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Viva!

Sim Deus está Vivo Jesus Ressuscitou verdaqreimente, como tinha dito,
tirando assim toda e qualquer duvida acerca da Sua Divindade.

A Sagrada Escritura, reconhecida pela Igreja, é inspirada por Deus, evidentemente. Segundo a
terminologia da Igreja, um DOGMA é uma Verdade de fé, por isso UNIVERSAL e, portanto, OBRI-
GATÓRIA para todo o crente.
Por conseguinte, TODOS os PACTOS e MILAGRES relatados na Bíblia, TODAS as Palavras de
Deus, do Livro do Génesis até à última página do Apocalipse são de Fé OBRIGATÓRIA e não
admitem, nem dúvida, nem contestação.
Para nos fazer compreender bem o carácter INTANGÍVEL da Bíblia, está escrito, enmtre outros
“Não acrescentareis ao que vos mando e nada lhe tirareis” (Deut 4,2) e
“Toda a palavra de Deus é provada, é um escudo para quem se fia nele”
(Prov 30,5).

As Mensagens não acrescentam NADA e não tiram NADA ao


Evangelho: JESUS e MARIA SANTÍSSIMA esclarecem-n'O, tornando-O
acessível a todos; e isto, na exata linha do Magistério da Igreja. Tudo o que
pode ter APARÊNCIA de uma "nova" verdade não faz senão derivar
logicamente do Evangelho e das primordiais leis do Amor.

JESUS dita a Mamma Carmela: "Os profetas são os Altifalantes


de Deus".

E eis então o fim de todas as Mensagens ACTUAIS, no mundo: JESUS e MARIA


SANTÍSSIMA tomam o encargo do Apostolado humano, o do clero e o do leigo, por motivo da sua
inculpada ou CULPADA insuficiência.

o Juízo pertence a Deus, SÓ a Deus; e que rejeitar sem EXAMINAR é uma infracção
àquilo que prescreve o próprio São Paulo, na sua primeira Epístola aos
Tessalonicenses (5,19-22):
" Não extingais o Espírito, não desprezeis as profecias, mas verificai tudo e detende o que for bom;
guardai-vos de toda a forma de mal"
Se existem novas “estas” , estas não provêm de Deus, constituem um erro
sério e a própria Palavra de Deus sempre adverte. Provêm do

Mas também está escrito em Lc 21,8 “Jesus respondeu:


Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu
nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo.
Não sigais após eles.”
critérios de autenticidade celeste são:
- Segundo São João, confessar JESUS Incarnado: parece que o Omnipotente terá
proibido para SEMPRE ao demónio associar o Nome de JESUS a uma mentira.

- Segundo São Paulo, os "bons frutos" produzidos no leitor.

O Livro de Mormom (e muitos outros) não cumpre minimamente este ee outros critetrios de
autenticidade. Podemos falar sobre isso depois

Ao minuto 9 , o orador fala que como pode a Biblia ser sufiv«ciente, se os teólogos (protestantes e outros)
estão em desacordo em questões primarias?

Este arguemtno é quase infantil: ok, como há confusão, vale tudo, até novos escritos épicos e mágicos.
N´so podemos aceitar

Excerto do texto a seguir apresentado:


““Disse”vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Advogado, o Espírito Santo que o Pai
enviará em meu nome, ensinar”vos”á TODAS as coisas, e vos recordará TUDO o que vos tenho
dito” (Jo 14,25-26).

Que garantia maior de infabilidade Jesus poderia ter dado à Igreja do que essa Promessa de
que o Espírito Santo “ensinar”vos”à todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos tenho
dito”?

Como, então, a Igreja poderia se enganar? Para aceitar a Reforma Protestante, que negou
“quinze séculos” de caminhada da Igreja, guiada dia a dia pelo Espírito Santo, seria preciso
aceitar antes, que Jesus enganou a Sua Igreja, mentiu para ela e não cumpriu a promessa de
assistí”la sempre com a Verdade. Mas isto nunca! Jesus é o Esposo da Igreja; Ele deu a sua vida
por ela (Ef 5,25), e jamais a abandonou nem a abandonará até o fim dos tempos.

“Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo!” (Mt 28,18).

