Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MOP BM 3 025 Manual de Salvamento Terrestre
MOP BM 3 025 Manual de Salvamento Terrestre
1
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Formato: PDF
CDD 341.86388
2
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
3
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AUTORES
MOPBM 4 -025
Rio de Janeiro
2022
4
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
REALIZAÇÃO
ESTADO-MAIOR GERAL
COORDENAÇÃO
CORONEL BM PAULO NUNES COSTA FILHO
TENENTE-CORONEL BM JOMAR RICARDO ESTEVES
MAJOR BM DIEGO SAPUCAIA COSTA DE OLIVEIRA
MAJOR BM JEFFERSON ESTEVES FIDELIS
COLABORADORES
TENENTE-CORONEL BM EULER LUCENA TAVARES LIMA
MAJOR BM MARCOS HENRIQUE DO NASCIMENTO SILVA
CAPITÃO BM IAN MANSO DA SILVA
REVISORES
TENENTE-CORONEL BM CLAUDIA NOGUEIRA FARIA
TENENTE-CORONEL BM FILIPE BOECHAT DUQUE
CAPITÃO BM PAULO TIAGO CASTRO DO NASCIMENTO
CAPITÃO BM LUCAS NASCIMENTO DA SILVA
SUBTENENTE BM LEANDRO LESSA DE VASCONCELOS
PROJETO GRÁFICO
CAPITÃO BM DJALMA DE FIGUEIREDO JUNIOR
5
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SUMÁRIO
OBJETIVO 7
FINALIDADE 8
DEFINIÇÕES E CONCEITOS 10
3 CORTE DE ÁRVORE 56
4 CAPTURA DE ANIMAIS 76
6
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
OBJETIVO
7
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FINALIDADE
8
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a. Normas e legislações
- NFPA 1670: technical search and rescue operations. First draft 2014.
Disponível em:
https://www.nfpa.org/Assets/files/AboutTheCodes/1670/1670_F2013_FDR.pdf
.
b. Bibliografia
- PHTLS - Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado – NAEMT - 8ª Ed. 2016.
- Extrication of the seriously injured road crash victim. Calland V. Emerg Med J
2005;22:817–821. doi: 10.1136/emj.2004.022616. Disponível em:
http://emj.bmj.com/content/22/11/817.full.
- Hallinan B. The EMT's and Paramedic's Role in Vehicle Extrication. JEMS Jun
8, 2015. Disponível em: http://www.jems.com/articles/print/volume-40/issue-
6/features/the-paramedic-s-role-in-vehicle-extrication.html.
9
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
10
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
1.1 Definição
Ferramenta: Objeto de uso manual para realizar uma ou várias tarefas, sua
utilização depende da força motriz de seu usuário.
Equipamento: Aparelho ou maquinário de certa complexidade, o qual se baseia
na transformação da energia para ampliar a capacidade de trabalho sendo mais
eficiente nas tarefas em que for utilizado.
Acessório: Objeto que utilizado de modo individual ou em conjunto com outros,
poderão compor um equipamento ou ferramenta, desta forma irá ampliar ou melhorar
a capacidade operativa ou a realização de uma tarefa.
1.2 Materiais
a) Alavanca
Figura 1
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
b) Almofadas Pneumáticas
São equipamentos utilizados para elevação ou sustentação de cargas, comumente
utilizadas em acidentes aeronáuticos, ferroviários, veiculares e em estruturas
11
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 2
Fonte: SOSSUL
12
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 3
Fonte: CBMERJ
Figura 4
Fonte: https://www.alpimonte.net/esporte/freios-e-descensores/5a5d0a1e31c3d
d) Ascensor de Punho
Fabricado em alumínio, possui versão do modelo para mão direita e esquerda com
empunhadura ergonômica, existem também modelos ventrais, de punho para cordas
dobradas e para uso dos pés. Possui sistema blocante do tipo mordente (dentado)
para progressão em cordas sintéticas de 8 mm a 13 mm, mesmo elas estando
molhadas, “lameadas” ou congeladas.
Segundo o Manual Básico de Bombeiro Militar 2017 - Volume 2: “Possui
orifícios na parte superior e inferior: na parte superior, no CBMERJ, padroniza-se
conectar um mosquetão entre o orifício e a corda, por segurança.”
13
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 5
Fonte: CBMERJ
e) Bastões fluorescentes
Têm a finalidade de iluminar e sinalizar em eventos de busca e salvamento. Facilita a
localização, principalmente à noite, porém possui um período limitado de iluminação
e uma área reduzida de alcance.
Figura 6
Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-727037273-luz-quimica-sinalizador-fluorescente-em-basto-nautika-
_JM
f) Baudrier
Fabricado com fitas de nylon de alta resistência, é utilizado para envolver o bombeiro
ou a vítima dando sustentação ao corpo com segurança e equilíbrio, fornecendo um
ponto de fixação. Sua função principal é para trabalhos em altura e acesso por cordas.
Também conhecido como “cadeirinha”.
14
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 7
Fonte: LOJA DA MONTANHA
g) Bússola
Instrumento com finalidade de auxiliar na navegação e orientação. Tem o princípio de
funcionamento baseado nas propriedades magnéticas da Terra, no qual uma agulha
suspensa no centro de gravidade aponta sempre para o Norte Magnético da Terra.
Figura 8
Fonte: LOJA DA MONTANHA
h) Cabo ou corda
Segundo o Manual de Salvamento em Alturas do CBMERJ MOPBM 4.004, é um
conjunto de cordões de qualquer fibra, torcidos juntos ou trançados entre si.
Normalmente utilizado em eventos que envolvem altura, sistema de tracionamento
multiplicador de força e similares.
15
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 9
Fonte: http://www.ecocacaepesca.com.br
i) Cabo solteiro
Corda de tamanho reduzido, normalmente de 2 a 3 metros de comprimento e cerca
de 6mm a 8mm de diâmetro com diversas utilizações auxiliares.
Figura 10
Fonte:usemilitar.com.br
j) Caixa de contenção
Local onde o animal capturado fica retido e é transportado em segurança. Possui
diversos tamanhos para animais de tamanhos diferentes.
16
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 11
Fonte: ROSAMINAS
Figura 12
Fonte: ROSAMINAS
l) Calço
Utilizado principalmente para estabilização de veículos em eventos de
salvamento veicular.
Fabricados normalmente em blocos maciços em material plástico (polietileno),
podem ser de madeira também, em diversos tamanhos e formatos, como:
retangulares, quadrados, cunhas e formato de escada.
17
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 13
Fonte: SOSSUL
m) Cambão
Também conhecido como "enforcador", utilizado principalmente em cães muito fortes.
Tem como objetivo limitar a força do animal através de uma pressão desconfortável
em seu pescoço e o militar manterá distância segura do animal.
Se usado de forma correta, ele não enforca e nem machuca fisicamente o
animal, apenas provoca um leve desconforto. Deve ser colocado na parte superior do
pescoço próximo às orelhas, nunca na parte de baixo, pois pode causar problemas
respiratórios associados à traqueia.
Nunca deixe um animal preso com o cambão.
Figura 14
Fonte: SOSSUL
n) Capacete
Tem a finalidade de proteger a cabeça contra riscos mecânicos. Há diversos modelos
com características peculiares a aplicação em que ele se propõe, por exemplo: para
combate a incêndio, fogo em vegetação, busca na mata, etc. As características mais
comuns são: ajuste para encaixe na cabeça e fixação abaixo da mandíbula.
18
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 15
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II – CBMERJ
o) Cartas topográficas
Muito utilizadas em eventos que envolvam o ambiente de montanhas, matas
e/ou florestas, principalmente em buscas. As cartas dão uma visão ampla do local e
permitem a preparação de planejamentos e estratégias dentro de uma visão global. É
a representação bidimensional de um espaço tridimensional em uma determinada
escala com simbologia característica.
Figura 16
Fonte: EXTREMOS
19
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 17
Fonte: Manual de Salvamento Veicular MOPBM 3.002
Figura 18
Fonte: LOJA DA MONTANHA
r) Cones de sinalização
Consiste em um tronco cônico de plástico (borracha ou PVC) de cor laranja e provido
de faixas refletivas para sinalização noturna.
Utilizado para isolamento da cena e sinalização de vias.
20
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 19
Fonte: https://loja.bombeiros.com.br/cone-de-sinaliza%C3%A7%C3%A3o
Figura 20
Fonte: Resqme
t) Desencarcerador
Conforme definido pelo Manual de Salvamento Veicular MOPBM 3.002 CBMERJ:
“pode vir a ser uma motobomba, uma eletrobomba ou uma bomba manual, utilizado
principalmente em acidentes veiculares, onde existe necessidade de abertura e
criação de espaço com o corte e/ou afastamento de estruturas metálicas, visando à
extração de vítimas encarceradas.”
21
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 21
Fonte: https://www.holmatro.com/pt/resgate/bomba-dupla-gasolina-sr-20-pc-2-e-1
Figura 22
Fonte: Manual de Salvamento Veicular MOPBM 3.002 CBMERJ
u) Detector Multigases
Equipamento portátil com a finalidade de avaliar as condições da atmosfera.
Detecta e alerta através de sinal sonoro o limite inferior de explosividade (%LIE),
quantidade de O2(%), CO (Monóxido de carbono)(ppm), H2S (Gás sulfídrico)(ppm).
Figura 23
Fonte: Manual de instruções do detector de gases Protegé da Scott
v) Escada prolongável
São fabricadas em diversos materiais, os mais comuns no CBMERJ são
22
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
alumínio e fibra de vidro, sendo esta última não condutora de eletricidade e mais
resistente. Utilizado para alcançar patamares superiores de modo a facilitar o acesso
do militar. Um lance será fixo e o outro móvel, desta forma será desenvolvida de
acordo com a necessidade.
Figura 24
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II – CBMERJ
Figura 25
Fonte: SOSSUL
x) Estabilizador de tração
Fabricado em aço ou alumínio, é utilizado normalmente em eventos de
salvamento veicular. Possui sistema de desenvolvimento telescópico, devido ter dois
23
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
tubos quadrados que correm um por dentro do outro, o que possibilita, pelo
travamento, o trabalho em alturas variadas.
Em uma extremidade possui uma base quadrada móvel que se adapta a
angulação do solo e, na outra extremidade, uma “cabeça” serrilhada que facilita a
fixação ao veículo. Também possui um fita com catraca e gancho que será fixado ao
veículo em determinada angulação formando um triângulo de modo que equalize as
forças e o estabilize.
Possuem uma fita de carga com catraca e gancho, que fixado ao veículo
formará um triângulo que equaliza as forças e o estabilizará
Figura 26
Fonte: https://www.holmatro.com/pt/resgate/inovacao/ultimas-inovacoes/escora-em-v
24
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 27
Fonte: Holmatro
y) Facão
Utilizado em corte de árvore, principalmente para cortes de galhos de menor diâmetro,
para “limpar” o caminho, ao cortar a vegetação que o obstrui e assim ter melhor acesso
e visibilidade para realizar os cortes necessários. Também bastante utilizado nas
buscas em matas fechadas a fim de abrir passagem e evitar ferimentos.
Figura 28
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II – CBMERJ
z) Fitas tubulares
Por conta do formato tubular, é mais macia e maleável, o que facilita a
confecção de nós, além disso, é utilizada também em ancoragens. São fabricadas
normalmente em perlon, polipropileno e nylon, e no CBMERJ é mais encontrada com
as seguintes medidas: 2,5cm à 3,0cm de largura e 3mm de espessura.
Figura 29
Fonte: CBMERJ
aa) Gancho
Utilizado nas capturas de serpentes. Consiste em um cabo de metal com um gancho
em uma extremidade.
25
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 30
Fonte: SOSSUL
bb) Gerador
Equipamento motomecanizado à combustão interna, sendo uns modelos a diesel e
outros à gasolina, cuja finalidade é fornecer corrente elétrica, em uma tensão de 110V
ou 220V, aos materiais operacionais.
Figura 31
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
26
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 32
Fonte: LOJA DA MONTANHA
dd) Halligan
Ferramenta versátil com múltiplas funções, possui em uma das extremidades uma
garra tipo garfo similar a de um pé de cabra, na outra extremidade uma ponteira
própria para perfurações e uma cunha que auxilia na criação de espaços.
É muito utilizada em entradas e aberturas forçadas.
Figura 33
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II – CBMERJ
ee) Lanternas
As mais utilizadas no CBMERJ são as manuais e de cabeça (headlamp), estas
têm a vantagem de deixar as mãos do militar livre durante a operação.
Figura 34
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
27
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 35
Fonte: https://www.safety-devices.com/brunton-glacier-115-feet-hi-beam-headlamp-p-45.html
ff) Linga
Utilizadas para realizar tracionamento ou transporte, também utilizada para
ancoragem. Tem como característica possuir um olhal em cada extremidade, local
onde são conectados diferentes acessórios de acordo com a necessidade.
Figura 36
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II – CBMERJ
gg) Lona
Possui diversas utilidades sendo a principal delas a preparação de local para
estabelecimento de palco de ferramentas, são mais comuns as de pano ou plástico.
É importante que o material não absorva sujeira, seja fácil de limpar e seja
resistente.
28
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 37
Fonte: SOSSUL
hh) Luvas
Têm a finalidade de proteger as mãos do militar. Há diversos modelos com
características peculiares à atividade a que se propõe, como por exemplo: De
incêndio, contra riscos elétricos, contra riscos biológicos, de salvamento, etc. Deve
fornecer segurança e facilidade para o militar na percepção dos objetos à sua volta.
Figura 38
Fonte: https://www.superepi.com.br/luvas
Figura 39
Fonte: CBMERJ
Figura 40
Fonte: climbclean.com.br
kk) Machadinha
Machado de pequeno porte utilizado para quebra, corte de vidro laminado e
arrombamentos.
Adquiriu a função de multiuso devido ao acréscimo de implementos ao seu
corpo como cortadores de chapa, ponteira e cunhas tipo garfo ou garra.
Figura 41
Fonte: SOSSUL
ll) Machado
Ferramenta de aço com o formato semicircular e de gume afiado com cabo de madeira
inserido na parte metálica.
Utilizado em corte de árvores e entradas e aberturas forçadas.
30
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 42
Fonte: MANUAL DE OPERAÇÕES EM DESASTRES - CBMERJ
Figura 43
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
nn) Malho
Ferramenta de uso manual, utilizada em trabalhos que exijam deslocamento ou
deformação, pode ser utilizada em conjunto com ponteira e talhadeira, muito comum
em eventos de estruturas colapsadas (BREC).
Uma extremidade possui formato retangular e seção quadrada conectada a um
cabo de madeira ou ferro.
Figura 44
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
também é menor que a do cortador, logo o militar deve atentar às suas especificações.
O modelo recém-adquirido pelo CBMERJ é o CU 4007 C da Holmatro, que segundo
a norma EN 13204 tem capacidade para cortar barras redondas de até 20 mm de
diâmetro.
