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UAM - ISCP – SOCIEDADE EDUCACIONAL LTDA, - 62.596.

408/0001-25

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 10636-2
Primeira edição
12.01.2023

Componentes construtivos não estruturais —


Ensaio de resistência ao fogo
Parte 2: Forros
Non-loadbearing building elements — Fire resistance test
Part 2: Ceilings
Exemplar para uso exclusivo - ANIMA HOLDING - 09.288.252/0001-32

ICS 13.220.50; 91.060.10 ISBN 978-85-07-09522-4

Número de referência
ABNT NBR 10636-2:2023
20 páginas

© ABNT 2023
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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
Introdução...........................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Equipamentos de ensaio....................................................................................................3
5 Condições de ensaio..........................................................................................................3
6 Preparação do corpo de prova..........................................................................................3
6.3.1 Geral.....................................................................................................................................4
6.3.2 Orientação............................................................................................................................4
6.3.3 Restrição..............................................................................................................................4
7 Instalação do corpo de prova............................................................................................5
7.2.1 Geral.....................................................................................................................................5
7.2.2 Exposição ao fogo pela superfície inferior.......................................................................5
7.2.3 Exposição ao fogo pela superfície superior.....................................................................7
8 Condicionamento do corpo de prova..............................................................................10
9 Instrumentação..................................................................................................................10
9.1 Temperatura.......................................................................................................................10
9.1.1 Termopares do forno........................................................................................................10
9.1.2 Termopares da superfície não exposta do corpo de prova..........................................10
9.2 Deflexão.............................................................................................................................12
9.3 Pressão..............................................................................................................................12
10 Procedimentos de ensaio.................................................................................................12
10.1 Ensaio de resistência ao fogo..........................................................................................12
10.2 Controle da pressão..........................................................................................................12
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10.3 Integridade.........................................................................................................................12
10.4 Isolação térmica................................................................................................................13
10.5 Observações durante o ensaio........................................................................................13
11 Critérios de desempenho.................................................................................................13
11.1 Integridade.........................................................................................................................13
11.1.1 Exposição ao fogo pela superfície inferior.....................................................................13
11.1.2 Exposição ao fogo pela superfície superior...................................................................13
11.2 Isolação térmica................................................................................................................13
12 Relatório de ensaio...........................................................................................................13
Anexo A (normativo) Campo direto de aplicação dos resultados de ensaio.................................14
A.1 Geral...................................................................................................................................14
A.2 Variações permitidas em forros autoportantes com exposição pela superfície
inferior ou superior...........................................................................................................14
A.2.1 Tamanho.............................................................................................................................14
A.2.2 Acessórios.........................................................................................................................15
A.2.3 Cavidades acima do forro................................................................................................15

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A.2.4 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro.............................................15


A.3 Variações permitidas em forros suspensos com exposição pela superfície inferior...15
A.3.1 Tamanho.............................................................................................................................15
A.3.2 Acessórios.........................................................................................................................16
A.3.3 Cavidades acima do forro................................................................................................16
A.3.4 Comprimento dos estais..................................................................................................16
A.3.5 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro.............................................16
A.4 Variações permitidas em forros suspensos com exposição
pela superfície superior....................................................................................................16
A.4.1 Tamanho.............................................................................................................................16
A.4.2 Cavidades acima do forro................................................................................................16
A.4.3 Comprimento dos estais..................................................................................................16
A.4.4 Sustentação e fechamento na aplicação de uso final...................................................16
A.4.5 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro.............................................17
A.5 Variações permitidas em forros contendo partes suspensas e partes autoportantes
com exposição pela superfície inferior...........................................................................17
A.5.1 Tamanho.............................................................................................................................17
A.5.2 Acessórios.........................................................................................................................18
A.5.3 Cavidades acima do forro................................................................................................19
A.5.4 Comprimento dos estais..................................................................................................19
A.5.5 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro.............................................19
A.6 Variações permitidas em forros contendo partes suspensas e partes autoportantes
com exposição pela superfície superior.........................................................................19
A.6.1 Tamanho.............................................................................................................................19
A.6.2 Cavidades acima do forro................................................................................................19
A.6.3 Comprimento dos estais..................................................................................................19
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A.6.4 Sustentação e fechamento na aplicação de uso final...................................................19


A.6.5 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro.............................................19
Bibliografia..........................................................................................................................................20

Figuras
Figura 1 – Ensaio de forro com exposição pela superfície inferior................................................6
Figura 2 – Ensaio de forro autoportante com exposição pela superfície superior.......................8
Figura 3 – Ensaio de forro suspenso com exposição pela superfície superior.............................9
Figura 4 – Exemplo de peso de termopar para utilização em materiais fibrosos
ou resilientes..................................................................................................................... 11
Figura A.1 – Corpo de prova representando o forro com partes suspensas e partes
autoportantes – Vista horizontal......................................................................................18

Tabela
Tabela A.1 – Tempos adicionais de aquecimento para diferentes tempos de classificação......15

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 10636-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêncio (ABNT/CB-024),
pela Comissão de Estudo de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos (CE-024:101.006).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 06.12.2022 a 04.01.2023.

