Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A modernização dos transportes concorre para o aumento das trocas comerciais a nível
mundial. Estes facilitam a circulação de pessoas e bens. Esta faz-se de forma cada vez mais
rápida e económica.
as NTC:
► económico
► financeiro
► político
► social
► cultural
Interdependência
Os países e as economias precisam uns dos outros. Por exemplo, os países importadores
dependem dos bens fornecidos pelos países exportadores e estes necessitam das receitas das
compras efetuadas pelos países importadores.
Os países importadores necessitam dos bens que não têm e os países exportadores necessitam
de vender os bens que produzem em excesso.
O consumo de bens e serviços, produzidos em várias partes do mundo, mostra que nenhum
país vive isolado dos outros necessitando de estabelecer trocas de forma a obter os produtos
que não produz, ou que não produz na quantidade suficiente.
Integração económica – reunião dos mercados nacionais num só de maior dimensão, através
da eliminação dos obstáculos à livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas.
O crescimento das trocas comerciais a nível mundial e a consequente maior concorrência nos
mercados externos é acompanhada pela necessidade de uma maior competitividade por parte
das empresas.
Essa competitividade leva as empresas a procurar produzir bens de maior valor através de
inovações, de ganhos de produtividade e de menores custos de produção, nomeadamente em
matérias-primas, transportes e mão-de-obra.
Empresas multinacionais - Empresas que deslocam a sua atividade para outros países,
abrindo filiais de produção, distribuição e comercialização. A empresa sede a quem cabe tomar
as decisões para todas as filiais encontra-se, normalmente, no país de origem.
Transnacionalização da produção
Multinacionais: Empresa com sede num determinado país e com filiais espalhadas por outros
países (são sempre identificadas pelo seu nome).
Empresas Transnacionais:
culturais e sociais;
“ produtos globais ”
• A maior parte dos seus componentes provêm de diferentes países, não havendo, em rigor,
uma nacionalidade específica da sua produção.
O elevado nível de globalização que a economia mundial alcançou está muito associado aos
progressos realizados a nível dos transportes e das comunicações e à consequente redução de
custos. Com o transporte marítimo e aéreo de carga, os produtos podem ser produzidos e
consumidos em qualquer parte do mundo.
Mercado global - A produção e a troca de bens e serviços ultrapassam os espaços nacionais
adquirindo uma dimensão mundial. Os mercados tendem a ser homogéneos e o consumo
massifica-se.
Produto global - Produto cuja componentes são produzidas em várias partes do mundo, objeto
de trocas internacionais e consumidos por milhões de pessoas em qualquer parte do mundo.
• homogeneização dos mercados – os mercados tendem a ser iguais entre si, em termos de
necessidades, desejos e expectativas.
A transnacionalização da produção
Fluxos de capital
No mundo atual, fatores como a inovação tecnológica (nos transportes, nas telecomunicações,
etc.) e a ação das empresas transnacionais e o aumento dos fluxos de capitais tem levado a que
as relações económicas se desenrolem cada vez mais a uma escala planetária – globalização
económica – e a que os espaços nacionais estejam mais interdependentes, não só ao nível
económico e financeiro, como também aos níveis político, social e cultural.
Fenómeno que atinge todos as dimensões da vida das sociedades (económica, social, cultural e
política):
• Difusão à escala global de valores, informação, produtos, símbolos culturais e estilos de vida.
Movimentos da população
• Fluxos de turismo – com origem nos países desenvolvidos cujas populações têm poder de
compra suficiente para viajar em lazer. Os fatores que têm contribuído para acelerar os fluxos
de turismo ao nível mundial, são:
Migrante : Pessoa que se desloca para outro país ou se mude dentro de um país de uma para
outra região.
Fluxo de turismo – deslocação ou movimento de indivíduos de um local para outro por motivos
de lazer.
Globalização financeira
Mercado financeiro global - Compreende o conjunto das trocas de capitais de longo prazo a
nível mundial.
Dadas as relações estreitas que se estabelecem entre bancos, bolsas de valores e demais
instituições financeiras à escala global, o risco estende-se também à escala global, afetando os
agentes económicos e as economias.
Globalização cultural
À mundialização das trocas comerciais e à globalização dos mercados financeiros, tem-se vindo
a acrescentar a difusão, à escala mundial, de bens culturais que englobam, não só a informação,
filmes, programas de televisão, mas também os valores, os comportamentos e os símbolos
culturais.