Figura 45
Fonte: Manual de Salvamento Veicular CBMERJ
Figura 46
Fonte:https://www.ultrasafe.com.br/arquivos%20internos/UStxtConectores2017.pdf
Figura 47
Fonte:https://www.ultrasafe.com.br/arquivos%20internos/UStxtConectores2017.pdf
32
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
qq) Moto-cortador
Equipamento motomecanizado à combustão interna, abastecido por mistura de
gasolina mais óleo de acordo com o determinado pelo fabricante, cujo objetivo
principal é para cortes de chapas e concreto.
De acordo com o tipo de disco utilizado, serve para cortar madeira, metais e
concreto.
Figura 48
Fonte: stihl.com.br
rr) Motosserra
Equipamento motomecanizado à combustão interna, abastecido por mistura de
gasolina e óleo de acordo com o determinado pelo fabricante.
Utilizada em eventos de corte de árvores.
Figura 49
Fonte: cassel.com.br
33
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 50
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
tt) Pá
Consiste em uma chapa metálica, que pode ser redonda ou quadrada com formato
côncavo, conectada a um cabo de madeira e alguns modelos possuem empunhadura.
Existem também os modelos de campanha.
Utilizada na remoção de material ou escavação.
Figura 51
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II – CBMERJ
uu) Pé de cabra
Tipo de alavanca metálica com uma fenda em uma das extremidades e a outra reta.
Utilizada em entradas e aberturas forçadas.
Figura 52
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
vv) Pinção
Utilizado em alguns répteis e serpentes, fabricado em alumínio, com punho tipo gatilho
e pinça tipo “jacaré”.
34
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ww) Polias
Fabricadas em aço ou alumínio, são utilizadas com cordas para efetuar desvios
(mudanças de direção) ou confecção de sistemas de força. Há diversos modelos que
são selecionados de acordo com a necessidade do evento ou decisão do operador.
Existem modelos específicos para serem utilizados em cabo de aço.
Figura 54
Fonte:CBMERJ
35
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 55
Fonte: https://www.outdoorequipamentos.com.br/equipamentos-altura/resgate/macas/maca-prancha-longa-de-
polietileno-com-3-cintos-ortopratika
Figura 56
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
Figura 57
Fonte: HOLMATRO
36
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 58
Fonte: SOSSUL
bbb) Puçá
Originalmente utilizado em pesca, é empregado em diversos tipos de eventos
de captura de animais no CBMERJ, tais como: aves, répteis, anfíbios e mamíferos.
Deve-se levar em consideração o tamanho do animal e o tamanho e resistência da
ferramenta.
Figura 59
Fonte: ROSAMINAS
O DMO, também chamado “ponto a ponto”, possui área de ação restrita devido
à necessidade de utilizar uma Estação Rádio Base (ERB), porém é o mais utilizado
em locais de socorro para comunicação entre as guarnições envolvidas.
O TMO utiliza duas estações de rádio para se comunicar através de uma ERB.
Por conta disso, tem maior alcance na comunicação.
Figura 60
Fonte: amazon.com
ddd) Rede
Utilizada em eventos de captura de animais. Não há padronização de seu tamanho e
podem ser feitos diversos incrementos a fim de torná-la funcional ao tipo de animal,
como por exemplo colocar pesos em suas extremidades.
Deve-se levar em consideração o tamanho do animal e o tamanho da rede.
Figura 61
Fonte: ROSAMINAS
38
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 62
Fonte: SOSSUL
fff) Tesourão
Fabricado em aço com lâminas, utilizado para corte de cabos, arames, chapas,
fios e barras metálicas de diversos formatos. Sua capacidade de cortar materiais de
maior espessura é proporcional ao tamanho da ferramenta.
Figura 63
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
ggg) Tirfor
São guinchos manuais portáteis de cabo passante, ou seja, o cabo de aço é
tracionado continuamente em linha pelos conjuntos de mordentes que se regulam de
modo automático. É utilizado no tracionamento de cargas, seja na vertical, ou na
horizontal. Pode funcionar com grandes extensões de cabo.
Seu conjunto é composto pelo próprio tirfor, cabo de aço e alavanca telescópica.
39
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
hhh) Tripé
Possui formato piramidal devido às três peças, normalmente tubulares, que darão o
formato citado. Alguns modelos necessitam de adaptações com roldanas em seu
centro (ponto de união das três peças), outros já vem com roldana acoplada, deste
modo permitem realização de içamento ou descida utilizando cordas ou cabos de aço.
O último modelo adquirido pelo CBMERJ possui capacidade máxima de 250 kg.
Figura 65
Fonte:http://www.protecao.com.br/noticias/produtos_&_servicos/leal_lanca_tripe_para_acesso_e_resgate/AcyJJ9/813
40
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 66
Fonte: MANUAL BÁSICO DE BOMBEIRO MILITAR – Vol.II - CBMERJ
Obs: Não devem ser expostas a temperaturas muito elevadas pois estas
poderão diminuir sua resistência mecânica e elétrica.
41
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Este exemplo será realizado em um trilho de trem suspenso, nossa sala de aula
para esta instrução no Complexo de Ensino e Instrução Coronel Sarmento, mas
poderia muito bem ser feito em um galho de árvore ou numa viga mais alta.
Para iniciarmos, devemos revirar a corda que utilizaremos, em seguida faremos
várias alças próximas ao chicote dela, enrolaremos essas alças formando um desenho
que se assemelha ao algarismo 0 (zero) e transversalmente enrolaremos mais três
voltas nele para que não se desfaça com facilidade.
42
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 69
Fonte: CBMERJ
43
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
44
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 75 - Talabarte
Fonte: superepi.com.br
46
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Usaremos sempre em dupla para que durante o avanço do bombeiro ele possa
trocá-las de posição sem que fique solto com as duas, assim sendo, move uma por
vez e só solta a segunda após ancorar a primeira.
Voltando para a nossa situação da ancoragem com a corda, antes do militar
soltar a ancoragem dela, deverá se ancorar com as suas solteiras.
da dupla trava para que possamos soltar a mão de comando e trabalharmos com mais
liberdade e segurança.
A realização da dupla trava é feita ao passarmos a corda da mão de comando
entre o firme que sai do aparelho oito e o próprio aparelho.
Logo depois repetimos o processo, mas teremos que passar um seio da corda
por dentro do mosquetão antes de travarmos pela segunda vez.
48
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
51
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
52
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Neste caso, elevamos uma carga de 60Kg e sendo um sistema 3x1 estimamos
que, com a perda por causa do atrito, realizamos a força necessária para elevar pouco
mais de 20Kg.
Colocaremos outra roldana móvel no sistema e dessa vez utilizaremos um
blocante (Prussik), ele ficará na parte da corda que vem direto da carga para assim
travar o sistema.
Como dessa vez utilizamos duas roldanas móveis o sistema passa a ser de
5x1.
53
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
54
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Neste caso, não utilizamos roldanas apenas para que você perceba que é
possível confeccionar um sistema de forças mesmo sem elas, só considere que fará
um pouco mais de força por causa do atrito.
Para que facilite o seu entendimento na diferenciação nos sistemas de força,
pense que se tivéssemos que descer o bombeiro em um poço de 40m de
profundidade, usando o sistema 4x1 apresentado anteriormente, precisaríamos de
uma corda um pouco maior que 160m. Isso porque precisaríamos de quatro vezes a
distância da profundidade e mais o gasto com o freio, nós e a sobra de segurança.
Se fizéssemos o sistema reduzido precisaríamos um pouco mais de 40m, já
que a parte do sistema de força ficaria bem menor, mas em compensação teríamos
que manusear o sistema o recolocando no lugar várias vezes.
Em exemplos como esses, verificamos que operações de salvamento não
podem ser definidas como “receitas de bolo” já que cada caso é específico. O que
devemos fazer é possuir uma “caixa de ferramentas” cheia para que possamos nos
adaptar da forma rápida que o socorro exige e de maneira segura tanto para a vítima,
quanto para o bombeiro.
55
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
3 CORTE DE ÁRVORE
3.1 Definição
56
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
mínimo, 1 (um) militar, de forma que possam observar, ao menos em dupla, atentos,
tudo que estiver sendo preparado e executado.
57
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
● Capacete de Salvamento;
● Luvas de vaqueta;
● Óculos de proteção;
● Cinto de resgate ou de segurança;
● Protetor auricular;
● Baudrier.
● Clima;
● Ausência, presença e direção dos ventos.
● Tipo de copa;
● Posicionamento dos galhos (engalhamento);
● Tipo e desenvolvimento das raízes;
59
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
60
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Permanente. Seria o caso de uma árvore que está implantada nas encostas
de um terreno. Está sadia e bem implantada no solo inclinado. Porém, com
o passar do tempo, a acomodação do solo poderá desestabilizar a árvore
pela exposição de suas raízes, desequilibrando as forças ao longo de seu
tronco e inclinando-a perigosamente 78 com projeção de seus galhos sobre
os arredores. Sendo assim, tal árvore está numa situação de Risco
Permanente, pois a somatória dos fatores que poderão levá-la à queda são
previsíveis, embora tal queda não seja iminente. Cabe a cada avaliador
uma grande dose de bom senso. Muitas vezes deixa-se de cortar ou podar
uma árvore, oferecendo perigo em potencial, ou que está em risco
permanente, e com o passar do tempo, recebe-se a triste notícia de que,
os tais galhos ou a árvore caíram sobre uma residência e provocaram
lesões ou até mesmo a morte de pessoas ou então grandes danos ao
patrimônio. (MANUAL DE SALVAMENTO TERRESTRE DE GOIÁS, 2017,
p 77 e 78)”
61
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
● Aclividade do Terreno;
● Proximidade de outras edificações;
● Fatores climáticos;
● Direção e Intensidade dos ventos;
● Risco de Choque Elétrico;
● Angulação da árvore;
● Preservação da Viatura e dos Equipamentos;
● Densidade da Copa;
● Condição da árvore: oca, podre, morta, etc;
● Observar a direção de queda natural da árvore;
● Isolamento da área.
63
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
● Falta de treinamento;
● Topografia do terreno.
Uma vez definido se vai cortar ou podar a árvore, elabora-se um plano de corte.
Se o plano é um corte total da árvore, deve-se observar o seguinte:
∙ Determinar o Círculo de ação: deve-se observar a altura da árvore e
determinar um raio cuja distância seja de 2,5 (duas vezes e meia) a da altura da
árvore:
64
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
65
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Esta técnica é utilizada quando não for possível efetuar a queda livre da árvore,
consiste em seccionar a árvore em pedaços menores, através de técnicas variadas.
Se antes de realizar o corte de Abate Seccionado for necessário executar uma
poda preliminar, essa deve começar com a remoção dos galhos inferiores, subindo
em direção à copa. Isso impedirá que galhos que forem podados enrosquem nos
imediatamente abaixo.
Às vezes é mais trabalhoso desenroscar galhos que caíram sobre outros do
que o corte propriamente, o que poderá atrasar, e muito, o tempo de corte. Portanto é
fundamental o corte dos galhos inferiores.
66
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Nesta técnica é realizada um corte A de cima para baixo (corte único) pegando
toda a dimensão do tronco. O emprego desta técnica é preferida em galhos mais
leves, onde a sua derrubada não gere preocupações.
67
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Corte “A” deve ser feito de cima para baixo até a entrecasca do lado oposto. O
próprio peso do galho vai lascar a casca e a entrecasca. Técnica feita em galhos em
que se deseja uma queda vertical. O galho ficará pendurado pela entrecasca e a
casca, quando não cai pelo próprio peso.
Caso não haja a possibilidade de efetuar os cortes em queda livre por conta da
presença de algum obstáculo ou para preservar algum bem, deverá realizar a seguinte
técnica:
68
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tal técnica consiste em uma descida vertical do tronco, com o lado de maior
peso direcionado para o solo. O galho cortado será sustentado por uma corda
ancorada no seu ponto de equilíbrio e deve-se, ainda, usar um cabo guia para
direcionar a queda.
69
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
70
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
3.8 Podas
São quatro cortes começando pelo corte “A” e terminando com o corte “D”. Tal
procedimento proporcionará menos danos à árvore.
71
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
72
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Ambiente (INEA).
A carta magna de 1988 estipula implicitamente no Artigo 30, incisos V e VIII,
que é de responsabilidade do órgão Municipal a autorização para corte de árvore.
Todavia, em virtudes de determinadas circunstâncias exigirem uma intervenção com
o objetivo de evitar o perigo à vidas e bens, o Corpo de Bombeiros entra como Agente
emergencial para efetuar certos cortes em certas ocasiões que veremos a seguir:
A legislação federal sobre crimes contra o meio ambiente tipifica como crimes
contra a flora as seguintes condutas:
“...
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação
permanente, sem permissão da autoridade competente:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas
cumulativamente.
...
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio,
plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade
privada alheia:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas
cumulativamente.
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.
...”
75
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
4 CAPTURA DE ANIMAIS
Figura 102 – Contenção realizada por lados opostos com o uso de enforcadores.
Fonte: httppelospitbulls.blogspot.com200709pq-o-co-tem-que-ser-recohido-e.html
76
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
77
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
78
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
4.3 Felinos
79
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 106: Após a intervenção química (dardo na perna dianteira direita), é realizada a captura da onça com rede e
laço enforcador
Fonte: https://www.oeco.org.br/reportagens/onca-parda-passa-24h-acuada-em-area-urbana-e-captura-vira-espetaculo/
4.4 Jacarés
80
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 107: Captura inicial com enforcador e bloqueio da mandíbula com fitas para posterior imobilização da parte
torácica.
Fonte: https://midiamax.uol.com.br/cotidiano/2021/jacare-e-resgatada-amordacado-e-sem-pata-em-centro-de-
educacao-infantil-em-campo-grande
Figura 108: Imobilização da parte torácica e colocação das fitas ou cordas na mandíbula, patas e rabo.
Fonte: http://institutojacare.blogspot.com/2013/08/curso-de-manejo-captura-e-contencao-de.html
Figura 109 - Uma mão na parte do pescoço e cabeça e a outra imobilizando as duas asas com as pernas
Fonte:https://fauna.vet.br/site/wp-content/uploads/2017/08/EBOOK-Conten%C3%A7%C3%A3o-e-colheita-de-sangue-
1.pdf
82
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
É aquele que vive na natureza e não tem, ou não deveria ter, contato com os
seres humanos, alguns dos animais já citados poderiam se enquadrar dentro deste
tópico, porém iremos nos focar nos animais mais comuns capturados nos eventos
realizados por bombeiros militares.
4.7.1 Roedores
Fazem parte deste grupo a capivara, cutia, paca e ouriço. Os três primeiros são
vertebrados, mamíferos, dentuços e possuem garras nas patas, sua principal defesa
é a mordida e arranhadura. O ouriço possui espinhos pelo corpo como proteção contra
as presas. É muito comum encontrá-los em lugares úmidos em meio a raízes, troncos
caídos, próximos de rios e lagoas poluídos, em grandes cidades.