A ABNT NBR 10636-2 é baseada nas EN 1364-2:2014 e ISO 834-9:2003.

A ABNT NBR 10636, sob o título geral “Componentes construtivos não estruturais – Ensaio de
resistência ao fogo”, tem previsão de conter as seguintes partes:

— Parte 1: Paredes e divisórias de compartimentação;


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— Parte 2: Forros;

— Parte 3: Fachadas cortina – Sistemas totalmente ou parcialmente resistentes ao fogo e selagens


perimetrais.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 10636-2 é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 10636 specifies a test method for determining the fire resistance of ceilings.

The test method is applicable to suspended ceilings, either by hangers or fixed directly to a supporting
frame or building element, and to self-supporting ceilings.

The test method includes fire exposure:

a) from the inferior surface; or

b) from the upper surface, simulating a fire within the cavity above the ceiling.

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This Part of ABNT NBR 10636 is not applicable to the determination of the contribution of protective
horizontal membranes to the fire resistance of horizontal load-bearing elements, which it is recommended
to be determined based on EN 13381-1, while there is no appropriate Brazilian Standard
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Introdução

Esta Parte da ABNT NBR 10636 contém diretrizes específicas para ensaios de resistência ao fogo
de forros. As diretrizes para ensaio desses elementos construtivos são aplicadas em conjunto
com as diretrizes gerais contidas na ABNT NBR 16965 e as classificações apresentadas na
ABNT NBR 16945.
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Componentes construtivos não estruturais — Ensaio de resistência ao fogo


Parte 2: Forros

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 10636 especifica o método de ensaio para determinação da resistência
ao fogo de forros.

Esta Parte da ABNT NBR 10636 é aplicável a forros suspensos, seja por estais ou fixados diretamente
a uma estrutura de suporte ou elemento construtivo, e a forros autoportantes.

O método de ensaio desta Parte da ABNT NBR 10636 engloba exposição ao fogo:

a) pela superfície inferior; ou

b) pela superfície superior, simulando um incêndio na cavidade acima do forro.

Esta Parte da ABNT NBR 10636 não é aplicável à determinação da contribuição de membranas
horizontais protetoras para a resistência ao fogo de elementos portantes horizontais, a qual
recomenda-se que seja determinada com base na EN 13381-1, enquanto não existir norma brasileira
apropriada.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
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ABNT NBR 16945, Classificação da resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações

ABNT NBR 16965, Ensaio de resistência ao fogo de elementos construtivos – Diretrizes gerais

ISO 12470-2, Fire-resistance tests – Guidance on the application and extension of results from tests
conducted on fire containment assemblies and products – Part 2: Non-loadbearing elements

EN 13381-1, Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural members –
Part 1: Horizontal protective membranes

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
acessórios
dispositivos penetrantes ou anexos ao forro

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3.2
aplicação de uso final
aplicação real de um elemento construtivo, em relação a todos os aspectos que influenciam seu
comportamento e sob situação específica de exposição ao fogo

NOTA A aplicação de uso final abrange aspectos como posição em relação a outros elementos adjacentes
e método de fixação e construção.

3.3
barreira de compartimentação de cavidade
produto utilizado para compartimentar uma cavidade, a fim de restringir a propagação do fogo ou fumaça

3.4
borda livre
borda do corpo de prova que é mantida sem vinculação mecânica com o quadro de restrição ou
construção de suporte e somente é selada termicamente, de forma a impedir a evasão de gases
quentes de dentro do forno

3.5
campo ampliado de aplicação
resultado de um processo, envolvendo a aplicação de regras definidas que podem incorporar
procedimentos de cálculo, prevendo o resultado de um ensaio com base em um ou mais resultados
obtidos em ensaios realizados segundo a mesma norma, considerando variações de propriedades
do elemento construtivo ou variações da aplicação de uso final

3.6
campo direto de aplicação
resultado de um processo, envolvendo a aplicação de regras definidas, por meio do qual considera-se
que um resultado de ensaio é igualmente válido para variações em uma ou mais propriedades do
elemento construtivo ou aplicação de uso final

3.7
cavidade
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espaço existente entre a superfície superior do forro e a superfície inferior de qualquer piso, telhado
ou elemento similar

3.8
construção de suporte
construção no qual o corpo de prova é montado para a realização do ensaio e que também pode
ser usada para fechamento do forno

3.9
compartimentação vertical
medida de proteção contra incêndio em que pavimentos consecutivos são separados, com o propósito
de conter o incêndio no pavimento de origem, limitando sua propagação no plano vertical de uma
edificação

3.10
forro
elemento não estrutural destinado a separar verticalmente espaços adjacentes em pavimentos
de edificações e que possui resistência ao fogo independente de qualquer outro elemento

NOTA O forro pode conter instalações prediais em seu interior.

