O Rapaz Ao Fundo Da Sala - ORAL

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O Rapaz ao Fundo da Sala

Quando estava a escolher um livro para apresentar na minha oral, queria que ele tivesse um
tema interessante e atual.

Depois de pesquisar um bocado na internet fiquei curiosa e ao mesmo tempo sensibilizada


com a experiência de vida da autora Onjali Qatara Raúf.

Raúf, é uma escritora britânica, com origens no Bangladesh. Tem 42 anos e considera-se uma
feminista desde os 7. É fundadora de duas Organizações Não Governamentais:

- A Making Herstory, uma organização sem fins lucrativos que visa incentivar as
comunidades a construir um mundo mais justo para mulheres e raparigas no Reino
Unido e além-fronteiras. Combate o abuso e tráfico de mulheres.
- A Equipe de Ajuda aos Refugiados, que aumenta a conscientização e os fundos para
apoiar as organizações de ajuda aos refugiados na linha de frente.

Os seu livro são baseado nas suas experiências de racismo na infância. Pois chamavam-na de
“Paki”, que é uma forma maldosa, utilizada na Inglaterra, para classificar todos que os
nasceram na Ásia do Sul. Por isso, as histórias dos seus livros falam de personagens parecidas
com ela.

O livro que escolhi tem o título “O Rapaz ao Fundo da Sala”. Aborda não só o tema dos
refugiados, mas também o da amizade e da empatia, numa história contada por uma criança.

A história fala sobre a chegada de um colega novo na turma. Ele senta-se sempre na última fila,
mas não fala com ninguém nem olha para ninguém. Este rapaz estranho e misterioso não sorri.
O seu nome é Ahmet.
Curiosos, quatro meninos muito especiais tentam fazer amizade com ele e conhecer a sua
história. Descobrem que Ahmet é um rapaz refugiado que foi separado da sua família. Ele teve
de abandonar o seu país para fugir à guerra.
Uma vez que nenhum adulto consegue ajudar o Ahmet a reencontrar a família, o grupo de
amigos elabora um plano corajoso — ao que deram o nome de “A Melhor Ideia do Mundo”.
Este plano vai levá-los numa aventura extraordinária envolvendo a própria Rainha de
Inglaterra!
A forte amizade entre estas crianças permitiu dar-lhes coragem para tentarem visitar a rainha
ao Palácio de Buckingham e pedir ajuda. No final, com a ajuda da rainha os pais de Ahmet são
localizados, apesar da sua irmã de 3 anos ter falecido na travessia do mar Mediterrânio.

Este livro tem uma história bastante atual, que nos faz perceber a realidade dos refugiados, e
também tem uma interessante mensagem sobre o respeito pelas diferentes culturas.
Cada criança deste grupo representa diferentes estratos sociais, religiões e raças. Nenhuma
destas caraterísticas importa às crianças, pois sentem-se todos iguais, unidos pela forte amizade.
Ao longo do livro sente-se o ódio que muitas pessoas têm para com os refugiados. Estas pessoas
consideram que os refugiados representam a chegada de pessoas violentas, malformadas,
radicalistas, e que só vão trazer despesas para o país. Querem apenas usufruir do sistema de
saúde e regalias.

Felizmente, a voz de quem quer ajudar estas pessoas fala mais alto. Ajudar os refugiados
significa ajudar pessoas que foram apanhadas pela guerra sem terem qualquer culpa. Ficaram
sem casa, feridos, com fome e separados das suas famílias. A empatia e a amizade ganha esta
batalha nesta história muito emocionante.

Mais do que nunca ouvimos na televisão falar de refugiados. A guerra entre a Ucrânia e a
Rússia e entre Israel e a Faixa de Gaza recordam-nos diariamente o enorme problema que
representa as vítimas da guerra que tentam fugir.

Somente a empatia, a solidariedade e a amizade conseguem minimizar o impacto da guerra.


Este livro é o exemplo claro de como a empatia juntou a família de Ahmet dando esperança
num futuro melhor, onde o racismo, bullying e a violência perdem.

Esta história, enquanto fala de um assunto difícil que nos comove e entristece, tem muitos
momentos leves, divertidos e que nos dão esperança.

Aconselho a todos a lê-lo!

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