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ESCOLA SUPERIOR DE ENCOMIA E GESTÃO

Curso: AGE/CA

Disciplina: Introdução a Economia II

1°ano, Semestre II

Tema: O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua


Importância;

Discente:

Pemba, Outubro de 2023.


Índice
INTRODUÇÃO.................................................................................................................3

2. OBJECTIVOS...............................................................................................................4

2.1. Objectivo Geral.......................................................................................................4

2.2. Objectivos Específicos............................................................................................4

3. METODOLOGIA..........................................................................................................5

3.1. Breve historial da teoria keynesiana.......................................................................5

3.2. Sobre quem foi Keynes...........................................................................................5

3.3. O Modelo Keynesiano............................................................................................6

3.4. Origem do Keynesianismo......................................................................................7

3.5. A aplicação do Keynesianismo...............................................................................8

3.6. Importância da teoria keynesiana...........................................................................8

3.7. Principais características do modelo Keynesiano...................................................8

3.8. Diferenças entre Keynesianismo e Liberalismo.....................................................9

3.9. Neoliberalismo e o Monetarismo............................................................................9

3.10. Críticas, vantagens e desvantagens do keynesianismo.......................................10

3.10.1. Críticas.........................................................................................................10

3.10.2. Vantagens.....................................................................................................10

3.10.3. Desvantagens................................................................................................10

3.11. Relações entre poupança, consumo e investimento............................................11

3.11.1. Poupança......................................................................................................11

3.11.2. Consumo......................................................................................................11

3.11.3. Investimento.................................................................................................11

3.11.4. Como o rendimento pode afectar o consumo...............................................11

3.11.5. Como o consumo pode afectar as poupanças...............................................11

3.11.6. Como as poupanças podem afectar os investimentos..................................11

3.11.7. Como o consumo pode afectar os investimentos.........................................12


3.12. Análise Clássica da Poupança e Investimento....................................................12

3.12.1. Relação que existe entre análise clássica da poupança e investimento com o
modelo keynesiano...................................................................................................12

3.13. Análise Keynesiana da Poupança e Investimento...............................................12

3.13.1. Como o investimento pode afectar o sistema econômico de acordo com


Keynes......................................................................................................................13

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................14

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................15
O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

INTRODUÇÃO
Segundo a pesquisa, O modelo Keynesiano é uma teoria econômica desenvolvida por
John Maynard Keynes que defendia a intervenção do governo na economia para
promover o crescimento e a estabilidade.

O modelo Keynesiano enfatiza a importância do gasto agregado na economia. Segundo


Keynes, em períodos de recessão, o governo deve aumentar seus gastos e/ou reduzir
impostos para estimular a demanda e impulsionar a atividade econômica. Ele também
defende que o mercado nem sempre se autorregula e pode entrar em um estado de
equilíbrio de desemprego involuntário. Portanto, é necessário que o governo intervenha
para corrigir essa situação por meio de políticas fiscais e monetárias.

A teoria Keynesiana afirma que as flutuações na demanda agregada são a principal


causa das flutuações econômicas. Ela defende que, em momentos de recessão, o
governo deve aumentar os gastos públicos ou reduzir impostos para estimular a
demanda e impulsionar a economia. Além disso, Keynes argumenta que os mercados
nem sempre se autorregulam e podem ficar presos em um equilíbrio de desemprego
involuntário, exigindo intervenção governamental para estimular a actividade
econômica.

A importância do modelo Keynesiano está na sua influência no desenvolvimento de


políticas econômicas. Suas ideias fundamentaram a implementação de políticas fiscais
expansionistas durante períodos de recessão, com o objetivo de estimular a demanda e
impulsionar a economia. Essas políticas têm sido amplamente utilizadas para enfrentar
crises econômicas e promover o crescimento.

Algumas características importantes do modelo Keynesiano incluem:

Ênfase na demanda agregada: Keynes destaca a importância do gasto agregado na


determinação do nível de atividade econômica.

Papel do governo: A teoria enfatiza o papel do governo na estabilização da economia,


por meio de políticas fiscais e monetárias.

