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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 1
2 INFORMAÇÕES GERAIS......................................................................................................................... 1
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR..................................................................................................1
2.2 IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE............................................................................................................1
2.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO.........................................................................................................2
3 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS................................................................................................................ 4
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO................................................................................................ 5
4.1 DELIMITAÇÃO DA BACIA DE CONTRIBUIÇÃO.......................................................................................5
4.2 CARACTERÍSTICAS PLUVIOMÉTRICAS..................................................................................................8
4.2.1 Tempo de Concentração.................................................................................................................8
4.2.2 Intensidade Pluviométrica..............................................................................................................8
5 ESCOAMENTO SUPERFICIAL.................................................................................................................. 9
5.3 VERIFICAÇÃO DO SISTEMA ATUAL.....................................................................................................10
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................................... 13
7 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA E DA EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
TÉCNICO...................................................................................................................................................... 14
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA........................................................................................................................ 15

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LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – Croqui de acesso à área......................................................................................................3
Figura 4.1 – Delimitação das microbacias de contribuição para cada lago.............................................7
Figura 5.1 – Hidrograma da área de estudo...........................................................................................9
Figura 5.1 – Localização das Lagoas de Decantação.............................................................................11

LISTA DE FOTOS
Foto 4.1 – Visão geral das lagoas de decantação e a área de contribuição, sendo possível observar o
material sólido armazenado na área a montante que tende a ser transportado para as lagoas de
decantação de finos pelo escoamento superficial..................................................................................5
Foto 4.2 – Visão geral das lagoas de decantação e da área de contribuição..........................................5
Foto 4.3 – Visão geral das lagoas de decantação e da área de contribuição..........................................6
Foto 5.1 – Visão geral das lagoas de decantação, na qual pode ser observada a colmatação de finos
na lagoa................................................................................................................................................11
Foto 5.2 – Detalhe da lagoa de decantação e presença de sólidos e de vegetação.............................11
Foto 5.3 – Colmatação de solo na lagoa, praticamente na altura das bordas da lagoa, sendo possível
observar presença de vegetação..........................................................................................................12
Foto 5.4 – Indicação do local de extravasamento da lagoa de decantação (foto tirada em 19/02/19).
.............................................................................................................................................................12
Foto 5.5 – Detalhe do local a jusante no ponto de extravasamento da lagoa de decantação (foto
tirada em 19/02/19).............................................................................................................................12
Foto 5.6 – Extravasamento da lagoa de decantação, sendo possível observar o carreamento de
sólidos em direção ao corpo hídrico a jusante do empreendimento (foto tirada em 19/02/19).........13

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1 INTRODUÇÃO

O presente Relatório Técnico tem como objetivo avaliar a eficiência do sistema de


drenagem da atividade de extração e beneficiamento de basalto da empresa Votorantim
Cimentos S.A, localizada na Estrada CG-040, km 03, zona rural, município de Campo
Grande/MS, visando verificar se a capacidade das bacias de decantação de finos já existentes
na área são suficientes para atender a demanda.

2 INFORMAÇÕES GERAIS

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

EMPREENDEDOR
Razão Social: Votorantim Cimentos S.A.
C.N.P.J.: 01.637.895/0179-65
Endereço: Estrada CG-040, Km 03
Zona rural
Município/UF: Campo Grande/MS
CEP: 79.002-970
Telefone: (67) 3365-6969

2.2 IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE

A atividade em questão consiste na extração e beneficiamento de basalto da empresa


Votorantim Cimentos S.A. em uma área total de 73,25 ha, referente a dois processos
minerários, sendo eles:
- Processo ANM n° 868.570/1994: área de 43,21 ha, portador da Portaria de Lavra n°
270/2004, publicada no Diário Oficial da União – DOU em 14 de setembro de 2004 e da
Renovação Licença de Operação nº 182/2018, emitida pelo Imasul, com validade até 27 de
junho de 2022 (Processo 61/400856/2016);
- Processo ANM n° 868.660/2008: área de 30,04 ha, portador do Registro de Licença n°
27/2008, cuja autorização de prorrogação foi publicada no Diário Oficial da União – DOU em
14 de setembro de 2016, com validade até 11 de julho de 2020 e da Renovação Licença de
Operação nº 183/2018, emitida pelo Imasul, com validade até 27 de junho de 2022 (Processo
61/400858/2016).

