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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO PRIVADO DA CATEPA

(Aprovado por Decreto nº 132/17 de 19 de Junho)


Departamento de Investigação Científica e Pós-graduação

A EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO E SUA INFLUÊNCIA NO


DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÓMICO EM MALANJE: um estudo
efectuado na agência do Banco de Poupança e Crédito SIAC Malanje de 2015
a 2020”

Autor: Gaspar Francisco Domingos Receado


Orientador: Nadab Ismael Cumbi Jorge, Msc

Malanje
2022
Gaspar Francisco Domingos Receado

A EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO E SUA INFLUÊNCIA NO


DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÓMICO EM MALANJE: um estudo
efectuado na agência do Banco de Poupança e Crédito SIAC Malanje de 2015
a 2020

Monografia apresentada ao Departamento de


Investigação Científica em Graduação e Pós-
graduação do Instituto Superior Privado da Catepa,
como requisito parcial para a obtenção do grau de
Licenciatura em Ciências Sociais e Humanas, Curso
de Licenciatura em Gestão Bancária e seguros.

Orientador: Nadab Ismael Cumbi Jorge, Msc

Malanje
2022
FICHA CATALOGRÁFICA

Instituto Superior Politécnico Privado da Catepa – ISCAT


Director Geral: Lola Ndofusu, PhD
Director Geral Adjunto para Área Científica: Óscar Guilherme de Almeida,
PhD
Chefe de Departamento de Investigação Científica: Pedro Félix Chioia, PhD
Coordenadora do Curso de Gestão Bancária e Seguros: Ira Lourenço, MsC

FICHA CATALOGRÁFICA

Gaspar Francisco Domingos Receado

A EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO E SUA INFLUÊNCIA NO


DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÓMICO EM MALANJE: um estudo
efectuado na agência BPC SIAC Malanje de 2015 a 2020”

Orientador: Nadab Ismael Cumbi Jorge, Msc

Monografia- Instituto Superior Politécnico Privado da Catepa


Licenciatura em Ciências Sociais e Humanas, Curso de Licenciatura em
Gestão Bancária e seguros.

III
FICHA DE APROVAÇÃO

Gaspar Francisco Domingos Receado

A EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO E SUA INFLUÊNCIA NO


DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÓMICO EM MALANJE: um estudo
efectuado na agência BPC SIAC Malanje de 2015 a 2020”

Monografia apresentada ao Instituto Superior Politécnico Privado da


Catepa, como requisito para a obtenção do grau de Licenciatura em
Gestão, Opção de Gestão Bancária e seguros.

COMISSÃO JULGADORA

Presidente do corpo de júri:_________________________

Primeiro arguente: ________________________________

Segundo arguente:_________________________________

Malanje, 2022

IV
DECLARAÇÃO
Nome:
Gaspar Francisco Domingos Receado
BI/Passaporte Telemóvel
000141904ME021 936134803
Correio Electrónico
receadog@gmail.com
Título da Monografia
A EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO E SUA INFLUÊNCIA NO
DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÓMICO EM MALANJE: um estudo
efectuado na agência BPC SIAC Malanje de 2015 a 2020”

Nome do Orientador
Orientador: Nadab Ismael Cumbi Jorge, Msc

Ano de Conclusão
2022
Designação do Ramo de Conhecimento
Gestão, variante de Gestão Bancária e Seguros.
Declara-se sobre compromisso de honra que a monografia agora
entregue corresponde à que foi aprovada pelo Conselho Científico da Instituo
Superior Politécnico Privado da Catepa (ISCAT).
Declara-se ainda que seja concedida ao ISCAT uma licença não
exclusiva para arquivar e tornar acessível, nomeadamente através da sua
biblioteca, nas condições abaixo indicadas, a monografia em suporte impresso
e em suporte digital, sendo a autorização concedida a título gratuito.
Declara-se que, ao enviar-se o material em suporte impresso e digital,
autoriza-se ao ISCAT um exemplar, que se remete em anexo, ou o exemplar
que possui nas suas bibliotecas. Retendo todos os direitos de autora relativos à
monografia, e o direito de usá-la em trabalhos futuros (como artigos ou livros).
Concorda-se que a monografia seja colocada na biblioteca do ISCAT.
Malanje, aos ______/______/___________
O declarante
__________________________

V
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus queridos filhos.

VI
AGRADECIMENTOS
Gostaria de começar por agradecer a Deus, por sempre estar presente na
minha vida. Obrigado meu pai do céu!
De seguida os meus agradecimentos a minha família:
Aos meus pais, Francisco e Branca (em memória) pelo amor, paciência, e a
atenção que me dedicaram.
Aos meus filhos Marilson, Ariana e ao Joshua que souberam entender a
ausência do Papá nas horas que me precisavam e nas horas que eu precisava
do silêncio deles, vocês me motivam a continuar. A minha amada esposa
Tânia, pela força dedicação e seu empenho em me ajudar nesta missão em
que somos vitoriosos.
Aos meus queridos irmãos em especial para a Marcela, por ser como uma
segunda mãe para mim, por todo o esforço que fez em prol da minha formação,
faltam-me palavras para transmitir a minha gratidão que sinto por vós, Mavi,
Mano Santos, Cieta, Marilina, Henda, por serem os melhores manos do mundo,
sem a vossa força nada disso seria possível. Aos meus sobrinhos, por se
tornarem uns dos meus propósitos, quero que saibam que o tio vos ama muito
e espera que, futuramente, vos possa servir de exemplo. A todos vós, a minha
gratidão por tudo.
Devo, também, agradecer a todos os meus colegas, o meu muito obrigado pela
vossa amizade. Por último, mas não menos importante, os meus
agradecimentos vão ao Dr. Nadab Jorge, que foi fundamental para a realização
deste trabalho. Pela sua disponibilidade e vontade em ajudar, A minha
gratidão.

VII
RESUMO
A presente pesquisa procurou compreender sobre a evolução do sistema
bancário e sua influência no desenvolvimento socioeconómico em Malanje, a
mesma pesquisa foi efectuada na agência BPC SIAC Malanje. Este propõe
compreender a importância do sistema bancário no desenvolvimento
socioeconómico na Província de Malanje a partir de uma revisão bibliográfica.
Foi realizado o levantamento de trabalhos académicos e consulta nas bases de
dados electrónicos que abordavam estudos a evolução do sistema bancário e
sua influência no desenvolvimento socioeconómico. Diante do seguinte
problema científico: De que forma a evolução dos bancos influencia o
desenvolvimento socioeconómico da Província de Malanje? Do ponto de vista
metodológico, recorreu-se ao tipo de pesquisa descritiva, através de uma
abordagem qualitativa e quantitativa, dada necessidade de agregar aspectos
qualitativos e quantitativos, através da técnica de entrevistas e questionários,
aplicados a uma amostra de mil e sessenta e oito (1068) funcionários do BPC
balcão SIAC Malanje e clientes, obtida de uma população de sete mil
quinhentos e noventa e sete (7597) funcionários do BPC balcão SIAC Malanje
e clientes. A pesquisa permitiu um conhecimento mais amplo e profundo em
volta do aparecimento e evolução da realidade do sistema bancário
internacional (em geral) assim como, o sistema bancário angolano (em
particular), o que de certa maneira constitui um factor imprescindível da banca
angolana e não só, servindo-se de um alerta para o desenvolvimento
económico-social de qualquer País.

Palavras-chave: Bancos, Evolução, desenvolvimento socioeconómico

VIII
ABSTRACT
The present research sought to understand the evolution of the banking system
and its influence on socioeconomic development in Malanje, the same research
was carried out at the BPC SIAC Malanje agency. the same proposes to
understand the importance of the banking system in the socioeconomic
development in the Province of Malanje from a literature review. A survey of
academic works was carried out and electronic databases consulted that
addressed studies on the evolution of the banking system and its influence on
socio-economic development. Faced with the following scientific problem: How
does the evolution of banks influence the socio-economic development of
Malanje Province? From the methodological point of view, the type of
descriptive research was used, through a qualitative and quantitative approach,
given the need to add qualitative and quantitative aspects, through the
technique of interviews and questionnaires, applied to a sample of one
thousand and sixty-eight (1068) employees of the BPC branch SIAC Malanje
and customers, obtained from a population of seven thousand five hundred and
ninety-seven (7597) employees of the BPC branch SIAC Malanje and
customers. The research allowed for a broader and deeper understanding of
the emergence and evolution of the reality of the international banking system
(in general) as well as the Angolan banking system (in particular), which in a
certain way constitutes an essential factor for Angolan banking and not only,
serving as a warning for the economic and social development of any country.

