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Enciclopedia de apologética. Norman Geisler.

Aniquilacionismo

É a crença de que os ímpios não irão viver uma eternidade de


sofrimento no inferno, mas serão “extinguidos” após a morte. esta
doutrina ensina que as almas dos ímpios em vez de serem enviadas,
concientes, para o inferno eterno serão destruídas.

Os aniquilacionistas apontam para referências bíblicas sobre o


destino dos ímpios como “a segunda morte” (Ap 20.14) para apoiar
sua teoria. Já que a pessoa perde a consciência deste mundo na
primeira morte (morte física), argumenta-se que a “segunda morte”
envolverá inconsciência no mundo por vir.
Paulo disse:

... quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os


anjos do seu poder,Como labareda de fogo, tomando vingança
dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao
evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por castigo,
padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do
seu poder, (2Ts 1:7-9).

Uma outra versão do mesmo texto diz: quando 0 Senhor Jesus


for revelado lá dos céus, com os seus anjos poderosos, em meio
a chamas flamejantes. Ele punirá os que não conhecem a Deus
e os que não obedecem ao envangelho de nosso Senhor Jesus.
Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da
presença do Senhor e da majestade do seu poder.
Os aniquilacionistas insistem que a figura da “destruição” é
incompatível com a existência contínua e consciente.

Os ímpios são descritos como reservados para a “perdição” ou


“destruição” (2 Pe 3.7), e Judas é chamado “destinado à perdição”
(Jo 17.12). A palavra perdição (apoleia) significa perecer. Isso,
argumentam os aniquilacionistas, indica que os perdidos perecerão
ou deixarão de existir.

Jesus disse sobre Judas, que foi levado para a perdição, que“melhor
lhe seria não haver nascido” (Mc 14.21). Antes de uma pessoa ser
concebida ela não existe. Então, se inferno é igual à condição de pré-
nascimento, deve ser um estado de inexistência dizem os
aniquilacionistas.

Também em muitas passagens no Antigo Testamento se fala sobre


os ímpios perecendo. O salmista escreveu: “Mas os ímpios,
murcharão, perecerão; e os inimigos do Senhor como a beleza
dos campos desvanecerão como fumaça” (Sl 37.20; cf. 68.2;
112.10). Para os aniquilacionistas, "Perecer", implica no estado de
inexistência.

Porém, quando examinadas cuidadosamente em seu contexto,


nenhumas das passagens acima comprova o aniquilacionismo. Em
alguns pontos a linguagem pode permitir tal conclusão, mas em
nenhum caso o texto exige o aniquilacionismo. Examinado em cada
contexto e em comparação com outras passagens das Escrituras, o
conceito deve ser rejeitado em todos os casos.
Separação, não extinção.

A primeira morte é apenas a separação entre a alma e o corpo (Tg


2.26), não a aniquilação da alma. As Escrituras apresentam a morte
como separação consciente.

Adão e Eva morreram espiritualmente no momento em que pecaram,


mas ainda existiam e podiam ouvir a voz de Deus (Gn 3.10).

Antes de sermos salvos, estamos “... mortos em [...] transgressões e


pecados”(Ef2.1), e ainda assim trazemos em nós a imagem de Deus
(Gn 1.27; cf. Gn 9.6; Tg 3.9).

Apesar de serem incapazes de chegar-se a Cristo sem a intervenção


de Deus, os “espiritualmente mortos” estão suficientemente cônscios
de que as Escrituras exigem que eles creiam (At 16.31), e se
arrependam (At 17.30).

Consciência contínua, no estado de separação de Deus e de


incapacidade para salvar-se — essa constitui a visão das Escrituras
sobre a segunda morte.

Destruição, não inexistência.

Destruição “eterna” não seria aniquilação, que só dura um instante e


acaba. Se alguém sofre destruição eterna, então deve ter existência
eterna. Os carros num depósito de ferro velho já foram destruídos,
mas não aniquilados. Eles sim- plesmente são irreparáveis ou,
irrecuperáveis. As pessoas no inferno também.
Já que a palavra perdição significa morrer, perecer ou arruinar, as
mesmas objeções se aplicam.

Em 2 Pedro 3.7: Mas os céus e a terra que agora existem pela


mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o
fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios". A palavra
perdição é usada no contexto de julgamento, claramente implicando
consciência.

