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BASES ANATOMOFISIOLÓGICAS

DA AVALIAÇÃO CLÍNICA
CABEÇA E PESCOÇO

HERCULANO CAMPOS
TROMBOSE

EMBOLISMO

ESPASMO

ATEROMA

COMPRESSÃO

VASCULITE

DESVIO

HIPERVISCOSIDADE
CRÂNIO Horizontal
de Frankfort
CRÂNIO
4 3

1 3
2

6 7
8

5
DISPLASIA FIBROSA
Doença do esqueleto de etiologia
desconhecida, caracterizada por focos
mono ou poliostóticos em que osso
normal é alterado por proliferação fibro-
óssea anômala. A lesão é comparada a
uma parada localizada do
desenvolvimento do osso – todos os
componentes do osso normal estão
presentes, mas não se diferenciam em
estruturas maduras. É usualmente
detectada nas primeiras 3 décadas da
vida e incide com maior frequência nos
ossos longos das extremidades, costelas
e crânio.
E O TIPOS DE OSSIFICAÇÃO:
S S • INTRAMEMBRANÁCEA
Ó • ENDOCONDRAL
T O
EN
I M
SC
RE
C
Arq Neuropsiquiatr 2007;65(2-B):467-471

SÍNDROME DE CROUZON

Fatores envolvidos no desenvolvimento


neuropsicologico e na qualidade de vida
Adriano Yacubian-Fernandes1,4,6, Luis Gustavo Ducati1, Mateus Violin Silva1,
Dagma Venturini Marques Abramides 6, Gimol B. Perosa4, Aristides Palhares1,5,
Roberto C. Gabarra1,4, Alcir Giglio1, Luis Portela2, João Luiz P. Marinello4,
José Píndaro P. Plese3, Silvio Antonio Zanini1

RESUMO - A síndrome de Crouzon é caracterizada por deformidade craniana, alterações faciais e exoftal-
mia. O retardo no desenvolvimento neuropsicomotor é observado em alguns casos. Este estudo tem como
objetivo analisar a influência do momento da cirurgia, da classe sócio-econômica associada ao nível edu-
cacional dos pais e da ocorrência de malformações do sistema nervoso central no desenvolvimento cogni-
tivo destes pacientes correlacionando estes achados à qualidade de vida deles e de suas famílias. Foram es-
tudados 11 pacientes com diagnóstico de síndrome de Crouzon com idade entre um ano e quatro meses e
treze anos. A avaliação multidisciplinar dos pacientes incluiu, avaliação social, avaliação cognitiva, estudo
do encéfalo por ressonância magnética e avaliação da qualidade de vida. O quociente de inteligência va-
riou de 46 a 102 (m=84,2) e foi correlacionado de forma inversa com o Fator 4 do Questionário de Recursos
e Estresse Simplificado (incapacidade da criança); não se correlacionou com as alterações encefálicas, com
a condição sócio-econômica dos pais e nem com o momento do tratamento neurocirúrgico.
PALAVRAS-CHAVE: síndrome de Crouzon, qualidade de vida, cérebro.

Crouzon syndrome: factors related to the neuropsychological development and to the quali-
ty of life
ABSTRACT - Crouzon syndrome is characterized by cranial and facial abnormalities and exophtalmos. Men-
tal retardation is sometimes observed. The objective of this study was to correlate brain malformations, ti-
ming for surgery and also social classification of families and parents education to the neuropsychological
evaluation and to the quality of life of these families. Eleven patients with Crouzon syndrome were stu-
died, whose ages were between 16 and 132 months. The multidisciplinary evaluation included : social eva-
luation, cognitive evaluation, brain studies by magnetic ressonance imaging and quality of life evaluation.
The intelligence quotient values observed were between 46 and 102 (m=84.2) and was correlated (inver-
ted correlation) to the factor IV of the short-form of the Questionnaire on Resources and Stress. Mental
development was not correlated to brain malformation, neither to the age at time of operation or to the
level of family environment and parents education.
KEY WORDS: Crouzon syndrome, quality of life, brain.