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3.11
forro autoportante
forro biapoiado em paredes e que não necessita ser suspenso por estais

3.12
forro suspenso
forro que é suspenso por estais fixados a um elemento estrutural

3.13
integridade
E
capacidade do elemento construtivo de compartimentação de suportar a exposição ao fogo em um
lado apenas, por um determinado período de tempo, sem que haja a transmissão do fogo para o outro
lado, avaliada por meio da ocorrência de trincas ou aberturas que excedam determinadas dimensões
ou pela passagem de quantidade significativa de gases quentes ou chamas

3.14
isolação térmica
I
capacidade do elemento construtivo de compartimentação de suportar a exposição ao fogo em um
lado apenas, por um determinado período de tempo, contendo a transmissão do fogo para o outro
lado, causada pela condução de calor em quantidade suficiente para ignizar materiais em contato
com a sua superfície protegida e, também, a capacidade de prover uma barreira ao calor que proteja
as pessoas próximas à superfície protegida, durante o período de classificação de resistência ao fogo

3.15
quadro de restrição
quadro composto por estrutura metálica e/ou de concreto armado empregado para contenção do
corpo de prova e/ou da construção de suporte

4 Equipamentos de ensaio
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Os equipamentos empregados na realização dos ensaios de resistência ao fogo consistem em forno


horizontal, construção de suporte e instrumentação, conforme especificados na ABNT NBR 16965.

5 Condições de ensaio
As condições de aquecimento, pressão e ambiente do forno durante o ensaio de resistência ao fogo
devem estar de acordo com aquelas fornecidas na ABNT NBR 16965.

6 Preparação do corpo de prova


6.1 Tamanho do corpo de prova

Quando na aplicação de uso final o forro for igual ou maior que o tamanho da abertura do forno, então
deve ser ensaiado um corpo de prova com dimensões mínimas de 4 m × 3 m. Quando na aplicação
de uso final o forro for menor que 4 m × 3 m, em qualquer direção, então, deve ser ensaiado um corpo
de prova com a dimensão real. Quando o corpo de prova for menor que o tamanho da abertura
do forno, deve ser provida uma construção de suporte nas extremidades com resistência ao fogo
adequada. O corpo de prova não pode ser maior que a abertura do forno.

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O vão do forro, no caso de elementos autoportantes, e a montagem de quaisquer componentes


associados devem estar de acordo com o disposto em .

6.2 Quantidade de corpos de prova

A quantidade de corpos de prova deve estar de acordo com a ABNT NBR 16965.

Caso a configuração crítica de ensaio não possa ser identificada, de acordo com , então, cada
configuração deve ser avaliada em ensaios distintos.

Quando quaisquer acessórios e componentes não fizerem parte do forro, mas forem instalados
posteriormente de forma que possam afetar a sua resistência ao fogo, o forro deve ser submetido
a um ensaio adicional que inclua esses acessórios e componentes.

6.3 Concepção do corpo de prova

6.3.1 Geral

O corpo de prova deve ser totalmente representativo da aplicação de uso final. O corpo de prova deve
reproduzir as bordas entre o forro e as paredes, bem como as juntas e materiais de junta utilizados
na aplicação de uso final.

O corpo de prova deve incluir quaisquer acessórios e componentes que sejam essenciais para sua
representação e que possam influenciar seu comportamento durante o ensaio. Quando quaisquer
acessórios não fizerem parte do forro, mas puderem ser instalados posteriormente, afetando a
resistência ao fogo do forro, deve ser realizado um ensaio adicional em que esses acessórios estejam
instalados.

Quando o projeto do forro incluir juntas longitudinais e transversais, o corpo de prova deve incluir
ambas as juntas.

O corpo de prova pode incluir barreiras de compartimentação de cavidade, caso essas estejam
presentes na aplicação de uso final.
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6.3.2 Orientação

O corpo de prova deve ser definido para representar a condição crítica em relação aos seus eixos
de apoio. Se a condição crítica não puder ser identificada, dois ensaios distintos devem ser realizados.

6.3.3 Restrição

As condições de restrição especificadas nesta subseção devem ser seguidas, a menos que o solicitante
do ensaio apresente exigências específicas para o elemento ensaiado. Nesse caso, as diferentes
restrições devem ser descritas no relatório de ensaio e a validade dos resultados deve ser restrita
à condição ensaiada.