Na analogia do ferro velho os carros destruídos pereceram, mas


ainda são carros. Nesse contexto, Jesus falou do inferno como
depósito de lixo onde o fogo não cessaria e onde o corpo ressurreto
de uma pessoa não seria consumido (Mc9.48).

Além dos comentários sobre a morte e perdição anteriores, deve-se


observar que a palavra hebraica usada para descrever os ímpios
perecendo no Antigo Testamento (’ãvad) também é usada para
descrever os justos perecendo (v. Is 57.1; Mq 7.2). Mas até os
aniquilacionistas admitem que os justos não serão aniquilados.
Sendo esse o caso, não deveriam concluir que os ímpios deixarão de
existir com base nesse termo.

A mesma palavra (’ãvad)) é usada para descrever coisas que estão


apenas perdidas e mais tarde são encontradas (Dt 22.3), 0 que prova
que perdido não significa inexistente.
“Melhor lhe seria..."
Quando diz que teria sido melhor se Judas não tivesse nascido,
Jesus não está comparando a perdição de Judas com a inexistência
antes da concepção, mas com sua existência antes do nascimento.
Essa linguagem figurada hiperbólica muito provavelmente indicaria a
severidade do seu castigo; não é uma afirmação sobre a
superioridade da inexistência sobre a existência.
Numa condenação paralela dos fariseus, Jesus disse que Sodoma e
Gomorra se arrependeriam se tivessem visto os milagres dele (Mt
11.23,24). Isso não quer dizer que realmente teriam se arrependido,
pois em tal caso Deus certamente lhes teria mostrado esses milagres
— 2 Pedro 3.9. É simplesmente uma linguagem figurada poderosa
que indica que seu pecado foi tão grande que “no dia do juízo haverá
menor rigor para Sodoma” que para eles (Mt 11.24).
Além disso, o nada jamais poderá ser melhor que algo, já que não
existe entre eles qualquer coisa comum por meio da qual compará-
los. Então não-existir não pode ser realmente melhor que existir.
Supor o contrário é um erro de categoria.

O que diz a Bíblia?


Além da ausência de qualquer passagem definitiva a favor do
aniquilacionismo, vários textos apoiam a doutrina de castigo
consciente eterno. Um breve resumo inclui:

O homem rico no Hades.


Ao contrário de parábolas que não têm personagens reais, Jesus
contou a história de um mendigo real chamado Lázaro que foi para o
céu e de um homem rico que morreu e foi para o Hades e estava em
tormento consciente (Lc 16.22-28). Ele clamou:
“Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que lázaro molhe a
ponta do dedo na água e refresque a minha língua, por que estou
sofrendo muito neste fogo”. Mas Abraão respondeu: “Filho, lembre-
se de que durante a sua vida você recebeu coisas boas, enquanto
Lázaro recebeu coisas más. Agora, porém, ele está sendo consolado
aqui e você está em sofrimento” (v. 24,25).

O homem rico implorou que seus irmãos fossem avisados “a fim de


que eles não venham também para este lugar de tormento” (v. 28).
Não há indício de aniquilação nesta passagem; ele está sofrendo
tormento constante e consciente.

O lugar de choro e ranger de dentes.


Jesus disse várias vezes que as pessoas no inferno estão em agonia
constante. Ele declarou que “os súditos do Reino serão lançados
para fora, nas trevas onde haverá choro e ranger de dentes” (Mt 8.12;
cf. 22.13; 24.51; 25.30). Mas um lugar de choro é obviamente um
lugar de tristeza consciente. Quem não está consciente não chora.

O lugar onde o fogo não se apaga.


Várias vezes Jesus chamou o inferno “lugar de fogo inextinguível”
(Mc 9.43-48) onde os corpos dos ímpios nunca morrerão (cf. Lc
12.4,5). Mas não faria sentido haver fogo eterno e corpos
desprovidos de almas para sofrer o tormento.

Um lugar de tormento eterno.


João, o apóstolo, descreveu o inferno como um lugar de tormento
eterno, declarando:
O Diabo [...] foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde
já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão
atormentados dia e noite, para todo o sempre (Ap 20.10).

O lugar para a besta e o falso profeta.


Exemplificando claramente que esses seres ainda estarão
conscientes depois de mil anos de tormento no inferno, a Bíblia diz
sobre a besta e o falso profeta que “os dois foram lançados vivos
dentro do lago de fogo que arde com enxofre” (Ap 19.20) antes dos
“mil anos” (Ap 20.2). Mas depois desse período “o Diabo, que as
enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde
já haviam sido lançados a besta e o falso profeta” (Ap 20.10,). Eles
não só estavam “vivos” quando entraram, como também ainda
estavam vivos depois de mil anos de tormento consciente.