Keywords: Banks, Evolution, socio-economic developmentc

IX
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: População da pesquisa.....................................................................32
Tabela 2: Amostra da pesquisa.........................................................................32
Tabela 3: Benefícios obtidos com a instalação do BPC em Malanje..............39
Tabela 4: Ferramenta (s) mais utiliza para ter acesso aos serviços do BPC....40
Tabela 5: Motivos que levam ao não uso de canais eletrónicos.......................41
Tabela 6: Vantagens indicadas pelos utilizadores dos canais electrónicos......42
Tabela 7: Serviços mais utilizados no BPC.......................................................43
Tabela 8: Vantagens obtidas no beneficio ao crédito cedido pelo Banco BPC. 43
Tabela 9: Indica a (s) acção (ões) de formação da (s) qual (ais) ja se beneficiou
................................................................................................................... 46
Tabela 10: A (as) principal (ais) vantagem (ns) que tem na qualidade de
funcionário do BPC....................................................................................46
Tabela 11: Se já foi beneficiário de um empréstimo (crédito), indica as
vantagens que teve na utilização deste serviço?.......................................47
Tabela 12: Principais dificuldades que os funcionários encontam no exercício
das suas funções.......................................................................................47

X
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Sistema financeiro Angolano..............................................................24

XI
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Idade dos clientes.............................................................................37


Gráfico 2: Habilitações literárias dos clientes....................................................37
Gráfico 3: Principais Actividade actual dos Clientes.........................................38
Gráfico 4: Tempo como cliente do BPC em Malanje.......................................39
Gráfico 5: Dificuldades em utilizar os os canais electrónicos (Mobile banking e
Internet banking)....................................................................................... 41
Gráfico 6: Idade dos funcionários......................................................................44
Gráfico 7: Tempo de serviço.............................................................................44
Gráfico 8: Habilitações literárias........................................................................45

XII
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

ATM - Automatic Teller Machine


BA - Banco de Angola
BCA - Banco Comercial Angola
BNA - Banco Nacional de angola
BNU - Banco nacional Ultramarino
BPC - Banco de Poupança e Crédito
MINFIN - Ministério das Finanças

XIII
ÍNDICE
FICHA CATALOGRÁFICA.................................................................................III

FICHA DE APROVAÇÃO.................................................................................. IV

DECLARAÇÃO................................................................................................... V

DEDICATÓRIA.................................................................................................. VI

AGRADECIMENTOS........................................................................................VII

RESUMO......................................................................................................... VIII

ABSTRACT........................................................................................................IX

LISTA DE TABELAS...........................................................................................X

LISTA DE FIGURAS..........................................................................................XI

LISTA DE GRÁFICOS......................................................................................XII

INTRODUÇÃO.................................................................................................. 16

CAPÍTULO I ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL/TEÓRICO.........................19

1.1. Definição de termos e conceitos.........................................................19

1.1.1. Etimologia e conceito de Evolução..............................................19

1.1.2. Etimologia e conceito de Bancos.................................................19

1.1.3. Conceito sistema financeiro.........................................................20

1.1.4. Conceito sistema bancário...........................................................20

1.1.5. Conceito de desenvolvimento socioeconómico...........................21

1.2. Origem e evolução histórica dos bancos............................................21

1.3. O sistema financeiro angolano............................................................23

1.3.1. O sector bancário Angolano........................................................24

1.4. O desenvolvimento socioeconómico de angola..................................28

1.4.1. Contributo do sector bancário para o desenvolvimento


socioeconómico de Angola........................................................................30

CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA....................................31

2.1. Caracterização do Campo de Estudo.....................................................31


2.2. Modelo de Pesquisa...............................................................................31

2.3. População e Amostra.............................................................................32

2.4. Técnica e instrumento............................................................................ 33

Questionário...............................................................................................33

2.5. Procedimentos e dificuldades.................................................................34

CAPITULO III– APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS


RESULTADOS..................................................................................................35

3.1. Análise dos resultados da entrevista ao gestor do BPC balcão SIAC -


Malanje.......................................................................................................... 35

3.2. Análise dos resultados dos questionários dirigidos aos clientes do BPC
balcão SIAC - Malanje...................................................................................37

3.3. Análise dos resultados dos questionários dirigidos aos funcionários do


BPC balcão SIAC-Malanje.............................................................................44

3.4. Sugestões de estratégias para melhorar os desafios e dificuldades que o


sistema bancário na Província de Malanje enfrenta......................................48

CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................52

APÊNDICES
ANEXOS
INTRODUÇÃO
O presente estudo pretende discorrer sobre o “a evolução do sistema bancário
e sua influência no desenvolvimento socioeconómico em Malanje: um estudo
efectuado na agência BPC SIAC Malanje de 2015 a 2020”.
O sistema bancário Angolano actual, é o resultado de um longo processo que
teve a sua génese no ano 1865 com a instalação da primeira instituição
bancária em Angola, uma sucursal do Banco Nacional Ultramarino (BNU) em
Luanda. A partir desta altura, deu-se início ao exercício da actividade bancária
e fruto da dinâmica de desenvolvimento do País, este sistema sofreu várias
transformações na tentativa de se adaptar às necessidades económicas e
sociais que se apresentavam.
Dentre as várias mudanças, realçamos a criação da Junta da Moeda cujo
principal objectivo era melhorar a situação financeira da colónia através
constituição de um banco emissor de moeda independente, o “Banco de
Angola”, e mais tarde, logo após a independência, numa iniciativa de se evitar
a fuga e evasão de capitais monetários para o estrangeiro, com a criação do
Banco Nacional de Angola (BNA). A partir desta altura, consagrou-se ao BNA a
missão de assegurar a estabilidade de preços e a solidez do sistema financeiro
nacional.
Diante de um cenário macroeconómico fortemente influenciado pela crise
pandémica provocada pelo COVID-19 e pela crise do petróleo, tendo afectado
negativamente o crescimento económico de Angola, ao sector bancário é
colocado o desafio de contribuir para o inverter desta tendência implementando
mais serviços inovadores e eficientes. Desta forma, o sistema bancário assume
o seu papel na economia do País, atuando como a principal força impulsora
para o desenvolvimento socioeconómico.
Actualmente, o processo evolutivo do Sistema Bancário Angolano tem
decorrido com a implementação de passos importantes com vista à
aproximação das melhores práticas internacionais. Ainda assim, este sector
enfrenta grandes desafios, resultantes, fundamentalmente, da situação
económica que o País enfrenta, acrescidos por imposições regulamentares
adicionais e pela rapidez com que a transformação digital se processa. Diante
dos aspectos supracitados, levantamos a seguinte questão: de que forma a

16
evolução dos bancos influencia o desenvolvimento socioeconómico da
Província de Malanje?
No nosso entender, a evolução do sistema bancário possibilita a
implementação de serviços financeiros inovadores, garantindo maior qualidade
e sofisticação dos produtos oferecidos aos consumidores, contribuindo
activamente no desenvolvimento social e económico da província.
Ao longo do trabalho, iremos discutir essa temática com o objectivo de
compreender a importância do sistema bancário no desenvolvimento
socioeconómico na Província de Malanje. Sequenciando ao que se pretende
alcançar, delineamos os seguintes objectivos específicos: identificar o nível de
desenvolvimento do sistema bancário na Província de Malanje; descrever
alguns aspectos que estão na base da evolução do sistema bancário angolano;
analisar os indicadores socioeconómicos de Malanje no período em referência;
sugerir estratégias para melhorar os desafios e dificuldades que o sistema
bancário na Província de Malanje enfrenta.
A teoria de suporte que sustenta o tema é a teoria dos bancos e créditos de
Keynes, que na sua perspectiva os bancos não são vistos como mera
entidades intermediárias passivas de recursos, mas que são capazes de criar
créditos independentemente da existência de depósitos prévios, com base na
criação activa de moeda bancária. Os bancos como instituições financeiras que
possuem expectativas e motivações próprias, tem um papel preponderante na
determinação das condições de financiamento, estabelecendo o volume a
ceder e as condições sob os quais o crédito é ofertado.
O interesse na escolha do tema deveu-se a actividade profissional do autor,
com a qual observou situações que levantaram questões passiveis de estudo.
O sector bancário é tido como uma porta para o alavancar as economias dos
países, como é o caso de Angola. As medidas do governo angolano nos
últimos tempos têm sido gizadas com o objectivo de se alcançar a estabilidade
macroeconómica, criando um ambiente que conduz ao crescimento económico,
e a resolução dos principais problemas sócias. No entanto, com os constantes
avanços registrados na tecnologia, o sistema bancário é desafiado a se ajustar
às novas formas de trabalho e procedimentos, de modo a seguir a dinâmica
global e garantir condições de suporte de manutenção da continuidade do
processo de crescimento económico que se pretende constante e efectivo.

17
Nesta senda, se desenvolveu um trabalho com a seguinte estrutura: uma
introdução e três capítulos. Nomeadamente: I) o enquadramento teórico-
conceptual, apresentamos um quadro conceptual dos principais conceitos que
estruturam o tema na visão de vários autores sobre a evolução do sistema
bancário; II) A fundamentação metodológica, onde abordamos a caracterização
do campo de estudo, o modelo de pesquisa, população e amostra,
características dos participantes da pesquisa, variáveis da investigação,
técnicas e instrumentos, bem como os procedimentos e dificuldades da
pesquisa; III) trata da apresentação, análise e interpretação dos resultados da
pesquisa que permitiu relacionar os objectivos alcançados com os recursos
utilizados e analisar os resultados em função do problema identificado.

18
CAPÍTULO I ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL/TEÓRICO
Neste capítulo apresentam-se as bases teóricas que suportam o estudo
desenvolvido ao longo do trabalho.
1.1. Definição de termos e conceitos
1.1.1. Etimologia e conceito de Evolução
O termo “evolução”, segundo Costa & Melo (1977), provém do latim
“evolutiōne”. Dentre os vários significados desta palavra, podemos considerar
os seguintes: ato ou efeito de evoluir; sucessão gradual de transformações que
se afiguram orientadas em certo sentido; passagem gradual de um estado a
outro, sendo este melhor, mais complexo ou mais perfeito que o anterior;
aperfeiçoamento; desenvolvimento; progresso; mudança ou conjunto de
mudanças que ocorrem ao longo do tempo.
1.1.2. Etimologia e conceito de Bancos
De acordo com Costa & Melo (1977) a palavra “banco” é de origem Germânica,
“bank” ou “banka” e, dentre outros significados que lhe são atribuídos, faz
referência aos estabelecimentos de crédito para transação de fundos públicos,
letras e outros. Entretanto, o nome banco foi concebido pelos romanos e,
naquela altura, era utilizado para se referir a “mesa em que eram realizadas as
trocas de moedas.”
Para Cacopa (2015), os bancos são instituições cuja actividade consiste na
realização de operações financeiras e na prestação de serviços financeiros,
dos quais, os mais comuns são a concessão de crédito e a ressecção de
depósito dos clientes, que remunera. Numa versão mais abrangente, Cacopa
(2015), citando Alcarva (2011), afirma que os bancos são todas as pessoas
singulares ou coletivas que, com fins lucrativos, recebem de pessoas,
igualmente singulares ou coletivas, depósitos ou outros fundos similares que
aplicam por conta própria em operações de crédito ativas e noutros
investimentos; complementarmente, prestam aos seus clientes serviços de
tesouraria, custódia, mediação, entre outros.
De modo geral reconhecemos que os bancos se encarregam em adquirir
recursos económicos e financeiros através de uma multiplicidade de
instrumentos criados para o efeito, tais como obrigações, depósitos ou
obrigações, e facilitam o acesso dos seus clientes aos referidos recursos

19
através de ferramentas bancárias como empréstimos e hipotecas, a troco de
juros ou comissões previamente acordadas em cada operação.

1.1.3. Conceito sistema financeiro

Segundo Barbosa (2015), dá-se o nome de sistema financeiro ao conjunto de


instituições financeiras que asseguram, essencialmente, a canalização da
poupança para o investimento nos mercados financeiros, através da compra e
venda de produtos financeiros. A sua finalidade é transferir os recursos em
poder dos aforradores e outras entidades para o setor produtivo ou para o setor
de consumo e, compõem-se pelos mercados (onde os agentes realizam
operações de compra, venda e troca de ativos financeiros), por instituições
financeiras e pelas entidades reguladoras.
Presente (2019), reforça este conceito considerando que, para além das
instituições em si, também fazem parte do sistema financeiro os instrumentos
que viabilizam o fluxo financeiro entre os poupadores e os tomadores de
recursos na economia.
Com base nestes conceitos, podemos perceber que o sistema financeiro de
uma determinada região, compreende o conjunto de instituições que facilitam o
ajustamento da poupança de uma entidade através do investimento de outra,
direccionando os recursos dos aforradores para os devedores recorrendo a
instrumentos próprios.
1.1.4. Conceito sistema bancário

Segundo Marques (2014), o termo “sistema bancário” teve a sua origem antes
do século XIX momento em que, a riqueza disponível era geralmente na forma
de ouro ou prata embarras. Para Marques (2014), dá-se o sistema bancário ao
conjunto de instituições dedicadas à intermediação financeira, sendo a sua
função captar a poupança pública e, com esse capital, financiar a concessão
de empréstimos e a realização de investimentos.
Deste modo, o sistema bancário atrai as receitas de entidades individuais ou
empresas, redirecionando estas para outros agentes económicos que
necessitam destas receitas para financiar as suas necessidades ou
investimentos. Assim, participam deste sistema os seguintes intervenientes: Os
bancos e os produtos por estes oferecidos, uma entidade que supervisiona as

20
actividades destes bancos e, por fim, uma autoridade monetária que, além de
ditar a política monetária da região, é responsável pela emissão de notas e
moedas.
1.1.5. Conceito de desenvolvimento socioeconómico

Segundo Houasis et al (2001), o termo “desenvolvimento” é a acção ou efeito


de desenvolver (algo) ou de se desenvolver”, cujo sinónimo pode ser
acrescentar, melhorar ou aperfeiçoar algo, podendo ser de ordem física,
intelectual ou moral.
Dependendo do contexto, o conceito de desenvolvimento pode também estar
relacionado com situações de progresso em termos económicos, sociais,
culturais ou políticos.
Do ponto de vista socioecónmico, Oliveira (2002) apresenta a sua perspectiva
do conceito de desenvolvimento considerando como um resultado do
crescimento económico seguido de melhorias na qualidade de vida de uma
sociedade. Oliveira (2002), refere ainda que o desenvolvimento pode ser
identificado através da redução da pobreza, do desemprego e das
desigualdades e aumentos nas condições de saúde, na alimentação, educação
e habitação.
Essa visão, também é defendida por Moreira & Crespo (2012) que, consideram
o desenvolvimento socioeconómico como um processo que consiste na
diminuição das disparidades de rendimento per capita entre as nações. É um
processo de enriquecimento dos países e dos seus habitantes, ou seja, em
uma acumulação de recursos económicos, sejam eles activos individuais ou de
infraestrutura social, e também em um crescimento da produção nacional e das
remunerações obtidas pelos que participam da actividade económica
Assim, o desenvolvimento socioeconómico está centrado na melhoria das
condições de vida de uma sociedade no seu todo, fruto do crescimento
económico observado.

1.2. Origem e evolução histórica dos bancos

Diferentes registros históricos ilustram que as primeiras transações bancárias


aconteceram a partir do momento em que o homem teve a necessidade de
usar moedas ao realizar as suas actividades comerciais. O surgimento da

21
moeda, originou a necessidade de se criarem instituições para guarda-las e/ou
empresta-las.
Jesus (2014), reporta que os primeiros registos da actividade bancária
verificaram-se nos Fenícios, resultado do comercio de longa distância com
outros povos. Desde essa altura, essas operações passaram por diversas
transformações, fruto da evolução e aumento do grau de complexidade das
actividades diárias do ser humano.
Como consequência desta necessidade crescente, em 1397, De acordo com
Jesus (2014), foi criado em Veneza o que consideramos como sendo o
primeiro banco. Posteriormente, a criação de bancos difundiu-se por outras
cidades europeias, e de outros continentes, como descreve Hildreth (1837):
 No início do século XV, foram estabelecidos em Gênova e Barcelona,
bancos similares ao de Veneza
 No início do século XVII, os holandeses estavam à frente do
comércio europeu sendo Amsterdão, o ponto central do comércio
Europeu. Nesta altura, as autoridades de Amsterdão resolveram recorrer
ao sistema de pagamentos bancários, criando Banco de Amsterdão,
considerado também como o primeiro Banco Central criado no mundo.
 Em 1694 criado o Banco da Inglaterra, um protótipo e grande exemplo
de todos os nossos Bancos Centrais modernos.
 Com o aumento da riqueza e do comércio na Europa, surgiram também
os banqueiros privados que se estabeleceram em todas as principais
cidades e vilas onde: 1. recebiam dinheiro em depósito; 2.
administravam os negócios financeiros de Estados e indivíduos; 3.
emprestavam dinheiro aos tomadores de empréstimo para poderem dar
a segurança financeira necessária; e 4. compravam e vendiam Letras de
Câmbio, ouro e moedas.
 Em 1781, em Filadélfia, criou-se o primeiro banco dos Estados Unidos,
“Bank of North America”, projectado e administrado por Robert Morris.

Com o desenvolver da actividade bancária em todos os países, e o surgimento


de cada vez mais bancos públicos e privados nestes, houve a necessidade de
se estabelecer uma livre competição no setor bancário. Segundo (Hildreth,

22
1837), essa perspectiva, apesar de algo contraditório, levou a necessidade de
se criarem os bancos centrais ou nacionais nestes países, cujas funções eram:
1. Regular os bancos locais e mantê-los em ordem;
2. Facilitar as trocas domésticas;
3. Fornecer uma moeda uniforme.