O CBMERJ efetua a captura desses animais quando eles estão dentro de
residências ou quintais, para contenção o ideal é encurralá-los em algum canto da
parede e utilizar rede, puçá, enforcador ou cambão, podendo também esticar a rede
no chão para quando o animal passar, militares de lados opostos puxarem a rede. No
caso dos ouriços, recomenda-se uma abordagem pela cauda, devido ao seu corpo
espinhoso, após a captura são colocados numa gaiola e levados para os órgãos
competentes para a correta devolução ao seu ecossistema.
4.7.2 Gambá
83
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
84
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 113 - Captura de um tamanduá- bandeira realizando contenção das garras com fita.
Fonte: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2021/04/13/tamandua-bandeira-e-capturado-em-residencia-de-
distrito-de-patos-de-minas.ghtml
85
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
86
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
87
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conforme o site do Globo Rural (2015) lista no Brasil os principais efeitos dos
venenos de algumas espécies:
88
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 116 - Contenção utilizando o gancho no local correto de apoio no corpo do animal.
Fonte: CBMERJ
89
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 117 - Serpente contida com laço de lutz para apreensão manual da cabeça.
Fonte: CBMERJ
Figura 118 - Posição correta dos dedos em serpentes não peçonhentas e posição correta utilizando três dedos em
serpentes peçonhentas.
Fonte: CBMERJ
Figura 119 - Caixa de plástico de captura de animal com furos na tampa para possibilitar a respiração.
Fonte: CBMERJ
5.1 Legislação
92
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
93
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
5.2 Procedimentos
94
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
95
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
6.1 Definição
96
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
“Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da CF, o
conceito normativo de ‘casa’ revela-se abrangente e, por estender-se a
qualquer aposento de habitação coletiva, desde que ocupado (CP, art. 150,
§ 4º, II), compreende, observada essa específica limitação espacial, os
quartos de hotel. Doutrina. Precedentes. Sem que ocorra qualquer das
situações excepcionais taxativamente previstas no texto constitucional (art.
5º, XI), nenhum agente público poderá, contra a vontade de quem de direito
(invito domino), ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em
aposento ocupado de habitação coletiva, sob pena de a prova resultante
dessa diligência de busca e apreensão reputar-se inadmissível, porque
impregnada de ilicitude originária. Doutrina. Precedentes (STF). (RHC
90.376, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 3-4-2007, Segunda
Turma, DJ de 18-5-2007).”
97
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
6.3 Segurança
98
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Abaixo, podemos observar uma ferramenta que foi desenvolvida com o intuito
de evitar uma entrada forçada, no caso, de uma porta anti-pânico, muito comum em
ambientes de reunião de público.
Figura 122
Fonte: Fire Engineering University. Continuing Education Couse. Junho 2008.
6.5 Portas
99
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Moldura da porta
Uma caixa estrutural ou divisória na qual uma porta é presa, também conhecida
como portal ou batente. Eles podem ser feitos de metal ou madeira.
Dobradiças
Existem muitos tipos de dobradiças usadas hoje. Os tipos que discutimos aqui
serão três: (a) padrão, (b) fechamento automático e (c) tipo de pino.
Porta de adaptação
Uma nova porta pré-pendurada e batente instalado em um batente
de porta existente.
Bloqueios
Para determinar o grau de dificuldade na entrada forçada, você deve ter um
conhecimento dos vários tipos de bloqueios, bem como uma compreensão básica de
como eles operam e como eles são instalados. Deve-se observar também se as travas
estão presentes e onde eles estão na porta.
E, finalmente, você deve sempre TENTAR USAR A MAÇANETA DA PORTA
- "a porta está aberta?"
100
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
6.6 Ferramentas
6.7 Fechaduras
Figura 123
Fonte: Manual operacional de bombeiros – Salvamento Terrestre Goiás. CBMGO, 2017
101
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 124
Fonte: Manual operacional de bombeiros – Salvamento Terrestre Goiás. CBMGO, 2017
102
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
103
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
que as técnicas são eficientes, mas em muitos casos serão utilizados mais de uma
técnica para o mesmo evento de entrada forçada.
Técnica Utilizada
Nas fechaduras de cilindro sem projeção e tipo gorja, utiliza-se duas manobras:
● A cunha da ferramenta Halligan é inserida na fresta portal-porta,
nivelada com a lingueta, aplicando força na extremidade oposta do Halligan, para
realizar a abertura forçada.
104
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Neste modelo não há cilindro e sua chave fica no interior do cômodo, sem
possibilidade de retirá-la.
Técnica Utilizada
Após verificar a necessidade de retirada do espelho, deve-se introduzir uma
chave de fenda no dispositivo substituto do cilindro que executa o movimento da
lingueta. Em casos em que a chave interna da fechadura preencher todo o espaço,
deve-se deslocá-la “para dentro”. Após esta manobra, execute a abertura padrão.
105
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Técnica Utilizada
A técnica se aplica quebrando o cilindro com alicate de pressão. Vale ressaltar
que esta técnica pode ser utilizada em todos tipos de fechadura que possuam o
cilindro exposto, de grande ou pequena projeção. Pode-se utilizar alicate comum, na
falta do indicado. O movimento é de “torcer” o cilindro até a quebra. Para a
movimentação posterior da lingueta, utilizar-se-á a chave de fenda. A retirada do
espelho em situações de cilindro não exposto, irá tornar possível a torção do mesmo.
106
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
6.7.2.5 Cadeado
Técnica Utilizada
Encaixe de “tesourão” com fio de corte perpendicular ao arco metálico,
realizando o corte aproveitando todo o comprimento das alavancas.
107
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
108
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Técnica Utilizada
Neste modelo são três tipos de manobras possíveis para abertura:
1- Utilização de serra sabre para corte do pino de trancamento;
2- posicionar a serra sabre para corte tangenciando a porta;
3- Colidir com a marreta na lateral da fechadura. Este procedimento irá
soltar a máquina da fechadura da parte fixa ao solo.
109
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Esta é composta de cilindro que permite engate de chave tipo tetra ou simples.
É acoplada a duas barras metálicas que engastam na parede lateral. Comummente
instalada a 1,5m do solo, podendo chegar a 1 metro apenas.
Técnica Utilizada
Duas técnicas são utilizadas para execução deste tipo de entrada forçada:
1- Torcer o cilindro projetado com alicate de pressão (mais indicado) ou
comum. Posteriormente, retrair as barras metálicas para permitir o deslocamento da
porta de correr.
110
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 141
Fonte: Manual operacional de bombeiros – Salvamento Terrestre Goiás. CBMGO, 2017
2- Manobra utilizando Michas. Desta forma abre a porta sem causar prejuízos
aos componentes instalados. Este método não é ideal para nossa atividade de
bombeiro militar, pois o tempo de abertura da porta pode variar de poucos
segundos a muitos minutos, não sendo assim ideal para um evento de
emergência onde o tempo é um fator vital para o cumprimento da missão. Além
disso, exige treinamento de um Militar a nível de especialista, por conta de ser
uma técnica utilizada apenas por profissionais chaveiros.
111
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
112
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Em emergências deste tipo podemos lidar com pessoas que em seu desespero
buscam o suicídio como solução a situações consideradas insuportáveis por elas
mesmas, ou seja, querendo pôr um fim a sua dor, por exemplo:
a) suicídio como fuga de uma situação considerada insuportável
pelo sujeito;
b) suicídio em sinal de luto pela perda de um componente da
personalidade ou de um modelo de vida;
c) suicídio como castigo para expiar um erro real ou imaginário;
d) suicídio como delito, arrastando na morte uma outra pessoa;
e) suicídio como vingança ou punição, a fim de suscitar remorso em
outras pessoas e fazer cair sobre elas o repúdio da comunidade;
f) suicídio como pedido e chantagem, visando pressionar alguém;
g) suicídio como sacrifício e modo de atingir um valor ou estado
considerado superior;
h) suicídio como brincadeira, para pôr a si mesmo à prova;
i) suicídio por desgosto ou crise existencial;
j) suicídio como saída natural para uma conduta delinquente;
113
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
114
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
115
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 142
Fonte: CBMERJ
116
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
100 mil habitantes, o que deixa o país em uma posição aparentemente cômoda: 133º
lugar, em um ranking de 172 países.
Se, em números relativos, a posição do Brasil parece confortável, em números
absolutos o país ocupa a alarmante 8ª posição no ranking mundial, com 11.821 óbitos
por suicídio em 2012. Essa média totaliza 32 suicídios por dia no país. (TRIGUEIRO,
2015)
Devemos estar atentos neste tópico para que possamos de forma sucinta
identificar pontos positivos em uma abordagem, e pontos negativos que nos levarão
a não concluir o salvamento de forma segura. Em outras palavras, o que devemos e
o que não devemos falar ou perguntar ao tentante.
escrita, pode também ser extraverbal, que é aquela que realizamos através da nossa
expressão corporal (postura corporal e mímica facial).
Nesse sentido muitas vezes o que expressamos através da fala se contrapõe
com o que o corpo ou mímica do rosto expressa. Por exemplo, posso dizer que adoro
uma pessoa ao mesmo tempo em que seu rosto expressa ódio, raiva e o tom de voz
se torna elevado, demonstrando ira também.
Faz-se necessário então que passemos a observar a linguagem extraverbal
dos indivíduos que foram atendidos, porque nos passam informações valiosas para
dar-lhes uma assistência, assim como, devemos tentar controlar a nossa
comunicação extra verbal, pois passamos informações ao paciente que poderá utilizá-
las de uma maneira adequada.
118
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Algumas vítimas têm o pensamento mais lento e por isso têm dificuldades para
se expressar, com isso não conseguem por vezes completar frases, falar
fluentemente, e até mesmo terminar um assunto. O BOMBEIRO deve estimular o
paciente a concluir a frase, o assunto com suas próprias palavras na tentativa de
melhorar o curso desse pensamento (estímulo ao “normal”).
No caso de o paciente estar com fuga de ideias (muda de assunto várias vezes)
deve se tentar fixar um assunto e toda vez que ele sair do mesmo tentar retornar.
No caso de não conseguir falar de maneira compreensível, o profissional deve
ajudá-lo quanto à dificuldade de manter a comunicação e se mostrar disponível
quando necessário. Mas nunca tomar o assunto, de forma que complete seu
pensamento com as próprias palavras.
Neste caso devemos atentar para que não cometamos o erro de dar opinião
120
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 144
Fonte:CIEB/CBMERJ
121
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
122
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
123
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Mesmo que o paciente ou familiar nos peça, não devemos dar opinião pessoal,
julgar seus atos ou dar conselhos ao paciente, pois isso pode piorar em muito o estado
do mesmo.
7.9.1 Aproximação
124
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 145
Fonte: Image Capturada - https://goo.gl/images/dWJvdx
Com intuito de criar o vínculo o mais rápido possível, o BOMBEIRO deve dizer
ao paciente que percebe sua aflição diante da situação.
a. Eu estou vendo que o senhor está realmente muito nervoso.
b. Eu estou vendo que o senhor está realmente abalado com este fato.
125
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
126
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
um paciente bater como chinelo na parede e referir estar matando aranhas não
devemos nunca dizer que vamos ajudá-lo ou que também estamos vendo.
Quando o paciente estiver fora do contexto real devemos ajudá-lo dando-lhe
informações sobre o real, o que é verdadeiro, devemos tranquilizar o paciente
mostrando-nos seguros do que falamos e na maneira de agirmos com ele.
Em nenhum momento devemos dizer o que o paciente deve fazer, mas devemos sim
ajudá-lo a encontrar suas próprias conclusões, como por exemplo:
a) Este fato já aconteceu outras vezes?
b) Então vejo que o senhor soube lidar com esta situação!
127
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
8.1 Introdução
128
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
8.2.3 Resolução/COFEN-427/12
129
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
colher histórico das patologias e das crises anteriores. Certificar-se que o ambiente
está seguro para a vítima, seus familiares e a guarnição envolvida no atendimento.
Não permita a aproximação de curiosos. Não se apresse em falar com a vítima, defina
antes sua estratégia baseado nas informações colhidas
Tenha em mente que por mais que você seja o mais preparado na guarnição o
paciente é quem escolhe com quem quer falar, e isso deve ser respeitado.
A abordagem ao PTC deve ocorrer de forma tranquila, com um único socorrista
como interlocutor, porém de forma firme, com linguagem clara, mostrando a sua
intenção de ajudá-lo, para estabelecer um vínculo de confiança, mantenha uma
distância segura durante a abordagem e os demais componentes da guarnição
deverão manter uma certa distância. É fundamental que o socorrista escute a vítima
com atenção e demonstre interesse para consolidar o vínculo, mantendo contato
visual enquanto ele fala, não emitindo nenhuma crítica.
130
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
g) alteração de percepção.
Figura 146
Fonte:CBMERJ
131
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
drogas, armas ou objetos que representem algum risco. Deve ser realizado um exame
de motorização da vítima a cada 30 minutos: nível de consciência, sinais vitais, estado
dos membros contidos e impressão do paciente.
Figura 147
Fonte: CBMERJ
Mesmo estando contido, em todo o tempo, deverá haver pelo menos dois
militares acompanhando o paciente, que não poderá entrar ou sair sozinho de
qualquer cômodo da casa, na viatura não poderá sentar na janela. Se na condução o
paciente não estiver amarrado os militares deverão ficar um a cada lado assentados
na viatura com braço passando por baixo da axila do PTC e segurando no punho do
mesmo, sem necessidade de aplicar tensão, impedindo assim qualquer ataca sobre o
motorista, não podemos esquecer que um paciente de transtorno mental é totalmente
instável, mesmo estando colaborando com a guarnição, não são poucos os relatos de
Bombeiros que pelo fato do paciente estar cooperativo se distraíram e foram atacados.
Lembre-se: Todo portador de transtorno mental é um ser humano, que
necessita de cuidados e atenção, como todos nós, portanto em todos os
procedimentos realizados, deve-se falar o que será feito, sempre num clima de
cordialidade, mantendo o profissionalismo.
132
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Ainda segundo a (NBR 16.577, 2017) são tipos de espaços confinados (não se
133
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
limitando a estes):
vasos, colunas, tanques, silos, casa de bombas, caixas d’água, cisternas,
torres, galerias subterrâneas, caldeiras, vasos de pressão, reatores,
tanques de combustível, vagões, valas, trincheiras, diques, contêineres,
tubulões, caixas de inspeção, túneis, dutos de ventilação, câmaras, fornos,
asas de avião, compartimento de cargas, trocadores de calor, cárter,
porões e outros.
9.2.1.1 Engolfamento
134
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) “Parede de Grãos”
Nesta situação, o trabalhador na tentativa de desprender os grãos que estão
agrupados nas paredes laterais do silo, aos raspa-los, provoca uma
“avalanche” de grãos que rapidamente o soterra.
Figura 148
Fonte: fazerseguranca.com
Figura 149
Fonte: fazerseguranca.com
c) Areia Movediça
Ocorre através de vibrações mecânicas ou sonoras dentro do silo que fazem
com que os grãos se reorganizem e, nesse momento, o trabalhador começa a afundar
nos grãos até seu completo soterramento. Esta situação também pode ocorrer quando
o silo está sendo descarregado.
