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CAPÍTULO 5
DIÂMETRO TÁTICO é o afastamento relativo a uma mudança pouco prático completar a curva teórica necessária para ocupá-lo
de rumo de 180º e governar em uma derrota direta. Nesses casos, será mais
prático reduzir a velocidade e/ou governar em “FISH TAIL”.
A manobra denominada “FISH TAIL” (rabo de peixe) consiste
em duas guinadas consecutivas, normalmente de 45º a 60º, uma
para cada lado do rumo original. Tem como propósito permitir
que o navio que a executa caia a ré sem variar a rotação da
máquina e com um mínimo de variação do rumo.
Um contratorpedeiro, por exemplo, manobrando com um ângulo
de leme equivalente a um diâmetro tático de 1000 jardas e
realizando um “FISH TAIL” com 45º para cada lado do rumo
base, terá um caimento de 400 jardas.
Com 60º de guinada, o caimento será de 700 jardas. Admite-se,
durante as guinadas mais acentuadas, uma perda de velocidade
de avanço de 13%.
Os valores aproximados de caimento, para qualquer variação de
rumo, poderão ser calculados das curvas características do
navio. Entretanto, os valores citados anteriormente poderão ser
utilizados para efeitos práticos.
Cumpre observar que tanto o AVANÇO como o Quando se desejar cair a ré e lateralmente, ao mesmo tempo,
AFASTAMENTO e, conseqüentemente, o DIÂMETRO uma guinada de 45º para um bordo somente, seguida de um
TÁTICO, são função das características de cada navio, variando, retorno ao rumo original, causará um afastamento lateral de 300
assim, com o deslocamento, velocidade e ângulo de leme jardas e um caimento de 200 jardas.
empregado. Quando não se levar em consideração o tempo para a manobra e
É mandatório que sejam mantidas nos passadiços dos navios a linha do movimento relativo for muito pequena, será mais
tabelas que permitam, nas diversas condições, a utilização prático optar-se por uma redução de velocidade.
desses elementos como auxílio à manobra.
5.4 - MÉTODO “FISH TAIL” - EXEMPLO
5.3 - EMPREGO DO “FISH TAIL”
Torna-se inadequado, em certas ocasiões, usar a rosa de SITUAÇÃO:
manobra para solução dos problemas de movimento relativo. O nosso navio (M) está em formatura, marcando o guia (R) aos
Quando a distância entre a posição atual e o novo posto é 000º/3000 jardas, com um rumo 225º e velocidade de 15 nós.
pequena e este posto está no setor limitado pelas alhetas, é muito
PEDE-SE:
Assumir o posto pelo través de bombordo do guia, na distância
de 2000 jardas, sem alteração sensível do regime das máquinas.
SOLUÇÃO:
É inadequado tentar resolver este problema por rosa de manobra,
pois M2 está quase que diretamente a ré de M1, na distância de
2150 jardas. Qualquer combinação de mudanças de rumo em
que se tentar, para ir de M1 e M2, fará com que o nosso navio
caia muito a ré do novo posto. Mesmo uma simples guinada de
360º fará com que M caia cerca de 3600 jardas, ficando muito a
ré do posicionamento desejado.
Utilizando a manobra “FISH TAIL” de 60º para cada lado do
rumo base 225º (165º a 285º), três vezes para cada bordo, o
nosso navio cairá a ré aproximadamente 2000 jardas, ficando a
somente 150 jardas do novo posto.
A ida então para o novo posto poderá ser completada pelos
procedimentos normais de manutenção de posto, tais como
pequenas reduções de RPM ou rápidas inversões de todo o leme
para um bordo e para o outro.
A figura 5.3 permite a visualização das diversas fases da
manobra, mostrando como varia o movimento relativo na
medida em que as proas se alteram de 165º para 285º.
Caso a primeira guinada fosse dada para boreste, a trajetória
relativa seria simétrica, do lado oposto da linha M1 M2.
EXEMPLO:
Um CT, navegando a 18 nós (600 jd/min) guina 30º para
boreste.
De quanto se afastará do rumo original, 15 segundos após iniciar
a guinada?
SOLUÇÃO:
Afastamento = 600 x 30 x 0,25 = 75 jd
60