Em Angola, actividade bancária teve o seu início a 21 de Agosto de 1865, com


a instalação do primeiro estabelecimento bancário, uma sucursal do Banco
Nacional Ultramarino (BNU) em Luanda. O Banco de Angola foi oficialmente
criado a 14 de Agosto de 1926, detendo a exclusividade no comércio bancário
em Angola até 1957, momento em que emergiu no mercado o Banco
Comercial de Angola, de direito angolano. Posteriormente, foi criado o Banco
Nacional de Angola, ao qual atribuiu-se as funções de Banco Central: Banco
Emissor, Caixa do Tesouro e de Comércio Bancário.
Nos dias de hoje, o sistema bancário Angolano é constituído por instituições
bancárias de capital nacional e estrangeiro, nomeadamente de capital
português, que se constituíram em bancos de direito angolano. O estado actual
do sistema bancário Angolano, é abordado com maior detalhe na secção 1.3.1.
A nível global, as transformações do sector bancário são constantes. Com os
avanços tecnológicos que o mundo tem registrado, os instrumentos e
procedimentos aprimoraram-se, e o crescimento do sector tem sido rápido.
1.3. O sistema financeiro angolano
De acordo com Sachova (2020), o sistema financeiro angolano evoluiu em
quatro períodos: O primeiro período, que vai desde 1865 a 1975, é o início do
sistema financeiro angolano; o segundo período, de 1975 a 1990, está
fortemente relacionado com a nova organização política angolana, que adotou
um modelo económico centrado no Estado; O terceiro período vai de 1991 a
2002, período em que se passou do modelo de economia planificada para o
modelo de economia de mercado; O quarto período, período em curso desde
2002, após a assinatura dos acordos de paz a 4 de abril, no qual se registrou
um aumento significativos de instituições em todos os sectores do sistema
financeiro Angolano.
A existência de um sistema financeiro robusto e eficiente é fundamental no
desenvolvimento económico de um país. Na opinião de Camilo (2014), “o

23
sistema financeiro contribui para o controlo da inflação, para a redução do
défice da balança de pagamentos, para a diminuição do desemprego e também
para o desenvolvimento da economia” (p. 24).
Actualmente, o sistema financeiro Angolano é constituído por um conjunto de
instituições, reguladores e entidades, tutelados pelo ministério das finanças:

Figura 1: Sistema financeiro Angolano

Sector Segurador e Mercado de


Sector bancário
Fundo de pensões capitais
Reguladores

Fonte: Elaborado pelo autor

O sector bancário, objecto de estudo neste trabalho, é discutido na secção a


seguir.
De acordo com dados do Banco Nacional de Angola (BNA), o sistema
financeiro bancário angolano tem vindo a dar passos importantes com vista à
aproximação às melhores práticas internacionais. Essa Instituição elaborou um
plano denominado ”Plano estratégico 2017/2022” que, visando garantir a
robustez das instituições financeiras bancárias, aumentar a confiança no sector
financeiro e a estabilidade financeira, deu continuidade às acções atinentes à
convergência da regulamentação e supervisão do BNA aos padrões de
organismos internacionais de referência.
1.3.1. O sector bancário Angolano
Enquadramento macroeconómico
O sector bancário angolano tem enfrentado vários desafios. Desde 2016, a
conjuntura internacional adversa levou muitos países, incluindo Angola, para
um cenário económico de visível recessão. Dentre outras implicações, este
cenário teve uma influência significativa na forte pressão dos preços e,

24
consequentemente, na redução do valor real da renda de muitas famílias. A
situação agravou-se em 2020, devido aos efeitos da pandemia COVID – 19
que resultaram numa recessão económica sem precedente de 5,4%. De
acordo com dados fornecidos pelo Ministério das Finanças, com a contração do
sector petrolífero no primeiro semestre de 2021, a economia retraiu mais ainda.
Ainda assim, no final de 2021 houve uma recuperação da economia sendo
mais visível em alguns sectores como o da industria. Para 2021,cosidera-se
que a economia teve um crescimento com o Produto Interno bruto a registrar
um aumento de 0.70%, impulsionado pela forte expansão do sector não
petrolífero.
A variação do índice de preços esteve em torno dos 27.3% ante os 25%
observados em 2020. As pressões inflacionárias registradas na economia
resultaram fundamentalmente dos factores estruturais que criaram uma
distorção na oferta, fundamentalmente, de bens alimentares e o aumento dos
custos de frete e transporte.
Quanto a dívida pública, fixou-se em 39.81 bilhões de kwanza (93.53% do PIB),
contra os 41.34 bilhões de kwanza registados em 2020 (129.61% do PIB),
representando uma redução de 28.78%.

Estrutura do Sector Bancário


O Sector bancário Angolano é regulado pelo BNA. Com a revisão do artigo
100.º da Constituição da República de Angola, através da Lei n.º 18/21, de 16
de Agosto, o Banco Nacional de Angola alcançou o estatuto de autoridade
monetária independente. A principal Missão desta entidade reguladora é de
assegurar a estabilidade de preços e a solidez do sistema financeiro.
Até o ultimo trimestre de 2021, estavam autorizadas a funcionar neste sector as
25 instituições financeiras bancárias das quais temos:
 2 Bancos públicos
 17 Bancos privados nacionais
 5 Filiais de bancos estrangeiros
 1 Sucursal de banco estrangeiro

Dentre essa instituições, realçamos o Banco de Poupança e Crédito (BPC), o


maior banco comercial de Angola tem uma estrutura accionista composta pelo

25
estado, representado pelo Ministério das finanças o instituto de gestão de
Activos e Participações do Estado, o Instituto nacional de Segurança Social e
caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas. Conta actualmente
com, 334 agências e postos de atendimentos, 4458 colaboradores e 3.021.340
clientes.

Actividades e principais indicadores do sector bancário em 2021 (BNA)


Segundo Cândido (2018), na última década o sector bancário angolano
registou um forte dinamismo, o número de bancos triplicou – evidenciado pelos
principais indicadores de desempenho (volume de activos sob gestão, rede de
agências, ATMs e TPAs) sendo acompanhado pelo reforço da “bancarização”
da sociedade angolana e do esforço de aproximação às normas bancárias
internacionais.
Em 2021, o activo do sector bancário representou uma tendência crescente,
tendo registado um aumento de 1.03 bilião de kwanzas (5.66%) face ao
período homologo, situando-se em cerca de 19.36 biliões de kwanzas
Relativamente ao crédito vencido malparado, no mesmo período, este registou
um aumento em 115,52 mil milhões de kwanzas comparativamente ao período
homologo (13.64%), com efeito, o rácio de incumprimento do sector bancário
passou de 18,41% em Dezembro de 2020 para 20,26% em Dezembro de 2021.
No final de 2021 o sector bancário registrou resultados positivos num montante
de 394,90 mil milhões de kwanza, um aumento de cerca de 179,39% face ao
mesmo período em 2020.
Em 2021, houve também um ligeiro aumento do crédito, apesar do rácio de
transformação se manter em nível baixo face aos referenciais históricos, tendo
passado de 32,68% m 2020 para 32,57% em 2021.
Quanto a capacidade de cobertura das obrigações de curto prazo em moeda
nacional e em moeda estrangeira aumentou, tendo o rácio de liquidez imediata
em moeda estrangeira e moeda nacional aumentado de 22,11& e 21,55% em
dezembro de 2020 para 30.53% e 32,61% em Dezembro de 2021,
respectivamente.
Finalmente, o rácio de solvabilidade regulamentar se situou em 23,79%,
evidenciando resiliência aos riscos inerentes actividade do sector, com um

26
nível agregado de adequação de capital muito acima do limite mínimo
regulamentar.

Principais desafios do Sector

Nos últimos anos, de acordo com Cândido (2018), o sector bancário dos países
em desenvolvimento passou por uma transformação significativa, com o
objectivo de o fortalecer os seus serviços, envolvendo também a melhoria da
supervisão e regulamentação, na sua relação com as forças de mercado, por
forma a sustentar a estabilidade financeira e o crescimento económico.
A adopção de medidas de supervisão cada vez mais ajustadas ao padrão
aplicado internacionalmente é um dos principais desafios do sector bancário
Angolano. Esta medida é fundamental pois, segundo Chipenhe (2017), a
supervisão bancária é a actuação desenvolvida pelo Estado ou por outros
entes públicos sobre os banqueiros, de modo a controlar a sua actividade,
tendo em vista assegurar a estabilidade, eficiência e solidez do sistema
financeiro, o cumprimento de regras de conduta e de prestação de informação
aos clientes bancários, bem como garantir a segurança dos depósitos e dos
depositantes e a protecção dos interesses dos clientes.
Ao sector bancário, segundo dados do BNA, também são colocados os
desafios associados ao crescimento da oferta de serviços bancários por via de
canais digitais, ao surgimento de novos intervenientes, à sustentabilidade dos
modelos de negociar o risco de crédito e à governação de riscos. Na verdade,
nos dias de hoje, com a implementação de novas tecnologias, abriram-se
também novas formas de operar no mercado, às quais os bancos
necessariamente se devem ajustar.
No tocante aos riscos, um cenário a que cada vez mais os bancos ficam
expostos, muito em consequência da situação financeira dos últimos anos,
Chipenhe (2017), alerta sobre a necessidade do BNA responder a este desafio
por meio da supervisão comportamental e prudencial, às necessidades dos
clientes bancários relativamente aos riscos de liquidez e solvabilidade, ao

27
atendimento aos clientes nas transferências bancárias, cartões de crédito, na
adesão ao programa “Bankita” e as reclamações nas instituições financeiras.
Apesar dos desafios do sector bancário Angolano, os dados da entidade
reguladora deste sector nos mostram que se tem mantido sólido e resiliente,
com níveis de adequação de capital acima do limite mínimo regulamentar.