A síndrome de Crouzon, doença genética causada mia. A síndrome de Crouzon, bem como outras sín-
por uma mutação no gene responsável pela codifica- dromes como a de Apert e de Pfeiffer, são também
ção dos receptores do fator de crescimento fibroblás- chamadas de craniossinostoses (fechamento precoce
tico tipo 2 (FGFR-2), foi descrita primeiramente em das suturas cranianas) sindrômicas. Dentre as cranios-
1912 por Octave Crouzon, que caracterizou a tríade sinostoses freqüentemente associadas a esta condi-
de deformidade craniana, alterações faciais e exoftal- ção, a braquicefalia é a mais freqüente. Outras alte-

1
Departamento de Cirurgia Craniofacial do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, Bauru
SP, Brasil (HRAC/USP); 2Departamento de Neuroradiologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, São Paulo SP, Brasil; 3Departamento de
Neurocirurgia do Hospital das Clínicas USP, São Paulo SP, Brasil; 4Departamento de Neurologia e Psiquiatria do Hospital das Clínicas
da Universidade Estadual Paulista, Botucatu SP, Brasil (UNESP); 5Departamento de Cirurgia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da
UNESP, Botucatu SP, Brasil; 6Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia da USP, Bauru, SP, Brasil.
Recebido 4 Setembro 2006, recebido na forma final 7 Dezembro 2006. Aceito 13 Fevereiro 2007.
Dr. Adriano Yacubian-Fernandes - Rua Monsenhor Claro 7 / 60 - 17015-013 Bauru SP - Brasil. E-mail:
E-mail:adriano@yacubian.com.br
adriano@yacubian.com.br
Consistência da Tábua Óssea
• Normal
- Consistente e dura à compressão digital,
atrás e acima do pavilhão auricular

• Anormal
- Afundamento pela compressão digital

• Enfermidades
- Osteomalácia, Sífilis, Raquitismo
Fontanelas e Suturas
• Fontanelas
- anterior e posterior / laterais ant e laterais post
• investiga-se o fechamento no tempo previsto (Ant. 9
a 15 meses / Pos. 2 a 3 meses)

* Achados Anormais
- hipertensa e saliente: aumento da PIC
- hipotensa e deprimida: desidratação

• Suturas
- coronal, sagital e lambdóide
Rev Paul Pediatr. 2016;34(4):495---502 Diagnóstico das deformidades cranianas sinostóticas e não sinostóticas em bebês 497

Tabela 1 Suturas cranianas primárias e secundárias e idade Tabela 3 Classificação de craniossinostoses