Quando o corpo de prova apresentar o tamanho real em ambas as direções, ele deve ser fixado
e restrito como é feito na aplicação de uso final. Quando o corpo de prova apresentar dimensões
menores que as reais em uma ou ambas as direções, as seguintes condições de restrição devem
ser aplicadas:

a) para forros autoportantes, deve haver uma borda livre na direção paralela com o elemento principal
de sustentação. A movimentação longitudinal das bordas ou dilatação térmica em qualquer
direção, além daquela prevista na aplicação de uso final, não é permitida;

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b) para forros suspensos, com exposição ao fogo pela superfície inferior, todas as bordas devem
ser fixadas ao quadro de restrição de forma a evitar qualquer movimentação longitudinal das bordas
ou dilatação térmica em qualquer direção, além daquelas previstas na aplicação de uso final;

c) para forros suspensos, com exposição ao fogo pela superfície superior, duas bordas adjacentes
devem ser fixadas ao quadro de restrição de forma a evitar qualquer movimentação longitudinal
das bordas ou dilatação térmica em qualquer direção, além daquelas previstas na aplicação de
uso final. As outras duas bordas devem permanecer livres.

Se na aplicação de uso final existir folgas nas bordas do sistema de forro, essas folgas devem ser
incorporadas ao corpo de prova.

6.4 Verificação do corpo de prova

O corpo de prova deve ser examinado com base nas orientações apresentadas na ABNT NBR 16965.

7 Instalação do corpo de prova


7.1 Geral

O corpo de prova deve ser instalado conforme a aplicação de uso final, incorporando todos os
componentes que possam influenciar no seu desempenho. O corpo de prova deve ser instalado pelo
mesmo método e procedimentos recomendados no manual de instalação, o qual deve ser fornecido
pelo solicitante do ensaio.

As bordas do corpo de prova devem ser firmemente fixadas e ajustadas ao quadro de restrição ou
construção de suporte de forma que o comportamento do corpo de prova, com relação à dilatação
térmica, e respectivas folgas de expansão sejam avaliadas corretamente, desde que atendidas as
condições estabelecidas em .

Os perfis ou elementos de sustentação que suportam os diferentes componentes ou painéis do forro


devem ser instalados sem qualquer folga entre eles, a menos que essas folgas estejam previstas em
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projeto. Nesse caso, as folgas entre esses componentes do corpo de prova devem ser representativas
da aplicação de uso final.

Toda a área do corpo de prova (superfície inferior ou superior) deve ser exposta ao aquecimento.

Quando o corpo de prova for menor que a abertura do forno, deve ser provida uma construção de
suporte para seu fechamento, conforme apresentado em .

7.2 Construção de suporte

7.2.1 Geral

Quando for necessária a utilização de uma construção de suporte, isso deve ser feito de acordo com
a condição de exposição ao fogo sendo avaliada, conforme apresentado em ou 7.2.3.

7.2.2 Exposição ao fogo pela superfície inferior

A superfície superior do corpo de prova deve permanecer exposta ao ambiente do laboratório, conforme
apresentado na Figura 1. Forros suspensos devem ser suportados por perfis de aço com classificação
IPE 140 ou equivalente.

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a) Vista da superfície superior b) Corte B-B


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c) Corte A-A

Legenda

◯ termopares para medição do aumento médio de temperatura 3 quadro de restrição

□ termopares para medição do aumento máximo de temperatura 4 bordas do corpo de prova

1 perfil de aço W largura exposta ao fogo

2 estai L comprimento exposto ao fogo

Figura 1 – Ensaio de forro com exposição pela superfície inferior

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7.2.3 Exposição ao fogo pela superfície superior

Para forros autoportantes, o compartimento onde a curva de elevação de temperatura será reproduzida
deve ser construído em laje e paredes de concreto aerado, com densidade de (650 ± 200) kg/m3,
e espessura mínima de 120 mm, conforme apresentado na Figura 2.

Para forros suspensos, o compartimento onde a curva de elevação de temperatura será reproduzida
deve ser construído em laje e paredes de concreto aerado, com densidade de (650 ± 200) kg/m3,
e espessura mínima de 120 mm. A laje deve ser apoiada em perfis de aço com classificação IPE 140
ou equivalente, com comprimento exposto de no mínimo 4 m, conforme apresentado na Figura 3.

A resistência ao fogo da laje e paredes de concreto aerado não pode ser inferior à resistência ao fogo
prevista para o forro sendo ensaiado. A resistência ao fogo dos perfis de aço não pode estar mais
de 30 min acima daquela prevista para o forro sendo ensaiado.

