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Cadeia de Custodia
Cadeia de Custodia
• Dessa forma, a Carta Política consagrou que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens
sem o devido processo legal, sendo assegurado aos acusados em geral o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, sendo inadmissíveis no processo as provas
obtidas por meios ilícitos.
• Com a publicação da Lei N.º 11.690, de 9 de junho de 2008, foram implementadas alterações
no referido diploma legal relativas à prova, tendo o legislador ordinário conferido aos órgãos
oficiais a tutela, a manutenção e a guarda dos vestígios por eles analisados, bem como
estabelecido em linhas gerais o contraditório da prova pericial.
• Essa nova realidade impõe adequações estruturais e procedimentais aos Órgãos Oficiais de
Perícia Criminal, visando assegurar a custódia do corpo de delito e implantar procedimentos
científicos confiáveis para analisar os vestígios matérias que o compõem, vinculando-os ao
fato delituoso (local do crime, bem violado e circunstâncias objetivas juridicamente
relevantes) e a seus atores (vítima, agressor e testemunhas).
• No Brasil, o Ministério da Justiça instituiu no ano de 2008 o Grupo de Trabalho Cadeia de
Custódia de Vestígio (GTCC) para tratar da implantação da Cadeia de Custódias de
Vestígios (CC) e certificação de procedimentos periciais relacionados à produção da prova
material.
• Na área forense, todas as amostras são recebidas e tratadas como evidências. São
analisadas e o seu resultado é apresentado na forma de laudo para ser utilizado na
persecução penal. As amostras devem ser manuseadas de forma cautelosa, para tentar
evitar futuras alegações de adulteração ou má conduta que possam comprometer as
decisões relacionadas ao caso em questão.
• Segundo CHASIN, a cadeia de custódia se divide em externa e interna: a fase externa seria o
transporte do local de coleta até a chegada ao laboratório (sítio de análise). A interna,
refere-se ao procedimento interno no local da amostra, até o descarte das amostras
(HEIN?).
• WATSON (2009) descreve a cadeia de custódia como o processo pelo qual as provas estão
sempre sob o cuidado de um indivíduo conhecido e acompanhado de um documento
assinado pelo seu responsável, naquele momento.
• A cadeia de custódia, a partir da leitura do disposto em Lei, inicia-se logo após o conhecimento
do fato criminoso:
CPP, art. 6º: Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
• O CPP cita que a autoridade policial deve garantir a conservação da cena do crime, manipular
indícios do local do fato, portanto a garantia da robustez da investigação se inicia neste
momento. ESPÍNDULA (2009) cita que todos os elementos que darão origem às provas
periciais ou documentais requerem cuidados para resguardar a sua idoneidade ao longo de
todo o processo de investigação e trâmite judicial.
• O artigo 170 do CPP cita que "nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material
suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão
ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas". O fato
de a Lei exigir a guarda de amostra do material analisado garante ao investigado a
possibilidade de contestação e defesa.
Art. 159
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença
de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
• Os Órgãos Oficiais de Perícia Criminal (Polícias Científicas, Institutos de Perícia e
outras nomenclaturas) detém a responsabilidade sobre a coleta, acondicionamento
e análise de amostras e objetos diversos relacionados à esfera criminal. Em cada
uma destas etapas é fundamental a existência de procedimentos de registro e
controle que tornem possível o rastreamento dos vestígios, bem como a
responsabilização em situações de alteração indevida destes.
• Condições fundamentais aos processos de registro e controle são a identificação inequívoca
dos vestígios, objetos e amostras e o transporte e armazenamento compatíveis com as
características dos materiais examinados, com condições de segurança e acondicionamento
adequadas a cada categoria de vestígio.
Problemática
• Local de Crime
Descarte?
Requisitos
- Inviolabilidade
- Resistência
Quem? CPP Art 6º - “Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais