Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho Organizações Internacionais
Trabalho Organizações Internacionais
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
1
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÁNCIA
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Licenciatura Em Ciência Política e Relações Internacionais
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
1
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3
2.5. Tratados................................................................................................................................9
4. Considerações finais...............................................................................................................18
5. Referências bibliográficas......................................................................................................19
2
1. Introdução
O papel desempenhado pelas organizações internacionais nos últimos tempos reflete a abertura
de um novo cenário internacional, tanto no contexto jurídico, quanto no contexto econômico,
social e cultural. Além disso, as organizações internacionais abriram as portas para novos ramos
e novas fontes do Direito Internacional.
A complexidade de temas diversos, que vão além da jurisdição nacional, fez com que os Estados
se deparassem com a necessidade de promover maior cooperação internacional. Desta forma, as
organizações internacionais, principalmente, através do mecanismo de celebração de tratados,
vem atuando no plano universal e regional.
A celebração de Tratados saiu da esfera exclusiva dos Estados para também fazer parte do rol de
atividades desempenhadas pelas organizações internacionais. Porém, a capacidade dessas
organizações de celebrar tratados é uma questão que suscita temas que permeiam sua
personalidade jurídica e até a sua própria definição.
Este trabalho tem como objetivo Analisar a Implementação de Tratados Internacionais por uma
Organização Internacional (ONU).
3
2. Conceito E Evolução Histórica
O Direito Internacional Público é conceituado por Charles Rousseau (1944, p.1) como “o ramo
do direito que rege os Estados nas suas relações respectivas”. Nota-se desta definição que são
considerados sujeitos de Direito Internacional apenas os Estados e que as normas de direito
internacional regulam tão-somente as suas relações.
Nesta mesma corrente segue Hans Kelsen (1998, p.224) ao afirmar que o Direito Internacional é
“um complexo de normas que regulam a conduta recíproca dos Estados - que são os sujeitos
específicos do Direito internacional”.
Por conseguinte, Mazzuoli (2019, p. 76) define o Direito Internacional Público moderno como:
Para chegar nesta definição, o Direito Internacional passou por diversas mudanças ao longo da
história, à medida que as civilizações evoluíram, pois apesar de não ser tão antigo também não é
uma criação recente.
4
2.1. Sujeitos De Direito Internacional
Conforme a conceção moderna de Direito Internacional, são considerados sujeitos: os Estados, as
organizações internacionais intergovernamentais e os indivíduos, apesar destes serem
indiretamente alcançados pelas normas internacionais por meio dos Estados.
A principal e mais notável organização é a Organização das Nações Unidas (ONU), criada em
1945, por meio da Carta das Nações Unidas, com o propósito de proteger e preservar os direitos
fundamentais e as futuras gerações dos flagelos da guerra, bem como estabelecer obrigações e a
manutenção dos acordos oriundos das mais diversas fontes de direito internacional, com o fim de
reprimir agressões ao estabelecimento da paz e segurança internacional (ONU, 1945).
Ao tempo de sua fundação, a ONU contava com 51 membros e atualmente possui 193 membros
(ONU, 2021). Possui coordenação descentralizada, dividida por 13 diversos órgãos, formada
pela Assembleia-Geral, o Conselho de Segurança, a Corte Internacional de Justiça, o Conselho
de Tutela e o Conselho Econômico e Social. Atreladas a ONU foram fundadas diversas
organizações especializadas autônomas dentre as quais se destaca a Organização internacional do
Trabalho (OIT), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
5
2.2. Convenção de Viena sobre o direito dos tratados (1969)
A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969) se aplica à celebração de tratados
entre Estados. Até entrar em vigor, as normas jurídicas citadas na Convenção de Viena,
vigoravam com base no costume internacional. Mesmo que o costume seja ainda a fonte mais
importante do direito das gentes, os tratados vêm se destacando cada vez mais como fonte de
direito internacional.
De acordo com Paul REUTER (1999), a Convenção de Viena anuncia o desejo de abrir a
Convenção a todos os Estados, ao mesmo tempo em que reservava para a Assembleia Geral das
Nações Unidas o direito de convidar qualquer Estado que não fosse membro das Nações Unidas
ou de organismos especializados, nem parte do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, para
que tivesse acesso à Convenção.
