternativa b.

3. Alternativa e.

4. Alternativa b.

5. R = 8 m.

332 Caderno de respostas

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332

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Capítulo 11
13.
Aplicação
1. 8 faces.
14.

5
2. Alternativa a.

3. Alternativa b. AT = 6 . l2 → 6 . (5)2 → 6 . 25 = 150


AT = (área total)
4. 3, 5 e 7.
15. Alternativa c. 16. Alternativa e.
5. Alternativa c.
17. Alternativa a.
6. Alternativa d.
18.
7.
a) Al = 42 cm2 ; At = 54 cm2 ;V = 21 cm3
a) At = 6 x 2 + 24 x + 16
b) Al = 20 cm2 ; At = 28 cm2 ;V = 10 cm3
c) Al = 753,6 cm2; At = 979,68 cm2; V = 2260,8 cm2
b) V = x 3 + 6 x 2 + 8 x
19. V = 1.413 cm3
8. h = 4 87
20.
9. Alternativa d.
a) O prisma de base quadrangular.
b) ≅ 1, 2738
10. Alternativa a.

11. Alternativa b. Desafios


12. 1. Alternativa e.
Lateral
a) Cima Frente
2. Alternativa c.

b) Cima Frente Lateral Matemática +


1. Alternativa a.

Caderno de respostas 333

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333

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2. Alternativa a. 10.
a) V1 = 8 cm3; V2 = 64 cm3 b) V = 72 cm3
3. V = 84,78 cm3 4. Altura = 2 m
11.
5. 192 cm3 6. 57.600 l a) 125 m3 b) 1,728 cm3 c) 27 km3
d) 3,375 m3
7. 1.000 bolinhas. 8. V = 50 m3
12.
9. V = 21.952 cm 3
a) 40 m3 b) 18 m3 c) 3,5 m3

Espaço para cálculos

334 Caderno de respostas

Matematica_2022_9A_13_CdR.indd 334 10/08/2022 16:58:26 M

334

ME_Matematica_2022_9A_13.indd 334 15/08/2022 18:23:22


Capítulo 12 4ª semana
3ª semana
350

300
Aplicação c)

1. x = 10.000 2ª semana 200


1ª semana
150
2.
a) A 7ª rodada, com 10 gols.
b) A última rodada, com 60 gols.
c) 105 gols. Self-services
0
d) 225 gols.
6.
3. Tabela representativa de moradia de funcionários a) Entre a segunda e terceira hora.
Número de funcionários Local de moradia b) 80 km/h
270 Outro município c) Entre a terceira e quinta hora.
490 Bairros nobres da capital d) Velocidade e tempo.
530 350 da capital
Bairros medianos e) Linear, pois é representada por uma linha.
1.040 Favelas da capital
f) Crescente entre a segunda e a terceira hora e
300 decrescente entre a terceira e a quinta hora.

4. 250 7. 4ª semana
3ª semana
350
a) R$ 300,00 de saldo credor. a) F b) F c) F d) F
b) - R$ 100,00 de 350
saldo devedor. 200 e) F f) V g) F 300
4ª semana
3ª semana

300
5. 150 8. MA = 3
200
a) 4ª semana 350 MP = 2, 27
2ª semana
1ª semana
2ª semana 200 3ª semana
100
1ª semana
150
ME = 3 150
300 MO = 2
50
Self-services 9.
0 0
a) Self-services
2ª semana 200 0
1ª semana
150

b)
350

300
Self-services b) Restaurantes: 42,85%, lanchonetes: 21,44% e
250 0
self-service: 35,71%. 350
200
10.
300
150 a) Moda: Candidato A: 31 a 50 anos. Candidato B:
20 a 30 anos. Indecisos: 51 a 80 anos.
100
Mediana: Candidato A: 250
31 a 50 anos. Candidato B:
50 20 a 30 anos. Indecisos: 31 a 50 anos.
b) A = 84; B = 45,5 200
0
350 150
Caderno de respostas 335
300 100

50
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200

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11. Alternativa b. 6. Alternativa a.

12. Alternativa d. 7. Alternativa b.

13. Alternativa c. 8. Alternativa c.

9.
Desafios a) 1992 a 1997
b) 2465 e 177
1. Alternativa c.
c) 218,8
d) 1992
2. Alternativa d.
e) 267,3
Matemática + 10. Alternativa e.
1.
11. Alternativa c.
a) Não.
b) Não.
12.
c) Não.
a) 100 trabalhadores e cada trabalhador.
d) Não.
b) 20 trabalhadores.
e) Sim.
c) Massa corporal em quilograma. Contínua.
f) Sim.
d) 3, 2, 3, 0.
g) Não.
13. Alternativa d.
2. Falso.
14. Alternativa e.
3. O aluno precisa de 7 pontos para ser aprovado.
15. Alternativa c.
4. Alternativa c.
16. Alternativa b.
5. Alternativa e.

Espaço para cálculos

336 Caderno de respostas

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Matemática
Judson Santos | Annelise Maymone

Vista parcial de Londres, Inglaterra.

MANUAL DO EDUCADOR
FORMAÇÃO CONTINUADA 9
Ensino Fundamental

SSE_ME_Matematica_9A_19mm_CCc.indd 1 08/03/23 15:07

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