O lugar de castigo consciente.


O fato de que os ímpios “sofrerão a pena de destruição eterna” (2 Ts
1.9) implica que eles devem estar conscientes.
Não se pode sofrer penalidade sem existência. Não é castigo bater
num cadáver. Uma pessoa inconsciente não sente dor.
A aniquilação não seria um castigo, mas sim um livramento de toda
penalidade. Jó pôde sofrer algo pior que aniquilação nesta vida. O
castigo dos ímpios no pós-vida teria de ser consciente. Doutra forma,
Deus não seria justo, já que teria dado um castigo menor aos ímpios
que a alguns justos, pois nem todos os ímpios sofrem tanto quanto
os justos nesta vida.
O lugar eterno.
O inferno é descrito como tendo a mesma duração que o céu:
“eterno” (Mt 25.41). Já que os santos são descritos como
conscientemente alegres (Lc 23.43; 2Co 5.8; Fp 1.23), os pecadores
no inferno estão concientes durante o castigo (cf. Lc 16).

Argumentos filosóficos a favor da aniquilação.

Além dos argumentos bíblicos, muitos aniquilacionistas oferecem


razões filosóficas para rejeitar o castigo consciente e eterno.
Entretanto, da perspectiva teísta, a maioria delas nada mais é que
uma variação do tema da misericórdia de Deus.

Os argumentos dos que negam o teísmo ou a imortalidade humana


são vistos nesses respectivos artigos.

Os aniquilacionistas argumentam que Deus é um Ser misericordioso


(Êx 20.6), e é desumano deixar que pessoas sofram
conscientemente para sempre. Matamos animais encurralados
quando não podemos retirá- los de compartimentos em chamas.
Livramos outras criaturas de seu sofrimento. Os aniquilacionistas
argumentam que um Deus misericordioso certamente faria o mesmo
por suas criaturas.

Argumentos filosóficos contra a aniquilação.

0 próprio conceito de um Deus absolutamente misericordioso implica


que ele é o padrão absoluto do que é misericordioso e moralmente
correto. Na verdade, o argumento moral para a existência de Deus
demonstra isso.

Mas se Deus é o padrão absoluto de justiça moral, não lhe podemos


impor nosso conceito de justiça. A própria idéia de injustiça
pressupõe um padrão absoluto, que os teístas atribuem a Deus.

A aniquilação rebaixa tanto o amor de Deus quanto a natureza dos


seres humanos como criaturas morais. Seria como se Deus lhes
dissesse: “Permitirei que sejam livres apenas se fizerem o que eu
mandar. Se não fizerem, então eliminarei sua liberdade e
existência!”. Isso seria como se um pai dissesse ao filho que
esperava que ele fosse médico, mas, quando o filho decidisse ser um
guarda florestal, o pai o matasse.

O sofrimento eterno é o testemunho eterno da liberdade e dignidade


dos seres humanos, mesmo dos que não se arrependem. Seria
contrário à natureza dos homens aniquilálos, já que foram feitos à
imagem e semelhança de Deus, que é eterno (Gn 1.27).

Os animais geralmente são mortos para que aliviemos sua dor. Mas
(a despeito do movimento da eutanásia) não podemos fazer o
mesmo com os seres humanos exatamente porque não são meros
animais. São seres criados à imagem de Deus e, por isso, devem ser
tratados com o maior respeito pela dignidade de portadores da
imagem de Deus.

Não permitir que continuem a existir segundo destino que


escolheram livremente, por mais doloroso que seja, é eliminar a
imagem de Deus neles. Já que o livre-arbítrio é moralmente bom,
fazendo parte da imagem de Deus, então seria um mal moral retirá-
lo. Mas é isso o que a aniquilação faz: destrói a liberdade humana
para sempre.

Além disso, eliminar uma criatura feita à imagem imortal de Deus é


renunciar ao que Deus lhe deu — a imortalidade. Equivale, no caso
de Deus, a atacar a própria imagem ao destruir seus portadores. Mas
Deus não age contra si mesmo.

Castigar o crime de dizer uma meia-verdade com a mesma


ferocidade que um genocídio é injusto. Hitler deveria receber um
castigo maior que um ladrão comum, apesar de ambos os crimes
afrontarem a santidade infinita de Deus.

