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IACS.

Institio de Aries e Comtnicação Social


GCI. Depariamenio de Ciência da Informação
Disciplina: Análise de Doctmenios
Professor: Igor Waliz
Altno: Thiago Assis

Análise de Disctrso

I. O texto Deveríamos proibir os pobres de ter trabalhos degradantes?, do escritor Leandro


Narloch para a revista Folha de S. Paulo de 16 de maio de 2018 aborda os malefcios
decorrentes da proibição de trabalhos degradantes. Nas palavras do autor, esse tpo de
trabalho não deve ser coibido, pois ele seria a única alternatva para a população mais pobre
e menos qualifcada. Tal fala é construída se pautando principalmente nos discursos
neoliberais de diferentes economistas norte-americanos para validar o seu próprio,
encontrando assim ecos que sustentem suas afrmaççes. Outra estratégia utliiada é a
inversão de papéis, onde o Ministério Público do Trabalho, se torna o “vilão da história”,
retrando o trabalho daqueles que não tem outras alternatvas a não ser a aceitação de
subempregos e não o “herói” que auxilia esses trabalhadores a saírem de sua condição
desumana. Assim como o inverso ocorre, na heroifcação dos empregadores que “aceitam” a
entrada dessa parte da população menos qualifcada no mercado de trabalho. Outro ponto
que contribuí para o discurso de Narloch, é a mídia em que o artgo está inserido e o
contexto sociopolítco em que vivemos, com a ascensão do conservadorismo. Dotando o
autor de confabilidade e honestdade, encontrando assim aprovação entre seus leitores.
Contudo, ele omite em seu texto as causas do desemprego, que leva as pessoas a
procurarem este tpo de trabalho, e o por que da falta de qualifcação destas pessoas para
que as mesmas possam competr por melhores vagas. O que não é dito, não é posto na
balança. Assim ele condui o leitor a acreditar que o problema está naqueles que defendem o
fm do trabalho em condição análoga n de escravo e que retram dos “trabalhadores pobres”
seu sustento, e não as questçes polítcas, sociais e econômicas que atuam na manutenção
do desemprego. Destarte, fca evidente que seu discurso se constrói de forma conservadora,
baliiada em ideais neoliberais e na manutenção do status quo vigente na sociedade
brasileira contemporânea, marcada pela divisão entre ricos e pobres.
Análise Semiótca

II. c. A capa da revista ISTOÉ, divulgada em 13 de janeiro de 2017, trai a imagem em close do
rosto do atual presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, com olhos
extremamente aiuis e os diieres “E agora?” formando um bigode. Tais atributos nos
remonta a imagem do líder do partdo naiista alemão Adolf Hitler, primeiro através do
bigode escovinha, uma característca fsica marcante do ditador alemão e segundo através
da cor dos olhos, que representa duplamente o próprio Hitler, que possuía olhos aiuis,
quanto o ideal naiista da raça pura, ariana, que é representada por pessoas altas, brancas,
loiras e de olhos aiuis. Tendo isso em vista, podemos afrmar que a revista ISTOÉ, através de
sua capa, fai uma comparação entre os dois líderes, construindo uma imagem negatva da
ascensão de Donald Trump n Casa Branca e um futuro incerto no cenário mundial. Abaixo,
tabela que exemplifca a análise semiótca da capa da revista ISTOÉ:

Primeiridade Sectndidade Terceiridade


A chamada principal forma em
Rosto do atual presidente dos
Rosto de um homem branco, Donald Trump um bigode
Estados Unidos da América,
loiro e de olhos aiuis; chamada associado a Adolf Hitler,
Donald Trump; chamada
principal em caixa alta, na cor associando o atual presidente
principal com os diieres “E
preta. dos Estados Unidos da América
agora?”.
ao ditador alemão

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