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Introduà à o Ao Turismo
Introduà à o Ao Turismo
Introduccion ai Turisdio
Copyright C 1998 da I* edição pela Organizaddn Mundial dei Turismo
ISBN: 92-844-0269-7
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JM COPIADORA
Traduzido por .
Vários colaboradores,
Bibliografia.
ISBN: 85-7241-341-3
01-2125
CDD-338 4791
2001
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2
Turismo: conceito
e definições
2.1 Introdução
Devido à relativa juventude do turismo corno atividade sociocconômica Ausência de definição
absoluta de turismo
em geral e a seu complexo caráter muttidisciplinar (o turismo engloba urna
grande variedade de setores econômicos de disciplinas acadêmicas), há
urna ausência de definições conceituais claras que delimitem a atividade
turística e a distingam de outros setores.
No entanto, é necessário criar uni marco conceitua! que atue como pon- Importância da
coureitualização de
tõ de referência para que, entre outras coisas, possa elaborar boas estatísti-
turismo para elaboração
cas turísticas internacionais, pois, com a grande pluralidade de sistemas de estatísticas
estatísticos que existem atualmente, torna-se difícil expressar a importân-
cia da atividade turística em toda sua amplitude.
Ainda que fosse aconselhável que todos os países elaborassem suas es- Pluralidade de sistemas
estatísticos
tatísticas baseando-se nos mesmos princípios, a realidade é bem diferente.
Existem países com múltiplas fontes de dados turísticos, cada uma com seu
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Unidade 2— Turismo: conceito e definições
conceito sobre turismo e sua definição (assim alguns países refletem, em suas
estatísticas, os pernoites, outrots as entradas, etc.) e existem aqueles nos quais
não foi desenvolvido nenhum sistema oficial de estatísticas turísticas.
Importância de poder Tendo que o turismo representa um enorme potencialcle desenVolvimento
dispor de estatísticas
hornogêneas
e progresso para o futuro, se faz cada vez mais urgente a necessidade de se
dispor de estatísticas confiáveis e homogêneas, pois não sã as administra-
ções nacionais de cada país necessitam de dados sobre aspectos específicos
do turismo, também necessários para outras categorias de usuários, como
profissionais c empresas, organizações representativas, coletividades lo-
cais e estudiosos.
Conferência de Otawa A Conferência sobre Viagens e Estatísticas de Turismo (Conferência
de Otawa) organizada pelas Nações Unidas (ONU), a Organização Mun-
dial de Turismo (OMT) e o Governo do Canadá, ocorrida ern 1991, teve
como principal objetivo debater os sistemas de estatísticas com a finali-
dade de adotar cima série de recomendações internacionais sobre a'anã,
lise e a apresentaçãb das estatísticas de turismo. Como resultado desse
fórum de debates criouie uma comissão (Comissão de Estatísticas cias
Nações Unidas) que, em 1993, aprovou uma série de definições e classi-
ficações recomendáveis, qlle foram também ratificadas por seu Cons-
lho Econômico e Social.
Lucros que proporciona Essas definições oficialmente adotadas pela ONU e finalmente publicadas
um sistema coerente de
estatísticas turísticas
pela OMT (1995) pretendem unificar critérios e estabelecer um sistema
coerente de estatísticas turísticas que permita:
• Promover a elaboração de estatísticas turísticas mais representati-
vas, facilitando maior compatibilidade entre os dados nacionais e os
internacionais
• Proporcionar dados turísticos mais confiáveis e iretos aos profi
nais do setor, governos, etc. para melhorar seus conhecimentos sobre
os produtos ou serviços turísticos e as condições do mercado e para
que possam, conseqüentemente, atuar
• Oferecer uma conexão entre oferta e demanda turísticas
• Permitir a valorização mais justa da contribuição do turismo aos flu-
xos comerciais e internacionais
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Conceito e definições
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Unidade 2 — Turismo: conceito e definições
Nota temporária da Mathieson y Wall (1982), por sua vez, utilizaram uma definição muito
atividade turística
semelhante à anterior ainda que com algumas modificações: "Turismo é o.
movimento provisório das pessoas, por períodos inferiores a um ano, para
destinos. fora do lugar de residência e de trabalho, as atividades empreendi-
das durante a estada e as facilidades são criadas para satisfazer as necessi-
dades dos turistas". Como se pode observar, destaca o carátei temporário da
atividade turística ao introduzir o termo "período inferior a um ano". Tam-
bém introduzem duas importantes inovações: de um lado a perspectiva da
oferta quando mencionam as "facilidades criadas"; de outro, introduzem
na definição o fundamento de toda atividade turística: a satisfação das
necessidades dos turistas/clientes.