Políticas de apoio ao sistema bancário angolano

Os desafios do sector bancário são, em muitas ocasiões, possíveis de


ultrapassar com o auxílio de instituições com poder para tal. O papel do
governo, na qualidade de entidade que detêm maioritariamente este poder,
deve ter uma actuação eficaz nas políticas monetárias, financeiras e cambiais
que protejam a capacidade do sector bancário para financiar a economia. Deve
promover também uma forte coordenação política visando o alinhamento das
acções em curso do executivo e a banca.
Ao BNA, cabe o papel de actuar como, conselheiro do estado nos domínios
monetário, financeiro e cambial, colaborar na definição e executar a política
cambial, bem como o respectivo mercado, gerir as disponibilidades externas do
país ou as que lhe sejam acometidas, agir como intermediário nas relações
monetárias internacionais do estado.
Em resumo, é fundamental a implementação de políticas cambiais,
orçamentais e monetárias taxadas pelo governo através do BNA pois que
essas visam assegurar as instituições bancárias e protege-las em momentos
de crise.

1.4. O desenvolvimento socioeconómico de angola


O desenvolvimento socioeconómico de pais deve reflectir na vida do cidadão,
em Angola nos últimos anos temos visto políticas económicas voltadas para a
promoção do desenvolvimento como: aumento de indústrias e da capacidade
de produção.
De acordo com Oliveira (2002) o desenvolvimento socioeconómico é
considerando como um resultado do crescimento económico seguido de
melhorias na qualidade de vida de uma sociedade, ou seja, aumento do
produto interno bruto e a eficiência na alocação de recursos pelos diversos

28
sectores da economia, melhorando o bem-estar económico e social da
população. Nesta perspectiva, considera-se ainda que o desenvolvimento pode
ser identificado através da redução da pobreza, do desemprego e das
desigualdades e aumentos nas condições de saúde, na alimentação, educação
e habitação.
De acordo com o plano nacional de desenvolvimento 2018 - 2022 estabelecido
pelo governo de Angola, um plano de desenvolvimento adequado aos desafios
que angola enfrenta deve estar assente no conhecimento sobre a população e
o índice de desenvolvimento humano, a transformação e diversificação da
economia e da situação macroeconómica e monetária do País.
No entanto, de acordo com dados do último senso realizado, Angola é um País
demograficamente muito desequilibrado com uma superfície de 1.246.700
quilómetros quadrados (km2), vastas regiões não têm habitantes ou têm uma
densidade demográfica muito baixa. Tem uma população residente de 25,7
milhões de habitantes, desigualmente distribuídos no território,
maioritariamente residentes em áreas urbanas (62,6% da população total) e
com uma forte concentração na província de Luanda.
O índice de desenvolvimento humano em 2000 era de 0,390. A esperança de
vida à nascença estava afixada em 60,29 anos, integrando assim ao grupo de
países com desenvolvimento humano médio, com uma taxa de alfabetização
de jovens e adultos igual a 75%.
O estado de nutrição dos angolanos, em especial das crianças, continua a ser
uma questão grave, uma vez que 38% das crianças sofrem de malnutrição
crónica moderada e 15% de malnutrição grave, situação que se agrava mais
nas áreas rurais. Estima-se, por outro lado, que apenas dois terços da
população têm acesso a água potável e a um dos sistemas de saneamento
básico apropriado, 45% a electricidade, mais de 75% a rede de telemóvel e
mais de 25% a internet.
A taxa de incidência de pobreza de é de 36%. Com a taxa de desemprego, a
nível nacional, de 24%. Em 2014, esta condição atingia mais severamente os
grupos etários mais jovens.
Estes e outros dados ilustram o longo percurso que o País precisa efectuar até
atingir os níveis de desenvolvimento universalmente aceites. Ainda assim,

29
consideramos que lá para cá muito já foi feito e as dificuldades ainda existentes
são passíveis de se superar.

1.4.1. Contributo do sector bancário para o desenvolvimento


socioeconómico de Angola

A Banca como parte do sistema financeiro, é deveras importante associa-la ao


crescimento socioeconómico de um povo.
O sector bancário é uma ferramenta de alta utilidade na vitalidade das
actividades económicas e no progresso social do País, alocando recursos
financeiros que viabilizam os investimentos públicos e privados bem como a
criação de riqueza aos diferentes agentes económicos. O sistema financeiro
vem assumindo um papel central na economia angolana, tornando-se num
agente activo no desenvolvimento sustentável da sociedade e da economia em
grande medida como resultado da qualidade, inovação e sofisticação dos
produtos e serviços oferecidos aos consumidores que são cada vez mais
exigentes no que toca a dinâmica verificada no sector.
Foram vários os contributos dado à economia angolana, entre eles, a
simplificação de processos de pagamento de salário dos funcionários,
segurança ou protecção de activos monetários por parte da população,
cedência de crédito ou empréstimo monetário aos que dele precisam para
alavancar um projecto ou para realizar actividades pessoais, etc.
Cabe a banca o papel de identificar a capacidade empreendedora dos agentes
económicos e de modo sustentável direccionar capitais para o desenvolvimento
económico e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos uma vez que na
actividade bancaria estão envolvidas famílias e empresas que acorrem a estes
serviços na qualidade de depositantes e de credores.
Um contributo directo do sistema bancário para o desenvolvimento
socioecónomico, prendesse com a cedência de crédito a empresas e
singulares, com vista o alavancar de projectos e programas estruturados para
desenvolvimento económico e social, que possibilitou de grande modo a
estabilidade socioeconómicas das famílias angolanas.

30
31
CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA
Neste capítulo, descreve-se onde e como foi realizada a pesquisa. També é
ilustrada o tipo de pesquisa aplicado, o universo da pesquisa, a amostragem,
os instrumentos de colecta de dados e a forma como os dados colectados e
analisados.
2.1. Caracterização do Campo de Estudo
O Banco de Poupança e Crédito (BPC) é uma instituição financeira, sob a
forma de empresa pública angolana, vinculado ao Ministério das Finanças,
possui um património próprio e autonomia administrativa com sede em Luanda
e filiais em todo o território nacional. Para o presente trabalho, faremos o
estudo no Balcão SIAC Malanje, um balcão que surge em Malanje no ano de
2011, isso a 29 de Janeiro, a mesma esta instalada no Interior do Serviços
Integrados de Atendimento ao Cidadão (SIAC) situada a Norte do Bairro Vila
Matilde, ocupando um compartimento especifico 12 m2. O Complexo do SIAC,
esta limitada a norte por zona habitacional, a sul pela estrada Nacional N230, a
Este pela Unidade da Policia de Intervenção Rápida (PIR) e a Oeste pela
Empresa de Água e Saneamento de Malanje (EASM).
Assim a Agência bancaria esta composta por:
1 (Um) Gabinete para o gerente.
10 ( PA) Ponto de atendimento.
1 (uma) Sala de recontagem
1 (uma) Casa Forte.
1 (um) Refeitório
2 (Dois) WC divididos por género.
Este balcão acolhe 13 (treze) Funcionários divididos em arias especifica
por actividades.
2.2. Modelo de Pesquisa
A presente investigação é de natureza aplicada e, segundo Prodanov & Freitas
(2013), este tipo de investigação tem como propósito gerar conhecimentos para
aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Para a análise
do problema de pesquisa, recorremos, simultaneamente, as abordagens
qualitativa e quantitativa.
Segundo Bogdan & Biklen (1994), a abordagem Qualitativa Prioriza a
contemplação de uma metodologia de investigação que enfatiza a descrição, a

32
indução, a teoria fundamentada e o estudo de percepções pessoais. Esta
abordagem nos auxiliou na compreensão do problema em estudo,
fundamentalmente ao se aplicar as técnicas de análise de documentos e a
entrevista. Quanto a abordagem Quantitativa, segundo Prodanov & Freitas
(2013), serve para quantificar as opiniões e informações. Assim, esta
abordagem foi utilizada ao se traduzir as informações recolhidas em números,
para posteriormente classificá-las e analisá-las. A comprovação estatística dos
dados foi efectuada através de um processamento estatístico, com recurso ao
IBM SPSS.
A presença das duas abordagens, deve-se ao facto de haver limitações para
cada uma delas pretendendo com isso tornar mais rica a confrontação entre as
teorias de referência e os dados recolhidos.
2.3. População e Amostra
População
A população abrangida no nosso estudo é ilustrada na tabela abaixo.
Tabela 1: População da pesquisa

População

Funcionários do BPC balcão SIAC Malanje 13


Clientes 7584
Total Geral 7597

Fonte: Dados da Pesquisa


Amostra
A amostra do referido estudo é constituída pelos elementos identificados na
tabela a seguir.
Tabela 2: Amostra da pesquisa