Recessão e desemprego involuntário: Keynes argumenta que a economia pode ficar


presa em um equilíbrio de desemprego involuntário, onde a demanda insuficiente
resulta em altos níveis de desemprego.

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

2. OBJECTIVOS
2.1. Objectivo Geral
 Descrever o modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a
sua Importância;

2.2. Objectivos Específicos


 Descompor a Relação existente entre a Poupança, Consumo e o Investimento;
 Abordar sobre a Análise Clássica da Poupança e Investimento;
 Abordar sobre a Análise Keynesiana da Poupança e Investimento;

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

3. METODOLOGIA
3.1. Breve historial da teoria keynesiana
Segundo AMADEO (1989), nas primeiras décadas do século XX, principalmente, em
1929, com a grande crise financeira que ficou conhecida como A grande Depressão,
surgiu uma nova teoria econômica, desenvolvida pelo economista John Maynard
Keynes, que ficou conhecida como Keynesianismo.

Durante o início do século XX o pensamento dominante ainda era o da economia


clássica, onde a economia devia se recuperar sozinha em períodos de crise, conhecido
pelo princípio Laissez-faire.

Durante essa mesma época, o economista britânico John Keynes, tentava perceber o por
que os trabalhadores do país perdiam seus empregos durante uma crise, mesmo que
aceitassem receber menos em troca da manutenção dos mesmos.

Com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929, o mundo todo entra em uma grave
crise, onde Keynes é um dos primeiros economistas a perceber que o livre mercado não
conseguiria resolver aquele problema.

No geral, os preços dos produtos e serviços caíam com a crise, mas os salários não,
aumentando o desemprego. A solução, para Keynes, seria em voltar a expandir a
economia por meio de novas despesas do governo, o que possibilitaria a criação de
empregos.

Com isso, o Estado passaria a ter um papel activo, alcançando um cenário onde existisse
apenas um certo desemprego natural e fora do estado de crise.

As ideias da Teoria Keynesiana surgiram ao mesmo tempo em que o governo dos


Estados Unidos fazia o plano New Deal, aumentando os gastos públicos para
recuperação após a Crise de 1929 (OLIVEIRA, 2017).

3.2. Sobre quem foi Keynes


John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, Inglaterra, no dia 5 de junho de 1883.
Filho do economista John Neville Keynes foi educado em um colégio em Elton e no
King’s College da Universidade de Cambridge. Em 1905 graduou-se em Matemática
recebendo orientação do professor e economista Alfred Marshall que o aproximou cada
vez mais dos temas ligados à economia.

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

Em 1906, John Maynard seguiu para a Índia onde trabalhou no serviço administrativo
britânico, permanecendo durante dois anos, experiência que resultou na publicação de
seu primeiro livro sobre economia, Indian Currency and Finance (1913). Em 1909 foi
nomeado professor de economia no King’s College de Cambridge, onde permaneceu até
1915. Dividia seu tempo como editor do Economic Journal, até no ano de 1945.

Após sair de Cambridge, foi designado para trabalhar no Tesouro Britânico, com a
missão de preparar a delegação do país que seria enviada para negociar no Tratado de
Versalhes depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Por não concordar com as duras condições impostas aos vencidos, demitiu-se do cargo e
em seguida publicou, As Consequências Econômicas da Paz (1919), para argumentar
que tais condições seriam impossíveis de se cumprir e levaria à ruína econômica da
Alemanha, com graves consequências para o resto do mundo. O tempo mostrou que as
previsões de Keynes eram acertadas. Ainda sobre o tema escreveu, A Revision of the
Treeaty (1922) (OLIVEIRA, 2017).

3.3. O Modelo Keynesiano


O modelo Keynesiano, também chamada de teoria Keynesiana, é uma teoria político-
económica que defende a intervenção do Estado na organização econômica de um país.
O pensamento keynesiano afirma que o Estado deve oferecer benefícios sociais aos
trabalhadores, como seguro de saúde, seguro-desemprego, salário mínimo, férias
remuneradas, dentre outros (VASCONCELLOS, 2000).

