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7-Garrigou-Lagrange Las Tres Vías y Las Tres Conversiones-Desbloqueado (001-120) (2) (073-084) .Es - PT
7-Garrigou-Lagrange Las Tres Vías y Las Tres Conversiones-Desbloqueado (001-120) (2) (073-084) .Es - PT
com
1«Si quis sitit veniat ad me et bibat. Qui credit in me, sicut dicit Scriptura,
flumina de ventre eius fluent aquae vivae» (Jo 7,37-38).
2«Si scires donum Dei, et quis est qui dicit tibi: Da mihi bibere, tu forsitan
petisses ab eo, et dedisset tibi aquam vivam... Sed aqua quam ego dabo ei, fiet
in eo fons aquae salientis in vitam aeternam» (Jo 4,10.14).
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tendo feito isso ao Coração de Jesus, encontrareis ricos tesouros de
graças na consagração ao Espírito Santo, frequentemente
renovada. A proteção de Maria nos leva à intimidade com Jesus; e a
humanidade do Salvador conduz-nos ao Espírito Santo, que nos faz
entrar no mistério da Santíssima Trindade.
SS Pio X.
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4. O problema das três idades da vida
espiritual na teologia ascética e no misticismo
Este capítulo, escrito especialmente para os teólogos, interessa
menos à maioria das almas da vida interior, que encontrarão, no
capítulo seguinte, a mesma doutrina de forma mais clara e mais
emotiva.
Um dos problemas mais importantes que se referem à vida
espiritual pode ser formulado assim: em que sentido deve ser
entendida a divisão tradicional dos três caminhos,purgante,
iluminadoreunitivo, segundo a terminologia de Dionísio; ou do
iniciantes,dos tendo vantagem sobree doperfeito,de acordo com a
terminologia anterior?
Duas interpretações notavelmente diferentes foram dadas sobre
esta divisão tradicional, segundo a qual a contemplação infundida
dos mistérios da fé e a união com Deus, que dela resulta, são
consideradas pertencentes aorota normalde santidade, ou como
um favorextraordinário,não apenas de fato, mas também de direito.
1. Declaração do problema
Esta diversidade de opiniões é óbvia se compararmos a divisão da
Teologia ascético-mística, geralmente seguida até meados do
século XVIII, com aquela geralmente dada por autores que
escreveram mais tarde. Por exemplo, parece manifesto,
comparando oMystica Theologja Divi Thomae,de P. Vallgornera, OP
(1662), com as duas obras de Scaramelli, SJ,Diretório Ascético(1751)
eDiretório Místico.
Vallgornera segue de perto o carmelita Felipe de la Santísima
Trinidad, e tenta harmonizar a divisão que ele dá com a encontrada
nos autores mais antigos; e também com alguns textos
característicos onde São João da Cruz fala do tempo em que as
purificações passivas do
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sentidos e espírito1. A obra, escrita para almas contemplativas, está
dividida em três partes:
1º)Do caminho purgativo, típico dos iniciantes,onde trata
purificação ativados sentidos internos e externos, das paixões, da
compreensão e da vontade, através da mortificação, da oração e da
meditação. E no final desta primeira parte ele fala sobre o
purificação passiva dos sentidos,em que começa a contemplação
infundida, pela qual a alma se eleva ao caminho iluminativo, como
ensina São João da Cruz no início doNoite Negra dos Sentidos2.
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idades da vida espiritual e indicou a forma como se verifica a transição de
um caminho para outro1.
***
Muito diferente é a divisão feita por Scaramelli e pelos autores
que o seguem. É claro que Scaramelli trata de Asceta e Misticismo,
não na mesma obra, mas em duas obras diferentes. EleDiretório
Ascético,duas vezes mais extenso que oMístico,É composto por
quatro partes: 1ª) Os meios de perfeição. 2º) Os obstáculos (o
caminho purgativo). 3º) As disposições próximas da perfeição cristã,
que se reduzem às virtudes morais em grau (ou modo) perfeito dos
beneficiados. 4ª) A perfeição essencial do cristão, que consiste nas
virtudes teologais, especialmente a caridade (o amor à
conformidade no perfeito).
EsseDiretório AscéticoPode-se afirmar que não fala dos dons do
Espírito Santo. Porém, segundo a opinião unânime dos Doutores,
sem os dons não é possível possuir as virtudes teologais no alto
grau que Scaramelli nos descreve.
EleDiretório MísticoAbrange cinco tratados: 1º) Introdução, onde
são estudados os dons do Espírito Santo e as graças,dados
gratuitos. 2º)De contemplação adquirida e infundida, para a qual,
segundo o próprio Scaramelli (c. XIV), bastam os dons. 3°) Dos graus
de contemplação indistinta, do recolhimento passivo à união
transformadora. No capítulo XXXII, Scaramelli admite que todas as
almas da vida interior podem desejar humildemente a
contemplação infundida, mas conclui afirmando que, na prática,
sem ter recebido um chamado especial, é preferível não desejá-lo:
Altiora te ne quaesieris2.4°) Dos graus de diferentes contemplações
infusas (visões e locuções interiores extraordinárias). 5°) Das
purificações passivas dos sentidos e do espírito.