Participantes da Pesquisa

Funcionários do BPC balcão SIAC Malanje 13


Clientes 1055
Total geral 1068
Fonte: Dados da Pesquisa

33
2.4. Técnica e instrumento
Para fortalecer a parte prática da presente pesquisa, recorreu-se as técnicas de
colecta de dados que, segundo Marconi & Lakatos (2010) definem como “um
conjunto de preceitos ou processos de que serve uma ciência ou arte; é a
habilidade para usar esses precitos ou normas, a parte prática” (p. 157).
Desta feita, durante a colecta de dados, diferentes técnicas podem ser
empregues, mas para o estudo proposto, recorreu-se as técnicas que melhor
se ajustam a realidade da pesquisa, tais com: a analise de documentos,
entrevista e questionário.
Análise de documentos
Foi aplicada com o objectivo de obter informação actualizada, dos relatórios
anuais do exercício do BNA, Ministério das finanças e do BPC.
Entrevista (Apêndice 1 )
Segundo Marconi & Lakatos, (2010, p. 195), entrevista é um encontro entre
duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de
determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional
Na presente pesquisa, optou-se pela entrevista padronizada ou estruturada,
por ser aquela em que o entrevistador segue um roteiro previamente
estabelecido. A mesma foi dirigida aos gestores do balcão BPC SiAC Malanje.
Questionário (Apêndice 2 )
Para Marconi & Lakatos (2011), “questionário é um instrumento de colecta de
dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser
respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador” (p. 201).
Optou-se por esta técnica devido o processo de interacção entre o pesquisador
e os participantes com o intuito de manter maior efectividade na procura de
informação extensiva. O que permitiu com maior objectividade aprofundar
todos os seus conhecimentos sobre a evolução do sistema bancário e sua
influência no desenvolvimento socioeconómico em Malanje.
O grupo que foi aplicado os questionários foram os colaboradores
seleccionados e os clientes da mesma agência bancária.

34
2.5. Procedimentos e dificuldades
Inicialmente fez-se uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos,
periódicos, revistas especializadas, monografias, teses, dissertações, entre
outros, com o intuito de fundamentar as contribuições de diversos autores no
que concerne a pesquisa em causa.
De seguida entrou-se em contacto com a Direcção da mesma agência
bancária, onde a pesquisa é direccionada. Solicitou-se ao Departamento de
Investigação Científica em Graduação e Pós-graduação do Instituto Superior
Privado da Catepa uma carta de autorização que se apresentou a Direcção
Regional Norte do BPC, na qual teve a aprovação da mesma para poder iniciar
com a pesquisa. Manteve-se uma conversa aberta depois da aceitação com o
Gerente, Subgerente e colaboradores do banco, explicando as razões da
pesquisa e os objectivos da mesma. E a partir desta altura aproveitou-se
marcar a data para realização da aplicação dos questionários e entrevistas com
os participantes da mesma pesquisa. Foi usado questionários dirigidos aos
colaboradores que manifestaram a boa disposição de responder e a entrevista
ao Gerente e subgerente da agência BPC Siac Malanje.

35
CAPITULO III– APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS
No presente capítulo, são apresentados os dados colectados e se realiza uma
análise minuciosa dos mesmos.
3.1. Análise dos resultados da entrevista ao gestor do BPC balcão SIAC -
Malanje.
Os resultados da entrevista dirigida à um dos gestores do balcão BPC SIAC –
Malanje, apresentaram um diagnostico breve e real sobre a actuação deste no
sector bancário em Malanje.
De acordo com este Gestor, aquele balcão tem como principais clientes
funcionários por conta de outrem e, o número destes, até a data da pesquisa,
rondava o valor de 7.584. O principal canal de informação que o banco tem
com os clientes, segundo o mesmo gestor, é a agência. Entende-se aqui que, a
estractégia de marketing e informação do banco é definida a nível das
estruturas centrais e a divulgação dos seus serviços através de outros canais
de informação é definida naquela dimensão. Face a essa situação, entende-se
também que esta é uma realidade que o gestor deste balcão pode rever, no
sentido de definir esctractegias de marketing internas, mais próximas dos
clientes locais de modo a evitar questões de desinformação frequentemente
associadas ao banco.
Quanto ao tipo de serviço prestado com maior frequência pelo balcão, este
gestor referiu ser o levantamento de valores. Este facto mostra que,
frequentemente, os clientes retiram o seu dinheiro do banco, deixando de
investir no mesmo. Fica patente a necessidade de o banco diversificar os seus
serviços de modo a manter e melhor rentabilizar os seus activos.
No que toca aos serviços dos terminais electrónicos (caixas automáticas,
terminais de pagamentos automáticos e cartões multícaixa válidos), o número
de emissões foi considerável, facto que de alguma forma tem reduzido as
enchentes no balcão permitindo alguma melhoria na prestação de serviços aos
clientes.
Ainda em relação as enchentes, se houvesse uma maior adesão por parte dos
clientes à outros canais electrónicos (mobile banking e internet banking) a
situação poderia estar quase ultrapassada. Porém, de acordo com aquele
gestor o nível de adesão é muito baixo.

36
Sobre o número de funcionários, considerou ser suficiente para atender a
demanda. Apesar de não terem atingido níveis mais satisfatórios neste quesito,
o gestor considerou que a capacidade de atendimento, atendendo ao número
de clientes, é normal.
Finalizando a entrevista, o gestor apresentou alguns dados referentes aos
serviços do banco:
 Componentes que mais contribuem para a estrutura do activo do banco

1º Disponibilidades
2º Outros activos
3º Créditos
4º Aplicações de liquidez
5º Investimentos financeiros
 Ordem dos sectores da actividade económica, em função da quantidade
de crédito cedida pelo banco

1º. Particulares
2º. Comércio por grosso e a retalho
3º. Agricultura, produção animal, caça, silvicultura e pesca
4º. Construção
5º. Transporte, armazenagem e comunicações
6º. Alojamento e restauração
7º. industrias transformadoras
8º. industria extractiva
9º. Actividades financeiras, seguros e fundo de pensões
10º. imobiliário, aluguer e prestação de serviços
 Principais dificuldades.
 Falta de meios materiais
 Falta de quadros qualificados
 Sistema informático incapaz de atender a demanda

Olhando para as principais dificuldades enfrentadas, entende-se que é


fundamental que o banco defina estractégias para minimiza-las pois que
afectam negativamente no crescimento do banco e, consequentemente,

37
3.2. Análise dos resultados dos questionários dirigidos aos clientes do
BPC balcão SIAC - Malanje
Gráfico 1: Idade dos clientes

Fonte: Dados da pesquisa


Analisando Gráfico 1, podemos constatar que quanto as idades dos clientes,
que 40,6% representam a idade de 18 anos a 35 anos, 37,6% representam a
idade de 36 a 50 anos e, apenas 21,8%, representam e clientes com mais de
50 anos. Estes dados transmitem a ideia de que os clientes do banco são
maioritariamente jovens, sendo assim o banco composto por clientes de força
activa.
Gráfico 2: Habilitações literárias dos clientes.

Fonte: Dados da pesquisa

38
No quesito habilitações literárias, ilustrado o Gráfico 2, verifica-se que 95,7%
dos clientes do banco tem um nível de escolaridade igual ou acima do 1º ciclo
do ensino secundário. Esta dado é satisfatório pois, mostra que o nível de
escolaridade dos clientes permite que a evolução do banco, acompanhada com
a implementação de ferramentas para melhoria da prestação de serviços, pode
ser desenvolvida de forma mais rápida.
Gráfico 3: Principais Actividade actual dos Clientes

Fonte: Dados da pesquisa


Quanto a principal actividade dos clientes, Gráfico 3, verificamos que enquanto
0.5% dos clientes são desempregados, 4,5% trabalham por conta própria e
10.7% são estudantes. Já os reformados/aposentado, embora aos olhos
aparentam ser maioria, representam apenas 15,7% e, os trabalhadores por
conta de outrem representam 68.6%. Ressalta aqui o facto de que o banco não
tem muitas iniciativas voltadas para os empreendedores (trabalhadores por
conta própria) o que certamente deve ser revisto por suas estruturas pois que
este segmento em muito contribuí para a economia local.

39
Gráfico 4: Tempo como cliente do BPC em Malanje

Fonte: Dados da pesquisa


O gráfico 4 mostra que apenas 0.5% de clientes estão a menos de 2, 40.6%
são clientes entre dois a cinco anos e 58.9% são clientes a mais de dez anos.
É importante que o banco tire melhor proveito da fidelização dos clientes, uma
vez que a maioria é cliente a mais de 10 anos, o que quer dizer que confiam no
banco e, eventualmente, estejam abertos para propostas de investimento.
Tabela 3: Benefícios obtidos com a instalação do BPC em Malanje.