Nesse sentido, o Estado tem deveres a cumprir para com seus cidadãos, lhes
proporcionando uma vida digna. Essa teoria levou ao surgimento do conceito do Bem-
Estar social.

Desta forma, o modelo Keynesiano é oposto ao liberalismo econômico, que sustenta que
a economia deve ser regulada pelo mercado.

A partir de sua teoria, Keynes formulou o seu modelo que explica como um aumento de
gastos do governo diminui os riscos da recessão.

Para isso, é necessário observar como uma economia é medida através do PIB, que se
estiver em equilíbrio a oferta agregada (Y) é igual à procura agregada (PA), ou Despesa
Agregada, onde:

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

Y = C + I + G + (X - Q)

Sendo os componentes da Procura Agregada (PA):

C - Consumo da população;

I - Procura de créditos para Investimentos;

G - Gastos do Governo;

X - Exportações;

Q - Importações.

O princípio de uma crise acontece quando a oferta de produtos e serviços na economia


estão mais elevadas que a procura, ou seja, quando Y é maior que PA, como vem
descrito na fórmula acima. Quando isso acontece, as empresas conseguem vender
menos e acumulam estoques.

De acordo com o modelo de Keynes, o governo deve aumentar suas despesas, na


fórmula representada por (G), sendo um agente activo na economia, enquanto as outras
estão em redução.

Com isso, Keynes tenta explicar o efeito multiplicador, assumindo que com as despesas
adicionais do governo, de certa forma criam postos de novos empregos e outras
empresas com investimento em volta destes projectos governamentais. Isso geraria,
novamente, um aumento da Procura Agregada (VASCONCELLOS, 2000).

3.4. Origem do Keynesianismo


O keynesianismo é uma das principais teorias econômicas da atualidade e tem como
principal característica a defesa da intervenção do Estado na economia do país por
diferentes mecanismos, como a geração de emprego, o controle dos juros, das taxas
alfandegárias, entre outros. Foi desenvolvido na década de 1930, durante a grave crise
econômica que atingia o mundo, e surgiu como uma resposta ao liberalismo clássico,
em vigor nos Estados Unidos até a crise.

A teoria Keynesiana apareceu num momento em que o sistema capitalista e liberal


passava por crises de produção e desemprego. Assim, Keynes propôs algo que os
governos não haviam tentado até o momento, que era a regulação da economia pelo
Estado. Keynes argumentava que o mercado não é capaz de se regular por si mesmo e

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

que o Estado deveria participar na economia através de investimentos, empresas e


regulando o comércio.

Segundo Keynes, em períodos de recessão ou desemprego, o governo deve intervir


aumentando seus gastos para estimular a demanda e impulsionar a economia. Além
disso, Keynes enfatizava a importância dos estímulos fiscais e monetários para
impulsionar o crescimento econômico (VASCONCELLOS, 2000).

3.5. A aplicação do Keynesianismo


De acordo com LIMA & PAULA (1999), a aplicação do Keynesianismo envolve
políticas governamentais de estímulo econômico, como aumento dos gastos públicos e
redução dos impostos, para combater recessões e promover o crescimento econômico.

Propõe que o governo intervenha na economia para estimular o crescimento e combater


o desemprego. Isso pode ser feito através do aumento dos gastos públicos em
infraestrutura, educação e saúde, por exemplo, e também pela redução dos impostos
para incentivar o consumo e investimento privado. Além disso, políticas monetárias
podem ser utilizadas para ajustar a oferta de moedas e influenciar as taxas de juros.

3.6. Importância da teoria keynesiana


A teoria keynesiana é importante porque destaca a intervenção governamental na
economia para estimular o crescimento e combater recessões. A teoria keynesiana,
enfatiza que a economia nem sempre se autorregula e pode entrar em recessão. Nesse
sentido, destaca a importância da intervenção do governo por meio de políticas fiscais e
monetárias para estimular a demanda agregada, aumentar o emprego e impulsionar o
crescimento econômico. A teoria keynesiana também defende a ideia de que os
investimentos públicos podem ser uma ferramenta eficaz para impulsionar a economia
em momentos de crise (LIMA & PAULA, 1999).