Figura 150
Fonte: fazerseguranca.com
136
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) Físicos
Segundo a (NR – 09,1994):
“[...] são os riscos que advém dos agentes físicos. Consideram-se agentes
físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostas as
pessoas, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o
infra-som e o ultra-som.”
b) Químicos
Segundo a (NR – 09, 1994):
“[...] são os riscos que advém dos agentes químicos. Consideram-se
agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo pela via respiratória, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo através da pele ou por ingestão.”
c) Biológicos
Segundo a NR – 09 (1994), são os riscos que advém dos agentes biológicos.
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas,
protozoários, vírus, entre outros.
d) Riscos atmosféricos
Qualquer alteração na atmosfera do ambiente confinado capaz de causar
danos à saúde do trabalhador ou resgatista, como:
virais) B e C, vírus HIV, HTLV. Ao passo que meios líquidos contaminados com fezes
humanas podem transmitir vírus A da hepatite. Águas contaminadas com urina de
roedores podem transmitir a Leptospira, bactéria causadora da leptospirose, doença
que pode causar insuficiência renal, hepática e transtornos da coagulação.
A mordedura de cães e roedores pode transmitir a raiva, doença viral grave,
com alterações neurológicas centrais e periféricas (trato piramidal).
Objetos perfurocortantes também trazem risco de infecção, sobretudo tétano,
doença grave que causa paralisia e espasmo muscular e morte por insuficiência
respiratória.
Além de vetores dos germes específicos mencionados acima, a mordedura de
roedores, cães e serpentes pode na melhor das hipóteses, provocar infecção
bacteriana secundária no local do ferimento, a qual por vezes evolui à sepse
(disfunção de sistemas vitais secundária à infecção). Este é o principal risco no caso
da mordedura por jibóias, as quais não têm peçonha.
As peçonhas de serpentes se dividem em proteolítica (jararacas), neurotóxica
(corais), miotóxica e mistas (cascavel e surucucu). A primeira causa gangrena do
membro, insuficiência renal aguda e distúrbio de coagulação, enquanto a segunda
causa paralisia de face, membros e por fim, da musculatura respiratória. Em caso de
acidente, a vítima, além de receber medidas de suporte à vida no local (ver adiante),
deve receber o soro antiofídico em menos de seis horas, após o que, a mortalidade
chega a 60%.
Artrópodes também oferecem risco, como lacraia e aracnídeos, cuja peçonha
pode causar desde dor local até gangrena e paralisias, no caso de alguns aracnídeos.
Tabela 2
Fonte: Fiocruz.
140
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tabela 3 - Desempenho de proteção mecânica dose materiais para proteção biológica das mãos. Resistência: E=
excelente; B=boa; R= razoável; P= baixa; NR= não recomendado. Centers for Disease Control (CDC) Chemical Glove
Guidelines. Acesso em: 20.02.04. Disponível em: http//www.orcbs.msu/. Fonte: Fiocruz
Fonte: Fiocruz.
141
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
142
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Edema pelo Gradual expansão da Leve edema em pés, Remover joias apertadas
calor volemia durante a tornozelos e mãos e elevar as pernas
aclimatação periodicamente
Tetania pelo Exposição curta a calor Parestesia Remover do calor e
calor intenso (formigamento), repousar
Hiperventilação e alcalose espasmo das mãos,
(?); pode se associar à carpopodal e outros
exaustão ou intermação músculos
Síncope pelo Vasodilatação; Tontura ou síncope Remover do calor; deitar
Calor* represamento de sangue durante transição do e reidratação.
venoso nas pernas agachamento para o
ortostatismo
Câimbra Hiponatremia e hipocalemia Câimbra nos membros Repouso à sombra;
muscular durante ou na recuperação inferiores e abdome alongamento; repor
do exercício solução eletrolítica**
Tabela 4 - Formas leves de lesão pelo calor
Fonte: CBMERJ
* Pacientes com suspeita de doença cardíaca prévia síncope devem ter investigação de síncope no hospital e ter o ritmo cardíaco
monitorado durante o transporte.
** Para prevenir (a cada cerca de 2h de atividade física intensa) e tratar cãibras, adicionar ¼ de colher de chá de sal (ou 1
cápsula) para cada 300 a 500 ml de água. Solução esportiva.
Redução abrupta do
Náusea, tontura,
retorno venoso ao final do
síncope, hipotensão Remover do calor;
Colapso associado ao exercício;
ortostática, decúbito dorsal;
esforço1 T geralmente normal;
taquipneia e pulso considerar reidratação
difícil excluir
rápido, sudorese
desidratação
143
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Cefaleia, tonteira,
Desidratação; “ABC”
náusea, fadiga,
vasodilatação da Remover do calor; se
Exaustão por Calor hipotensão
pele;T<40º C; não puder excluir
(forma mais comum de ortostática,
Diagnóstico de exclusão intermação, resfriar
lesão) taquipneia e pulso
(sem alterações ativamente; reidratação
rápido, sudorese,
neurológicas) oral (se vômitos, IV2)
oligúria
Sintomas e sinais da
“ABC”
exaustão mais
Resfriamento imediato
alteração do estado
Desidratação; T>40º C; (imersão ou molhar o
Intermação (heat mental (confusão,
Disfunção de múltiplos doente e ventilar); parar
stroke) coma) ou
órgãos em 38,9º C4
convulsão3;
Reidratação IV2 (max 1 a
sudorese profusa ou
2 litros na 1ª h)
anidrose;
1
Cerca de 30ml*peso (kg)/24h*Intervalo (3 a 4h).
2
A cada cerca de 2 horas de atividade física intensa, é ideal ingerir solução esportiva ou mistura 1:1 de água e solução
esportiva ou acrescentar ¼ de colher de chá de sal (1 cápsula) para cada 300 a 500 ml de água. Importante providência durante
operações prolongadas fisicamente intensas, sobretudo quando no clima quente.
Intervalo Volume
A cada 3 a 4 horas em prontidão1 400 a 600 ml
30 minutos antes de exercício
300 ml
previsível
A cada 20 a 25 minutos de atividade
150 a 300 ml
física significativa (“auto-horário”)
Tabela 6
Fonte: modificado de American College of Sports Medicine, 2003.
145
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
cardíaca e otimizam a sudorese (maior volume/ início mais precoce) para maior
dissipação de calor, o que, no entanto, aumenta o risco de desidratação caso não se
hidrate adequadamente. A aclimatação ao calor – aumentar progressivamente o
treinamento físico em horário mais exposto ao calor – também aumenta a sudorese.
Nos Estados Unidos da América (EUA), a maior frequência de lesões pelo calor
ocorre durante combate a incêndio (70%) e treinamentos (11%), 2005.
O profissional da saúde deve sugerir ao comandante de incidente que
estabeleça REHAB, tão logo detecte risco aumentado ou diagnostique o primeiro caso
de síndrome pelo calor, ainda que leve, ao que deve estar atento, monitorando.
A estação de reabilitação deve ser montada na zona fria, abrigada das
146
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
147
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 151
Fonte: CBMERJ
148
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 152
Fonte: U.S. FIRE ADMINISTRATION. Emergency Incident Rehabilitation. Feb. 2008.
149
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
150
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 153
Fonte: CBMERJ
2
Quando há múltiplas vítimas em espaço confinado, cabe a triagem reversa: retirar primeiro a que estiver em melhor condição
151
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
orientações.
4
Ver algoritmo II (imagem 6) para detalhes sobre assistência respiratória (para todas as categorias profissionais do CBMERJ).
5
Hemorragia maciça definida como fluxo ininterrupto de hemorragia. Profissionais de APH devem consultar também o POP/EMG
07 - Choque hemorrágico.
6
A primeira medida a se tomar para o controle de hemorragia externa maciça de extremidades (distal à raiz do membro) é a
compressão direta, enquanto se prepara para a aplicação de torniquete. Hemorragia externa no pescoço e juncional (isto é, nas
regiões inguinais e axilares) não é passível à aplicação do torniquete, restando a compressão direta com gaze convencional ou
gaze com agente hemostático (tal como chitozan, celox) por não menos que 3 minutos ininterruptos. O benefício adicional do
agente hemostático impregnado à gaze sobre a gaze convencional é questionável.
152
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
8
O transporte das vítimas do ponto de lesão (local onde houve o trauma) até a instalação de transporte definitivo se
chama evacuação; a retirada da vítima da zona quente (risco descontrolado) para abrigo (zona morna ou fria) se chama extração;
extricação se refere ao uso de técnica especial para retirar vítima de situação da qual ela não poderia sair sozinha sem se expor
a excessivo risco de agravamento das lesões, sobretudo risco à integridade da coluna vertebral.
9
Vítimas de acidentes em espaço confinado que sofreram lesão por inalação isolada não necessitam de proteção da
coluna vertebral. A proteção de coluna neste contexto é destinada às vítimas que sofreram (1) queda >2m, (2) impacto axial
contra a coluna, (3) lesão por explosão ou que por ventura se queixem de (4) dor no eixo da coluna vertebral em vigência de
trauma. Os profissionais de APH devem seguir as orientações do algoritmo IV constante no POP/EMG 04 (Abordagem à coluna
vertebral em vítimas de trauma).
10
Medidas de proteção à coluna vertebral durante a extricação de espaço confinado variam conforme o nível de
gravidade da vítima e a conformação do espaço físico.
Em relação à estabilização:
a) Inconsciência e respiração dificultosa ou ausente: sem
estabilização.
b) Vítima estável (consciente e “ABC” normal): máxima
estabilização possível; o colete de imobilização dorsal (K.E.D.) pode ser
utilizado, no entanto, caso impossível, tenta-se pelo menos, manter a
estabilização manual.
153
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
1 Sinais de hipoxemia: agitação, spO2<90% e cianose (tardio). A cianose só aparece quando a saturação de pulso (spo2) atinge
67% (nos oxímetros mais comuns de duas bandas de frequência). É preciso haver ao menos 5g/dl de hemoglobina insaturada,
logo, vítimas em choque hemorrágico podem não apresentar cianose, mesmo que haja hipoxemia. Também é difícil enxergar a
cianose com pouca luminosidade ou em pele escura. No trauma, toda vítima agitada se encontra hipoxêmica até prova em
154
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
contrário. Atenção: na ausência de lesão do sistema respiratório, a oximetria de pulso pode se mostrar normal em pacientes com
intoxicação por monóxido de carbono ou cianeto (lesão tóxica por inalação), aos quais deve ser oferecido oxigênio suplementar
a 10l/min, com o intuito de acelerar a liberação do CO da hemoglobina. A maioria das vítimas de intoxicação por CN (cianeto)
também inalou CO, visto que o primeiro é fruto da combustão do poliuretano, composto carbonado.
2 Iniciar a oferta de oxigênio a 10 l/min e titular, tão logo possível (pós-extricação), com base na oximetria de pulso, cuja meta
155
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 155
Fonte: CBMERJ
156
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 156
Fonte: CBMERJ
Algoritmo de assistência básica à parada cardiorrespiratória. RCP= ressuscitação cardiopulmonar; DEA= desfibrilador
automático externo; RCE= recuperação da circulação espontânea.
Assim que for suspeita a PCR, o apoio da ASE deve ser solicitado, caso ainda
não esteja no local. A RCP deve ser mantida até a chegada da ASE ou exaustão dos
resgatistas. O líder do socorro pode solicitar orientação médica à COGS, enquanto os
demais militares executam a RCP. A cada 2 minutos de RCP (ou 5 ciclos de 2:30), o
militar que presta compressão torácica deve revezar com o que ventila, para postergar
a fadiga e manter o rendimento da compressão Lembrando, a sequência de manobras
em PCR de natureza asfíxica mantém-se “ABC”, ou seja, desobstrução de via aérea
superior >> suporte ventilatório >> compressões torácicas, com relação
ventilação/compressão 2:30 e compressões à frequência de 100 a 120/min e 5cm de
157
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 157
Fonte: Modificado de HEADQUARTERS, DEPARTMENTS OF THE ARMY, THE NAVY, AND THE AIR FORCE. First aid.
FM 4-25.11 (FM 21-11)/ NTRP 4-02.1/AFMAN 44-163(I). December 2002.
158
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 158
Fonte: Modificado de HEADQUARTERS, DEPARTMENTS OF THE ARMY, THE NAVY, AND THE AIR FORCE. First aid.
FM 4-25.11 (FM 21-11)/ NTRP 4-02.1/AFMAN 44-163(I). December 2002.
Figura 159
Fonte: Modificado de https://phemcast.co.uk/2015/11/05/podcast-episode-2-the-pelvic-binder/
159
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 160
Fonte: Modificado de http://www.ebmedicine.net/topics.php?paction=showTopicSeg&topic_id=243&seg_id=4748.
Figura 162 - Fratura de braço (figura direita) e cotovelo (figura esquerda), quando o cotovelo não dobra.
Fonte: Modificado de HEADQUARTERS, DEPARTMENTS OF THE ARMY, THE NAVY, AND THE AIR FORCE. First aid.
FM 4-25.11 (FM 21-11)/ NTRP 4-02.1/AFMAN 44-163(I). December 2002.
9.3.9 Queimadura
160
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
162
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tão logo possível, após a extricação, o ritmo cardíaco deve ser monitorado.
Sinais eletrocardiográficos sugestivos de hipercalemia: bradicardia sinusal (o mais
precoce), aumento dinâmico da amplitude das ondas T e prolongamento do PRi (sinais
precoces), prolongamento do QRS, extrassistolia ventricular ou taquicardia ventricular
e bloqueios de condução.
Figura 163
Fonte: CBMERJ
Figura 164
Fonte: CBMERJ
Figura 165
Fonte: CBMERJ
164
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 166
Fonte: CBMERJ
Figura 167
Fonte: CBMERJ
165
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 168
Fonte: CBMERJ
Figura 169
Fonte: CBMERJ
166
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 170
Fonte: CBMERJ
Figura 171
Fonte: CBMERJ
b) Vai e Vem: Método empregado que permite uma menor tensão das fibras
do cabo, quando em depósito deve ser mantida nesta condição.
Figura 172
Fonte: CBMERJ
167
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
168
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
acesso possa ser feito por escadas ou plataformas. A equipe deve estar
capacitada para tais situações, onde a vítima seja movimentada de acordo com
a situação avaliada pelo comandante da operação, podendo ser removida com
ou sem equipamentos de estabilização, como macas rígidas ou flexíveis, com a
presença ou não do socorrista. A definição da estratégia escolhida se dará
mediante a avaliação do cenário e equipamentos disponíveis.
d) Técnicas de ascensão
Os acessos verticais aos espaços confinados, devem ser feitos dentro de
parâmetros que possam ser simples, de modo a facilitar a hora da operação,
mas que ao mesmo tempo, ofereçam o máximo de segurança ao resgatista. Para
tal movimentação, regularmente as operações envolvem tripés, servindo de
ponto de ancoragem, com uso sistemas de vantagem mecânica, para a
movimentação vertical, podem ser encontrados tripés com sistemas
mecanizados e incorporados ao aparelho, que facilitam tanto a descensão
quanto a ascensão do resgatista, porém, vamos considerar dois pontos.