Respostas
Percentagem
Contagem Percentagem de casos
salário bancarisado 887 41,96% 84,08%
envio de dinheiro rápido 373 17,64% 35,36%
Benefício concepção de crédito 437 20,67% 41,42%
s
poupança de dinheiro 413 19,54% 39,15%
nenhum 4 0,19% 0,38%
Total 2114 100,00% 200,38%
Fonte: Dados da pesquisa
Relativamente aos benefícios obtidos com a instalação do Banco em Malanje,
podemos observar que são inúmeros, a começar em primeiro lugar, como nos
mostra a Tabela 1, pela bancarização dos salários e em segundo pela
concepção de crédito. Um outro beneficio esta relacionado com a poupança de
dinheiro e o envio de dinheiro para pessoas distantes do território em que se
encontra o nosso campo de estudo. Todos estes elementos ilustram a o papel
do banco no processo de desenvolvimento económico e social, facilitando a

40
circulação do dinheiro, e a realização projetos pessoais ou institucionais para
vários segmentos da sociedade.
Tabela 4: Ferramenta (s) mais utiliza para ter acesso aos serviços do BPC.

Respostas Percentagem
Contagem Percentagem de casos
Agências/loja 1014 48,89% 96,11%
Caixas automáticas
626 30,18% 59,34%
(Cas)
Terminais de
pagamentous 337 16,25% 31,94%
Ferramenta
automáticos (TPAs)
s
Apoio ao
1 0,05% 0,09%
cliente/telemóvel
Mobilie/internet
95 4,58% 9,00%
Banking
Multicaixa express 1 0,05% 0,09%
Fonte: Dados da pesquisa

Quanto aos meios ou ferramentas para se ter acesso aos serviços do banco,
Tabela 2, o menos usado é o serviço de apoio ao cliente via telemovel e o mais
usado são as agencias, estando os serviços de caixas automaticas (ATM) em
segundo lugar e em terceiro os terminais de pagamento automaticos (TPA).
Esses dados são visiveis diáriamente através das enchentes que se verificam
nestes serviços. Cabe ao banco a tarefa de desenvolver esctractegias de
incentivar os clientes a utilizarem cada vez mais os canais eletrónicos no
sentido de inverter este quadro e garantir maior acessibilidade e conforto aos
seus clientes.
Em principio, poderia começar por trabalhar em algumas das dificuldades que
os clientes apresentam em utilizar estes serviços. Tal como ilustra o Gráfico 5,
a maior parte dos clientes, 69,2%, tem dificuldades em utilizar os canais
electrónicos.

41
Gráfico 5: Dificuldades em utilizar os os canais electrónicos (Mobile banking e Internet
banking)

Fonte: Dados da pesquisa


As dificuldades em utilizar estes canais prendem-se em diversos factores, tais
como a falta de dispositivos eletrónicos que suportam estes serviços, o não
acesso a internet e a falta de conhecimento, como se apresenta na Tabela 3.
Tabela 5: Motivos que levam ao não uso de canais eletrónicos

Respostas Percentage
Contagem Percentagem m de casos
Não tenho um
238 36,06% 22,56%
dispositivo electrónico
Tenho um dispositivo
12 1,82% 1,14%
mas, não sei utilizar
Motivos Dificuldades no acesso
para não. a internet 18 2,73% 1,71%
Usar
Não conheço esses
canais 90 13,64% 8,53%
serviços
electrónic
os Não tenho necessidade 281 42,58% 26,64%
Impossibilidade do
6 0,91% 0,57%
banco
Não sinto segurança no
15 2,27% 1,42%
serviço
Total 660 100,00% 62,56%
Fonte: Dados da pesquisa

42
Constatamos aqui que, dos clientes que não fazem o uso dos canais
electrónicos, maior parte, 42,58%, assim procede por não ter necessidade,
uma vez que afluem sempre a agência. Outro numero maior, 36,06%, debate-
se com a falta de dispositivo electrónico com capacidade para o efeito. Outros
motivos que se podem referir é a indisponibilidade do Banco em ceder este
serviço aos clientes ou mesmo o facto dos clientes não sentirem seguros em
utilizar estes serviços. Se apresenta aqui um enorme desafio para o banco no
sentido de também inverter este cenário.
Para tal, o banco poderia começar por promover uma campanha de informação
sobre as principais vantagens que os utilizadores deste serviço têm. Algumas
delas, são apresentas pelos clientes que afirmaram utilizar frequentemente
estes serviços, ilustrados na Tabela 4.
Tabela 6: Vantagens indicadas pelos utilizadores dos canais electrónicos.

Respostas Percentagem
Contagem Percentagem de casos
Maior rapidez e
comodidade ao
278 67,31% 26,35%
efectuar
transações
Vantagens
Mais
em utilizar os
funcionalidades 21 5,08% 1,99%
canais
nas transações
electrónicos
Maior autonomia
de utilização dos 113 27,36% 10,71%
serviços
Nenhuma 1 0,24% 0,09%
Total 413 100,00% 39,15%
Fonte: Dados da pesquisa

As vantagens com maior realce na utilização dos canais electrónicos são


destacadas como: maior rapidez e comodidade em efectuar transações
(67,31%) e maior autonomia na utilização dos serviços (27,36%).

43
Tabela 7: Serviços mais utilizados no BPC.

Respostas Percentagem de
Contagem Percentagem casos
Empréstimo/
Serviços Crédito 700 35,04% 66,35%
mais
Transferências 167 8,36% 15,83%
utilizado
Levantamentos 917 45,90% 86,92%
s
Pagamentos 214 10,71% 20,28%
Total 1998 100,00% 189,38%
Fonte: Dados da pesquisa
Constatamos que os clientes acorrem mais para o banco, primeiro para
efectuar levantamento de valores (45,9%) e em segundo plano, acorrem para
obtenção de financiamento bancário ou seja o crédito (35,04%). Concorre para
penúltima razão os pagamentos de serviços (10,71%) e em última instância
para transferências (8,36%).

Tabela 8: Vantagens obtidas no beneficio ao crédito cedido pelo Banco BPC.

Respostas Percentagem
Contagem Percentagem de casos
alavancou o meu
131 11,14% 12,42%
negócio/empresa
Vantagens permitiu pagar os
158 13,44% 14,98%
do credito estudos
cedido permitiu liquidar
264 22,45% 25,02%
pelo banco dividas
facilitou a compra de
623 52,98% 59,05%
bens pessoais
Total 1176 100,00% 111,47%
Fonte: Dados da pesquisa
Sendo o financiamento uma das principais ferramentas que o banco utiliza para
contribuir no aumento da renda das famílias e na capitalização de empresas,
se procurou saber as vantagens que este serviço trouxe para os clientes que a
ele recorreram. De modo geral a vantagem de crédito esta na facilidade de
acesso ao recurso, dai que na Tabela 6, ilustra-se com maior realce a
satisfação pessoal na compra de bens pessoais (52,98%), a liquidação de
dívidas (22,45%) e o pagamento de estudos (13,44%), contribuindo
significativamente na melhoria das condições socioeconómicas de muitas
famílias. Destes, com menos realce foi o alavancar de negócios (11,14%),

44
mostrando que o banco investe pouco em clientes empreendedores, com alias
o gestor do balcão já havia referido.
3.3. Análise dos resultados dos questionários dirigidos aos funcionários
do BPC balcão SIAC-Malanje
Gráfico 6: Idade dos funcionários

Fonte: Dados da pesquisa


De acordo com o Gráfico 6, 50% dos funcionários estão numa idade entre 18 a
35 anos e outros 50% entre 36 a 50 anos de idade, o que nos faz analisar que
a idade media constante entre os funcionários da agência esta entre 30 a 40
anos de idade.
Gráfico 7: Tempo de serviço.

Fonte: Dados da pesquisa

45
Numa análise percentual, baseada no inquérito feito, podemos constatar
através do Gráfico 7 que, 62.5% deste grupo são funcionários a dez anos ou
mais, em quanto que 37.5% estão enquadrados no banco a menos de dez
anos. O que nos leva a concluir que o balcão tem funcionários experientes e
aptos para trabalhar diante dos avanços que o sector bancário vem sofrendo
nestes últimos anos.
No entanto, quanto mais qualificados forem estes funcionários mais aptos se
tornam em desenvolver as suas actividades.
Gráfico 8: Habilitações literárias

Fonte: Dados da pesquisa


Quanto ao nível académico, em termos percentuais, notamos no Gráfico 8 que
16.1% têm apenas o secundário, ou seja, o 2º ciclo, 41,9% frequentam a
universidade e, 35.5% tem o nível académico superior. Há a necessidade de
se melhorar este cenário criando condições que favorecem a formação dos
funcionários pois que um funcionário melhor qualificado tem melhores
competências em desenvolver as suas actividades.
Bom foi saber que o banco tem desenvolvido algumas formações em temáticas
especificas. Na Tabela 9, é ilustrada essa informação.