A Reforma protestante negou os dogmas, os sacramentos, a Igreja como instituição divina, a


Sagrada Tradição, o Sagrado Magistério, a Sagrada Hierarquia, as sagradas devoções católicas,
enfim, toda a Tradição apostólica (de quinze séculos !), testemunhada pelo sangue dos
Mártires e dos Confessores e confirmada pelos Papas. Será que os Apóstolos se enganaram?
Será que os mártires, testemunhas de Cristo com o próprio sangue, se enganaram? Será que os
Santos Padres nos mentiram? Será que os santos doutores erraram o caminho da fé?

Aí está a garantia de tudo que a Igreja ensina e que o Espírito Santo, o Seu Mestre, lhe ensinou
nestes 20 séculos: os dogmas do Credo, as verdades sobre a Virgem Maria, os Sacramentos, a
Moral católica, etc. Repito mais uma vez, com toda a convicção: negar que os ensinamentos do
Magistério da Igreja são verdadeiros, é o mesmo que negar as promessas de Jesus aos
Apóstolos na última Ceia.

Enfim, pela terceira vez, naquela Ceia inesquecível, o Senhor afirma mais uma vez à sua Igreja,
de maneira mais forte ainda:

“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o
Advogado, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á TODA a verdade (…)”(Jo 16,12).

Que promessa maravilhosa de Jesus para a Igreja!

“O Espírito da Verdade ensinar-vos á TODA a verdade”.

Naquela hora Jesus sabia que os Apóstolos já não tinham


mais condições psicológicas para aprenderem novos
ensinamentos. “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos”.
Isso mostra claro que Jesus não ensinou tudo para os
Apóstolos, mas deixou o Espírito Santo para conduzi-los a
toda a verdade. Com o passar dos anos e dos séculos,
com muita oração, meditação, Concílios e provações, o
Espírito Santo foi guiando, e vai guiando hoje, a Igreja, a
descobrir, lentamente, “toda a verdade”. Não apenas
uma parte da verdade, mas “TODA a verdade”.”
É verdade que Jesus afirmou:
“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o
Advogado, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á TODA a verdade (…)”(Jo 16,12).

Que promessa maravilhosa de Jesus para a Igreja!

Naquela hora Jesus sabia que os Apóstolos já não tinham


mais condições psicológicas para aprenderem novos
ensinamentos. “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos”.
Isso mostra claro que Jesus não ensinou tudo para os
Apóstolos, mas deixou o Espírito Santo para conduzi-los a
toda a verdade. Com o passar dos anos e dos séculos,
com muita oração, meditação, Concílios e provações, o
Espírito Santo foi guiando, e vai guiando hoje, a Igreja, a
descobrir, lentamente, “toda a verdade”. Não apenas
uma parte da verdade, mas “TODA a verdade”.

e a Igreja, na pessoa do Papa, Sucessor de Pedro, Vigário de Cristo,


isto é, representante de Deus na terra, é o rigoroso GUARDA de um tal
depósito de fé.

A Infalibilidade da Igreja e do Papa

POR PROF. FELIPE AQUINO27 DE AGOSTO DE 2013IGREJA

Para levar os homens à salvação, pelo “conhecimento da verdade” (1Tm 3,15), o Senhor
garantiu a Igreja – por meio do sagrado Magistério “a infalibilidade naquilo, e só naquilo, que
se refere à salvação dos fiéis; isto é, nos ensinamentos doutrinários (fé e moral).

Assim, a mensagem do Evangelho não ficaria à mercê da manipulação dos homens, COMO NO
CASO DO PROTESTANTISMO. E como sempre se tentou na história da Igreja.

Sem a garantia da infalibilidade para o Magistério da Igreja, podemos dizer que teria sido inútil
a Revelação Divina, pois ela seria deteriorada ao chegar até nós, e não teria a força da
salvação.

O Papa João Paulo II ao apresentar o novo Catecismo disse:

“Guardar o depósito da fé é a missão que o Senhor confiou à Sua Igreja e que ela cumpre em
todos os tempos” (FD, introdução).
Esta é portanto “a missão” sagrada que a Igreja recebeu do Senhor: “guardar o depósito da
fé”, intacto; e isto a Igreja sempre fez e faz.
É com esta finalidade que a Santa Sé possui a “Sagrada Congregação Para a Doutrina da Fé”,
encarregada de zelar pela pureza da doutrina em todo o mundo católico.