169
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
170
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
171
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 173
Fonte: CBMERJ
172
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
principal. O ideal é que este seja “a prova de bomba”, fazendo uso do jargão muito
utilizado no Salvamento em Alturas. É provável que o local do sinistro não disponha
de um ponto apropriado e devemos fazer uso de um tripé de salvamento ou outro
dispositivo similar para efetuar o resgate.
Após a conferência do equipamento necessário faremos a montagem do
sistema, começando pelo mais simples.
a) Sistemas Estendidos
Figura 174
Fonte: https://pt-pt.facebook.com/taskbr/posts
173
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
forma, o sistema 3:1 necessita de mais que o triplo da profundidade e assim por diante.
Esta é uma característica dos chamados Sistemas Estendidos. Mais adiante
estudaremos associações de polias em que não é necessário toda essa extensão de
corda para se conseguir vantagem mecânica. São chamados de Sistemas Reduzidos.
Outro fator a se considerar é a velocidade do içamento, já que o levantamento
da carga é inversamente proporcional à vantagem mecânica. Ou seja, no sistema 2:1,
para cada metro de corda puxado, a cara se movimenta 1/2 metro. O equivalente
ocorre também nos outros sistemas.
b) Captura de progresso
Não podemos nos esquecer do detalhe mais importante, pois diz respeito à
segurança. Sabemos que não devemos confiar exclusivamente na força física dos
responsáveis pelo içamento que podem, em caso de algum problema, perder o
controle da corda e deixar a vítima cair. Para prevenir isto é necessário adaptar ao
sistema um dispositivo anti-retorno, ou como preferimos chamar, Captura de
progresso.
Trata-se de uma técnica em que se utilizam bloqueadores na corda que
permitem o deslizamento livre no sentido do içamento, mas que a travam caso seja
liberada no sentido inverso. Esses bloqueadores (Rope Grabs) podem ser
substituídos por segmentos de cordeletes com nós blocantes (Prussic) e também por
freios autoblocantes. Não é recomendável o uso de Ascensores com mordentes para
este fim, por causa da sua baixa carga de trabalho e o fato do seu funcionamento que
pode danificar a capa corda, quando trabalhando próximo a sua carga de trabalho.
174
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 175
Fonte: CBMERJ
c) Sistemas reduzidos
Abordamos sistemas que necessitam de um grande comprimento de corda
para ser confeccionado, o que muitas vezes limita o nosso alcance de utilização.
Ademais estes sistemas, depois de montados, são difíceis de serem modificados,
além de praticamente inviabilizarem o desvio de direção.
Para esses casos em que, por exemplo, o comprimento da corda é insuficiente
para se montar um sistema que possibilite o içamento, ou se necessite criar um ou
mais desvios na direção da movimentação da carga, ou até mesmo quando é
necessário montar rapidamente um sistema numa corda já estabelecida, adotamos os
Sistemas Reduzidos.
Para montarmos um sistema reduzido partimos do sistema 1:1. Na corda que
sai da carga posicionamos o bloqueador, em sentido inverso à movimentação,
conectado a uma polia. Havendo disponibilidade, adicionamos mais uma polia ao
ponto de ancoragem como desvio de direção.
Com relação à captura de progresso devem ser adotadas as mesmas medidas
dos Sistemas Estendidos.
Uma característica dos Sistemas Reduzidos é que só é possível confeccionar
Sistemas ímpares: 3:1, 5:1, 7:1, etc.
É possível também conjugar sistemas diferentes para melhorar a multiplicação
175
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
de forças.
d) Sistema STEF
Os sistemas acima descritos nos permitem resgatar diversos tipos de cargas,
considerando a disponibilidade e os limites dos equipamentos. No caso do resgate de
pessoas em espaços confinados podemos nos deparar com inúmeras situações que
dificultam o que já é considerado complexo. Nesse tipo de operação quase sempre é
necessária uma ação extremamente rápida face aos riscos associados. Nesses casos
não devemos perder tempo com avaliações ou técnicas de resgate mais elaboradas,
pois o risco à vida das vítimas e também dos resgatistas nos impele a realizar as
manobras mais rápidas possíveis, sem deixar de lado, logicamente, a segurança.
Entretanto há algumas situações nas quais o risco de permanência no local do
sinistro é mínimo e por isso é possível planejar melhor a retirada da vítima. Considere
como exemplo uma ocorrência hipotética onde uma pessoa sofrerá uma queda em
um grande compartimento que possui apenas um estreito acesso superior. Neste caso
devemos considerar que a queda produziu um trauma na vítima e que o mais indicado
seria a sua retirada com uma maca.
A primeira possibilidade seria a elevação da maca na vertical visto que esse
seria o único modo em que a mesma passaria pelo vão de saída. Entretanto existe
uma técnica que permite a elevação da maca na horizontal, o que torna essa
movimentação mais ergonômica para a vítima, e a sua verticalização de maneira bem
simples. Esta técnica é chamada de Sistema Técnico de Equilíbrio Fácil – STEF.
176
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 176 - Sistema STEF com vantagem mecânica 3:1 Reduzido com alunos do CASEC 2017.
Fonte: CBMERJ
e) Estabilização de Tripé
177
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
para estaiá-lo.
O ideal é fixar três cabos na cabeça do Tripé, preferencialmente na direção dos
seus pés e estaiá-los em pontos a uma razoável distância mantendo uma angulação
de 120° entre as linhas de sustentação. Entretanto, a escassez de material e a
dificuldade em encontrar pontos de ancoragem seguros nas proximidades do local de
resgate podem obrigar as equipes a buscarem alternativas mais viáveis.
Uma outra forma, quando o local permite, é fazer a estabilização com apenas
dois pontos. Nesse caso o ideal seria estaiar os cabos mantendo o ângulo entre 90
de 120 graus e fazer o içamento e a retirada da vítima do sistema no lado oposto.
Figura 177
Fonte CBMERJ: Estabilização do tripé com alunos do CASEC 2017.
f) Meios de Fortuna
O uso de escadas como recurso para ancoragens, muitas vezes será o recurso
mais acessível para a guarnição. Seja através do apoio entre duas escadas ou usando
a viatura operacional como ponto de apoio é importante conhecer as especificações
técnicas da escada a ser usada para respeitar a carga a ser movimentada. Cabe
ressaltar ainda que, deve ser feita uma ancoragem eficaz em relação a força de tração
a ser trabalhada, que evite o risco do sistema ceder da posição estabilizada.
g) Cinturão de Resgate
179
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
181
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) Unidade de comando
É o conceito que recomenda que cada pessoa se reporte a apenas uma
outra pessoa. Sem esse importante princípio, bombeiros poderão estar
recebendo múltiplas ordens e informações conflituosas de superiores no local. O
comandante de operações é normalmente a pessoa designada para exercer a
coordenação das operações.
b) Divisão de funções
As tarefas devem ser designadas aos bombeiros de forma organizada e
que seja alcançado o objetivo final. Quanto mais as tarefas forem feitas de forma
simultânea, mais rápido o plano se concretizará. As tarefas devem ser passadas
aos bombeiros de forma que seja compatível com a habilidade a qual o militar
possui, respeitando suas limitações e afinidades. Alguns exemplos de tarefas
típicas: Busca e localização de vítimas, gerenciamento dos riscos no local,
acesso propriamente dito, imobilização e retirada da vítima e extração.
c) Extensão do controle
É o número de pessoas ou unidades as quais o comandante de operações
pode gerenciar de forma efetiva. Esse valor pode variar devido à complexidade
do salvamento, geralmente entre três a sete pessoas, sendo o ideal cinco. Se o
comandante exceder esse valor, poderá ocorrer falhas e acidentes na operação
devido ao fraco gerenciamento de recursos e pessoas.
182
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) Comandante de Socorro
É o responsável pelo controle da cena e elaboração do plano de ação,
deve estar atento com o posicionamento, segurança da equipe e da cena e o
isolamento da área sinistrada.
b) Equipe de entrada
Equipe que realiza a primeira entrada, pode ser formada por 1 ou 2
resgatistas, devidamente equipados e possuir meio de comunicação com o resto
da equipe.
c) Vigia
Será responsável por velar a segurança e manter contato com a equipe
de entrada, além da movimentação do sistema de forças, caso aplicável. Deve
dominar o manuseio dos equipamentos, montagem do sistema e ancoragem da
vítima e socorrista.
Quando a equipe de entrada está em atividade, não pode em hipótese alguma
acumular qualquer outra função.
Deve também estar usando EPRA, devido a migração de gases.
183
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) Via rádio
O rádio utilizado para atividades em espaços confinados deverá ser
específico para tal fim, sendo desejado que o mesmo seja intrinsecamente
seguro (Ex) e que o operador utilize o equipamento no modo DMO (rádio a rádio)
pois o modo troncalizado poderá estar prejudicado pela arquitetura e natureza
do espaço confinado.
Deve-se atentar para a utilização eficiente do mesmo, utilizando-o de
forma que fique preso no uniforme operacional para obtenção de mãos livres
para ações dentro do espaço confinado. Além disso, quando em sua utilização,
o mesmo deverá ser colocado próximo do orifício de voz previsto nas máscaras
pertencentes aos equipamentos de proteção respiratória autônomo, sob pena de
não conseguir manter um contato claro e objetivo.
184
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 179
Fonte: Confined Space Entry and Rescue Manual, CMC Rescue.
185
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 180
Fonte:https://www.henriquecruz.pt/cms_imgs/cc962a2ae3d74e53290e3811ab748d98a71b3625.png
9.5.4.1 Preparação
9.5.4.3 Pré-entrada
188
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Ao localizar a vítima:
● Aplicar o protocolo de APH em espaços confinados;
● Decidir, conforme caso clínico, qual dispositivo de retirada realizar na
vítima;
● Caso seja necessário usar wristlets, atentar quanto a pacientes com
queimaduras em membros superiores e membros inferiores;
● Durante o processo de extração da vítima, atentar para a metade inferior
do corpo da vítima, para não ficar presa nem ser esmagada em objetos
protuberantes dentro do espaço confinado;
● Se o cenário tornar possível, a equipe pode utilizar um capacete na
vítima para a proteger durante a retirada.
190
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
9.5.4.5 Finalização
Um salvamento com alto índice de segurança apenas pode ser realizado com
uma carga alta de treinamento. A maneira como os bombeiros militares atuam no
treinamento vai ditar o comportamento dos mesmos na situação real. Os seres
humanos vivem de hábitos e estes nos ajudam a tornar mais meticuloso o serviço
prestado. Seguimos o jargão conhecido pelo CASEC como “99% de preparação e 1%
de atuação”. O especialista, pós formação, necessita manter o ritmo e o cronograma
de treinamentos.
Seguem abaixo algumas sugestões para a realização de um treinamento
seguro:
● Revise os padrões de segurança estabelecidos antes de cada aula;
● Controle o número máximo de alunos, busque um número máximo de
06 (seis) instruendos por instrutor;
● Sempre utilize sistemas de backup nos treinamentos;
● Realize a manutenção do equipamento e sua vida útil;
191
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
192
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
10 SALVAMENTO VEICULAR
193
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
b) Roupa de proteção
A roupa de proteção deve ser o mais leve possível, possuir boa proteção
contra abrasão, corte e resistir a chamas. O CBMERJ padronizou até o
momento, o uso do conjunto de aproximação (calça e japona) também para o
salvamento veicular. Conta com camada externa confeccionada em 58 % de
para-aramida 40% de polibenzimidazol, e 2% de fibra antiestática, com variação
de +/- 2%, composta por matriz de polímero e uma camada condutora, em
carbono densamente incorporado, com aplicação de camada de fluorcarbono,
repelente a água e óleo, de acordo com os itens 6.8, 6.10 e 6.11 da norma EN
469:2005 e A1 2006.
194
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
d) Calçados apropriados
Deve promover a proteção dos pés contra esmagamento por queda de
materiais. Deve resistir a corte, perfuração e abrasão.
195
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
196
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
197
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
198
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
As prioridades são:
a) isolamento do perímetro interno (2 a 5m);
b) estabelecimento das zonas quente (2 a 5m) e morna;
c) palco de ferramentas;
d) área para destroços.
Os equipamentos ociosos devem ser retornados ao palco de ferramentas, para
não pôr obstáculo à circulação dos resgatistas ou causar tropeço e lesões.
O comandante deve procurar movimentar-se ao longo da linha imaginária do
perímetro interno, para ter visão panorâmica dos veículos e das ações dos demais
membros, monitorando a eficácia e a segurança das mesmas.
Destroços
P.E
P.I.
Palco de
P.E
Figura 182 - Zonas de trabalho. O perímetro interno (P.I.) delimita a zona quente. O perímetro externo (P.E.) exclui a
zona fria. A área de tratamento das vítimas deve ficar no perímetro externo e as viaturas de socorro na zona fria.
Ferramentas (FEAs) que não estejam empregadas devem ser retornadas ao palco, não permanecer na área de
circulação da zona morna. Tanto a delimitação das zonas de trabalho, quanto à gestão de segurança da cena são
responsabilidade do comandante
Fonte: CBMSC
bateria. Isto precisa ser verbalizado em alta voz, para que todos tomem atitude
defensiva contra o acionamento tardio de airbags. No entanto, 40% dos veículos têm
a bateria de 12v em outra posição que não sob o caput.
O desligamento da bateria veicular de 12v, que em alguns modelos ocorre
automaticamente em resposta à colisão, isola o sistema de alta voltagem de híbridos
e elétricos.
Lembre-se também de remover a chave eletrônica para além de 5m, de modo
a prevenir arranque acidental.
b) Airbags
A maioria dos veículos atuais conta com o sistema de airbags inteligente,
cujos sensores enviam informações de posição dos ocupantes, aceleração e ângulo
do movimento, à unidade de controle eletrônico (ECU), a qual aciona seletivamente
os airbags necessários. Assim, normalmente há airbags não acionados (ANA) que se
constituem em risco, embora haja raríssimos casos de acionamento retardado com
lesão ao resgatista.
No Brasil, desde 01/01/2014 é obrigatório o airbag duplo frontal dianteiro, assim
como os freios ABS (anti-blocking system). O não acionamento do volante, pode ser
controlado aplicando o restritor de airbag. Porém não existem ferramentas deste tipo
para as demais posições.
Os veículos mais sofisticados podem contar com 6 a 10 airbags adicionais,
cujas posições mais comuns são a lateral (dentro da porta ou banco), cortina lateral
(friso superior do teto), de impacto lateral (no encosto do banco dianteiro, entre os
ocupantes deste compartimento), pélvica (assento dianteiro), e para joelhos (sob o
painel do condutor).
Medidas mitigatórias (“IDEAL”):
● Identificar todos os ANA e alertar em voz alta;
● Desligar a bateria de 12v;
● Exposição mais curta possível à zona de insuflação do ANA;
● Aplicar proteção do volante;
● Locais dos airbags devem ter o conteúdo dos frisos plásticos
expostos antes de qualquer manobra de corte/alargamento (pilares, friso do
teto), para evitar a ruptura acidental do mecanismo acionador de alta pressão.