O compartimento onde a curva de elevação de temperatura será reproduzida deve formar uma
cavidade com altura de 1,5 m a 2 m.
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a) Vista da superfície inferior


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c) Corte A-A

Legenda

◯ termopares para medição do aumento médio de temperatura 3 sensor de medição de pressão

□ termopares para medição do aumento máximo de temperatura 4 bordas do corpo de prova

1 concreto aerado (espessura ≥ 120 mm) W largura exposta ao fogo

2 quadro de restrição L comprimento exposto ao fogo

Figura 2 – Ensaio de forro autoportante com exposição pela superfície superior

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a) Vista da superfície inferior


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c) Corte A-A

Legenda

◯ termopares para medição do aumento médio de temperatura 3 concreto aerado (espessura ≥ 120 mm)

□ termopares para medição do aumento máximo de temperatura 4 bordas do corpo de prova

1 perfil de aço com comprimento exposto mínimo de 4 m W largura exposta ao fogo

2 estai L comprimento exposto ao fogo

Figura 3 – Ensaio de forro suspenso com exposição pela superfície superior

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8 Condicionamento do corpo de prova


O corpo de prova deve ser condicionado conforme especificado na ABNT NBR 16965.

9 Instrumentação
9.1 Temperatura

9.1.1 Termopares do forno

Termopares empregados para medir a temperatura do forno devem atender às diretrizes e


posicionamento descritos na ABNT NBR 16965. Deve haver no mínimo um termopar a cada 1,5 m2
de área de superfície exposta do corpo de prova. Além disso, em cada ensaio deve haver no mínimo
quatro termopares para medição da temperatura do forno.

9.1.2 Termopares da superfície não exposta do corpo de prova

9.1.2.1 Aumento médio de temperatura

Cinco termopares, em conformidade com a ABNT NBR 16965, devem ser posicionados para esse fim,
sendo um no centro do corpo de prova e um no centro de cada quadrante.

Em ensaios com corpos de prova que apresentem diferentes espessuras, o número de termopares
na superfície não exposta ao fogo deve ser aumentado para seis, de forma a posicionar o mesmo
número de termopares em locais do corpo de prova com espessura máxima e mínima.

Termopares para determinação do aumento médio de temperatura na face não exposta ao fogo não
podem ser posicionados a menos de 50 mm de distância de juntas, bordas, encaixes metálicos,
conexões passantes, parafusos ou qualquer outro ponto em que se espere que ocorra uma
concentração de calor na superfície não exposta ao fogo do corpo de prova.

Quando o forro apresentar, em sua superfície superior, materiais de isolamento térmico fibrosos ou
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resilientes e o ensaio for executado com exposição ao fogo pela superfície inferior, os termopares
devem ser colocados e mantidos sobre o material de isolamento térmico com a utilização de pesos
de termopar. A espessura do material de isolamento térmico não pode ser reduzida em mais de 10 %,
após aplicação do peso. Um exemplo de peso de termopar é apresentado na Figura 4.

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a) Vista lateral b) Vista superior


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c) Vista lateral da utilização do peso sobre o corpo de prova


Legenda

1 chapa de aço
2 parafuso M3 × 20 mm
3 pastilha de material isolante
4 termopar da superfície não exposta ao fogo
5 material fibroso ou resiliente do corpo de prova

Figura 4 – Exemplo de peso de termopar para utilização em materiais fibrosos ou resilientes

9.1.2.2 Aumento máximo de temperatura

Termopares, em conformidade com a ABNT NBR 16965, devem ser posicionados para esse fim em
juntas, bordas, encaixes metálicos, conexões passantes e qualquer outro ponto em que se espere que
ocorra uma concentração de calor na superfície não exposta ao fogo do corpo de prova. O termopar
móvel, previsto na ABNT NBR 16965, também pode ser usado para esse fim.

NOTA O uso do termopar móvel na superfície superior do corpo de prova no caso de exposição pela
superfície inferior ou na superfície inferior do corpo de prova no caso de exposição pela superfície superior

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pode ser perigoso, a menos que precauções apropriadas sejam tomadas para proteger técnicos e operadores
do forno da radiação, fumaça, gases quentes e contato com a chama do forno. A região acima do corpo de
prova no caso de exposição pela superfície inferior ou abaixo do corpo de prova no caso de exposição pela
superfície superior tem acesso restrito durante o ensaio.

Quando o forro apresentar, em sua superfície superior, materiais de isolamento térmico fibrosos ou
resilientes e o ensaio for executado com exposição ao fogo pela superfície inferior, os termopares
devem ser colocados e mantidos sobre o material de isolamento térmico com a utilização de pesos
de termopar. A espessura do material de isolamento térmico não pode ser reduzida em mais de 10 %,
após aplicação do peso. Um exemplo de peso de termopar é apresentado na Figura 4.

9.2 Deflexão

A deflexão do corpo de prova deve ser medida no seu centro geométrico e quaisquer pontos onde seja
esperada a ocorrência de deflexões significativas.

O ponto inicial para medição da deflexão do corpo de prova durante o ensaio deve ser obtido pelas
medidas após as deformações terem se estabilizado antes do início do ensaio.

9.3 Pressão

A pressão deve ser monitorada de acordo com as diretrizes apresentadas na ABNT NBR 16965.

10 Procedimentos de ensaio
10.1 Ensaio de resistência ao fogo

O ensaio deve ser realizado com base nos procedimentos especificados na ABNT NBR 16965.

10.2 Controle da pressão

Caso o ensaio seja realizado com exposição ao fogo pela superfície inferior, o controle da pressão
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deve seguir as diretrizes da ABNT NBR 16965.

Caso o ensaio seja realizado com exposição ao fogo pela superfície superior, o controle da pressão
deve ser realizado 100 mm acima da superfície superior do forro, em um valor de (10 ± 2) Pa acima
daquela existente no vazio abaixo do forro.

10.3 Integridade

A integridade deve ser avaliada durante o ensaio somente pela utilização do chumaço de algodão
e da observação de chamas na superfície não exposta do corpo de prova, conforme procedimentos
descritos na ABNT NBR 16965. Por razões práticas e de segurança, não é possível usar medidores
de fenda para avaliar a integridade nesse tipo de ensaio, porém, avaliações visuais, à distância,
podem ser realizadas.

NOTA O uso do chumaço de algodão na superfície superior do corpo de prova no caso de exposição
pela superfície inferior ou na superfície inferior do corpo de prova no caso de exposição pela superfície
superior pode ser perigoso, a menos que precauções apropriadas sejam tomadas para proteger técnicos e
operadores do forno da radiação, fumaça, gases quentes e contato com a chama do forno. A região acima
do corpo de prova no caso de exposição pela superfície inferior ou abaixo do corpo de prova no caso de
exposição pela superfície superior tem acesso restrito durante o ensaio.

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10.4 Isolação térmica

O critério da isolação térmica deve ser verificado durante o ensaio a partir da medição das temperaturas
na superfície não exposta ao fogo, nas posições definidas em 9.1.2.1 e 9.1.2.2.

10.5 Observações durante o ensaio

Devem ser realizadas observações sobre o comportamento do corpo de prova, durante o ensaio,
conforme indicado na ABNT NBR 16965. A deflexão deve ser medida conforme apresentado em 9.2.
Para ensaios realizados com exposição ao fogo pela superfície superior, deve ser dada atenção especial
à observação de fendas, colapso parcial do forro e liberação de fumaça no vazio abaixo do forro.

11 Critérios de desempenho
11.1 Integridade

11.1.1 Exposição ao fogo pela superfície inferior

Os critérios de falha previstos na ABNT NBR 16965 devem ser utilizados para determinar a integridade
do corpo de prova. Os critérios de falha relativos à utilização de medidores de fendas podem ser
verificados por meio de avaliações visuais, à distância. Nesse caso, deve-se observar quando uma
fenda passa a ter dimensões equivalentes àquelas apresentadas pelos medidores previstos na
ABNT NBR 16965.

11.1.2 Exposição ao fogo pela superfície superior

A falha do critério da integridade deve ser considerada apenas quando forem observadas fendas
visíveis, de dimensões equivalentes às dos medidores previstos na ABNT NBR 16965, ou chamas,
de qualquer duração, na superfície não exposta do forro.

11.2 Isolação térmica


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A falha do critério da isolação térmica ocorre a partir do momento que os limites de temperatura
especificados na ABNT NBR 16965 são excedidos.

12 Relatório de ensaio
Adicionalmente às informações requeridas na ABNT NBR 16965, o relatório deve referenciar que
o ensaio foi executado de acordo com esta Parte da ABNT NBR 10636.

Informações sobre o campo direto de aplicação dos resultados de ensaio são apresentadas no
Anexo A.

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Anexo A
(normativo)

Campo direto de aplicação dos resultados de ensaio

A.1 Geral
O campo direto de aplicação define as alterações permitidas no corpo de prova após ensaios de
resistência ao fogo em que foi possível obter uma classificação para o forro avaliado. Essas variações
podem ser aplicadas sem a necessidade de realizar outras avaliações, cálculos ou aprovações
adicionais. Porém, dada à necessidade de se examinar de forma mais criteriosa o corpo de prova
quanto à adequação a cada regra contida neste anexo e às variações permitidas em um elemento
ensaiado, o campo direto de aplicação dos resultados deve ser apresentado em relatório específico
contemplando a classificação do elemento e todas as variações permitidas na aplicação de uso final
em relação ao elemento ensaiado, conforme diretrizes apresentadas neste Anexo. O campo direto
de aplicação dos resultados de ensaio somente pode ser determinado após ensaios em que foi
possível obter uma classificação para o elemento construtivo.

O campo ampliado de aplicação envolve a realização de estudos aprofundados sobre o elemento


e/ou maior quantidade de ensaios e/ou simulações e também deve ser objeto de um relatório
específico. Mais informações sobre a composição de relatórios específicos para o campo direto e
campo ampliado de aplicação dos resultados de ensaio são apresentadas na ABNT NBR 16945 e
na ISO 12470-2.

A descrição das regras previstas neste Anexo considera a variação específica apresentada em cada
item apontado neste Anexo. No caso de elementos em que duas ou mais variações são propostas,
todas as condições previstas em cada um dos respectivos itens concernentes devem ser cumpridas.
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Resultados obtidos em ensaios com um tipo de exposição ao fogo (pela superfície inferior ou superior)
só são aplicáveis ao mesmo tipo de exposição que foi ensaiada. Caso se deseje conhecer a resistência
ao fogo do forro na outra orientação, é necessário realizar outro ensaio contemplando o outro tipo
de exposição.

A.2 Variações permitidas em forros autoportantes com exposição pela superfície


inferior ou superior

A.2.1 Tamanho

Para forros com dimensões reais inferiores a 4 m × 3 m e que foram ensaiados em tamanho real,
os resultados podem ser aplicados a forros similares com dimensões iguais ou menores que as ensaiadas.

Para forros cujo comprimento do vão for inferior a 4 m, mas a largura for igual ou superior a 3 m, e
a direção crítica for o comprimento, os resultados podem ser aplicados a forros com dimensão do
vão menor ou igual à ensaiada. Não há restrição na aplicação do resultado com relação à direção da
largura. As diretrizes para determinação da condição crítica, descritas em , devem ser seguidas na
aplicação direta dos resultados.

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Para forros cujo comprimento do vão for igual ou maior a 4 m, mas a largura for menor que 3 m,
e a direção crítica for o comprimento, os resultados podem ser aplicados a forros com até 4,4 m
de comprimento, desde que o tempo adicional de aquecimento, previsto na Tabela A.1, para cada
tempo de classificação, seja atingido. A largura deve ser igual ou menor que a ensaiada. As diretrizes
para determinação da condição crítica, descritas em , devem ser seguidas na aplicação direta dos
resultados.

Para forros em que o comprimento e a largura, na aplicação de uso final, são iguais ou maiores
que 4 m × 3 m, mas que foram ensaiados com pelo menos 4 m × 3 m, e em que a direção crítica for
o comprimento, os resultados podem ser aplicados a forros com até 4,4 m de comprimento, desde
que o tempo adicional de aquecimento, previsto na Tabela A.1 para cada tempo de classificação, seja
atingido. Não há restrição na aplicação do resultado com relação à direção da largura. As diretrizes
para determinação da condição crítica, descritas em , devem ser seguidas na aplicação direta dos
resultados.

Tabela A.1 – Tempos adicionais de aquecimento para diferentes tempos de classificação


Tempos de classificação para os critérios Tempo adicional necessário no ensaio
de resistência ao fogo (min) para a classificação
≤ 20 3 min
30, 45 ou 60 6 min
≥ 90 10 % do período de classificação

A.2.2 Acessórios

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos que possuam os mesmos acessórios
instalados no corpo de prova ensaiado, com uma distribuição por unidade de área menor ou igual
àquela ensaiada.

A.2.3 Cavidades acima do forro


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Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos com cavidades de qualquer altura.

A.2.4 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos que apresentem cabos, tubos ou
componentes similares acima somente se estes forem instalados de forma a não gerar carregamento
adicional no forro durante o incêndio.

A.3 Variações permitidas em forros suspensos com exposição pela superfície


inferior

A.3.1 Tamanho

Resultados de ensaio de corpos de prova com dimensões mínimas de 4 m × 3 m podem ser aplicados
a forros de qualquer dimensão, desde que a quantidade de estais por unidade de área do forro
não seja menor e que a distância entre os estais não seja maior. A distância entre os membros
estruturais de fixação dos estais e o carregamento neles não pode ser maior que o ensaiado.

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Juntas de expansão no sistema de forro devem ser aumentadas proporcionalmente com o aumento
da dimensão, porém, as folgas no perímetro deste devem ser as mesmas que foram ensaiadas.

A.3.2 Acessórios

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos que possuam os mesmos acessórios
instalados no corpo de prova ensaiado, com uma distribuição por unidade de área menor ou igual
àquela ensaiada.

A.3.3 Cavidades acima do forro

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos com cavidades de qualquer altura.

A.3.4 Comprimento dos estais

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a forros suspensos por estais de qualquer comprimento.

A.3.5 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos que apresentem cabos, tubos ou
componentes similares acima do forro somente se estes forem instalados de forma a não gerar
carregamento adicional no forro durante o incêndio.

A.4 Variações permitidas em forros suspensos com exposição pela superfície


superior

A.4.1 Tamanho

Resultados de ensaio de corpos de prova com dimensões mínimas de 4 m × 3 m podem ser aplicados
a forros de qualquer dimensão, desde que a quantidade de estais por unidade de área do forro não
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seja menor e que a distância entre os estais não seja maior. A distância entre os membros estruturais
de fixação dos estais e o carregamento neles não pode ser maior que o ensaiado.

Juntas de expansão no sistema de forro devem ser aumentadas proporcionalmente com o aumento
da dimensão, porém, as folgas no perímetro deste devem ser as mesmas que foram ensaiadas.

A.4.2 Cavidades acima do forro

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos com cavidades de qualquer altura.

A.4.3 Comprimento dos estais

Os resultados podem ser aplicados a forros suspensos por estais com comprimento igual ou menor
que o ensaiado.

A.4.4 Sustentação e fechamento na aplicação de uso final

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos com membros de sustentação e fechamentos
com resistência ao fogo maior ou igual à da construção de suporte utilizada no corpo de prova. Por
exemplo, laje e paredes de concreto com densidade e/ou espessura igual ou maior que a ensaiada

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e perfis de aço com no mínimo a mesma resistência ao fogo. As fixações dos estais à construção
de suporte devem apresentar no mínimo a mesma resistência ao fogo.

A.4.5 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos que apresentem cabos, tubos ou
componentes similares acima do forro somente se estes forem instalados de forma a não gerar
carregamento adicional no forro durante o incêndio.

A.5 Variações permitidas em forros contendo partes suspensas e partes


autoportantes com exposição pela superfície inferior

A.5.1 Tamanho

Resultados de ensaio com corpos de prova com largura de no mínimo 3 m e em que uma das bordas
paralelas ao comprimento permaneceu livre durante o ensaio podem ser aplicados a elementos com
vão de comprimento menor ou igual ao ensaiado. Não há restrição na aplicação do resultado com
relação à direção da largura. Isso se aplica separadamente a ambos os tipos de forro ensaiados.
A distância entre estais nos membros de sustentação e o carregamento nos estais não pode ser maior
que o ensaiado (ver a Figura A.1).

Juntas de expansão no sistema de forro devem ser aumentadas proporcionalmente com o aumento
da dimensão, porém, as folgas no perímetro deste devem ser as mesmas que foram ensaiadas.
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Legenda
1 estai W largura exposta ao fogo
2 distância entre estais L1 comprimento exposto ao fogo da parte autoportante do forro
3 borda livre L2 comprimento exposto ao fogo da parte suspensa do forro

Figura A.1 – Corpo de prova representando o forro com partes suspensas e partes autoportantes –
Vista horizontal

A.5.2 Acessórios

Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos que possuam os mesmos acessórios
instalados no corpo de prova ensaiado, com uma distribuição por unidade de área menor ou igual
àquela ensaiada.

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A.5.3 Cavidades acima do forro


Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos com cavidades de qualquer altura.

A.5.4 Comprimento dos estais


Os resultados do ensaio podem ser aplicados a forros suspensos por estais de qualquer comprimento.

A.5.5 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro


Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos que apresentem cabos, tubos ou
componentes similares acima somente se estes forem instalados de forma a não gerar carregamento
adicional no forro durante o incêndio.

A.6 Variações permitidas em forros contendo partes suspensas e partes


autoportantes com exposição pela superfície superior

A.6.1 Tamanho
Resultados de ensaio com corpos de prova com largura de no mínimo 3 m e em que uma das bordas
paralelas ao comprimento permaneceu livre durante o ensaio podem ser aplicados a elementos com
vão de comprimento menor ou igual ao ensaiado. Não há restrição na aplicação do resultado com
relação à direção da largura. Isso se aplica separadamente a ambos os tipos de forro ensaiados.
A distância entre os estais, entre os membros de sustentação e o carregamento nos estais não pode
ser maior que o ensaiado (ver a Figura A.1).

Juntas de expansão no sistema de forro devem ser aumentadas proporcionalmente com o aumento
da dimensão, porém, as folgas no perímetro deste devem ser as mesmas que foram ensaiadas.

A.6.2 Cavidades acima do forro


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Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos com cavidades de qualquer altura.

A.6.3 Comprimento dos estais


Os resultados podem ser aplicados a forros suspensos por estais com comprimento igual ou menor
que o ensaiado.

A.6.4 Sustentação e fechamento na aplicação de uso final


Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos com membros de sustentação e fechamentos
com resistência ao fogo maior ou igual à da construção de suporte utilizada no corpo de prova. Por
exemplo, laje e paredes de concreto com densidade e/ou espessura igual ou maior que a ensaiada
e perfis de aço com no mínimo a mesma resistência ao fogo. As fixações dos estais à construção
de suporte devem apresentar no mínimo a mesma resistência ao fogo.

A.6.5 Cabos, tubos ou componentes similares acima do forro


Os resultados do ensaio podem ser aplicados a elementos que apresentem cabos, tubos ou
componentes similares acima somente se estes forem instalados de forma a não gerar carregamento
adicional no forro durante o incêndio.

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Bibliografia

[1]  EN 1364-2: 2014, Fire resistance tests for non-loadbearing elements – Part 2: Ceilings

[2]  ISO 834-9: 2003, Fire-resistance tests – Elements of building construction – Part 9: Specific
requirements for non-loadbearing ceiling elements;
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