A Igreja tem a missão de fazer “resplandecer a verdade do Evangelho”, disse o Papa João
Paulo II; e ainda:

“Ao Concílio, o Papa João XXIII tinha confiado como tarefa principal guardar e apresentar
melhor o precioso depósito da doutrina cristã (…)” (FD, Introdução).

A grande preocupação da Igreja sempre foi ser fiel ao seu Senhor, guardando intacto aquilo
que dEle recebeu, o “depositum fidei” (depósito da fé), ou, como dizia São Paulo a Timóteo e a
Tito, a “sã doutrina” (1Tm 4,6; 2Tm 1,14; 4,3; Tt 1,9; 2,7).
Podemos notar que nas Cartas pastorais que São Paulo escreveu a S. Timóteo e a S. Tito, a
quem ordenou bispos, a grande preocupação do Apóstolo é com a doutrina, para que essa não
se corrompesse com o passar do tempo e com a transmissão oral ou escrita. Veja essas
passagens:

“Torno a lembrar-te a recomendação que te dei (…) para impedir que certas pessoas andassem
a ensinar doutrinas extravagantes (…)”(1Tm1,3).

“Recomenda esta doutrina aos irmãos, e serás bom ministro de Jesus Cristo, alimentando com
as palavras da fé e da sã doutrina (…) (1Tm 4,6).

“Quem ensina de outra forma (…) é um obcecado pelo orgulho, um ignorante(…) (1Tm 6,3-4).

“Ó Timóteo, guarda o bem que te foi confiado!”(1 Tm 6,20).

“Guarda o precioso depósito!” (2 Tm1,14).

“Porque virá tempo que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação” (2Tm 4,3).

A S. Tito, vemos as mesmas recomendações de S. Paulo. Falando das qualidades que deve
ter o bispo, ele diz:

“(…) firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo
a sã doutrina e rebater os que a contradizem” (Tt 1,9).

“O teu ensinamento, porém, seja conforme a sã doutrina (…) (Tt 2,1).

“…mostra-te em tudo modelo de bom comportamento: pela integridade da doutrina (…)”(Tt


2,7).

“Certa é esta doutrina, e quero que a ensines com constância e firmeza (… )(Tt 3,8).

Na sua grande preocupação com a “sã doutrina”, S. Paulo diz aos gálatas, com toda
severidade:

“Não há dois evangelhos: há pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o
Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém ” nós, ou um anjo baixado do céu ” vos anunciasse
um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema [maldito]. Repito
aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele
excomungado!”(Gl 1,7-10).

Ao longo da sua história a Igreja realizou 21 Concílios Ecumênicos (universais) para manter
intacta essa “sã doutrina”. Foram muitas vezes momentos difíceis para a Igreja, porque, por
não aceitar a verdade muitos irmãos se separaram da unidade católica; mas foram momentos
de luzes para a caminhada da Igreja.

Falando desses Concílios, disse o Papa João Paulo II:

“Os grandes Concílios foram momentos de graça para a vida da Igreja universal (…). Eles
representam um ponto de referência indiscutível para a Igreja universal”.

“Esses foram momentos de graça, através dos quais o Espírito de Deus concedeu luzes
abundantes sobre os mistérios fundamentais da fé cristã” (LR, nº 28, 13/7/96).

É sobretudo nos Concílios que a Igreja exerce a sua infalibilidade em matéria de fé e de moral.
Não se conhece na história da Igreja (de 2000 anos!) uma verdade da fé que um dos Concílios,
legítimos, tenha ensinado e que outro tenha revogado. Essa ocorrência doutrinária é uma
prova da infalibilidade, já que o Espírito Santo, o grande Mestre da Igreja, não se contradiz. Ele
não pode revelar à Igreja uma verdade hoje, que seja diferente, na essência, daquilo que Ele
revelou ontem.

Um dia Jesus disse aos Apóstolos:

“Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que
desligardes sobre a terra será desligado no céu” (Mt 18,18).

Essa mesma grande promessa que Ele já tinha feito a Pedro, como Cabeça visível da Igreja (cf.
Mt 16,18), estende para todo o Colégio Apostólico unido e submisso a Pedro.

E ainda mais, Jesus disse aos Apóstolos:

“Quem vos ouve, a Mim ouve, e quem vos rejeita, a Mim rejeita, e quem Me rejeita, rejeita
Aquele que Me enviou” (Lc 10,16).
Depois dessa promessa, como não entender a infalibilidade da Igreja? Jesus garante que a
palavra da Igreja é a Sua palavra. Quem rejeita o ensinamento dos Apóstolos, rejeita o próprio
Senhor e o Pai que o enviou. Isto é muitíssimo sério. Rejeitar o que ensina a Igreja é rejeitar o
que Jesus ensina, é rejeitar o que o Pai ensina; é rejeitar Jesus e o Pai.

Antes de voltar ao Céu, na Ascensão, Jesus disse aos Apóstolos (à Igreja):

“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações …
Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi” (Mt 28, 19-20).

Jesus envia a Igreja, que nascia com os Apóstolos, a “ensinar a todas as nações” a Sua doutrina.
Sabemos que Deus sempre dá a graça necessária para se poder cumprir uma missão que Ele
ordena. A graça, neste caso, foi a assistência do Espírito Santo para que a Igreja ensinasse sem
erro. Antes de subir ao céu o Senhor garantiu:

“Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20).

Esta é a última frase do Evangelho de S. Mateus, e ela nos garante que o próprio Senhor está
no seio da sua Igreja, através do Espírito Santo, prometido e enviado em Pentecostes, para
impedi”la de errar em matéria fundamental para a salvação dos homens.

Para aceitar que a Igreja, nesses 2000 anos possa ter errado o “caminho da salvação”, e
desvirtuado o Evangelho, como querem os protestantes, seria preciso aceitar antes, que Jesus
a abandonou, e não cumpriu a Promessa de estar sempre com a Igreja até o fim do mundo.
Mas isto jamais; Jesus é fiel e ama a sua Igreja como Esposa, com amor indissolúvel, pela qual
deu a Sua vida. “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25).

Como então, admitir que a Igreja errou o caminho da salvação como quiseram os
protagonistas da Reforma Protestante?

É muito importante notar o que São Paulo disse a S. Timóteo:

“Deus quer que todos se salvem, e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4).

Para o Apóstolo, chegar à salvação é o mesmo que “chegar ao conhecimento da verdade”. É


essa verdade (a sã doutrina), que Jesus confiou aos Apóstolos, e lhes incumbiu de ensinar a
todas as nações, que leva à salvação.

Em seguida S. Paulo vai dizer ao seu discípulo fiel que:

“A Igreja do Deus vivo é a coluna e o sustentáculo da verdade” (1 Tm 3,15).

Dizer que a Igreja é a “coluna e o sustentáculo da verdade”, é o mesmo que dizer que sem ela
a verdade não fica de pé, não se sustenta.

É o mesmo que dizer que a Igreja é infalível, através do seu Magistério. Sem ela a doutrina de
Jesus não teria chegado intacta até nós. Como disse Teilhard de Chardin:

“Sem a Igreja, o Cristo se evapora, se esfacela ou se anula”.

Jesus insistiu sobre a importância da Verdade. Disse a Pilatos, que Ele veio ao mundo “para dar
testemunho da verdade” (Jo 18,37).

Aos judeus que nele creram ele disse:

“Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a


verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).

Aos discípulos Ele afirmou:

“Eu sou a Verdade” (Jo 14,6).

Na oração sacerdotal Ele pede ao Pai:

“Santifica”os na verdade” (Jo 17,17).

São Paulo alerta os tessalonicenses que aqueles que se perderem diante das tribulações que a
Igreja terá que atravessar antes da volta do Senhor, será “por não terem cultivado o amor à
verdade que os teria podido salvar”(2Tes 2,10).

“Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas
consentiram no mal” (2 Tes 2,12).

São Paulo deixa claro aqui que se perderão aqueles que diante das falsas doutrinas, preferirem
os ensinamentos dos homens à verdade de Deus, ensinada pela Igreja. “Não deram crédito à
verdade”.

É preciso relembrar aqui, mais uma vez o que disse o Apóstolo:

“A Igreja do Deus vivo é a coluna e o sustentáculo da verdade”(1Tm 3,15).


Não existe portanto ninguém, e nenhuma outra instituição, fora da Igreja católica, que
detenha a verdade infalível, em matéria de fé e de moral.

Todas essas passagens mostram a importância da verdade, a qual vivida, liberta do mal e
salva. É essa verdade que Jesus garantiu à Igreja ensinar sem erro até o fim do mundo.

E o nosso Catecismo, com todas as letras, confirma isso:

“Deus quer a salvação pelo conhecimento da verdade. A salvação está na verdade. Os que
obedecerem à moção do Espírito de verdade já estão no caminho da salvação; mas a Igreja, a
quem esta verdade foi confiada, deve ir ao encontro do seu anseio levando”lhes a mesma
verdade” (CIC, 851).

Na última vez que Jesus esteve com os seus Apóstolos, na última Ceia, na hora do adeus, antes
de sofrer a sua paixão, garantiu-lhes a infalibilidade para conhecer e ensinar a verdade que
salva.

Desde o capítulo 13 até o 17 São João narra no seu Evangelho tudo o que aconteceu naquela
Ceia memorável onde o Senhor instituiu o Sacerdócio e a Eucaristia. Esses cinco capítulos (13 a
17) revestem-se de uma importância especial, já que são as últimas palavras e recomendações
de Jesus à Igreja. É fácil compreender a sublimidade desta hora. Pois bem, nesta noite sagrada
o Senhor lhes garantiu a infalibilidade por três vezes, segundo narra São João, testemunha
ocular daqueles acontecimentos. Jesus começa dizendo aos Apóstolos:

“Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará um outro Advogado, para que fique eternamente convosco. É
o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas
vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós” (Jo 14,16-17).

Que garantia maior de infalibilidade Jesus poderia ter dado à Sua Igreja, do que deixando nela
o seu próprio Espírito, que Ele chama de Espírito da Verdade? Se Ele permanecerá com a
Igreja, como ela poderia errar em matérias essenciais a salvação?

É preciso notar que Jesus disse que o Espírito Santo seria dado “para que fique eternamente
convosco”. E garantiu ainda que Ele ficaria com a Igreja e estaria na Igreja. “Permanecerá
convosco e estará em vós”.

Para aceitarmos que a Igreja tenha errado o caminho da verdade, como quiseram Lutero e
seus seguidores, depois de 1517 anos, seria preciso antes concordar que o Espírito Santo, “o
Espírito da Verdade”, tenha abandonado a Igreja. Mas isto jamais poderia ter acontecido, pois
Ele foi dado para ficar “eternamente convosco” (Jo 14, 16-17).

As promessas de Jesus para a Sua Igreja são infalíveis, porque Jesus não é um farsante e nem
um mentiroso. Naquela hora memorável que antecedia a Sua paixão, Ele não estava brincando
com os seus Apóstolos e com a Sua Igreja. Ele se despedia dela com as suas últimas e mais
importantes promessas, para em seguida sofrer, por amor a ela, a sua dolorosa paixão.

Naquela mesma noite memorável Jesus diz mais uma vez aos Apóstolos:

“Disse”vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Advogado, o Espírito Santo que o Pai
enviará em meu nome, ensinar”vos”á TODAS as coisas, e vos recordará TUDO o que vos tenho
dito” (Jo 14,25-26).
Que garantia maior de infabilidade Jesus poderia ter dado à Igreja do que essa Promessa de
que o Espírito Santo “ensinar”vos”à todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos tenho
dito”?

Como, então, a Igreja poderia se enganar? Para aceitar a Reforma Protestante, que negou
“quinze séculos” de caminhada da Igreja, guiada dia a dia pelo Espírito Santo, seria preciso
aceitar antes, que Jesus enganou a Sua Igreja, mentiu para ela e não cumpriu a promessa de
assistí”la sempre com a Verdade. Mas isto nunca! Jesus é o Esposo da Igreja; Ele deu a sua vida
por ela (Ef 5,25), e jamais a abandonou nem a abandonará até o fim dos tempos.

“Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo!” (Mt 28,18).

A Reforma protestante negou os dogmas, os sacramentos, a Igreja como instituição divina, a


Sagrada Tradição, o Sagrado Magistério, a Sagrada Hierarquia, as sagradas devoções católicas,
enfim, toda a Tradição apostólica (de quinze séculos !), testemunhada pelo sangue dos
Mártires e dos Confessores e confirmada pelos Papas. Será que os Apóstolos se enganaram?
Será que os mártires, testemunhas de Cristo com o próprio sangue, se enganaram? Será que os
Santos Padres nos mentiram? Será que os santos doutores erraram o caminho da fé?

Aí está a garantia de tudo que a Igreja ensina e que o Espírito Santo, o Seu Mestre, lhe ensinou
nestes 20 séculos: os dogmas do Credo, as verdades sobre a Virgem Maria, os Sacramentos, a
Moral católica, etc. Repito mais uma vez, com toda a convicção: negar que os ensinamentos do
Magistério da Igreja são verdadeiros, é o mesmo que negar as promessas de Jesus aos
Apóstolos na última Ceia.

Enfim, pela terceira vez, naquela Ceia inesquecível, o Senhor afirma mais uma vez à sua Igreja,
de maneira mais forte ainda:

“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o
Advogado, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á TODA a verdade (…)”(Jo 16,12).

Que promessa maravilhosa de Jesus para a Igreja!

“O Espírito da Verdade ensinar-vos á TODA a verdade”.

Naquela hora Jesus sabia que os Apóstolos já não tinham


mais condições psicológicas para aprenderem novos
ensinamentos. “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos”.
Isso mostra claro que Jesus não ensinou tudo para os
Apóstolos, mas deixou o Espírito Santo para conduzi-los a
toda a verdade. Com o passar dos anos e dos séculos,
com muita oração, meditação, Concílios e provações, o
Espírito Santo foi guiando, e vai guiando hoje, a Igreja, a
descobrir, lentamente, “toda a verdade”. Não apenas
uma parte da verdade, mas “TODA a verdade”.
São Vicente de Lerins (+450), afirmava:

“É necessário que cresçam e vigorosamente progridam a compreensão, a ciência e a sabedoria


da parte de cada um e de todos, seja de um só homem como de toda a Igreja, à medida que
passam as idades e os séculos” (Communitorium).

Vemos assim que, de maneira muito marcante, na última noite, na hora solene do Adeus, Jesus
garantiu à Igreja a assistência infalível do “Espírito da Verdade” para conduzi-la sempre à
verdade que liberta e salva.

“Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará um outro Advogado, para que fique eternamente
convosco”(Jo 14,16).

O grande Santo Ireneu (+202), que combateu com zelo as heresias do seu tempo, nos
assegura:

“É realmente verdadeira e firme a pregação da Igreja, onde aparece a única via de salvação em
todo o mundo. Com efeito à Igreja foi confiada a luz de Deus, e portanto a “sabedoria” de
Deus, pela qual Ele salva os homens…. Por toda a parte a Igreja anuncia a verdade: ela é o
candelabro de sete luzes ( Ap 2,1) que transporta a luz de Cristo…convém refugiar”se na Igreja
e ser educado em seu grêmio, nutrido com as santas Escrituras do Senhor. Pois a Igreja está
plantada neste mundo como o Paraíso.” ( Contra as Heresias, liv. V, cap. 20).

Podemos garantir, em Nome do Espírito Santo, que o Catecismo da Igreja, os documentos dos
Concílios, os ensinamentos dos Papas, são a mais pura verdade de Deus. É por isso que o
Apóstolo garante:

“A Igreja é a coluna e o sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15).

O bom católico, o católico fiel e convicto, não pode duvidar de nada que a Santa Igreja Católica
ensina. São maus filhos da Igreja aqueles que discordam dos seus ensinamentos oficiais.
Discordar da Igreja nesses pontos é o mesmo que discordar de Jesus e desconfiar da
assistência infalível que o Espírito Santo presta à Igreja, por promessa de Jesus. Longe, muito
longe de nós esta terrível tentação.

Quando a Igreja nos ensina qualquer verdade de fé ou de Moral, é porque ela estudou muito a
fundo a questão, orou muito sobre isto, perscrutou o que o Espírito Santo lhe tinha a dizer,
antes de nos ensinar. As verdades reveladas, muitas vezes incompreensíveis para quem não
estudou teologia, não devem ser para nós motivo de discordância ou de desconfiança, por se
tratarem de dogmas. Pelo contrário, todo e qualquer ensinamento do Magistério da Igreja
deve ser recebido com gratidão e alegria, e imediatamente colocado em prática, como algo
vindo a nós do próprio Jesus. É lamentável que muitos católicos se deixem abalar quando
pessoas de outras religiões neguem as verdades de nossa fé, solidamente consolidadas. Eis aí
uma questão que nos deve fazer estudar e aprofundar a nossa fé. São Pedro já dizia aos
cristãos do seu tempo:

“Estai preparados para apresentar aos outros a razão da vossa esperança” (1Pd 3,15).