REVISTA PAULISTA no início da fusão3


1. Primária
Simples (envolve uma única sutura): sagital, coronal,
Suturas Início da fusão
DE PEDIATRIA Metópica 2 meses
metópica e lambdoide
Complexa (fusão de duas ou mais suturas)
Sagital 22 meses Não sindrômica: bicoronal
www.rpped.com.br Coronal 24 meses Sindrômica: Crouzon, Apert, Pfeiffer e Saethre-Chotzen
Lambdoide 26 meses
Frontonasal 68 meses 2. Secundária
Frontoesfenoidal 22 meses Distúrbios metabólicos: hipertireoidismo, erros inatos
ARTIGO DE REVISÃO do metabolismo
Escamosa temporal 35-39 meses
Várias malformações: microcefalia, encefalocele
Diagnóstico das deformidades cranianas sinostóticas e Após derivação ventricular com drenagem excessiva
de líquido cefalorraquidiano
não sinostóticas em bebês: uma revisão para pediatras Tabela 2 Idade de fechamento das fontanelas cranianas3 Exposição fetal a determinadas substâncias: ácido
valproico, fenitoína
Fontanelas Idade de fechamento Mucopolissacaridose
Enrico Ghizoni a,∗ , Rafael Denadai b , Cesar Augusto Raposo-Amaral b ,
Anterior ou bregmática 24 meses
Andrei Fernandes Joaquim a , Helder Tedeschi a e Cassio Eduardo Raposo-Amaral b Posterior ou lambdoide 3 meses
Anterolateral (Esfenoide) 6-24 meses Aspectos genéticos
a
Posterolateral (Mastoide) 6-24 meses
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil
b Várias teorias foram propostas para explicar a patogê-
Instituto de Cirurgia e Plástica Crânio Facial, Hospital Sobrapar, Campinas, SP, Brasil
nese de uma fusão anormal de sutura craniana. Fatores
tanto ambientais (especialmente constrição intrauterina da
Recebido em 20 de outubro de 2015; aceito em 11 de janeiro de 2016 cabeça fetal) quanto genéticos (mutações de um único
Disponível na Internet em 12 de maio de 2016 gene, anormalidades cromossômicas e componente poli-
Em condições fisiológicas, as suturas cranianas progridem
para a fusão com diferentes períodos iniciais de fusão, de gênico) predispõem à craniossinostose.9---11 Mutações em
acordo com cada uma das suturas primárias (tabela 1). O sete genes (FGFR1, FGFR2, FGFR3, TWIST1, EFNB1, MSX2
Resumo e RAB23) são inequivocamente associadas a formas men-
PALAVRAS-CHAVE mesmo ocorre com as fontanelas, que geralmente se fecham
Objetivo: Revisar o atendimento integral atual de craniossinostose não sindrômica e deformi- até o segundo ano (tabela 2). delianas de craniossinostose.9---11 Em contraste, a etiologia
Anormalidades
dade craniana não sinostótica e oferecer uma visão global dessas condições craniofaciais. Um detalhe importante é que os ossos do crânio são mem- genética da craniossinostose não sindrômica permaneceu
craniofaciais;
Fontes de dados: A revisão foi feita nas bases de dados PubMed, SciELO e Lilacs e sem restrições branosos (sem uma fase cartilaginosa anterior), o que resulta mal compreendida até muito recentemente.9---11 Nos últimos
Craniossinostose;
de tempo ou idioma. Artigos relevantes foram selecionados para a revisão. em crescimento por meio de deposição óssea na região da anos, estudos epidemiológicos e fenotípicos demonstram
Diagnóstico;
Síntese dos dados: Foram incluídas a anatomia e a fisiologia do desenvolvimento normal do sutura; esse crescimento ocorre perpendicular à sutura. Por claramente que a craniossinostose não sindrômica é uma
Pediatras
crânio em crianças, discutidas nuances relacionadas à nomenclatura, epidemiologia, etiologia exemplo, as suturas coronais permitem o crescimento ante- condição complexa e heterogênea sustentada por um forte
e ao tratamento das formas mais comuns de craniossinostose não sindrômica. Também foram roposterior do crânio, enquanto a sutura sagital permite o componente genético acompanhado por fatores ambientais
discutidos os critérios clínicos para o diagnóstico diferencial entre deformidades posicionais e crescimento do crânio biparietal.3 que contribuem para a rede da patogenia desse defeito
craniossinostose não sindrômica. Deram-se aos pediatras subsídios para um diagnóstico clínico congênito.9,10 De fato, mutações raras em FGFRs, TWIST1,
rápido e seguro. Se deformidades posicionais forem diagnosticadas com precisão, elas podem LRIT3, ALX4, IGFR1, EFNA4, RUNx2 e FREM1 foram relatadas
ser tratadas com sucesso por meio da modificação do comportamento. Dúvidas de diagnóstico e em uma pequena fração de pacientes com craniossinostose
pacientes portadores de craniossinostose devem ser encaminhados imediatamente a um centro não sindrômica.9,10 Os testes genéticos moleculares mínimos
Craniossinostose
multidisciplinar craniofacial. recomendados para cada apresentação clínica (craniossi-
Conclusões: Os pediatras estão na vanguarda do diagnóstico de pacientes com deformidades nostose sindrômica e não sindrômica) foram previamente
A definição de craniossinostose é a fusão prematura de
cranianas. Assim, é de suma importância que reconheçam deformidades cranianas sutis, pois revistos em uma publicação10 e estão fora do escopo deste
uma ou mais suturas cranianas. A ocorrência é de aproxi-
elas podem estar relacionadas à fusão prematura das suturas cranianas. relato. Pesquisas adicionais em grandes populações com sub-
madamente uma em 2.000-2.500 nascidos vivos.4 A fusão
© 2016 Sociedade de Pediatria de São Paulo. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um conjuntos de pacientes fenotipicamente homogêneos são
prematura das suturas impede o crescimento perpendicu-
artigo Open Access sob uma licença CC BY (http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/). necessárias para compreender os fatores genéticos, mater-
lar do crânio e um aumento no volume do cérebro leva a
nos, ambientais e estocásticos complexos que contribuem
um crescimento compensatório do crânio paralelo a esse
para a craniossinostose não sindrômica.9---11
aumento.
As craniossinostoses são classificadas como primária ou
secundária. A craniossinostose primária resulta de influên- Abordagem geral para o diagnóstico
cias genéticas e ambientais, é classificada como simples e
complexa. A craniossinostose complexa é adicionalmente Espera-se que os pediatras consigam reconhecer as defor-
dividida em não sindrômica e sindrômica (tabela 3).5---8 midades cranianas e diagnosticá-las como craniossinostoses
Devido à maior prevalência, discutiremos o diagnóstico ou deformidades cranianas posicionais. Se uma defor-
de craniossinostose simples primária; isto é, as sinostoses midade craniana estiver presente, o exame físico e a
DOI se refere ao artigo: http://dx.doi.org/10.1016/j.rppede.2016.02.005
∗ Autor para correspondência. sagital, coronal, metópica e lambdoide (fig. 1). Subse- anamnese (principais características descritas nos próxi-
E-mail: ghizonie@gmail.com (E. Ghizoni). quentemente, discutiremos a plagiocefalia posterior não mos subtítulos) são as peças mais úteis e reveladoras de
sinostótica (plagiocefalia posicional) e enfatizaremos carac- informação na avaliação da criança. Um fluxograma anam-
0103-0582/© 2016 Sociedade de Pediatria de São Paulo. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um artigo Open Access sob uma licença terísticas importantes para o diagnóstico diferencial com nésico publicado anteriormente12 serve como um guia para
CC BY (http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/). sinostose lambdoide (plagiocefalia posterior). distinguir a craniossinostose de deformidades cranianas
Posição e Movimentos

