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RESUMO

Hazel Grace Lancaster e Augustus Waters são dois


adolescentes que se conhecem num grupo de apoio
para pacientes com cancro, pois Hazel foi
diagnosticada aos 13 anos com um cancro raro e
fatal de tireoide e Augustus está em remissão do
cancro nos ossos, osteossarcoma.
Hazel sempre descartou a ideia de se envolver
amorosamente, mas acaba por ceder ao apaixonar-
se por Augustus.
Juntos, eles viajam para Amsterdão, onde
embarcam em uma jornada inesquecível.
No fim Augustus acaba por falecer e o filme
termina com Hazel a abrir uma carta que lhe tinha
deixado, acabando por não morrer dentro do filme.

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TESE SOBRE O SOFRIMENTO

Logo após ver o filme fiquei bastante marcado e emocionado.


Este é sem dúvida um daqueles filmes que faz toda a gente no cinema começar a
chorar. Aliás em 2014 quando o filme saiu para o publico houve vários relatos de
salas cheias de lágrimas e com certeza muitos lenços foram usados.
Houve até pessoas a fazer guias de como gerir as lágrimas, como neste post:
https://www.cosmopolitan.com/entertainment/celebs/news/a7108/fault-in-our-stars-crying-guide/

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Começámos logo ambos a refletir sobre os problemas que o filme aborda. Um


deles é a morte ou a ansiedade em relação à morte. A morte é o fio condutor do
filme.
Sendo um tópico naturalmente sensível para todos é uma arma muito forte
utilizada pelo diretor para captar a atenção da audiência, pois a ansiedade em
relação à morte é partilhada pelos espectadores, com intensidade.

Como um ditado popular diz “tudo tem um fim" esta é a ideia da finitude que é
algo comum a todos os seres vivos. Esta é de facto uma das grandes causas de
sofrimento. O fim de uma relação. O fim de uma vida. O fim de uma etapa na
vida como por exemplo a escola.

São todos temas que levam ao sofrimento. Isto leva-me a pensar. Será que o
sofrimento é inevitável e será que ele existe.

O Sofrimento existe?

Poderia argumentar que a resposta é muito simples. O sofrimento de facto existe,


pois é algo que experienciamos todos os dias.
Esta questão faz me relembrar uma situação que pode dar como um bom exemplo.
Muitas vezes, principalmente na internet, vemos debates em relação à verdadeira
existência da transexualidade a nível biológico. Penso que seja um debate, tal
como a pergunta se o sofrimento existe, que acaba por ser inútil, pois algo existe,
quando se manifesta, principalmente fisicamente e na sociedade, o que é o caso
das pessoas transexuais e do sofrimento.
Logo o sofrimento será sem dúvida, real e existente.

Mas o que mais facilmente nos perguntamos é:


Porque é que existe sofrimento?

Esta pergunta é muitas vezes respondida e interpretada, como uma referência a


Deus. Se Deus é omnipotente e Deus que o bem, então porque há sofrimento?
Eu prefiro interpretar a pergunta de uma maneira, do meu ponto de vista, mais
lógica. Penso que a pergunta se dirige mais à razão do corpo de sofrer, pois todas
as situações de sofrimento são causadas por um alinhamento ou desalinhamento
de acontecimentos que levam à dor, física ou psicológica. Cada um destes
acontecimentos tem a sua história, probabilidades de acontecer e razões, logo
Deus não terá parte na junção de condições para o sofrimento.

1. O sofrimento físico é,
na maior parte das vezes,
causado por uma ferida,
doença, impacto... nestas
situações o cérebro faz-nos
sentir dor, como um alerta de
que algo está mal e precisa ser
concertado na nossa saúde
física.

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Mas por vezes o sofrimento psicológico pode levar ao físico.


2.

 O sofrimento do passado, traumas, angústia, deceções podem ser


manifestados através de dores do corpo, como forma de livrar-se do que
está guardado nas lembranças escondidas no inconsciente.
 Quando o sofrimento emocional se transforma em dor física, ele é
denominado transtorno de conversão.
3.

 No sofrimento psicológico talvez se aplique o


mesmo princípio de o sofrimento ser uma
reação do corpo através de hormonas e
reações químicas no cérebro, para nos avisar
de que algo está mal precisa de ser
concertado, na nossa vida e saúde mental.
 Com isto podemos concluir que o sofrimento
tanto físico como psicológico pode ser
fictício, criado pela mente.

4.

 Mas a verdade é que grande parte dos casos


de sofrimento são de situações que não
podemos mudar. Em que somos impotentes, tal como a doença, a morte ou
a idade. Situações em que a culpa não é de ninguém, é “das estrelas”.
 Estas situações são as maiores causas de sofrimento pois apesar de o corpo
nos alertar para resolver, não há volta atrás nem concerto.

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Ao referir a finitude, a morte, a idade e a doença, pergunte-me se o sofrimento é
inevitável. Este ramo do sofrimento é explorado no filme, aliás, uma das linhas
do filme é:

“A dor precisa de ser sentida”

Poderia argumentar que se a dor é inevitável. Como há gente idosa, (que em


principio já passou por muito mais na vida), que é feliz, então a dor é parte da
felicidade.
Talvez até essencial, pois só através de experienciar maus momentos,
poderemos aproveitar ao máximo de momentos felizes.

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