Certamente nem todo julgamento proporcional ao pecado é


executado nesta vida. A Bíblia fala sobre níveis de penalidade no
inferno (Mt 5.22;Ap 20.12-14). Mas não há níveis de aniquilação. A
inexistência seria a mesma para todos.

Outra freqüente objeção à eternidade do inferno feita pelos


aniquilacionistas é que seria injusto se Deus punisse os incrédulos
no inferno pela eternidade por causa de uma quantidade finita de
pecado.

Como seria justo se Deus punisse durante a eternidade uma pessoa


que viveu em pecado por, por exemplo, 70 anos? A resposta é a
seguinte: nosso pecado tem uma eterna conseqüência porque vai
contra um Deus eterno. Quando o Rei Davi cometeu os pecados de
adultério e assassinato ele disse: “Pequei contra ti, contra ti somente,
e fiz o que é mau perante os teus olhos...” (Salmos 51:4).

Se Davi havia pecado contra Bate-Seba e Urias, como poderia


afirmar que havia pecado apenas contra Deus?

Davi entendeu que todo pecado é derradeiramente contra Deus.


Deus é um Ser eterno e infinito. Como resultado, todo pecado é
merecedor de punição eterna. Um exemplo terreno disto seria
comparar um ataque contra o seu vizinho com um ataque contra o
presidente dos Estados Unidos. Sim, ambos são crimes, mas atacar
o presidente resultaria em conseqüências muito piores. Quão mais
terrível é a conseqüência acarretada pelo pecado contra um Deus
santo e infinito?

Podemos ver claramente que a doutrina da aniquilação tem bases


mais sentimentais que bíblicas. Apesar de haver expressões bíblicas
que podem ser interpretadas de forma a apoiar o aniquilacionismo,
não há nenhuma que seja necessariamente entendida dessa
maneira. Além disso, várias passagens afirmam claramente que os
ímpios sofrerão eterna e conscientemente no inferno.

Em relação à natureza do inferno


Aniquilacionistas não entendem o significado do lago de fogo.
Obviamente, se um ser humano fosse lançado em um lago de lava,
ele seria instantaneamente consumido. No entanto, o lago de fogo é
um domínio tanto físico quanto espiritual.
Não é simplesmente o corpo de um humano sendo lançado no lago
de fogo, é o corpo, a alma e o espírito de um humano. Uma natureza
espiritual não pode ser consumida por fogo físico. Ao que tudo indica,
os não-salvos são ressuscitados com um corpo preparado para a
eternidade da mesma forma que os salvos (Apocalipse 20:13; Atos
24:15). Estes corpos estão preparados para um destino eterno.

A eternidade
Esse é outro aspecto que o aniquilacionismo falha em
adequadamente compreender. Aniquilacionistas estão corretos
quando dizem que a palavra grega “aionion”, que é traduzida como
eterno, não significa eterno por definição. Ela se refere
especificamente a uma “era” ou “eon”, um período de tempo
específico.

No entanto, está claro que no Novo Testamento o uso de“aionion” é


algumas vezes feito para se referir a um período de tempo eterno.
Apocalipse 20:10 fala de Satanás, da besta e do falso profeta sendo
lançados no lago de fogo e sendo atormentados “de dia e de noite,
pelos séculos dos séculos”.

Está claro que estes três não são “extinguidos” por serem lançados
no lago de fogo. Por que seria o destino dos não salvos diferente
(Apocalipse 20:14-15)?

A evidência mais convincente para a eternidade do inferno é Mateus


25:46: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a
vida eterna”. Neste versículo, exatamente a mesma palavra grega é
usada para se referir ao destino dos injustos e dos justos.
Se os injustos são atormentados apenas por uma “era”, então os
justos irão viver no Paraíso por apenas uma era. Se os crentes forem
para o Paraíso para sempre, então os incrédulos irão para o inferno
para sempre.

Ser “extinguido” depois da morte não é um destino a temer, mas uma


eternidade no inferno definitivamente o é. A morte de Jesus foi uma
morte infinita, pagando nosso débito infinito pelo pecado – para que
nós não o tivéssemos que pagar eternamente no inferno (2 Coríntios
5:21).

Tudo o que temos a fazer é depositar nossa fé Nele e então seremos


salvos, perdoados, limpos e receberemos a promessa de um lar
eterno no Paraíso. Deus nos amou tanto para prover a nossa
salvação. Se nós rejeitarmos Seu dom de vida eterna, nós iremos
encarar as eternas consequências dessa decisão.