• Torcicolo: inclinação lateral da cabeça

• Tiques: movimentos anômalos

• Movimentos coreicos: movimentos


musculares involuntários e irregulares das
extremidades e da face
LCS
CORRELAÇÃO CLÍNICA - BARREIRA HEMATENCEFÁLICA

Por ser muito eficaz, a barreira


hematencefálica tanto impede a
passagem de compostos úteis como de
outros potencialmente nocivos ao
tecido encefálico. Pesquisadores estão
estudando maneiras pelas quais
fármacos utilizados no tratamento de
tumores encefálicos consigam passar
pela BHE. Um método seria a injeção
de um fármaco em uma solução
hipertônica de glicose. A elevada
pressão oncótica da glicose causa o
encolhimento das células endoteliais
dos capilares, o que abre espaços entre
suas junções oclusivas e torna a BHE
mais permeável, facilitando a entrada
do fármaco no tecido encefálico.
VENTRICULOSTOMIA
https://www.youtube.com/watch?v=XcVLv5W9L8M

CRANIOTOMIA
https://www.youtube.com/watch?v=TWn98xkm1fk
NERVOS CRANIANOS
São feixes de fibras sensitivas ou
motoras que inervam músculos ou
glândulas, conduzem impulsos de
receptores sensitivos ou têm uma
associação de fibras motoras e
sensitivas.

FIBRAS SENSITIVAS/AFERENTES
• sensibilidade geral:
A. tato, pressão, calor, frio …
• sensibilidade das vísceras:
A. quimiorreceptores e barorreceptores;
B. demais vísceras
• sensações peculiares:
A. visão, audição, olfato, paladar e equilíbrio

FIBRAS MOTORAS/EFERENTES
• músc. voluntário
• músc. involuntários
• glândulas
NERVO I - OLFATÓRIO
Sensitivo Especial

Sem olfato não


há prazer em
comer

Origem aparente:
Encéfalo - bulbo olfatório
Crânio - lâmina crivosa do
osso etmoide.
♦ Os nervos olfatórios (NC I) têm fibras sensitivas relacionadas
com o sentido especial do olfato.

♦ Os neurônios receptores olfatórios estão no epitélio olfatório


(túnica mucosa olfatória) no teto da cavidade nasal.
♦ Os prolongamentos centrais dos neurônios receptores olfatórios
ascendem através dos forames na lâmina cribriforme do
etmoide para chegar aos bulbos olfatórios na fossa anterior do
crânio.
♦ Esses nervos fazem sinapse em neurônios nos bulbos, e os
prolongamentos desses neurônios acompanham os tratos olfatórios
até as áreas primárias (estria olfatória medial) e associadas do
córtex cerebral (estria olfatória lateral).
NERVO II - ÓPTICO
Sensitivo Especial