A Convenção de Viena menciona em seu artigo 3º, o fato de que esta Convenção não se aplica
nem aos acordos internacionais celebrados entre Estados e outros sujeitos de direito internacional
ou entre esses outros sujeitos, nem aos acordos internacionais não celebrados por escrito. Isso
não afeta o valor jurídico de tais acordos e nem a aplicação da Convenção na relação dos Estados
entre si em virtude de acordos internacionais em que foram partes outros sujeitos de direito
internacional.
Em termos gerais, os Estados foram motivados a fazer parte da Convenção de Viena devido a
função internacional que os tratados representam nas relações internacionais. Os tratados, de
forma geral, representam um importante instrumento de cooperação pacífica entre as nações e
preservam o preceito de soberania.
6
2.3. Organizações internacionais
Conceitualmente, alguns estudiosos afirmam não existir uma noção unanimemente aceita sobre o
que se deve entender por organização internacional. As características comuns das organizações
internacionais permitem chegar uma definição de que elas são uma associação de sujeitos de
Direito Internacional, constituída basicamente por Estados.
Diversas são as razões que levaram ao surgimento das organizações internacionais. Grande parte
delas nasceram a partir da necessidade de controlar conflitos entre nações, de incentivar o
desenvolvimento de nações mais carentes, de buscar a criação de normas internacionais, de
7
proteger os direitos humanos e mesmo pela busca de desenvolvimento de temas técnicos. Um
exemplo disso foi a criação em 1865, da União Telegráfica Internacional que, em 1934, passou a
se chamar União Internacional de Telecomunicações (UIT). Esta organização foi criada a partir
do aumento da demanda no campo das comunicações com a necessidade de cooperação
multilateral entre os Estados nessa área. A União Internacional de Telecomunicações também foi
criada para facilitar as relações de paz e o desenvolvimento econômico e social, através de
assistência técnica aos países em desenvolvimento. Neste sentido, SORENSEN (1968) observa
que:
Em termos gerais, "os Estados criam organizações internacionais para desempenharem tarefas
que não podem realizar sozinhos". As organizações internacionais formam, hoje em dia, uma
forte instituição mundial que permite com que os Estados institucionalizem suas relações e
alcancem objetivos que não poderiam ser atingidos de forma isolada.
Na prática, uma organização internacional é criada a partir da celebração de um tratado que pode
ser firmado sob alguma denominação específica (carta, pacto, protocolo, etc). Mesmo após ter
sido assinado, esses tratados não excluem a possibilidade de entrada de novos membros. Os
tratados são submetidos a ratificações e não podem ser objeto de reserva. O tratado constitutivo
de uma organização confere, a ela, um caráter de norma constitucional, tendo como finalidade
primordial atender os objetivos comuns dos Estadosmembros que, por sua vez, formam o pilar
financeiro das organizações.
8
As organizações também podem ser vistas pela perspetiva de seus fins; podem ter fins gerais -
como a ONU - ou específicos - como a Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (UNESCO), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a União
Internacional de Telecomunicações (UIT), dentre outras.
O sistema ONU de proteção dos direitos humanos, de acordo com Coelho (2007, p. 47), é
“composto por instrumentos normativos complementares de abrangência mundial e competência
variada”. Como instrumentos institucionalizados de proteção, o sistema global moderno
apresenta, entre outros, a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e os Pactos
Internacionais de Direitos Humanos de 1966, por exemplo. (MAZZUOLI, 2008, p. 747).
Além destes instrumentos, Coelho (2007, p. 48) ressalta a relevância dentro do sistema ONU, da
Convenção Internacional sobre a Eliminação de Discriminação de Todas as 32 Formas de
Discriminação Racial de 1965, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher de 1979, da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou
Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes de 1984, etc. Complementarmente, ainda no sistema
global (ONU), há dois mecanismos – pouco utilizados – de supervisão e controle dos direitos
humanos: o confidencial e o público. (COELHO, 2007, p. 48/49).
O autor ensina que o primeiro mecanismo, baseado na Resolução 1.503, “permite que qualquer
pessoa, grupo ou organização não-governamental apresentem denúncias sobre violações
continuadas dos direitos fundamentais em determinado Estado”, enquanto o segundo baseia-se
na Resolução 1.235 e permite que grupos de trabalho se formem, ou que sejam enviados
representantes especiais a fim de que seja investigada a situação dos direitos humanos em certa
9
região. Em ambos os casos as decisões sobre os casos submetidos a esses procedimentos cabem a
Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas16. (COELHO, 2007, p. 49).