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É surpreendente que só no final desteDiretório Místicohá o
tratado da purificação passiva dos sentidos, que, para São João da
Cruz e para os autores acima mencionados, marca a entrada no
caminho iluminativo.
A divergência entre esta forma de dividir a Teologia Mística e a
divisão adotada pelos autores mais antigos decorre evidentemente
do fato de que eles, ao contrário dos modernos, sustentavam que
todas as almas verdadeiramente interiores podem, com humildade,
desejar e pedir a graça de Deus. contemplação infundida dos
mistérios da fé, da Encarnação, da Paixão do Salvador, da santa
missa e da vida eterna: mistérios que são tantas manifestações da
infinita bondade de Deus. Segundo eles, esta indistinta
contemplação sobrenatural é moralmente necessária para a união
com Deus, na qual consiste a plena perfeição da vida cristã.
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espiritual1e, como ensina São Tomás, são necessários à saúde; e
mais ainda, pela perfeição2.
Da mesma forma, a nova doutrina não diminui odignidadeda
perfeição evangélica, ao tratá-la na ascese, desconsiderando os
dons do Espírito Santo e a contemplação infundida dos mistérios da
fé, e a união que se segue como corolário imediato? Por outro lado,
ao insistirmos tanto na ascese, não é verdade que acabamos por
diminuí-la edesviar as razões para praticar meditação e exercícioas
virtudes, pois perdemos de vista a intimidade divina à qual todo
este trabalho deve conduzir? E pode-se dizer que lança luz suficiente
sobre osenso de evidência,das aridezes prolongadas que
comumente ocorrem na passagem de uma era espiritual para uma
superior?; E não diminui a importância e a gravidade do misticismo,
que, assim separado do ascetismo, parece converter-se, no âmbito
da vida espiritual, num objecto de luxo típico de certos
privilegiados, um luxo que não está isento de graves perigos? Por
fim, e sobretudo, este modo de ver não coloca num nível inferior os
caminhos iluminativo e unitivo, falando deles desde um simples
ponto de vista ascético? Podem estes dois caminhos existir
normalmente sem o exercício dos dons do Espírito Santo,
proporcionais ao da caridade e às demais virtudes infundidas?
Existem apenas três formas e idades de vida espiritual, como dizem
os antigos; ou sãoseis:três ascetas e ordinários, e três místicos e
extraordinários, não só de fato, mas também de direito? Por outro
lado, não é evidente que os tratados ascéticos dos caminhos
iluminativo e unitivo, uma vez separados do místico, não contêm
mais do que consideraçõesabstratosobre virtudes morais e
teológicas? E sim, como faz Scaramelli,
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fala prático eespecificamentede progresso eperfeição das virtudes,Não é
verdade que, como ensina São João da Cruz, esta perfeição resulta
claramente inacessível sem purificações passivase sem a ajuda dos dons do
Espírito Santo? Aqui são muito relevantes as palavras de Santa Teresa:
«Vêem em todos os livros que se escrevem sobre a oração e a
contemplação, colocando coisas que devemos fazer para ascender a esta
dignidade, que depois não conseguem acabar consigo mesmos, ficam
desconsolados; Como é uma coisa, não nos será dado nada se disserem
coisas ruins sobre nós, mas sim teremos maior contentamento do que
quando dizem coisas boas, um baixo respeito pela honra, um
distanciamento dos seus parentes (que, se não o fizerem tem oração, não
gostaria de tratá-los, antes eles o cansam); muitas outras coisas desta
forma, que na minha opiniãoDeus deve dar-lhes,porque me parece que
eles já estãobens sobrenaturais,ou contra a nossa inclinação natural"1.
1Vida,c. XXXII.
2Noite Negra dos Sentidos, c. XIV.
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Portanto, após a conversão, você deve iniciar seriamente o
caminhopurgante,em que oiniciantesAmam a Deus, fugindo do
pecado mortal e do pecado venial deliberado, através da oração e
da mortificação externa e interna. Mas quando chegamos aqui, os
iniciantes se enquadram em duas categorias diferentes. Alguns,
muito poucos, empreendem uma vida interiorintensoe generoso;
Em outras palavras: eles seguem o caminho estreito daabnegação
perfeita.A maioria, porém, segue um caminhopurgativo, preguiçoso
e mediado,que admite, por sua vez, vários graus, desde as almas
boas, ainda um pouco fracas, até as mornas e atrasadas que
costumam cair novamente no pecado mortal. Uma observação
semelhante deve ser feita em relação às duas vias superiores,
distinguindo nelas um estado lânguido de um estado intenso e
vigoroso.