♦ Os nervos ópticos (NC II) têm fibras


sensitivas responsáveis pelo sentido especial
da visão.
♦ As fibras do nervo óptico originam-se de
células ganglionares na retina.
♦ As fibras nervosas saem da órbita através
dos canais ópticos; as fibras da metade nasal
da retina cruzam para o outro lado no quiasma
óptico.
♦ Depois, as fibras seguem através dos tratos
ópticos até os corpos geniculados do
tálamo, onde fazem sinapse em neurônios
cujos processos formam as radiações ópticas
para o córtex visual primário do lobo
occipital.
Origem aparente:
Encéfalo - quiasma óptico
Crânio - canal óptico.
III - Motor somático (eferente somático geral) e motor visceral (parassimpático-eferente visceral geral).
• Motor para o músculo estriado de quatro dos seis músculos extrínsecos do bulbo do olho (retos superior, medial e
inferior e oblíquo inferior) e pálpebra superior; daí o nome do nervo
• Parassimpático através do gânglio ciliar para o músculo liso do esfíncter da pupila, responsável pela constrição da
pupila, e o músculo ciliar, responsável pela acomodação (permitindo que a lente torne-se mais arredondada) para a
visão de perto.

IV - Motor somático (eferente somático geral) para um músculo extrínseco do bulbo do olho (oblíquo superior).
VI - Motor somático (eferente somático geral) para um músculo extrínseco do bulbo do olho, o reto lateral.
NERVOS III, IV, VI

OCULOMOTOR
Origem aparente:
Encéfalo - sulco medial do pedúnculo
cerebral no mesencéfalo
Crânio - fissura orbital superior.

TROCLEAR
Origem aparente:
Encéfalo - véu medular superior
Crânio - fissura orbital superior.

ABDUCENTE
Origem aparente:
Encéfalo - sulco bulbo-pontino
Crânio - fissura orbital superior.
NERVO V - TRIGÊMEO
Sensitivo somático (geral)
o
Motor somático (branquial) para derivados do 1 arco faríngeo.

NERVO OFTÁLMICO
Supre a córnea, túnica conjuntiva superior, túnica mucosa da cavidade nasal anterossuperior,
seios esfenoidal e etmoidal, dura-máter anterior e supratentorial,
pele do dorso do nariz, pálpebra superior, fronte e couro cabeludo

NERVO MAXILAR
Supre a dura-máter da parte anterior da fossa média do crânio; túnica conjuntiva da pálpebra inferior;
túnica mucosa da cavidade nasal posteroinferior, seio maxilar,
palato e parte anterossuperior do vestíbulo da boca;
dentes maxilares; e pele da região lateral do nariz, pálpebra inferior,
parte anterior da bochecha e lábio superior

NERVO MANDIBULAR
Responsável pela inervação sensitiva da túnica mucosa dos dois terços anteriores da língua,
assoalho da boca, e parte inferior posterior e anterior do vestíbulo da boca; dentes mandibulares;
e pele do lábio inferior, das regiões bucal, parotídea e temporal da face;
e orelha externa (orelha, meato acústico externo superior e membrana timpânica)

Inervação motora para 4 músculos da mastigação: M. milo-hióideo, ventre anterior do M. digástrico,


M. tensor do véu palatino e M. tensor do tímpano
NERVO VII - FACIAL
Sensitivo — sensitivo especial (paladar) e sensitivo somático (geral).
Motor — motor somático (branquial) e motor visceral (parassimpático).
Também conduz fibras proprioceptivas dos músculos que inerva.

RAIZ MOTORA - músculos da expressão facial

NERVO INTERMÉDIO - fibras sensitivas somáticas, parassimpáticas e do paladar

Origem aparente:
Encéfalo - sulco bulbo pontino
Crânio - forame mastóide.
NERVO VIII - VESTIBULOCOCLEAR
Sensitivo especial (aferente somático especial)
audição, equilíbrio e movimento (aceleração/desaceleração).

♦ Os nervos originam-se do sulco entre a ponte e o bulbo.

♦ Atravessam o meato acústico interno e dividem-se nos nervos coclear e


vestibular.
♦ O nervo coclear é sensitivo para o órgão
espiral (para o sentido da audição).

