Você está na página 1de 3

Roland Corbisier

Esta página cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. Ajude a
inserir referências. Conteúdo não verificável pode ser removido.—Encontre
fontes: ABW • CAPES • Google (N • L • A) (Maio de 2017)

Roland Cavalcanti de Albuquerque Corbisier (São Paulo, 9 de outubro


de 1914 - Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2005)[1] foi um filósofo e
político brasileiro.

Biografia
Filho duma mãe proveniente de família tradicional do Rio e de um
descendente de imigrantes franceses,[2] estudou no Colégio São Luís e
no Ginásio São Bento e posteriormente, na Faculdade de Direito do Largo
de São Francisco, graduando-se em 1936. Posteriormente, cursou a
Faculdade de Filosofia de São Bento e a Faculdade de Filosofia do Estado.

Roland Corbisier foi um dos fundadores e também diretor de Cursos e


Conferências no Instituto Brasileiro de Filosofia. Sob patrocínio deste
Instituto e do Museu de Arte Moderna de SP, lecionou Introdução Geral à
Filosofia e Estética de Hegel. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1954,
onde foi professor no ano de 1955, em um curso de Introdução à Filosofia
na Escola Nacional de Belas Artes, sob auspícios da CAPES e do IBF.[3]

Foi um dos fundadores e primeiro diretor executivo do ISEB - Instituto


Superior de Estudos Brasileiros, onde lecionou Filosofia no Brasil e fez
conferências sobre Cultura e Desenvolvimento. O ISEB propunha a
criação de uma ideologia nacionalista coerente e unificadora para guiar os
esforços de desenvolvimento do Brasil nos anos 1950 (o Instituto foi
extinto pelo governo de Castello Branco). Corbisier escreveu nessa época
livros esgotados atualmente. Procurou entender os impedimentos
culturais para o desenvolvimento nacional brasileiro visando escapar da
condição semicolonial do país. Para Rafael Ioris[4], "Corbisier
caracterizava o subdesenvolvimento como a condição de alienação
referente ao próprio potencial, bem como ao ato de imitar uma cultura
estrangeira". Ou seja, era preciso superar o sentimento de inferioridade
através para que o próprio subdesenvolvimento fosse superado.

No ano de 1963, elegeu-se deputado à Assembléia Legislativa e


Constituinte do Estado da Guanabara e, posteriormente, deputado
federal. Exerceu mandato até abril de 1964, quando foi afastado do cargo.
Tornou-se ainda professor de filosofia no ensino secundário e normal do
Rio de Janeiro, após ser afastado do cargo parlamentar.

Morreu em 2005, aos 90 anos, no Rio de Janeiro, após dois anos sofrendo
de mal de Parkinson. [1]

Publicações
Formação e Problema da Cultura Brasileira (1959)
Brasília e o Desenvolvimento Nacional
Problemas da Pedagogia no Brasil
Reforma ou Revolução (1968)
Enciclopédia Filosófica (1974)
Filosofia Política e Liberdade (1975)
Filosofia e Crítica Radical (1976)
JK e a luta pela presidência (1976)
Raízes da Violência (1991)

Traduções

Henri Lefebvre, Metafilosofia - 1967


Pierre Fougeyrollas, A Filosofia em Questão - 1967
Albert Memmi, Retrato do colonizador precedido pelo retrato do
colonizado - 1967
Jean-Paul Sartre, O fantasma de Stalin - 1967
Jacques Ellul, A técnica e o desafio do século, 1968
François Châtelet, Logo e Praxis, 1972

Referências
1. ↑ a Morre o filósofo Roland Corbisier. Istoé, 16 de fevereiro de 2005.
2. Estado, Agência (10 de fevereiro de 2005). «Morre o ex-deputado e
jornalista Roland Corbisier». Tribuna PR - Uol. Consultado em 8 de
abril de 2022none
3. ↑ Corbisier, Roland. Autobiografia Filosófica: das ideologias à teoria
da práxis. Civilização Brasileira: 1978
4. ↑ IORIS, Rafael R. (2017). Qual desenvolvimento?. Jundiaí: Paco.
p. 196

Ver também[editar | editar código-fonte]


Hélio Jaguaribe
Nelson Werneck Sodré
Juscelino Kubitschek

Você também pode gostar