200
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
c) Mecanismo Pré-tensionador
Dispositivos de acionamento pirotécnico por sensores de colisão, com o
objetivo de retirar eventual folga no cinto de segurança e manter o ocupante junto ao
banco. Localizados mais frequentemente junto ao enrolador de inércia, na base ou
topo do pilar B.
As medidas mitigatórias são as mesmas do item anterior.
Ao acessar o interior do veículo, o socorrista deve sempre cortar o cinto de
segurança para aliviar a respiração da vítima.
202
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
203
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
204
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
205
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
206
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 188 - Camadas de Calços (Duas peças, Três peças, Plataforma, Calços diagonais, Triângulo)
Fonte: NFPA
/
Figura 189 - Exemplo de uso de uma caixa de calços
Fonte: Rescue Days 2014 Brasil
Já no que tange às caixas de calços com duas ou três peças por camada
esclarece-se que:
a) A caixa é construída com uma linha de dois ou, conforme o caso, de três
calços paralelos seguida de outra linha com a mesma quantidade de calços paralelos
entre si, porém perpendiculares em relação à primeira linha (NFPA 1006, 2013);
b) A capacidade total a ser suportada depende da quantidade de pontos
de apoio e do tipo de madeira com a qual é feita cada peça;
c) Há que se deixar um espaço livre nos cantos no mínimo 10cm (4”), para
proteção contra eventuais deslocamentos, o que poderia impactar negativamente na
estabilidade do sistema. Exemplo, um fulcro com 18” (45cm) precisa de 8” (20cm) de
sobreposição deixando uma largura de base utilizável de 10” (25cm);
d) Não se pode colocar o ponto de suporte do peso da caixa nas
extremidades, pois há que se deixar uma margem de segurança no caso da carga se
deslocar. Por conseguinte, há que se trabalhar sempre com uma margem de
segurança, deixando uma lacuna de 10 cm a partir das extremidades;
208
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
e) Uma caixa de calços com carga pode perder de 10% a 20% da sua
altura;
f) Uma plataforma sólida pode ser construída sobre a caixa, para suportar,
por exemplo, um macaco hidráulico ou uma almofada pneumática;Com exceção do
triângulo e dos calços diagonais, os outros tipos devem ser iniciados com uma base
sólida, isto é, totalmente preenchida por calços ao nível do chão. Visa-se, com isto,
dar maior segurança ao sistema na medida em que se aumenta a área de contato;
g) Se na confecção de uma caixa de calços de madeira for utilizada
madeira de pinheiro amarelo e esta for constituída com peças com espessura de 4”x4”
e feita com 4 unidades (2x2) terá 4 pontos de apoio e suportará ao todo 24.000 libras
(12 toneladas). Cada ponto de apoio sustenta até 6.000 libras (3 toneladas);
h) Se na confecção de uma caixa de calços de madeira for utilizada
madeira de pinheiro amarelo do sul dos EUA e esta for constituída com peças com
espessura de 4”x4” e feita com 6 unidades (3x3) terá 9 pontos de apoio suportará ao
todo 55.000 libras (27,5 toneladas). Cada ponto de apoio sustenta até 6.000 libras (3
toneladas);
i) Se na confecção de uma caixa de calços de madeira for utilizada
madeira de pinheiro amarelo do sul dos EUA e esta for constituída com peças com
espessura de 6”x6” e feita com 4 unidades (2x2) terá 4 pontos de apoio e suportará
ao todo 60.000 libras (30 toneladas). Cada ponto de apoio sustenta até 15.000 libras
(7,5 toneladas);
j) Se na confecção de uma caixa de calços de madeira for utilizada
madeira de pinheiro amarelo do sul dos EUA e esta for constituída com peças com
espessura de 6”x6” e feita com 6 unidades (3x3) terá 9 pontos de apoio suportará ao
todo 136.000 libras (68 toneladas). Cada ponto de apoio sustenta até 15.000 libras
(7,5 toneladas).
209
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 191
Fonte: CBMERJ
210
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 193
Fonte: Vehicle Extrication Levels I & II: Principles and practice
211
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 194
Fonte: Vehicle Extrication Levels I & II: Principles and practice
Figura 195
Fonte: Vehicle Extrication Levels I & II: Principles and practice
Figura 196
Fonte: Vehicle Extrication Levels I & II: Principles and practice
Figura 197
Fonte: Vehicle Extrication Levels I & II: Principles and practice
212
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Diante disto tem-se que a estabilização é responsável por criar uma plataforma
de trabalho equilibrada, neutralizando o sistema de suspensão do veículo. É
fundamental garantir a estabilização do veículo antes do início das operações de
resgate.
A equipe de salvamento veicular deve antever as etapas, visualizando os riscos
e procedimentos operacionais. Neste ponto, é fundamental, entre outros, que as
estratégias de estabilização utilizadas não prejudiquem de forma alguma, os planos
de retirada da vítima: plano emergencial (B) e plano padrão (A).
Como é sabido pela guarnição, o processo de estabilização é dinâmico,
devendo ser realizada e pensada como um algo contínuo, tendo que ser revisado pela
logística da equipe de forma progressiva, sempre que houver alguma possibilidade de
alteração na estrutura do veículo ou alteração de carga.
a) Estabilização Manual
Os membros da guarnição utilizam as mãos para reduzir a movimentação do
veículo. Apenas deverá ser considerada quando existe a necessidade de um acesso
rápido ao veículo para realizar uma intervenção de salvamento, por exemplo, para
desobstruir a via aérea da vítima. Para um veículo sobre as rodas, esta ação pode ser
realizada “suportando” o veículo sob as caixas das rodas, para impedir a
movimentação da suspensão do veículo.
214
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Estabelecer um
- É mais adequada
lado de trabalho e
colocar as cunhas e os
colocar blocos e
blocos no lado de
cunhas sob os
trabalho uma vez que - Blocos e cunhas /
pilares A e B, bem
não constituem risco de Calços
como
tropeçar (também
imediatamente à
podem ser usados
frente da roda
calços)
traseira.
No lado oposto ao
lado de trabalho
colocar blocos e
- Se não estiverem
cunhas sob os
disponíveis blocos e - Blocos e cunhas /
pilares A e B, bem
cunhas suficientes, Calços (escalonados)
como
estabilizar sob o pilar B
imediatamente à
frente da roda
traseira
VÍTIMA INCONSCIENTE
No mínimo, 2
socorristas
- O objeto do suporte é,
“suportam o
se possível, limitar a - Nenhum, apenas
veículo segurando
movimentação manual
as cavas das
- Não levantar o veículo
rodas (guarda –
lamas)
215
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) Estabilização manual:
Os membros da guarnição utilizam as mãos para reduzir a movimentação do
veículo. Apenas deverá ser considerada quando existe necessidade de um acesso
rápido ao veículo para realizar uma intervenção de salvamento. Para um veículo sobre
a lateral, este procedimento pode ser realizado “suportando” o veículo em cada canto,
de modo a impedir qualquer movimentação desnecessária.
b) Utilização de blocos e cunhas:
Para um veículo sobre a lateral, as cunhas e os blocos devem ser colocados
sob os pilares A, B e C (no lado inferior do veículo). Poderá também ser necessário
utilizar cunhas noutras áreas, tais como ao longo da soleira inferior por baixo do
veículo.
c) Utilização de equipamento suplementar:
Na eventualidade de um veículo ficar lateralizado, recomenda-se a utilização
de um equipamento adicional, tal como escoras de estabilização de veículos. Este tipo
de equipamento aumenta a superfície de apoio do veículo, aumentando assim a
segurança da operação e, consequentemente, a estabilidade.
216
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
- Assegurar que as
Colocar blocos e
cunhas e os blocos são
cunhas sob os
colocados nos pilares e - Blocos e cunhas/
pilares A,B e C na
NÃO no vidro (também calços
parte inferior do
podem ser utilizados
veículo
calços) /
Posicionar 2
- Posicionar e apertar
escoras de - 2 escoras de
simultaneamente para
estabilização de estabilização de
impedir a movimentação
veículos por baixo veículos
do veículo
do veículo
/
VÍTIMA INCONSCIENTE
No mínimo, 2
socorristas - O objeto do suporte é,
“suportam o se possível, limitar a - Nenhum, apenas
veículo segurando movimentação manual
a traseira e a
dianteira
217
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
O socorrista entra
- Quando a vítima estiver
no veículo para
estabilizada, pode ser
avaliar a vítima e - Nenhum, apenas
iniciada a estabilização
realizar a manual
total, conforme explicado
intervenção
pormenorizadamente
necessária
218
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
219
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Colocar blocos e
- A melhor solução é a
cunhas ao longo das
colocação invertida - Blocos e cunhas/
barras traseiras do
dos blocos calços
teto em ambos os
escalonados
lados do veículo
- Posicionar e apertar
Colocar cunhas no simultaneamente para
- Blocos e cunhas/
espaço entre o pilar impedir a
calços
A e o piso movimentação do
veículo
- Assegurar que o
Colocar 2 escoras posicionamento das
de estabilização de escoras de - 2 escoras de
veículos, uma em estabilização de estabilização de
cada lado da parte veículos não impede o veículos
traseira do veículo acesso pelas portas
traseiras
VÍTIMA INCONSCIENTE
- O objeto do suporte
No mínimo, 2
é, se possível, limitar
socorristas
a movimentação - Nenhum, apenas
“suportam o veículo
- Não levantar o manual
segurando a
veículo
traseira e a dianteira
220
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 200
Fonte: CBMERJ
Entretanto, são uma realidade e temos que estar preparados para este tipo de
cenários tendo as competências e os equipamentos adequados, bem como uma
compreensão fundamental dos princípios de estabilidade e do motivo pelo qual é
efetuada:
a) reduzir riscos de lesões adicionais nas vítimas envolvidas, impedindo a
movimentação e, consequentemente, protegendo contra trauma cervical ou pélvico
adicional;
b) fornecer uma plataforma sólida para as intervenções da equipe do ASE;
c) fornecer uma plataforma sólida para a utilização de ferramentas
hidráulicas e para impedir a deformação adicional do veículo.
221
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
10.3.1.1 Temperados
São encontrados geralmente nas janelas laterais e no vidro traseiro. Esse vidro
é construído através de um processo específico térmico que aumenta sua dureza e
resistência mecânica. Quando quebrado, se estilhaça em pedaços pequenos o que
diminui a chance de causar ferimentos nas vítimas, não podendo ser cortado ou
partido e é menos flexível que o laminado. Até o final dos anos 80, o vidro temperado
era utilizado também nos pára-brisas
Com o aumento da rigidez das legislações de trânsito na Europa e nos Estados
Unidos, os vidros temperados estão sendo substituídos por vidros de segurança
(security glass), a fim de evitar ejeções e consequentemente, mortes no trânsito.
Esses vidros possuem uma película e agem de forma similar ao vidro laminado.
222
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 201
Fonte: CBMERJ
10.3.1.2 Laminados
O vidro laminado é composto por duas ou mais placas de vidro, que são unidas
por uma ou mais camadas intermediárias de polivinil butiral (PVB), impedindo a
projeção de estilhaços quando quebrado (ABRAVIDRO, 2018). Normalmente é
encontrado no pára-brisa, sendo necessário em geral cortá-lo ou retirá-lo por inteiro,
nas ações de salvamento veicular.
10.3.1.3 Blindados
10.3.1.4 Policarbonato
Não é um vidro, mas sim um plástico. Em relação aos vidros, é em geral 50%
mais leve e mais resistente, porém absorve menos energia e dificulta o acesso ao
veículo pelo fato de não quebrar e sim deformar. É comum encontrá-lo nas laterais e
na traseira de veículos esportivos, que necessitam de desempenho.
224
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
No Brasil, os vidros eram encaixados nas guarnições dos veículos, até meados
da década de 90. Por isso, é possível que o bombeiro militar se depare ainda com
veículos com pára-brisas encaixados, por exemplo. Dessa forma será mais rápido e
lógico, retirá-lo por inteiro do que cortá-lo, retirando a borracha que envolve o mesmo
utilizando-se de chaves de fenda anguladas, por exemplo.
b) uso da machadinha/halligan
− Estar com todo o EPI necessário (máscara PFF2, luvas técnicas, óculos
de segurança, capacete com viseira abaixada e roupa de proteção a
incêndios/salvamento);
− Vítimas e socorristas devem estar protegidos por proteção maleável;
− Realizar um orifício de acesso, na parte superior do pára brisa, com a ponta
de uma machadinha/halligan;
− Posicionar a machadinha/halligan no orifício e realizar o corte (utilizando a
lâmina) até a metade mais próxima do técnico que opera o equipamento;
− Realiza-se uma pausa na utilização da machadinha/halligan e outro técnico
do outro lado do veículo assume o equipamento e continua o corte já iniciado;
− Ao final do processo, retire o vidro com segurança e coloque na área de
descarte;
− Proteger as quinas vivas e extremidades que possam causar danos aos
socorristas;
− O corte pode ser efetuado por um único bombeiro, na ausência de outro
técnico, realizando o corte sobre o caput do veículo.
226
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) Fechadura
A abertura pela fechadura exige uma atenção em especial quanto ao
desfolhamento da porta, nas situações em que o apoio para o alargador não foi
suficiente, sobrecarregando a extremidade da porta e não a estrutura veicular como
um todo. Para a abertura é necessário que:
a.1) os vidros devem ter sido gerenciados;
a.2) proteger as pessoas no interior do veículo com o uso da proteção rígida;
a.3) obter um ponto de apoio para a ferramenta;
227
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
b) Dobradiças
A probabilidade do desfolhamento é menor, porém a exposição da dobradiça
também é reduzida. Seguem os procedimentos:
b.1) os vidros devem ter sido gerenciados;
b.2) proteger as pessoas no interior do veículo com o uso da proteção rígida;
b.3) obter um ponto de apoio para a ferramenta;
b.4) busque utilizar o alargador entre o pára-lama e a porta, atacando
inicialmente acima da dobradiça superior e logo após, acima da dobradiça
inferior;
b.5) se a porta não abrir manualmente, será necessária a utilização da
ferramenta para separação da fechadura do pino nader.
b.6) retirar a porta e levar para a área de descarte;
b.7) proteger riscos aparentes.
com uso de ferramentas simples como uma chave de fenda, por exemplo, caso o
socorrista já tenha entrado no veículo e o porta malas seja uma rota de extração
desejada;
c) essa abertura interna pode ser realizada após retirada da cobertura de
plástico que geralmente funciona como acabamento do veículo;
d) apoiar a parte inferior do alargador em uma base sólida (um calço por
exemplo) e a parte superior embaixo do porta-malas. deve-se evitar usar o pára-
choque traseiro, pois o mesmo não suportará a pressão, se deformando ou até mesmo
se desconectando do veículo;
e) após a abertura do porta-malas, busca-se retirar os amortecedores,
evitando cortar o cilindro, posicionando sobre o pistão do mesmo, ainda sendo mais
recomendável retirá-los, removendo clipes que ficam em sua base;
f) realizar o corte da parte superior da porta do porta-malas em ambos os
lados. caso o acesso não seja possível, pode-se também cortar as dobradiças
superiores que conectam o porta-malas ao teto do veículo;
g) retirar a porta e levar para a área de descarte;
h) proteger riscos aparentes.