46
Tabela 9: Indica a (s) acção (ões) de formação da (s) qual (ais) ja se beneficiou

Respostas Percentagem
Contagem Percentagem de casos
Línguas estrangeiras 4 7,84% 30,77%
Higiene e segurança 3 5,88% 23,08%
Marketing 5 9,80% 38,46%
Gestão e finanças 7 13,73% 53,85%
Acções
softskills 5 9,80% 38,46%
de
formação Recursos humanos 4 7,84% 30,77%
Compliance 5 9,80% 38,46%
Informática e novas
5 9,80% 38,46%
tecnologias
Outras áreas 13 25,49% 100,00%
Total 51 100,00% 392,31%

Tabela 10: A (as) principal (ais) vantagem (ns) que tem na qualidade de funcionário do
BPC.

Respostas Percentagem
Contagem Percentagem de casos
Créditos a taxas de
7 17,07% 53,85%
juros muito baixos
Vantagens Seguro de saúde
enquanto 13 31,71% 100,00%
para toda família
funcionário
Subsídios diversos 8 19,51% 61,54%
s
Salario muito bom 8 19,51% 61,54%
formação regular 5 12,20% 38,46%
Total 41 100,00% 315,38%

Fonte: Dados da pesquisa


Das vantagens apontadas pelos funcionários do banco, na Tabela 10 observa-
se que, enquanto a principal é a atribuição de Seguro de Saúde para a Família
(31,71%) e a segunda tem a ver com os subsídios e o salário (19,51% cada), já
no que toca a formação, este benefício concorre em última posição. Estes
dados mostram que, de alguma forma o banco tem desenvolvido formas de
contribuir para uma melhoria na condição socioeconómica de seus funcionários
e respectivas famílias.
Uma das principais ajudas aos funcionários tem sido o acesso a
financiamentos a taxas de juros baixos, o que tem oferecido algumas
facilidades aos mesmos.

47
Tabela 11: Se já foi beneficiário de um empréstimo (crédito), indica as vantagens que
teve na utilização deste serviço?

Respostas
Percentagem
Percentage
Contagem de casos
m
alavancou o meu
2 10,53% 15,38%
negócio
permitiu pagar os
Benefícios 4 21,05% 30,77%
estudos
facilitou a compra
13 68,42% 100,00%
de bens pessoais
Total 19 100,00% 146,15%
Fonte: Dados da pesquisa
A partir da Tabela 11 vê-se que a grande a vantagem da recepção de crédito
esta na satisfação pessoal na compra de bens pessoais (Carro, residência,
mobiliários domésticos entre outros bens (68,42%). Claramente é uma
ferramenta que contribui na melhoria da condição socioeconómica destes
funcionários e suas famílias.
Ainda assim, algumas são as dificuldades vividas pelos funcionários.
Tabela 12: Principais dificuldades que os funcionários encontam no exercício das suas
funções.

Respostas Porcentagem
Contagem Porcentagem de casos
excesso de trabalho 7 25,93% 53,85%
Dificuldades
falta de condições de
que os 13 48,15% 100,00%
trabalho
funcionários
encontram falta de formação 7 25,93% 53,85%
específica contínua
Total 27 100,00% 207,69%
Fonte: Dados da pesquisa

Embora se tenha verificado o comprometimento e responsabilidade por parte


dos funcionários assim como a proactividade e a comunicação interpessoal, vê-
se na Tabela 12 que uma das maiores, se não a primeira dificuldade que é
encontrada no exercício das funções é a falta de meios e condições de trabalho
(48,15%). Outras dificuldades, não menos importantes, prende-se com a falta
de formação especifica continua aos funcionários e o excesso de trabalho, com
25,93% cada.

48
3.4. Sugestões de estratégias para melhorar os desafios e dificuldades
que o sistema bancário na Província de Malanje enfrenta
De acordo com os dados recolhidos, observou-se que o banco de Poupança e
Crédito é uma instituição financeira bancária que participa activamente no
processo de desenvolvimento do sector bancário e, de igual modo, na melhoria
das condições económicas e sociais da população, particularmente no
município de Malanje.
No sentido de aprimorar este contributo, tornando-o mais significativo, neste
trabalho são apresentadas algumas sugestões de estractégias que podem ser
úteis neste processo:
 Atendendo ao elevado desconhecimento que muitos clientes têm sobre
os serviços e produtos deste banco, sugere-se que haja maior
divulgação destes. Para tal, é necessário que se desenvolvam
ferramentas para o atendimento ao cliente fora da agencia bancária. Por
intermédio destes canais, será possível o banco divulgar melhor os seus
produtos, indo de encontro aos possíveis clientes e, se necessário,
esclarecer possíveis dúvidas.
 Ainda no âmbito do intercambio entre clientes e o banco, é fundamental
que o último, além de passar informações generalizadas, procure
orientar financeiramente os seus clientes, transmitindo informações
personalizadas e de qualidade, que vão de encontro as necessidades
dos clientes.
 Outra medida importante que o banco deve implementar, a pensar para
na melhoria da qualidade no atendimento aos clientes, é o
melhoramento dos canais de atendimento online. Além de diminuir as
enchentes verificadas no balcão, poderá facilitar que o dinheiro possa
circular mais rapidamente, contribuindo assim para o desenvolvimento
socioeconómico desta região. Neste sentido, algumas das principais
funcionalidades a serem desenvolvidas são:
 Maior rapidez na consulta de saldo e extratos;
 Maior facilitação na realização transferências online;
 mudanças de limites para saques e transferências;

49
 facilitar a avaliação e simulação de financiamentos/empréstimos;
 flexibilizar o contacto dentre o cliente e o gestor da conta,
 ett.
 Com a aprimoramento das ferramentas de atendimento, haverá a
necessidade de se promover a capacitação dos funcionários. De acordo
ao constatado diante dos funcionários, sugerimos que seja atribuída
maior qualificação aos quadros efectivos, recorrendo a formações
especificas, em areais de atendimento e execuções das actividades
bancarias.
 Pensando ainda na melhoria das condições socioecómicas de muitas
famílias, e no contributo que o banco pode dar para este efeito, sugere-
se que se desenvolvam esctractégias de bancarização de clientes com
menos rendimentos financeiros. Geralmente, estes não têm acesso a
contas bancárias e, consequentemente dos serviços que dali advêm.
Com a implementação de produtos ajustados as realidades destas
famílias, as mesmas poderão conseguir incrementar alguma qualidade e
melhoria na sua situação socioeconómica
 Sugere-se também que o banco crie politicas de fidelização dos clientes,
com a implementação de serviços que, além de atraírem mais clientes,
poderão transmitir maior segurança e confiabilidade.
 Sobre a fidelização de clientes, sugere-se que o banco implemente
ferramentas, rápidas e eficientes, de controle de satisfação dos clientes,
coletando frequentemente questões tais como: atendimento prestado
em cada canal, custos e taxas cobrados, facilidade de processos,
burocratização, segurança operacional, oferta de serviço. Ao receber
críticas e sugestões poderão surgir ideias para melhorar o serviço
prestado.
 Sobre a segurança não é tudo. A falta de confiança que muitos clientes
têm sobre banco, deve ser revista e eliminada. De forma transparente o
banco deve fornecer o maior volume possível de informação e
estratégias que os clientes podem aplicar no sentido de se manterem
seguros, longe de fraudes, burlas, etc. Desta forma, os clientes poderão
aderir aos mais diversos serviços com ligeira facilidade

50
 Atendendo a importância do financiamento bancário como fonte de
recursos que contribuem para o crescimento das actividades
socioeconómicas, o banco deve cada vez mais aprimorar esta
estratégia. Melhorando a carteira de investimentos, aumenta a renda
das famílias e e empresários e, com isso, estimula o crescimento da
produção.
 Finalizando, sugere-se também que, o estado, por intermédio da
entidade que regula o sector bancário, promova políticas de incentivos
estimulem os bancos a fomentar o desenvolvimento econômico e
regional e garantir o acesso a benefícios sociais para os deus clientes

51
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizada a pesquisa, a mesma permitiu a recolha de informações sobre a
evolução do sistema bancário internacional (em geral) assim como, o sistema
angolano.
Ao se descrever alguns aspectos que estão na base da evolução do sistema
bancário angolano, foi possível apresentar alguns indicadores satisfatórios para
o efeito, desde a implementação serviços inovadores até o aumento verificado.
Ao se analisar os indicadores socioeconómicos de Malanje no período em
referência, observou-se que os níveis de desenvolvimento universalmente
aceites ainda estão distantes do desejado. No entanto, se se considerar que
com o auxilio do sector bancário este cenário poderá ser revertido
Quanto aos contributos do sector bancário no desenvolvimento
socioeconómico desta região, foram vários os contributos dado à economia,
entre eles, a simplificação de processos de pagamento de salário dos
funcionários, segurança ou protecção de activos monetários por parte da
população, cedência de crédito ou empréstimo monetário aos que dele
precisam
Face ao exposto, concluímos este trabalhando sugerindo estratégias para se
melhorar os desafios e dificuldades que o sistema bancário na Província de
Malanje enfrenta.
Em resumo, um sector bancário forte, possibilita a implementação de serviços
financeiros inovadores, garantindo maior qualidade e sofisticação dos produtos
oferecidos aos consumidores, contribuindo activamente no desenvolvimento social e
económico da província.

52
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APÊNDICES
ANEXOS

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