Vários fatores têm contribuído para este processo de difusão cultural – as novas
tecnologias de informação e comunicação, a Internet, as redes sociais difundem à escala
planetária produtos, valores e símbolos culturais, levando à sua partilha e formação de uma
cultura global. Assiste-se, deste modo, ao fenómeno da globalização cultural.
Os mesmos filmes, músicas, espetáculos e conteúdos digitais são visionados e partilhados por
milhares de cidadãos à escala planetária, as mesmas marcas de vestuário e de produtos
alimentares são consumidas em várias geografias podendo, assim, dizer-se que a globalização
cultural possui uma dimensão de homogeneização, ou seja, os comportamentos de consumo de
milhões de pessoas em todo o mundo seguem um determinado padrão ou modelo.
Mas, por outro lado, a massificação dos consumos e dos modos de vida origina, por parte dos
indivíduos, comportamentos que procuram a individualização e a diferenciação através da
adoção de novos estilos de vida.
Às várias possibilidades de escolhas corresponde, assim, uma diversidade de estilos de vida que
permitem, por um lado, diferenciar os grupos uns dos outros e, por outro, integrar os indivíduos
nos seus grupos de pertença. O estilo de vida, ao permitir a diferenciação e a individualização,
constitui um meio de escapar e de resistir à massificação da sociedade.
Globalização e aculturação
Esta aproximação dos povos e das suas culturas conduz à aquisição de elementos materiais e
espirituais de uma cultura por outra, processo designado por aculturação.
O início do século XXI foi marcado pelo crescimento das economias emergentes, em particular a
China, associado ao aumento das exportações derivado da redução das barreiras comerciais. A
participação crescente destes países no comércio mundial assinala mudanças na polarização
geográfica do comércio mundial.
Economia emergente - Economia não desenvolvida que, fruto das mudanças estruturais e
institucionais que atravessa, desenvolve processos de industrialização e alcança melhorias
significativas em relação ao bem-estar, caminhando para a condição de economia.
A teoria económica, assente na racionalidade, defende a produção dos bens e serviços pelas
economias que apresentam uma dotação dos fatores produtivos específica para tal.
Assim, cada economia produzirá os bens ou serviços para os quais tem mais vantagens.
Quando esta abrange a troca de bens e serviços entre diferentes países, o princípio da divisão
do trabalho alarga-se a uma escala internacional.
Por exemplo: a abundância de determinado recurso natural, como por exemplo o petróleo,
permite a especialização de países/regiões nessas produções.
Países desenvolvidos – bens tecnológicos, de elevado valor acrescentado
- o aumento da produção;
- o aumento do rendimento;
A inserção dos países na economia internacional pode ser avaliada pela sua participação no PIB
mundial, nas exportações mundiais de bens e serviços e na população mundial, entre outros
indicadores.
A inserção dos países nas trocas internacionais pode, também, ser avaliado pelo indicador
termos de troca, ou seja, pela razão entre o preço dos produtos exportados e o preço dos
produtos importados.
Quando a relação entre os preços dos produtos exportados e o preço dos produtos importados
diminui verifica-se uma degradação dos termos de troca, situação desfavorável aos países,
gerando um desequilíbrio nas contas externas.
• preços mais elevados dos produtos importados comparativamente aos preços dos produtos
exportados.
Em sentido contrário, uma melhoria nos termos de troca significa que a relação entre os preços
dos produtos exportados e o preço dos produtos importados aumentou, ou seja, os países
podem, com o mesmo valor de exportações, importar maior valor de bens.
Globalização - desigualdades
A globalização pode ser entendida como a difusão à escala global de valores, de produtos
culturais e de estilos de vida.
O desenvolvimento das trocas de bens, serviços, pessoas e capitais a nível internacional tornou
as economias nacionais mais interdependentes.
Nos países menos desenvolvidos: grande parte da população não tem possibilidade de ter
padrões de consumo dos países mais ricos.
Nos países desenvolvidos: continuam as desigualdades sociais, pois continuam a existir grupos
sociais mais desfavorecidos, principalmente os grupos de indivíduos mais envelhecidos, menos
escolarizados, com empregos precários,...
Integração económica
Área formada por países que decidem eliminar entre si todas as barreiras às trocas comerciais
de mercadorias, mas onde não existe uma pauta exterior comum relativamente a países
terceiros.
Ex: EFTA - Associação Europeia de Comércio Livre, European Free Trade Association, da qual
Portugal foi um dos fundadores, mas saiu quando aderiu à CEE.