Gostaria de insistir neste ponto: mesmo que eu não compreenda bem aquilo que a Igreja nos
ensina, devo acatar de imediato, e buscar compreender o que significa o que nos foi ensinado.

Certa vez o Cardeal Ratzinger, Prefeito da Sagrada Congregação da Fé, disse que “os dogmas
de nossa fé não são cadeias, ao contrário, são janelas que se abrem para o infinito”.
É lamentável que vez ou outra surja um teólogo moderno (talvez mais moderno do que
verdadeiramente teólogo!), ousando desafiar a perenidade do dogma ou contestando a sua
verdade.

É preciso compreender que infalibilidade não quer dizer impecabilidade. Sabemos que há
pecados entre os membros da Igreja, contra a sua vontade, mas isto não impede que ela seja
infalível quando conduz os seus filhos no caminho da verdade que salva. Mediante o Espírito
Santo, enviado por Jesus à Igreja, de maneira permanente, Ele garante ao Papa não cometer
erros de doutrina, quando ensina “ex-cátedra”, isto é, em caráter decisivo e definitivo, alguma
matéria de fé ou moral. Assim explica o Catecismo:

“Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis conferir à sua
Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. Pelo “sentido
sobrenatural da fé”, o Povo de Deus se atém “indefectivelmente à fé” sobre a guia do
Magistério vivo da Igreja.” (LG, 12; DV,10; CIC 889-892)

“Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força do seu
cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, e encarregado de
confirmar seus irmãos na fé, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e
aos costumes… A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando
este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro, sobretudo em
Concílio Ecumênico. “

“Quando, pelo seu Magistério supremo, a Igreja propõe alguma coisa a crer como sendo
revelada por Deus, e como ensinamento de Cristo, é preciso aderir na obediência da fé a tais
definições. Esta infalibilidade tem a mesma extensão que o próprio depósito da Revelação
divina” (LG,25).

A infalibilidade não se estende aos assuntos científicos: física, química, matemática,


astronomia, etc. Somente nos assuntos de fé e de moral, propostos aos fiéis como
obrigatórios, é a que Igreja goza da assistência infalível do Espírito Santo. Exemplos disso são
os dogmas proclamados pelos Papas ou por algum Concílio. Por exemplo, em 1854, o Papa Pio
IX proclamou o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora; em 1950, o Papa Pio XII
proclamou o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, de corpo e de alma; em 22/05/94,
o Papa João Paulo II pronunciou em caráter definitivo e irrevogável, através da Carta
Apostólica “Ordinatio Sacerdotalis”, a proibição de ordenação sacerdotal de mulheres.

A infalibilidade do Papa foi definida no Concílio Vaticano I, em 1870, embora a Igreja, desde os
seus primórdios já acreditasse nisso:

“Aderindo fielmente à tradição recebida desde o princípio da fé cristã…, declaramos e


definimos, como dogma de fé divinamente revelado, que o Pontífice Romano, quando fala “ex-
cáthedra”, isto é quando, no desempenho do seu múnus de pastor e doutor de todos os
cristãos, define, com a sua suprema autoridade Apostólica, doutrina respeitante à fé e à moral,
que deva ser crida pela Igreja universal, pois possui, em virtude da assistência divina, que lhe
foi prometida na pessoa do Bem”aventurado Pedro, a infalibilidade de que o Divino Redentor
revestiu a sua Igreja, ao definir doutrina atinente à fé e à moral; e que, portanto, as definições
do Romano Pontífice são irrefragáveis por si mesmas, e não em virtude do consenso da Igreja”(
De Ecclesia Christi, c.IV).

O Concílio Vaticano II, quase 100 anos depois, reafirmou este mesmo dogma, dizendo que:
“O Romano pontífice, cabeça do Colégio Episcopal, goza desta infalibilidade em virtude do seu
ofício, quando define uma doutrina de fé ou de costumes, como Supremo Pastor e Doutor de
todos os cristãos, confirmando na fé os irmãos (cf Lc 22,32). Por isso, as suas definições são
irreformáveis só por si, sem necessidade do consentimento da Igreja, uma vez que são
pronunciadas sob a assistência do Espírito Santo, prometida ao Papa na pessoa de Pedro; não
precisam da aprovação de ninguém, nem admitem qualquer apelo a outro juízo. É que nestes
casos, o Romano Pontífice não dá uma opinião como qualquer pessoa privada, mas propõe ou
defende a doutrina da fé como Mestre Supremo da Igreja Universal, dotado pessoalmente do
carisma da infalibilidade que pertence à própria Igreja (LG 25).