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2.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

A atividade alvo do presente relatório está localizada na Estrada CG 040, km 03, zona
rural do município de Campo Grande, estado de Mato Grosso do Sul.
O acesso a área pode ser realizado pela rodovia MS-080, sentido Rochedo, onde após
passar o conjunto residencial José Abraão, toma-se uma estrada vicinal à direita da rodovia,
percorrendo-se aproximadamente 1,10 Km para então virar à esquerda e seguir por mais 2,84
Km, onde toma-se à direita, seguindo por mais 680 m até a entrada da pedreira, conforme
pode ser observado na Figura 2.1.

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Figura 2.1 – Croqui de acesso à área.

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3 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

O objetivo principal do presente relatório consiste na avaliação da eficiência do sistema de


drenagem da atividade de extração e beneficiamento de basalto da empresa Votorantim Cimentos
S.A, unidade Campo Grande/MS, visando verificar se a capacidade das lagoas de decantação de finos
já existentes na área são suficientes para atender a demanda.
A implantação e manutenção dos dispositivos de controle de vazão de água pluviais se
justifica pela necessidade de adoção de medidas para a redução do escoamento superficial através
do armazenamento e infiltração, além de evitar o carreamento dos sólidos decorrentes da atividade
minerária ao corpo hídrico localizado a jusante do empreendimento.

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4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

4.1 DELIMITAÇÃO DA BACIA DE CONTRIBUIÇÃO

Conforme mencionado anteriormente, para a redução do escoamento superficial e


principalmente, evitar o carreamento dos sólidos decorrentes da atividade minerária ao corpo
hídrico localizado a jusante do empreendimento, foi instalado um sistema de lagoas de decantação
na porção de cota inferior do terreno, considerando o sentido de escoamento superficial.
A partir das informações topográficas fornecidas pela empresa, foi delimitada a área da bacia
de contribuição das lagoas, sendo determinada uma área de 122.847,32m² que direcionam o
escoamento superficial para o dispositivo de drenagem.
Na Figura 4.1 pode ser observada a delimitação da área de contribuição e nas Fotos 4.1 a 4.3
pode ser observada a localização das lagoas de decantação de finos e delimitação das áreas de
contribuição.
Foto 4.1 – Visão geral das lagoas
de decantação e a área de
contribuição, sendo possível
observar o material sólido
armazenado na área a montante
que tende a ser transportado
para as lagoas de decantação de
finos pelo escoamento
superficial.

Foto 4.2 – Visão geral das lagoas


de decantação e da área de
contribuição.

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Foto 4.3 – Visão geral das lagoas
de decantação e da área de
contribuição.

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Figura 4.1 – Delimitação da área de contribuição das lagoas de decantação.

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4.2 CARACTERÍSTICAS PLUVIOMÉTRICAS

4.2.1 Tempo de Concentração

Tempo de concentração é o tempo necessário para que todo o volume precipitado na área
considerada contribua para as lagoas de decantação.
Considerando que a área de contribuição possui características homogêneas, considera-se
para este cálculo a distância do ponto mais distante das lagoas.
Além disso, considerando que se trata de uma bacia com área de contribuição inferior a 0,50
km², adota-se a fórmula de Kirpich para definir o Tempo de Concentração (tc).

( )
3 0,385
L
tc=57 .
H
Sendo:
tc = tempo de concentração (min);
L = comprimento do terreno: 0,59km;
H = diferença de cotas: 12 m.