• Islândia
• Liechtenstein
• Noruega
• Suíça
União aduaneira
União Económica
Livre circulação de bens entre os países da zona, mantendo cada país a sua própria pauta
aduaneira no comércio com terceiros.
União aduaneira
Livre circulação de bens entre os países da união e existência de uma pauta aduaneira comum
no comércio com países terceiros.
Livre circulação de bens, pessoas, capitais e serviços. Existência de uma pauta aduaneira comum
no comércio com países terceiros.
União económica
União monetária
A união económica é acompanhada pela adoção de uma moeda única e de uma política
monetária comum.
maiores assimetrias entre os países, pois os que têm mercados internos de menor
dimensão e fracas infraestruturas, por exemplo a nível de transportes, não têm capacidade
para produzir com custos de produção que lhes permita colocar os produtos no mercado a
preços inferiores ao da concorrência;
diminuição de receitas, dada a eliminação das tarifas aduaneiras;
perda de instrumentos de política económica (taxa de câmbio, taxa de juro, despesas
públicas, entre outros), dadas as políticas económicas comuns adotadas nas uniões
económicas e monetárias;
Desvantagens da formação de blocos regionais pela via da integração económica
perda de soberania nacional em favor de autoridades supranacionais nas organizações que
apresentam maior grau de integração.
União Europeia
Foi criada por 6 países, em 1952, após o final da II Guerra Mundial, com a finalidade de construir
uma Europa em paz, com desenvolvimento económico e social e com justiça social sendo,
atualmente, constituída por 27 Estados, que integram uma união económica e monetária, onde
uma moeda única, o euro, circula em 20 Estados membros.
Esta organização económica regional foi criada em 1967, com o objetivo de criar uma união
aduaneira na região, integrando a Tailândia, a Indonésia, a Malásia, as Filipinas, o Camboja, o
Laos, o Vietname, o Brunei, Myanmar e Singapura e, como países observadores, Timor- Leste e
Papua-Nova Guiné.
APEC (Cooperação Económica Ásia Pacífico)
Foi criada, em 1989, por 21 países banhados pelo oceano Pacífico, entre os quais o Japão, a
China, a Coreia do Sul, a Indonésia, a Nova Zelândia, a Rússia, os EUA, o Canadá, o Chile e o
Peru.
Este bloco económico regional foi criado em 1994 pelos EUA, Canadá e México, com o objetivo
de estabelecer uma zona de comércio livre que fizesse face à concorrência dos outros blocos
regionais no mercado mundial.
Criado em 1990, envolve a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai aderindo, mais tarde, a
Venezuela (atualmente está suspenso da organização). Este bloco tem uma dimensão
significativa, onde bens, capitais e pessoas circulam livremente.
A integração económica, através da liberalização e crescimento das trocas, dentro e fora das
regiões, proporciona aos países um crescimento mais rápido das suas economias e uma
inserção mais competitiva no mercado mundial, constituindo uma vertente da mundialização.A
No mundo atual, fatores como a inovação tecnológica (nos transportes, nas telecomunicações,
etc.) e a ação das empresas transnacionais tem levado a que as relações económicas se
desenrolem cada vez mais a uma escala planetária – mundialização económica – e a que os
espaços nacionais estejam mais interdependentes, não só ao nível económico e financeiro,
como também aos níveis político, social e cultural – globalização. As consequências e os desafios
da mundialização e da globalização levantam várias questões aos Estados nacionais, às
organizações internacionais mundiais ─ OMC, ONU, FMI, Banco Mundial, etc. ─ e regionais ─
União Europeia (UE), North American Free Trade Association (NAFTA), etc. ─ e, ainda, às próprias
empresas multi e transnacionais.
Com o fim da II Guerra Mundial, o comércio mundial deixou de estar centrado na Europa,
passando a estar polarizado em três grandes potências regionais América do Norte, Europa
Ocidental e Japão – “TRÍADE”, que criaram zonas de influência em seu redor, intensificando as
trocas e os movimentos de capitais.
No contexto actual da globalização, verifica-se uma forte concorrência entre países e regiões, no
sentido da conquista de maiores níveis de rendibilidade, o que, conjugado com as TIC, conduz à
transnacionalização das actividades produtivas, conduzida por empresas que actuam
globalmente, em rede, e cuja actividade escapa à regulação do poder dos Estados. A
mundialização das trocas e das actividades produtivas exige elevados financiamentos, que
circulam pelo mundo em tempo real, contribuindo para a criação de um mercado financeiro
global, caracterizado pela desregulação e maior exposição aos riscos.