3.7. Principais características do modelo Keynesiano


Ao contrário da teoria liberal, fundada por Adam Smith, que defende que a economia se
regula sozinha, sem necessitar da intervenção do Estado, o keynesianismo defende que

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

o governo deve intervir sempre que for necessário, para garantir o adequado
funcionamento da economia, mesmo em momento de crise global.

As principais características do Keynesianismo são:

 Oposição aos ideais liberais e neoliberais


 Protecionismo de mercado e equilíbrio econômico
 Investimento de capital por parte do governo
 Redução de taxas de juros
 Equilíbrio entre a demanda e a produção
 Defesa da intervenção estatal em áreas que as empresas privadas não podem ou
não desejam actuar;
 Equilíbrio entre demanda e oferta;
 Introdução de benefícios sociais para a população de baixa renda, a fim de
garantir um sustento mínimo;
 Benefícios sociais

3.8. Diferenças entre Keynesianismo e Liberalismo


Uma das características do Keynesianismo era a intervenção do Estado na economia, o
que acabou por criar uma oposição aos economistas liberais.

As ideias de Keynes e de seus seguidores avançaram principalmente após a Segunda


Guerra Mundial, em que vários países passaram a adotar sistemas políticos com mais
intervenção, criação de empresas estatais e de empregos públicos, numa tentativa de não
sofrerem as consequências de uma próxima grande crise. Porém, com a volta de grandes
crises nos anos 1970 e 1980 o Keynesianismo começou a ser muito questionado,
criando uma abertura para o Liberalismo (BOBBIO, 2017).

3.9. Neoliberalismo e o Monetarismo

Com o ressurgimento de ideias liberais, países como os Estados Unidos, Reino Unido e
o Chile começaram a privatizar suas estatais e a reduzirem o emprego público, em uma
dinâmica que passou a ser conhecida como Neoliberalismo.

Uma das maiores críticas ao Keynesianismo era sobre o aumento da dívida pública dos
países devido ao financiamento de suas obras, utilizando dinheiro de impostos.

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

Além da dívida pública, a intervenção do governo na tentativa de diminuir o


desemprego faz com que os preços subam, ou seja, ocorre um aumento de inflação e a
redução do poder de compra dos trabalhadores (BOBBIO, 2017).

A partir de cenários de desemprego e preços altos, a estagflação, alguns países


abandonaram as políticas Keynesianas para focar no controle de moeda, conhecido por
Monetarismo. Ainda assim, até hoje as ideias Keynesianas estão ativas e possuem
grande destaque pelo desenvolvimento que proporcionou aos estudos da Economia
(BOBBIO, 2017).

3.10. Críticas, vantagens e desvantagens do keynesianismo


3.10.1. Críticas
O modelo keynesiano tem sido criticado por sua dependência excessiva do governo e
pela falta de consideração aos efeitos de longo prazo das políticas expansionistas. Outra
crítica feita ao keynesianismo é a de que o modelo necessita de altos impostos. Isso
transfere recursos da iniciativa privada para o Estado, o que desestimula a inovação e
dificulta investimentos e o crescimento. Os críticos alegam que o keynesianismo não é
sustentável economicamente e que não pode ser mantido por muito tempo, gerando
grande déficit orçamentário (LEITE, 2000).

3.10.2. Vantagens
Algumas vantagens do modelo keynesiano incluem a capacidade de estimular a
demanda agregada em tempos de recessão, reduzir o desemprego e fornecer uma base
para políticas econômicas activas por parte do governo.

Outra vantagem do keynesianismo é a sua eficácia em lidar com crises, como a Crise de
1929, a de 2008 ou com a pandemia de covid-19. Após todas elas, o keynesianismo foi
a salvação da economia mundial

3.10.3. Desvantagens
Algumas desvantagens do modelo keynesiano incluem o risco de inflação devido ao
aumento dos gastos governamentais, a possibilidade de criação de déficits
orçamentários e a dependência excessiva do governo para estimular a demanda
agregada.