♦ O nervo vestibular é sensitivo para as cristas


ampulares dos ductos semicirculares e as
máculas do sáculo e utrículo (para o sentido do
equilíbrio e movimento).
FALA, LINGUAGEM E AFASIA
• ÁREA DE BROCA
– CÓRTEX MOTOR ASSOCIATIVO FRONTAL
• EMPREGA-SE PALAVRA DE CONTEÚDO
– SUBSTANTIVOS, VERBOS E ADJETIVOS
» “VOCÊ É CAPAZ DE ENTENDER TUDO NA TELEVISÃO?
» OH, SIM, SIM … BEM ... QUASE"

• DIFICULDADE COM A PALAVRA DE FUNÇÃO


– ARTIGOS, PRONOMES E CONJUNÇÕES
» “O LEÃO FOI MORTO PELO TIGRE! QUAL ANIMAL ESTÁ
MORTO?”
FALA, LINGUAGEM E AFASIA

• ÁREA DE WERNICKE
– LOBO TEMPORAL POSTERIOR

– DISCURSO FLUENTE E COMPREENSÃO POBRE

– CONTEÚDO SEM SENTIDO

• COLOQUE O OBJETO A EM CIMA DE UM OBJETO B


NERVO IX - GLOSSOFARÍNGEO

Sensitivo — sensitivo
somático (geral -
barorreceptor /
quimiorreceptor),
sensitivo especial (paladar -
terço posterior) e sensitivo
visceral.

Motor — motor somático


(branquial - músculo
estilofaríngeo) e
motor visceral
(parassimpático - gl.
parótida).
NERVO X - VAGO
Sensitivo — sensitivo somático (geral - parte inferior da faringe e laringe),
sensitivo especial (paladar), sensitivo visceral (órgãos torácicos e abdominais).

Motor — motor somático (branquial - palato mole, faringe, mm. intrínsecos da laringe (fonação),
palatoglosso)
motor visceral (parassimpático - coração, brônquios e pulmões / estômago, sist. digestório até a flexura
cólica esquerda).
NERVO XI - ACESSÓRIO
Motor somático para os músculos esternocleidomastóideo e trapézio.
NERVO XII - HIPOGLOSSO
Motor somático

Ramo Meníngeo
- dura-máter (assoalho)
- parede post. da fossa post.

Raiz Superior da Alça Cervical


- Mm. infra-hióideo
- esterno-esterno-hióideo
- esternotireóideo
- omo-imo-hióideo

Ramos Linguais
Mm. intrínsecos da língua
Mm. extrínsecos da língua
- estiloglosso
- hioglosso
- genioglosso.
NERVOS SENSITIVOS
I, II e VIII

NERVOS MOTORES
III, IV, VI, XI e XII / raiz motora do V*
possuem fibras sensitivas para propriocepção
(percepção não visual de movimento e posição)

NERVOS MISTOS
V, VII, IX e X
motores branquiais
sensitivos gerais
PESCOÇO
PESCOÇO

Transição entre a cabeça (base do crânio) e o tronco (clavícula), onde se


localizam diversos órgãos e estruturas (Laringe, Glândulas Tireóides e
Paratireóides, Medula Espinal, Gânglios Cervicais, Osso Hióide, Vértebras
Cervicais, Cartilagens, Músculos, Artérias, Veias, Nervos, Esôfago e Traqueia)
OSSOS DO PESCOÇO
OSSOS DO PESCOÇO
VÉRTEBRAS CERVICAIS ATÍPICAS E TÍPICAS
(CI, CII e CVII) (CIII, CIV, CV e CVI)
VÉRTEBRAS CERVICAIS ATÍPICAS

• A vértebra C I ou atlas: um osso anular e reniforme que não tem processo


espinhoso nem corpo e consiste em duas massas laterais unidas por arcos
anterior e posterior. Suas faces articulares superiores côncavas recebem os
côndilos occipitais
• A vértebra C II ou áxis: um dente, semelhante a um pino, projeta-se de seu corpo
para cima
• A vértebra proeminente (C VII): assim denominada por causa do processo
espinhoso longo, que não é bífido. Os processos transversos são grandes, mas os
forames transversários são pequenos.

VÉRTEBRAS CERVICAIS TÍPICAS


• O corpo vertebral é pequeno e mais longo no sentido laterolateral do que no
sentido anteroposterior; a face superior é côncava e a face inferior é convexa
• O forame vertebral é grande e triangular
• Os processos transversos de todas as vértebras cervicais (típicas ou atípicas)
incluem forames transversários para os vasos vertebrais (as veias vertebrais e,
com exceção de C VII, as artérias vertebrais)
• As faces superiores dos processos articulares estão voltadas em sentido
superoanterior, e as faces inferiores estão voltadas em sentido inferoposterior
• Os processos espinhosos são curtos e, em indivíduos de ascendência europeia,
bífidos.
OSSO HIÓIDE
É um osso singular em razão de sua separação do restante do esqueleto. O hioide não se articula com
nenhum outro osso. É suspenso dos processos estilóides dos temporais pelos ligamentos estilo-hióideos e
está firmemente unido à cartilagem tireóidea.
CERVICALGIA

A cervicalgia (dor no pescoço) tem várias causas, inclusive inflamação


de linfonodos, distensão muscular e protrusão dos discos
intervertebrais.