Também conhecida como “side removal”, essa técnica é utilizada para criação
de considerável espaço lateral no veículo de quatro portas, para extração final de
vítimas. Seguem as ações recomendadas:
a) os vidros devem ter sido gerenciados;
b) proteger as pessoas no interior do veículo com o uso da proteção rígida;
c) realizar a abertura da porta traseira, do lado desejado, pela fechadura;
d) cortar o cinto de segurança do lado que se deseja realizar a técnica;
e) cortar o topo da coluna b e depois cortar a base da coluna b, junto à
caixa de ar.
f) para aperfeiçoar o corte na base da coluna b, pode-se usar o alargador
para aumentar o corte realizado, separando a base da coluna b da porta, rasgando-a.
g) abrir toda a lateral como se fosse uma única porta;
h) se desejar retirar a grande porta, deverá romper as duas dobradiças da
porta dianteira;
229
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) Rebatimento
Existem diversas maneiras de realizar um rebatimento de teto. Deve-se levar
em conta a posição na qual o veículo se encontra e a localização das vítimas no
interior do mesmo. O rebatimento propicia maior iluminação dentro do veículo e
grande espaço para trabalho por parte dos socorristas.
231
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
232
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
233
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
234
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
f) Retirada de teto
Indicada nas situações que existem diversas vítimas nos bancos dianteiros e
traseiros do veículo, sendo o espaço criado crucial para o atendimento lógico e rápido.
Seguem as ações:
a) os vidros devem ter sido gerenciados (pode-se cortar apenas a parte
superior do pára-brisa, para ações mais rápidas);
b) proteger as pessoas no interior do veículo com o uso da proteção rígida;
c) realizar os cortes na seguinte sequência:
d) coluna “a” do lado oposto da vítima;
e) coluna “b” do lado oposto da vítima;
f) coluna “c” do lado oposto da vítima e assim até a última coluna existente;
g) coluna “c” do lado da vítima, ou iniciando pela última coluna existente;
h) coluna “b” do lado da vítima, nesse momento é necessário algum
bombeiro militar esteja apoiando o teto para que o mesmo não caia sobre as vítimas;
i) coluna “a” do lado da vítima;
j) verificar se o corte nas colunas foram feitos na parte inferior, para
conseguir maior espaço externo;
k) retirar o teto, levantando-o e levar para a área de descarte.
l) proteger riscos aparentes;
/
Figura 211 - Retirada de teto
Fonte: CBMAP
235
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) Ostra traseira
Técnica utilizada nas situações onde exista um veículo capotado, possibilitando
a saída da vítima pela traseira do veículo. Seguem as ações:
a) com o veículo corretamente estabilizado, evitar calços, blocos e cunhas
entre o teto do veículo e o solo;
b) os vidros devem ter sido gerenciados;
c) proteger as pessoas no interior do veículo com o uso da proteção rígida;
d) realizar a abertura ou a retirada da tampa do porta-malas;
e) posicionar dois extensores nas laterais traseiras do veículo (lado direito
e lado esquerdo) próximo da última coluna traseira. pode ser realizado apenas com
um extensor, desde que colocado no centro da traseira do veículo, porém pode
atrapalhar a rota de extração da vítima;
f) aplicar uma leve tensão nos extensores;
g) realizar o corte das duas colunas “c” (última coluna), observando a
integridade do veículo;
h) realizar o corte das duas colunas “b”, observando a integridade do
veículo;
i) desenvolver os extensores, preferencialmente, colocando calços
conforme vantagem obtida (estabilização progressiva);
j) proteger riscos aparentes.
/
Figura 212 - Ostra traseira
Fonte: CBMAP
b) Ostra lateral
236
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
/
Figura 213 - Ostra lateral
Fonte: CBMAP
Técnica utilizada para livrar vítimas presas nas ferragens pela intrusão do
painel sobre seu corpo. Os passos para a correta execução da técnica são:
a) os vidros devem ter sido gerenciados;
b) proteger as pessoas no interior do veículo com o uso da proteção rígida;
c) retirar a porta dianteira do lado onde está a vítima;
d) certificar se a porta do lado oposto à vítima está aberta;
e) colocar calços sob as colunas “a” e “b” para utilização dos equipamentos;
f) o teto do veículo deve ter sido retirado ou rebatido;
237
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Os bancos podem ser gerenciados de forma manual ou até mesmo com o uso
de ferramentas hidráulicas ou serra-sabre. Importante atentar para as seguintes
ações:
a) Buscar verificar se os bancos se movimentam e se reclinam de forma
manual, com o simples acionamento dos dispositivos ao lado. Atentar para os casos
de bancos elétricos aos quais não funcionarão se a bateria tiver sido desligada;
b) Caso procure reclinar o banco da própria vítima, antes de realizar a
manobra, o socorrista deverá inserir entre o banco e ela, uma prancha curta para
238
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Fonte: http://www.kiopman.com/headrest-31.html
239
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
240
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
242
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
243
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
d) EPI suplementares
Recomenda-se ainda que o socorrista porte lanterna montada ao capacete,
lanterna de mão, luvas de procedimento extras nos bolsos da aproximação, canivete
multifunção, corta-cintos, mini-Halligan ou chave de fenda.
244
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
b) Estabelecimento da segurança:
Perímetro interno (2m) e externo (5m); controle dos riscos primários e
secundários.
Todo plano de extricação deve incluir um plano B, mesmo que a vítima esteja
estável, visto que podem deteriorar suas funções vitais a qualquer momento, quando
o plano A deve ser abortado e convertido ao B. Por esta razão é importante sempre
aprontar o plano B antes de dar sequência à finalização do plano A. O mais ágil e
seguro é incorporar o plano B ao plano A, isto é, “B está contido em A”.
O s1, primeiro socorrista a acessar a vítima, somente quando para isso liberado
246
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
pelo comandante, deve, tanto quanto possível, permanecer junto a ela, acalmando-a
e orientando a limitar movimentos ativos da cabeça, mantendo o alinhamento e
estabilização manual da coluna cervical, após medidas salvadoras. Quanto à
desobstrução da via aérea, deve-se introduzir precocemente a cânula naso ou
orofaríngea, para liberar as mãos do socorrista. A reavaliação dinâmica e periódica é
regra, monitorando continuamente a permeabilidade da via aérea, a expansão
torácica, a coloração dos lábios, a oximetria de pulso, o nível de consciência e o
controle aplicado sobre as hemorragias externas (caso haja).
O oxigênio suplementar só se faz necessário para manter o spO2 entre 94 e
98%. Deve ser ofertado via máscara facial com reservatório e válvula contra
reinalação. Apoiar o cilindro na horizontal para evitar queda durante a movimentação
da vítima e dos resgatistas.
É desejável que o s2 entre no veículo, para auxiliar o s1 a concluir a avaliação
e as intervenções que se fizerem necessárias, assim como para facilitar a extricação.
Todavia, deve-se ponderar se o benefício potencial da sua entrada sobrepuja o tempo
consumido para lhe criar espaço. Já que muitas vezes, principalmente em cenários
de carro sobre o lado, isto exige operação de expansão do teto.
A avaliação secundária (sinais vitais completos e avaliação crânio-podal) pode
e deve ser iniciada ainda dentro do veículo, caso haja tempo, enquanto se espera o
início da extricação. Porém não deve retardar a extricação.
Concluída a abordagem primária, o socorrista deve confirmar ao comandante
o grau de encarceramento estimado previamente no giro 360˚ e segue-se a reunião
tripartite, quando é passado o relatório C.R.A.S.H. (vide abaixo, 9.5.1). De acordo com
a gravidade da vítima, define-se o tipo de extricação adequado (auto-extricação
assistida, extricação rápida ou extricação padrão). De acordo com a
posição/orientação da vítima, escolhe-se o trajeto de extricação mais adequado.
O comandante deve manter contato verbal frequente com o socorrista líder, o
qual deve mantê-lo atualizado sobre a evolução da vítima. A partir de então, de acordo
com a estimativa do tempo para a conclusão do trajeto de extricação, deve-se
considerar a imobilização da pelve e fraturas de extremidades, obtenção de acesso
venoso, ressuscitação volêmica e infusão de analgésico.
Estes procedimentos não devem, contudo, retardar a retirada quando o trajeto
de extricação estiver pronto. Lembrando que acesso venoso, expansão volêmica e
247
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
10.4.6.1 “TORA”
a) mecanismo de Trauma;
b) ocupantes (quantidade e posição);
c) responsividade e
d) “abc” remoto.
10.4.6.3 Respiração
248
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
10.4.6.4 Choque
249
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 218 - Algoritmo (I) para a abordagem primária à vítima de trauma em geral.
Fonte: o autor. CBMERJ
250
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
251
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
O transporte das vítimas do ponto de lesão (local onde houve o trauma) até a
instalação de transporte definitivo se chama evacuação; a retirada da vítima da zona
quente (risco descontrolado) para abrigo (zona morna ou fria) se chama extração;
extricação se refere ao uso de técnica especial para retirar vítima de situação da qual
ela não poderia sair sozinha sem se expor a excessivo risco de agravamento das
lesões, sobretudo risco à integridade da coluna vertebral.
Vítimas de trauma contuso, incluindo acidente veicular, devem ser avaliados
para restrição seletiva da coluna vertebral. Isto é, nem todas têm indicação de
imobilização, no entanto, tal decisão é exclusiva de bombeiros militares do GSE.
Socorristas e demais combatentes atuando isoladamente necessitam manter a
restrição da coluna vertebral até segunda ordem. Os profissionais do GSE devem
seguir as orientações do algoritmo IV constante no POP/EMG 04 (Abordagem à
coluna vertebral em vítimas de trauma).
252
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
253
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
254
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
a) Vítima grave
Deve ser executada a retirada rápida, mantendo a coluna vertebral protegida.
Justifica-se pela necessidade de intervenções médicas salvadoras.
255
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Legenda:
RCP= ressuscitação cardiopulmonar;
DEA= desfibrilador automático externo;
RCE= recuperação da circulação espontânea.
Assim que for suspeita a PCR, o apoio da ASE deve ser solicitado, caso ainda
não esteja no local. A RCP deve ser mantida até a chegada da ASE ou exaustão dos
resgatistas. O líder do socorro pode solicitar orientação médica à COGS, enquanto os
demais militares executam a RCP. A cada 2 minutos de RCP (ou 5 ciclos de 2:30), o
256
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
militar que presta compressão torácica deve revezar com o que ventila, para postergar
a fadiga e manter o rendimento da compressão Lembrando, a sequência de manobras
em PCR de natureza asfixia mantém-se “ABC”, ou seja, desobstrução de via aérea
superior >> suporte ventilatório >> compressões torácicas, com relação
ventilação/compressão 2:30 e compressões à frequência de 100 a 120/min e 5cm de
profundidade, permitindo o relaxamento completo do tórax ao fim de cada
compressão.
258
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
259
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
260
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
262
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Mesmo que a vítima esteja estável, o plano “B” deve ser realizado antes do
plano “A”. Essa forma é adotada de modo a garantir, em caso de piora no estado de
saúde da vítima, a retirada rápida da mesma.
Nas situações em que a vítima esteja instável, deve-se executar,
preferencialmente, o plano “B” somente, conforme gravidade existente.
265
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
266
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
267
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
268
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
11 SALVAMENTO EM ELEVADORES
11.1 Definição
11.2 Classificação
Figura 227
Fonte: TK Elevator
269
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
270
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 228
Fonte: Otis
271
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 229
Fonte: Otis
272
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 230
Fonte: Atlas Schindler
a. Passageiros;
b. Maca/Leito hospitalar;
c. Carga;
d. Carga automóveis;
e. Monta cargas;
f. Unifamiliar;
g. Plataformas.
273
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 231
Fonte: TK Elevator
Observação: Existem modelos que seguem a Norma ABNT: NBR NM 313, este
elevador visa possibilitar o uso seguro e independente por pessoas portadoras de
deficiência. Algumas de suas características são: Capacidade da cabina mínimo 8
(oito) passageiros, corrimões nos 3 (três) lados da cabina, espelho ao fundo, botoeira
de cabina: entre 900 e 1300 mm, Botoeiras de pavimento: entre 900 e 1100 mm,
Braille, sistema de voz digital na cabina e sinal sonoro e visual de pavimento.
274
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 232
Fonte: TK Elevator
275
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 233
Fonte: https://www.hardee.com.br/nossos-servicos/venda-fabricacao-e-instalacao-de-elevadores/elevadores-de-carga
276
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 234
Fonte: https://www.boxtop.com.br/blog/elevador-de-carga-caracteristicas-preco/
Figura 235
Fonte: https://engetax.com.br/elevador-de-carga-ou-monta-carga/
277
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 236
Fonte: fotos.habitissimo.com.br/foto/elevador-residencial-a-vacuo_779545
278
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 237
Fonte: https://iesab.com.br/plataforma-inclinada-acessibilidade/
a. Cabina;
b. Casa de máquina;
c. Caixa de corrida;
d. Contrapeso;
e. Limitador de velocidade;
f. Máquina de tração;
g. Quadro de comando;
h. Poço;
i. Porta de pavimento;
j. Tapa-vista ou Cornija.
279
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 238
Fonte: https://www.elevadoresuniservice.com.br/embelezamento-cabine-elevador#group1-2
Figura 239
Fonte: TK Elevator
280
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
/
Figura 240
Fonte: habitissimo.com.br
Figura 241
Fonte: Atlas Schindler
281
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CP = Cb + Cmáx/2
CP = 1000 + 760/2
CP = 1000 + 380
CP = 1380kg
Figura 242
Fonte: https://meuelevador.com/contrapeso-do-elevador/
guias, o que retarda o movimento até a parada de forma segura. Após acionado é
necessário ação técnica para soltar a cabina das guias. Ele independe de energia
elétrica, pois atua de forma mecânica.
Figura 243
Fonte: Atlas Schindler, SPL Elevadores
283
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 244
Fonte: Atlas Schindler
Figura 245
Fonte: TK Elevator
284
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 246
Fonte: OTIS
Figura 247
Fonte: Atlas Schindler, POP CBMERJ
285
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 248
Fonte: Amortecedores TK Elevator
Figura 249
Fonte: Empresa Perfeita
286
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
formato de chapa cuja finalidade é evitar que pessoas caiam no poço pelo vão. Possui
no mínimo 75 cm de altura e fica abaixo da soleira da cabina.