Substituindo os valores na fórmula, obtém-se o tempo de concentração de 5,46 minutos,


valor esse também adotado como sendo o tempo de duração da chuva para o cálculo da Intensidade
Pluviométrica conforme preconiza o Método Racional.

4.2.2 Intensidade Pluviométrica

Para caracterizar o regime pluviométrico da área de estudo, utiliza-se a equação de


intensidade de chuva estabelecida no Plano Direto de Drenagem Urbana de Campo Grande,
conforme pode ser observado a seguir:
0,178
1973 ,15 x Tr
I= 0,8577
(t +22)
Sendo:
I = intensidade pluviométrica (mm/h);
Tr = Tempo retorno (anos) –25 anos (recomendado para macrodrenagem);
t = tempo de duração da chuva – adotado valor de 5,46 minutos;

Substituindo os valores na fórmula, obtém-se a intensidade pluviométrica de 170,21 mm/h.

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5 ESCOAMENTO SUPERFICIAL

5.1 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE DESCARGA DA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

Para determinar a vazão da bacia de contribuição, utiliza-se o Método Racional para cálculo
de descargas que é um método indireto e estabelece uma relação entre a chuva e o escoamento
superficial (deflúvio), sendo recomendado para bacias com áreas de até 3,0 km² utilizando a seguinte
fórmula:
CxIxA
Q=
360
Sendo:
Q = vazão de descarga (m³/s);
C = coeficiente de escoamento superficial, varia de 0 a 1 – adotado valor de 0,50;
I = intensidade média da chuva (mm/h) – calculado o valor de 170,21 mm/h;
A = área de contribuição 12,28 ha.

Substituindo os valores na fórmula, obtém-se uma vazão máxima de 3,48 m³/s.

5.2 HIDROGRAMA

O Hidrograma é a representação gráfica da variação da vazão (Q) ao longo do tempo (t) em


uma bacia hidrográfica, mostrando a resposta a uma dada precipitação.
Na elaboração do Hidrograma são considerados aspectos como o tempo de concentração,
tempo de base e vazão de pico, permitindo calcular o volume total escoado durante e após a
precipitação, conforme pode ser observado na Figura 5.1. Importante destacar que no Método
Racional o tempo de base é igual o tempo de concentração.

Figura 5.1 – Hidrograma da área de estudo.

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O volume total escoado pode ser obtido através da área do Hidrograma e considerando que
se trata de um triângulo, utiliza-se a seguinte fórmula:
bxh
A=
2
Onde:
Área (A) representa o volume total escoado (Ve);
Base (b) representa o tempo de base em segundos (tb);
Altura (h) representa a vazão de pico (Q);
Substituindo as variáveis temos:
tbxQ
Ve=
2
Ve = volume escoado (m³);
tb = tempo de base, equivale ao dobro do tc – calculado o valor de 1.434,18 segundos;
Q = Vazão de pico – calculado o valor de 3,48 m³/s;

Substituindo os valores na fórmula, obtém-se o volume total escoado de 2.498,98 m³.

5.3 VERIFICAÇÃO DO SISTEMA ATUAL

Para verificar a situação atual das lagoas de decantação já existentes na área foi realizado um
sobrevoo utilizando drone, sendo determinada uma área total de 4.027,40 m² e profundidades que
variam de 0,10 a 1,00 m devido a presença de sólidos, totalizando uma capacidade de 2.013,70 m³.
Considerando que o volume escoado total calculado é de 2.498,98 m³ conclui-se que a
capacidade atual das lagoas de decantação não atende a demanda gerada em caso de uma
precipitação intensa com período de retorno de 25 anos, sendo necessária a limpeza e remoção dos
sólidos sedimentados, visando aumentar a capacidade das mesmas.
Na Figura 5.1 pode ser observada a localização e a situação atual das lagoas de decantação
de finos.
Nas Fotos 5.1 a 5.3 pode ser observado o estado de colmatação de solo nas lagoas de
decantação e nas Fotos 5.4 a 5.6, o extravasamento do sistema ocorrido em fevereiro de 2019,
durante o período de elevada precipitação.