Além destes instrumentos, Coelho (2007, p. 48) ressalta a relevância dentro do sistema ONU, da
Convenção Internacional sobre a Eliminação de Discriminação de Todas as Formas de
Discriminação Racial de 1965, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher de 1979, da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou
Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes de 1984, etc.
Coelho (2007, p. 47) afirma que os sistemas internacionais de proteção à pessoa humana não
impõem obrigações aos Estados que deles não fazem parte, uma vez que a adesão é ato
voluntário e deverá ser expressa, como forma de respeitar a autodeterminação dos povos e a
soberania estatal. O autor ainda ressalta que, por protegerem simultaneamente os mesmos
direitos, caberá à vítima escolher o foro em que as normas lhe sejam mais favoráveis.
10
Desta forma, um dos fundamentos do refúgio caracteriza-se pelos preceitos de universalidade e
indivisibilidade dos direitos humanos, princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos
Humanos de 1948. Estes princípios fundamentam a proteção internacional dos refugiados, pois a
partir deles afirma-se a inerência da dignidade à pessoa humana e a interdependência dos direitos
humanos, protegendo simultaneamente os direitos civis, políticos, sociais, econômicos e sociais.
(PIOVESAN, 2001, p. 39).
A compreensão da problemática dos refugiados à luz dos direitos humanos é reforçada pela
Declaração de Direitos Humanos de Viena de 1993. O parágrafo 23 merece destaque, pois “[...]
reafirma que todas as pessoas, sem qualquer distinção, têm direito a solicitar e gozar de asilo
político em outros países em caso de perseguição, bem como retornar ao seu próprio país”.
(PIOVESAN, 2001, p. 41).
O quadro institucional e legal de assistência aos refugiados foi formado no decorrer das
décadas de 50 e 60, onde a Convenção sobre refugiados de 1951 e o Protocolo de 1967
são os maiores instrumentos, juntamente com o Estatuto do Alto-Comissariado das
Nações Unidas para Refugiados (UNHCR), de 1950, e algumas resoluções importantes
da Assembléia Geral das Nações Unidas. (CASELLA, 2001, p. 19).
11
A institucionalização do ACNUR, da Convenção de 1951 e do Protocolo de 196729 representa a
fase contemporânea da proteção internacional dos refugiados e é justamente esta fase que
estamos presenciando. (ANDRADE, 2001, p. 124).
Segundo Araújo e Almeida (2001, p. 354), o termo Tratado foi escolhido pela Convenção de
Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 para designar um acordo internacional. Ainda
segundo os mesmos autores: “Tratado seria o ato bilateral ou multilateral ao qual se deseja
atribuir especial relevância política”. (ARAUJO e ALMEIDA, 2001, p. 354).
A autora ainda ensina que os Estados que se comprometem a cumprir um tratado passam a ser
designados Estados partes, cabendo apenas a estes as obrigações contidas na convenção, ou
aplicam-se universalmente no caso de o tratado trazer consigo alguma norma costumeira.
(JUBILUT, 2007, p. 82). Em relação ao Direito Internacional dos Refugiados, o marco
institucional da proteção moderna é representado pela Convenção de 1951, celebrada sob amparo
das Nações Unidas, por meio do ACNUR. (JUBILUT, 2007, p. 83).
Todavia, a Convenção de 1951 foi elaborada a partir de muitas divergências e sofreu críticas em
função das limitações impostas por ela – possibilidade de reserva geográfica, limitação quanto
aos motivos para o reconhecimento do status de refugiado, não estabelecimento de um órgão
responsável por sua interpretação, ainda que suas diretrizes de interpretação fossem divulgadas
pelo ACNUR. A fim de que as limitações existentes na Convenção de 1951 fossem extintas e,
como consequência de haver surgido novos grupos de refugiados, por meio de atuação do
ACNUR, adotou-se o Protocolo de 1967, abolindo as reservas geográficas e temporais, além de
tornar mais amplo e abrangente a definição de refugiado. (JUBILUT, 2007, p. 87).