É preciso ter em mente que uma definição papal nunca é uma decisão rápida, pouco pensada,
ou que dispense longos anos de estudo e oração. Essas definições são a conclusão de um
processo lento, durante o qual uma verdade contida no depósito da Revelação vai se tornando
“visível” à hierarquia e ao povo de Deus. É apenas a proclamação explícita de uma verdade que
ainda não era conhecida mas que já pertencia ao depósito da fé.

O que leva algumas vezes o Magistério da Igreja a fazer a proclamação de uma verdade de fé,
é o surgimento de alguma heresia ou contestação a essa verdade já aceita pela Igreja.
Portanto, as definições “ex-cathedra”, pronunciadas pelo Papa, são raras. O Magistério
ordinário da Igreja, exercido pelos bispos quando ensinam em comunhão com o Papa é o
caminho normal pelo qual a Igreja nos ensina. Não é necessário que uma verdade seja
solenemente definida pelo sucessor de Pedro, para que pertença ao depósito da fé; basta que
esta verdade tenha sido sempre e em toda parte professada pelos cristãos.

São Vicente de Lerins (+450), dizia que:

“O que todos em toda parte e sempre acreditaram, isso é verdadeira e propriamente católico”
(Communitorium).

Três condições são necessárias para que uma definição do Papa tenha caráter de dogma,
sentença infalível:

1. É necessário que ele fale “ex-cathedra”, isto é, de maneira decisiva, como Pastor e Mestre
dos cristãos, e não apenas de modo particular. Ele não é obrigado a consultar algum Concílio e
ninguém, embora possa fazê-lo, e quase sempre o faz.

2. A matéria a ser definida se refira apenas à fé e à moral; isto é, se relacione com a crença e o
comportamento dos cristãos.

3. Que o Sumo Pontífice queira proferir uma sentença definitória e definitiva, irrevogável,
imutável, sobre o assunto em questão.
Somente a sentença final é objeto da infalibilidade, e não os argumentos e as conclusões
derivadas da sentença proclamada. E não há uma fórmula única de redação para a definição
dogmática. Os termos normalmente usados pelos Papas são: “pronunciamos”, “definimos”,
“decretamos”, “declaramos”, etc.

Em 8/12/1854, ao proclamar o dogma da Imaculada Conceição de Maria, o Papa Pio IX, na


Bula “Inefabilis Deus” disse:

“Nós declaramos, decretamos e definimos que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um
privilégio especial de Deus Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador
do mundo, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda mancha do pecado original
no primeiro instante de sua Conceição, foi revelada por Deus e deve, por conseguinte, ser
crida firmemente e constantemente por todos os fiéis”.

Note que o Papa afirma que essa verdade “foi revelada por Deus”; isto é, sempre esteve no
depósito da fé, embora não apareça de maneira explícita na Bíblia.

Na proclamação do dogma da Assunção de Maria ao céu, o Papa Pio XII na Constituição


Apostólica “Munificientíssimus Deus”, no dia 1/11/1950:

“Depois de haver mais uma vez elevado a Deus nossas súplicas e invocado as luzes do Espírito
Santo (…), pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma de fé revelado por Deus que: a
Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi
elevada à glória celeste em corpo e alma”.

Também aqui o Papa repete a expressão “foi revelado por Deus”. Alguém poderia perguntar
como foi revelado por Deus, se isto não está explicitamente na Bíblia? Pode não estar na
Revelação da Palavra de Deus escrita, mas está na Revelação oral como nos mostra a vida da
Igreja. Aqueles que rejeitaram a Tradição oral não conseguem entender isto.

Ao longo da História da Igreja, o sagrado Magistério, guiado pelo Espírito Santo, conforme esta
solene promessa de Jesus, foi identificando os pontos imutáveis da doutrina. Assim explica o
nosso Catecismo:

“O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando


define dogmas, isto é, quando, utilizando uma fórmula que obriga o povo cristão a uma adesão
irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com elas
têm uma conexão necessária. Há uma conexão orgânica entre a nossa vida espiritual e os
dogmas.

Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé, que iluminam e tornam seguro. Se a nossa vida
for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da
fé (Jo 8, 31-32)” (CIC n.88).

Prof. Felipe Aquino

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