A transição para o caminho iluminativo faz-se a partir das
consolações sensíveis que geralmente vêm recompensar os
generosos esforços de mortificação. Quando alguém gosta muito
deles, o Senhor os afasta; e então a alma mergulha na aridez
sensível, mais ou menos prolongada, do purificação passiva dos
sentidos.Esta purificação continua, sem interrupção, nas almas
generosas; e para oinfundiu contemplação inicial,Isso os leva ao
caminho totalmente iluminador. Mas, nas almas que não são
amantes da cruz, esta purificação sofre frequentes interrupções; e
essas almas mornas não desfrutarão de uma vida robusta e
iluminadora, nem receberão contemplação infundida, exceto de vez
em quando.1. A noite passiva dos sentidos aparece assim como uma
segunda conversão, mais ou menos perfeita.
A vida plena e iluminadoracarrega consigo ocontemplação
infundida indistinto dos mistérios da fé, iniciado na noite passiva
dos sentidos. e capasduas formas normais:um, puramente
contemplativo,dos quais tantos santos carmelitas são exemplos; e a
outra, ativa, que foi a de São Vicente de Paulo, que, nas crianças
pobres e desamparadas, via constantemente representados os
membros sofredores do Redentor.Algumas vezesA plenitude desta
vida iluminadora envolve não apenas a contemplação infundida de
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os mistérios da fé, mas tambémagradecimento extraordinário:
visões, revelações, locuções interiores, como a seráfica Mestra do
Carmelo nos descreve em sua própria vida.
ElepassadoA vida unitiva costuma ser efeito de luzes mais
abundantes, ou de um apostolado mais fácil e alegre, que o Senhor
concede a quem beneficia como recompensa pela sua generosidade; e
que eles, não raramente, devido a um resquício de orgulho inato,
transformam em objeto de vã complacência. Mas então, se ele deseja
efetivamente conduzi-los ao caminho unitivo, ele os faz passar pelo
noite doespírito,purificação dolorosa da parte superior da alma. Se a
prova for suportada com um espírito verdadeiramente sobrenatural, a
purificação continua, por assim dizer, até conduzir à vida unitiva
perfeita. Mas, se faltar generosidade, só haverá uma vida unitiva
lânguida e mediada. Esta dolorosa purificação representa, na vida dos
servos de Deus, a terceira conversão.
Ovida unitiva perfeitaÉ acompanhado por uma contemplação
infundida dos mistérios da fé e por uma união passiva quase contínua.
Tal como o anterior, é apresentado em doisformas normais:aquele,
quase exclusivamentecontemplativo,o que aconteceu em San Bruno ou
em San Juan de la Cruz; a outra,apostólico,que são modelos acabados,
um São Domingos, um São Francisco, um São Tomás e um São
Boaventura.Algumas vezes,Além da contemplação infundida e da união
passiva quase contínua, também traz consigo agradecimento
extraordinário,como a visão da Santíssima Trindade que Santa Teresa
recebeu, e que a própria Santa descreve noHabitação VII.
Evidentemente, há também nesta vida unitiva perfeita, acompanhada
ou não de favores extraordinários, graus e categorias diversos: dos
santos menos exaltados aos mais elevados; dos Apóstolos, a São José e
à Santíssima Virgem.
Esta divisão das três idades da vida espiritual pode ser resumida
no quadro seguinte, que deve ser lido de cima para baixo. As três
purificações, ou conversões, aparecem nele como etapas de
transição entre os vários estados.
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AVANÇO ESPIRITUAL
Primeira conversão ou justificativa>> dá lugar ao >>>>
CAMINHO PURGATIVO PARA INICIANTES
Lânguido:Almas mornas ou atrasadas com algumas recaídas.
Generoso:almas fervorosas.
--------------------------------------------------------------------------------
Segunda conversão : Purificação passiva dos sentidos,
superado com resultados mais ou menos felizes>> dá lugar ao >>>>
CAMINHO ILUMINADOR DOS VANTAGENS
Lânguido:atos intermitentes de contemplação infundida.
Robusto:
Ordinário:
- Sob forma ativa (ex. São Vicente de Paulo).
- Sob uma forma puramente contemplativa.
Extraordinário:acompanhado de visões, revelações, etc.
--------------------------------------------------------------------------------
Terceira conversão : Purificação passiva do espírito,superado
com resultados mais ou menos felizes>> dá lugar ao >>>>
CAMINHO UNITIVO DOS PERFEITOS
Lânguido:união frequentemente interrompida.
Robusto:
Ordinário:
- Forma apostólica.
- Forma puramente contemplativa. Extraordinário:pág. por
exemplo. com visão do Stma. Trindade
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vida normal no céu. Comparemos agora brevemente com a divisão
das três idades da vida corporal: infância, adolescência e meia-
idade.
É sabido que São Tomás1ele já propôs esta comparação; e que,
como vimos2, há nele uma analogia que vale a pena estudar,
especialmente examinando a passagem de um período da vida para
outro.
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