Saem as ruas milhares de jovens com as caras pintadas
acompanhados de cartazes e gritos para protestar contra as negligencias do governo Collor.
Movimento estudantil ‘’os caras pintadas’’ em 1992
Fernando Collor de Melo tomou posse em 1990. Foi o
primeiro presidente eleito pelo voto direto pós Ditadura Militar. Porém o que se esperava de um impacto positivo para a República brasileira, tornou-se motivo de revolta, principalmente os jovens da época. Um governo cujo tinha como propaganda politica combater a corrupção e modernizar a economia teve seu mandato repleto de controvérsias. Apesar disso a queda começou a partir do momento em que Pedro Collor de Melo, irmão de Fernando Collor, fez uma grave acusação, no qual dizia que o tesoureiro da campanha de Collor comandava um esquema de corrupção. As denúncias do irmão do presidente geraram dúvidas sobre a veracidade do governo. No dia 13 de agosto de 1992, o presidente mandou ao povo o recado ‘’Que saiam no próximo domingo de casa com alguma peça de roupa com as cores da nossa bandeira’’. A resposta não foi o que ele esperava. As ruas se lotaram por protestantes – Os Caras pintadas – grupo formado majoritariamente por jovens, pelo impeachment de Fernando Collor. E eles conseguiram. É importante ressaltar que os estudantes foram vítimas de torturas, mortes e censuras durante o período da Ditadura. Eles estão a luta desde os anos 80, pela democracia, fim da censura e da corrupção. Devido a tudo isso o impeachment de Collor foi uma grande conquistas para os jovens da época. “O último sim, todo mundo se abraçando, cantando... Saímos pelo centro encharcados, felizes, todo mundo igual por igual, não tinha rico, pobre, não tinha diferença. Éramos todos brasileiros, felizes por conquistar o impeachment do presidente, e a possibilidade de um país melhor”, conta a primeira manifestante a aparecer de cara pintada diante das câmeras, Cecília Lotufo.