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Resumo - Farmacotécnica II
Resumo - Farmacotécnica II
- Supositórios evitam efeito de primeira passagem, porém possuem absorção irregular que
depende de fatores fisiológicos, de características físico-químicas do fármaco e do excipiente e
seu efeito pode ser tópico ou sistêmico
SUPOSITÓRIOS
Vantagens Desvantagens
Paciente inconsciente Fármaco pode causar irritação
Paciente com vômito Difícil e desconfortável administração
Menor efeito de primeira passagem Absorção irregular
Protegem fármacos que sofrem degradação Risco de contaminação cruzada e exige
no suco gástrico armazenamento adequado
Substituem outras vias de administração Tempo de ação mais lento
sistêmica
❖ Formulação base
- Manteiga de cacau: base oleaginosa, inerte (porém apresenta ponto de fusão próximo da
temperatura corporal), atóxica, indicado para supositórios infantis ou para produtos pouco
irritantes
- Bases emulsionadas: base oleaginosa, é inerte (com ponto de fusão maior que a temperatura
corporal), pouco irritante devido à presença de emulsionantes
- Polietilenoglicóis: base hidrofílica, pode apresentar efeito laxativo, pode ser irritante no local (por
isso é mais utilizada em óvulos), não possui viscosidade alta
- Gelatina: base hidrofílica, pode apresentar efeito laxativo, mais utilizada em óvulos, funde mais
lentamente que a manteiga de cacau
Farmacotécnica II
❖ Emulsões
- Forma farmacêutica líquida ou semissólida, de aspecto leitoso ou cremoso, resultando da
dispersão de 2 líquidos imiscíveis em pequenas gotículas pela ação de um agente
emulsionante
- O/A (Óleo/Água): a fase externa é a água (dispergente ou contínua), e a fase interna é o óleo
(disperso ou descontínuo), possui característica aquosa
- A/O (Água/Óleo): a fase externa é o óleo e a fase interna é a água, possui característica oleosa
- Equilíbrio Hidrófilo-lipófilo (EHL): a característica hidrofílica ou lipofílica de um composto é
dada pelos grupos que constituem a molécula: quanto maior o equilíbrio de solubilidade das
duas porções, melhor a ação emulsificante do tensoativo; o valor vai de 0 a 50 e aumenta com
a hidrofilicidade do composto
Equilíbrio Hidrófilo-lipófilo (EHL)
Emulsão O/A (Óleo/Água) Emulsão A/O (Água/Óleo)
Entre 8 e 16 Entre 3 e 8
❖ Usos e aplicações
- Creme: normalmente do tipo O/A, destinado ao uso externo com finalidade medicamentosa
ou cosmética
- Loções: emulsões fluídas destinadas a aplicação externa, efeito lubrificante
- Uso interno: são empregados para dispersar os fármacos hidro e lipossolúveis, mascaram
sabor e odor de alguns fármacos e em algumas vezes melhoram a absorção
- Via intravenosa: utilizada para administrar óleos calóricos para pacientes altamente
debilitados
Farmacotécnica II
❖ Cápsulas
- Preparação farmacêutica constituída por um invócrulo gelatinoso, de formas e dimensões
variadas, contendo substâncias medicamentosas em sistema de dose unitária
- Na preparação das cápsulas é importante lembrar que elas são produzidas para comportar
um determinado volume de pó e não de massa, no entanto é manipulado fármacos expressos
em massa e não volume
CÁPSULAS
Vantagens Desvantagens
Fácil deglutição Não é fracionável
Mascara de forma eficaz as características Dificuldade na obtenção da uniformidade
organoléticas e da exposição direta aos de conteúdo nas cápsulas
agressores externos
Fabricação a seco Aderem facilmente a parede do esôfago
Versatilidade Sensibilidade a temperatura e umidade
Boa característica de biodisponibilidade e Incompatibilidade com substâncias
sistema de liberação modificada higroscópicas
Boa resistência física e sucesso na terapia Limitações de uso pelo paciente
combinada
❖ Fórmula e especificações
Densidade: ______
massa Nº 5 4 3 2 1 0 00 000
Vol 0,170 0,210 0,300 0,370 0,500 0,680 0,950 1,370
volume
Massa: g Dica: para a escolha da cápsula deve-se sempre levar em
Volume: ml
consideração a quantidade de excipiente que será utilizado
Densidade: g/ml
Farmacotécnica II
❖ Estabilizantes e conservantes
- Estabilidade: é a extensão na qual o produto se mantém estável dentro dos limites
especificados, no período de armazenamento e uso, as mesmas propriedades e características
que possuíam no momento da sua fabricação
- Estabilidade química: cada componente ativo mantém sua integridade e potência
regulada, dentro dos limites especificados.