Sobre esses dois tratados, Jubilut (2007, p.88) assevera que estes formam a base positiva
universal do Direito Internacional dos Refugiados, porém, argumenta haver outros que objetivam
a mesma proteção, como por exemplo, a Convenção Relativa aos Aspectos Específicos dos
Refugiados Africanos, de 1969, no âmbito da Organização da Unidade Africana. A autora ainda
12
ressalta que o DIR utiliza-se de outros tratados não específicos sobre o tema a fim de assegurar
uma melhor proteção aos refugiados.34 (JUBILUT, 2007, p. 89).
De acordo com a Convenção de 1951 relativa ao estatuto dos refugiados (de 1951), são
refugiados as pessoas que se encontram fora de seu país por causa de fundado temor de
perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou participação
em grupos sociais, e que não possa (ou não queira) voltar para casa.
Portanto, segundo definição clássica, a aquisição do status de refugiado segue a premissa que
deve haver o fundado temor de perseguição em função de raça, religião, nacionalidade,
pertencimento a grupo social e opinião política, para que se reconheça sua condição.
(ALMEIDA, 2001, p. 136).
[...] o conjunto das leis e costumes da guerra, visando a minorar o sofrimento de soldados
prisioneiros, doentes e feridos, bem como das populações civis atingidas por um conflito
bélico, o primeiro documento normativo de caráter internacional foi a Convenção de
Genebra de 1864, a partir da qual fundou-se, em 1880, a Comissão Internacional da Cruz
Vermelha. A Convenção foi revista, primeiro em 1907, a fim de se estenderem seus
princípios aos conflitos marítimos (Convenção de Haia), e a seguir em 1929, para a
proteção dos prisioneiros de guerra (Convenção de Genebra).
13
assalariados, com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919
(COMPARATO, 2015).
Ante a devastação causada pelos impactos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), adveio a
urgente necessidade de proteger e postular os direitos humanos fundamentais internacionalmente
de forma profunda e definitiva. Segundo o antigo Ministro de Relações Exteriores, Luiz Felipe
Lampreia (1998, p. 1), em seu ensaio “Direitos Humanos e Diplomacia”:
A Organização das Nações Unidas (ONU), foi criada em 1945, por meio da Carta das Nações
Unidas, cuja elaboração, segundo Lampreia (1998) estabeleceu de antemão que os direitos
humanos não poderiam ficar restritos a jurisdição interna dos Estados, sendo necessário que
fosse positivado na esfera internacional. 18 Sendo assim, em 10 de dezembro de 1948 foi
aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), primeiro documento
internacional específico sobre os direitos humanos (LAMPREIA, 1998).
14
4. Considerações finais
As organizações internacionais constituem um agente de vulto no panorama mundial das ações
políticas, econômicas e sociais. A gradativa importância fáctica desses entes lhes auferiram
direitos e obrigações no plano internacional. Através delas, os Estados transferiram grande parte
de suas necessidades para o convívio internacional, principalmente através do mecanismo de
celebração de tratados. Por outro lado, permanecem as discussões sobre a personalidade jurídica
das organizações internacionais e o problema tem implicações variadas.
Para que as organizações internacionais cumpram bem suas funções, principalmente, no que diz
respeito a celebração de tratados, é indispensável o reconhecimento da personalidade jurídica de
Direito Internacional, o que lhes foi conferido através da prática ao longo dos anos. A discussão
se esbarra na questão da soberania dos Estados.
15
social. É importante ressaltar que a celebração de tratados é atualmente uma das práticas mais
importantes nas relações internacionais.
5. Referências bibliográficas
AKEHURST, Michael. Introdução ao direito internacional. Coimbra: Almedina, 1985.
MEDEIROS, Antonio Paulo Cachapuz de. O poder de celebrar tratados . Porto Alegre: Sergio
Antonio Fabris, 1995. _________________.
CONVENÇÃO de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969). CONVENÇÃO de Viena sobre o
Direito dos Tratados entre Estados e Organizações Internacionais ou entre Organizações
Internacionais (1986).
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Tratados internacionais. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2001.
SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de direito internacional público. São Paulo: Atlas, 2002.
16
BUERGENTHAL et al., citado por MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Tratados Internacionais.
São Paulo: Juarez de Oliveira, 2001. p. 14.
CONVENÇÃO de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969). Art. 2º, I, alínea a).
REZEK, citado por MAZUOLI, Valério. Tratados internacionais. São Paulo: Juarez de Oliveira,
2001. p. 23.
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Tratados internacionais. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2001.
p. 27.
SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de direito internacional público. São Paulo: Atlas, 2002.
p. 60.
17