20 Evidências bíblicas a favor da imortalidade da alma.

1 Quando morremos nosso espírito sai do nosso corpo. "Porque,


assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé
sem obras é morta." (Tiago 2.26).

2 - Observe a descrição da morte de Rachel ... "E aconteceu que,


saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu
pai chamou-lhe Benjamim. A descrição da morte de Rachel mostra,
claramente, que a alma e o corpo não são a mesma coisa. O corpo
de Rachel estava morrendo, mas na hora da morte sua alma deixou
o seu corpo.(isso já detona com o mito aniquilacionista que afirma
que alma e corpo , são a mesma coisa). (Gênesis 35.18).

3 - A morte do filho da viuva de Sarepta: Este jovem foi levantado


milagrosamente dentre os mortos, Notamos aqui que era a mesma
alma que o deixou com a morte e voltou para ele depois. Sua alma,
portanto, não deixou de existir. A pessoa que Elias ressuscitou dos
mortos era a mesma pessoa que estava viva antes da morte do
corpo. Não era outra alma que foi dada ao corpo sem vida, mas a
mesmo que foi concebido no ventre da viúva através da união dela e
de seu marido. Se a alma fosse extinta na morte, como afirmam os
aniquilacionistas, isso seria impossível. (1 Reis 17.21-22).

4 - O próprio Cristo claramente explica que Abraão, Isaque e Jacó


ainda estão vivos, embora eles já tenham morrido. Esta foi a resposta
do Senhor para os saduceus que não acreditavam na vida após a
morte. Que prova mais clara poderia ser dada para a imortalidade da
alma do que estes versos. Abraão, Isaque e Jacob estavam todos
mortos (em seus túmulos), quando YHWH declarou-se como o seu
Deus. Apesar de terem morrido neste mundo, seus espíritos
continuaram a viver. Deus não poderia ser o Deus de pessoas
extintas, aniquiladas ou dormentes. (Marcos 12.26-27)

5 - Tertuliano, um antigo escritor bem disse neste versículo "Aqui


temos o reconhecimento da imortalidade natural da alma, que não
pode ser morta por homens" O homem é capaz de matar o corpo,
porque é mortal, mas ele é incapaz de matar a alma que é imortal.
Assim, ainda que o homem é mortal (sujeito à morte), há uma parte
do homem que é imortal. (Mateus 10.28).
6 - Este incidente se refere à morte do filho nascido de Davi e Bate-
Seba de relacionamento adúltero. Davi sabia que era impossível para
o seu filho morto voltar à terra, mas declarou sob inspiração de que
ele iria para ele. Isso não poderia acontecer se a criança fosse
aniquilada ou dexa-se de existir depois de morta. (2 Samuel 12.22-
23)

7 - Moisés ainda está vivo, ele não poderia ser "transfigurado" (mudar
de forma ou aparência) se o seu espírito fosse extinto com a morte.
Obviamente, não era seu corpo que foi transfigurado, mas a sua
Alma. Seus corpos ainda estavam sem vida no túmulo. (Mateus 17.1-
3)

8 - O homem rico e o mendigo morreram e foram enterrados (em


seus túmulos). nos versos 23-31 há uma discussão entre Abraão eo
homem rico provando que os mortos estão conscientes. Muitos
negam isso, dizendo que trata-se de uma parábola, no entanto, se
for, parábola era uma história baseada em ocorrências familiares e
factual, e não em contos de fadas. (Lucas 16.19.31).

9 - Esse texto é muito usado pelos que negam a imortalidade da


alma, mas infelizmente pra esses, o texto não sustenta a tese
aniquilacionista, o contexto está discutindo sobre a futilidade do
homem buscando o propósito da vida, sem uma crença em Deus.
O argumento de Salomão é: "Se a realização do homem encontra-se
apenas em coisas materiais da vida, então o homem não é melhor
do que os animais. Aqueles que usam os versos acima raramente
consideram o próximo verso que dá o contexto.
Quem conhece o espírito do homem que vai para cima, e o espírito
da besta que desce para a terra? " --- Eclesiastes 3:21.... Salomão
está dizendo que aqueles que vêem a vida sem o conhecimento e
temor de Deus não consideram o fato de que o espírito do homem
sobe para cima, para responder a Deus, enquanto que o espírito dos
animais entra em extinção na sepultura. (Eclesiastes 3.19-20)

