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Steven M. Fazzari
MACROECONOMIA II
Sumário
1. Um Breve Histórico Intelectual.
2. A Macroeconomia Keynesiana Estava Realmente
“Morta”?
3. Preços, Salários e Política Monetária: a Sabedoria
Convencional em 2007.
4. A Crise Encontra o Limite Inferior Zero.
5. Demanda além do Curto Prazo.
6. Macroeconomia Keynesiana sem a Taxa Natural:
Ainda Está “Morta”?
7. A Demanda Lidera a Oferta.
8. Conclusão.
Steven M. Fazzari
MACROECONOMIA II
Os Limites do Ressurgimento
O ressurgimento da macroeconomia keynesiana foi limitado.
A abordagem convencional ainda se baseia na taxa de juros natural e no limite inferior zero (ZLB).
O conceito de taxa de juros natural é problemático e impede uma compreensão totalmente keynesiana da
macroeconomia.
MACROECONOMIA II
Macroeconomia Keynesiana:
Algumas partes da macroeconomia keynesiana estavam vivas e funcionando bem.
Parte significativa do que os keynesianos heterodoxos exploravam estava efetivamente morta no mainstream.
A Grande Recessão trouxe mudanças significativas na perspectiva macroeconômica.
MACROECONOMIA II
Reconhecimento da Crise:
Em 2008, a maioria reconheceu a crise como explicada pelos princípios keynesianos básicos.
Líderes políticos trabalharam para conter a crise, com o Federal Reserve dos EUA levando rapidamente as taxas de juros a zero e
implementando medidas de empréstimo de última instância.
American Reinvestment and Recovery Act (o "estímulo Obama") foram grandes para os padrões históricos, o déficit em relação ao PIB
em 2009 (9,8%) foi a mais alta do período pós-guerra, 71% acima do segundo valor mais alto em 1983 (5,7%).
A taxa de juros real "natural" necessária para restaurar a demanda estava muito abaixo de zero, tornando a política monetária
convencional limitada pelo ZLB (Zero Lower Bound) nas taxas de juros nominais.
Implicações Empíricas:
Aceleração do crescimento da demanda pode ser acompanhada pelo crescimento da oferta.
Demandas lentas resultam em crescimento medíocre e afetam negativamente o lado da oferta.
MACROECONOMIA II
Conclusão.
A macroeconomia keynesiana nunca esteve realmente morta, mas esteve em suporte de vida até a Grande
Recessão.
Após a crise, a visão dominante da análise keynesiana intrinseca, que enfatiza a importância da demanda
agregada, começou a ganhar mais aceitação no mainstream.
Apesar do ressurgimento da macroeconomia keynesiana, ainda há uma forte tendência na corrente
dominante de recorrer à história de que, se a estagnação persistir, ela deve ser vista pelas lentes do longo
prazo clássico e, portanto, a estagnação vem de algum tipo de fenômeno de oferta desfavorável
independente da dinâmica da demanda.
Essa interpretação persiste apesar do fato de que não há nenhum "choque" de oferta óbvio no mundo real
que possa explicar uma mudança tão significativa na tendência do produto potencial.
A estagnação contínua pode continuar virando o enorme navio do pensamento macroeconômico
dominante na direção de uma compreensão keynesiana heterodoxa e intrínseca do mundo em que
vivemos.
Um recente artigo de opinião de Lawrence Summers e Anna Stansbury sugere que a mudança nessa
direção continua a ocorrer
CRISLY MARIA ALVES DONDONI
@graduacao.ie.ufrj.br
HEVELYN BRAGA
@graduacao.ie.ufrj.br
OBRIGADO!