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Figura 5.1 – Localização das Lagoas de Decantação.

Foto 5.1 – Visão geral das lagoas


de decantação, na qual pode ser
observada a colmatação de finos
na lagoa.

Sólidos

Foto 5.2 – Detalhe da lagoa de


decantação e presença de
sólidos e de vegetação.

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Foto 5.3 – Colmatação de solo na
lagoa, praticamente na altura
das bordas da lagoa, sendo
possível observar presença de
vegetação.

Foto 5.4 – Indicação do local de


extravasamento da lagoa de
decantação (foto tirada em
19/02/19).

Foto 5.5 – Detalhe do local a


jusante no ponto de
extravasamento da lagoa de
decantação (foto tirada em
19/02/19).

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Foto 5.6 – Extravasamento da
lagoa de decantação, sendo
possível observar o carreamento
de sólidos em direção ao corpo
hídrico a jusante do
empreendimento (foto tirada em
19/02/19).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da delimitação da área de contribuição foi possível calcular o volume do escoamento


superficial que é direcionado para as lagoas de decantação existentes na área do empreendimento.
Considerando o volume de escoamento calculado e o volume atual das lagoas de infiltração é
possível afirmar que o sistema atual não é suficiente para atender a demanda.
Isso se deve muito a atual situação das lagoas, extremamente colmatadas em função do
carreamento das partículas sólidas transportadas pelas águas pluviais que se depositam no fundo dos
dispositivos e caso não sejam removidas, acabam por diminuir a capacidade de armazenamento.
Dessa forma, se faz necessária a limpeza das lagoas de decantação para que seja atingida a
altura mínima de 0,65 m, totalizando o volume de 2.617,81 m³, suficiente para atender a demanda
de 2.498,98 m³ gerada por uma precipitação de 170,21 mm/h de duração e tempo de retorno de 25
anos, conforme estabelece o Plano Diretor de Drenagem Urbana de Campo Grande.
Entretanto, recomenda-se que as lagoas sejam limpas até atingirem a profundidade de 1,5
m, tendo em vista o carreamento constante de sedimentos para o interior dos dispositivos o que
diminuiu gradativamente a capacidade útil de armazenamento, visando evitar o extravasamento e
principalmente, o transporte de sedimentos para o Córrego Ceroula localizado nas proximidades e a
jusante das lagoas de decantação.

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7 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA E DA EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO
RELATÓRIO TÉCNICO

EMPRESA
Razão Social: Hidrosul Ambiental Serviços Geológicos Ltda
CNPJ: 07.190.897/0001-02
Endereço: Rua Pedro Celestino, nº 50
Bairro Monte Líbano
CEP: 79.004-560
Município/UF: Campo Grande / MS
Telefone: (67) 3324-4636
e-mail: hidrosul@hidrosulambiental.com.br
EQUIPE TÉCNICA
Nome: Bruna Luckmann Saratt
Profissão: Engenheira Ambiental
CREA/SP: 1977-D
VISTO/MS: 5062601987-D
Nome: Osmair Simões
Profissão: Engenheiro Sanitarista e Ambiental
CREA/MS: 20348-D

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte. MANUAL DE HIDROLOGIA BÁSICA


PARA ESTRUTURAS DE DRENAGEM. 2° Edição – Rio de Janeiro, 2005.

SANTOS, G. G.; FIGUEIREDO, C. C.; OLIVEIRA, L. F. C.; GRIEBELE, N. P. Intensidade-duração-frequência


de chuvas para o Estado de Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental, v.13, Campina Grande, PB, 2009.

TUCCI, C. E. M.; SILVEIRA, André L. L.; ... [et al.]. Hidrologia: ciência e aplicação - 4ª ed. 6ª
reimpressão – Porto Alegre: Editora da UFRGS/ABRH. 2014.

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