- Estabilidade física: as propriedades físicas originais, incluindo aparência,
palatabilidade, uniformidade e dissolução são mantidas
- Estabilidade microbiológica: é mantida de acordo com os requerimentos
especificados; agentes microbianos que estão presentes, mantém sua efetividade
dentro dos limites especificados
- Estabilidade terapêutica: o efeito terapêutico permanece inalterado
- Estabilidade toxicológica: nenhum aumento significante da toxicidade ocorre
- Especificação: descrição de atributos do material, substância ou produto exigidos em normas
legais (legislação vigente) ou estabelecidos pela literatura (farmacopeias ou laudo fabricante)
para determinação do prazo de validade de modo a assegurar segurança e eficácia terapêutica
na fabricação, armazenamento e uso do medicamento
- Aspecto legal: Farmacopéias, Boas Práticas de Fabricação, Boas Práticas de Manipulação e
Legislação Sanitária
USO EXTERNO
- Ácido sórbico, 0,05% - 0,2%
- Clorexidina, 0,01%
- Metilparabeno (nipagim), 0,02 – 0,3%
- Propilparabeno (nipazol), 0,01 – 0,6%
❖ Pós
- São preparações provenientes de drogas vegetais, animais ou substâncias químicas
submetidas a um grau de divisão suficiente para lhes assegurar homogeneidade e lhes facilitar
a administração
- Mistura de fármacos e ou substâncias químicas, secas e finamente divididas, que podem ser
destinadas para uso interno ou externo
- Pós para aplicação tópica: fino, uniforme, homogêneo, macio ao toque, não irritante a pele,
livre de escoamento e espalha facilmente na superfície da pele
- Pós para uso interno: fino, uniformemente dividido, pois a velocidade de dissolução e a
biodisponibilidade dependem do tamanho da partícula do fármaco
- Os pós para serem administrados podem ser aglomerados, gerando novas formas
farmacêuticas com a denominação de agregados:
Operação farmacêutica Forma farmacêutica
Simples envoltório ou invólucro unitário Cápsula
Aglutinação Grânulo, pastilha
Granulação Granulado
Granulação, compressão e revestimento Drágea
Farmacotécnica II
❖ Preparação de pós
- Operação preliminar: triagem, divisão grosseira e estabilização
- Operação principal: trituração por meio de fricção (moinho, almofariz)
- Operação acessória: tamisação
❖ Diluição geométrica
- Adiciona-se o pó que entra em menor proporção uma idêntica quantidade de diluente; após
a homogeneização dessa mistura, adiciona-se uma quantidade de diluente idêntica da mistura,
misturando-se até a homogeneização
- Mistura explosiva: deve-se ter muito cuidado ao manipular agentes redutores (ex: carvão,
enxofre, substâncias orgânicas) com agentes oxidantes (ex: nitrato de prata, permanganatos,
peróxidos)
- Volume aparente: mede-se o volume aparente numa proveta calibrada o volume ocupado
por uma dada quantidade de pó; calcula-se assim a densidade aparente
- Ângulo de repouso: avalia-se a dificuldade dos pós fluírem através de um orifício por uma
superfície livre; o ângulo de repouso depende da força de fricção entre partículas, ou seja,
quanto menor o ângulo, menor a força de fricção e maior a velocidade de escoamento