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

3.11. Relações entre poupança, consumo e investimento


3.11.1. Poupança
Algumas pessoas poupam os seus rendimentos. Poupar é reservar o que se ganha para
uso futuro. Poupar exige que a pessoa diminua o seu consumo actual para reservar uma
parte que pode ser usada mais tarde. O rendimento poupado pode vir a ser usado mais
tarde para consumir ou investir.

3.11.2. Consumo
O rendimento obtido é normalmente usado para consumo desde a compra de artigos
para o lar, ao pagar propinas, vestuário, alimentos, bebidas, diversão, construção de
residência pessoal, etc.

3.11.3. Investimento
Algumas pessoas usam o rendimento ganho para investir e há muitas formas de investir.
Podem investir criando a sua própria empresa, comprando recursos produtivos (Por ex:
terras, animais, casas, etc.), comprando acções noutras empresas, comprando títulos do
tesouro, depositando dinheiro no banco para ganhar juros, etc. Tudo isto é feito com a
finalidade de obter lucros, juros ou rendimentos.

3.11.4. Como o rendimento pode afectar o consumo


Quando o rendimento duma pessoa muda, a mudança pode também afectar o seu padrão
de consumo. Se o rendimento aumentar, pode começar a consumir produtos e serviços
que antes não podia pagar porque tinha pouco rendimento. Se o rendimento diminuir,
então a pessoa pode limitar o seu consumo às necessidades básicas.

3.11.5. Como o consumo pode afectar as poupanças


Quando uma pessoa obtém um rendimento, tem duas alternativas, gastar ou poupar. Se
gastar mais poupa menos, do mesmo modo, se poupar mais fica com mais para gastar.

3.11.6. Como as poupanças podem afectar os investimentos


Quando as pessoas poupam dinheiro, normalmente usam estas poupanças para fazerem
pequenos investimentos em negócios, como já foi visto nos diferentes tipos de
empreendimentos que podem ser iniciados. Quando as poupanças diminuem, o
investimento diminui também. Isto acontece porque há pouco dinheiro para investir nos
negócios.

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

3.11.7. Como o consumo pode afectar os investimentos


Para podermos investir temos que diminuir o nosso consumo. Isto permite-nos poupar, e
mais tarde usar estas poupanças para investir.

3.12. Análise Clássica da Poupança e Investimento


A análise clássica da poupança e investimento é baseada na ideia de que os indivíduos
têm uma propensão marginal a consumir e a poupar, enquanto as empresas têm uma
propensão marginal a investir.

Essa análise considera que os juros são determinados pelo equilíbrio entre poupança e
investimento, onde a taxa de juros se ajusta para igualar a oferta de poupança com a
demanda de investimento. Dessa forma, a análise clássica busca entender como as
decisões de poupança e investimento afetam o equilíbrio econômico geral.

3.12.1. Relação que existe entre análise clássica da poupança e investimento com o
modelo keynesiano
A relação entre a análise clássica da poupança e investimento e o modelo keynesiano é
que o modelo keynesiano critica a visão clássica de que os mercados se ajustam
automaticamente para alcançar o equilíbrio.

Enquanto a análise clássica enfatiza a importância da poupança e do investimento para


determinar os juros e alcançar o equilíbrio, o modelo keynesiano destaca a necessidade
de intervenção governamental para estimular a demanda agregada e superar as
flutuações econômicas, especialmente em períodos de recessão.

3.13. Análise Keynesiana da Poupança e Investimento


A análise keynesiana da poupança e investimento difere da abordagem clássica ao
enfatizar que a poupança e o investimento são determinados pela renda e pelo nível de
atividade econômica, em vez de serem influenciados principalmente pelos juros.
Segundo Keynes, a propensão marginal a consumir é um fator-chave na determinação
da poupança e do investimento, e a demanda agregada desempenha um papel crucial na
determinação do equilíbrio econômico. A intervenção governamental é vista como
necessária para estimular a demanda em períodos de recessão e impulsionar o
crescimento econômico (AMADEO, 1989).