10 - Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em


mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê
em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? Essa promessa jamais poderia
ser verdadeira no contexto aniquilacionista. (João 11.25-26)

11 - Isso explica a promessa acima, no 10, quando colocamos a


nossa confiança em Cristo, nós nunca veremos a morte. Nosso corpo
pode parar de funcionar, mas nunca haverá um momento em que
poderia ser considerado morte. Não há sono da alma, embora o
corpo morra. (João 8.51)

12 - Nesta passagem, é evidente que há uma distinção entre o corpo


e a alma. Na passagem de Mateus, embora a palavra "alma"
(psuche) possa ser traduzido em uma série de maneiras, aqui ele
está sendo usado aqui para descrever a pessoa real, a verdadeira
vida imaterial e imortal 'alma'. E esta alma NÃO PODE ser destruído
pela morte do corpo. Paulo chama esta nossa 'casa' feito pelo próprio
Deus, e ele é claro em dizer que assim que estiver longe do corpo
quer estar em casa com o Senhor. Essa certeza parece muito com o
que Jesus disse na cruz. e isso seria impossivel dentro de uma visão
aniquilacionista. (2 Coríntios 5.1-8).
13 - Paulo apresenta o seu conceito acerca da vida. Para ele, Cristo
é a vida, ou seja, viver é estar com Cristo. A seguir, ele mostra que
na sua opinião a morte, para o salvo, não representa nenhuma
derrota, sendo até vantajosa. E com isso a tese aniquilacionista de
sono da alma vai pra cucuias, pois de maneira alguma, Paulo acharia
vantajoso estar dormindo inconcinete até a ressurreição! (Filipenses
1.21).

14 - Paulo chama o não morrer de viver na carne e assegura que se


isso lhe concedesse oportunidade de produzir frutos, isto é, a
oportunidade de fazer uma obra maior em prol do Reino de Deus, ele
ficaria sem saber o que escolher. Ora, se ao NÃO MORRER ele
chama de VIVER NA CARNE, naturalmente o morrer é,
obrigatoriamente, o contrário disso; E o contrário de VIVER NA
CARNE só pode ser VIVER FORA DA CARNE. O contrário de viver
é morrer, mas o contrário de viver dentro duma certa casa não é
morrer, mas, sim, viver fora dela. (Filipenses 1.22)