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Sistema turístico
De todas as definições expostas, cabe destacar a importância dos seguintes Elementos CO11111115 a
todas as definições
elementos que são comuns a todas elas, não obstante as particularidades
próprias das mesmas:
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Unidade 2 — Turismo: conceito e definições
Diferentes classificações Turistas, viajantes e visitantes formam a demanda turística e, por trás
dentro do conceito de
demanda turística
desse termo, encontra-se um grupo heterogéneo de peSsoas (Fig. 2.1);
um agregado de personalidades e interesses com diferentes carikterísti-
cas sociodeniográficas, motivações c experiências. Por isso, sã'o varias
. -
as classifi cações que existem dentro da demanda turística e tdrs elas
são de grande interesse, urna vez que, pela identificação dos modelos de
demanda, busca-se — além da mencionada homogeneidade de conceitos
que facilite a elaboração cie estatísticas — formular adequadas estratégias
de marketing. Na Unidade 3, encontramos ampla exposição da demanda
no setor turístico.
Diferença entre A OMT (1995), por sua vez, distingue os conceitos de viajante: "qual-
viajante e visitante
quer pessoa que viaje entre dois ou mais países ou entre duas ou mais loca-
lidades em seu país de residência habitual" e de visitante: "todos os tipos
de viajantes relacionados ao turismo" (Fig. 2.2).
Diferença entre turista Outras classificações como as que servem de base para as estatísti-
e excursionista
cas elaboradas na Espanha pela Secretaria de Estado de Comércio, Tu-
rismo e de Pequena e Média Empresas (1993-1996) distinguem entre o
turista: "passageiro que permanece uma noite, pelo menos, em um meio
de alojamento coletivo ou privado do país visitado" e o excursionista
"viajante que não pernoita num meio de alojamento coletivo ou privado
do país visitado".
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Si te o cístico
Todos os viajantes relacionados com o turismo são denominados " itantes", Por conseguinte,
o termo Egristtonte" é no cdnceito básico poro o conjunta do sistema de estatísticos de turismo:
Viajantes
Visitantes internacionais
POr0efeitos estatísticos, o expressão visitante internacional designa todo pessoo que viaja par um
'o não superior o 72 meses, paro uru pars diferente daquele em que reside, fora de seu
entomo habitua/ e CiliO motiva principal não Seja exercer uma atividade remunerado no pais visitado.
Lins visitante que permanece uma noite pelo Um visitante que não pernoito num alojamento
menos ens um meio de aiojamento coletivo coletivo ov privado do pais visitado. Essa
ou privado no pais visitado, definiçõo inctui os passageiros de cruzeiros,
oue são pessoas que chegam a um país num
barco de cruzeiro e que vottans à noite a bordo
de seu borco para pernoitar, ainda que este
permaneça no porto durante vários dias. Estão
compreendidos nesse grupo, por extensão,
proprietários ou passageiros de iates e aqueles
que participam de programas de grupo e estão
alojados num trem.
Visitantes internos
Para efeitos estatísticos, a expressão visitante interno designo toda pessoa que reside num pais
e que viaja, por um tempo não superior a 12 meses, para um lugar dentro cie seu pais diferente
do seu entorno habitual e cujo motivo princip& não seja o de exercer uma atividade remunerada
ne lugar visitado.
,
xer31.,i
O n s iateenetesic incluem:
Vi ntes que permanecem num alajomento Visitantes que não pernoitam num alojamento
coletivo ou privado uma noite pelo menos. coletivo ou privado no lugar visitado.