Na análise keynesiana da poupança e investimento, Keynes argumenta que a propensão


marginal a consumir, ou seja, a proporção da renda que as pessoas tendem a gastar em

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

consumo, é um determinante fundamental da poupança. Ele destaca que, em períodos de


recessão ou baixa demanda agregada, as empresas reduzem seus investimentos devido à
falta de confiança e expectativas pessimistas. Isso leva a uma queda na renda e no
emprego, o que por sua vez diminui a poupança das famílias.

Keynes defende que, em tais situações, a intervenção governamental é necessária para


estimular a demanda agregada e impulsionar o investimento por meio de políticas
fiscais expansionistas, como aumento dos gastos públicos ou redução de impostos.
Essas medidas visam aumentar a renda disponível das famílias, incentivar o consumo e
estimular os investimentos empresariais (AMADEO, 1989).

Ao contrário da visão clássica, que enfatiza o equilíbrio automático dos mercados por
meio dos ajustes dos juros, a análise keynesiana destaca a importância da demanda
efetiva na determinação do nível de atividade econômica e do equilíbrio. A intervenção
governamental é vista como uma ferramenta essencial para combater recessões e
promover o pleno emprego (AMADEO, 1989).

3.13.1. Como o investimento pode afectar o sistema econômico de acordo com


Keynes
De acordo com Keynes, o investimento desempenha um papel fundamental na
determinação do nível de actividade econômica. O mesmo, argumenta que o
investimento é uma das principais fontes de demanda agregada na economia, capaz de
impulsionar o crescimento econômico e criar empregos.

Um aumento nos investimentos empresariais estimula a demanda, aumenta a renda e


gera um efeito multiplicador na economia, levando a um maior consumo e mais
investimentos. Por outro lado, uma redução nos investimentos pode levar a uma queda
na demanda agregada, diminuir a renda e levar a uma recessão econômica. Portanto,
Keynes enfatiza a importância do estímulo ao investimento para manter o pleno
emprego e promover o crescimento econômico (AMADEO, 1989).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em virtude dos factos mencionados, chega-se a conclusão que:

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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

O modelo Keynesiano é uma teoria econômica que propõe a intervenção governamental


para estimular a demanda agregada e combater o desemprego, por meio de políticas
fiscais e monetárias. Ele enfatiza a importância do consumo e dos investimentos para
impulsionar a economia.

Segundo Keynes, em períodos de recessão, a economia pode ficar presa em um


equilíbrio de baixa actividade econômica e desemprego persistente. Para combater essa
situação, ele defendia que o governo deveria aumentar os gastos públicos e diminuir os
impostos para estimular o consumo e os investimentos. Além disso, ele argumentava
que o banco central deveria reduzir as taxas de juros para incentivar o investimento
privado. Essas medidas teriam como objectivo aumentar a demanda agregada e
impulsionar a economia, levando à recuperação do emprego e do crescimento
econômico. O modelo Keynesiano também destaca a importância da estabilidade dos
preços e da regulação do sistema financeiro para evitar crises econômicas.

No modelo Keynesiano, a relação entre poupança, consumo e investimento é


fundamental. De acordo com Keynes, o consumo é impulsionado principalmente pela
renda disponível das famílias. Quando a renda aumenta, espera-se que o consumo
também aumente, mas não necessariamente na mesma proporção. A diferença entre a
renda e o consumo é a poupança. Por outro lado, o investimento é influenciado pelas
expectativas dos empresários em relação à demanda futura e ao ambiente econômico.

Contundo, com relação a análise keynesiana verificou-se que a poupança e o


investimento estão interligados e influenciam directamente no nível de actividade
econômica. Segundo Keynes, a poupança é uma função positiva da renda, enquanto o
investimento é uma função negativa da taxa de juros. Portanto, quando a renda aumenta,
a poupança também aumenta, o que pode levar a um aumento nos investimentos e
impulsionar a actividade econômica. Por outro lado, uma redução na taxa de juros pode
estimular o investimento, mesmo com níveis de poupança mais baixos.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMADEO, E. J. Keynes’s principle of effective demand. Appendix C: the
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O modelo Keynesiano, a sua aplicabilidade, suas características e a sua Importância.

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