15 - Paulo diz que estava em aperto de ambos os lados, mas que


desejava “partir para estar com Cristo”, por ser isto muito melhor.
Depois da opção registrada no versículo 23, ele volta atrás no
versículo 24, e decide por “ficar na carne”, o que equivale a dizer,
NÃO ficar FORA DA CARNE, como já vimos.
Ora, é fácil vermos que o apóstolo rotula o não morrer de “VIVER NA
CARNE” e “FICAR NA CARNE”. E à morte ele chama de “PARTIR”
e “ESTAR COM CRISTO”. Finalmente, ele deixa bem transparente
que o que ele chamava de PARTIR E ESTAR COM CRISTO não era
uma referência ao arrebatamento da Igreja. (Filipenses 1.23-24).
16 - No versículo 25, ele garante que não ia partir e, sim, ficar e
permanecer com os irmãos, para proveito deles e gozo da fé. Ora, se
ele estivesse se referindo ao arrebatamento da Igreja, ele teria
mentido, pois já morreu e, portanto, não permaneceu conosco.
Cadê ele? Se ele não estivesse, no contexto, se referendo à morte e
à vida quando disse que não sabia o que escolher entre viver na
carne ou partir; e também quando disse que decidiu por ficar e que
deste modo sabia que ficaria, ele não teria morrido e nem morreria
nunca, pois pertenceria ao grupo de salvos que estará vivo no dia da
vinda de Jesus (I Ts. 4.17); mas isso não aconteceu, visto ter ele
morrido e, assim, podemos ver que para ele, morrer era viver fora da
carne e partir para estar com Cristo.
Depois de tudo que já dissemos, ainda nos resta, juntamente com o
leitor, analisarmos o versículo 26, no qual o apóstolo Paulo, depois
de dizer no versículo 24 que julgava mais necessário, por amor aos
irmãos, ficar na carne; e no versículo 25 que, por conseguinte, sabia
que ia ficar, diz, no versículo 26, o objetivo disso: “Para que a vossa
glória abunde por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós”.
Está claro que o apóstolo Paulo está se referindo aí a não morrer tão
cedo, mas FICAR com os irmãos por mais algum tempo para poder
fazer a eles mais uma visita e, deste modo, contribuir para que a
glória dos irmãos abundasse por seu intermédio, em Cristo Jesus”.
Sim, o texto bíblico transcrito e analisado neste tópico prova
cabalmente que Paulo chamou a morte de “partir para estar com
Cristo”, o que prova que ele acreditava na realidade duma existência
consciente entre a morte e a ressurreição.
Se Paulo estivesse se referindo ao arrebatamento, ele teria optado
por não ser arrebatado para ser útil aos irmãos, o que é um absurdo.
(Filipenses 1.25-26).
17 - Paulo chama o nosso corpo de “casa terrestre deste tabernáculo”
e assegura que se ele se desfizer, receberemos de Deus um edifício,
uma casa não feita por mãos (isto é, não desta criação, ou seja, não
feita pelo homem), diz que este edifício é uma casa eterna e ainda
dá o seu endereço: ela está nos Céus.
Ora, quando é que a “casa terrestre deste tabernáculo” se desfaz?
Porventura não é quando se morre? Paulo não está aqui se referindo
ao arrebatamento da Igreja, pois no arrebatamento os nossos corpos
não serão destruídos, pois subiremos ao Céu em corpo, alma e
espírito.
Os corpos dos cristãos que estiverem vivos, quando do
arrebatamento da Igreja, não serão destruídos, mas, sim,
transformados (1Ts 4.13-17; 1Co. 15.51-52). Sem dúvida alguma, o
apóstolo Paulo estava se referindo à morte, quando escreveu
ensinando acerca das conseqüências da destruição da “casa
terrestre deste tabernáculo”.
Nos versículos 2-5, o apóstolo confessa que nós gememos,
desejando muito ser revestido da nossa habitação que é do Céu, e
acrescenta que foi Deus, o qual nos deu o penhor do Espírito Santo,
quem nos preparou para isto. (2 Coríntios 5.1)
18 - Paulo diz que enquanto estamos presentes no corpo estamos
ausentes do Senhor; daí podermos deduzir que quando não
estivermos presentes no corpo, estaremos na presença do Senhor.
Perguntamos: Que é estar presente no corpo? Não é estar vivo? Se
sim, quando estivermos ausentes do corpo, ou seja, quando
morrermos, estaremos presentes com o Senhor. Isto é óbvio, porque,
“se enquanto presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor”,
necessariamente, quando não estivermos presentes no corpo,
estaremos presentes com o Senhor. Claro como a luz do dia. (2
Coríntios 5.6)

19 - Paulo abre parênteses para explicar o porquê dele haver dito


que enquanto estamos presentes no corpo estamos ausentes do
Senhor. O porquê disso é: “Andamos por fé e não por vista”.
Ora, do fato do apóstolo afirmar que enquanto estivermos presentes
no corpo, isto é, enquanto não morrermos, como já vimos, estamos
ausentes do Senhor, se subentende que, quando estivermos
ausentes do corpo, estaremos presentes com o Senhor. E o fato dele
haver dito entre parênteses que o motivo pelo qual ele disse que
enquanto estamos no corpo estamos ausentes do Senhor é “porque
andamos por fé e não por vista” revela que, quando estivermos
ausentes do corpo, deixaremos de andar por fé e passaremos a
andar por vista, ou seja, então veremos as coisas nas quais agora
apenas cremos.
Isto fala duma existência consciente, e que os mortos estão com suas
faculdades mentais em perfeito funcionamento; sim, o apóstolo não
poderia dizer que quando um cristão morre deixa de andar por fé e
passa a andar por vista, se o nosso verdadeiro “eu” não sobrevivesse
à morte do corpo. (2 Coríntios 5.7)
20 - Paulo diz sem rodeios que desejava deixar o corpo para habitar
com o Senhor. Ora, o que é “estar ausente deste corpo” ou “deixar
este corpo”, como o diz o ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA, “para
estar presentes com o Senhor”?
Já vimos, enquanto estudávamos juntos o versículo 1, que quando
do arrebatamento da Igreja, não deixaremos os nossos corpos; logo,
o apóstolo estava se referindo à morte, quando diz que desejava
deixar o corpo para habitar com o Senhor. É possível raciocinar e
chegar a uma conclusão contrária? (2 Coríntios 5.8)

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