- A linfadenopatia cervical pode indicar um tumor maligno na cabeça;


entretanto, o câncer primário pode estar localizado no tórax ou abdome
porque o pescoço une a cabeça ao tronco (p. ex., o câncer de pulmão
pode metastatizar através do pescoço para o crânio).

- A maioria dos casos de cervicalgia crônica é causada por


anormalidades ósseas (p. ex., osteoartrite cervical) ou traumatismo.

- A cervicalgia geralmente é afetada pelo movimento da cabeça e do


pescoço e pode ser agravada pela tosse ou pelo espirro, por exemplo.
FRATURA DE HIÓIDE

A fratura do hioide (ou dos processos estilóides do


temporal) ocorre em pessoas estranguladas com as
mãos por compressão da parte oral da faringe, o que
resulta em afundamento do corpo do osso sobre a
cartilagem tireóidea.

A incapacidade de elevar o hioide e de movimentá-lo


anteriormente sob a língua dificulta a deglutição e a
manutenção da separação dos sistemas digestório e
respiratório, o que pode resultar em pneumonia por
aspiração.
Cadeia Linfática
REGIÕES DO PESCOÇO

C - Trígono cervical lateral

Trígon
cervic
anteri

Trígono
cervica
lateral
O trígono carotídeo é uma área importante porque a
artéria carótida comum e seus ramos ascendem em seu
interior.Seu pulso pode ser auscultado com um
estetoscópio, ou palpado colocando-se os dedos no
trígono e comprimindo a artéria levemente.Assinale a
opção que contenha os limites do trígono carotídeo:

(A) Músculo escaleno anterior, músculo escaleno médio e músculo


omoióide.
(B) Borda posterior do ECOM, borda anterior do trapézio e terço
médio da clavícula.
(C) Músculo esterno-hióideo, músculo tireo-hióideo e borda inferior
da mandíbula.
(D) Ventre superior do omoióideo, borda anterior do ECOM e ventre
posterior do digástrico.
(E) Linha mediana anterior do pescoço, borda anterior do ECOM e
borda inferior da mandíbula.
O trígono muscular contém as vísceras do pescoço
(glândula tireóide e paratireóideas) e os músculos infra-
hióideos.Marque a opção que contenha os limites do
trígono muscular:

(A) Músculo esterno-hióideo, músculo tireo-hióideo e borda inferior da


mandíbula.
(B) Linha mediana anterior do pescoço, borda anterior do ECOM e
borda inferior da mandíbula.
(C) Borda anterior do ECOM, plano mediano do pescoço e ventre
superior do omoióideo.
(D) Ventre superior do omoióideo, borda anterior do ECOM e ventre
posterior do digástrico.
(E) Borda posterior do ECOM, borda anterior do trapézio e terço
médio da clavícula.
Punção da veia subclávia
Punção da veia jugular interna
Um dos trígonos do pescoço é utilizado cirurgicamente
como via de acesso à glândula tireóide e paratireóide, e
para exposição da traquéia, esôfago e níveis inferiores do
sistema carotídeo-jugular.Assinale a opção que contenha
o nome do trígono ao qual nos referimos:

(A) Trígono muscular


(B) Trígono submental
(C) Trígono occipital
(D) Trígono submandibular
(E) Trígono supraclavicular
Caso Clínico

Uma mulher de 47 anos submete-se a uma remoção cirúrgica da vesícula biliar


(colecistectomia). Os problemas médicos incluem diabetes delito insulinodependente
e dispnéia. Após o anestesista administrar o agente paralisante (sucinilcolina), a
paciente sofre espasmos nas vias respiratórias e dificuldade de respirar com ambu. O
anestesista tenta colocar um tubo endotraqueal por visualização direta (laringoscopia
direta), sem sucesso em razão da tumefação (edema laríngeo). Enquanto isso, o
conteúdo da saturação de oxigênio do sangue cai para uma faixa muito baixa de 80%.
O anestesista adverte que uma via respiratória de emergência precisa ser aberta
cirurgicamente.
Quais pontos anatômicos são mais úteis nesse momento?
Quais procedimentos podem ser realizados?

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