Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3- PROPRIEDADES DA MADEIRA
1. Instruções
Esta apostila é feita com base nas normas NBR 8681:2004, NBR 7190-1:2022, NBR
7190-2:2022 e NBR 7190-3:2022. Portanto, as seções 3.1 a 3.5 do livro PPFEIL & PFEIL
(2015), que tratam das propriedades mecânicas segundo a norma NBR 7190:1997, devem
ser substituídas por este texto.
2.1. Densidade
A norma brasileira apresenta duas definições de densidade a serem utilizadas em
estruturas de madeira. A densidade básica é definida como a massa específica
convencional obtida pelo quociente entre massa seca e volume saturado. A densidade
aparente é determinada em uma umidade padrão de referência de 12%, que é utilizada
para classificação da madeira e em cálculos de estruturas.
2.2 Umidade
A umidade w em % é dada por
𝑚1 −𝑚2
𝑤=( × 100),
𝑚2
em que m1 é massa úmida da amostra e m2 é massa seca da amostra. A determinação da
umidade de amostras de madeira deve ser feita obedecendo a NBR 7190-4:2022.
3.2 Resistência
O problema de verificação de tensões em peças estruturais de madeira é formulado com
a teoria clássica de resistência dos materiais, muito embora o material não siga a lei linear
(Lei de Hooke) até a ruptura (PFEIL&PFEIL, 2015).
Este método é apropriado para espécies desconhecidas. Nos ensaios são determinadas as
seguintes propriedades:
a) resistência à compressão paralela às fibras: fc,0.
b) resistência à tração paralela às fibras: ft,0.
c) resistência à compressão normal às fibras: fc,90.
d) resistência à tração normal às fibras: ft,90 (para projeto estrutural, ft,90 ~ 0).
e) resistência ao cisalhamento paralelo às fibras: fv,0.
f) resistência ao embutimento paralelo e normal às fibras: fe,0 e fe,90.
g) resistência à flexão fM.
𝑓𝑐0 × 𝑓𝑐90
𝑓𝑐𝛽 = 2
𝑓𝑐0 sen 𝛽 + 𝑓𝑐90 cos2 𝛽
3.3 Rigidez
A rigidez dos materiais é medida pelo valor médio do módulo de elasticidade,
determinado na fase de comportamento elástico-linear. O módulo médio de elasticidade
na direção paralela às fibras é medido no ensaio de flexão (𝐸𝑚 no caso de ensaios em
peças estruturais) ou no ensaio de compressão paralela às fibras (𝐸𝑐,𝑚 no caso de ensaios
em corpos de prova isentos de defeitos) e o módulo médio de elasticidade 𝐸𝑐,90,𝑚𝑒𝑑 na
direção perpendicular às fibras é obtido no ensaio de compressão perpendicular às fibras.
3(𝑈−12)
Resistência: 𝑓12 = 𝑓𝑈 [1 + ]
100
2(𝑈−12)
Rigidez: 𝐸12 = 𝐸𝑈 [1 + ].
100
Nota: Para U > 25% e temperatura entre 10°C e 60°C, desprezam-se as variações nas
propriedades da madeira.
As classes de resistência das madeiras têm por objetivo o emprego de madeiras com pro-
priedades padronizadas, orientando a escolha do material para elaboração de projetos es-
truturais.
Nessas tabelas são apresentados valores característicos (denotados pelo índice k), e valo-
res médios (denotados pelo índice m).
Nessa tabela são apresentados valores característicos (denotados pelo índice k), e valores
médios (denotados pelo índice m).
A classificação visual consiste na inspeção visual das faces, lados (bordas laterais) e das
extremidades de cada peça. Deve-se examinar todo o comprimento das peças e avaliar a
localização e a natureza dos nós e outros defeitos presentes na superfície das mesmas. A
classificação deve ser realizada por pessoa qualificada e treinada. A classificação visual
da madeira serrada de coníferas consiste na inspeção da qualidade visual da madeira com
relação à presença de defeitos e também da densidade de anéis de crescimento da madeira.
São definidos três níveis de acordo com a presença de defeitos (CALIL, 2019)
Se a classificação visual for realizada antes do aplainamento das peças de madeira, para
propósitos de classificação visual devem ser consideradas as dimensões da peça após o
aplainamento. Quando a classificação visual for realizada antes de submeter as peças ao
aplainamento de suas faces, devem ser respeitadas as reduções máximas das dimensões
da seção transversal, dadas na Tabela 1 da norma NBR 7190-2:2022 a seguir.