Figura 250
Fonte: TK Elevator
287
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
c. Defeito do freio;
d. Defeito do limitador de velocidade;
e. Defeito no comando elétrico;
f. Desgastes das sapatas e dos cursores.
a. Chaves de elevador;
288
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
b. Conjunto do desencarcerador;
c. Material de salvamento em altura;
d. Lanterna de mão ou Headlamp;
e. Rádios comunicadores.
a. Coleta de informações;
b. Retirada de vítima retida no interior da cabina em elevadores com CM;
c. Retirada de vítima retida no interior da cabina em elevadores sem CM;
d. Retirada de vítima pela porta de emergência lateral;
e. Retirada de vítima pelo alçapão;
f. Retirada de vítima presa às ferragens;
g. Retirada de vítima presa pelo contrapeso;
h. Retirada de vítima no interior do poço;
i. Procedimentos em caso de incêndio;
j. Entrega do local.
a. Coleta de informações
Figura 251
Fonte: TK Elevator
liberação do freio (existem diferentes modelos de liberação de freio), caso o peso entre
a cabina somado aos dos passageiros e o contrapeso esteja em desequilíbrio, ao
liberar o freio, a cabina irá se mover para sentido de desequilíbrio. É importante
registrar que a liberação do freio através das alavancas deve ser intermitente, ou seja,
aberto por períodos curtos e consecutivos, e não deve ser aberto por longos períodos
para evitar que a cabina ganhe velocidade. No caso de a cabina e o contrapeso
estarem em equilíbrio, deve-se girar de forma lenta e contínua o volante de inércia da
máquina de tração. Normalmente há no corpo da máquina, instruções do fabricante
orientando o procedimento de abertura do freio e a ferramenta necessária;
Figura 252
Fonte: Resgate de passageiros CETEC 924 – Versão 6 - TK Elevator
292
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 253
Fonte: Resgate de passageiros CETEC 924 – Versão 6 - TK Elevator
Figura 254
Fonte: POP CBMERJ
293
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
294
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
*Após o desligar a chave geral, o sistema elétrico passa a ser alimentado por
bateria auxiliar, isto permitirá o deslocamento comandado em segurança da cabina
por alguns andares, porém não é recomendado grandes movimentações, devido o
risco da carga da bateria não suportar e acabar antes de fim do procedimento.
5. Com a porta do pavimento de acesso mais próximo à cabina aberta, o
militar orientará o outro militar do último pavimento sobre as ações a serem
executadas de acordo com o que está visualizando;
295
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 255
Fonte: TK Elevator
Neste modelo após desligar a chave geral, deve-se girar o botão GRE no
sentido horário e acionar o botão BRE. Desta forma a cabine se moverá.
Figura 256
Fonte: OTIS
cabine se moverá.
7. Igual ao do procedimento b;
8. Assim que a cabina estiver nivelada com o andar, os militares
localizados no último pavimento deverão ser comunicados para que cessem a
liberação do freio. *Alguns modelos possuem meios de identificação no painel
eletrônico para saber quando a cabine se encontra nivelada;
9. Igual ao do procedimento b;
10. Igual ao do procedimento b.
297
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 257
Fonte: POP CBMERJ
298
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 258
Fonte: Atlas Schindler
Figura 259
Fonte: Atlas Schindler
299
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 260
Fonte: POP CBMERJ
300
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Mesmo os elevadores próximos lado a lado, a distância entre eles pode não
permitir uma passagem segura das vítimas de uma cabina para a outra. Para risco de
queda ser mitigado, as ações são: improvisar uma passarela de forma segura,
utilizando para isso, uma escada ou prancha da viatura; e equipar vítima com EPI de
salvamento em altura e conectar a ela corda com ancoragem segura de ponta a ponta.
No Manual de Salvamento em Altura do CBMERJ há uma técnica semelhante a esse
procedimento, o nome é “a guisa de ponte”.
301
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
302
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 261
Fonte: POP CBMERJ
303
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
1. Igual ao do procedimento b;
2. Estabelecer contato com a vítima, informar da presença da equipe de
socorro e tranquilizá-la visando facilitar o atendimento médico; deve-se identificar a
gravidade do quadro clínico da vítima para definir o plano de ação mais adequado;
3. Igual ao do procedimento b. se for com CM, se for sem CM
procedimento c;
4. Igual ao do procedimento b. se for com CM, e se for sem CM
procedimento c;
304
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
305
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
consiste em:
1. Localizar pavimento em que a vítima se encontra (se necessário,
abrir porta de algum pavimento de acesso para identificar, visualmente, com o
auxílio de uma lanterna, a localização da cabina);
2. Estabelecer contato com a vítima, informar da presença da
equipe de socorro e tranquilizá-la visando facilitar o atendimento médico; deve-
se identificar a gravidade do quadro clínico da vítima para definir o plano de ação
mais adequado;
3. Dividir a guarnição, devidamente equipada com rádios
comunicadores e lanternas, entre o pavimento mais próximo da vítima e a casa
de máquinas (CM) ou último pavimento (sem CM);
4. Igual ao do procedimento b. se for com CM, e se for sem CM a
chave geral fica localizada no último pavimento;
5. A forma de abertura a ser seguida será igual a do procedimento
b;
6. O POP CBMERJ de Salvamento em elevadores define o
procedimento neste caso específico da seguinte forma:
- Observar se com o simples movimento do contrapeso (subida ou
descida, conforme itens 6 e 7 do procedimento b. ) é possível liberar a
vítima, tendo sempre em mente que o movimento do contrapeso é contrário
ao da cabina;
- Caso não seja possível movimentar o contrapeso, este deve ser
liberado de suas guias, afrouxando os parafusos que o fixam, afastando-o
da vítima;
- No caso de ocorrência com vítima fatal, após a localização do
corpo, acionar o policiamento, preservando o local até a sua chegada.
306
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
307
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
308
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Figura 262
Fonte: TK Elevator
j. Entrega do Local
Nesta fase do socorro, o local onde ocorreu o evento deve ser deixado em
perfeita segurança.
O local será entregue ao síndico ou à administração do prédio. Deverá ser
informado que o elevador só poderá voltar a funcionar após uma vistoria técnica
efetuada pela empresa responsável pela conservação e manutenção do elevador.
Em caso de necessidade de preservação do local para perícia técnica, deverá
ser efetuada sinalização e o local entregue a Polícia Militar que deverá ser acionada
para o local.
309
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
310
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
- Inundação - Pode ser definido como a submersão de áreas fora dos limites
normais de um curso de água, em áreas onde normalmente não estão submersas.
311
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
312
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
12.2.1. Zoneamento
313
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
O primeiro passo para que seja realizada uma boa leitura do comportamento
dos cursos d’água é estabelecer um referencial do mesmo, para tanto utiliza-se rio
acima, rio abaixo, margem esquerda e margem direita.
314
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
316
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
317
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
318
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
319
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
12.3.6 Embarcações
320
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
321
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
322
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
323
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
324
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Do mais fácil ao mais difícil e arriscado a primeira opção será sempre alcançar,
pode ser feita com um remo, escada, vara de manobra, galho, ou outra coisa
semelhante sem que tenhamos que entrar na água.
Arremessar será adotada logo que a opção anterior não for possível e nada
mais é do que arremessar algo que a vítima possa agarrar como uma bóia ou o saco
325
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
326
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
327
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
328
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
329
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
330
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Considerando o mesmo conceito, caso tenhamos que montar uma corda para
passar resgatistas ou vítimas pelo meio aquático onde existe a presença de
correnteza, deveremos montar esse plano horizontal com a corda também
considerando os 45º, o toque da carga na água facilitará o deslocamento já que
usaremos a força da água a nossa favor.
do sistema. A ação da água fará com que o sistema faça um “V” no centro.
332
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
333
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
334
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
socorro; além disso tem total autonomia para parar ou iniciar qualquer atividade na
operação a qualquer momento. Por isso, existem situações nas quais essa função é
acumulada pelo Supervisor BREC.
VI. Grupo de Logística: São os militares responsáveis por dar suporte e manter,
em todos os aspectos, a Divisão BREC como um todo. Ficam responsáveis pelos
materiais da operação, pelo estabelecimento da comunicação, pelo transporte dos
materiais e até mesmo da tropa, e pela alimentação da Divisão. Esse grupo não
necessita especificamente da especialização de operações de salvamento em
desastres, podendo ser formado por militares de diversas qualificações e áreas do
335
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CBMERJ.
Essa classificação tem como objetivo principal definir quantas Equipes USAR
devem ser acionadas para atuar dentro de uma operação em desastres que seja
enquadrada dentro de duas principais características: Tempo de operação e
equipamentos utilizados. Sendo assim, serão definidas das seguintes maneiras:
primeira resposta, Leve, Intermediária, Pesada.
336
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
III. Divisão BREC Intermediária: Neste nível a Divisão deverá possuir as cinco
grandes características presentes no nível anterior: Gerenciamento, Logística, Busca,
Resgate e Médico. Esta Divisão tem capacidade para os mais diversos tipos de
buscas e salvamentos mais trabalhosos e complexos. A sua composição sugerida é
de 42 pessoas, devendo possuir os seguintes atributos: ter capacidade para trabalhar
em um único local de trabalho; ter capacidade para busca com cães e/ou busca
técnica com equipamentos; ter pessoal e recursos adequados para conseguir
trabalhar em operações que sejam de no máximo 24 horas em um local(podendo ser
o mesmo alterado) por até sete dias; ser capaz de tratar sua própria equipe(incluindo
os cães) e também as vítimas.
alguns exemplos:
I. Réplicas (recorrências, repetições) do incidente;
II. Trabalho em área confinada;
III. Estruturas instáveis;
IV. Ar e água contaminados;
V. Cenário de trabalho muitas vezes desconhecido;
VI. Condições meteorológicas adversas;
VII. Excessivo ruído, pó e fumaça;
VIII. Descargas Elétricas;
IX. Distúrbios Civis (Vandalismo, Roubo e Saque);
X. Combustão;
XI. Roedores (Transmissão de doenças);
XII. Acidentes por quedas de altura;
XIII. Materiais perfurocortantes.
339
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
deverão trocar de posição entre eles no sentido horário até que cada socorrista tenha
dado uma volta completa.
precisa da localização de vítimas no terreno, mesmo que elas estejam cobertas por
grandes camadas de escombros.
Os cães de busca podem procurar grandes áreas em pouco tempo, isso acelera
a tomada de decisões das equipes BREC e aumenta a possibilidade da localização
de vítimas ainda com vida sob os escombros.
343
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
efeitos de segurança, que dois militares estejam atuando e que o militar que não está
operando a FEA dê suporte e sustentação para o militar que está participando
ativamente.
346
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Após a maca ser colocada apoiada sobre o joelho, será dado início a
movimentação da mesma. Sendo assim o Bombeiro que está mais próxima aos pés
da vítima, após perder o contato com a maca, deverá se deslocar para assumir a
posição do outro militar que se encontrava mais próximo a cabeça. Ele poderá se
deslocar de duas formas, ou utilizando a técnica de três apoios, ou em locais que não
seja possível ter espaço suficiente, deverá se deslocar em decúbito ventral por baixo
da maca.
347
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
348
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
350
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
/
Figura 314 – Escoramento de carga elevada
Fonte - Manual do COSD/CBMERJ
351
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
352
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
353
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
I. Delimitar e isolar a área onde será feito acesso, colocando o menor número
de pessoas sobre a laje/ estrutura;
II. Realizar uma pequena perfuração no local de interesse para que possa
observar o pavimento inferior e tentar localizar a vítima, se possível utilizar uma
câmera ou espelho para auxiliar nesse trabalho. Se necessário mudar de local e
perfurar novamente;
III. Assim que estabelecer o local de perfuração, insira uma ferramenta que
pode ser uma alavanca, pé de cabra ou outra semelhante, amarrada por uma corda e
posicionar no furo, a fim de prender a laje após ser cortada;
III. Realizar com jato de tinta um quadrado de 1 metro de lado, garantindo que
o furo realizado anteriormente fique no meio deste quadrado.
354
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
VI. Localizada a vítima, ela deve ser estabilizada e içada com segurança pelo
tripé.
VII. Localizada a vítima, ela deve ser estabilizada e retirada do local com total
segurança;
356
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
357
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
14.1 Solo
358
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
359
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Como normalmente o evento é gerado pela ação das chuvas essa delimitação
se torna bastante difícil uma vez que deve ser feita em toda a área de risco, ou seja,
em toda área que está sofrendo com a precipitação pluvial e existe o risco de um
escorregamento de massa e não somente onde o CBMERJ está atuando.
Não é incomum que a equipe de primeira resposta necessite de apoio de outros
quartéis e de outros órgãos como por exemplo a Defesa Civil.
Ainda assim cabe à equipe de primeira resposta essa delimitação ficando a
cargo de seu militar mais antigo e comandante de socorro.
360
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
362
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
363
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Deverá ser feita sempre com muito cuidado já que uma pressão realizada em
ponto indevido do terreno poderá causar um novo escorregamento e
consequentemente um acidente, principalmente se for nas proximidades das bordas
de valas.
Lembrar do deslocamento feito em três apoios visto no capítulo anterior e em
situações mais arriscadas deverá ser feito com o rastejo, a posição de rastejo dividirá
mais o seu peso corporal pelo solo evitando afundamentos e atolamentos.
364
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
É possível a união dos painéis com o uso de longarinas, esta medida traz maior
segurança para os militares que trabalham no interior da trincheira.
366
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
367
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Outras técnicas para o desmanche também podem ser utilizadas como por
exemplo o desmanche utilizando maquinário pesado e o desmanche hidráulico, a
primeira depende logicamente da presença de escavadeiras e também da certeza de
que este maquinário não será colocado sobre locais com a possibilidade de vítimas
vivas, já a segunda pode ser utilizada por qualquer equipe de bombeiros militares e
consiste no desmanche do solo com o auxílio de uma linha de mangueira
pressurizada.
No desmanche hidráulico a pressão da água vai retirar partes da massa de
terra que deverão ser conduzidas por canaletas com o auxílio de enxadas ou outras
ferramentas, é importante ter cuidado para que esta água combinada com terra não
retorne para a área trabalhada na busca.
368
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Finalizando este capítulo deixaremos pra você uma lista de FEA’s que
normalmente são utilizadas nestes tipos de operações:
● FEA’s de iluminação – Gerador, extensão, tripés de iluminação, balão
de iluminação, URI (Unidade Rebocável de Iluminação), lanternas de mão e de
cabeça;
● FEA’s de busca e localização – Detectores de vida (acústico, sísmico e
visual) e sonares;
● FEA’s para corte – Traçadores, serrotes, serra circular, serra sabre, arco
de serra, desencarceradores hidráulicos, motosserras e motocortadores;
● FEA’s de tração e içamento – Tirfor, cabo de aço, alavancas, lingas,
patescas, cordas, mosquetões, almofadas pneumáticas e tripés;
● FEA’s de sapa – Pá de bico, pá quadrada, pá de campanha, enxada,
cavadeira, picaretas e baldes;
● FEA’s de rompimento – Martelete rompedor, furadeira com broca,
ponteiras, talhadeiras e marretas;
● FEA’s para espaços confinados – Detectores multi-gases, ventiladores,
exaustores e equipamentos de proteção respiratória autônomos;
369
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
370