41
Unidade 2 — a: concerto e definições
Troboffladore%
de M dos frOnlerro,
a
mpartric (5
E Nómades 1
VISITAS A
Visitantes •
PARENTES E
AMIGOS
%agoiras em 1
NEGOCIOSE
s(to (6)
MOTIVOS Turistas Visitantes de um dia
PROFISSIONAIS (visitantes que pernoitam)! (excursionistas)
niados (T,
TRATAMENTOS DE
SAÚDE
RELIG ,
rPER EGRNA , bres dair o (3;!I Ve;ton
trEp.,:açáo den de um dia
o•(es ■ demes) im - Representantes
01 ( ; consulares (8
OUTROS
MOMOS
Dipk,m(it,ces
(e)
42
Domés tico
Internacional
43
Unidade 2 - Turismo: conceito e definições
Gastos turísticos Assim, a oNtr (1996) se apóia no conceito de gastos turísticos para
identificar diferentes categorias de oferta turística conforme o local em que
se realize o gasto. Dessa forma leva em consideração: "todo gasto de con-
sumo efetuado por um visitante ou por conta de um visitante, durante seu
deslocamento e sua estada no lugar de destino-. Nesse sentido, apresenta-se
ilustrativa a Figura 2.4, na qual aparecem agrupadas diferentes categorias
de oferta turística.
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Sistema turístico
contato a oferta e a (
), não são estritarnen
t•
unidos pelos turista: „st, • Navio Acampamentos •
t)
• Bicicleta ''' --. • Hotel-Motel Co
•
ito de gastos turísti • Avião i • -Resort"
• Trem • Castelo
tica conforme o loca // • Taxi/limusine • Perisão-Hotel
cleração: "todo gaste • Automóvel • Apartamento em condomínio
• "Trailer"
de um visitante, dia!
'. Nesse sentido, apn Transporte Alojamento
capadas diferentes c r
k • Lojas de suvenir • Atividades recreativa
to
I • Lojas de artesanato • Visitas a atrações
00
Compras e outras atividades
Base de recursos
naturais, culturais e
elaborados pelo homem
minantemente no
a turística. Dessa rr
ite nos mercados dt
a oferta e a demar McInthosh e Goeldner, 1990.
a turística. comuni Figura 2.4 - Atividades e oferta tur
Unidade 2 — Turismo: conceito e definições
O transporte: Os transportes
supõem urna categoria mista urna vez que, em função da
categoria mista
aproximação entre demanda e lugar de destino - onde se encontra a oferta
turística -, realizam, também, uma função de mediação. No entanto, o V4-
jante considera este produto corno pane de seus gastos turísticos, princi-
palmente quando faz pzírte do pacote turístico. Quando o transporte é, além
disso, urna das principais partes do produto turístico (por exemplo, cruzei-
ros, circuitos combinados) ou supõem urna atividade complementar no
destino (por exemplo, carros alugados), não resta dúvida de que estamos
falando de oferta turística. Na Unidade 5, este assunto será aprofundado.
46
Sistema turístico
47
Unidade 2 — Turismo: conceito e definições
Função de distribuição e Como indica, as operadoras de turismo assoei' -1-se à função de distri-
contercialização
buição e esta, por sua vez, aos aspectos relacionados aos transportes e à
comercialização dos pacotes turísticos. Aqui aparecem as agências de via-
gens em todas as suas modalidades (operadoras, agências de viagens, etc.)
os grandes "tours operators" (seu nome indica: óperadoras turísticas) e,
ultimamente, as centrais de reserva. -
Similar aos catalisadores Pode se estabelecer uma analogia com a função dos catalisadores na
da indústria química
terrninologia química: eles intervêm no processo de transformação de umas
substâncias em outras quando são introduzidos, mas não participam do
resultado final, podendo recuperar as substâncias catalisadoras quando
separadas do resto do composto. De maneira análoga, as operadoras de
turismo intervém na atividade turística e a induzem (criação de pacotes
turísticos, ofertas, controle de preços, etc.), mas não fazem parte da ativi-
dade turística propriamente dita, pois se tudo está funcionando correta-
mente, ficam à parte da experiência turística do consumidor.
-
alisadores
ração de uma
iarticipam di
toras quandi
iperadoras Indústrias
de PAVIO
io de pacote: Turistas
Infro•estrutura
Telecornuniondes
'arte da ati vi Hospitais
Regviomtntes
alguns casos
nas o clienti
com bilhete:
Aspectos Entorno Autoridades Relações
á ligada prin Meio ambiente governamentais internacionais
infra-estruturais
qualidade
retamente os
stico), criartelbliografia
dor com res-
exação.
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Unidade 2 — Turismo: conceito e definições
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