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Myles Munroe Aplicando o Reino de Deus Word
Myles Munroe Aplicando o Reino de Deus Word
APLICoANDO
,1 ODEDEUS
Redescobrindo a prioridade de
Deus par,a a human'dade
Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quantoà vossa vida, pelo
que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nern quanto
ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais
do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestirnenta?
[...] Não an deis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou
que beberemos ou com que nos vestirenzos?
Mateus 6.25,31
Henry Arnold
Os segredos da vida
Os seres humanos estão buscando uma fórmula simples para
alcançar sucesso e satisfação. Queremos encontrar urna chave que
destranque a porta para uma vida tranqüila e que nos dê acesso às
respostas para os questionamentos que trazemos no íntimo. Talvez
seja esse o motivo do sucesso repentino do livro O Se -rredo, de
Rhonda Byrne, embora não tenha permanecido muito tempo na lista
dos mais vendidos. Essa obra pro1nete apresentar o segredo
derradeiro para a vidà e o sucesso.
(Fiquei surpreso ao descobrir que ela trazia apenas uma repeti
ção de todos os princípios bíblicos, o mesmo material que eu e
mui tos pregadores têm compartilhado com as pessoas há tantos
anos. Em essência, O Segredo não é nenhu111 segredo.)
Se dermos uma volta por qualquer cidade do mundo fazendo
uma pesquisa boca a boca e perguntarmos às pessoas: "Qual o segre
do para uma vida satisfatória?", conseguiren1os respostas variadas.
Alguns dirão que o segredo é ganhar o máxin10 de dinheiro que pu
der, o 1nais rápido possível, e preservá-lo pelo ten1po mais longo que
16
Maldita é a terra por causa de ti; corn dor comerás dela todos
os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e
come rás a erva do campo. No suor do teu rosto, comerás o teu
pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado,
porquanto és pó e em pó te tornarás.
Gênesis 3.17-19
1. Alimento
2. Água
3. Vestimentas
4. Abrigo
5. Proteção
6. Segurança
7. Preservação
8. Auto-realização
9. Significado1
Confrontando Maslow
A teoria do Dr. Maslo,v sobre a hierarquia de necessidades
ilustra a prioridade que realmente motiva nosso comporta1nento
- aquela centrada na aquisição de coisas. Entretanto, Jesus virou a
lista de Maslovv de cabeça para baixo. O Reino dos céus é
diferente dos reinos terrenos. A partir da perspectiva celestial, as
prioridades humanas - a lista de Maslow - estão deturpadas. O
foco das pes soas encontra-se distorcido e muito distanciado do
intento original de Deus.
37
Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo
que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto
ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais
do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?
Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam,
nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta.
Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós
poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à
sua estatura?
Mateus 6.25-30
Mateus 6.31-34
De acordo com Cristo., ir em busca de bens, ficar preocupado
40
com a aquisição deles e a satisfação de nossas necessidades básicas é
uma
41
Gospel.)
43
Capítulo 3
. ef
k
uma vida mais simples e mais satisfatória: ter urna única priori
dade em vez de dez ou 20 planos secundários - o que poderia
ser mais simples?
Apesar de ser um princípio sünples de compreender-se,é o
man damento bíblico que os cristãos menos obedecem. Estamos
profun damente envolvidos na busca por bens e por uma boa vida,
enquanto Deus está procurando pessoas obcecadas pelo Reino.
Todos aqueles que buscam e alcançam o Reino de Deus também
recebem acesso a todas as riquezas e aos recursos celestiais. Por
que nos contentarmos com algumas migalhas aqui e acolá, que
conseguimos reunir com nosso próprio esforço, se a plenitude
das provisões divinas está à nossa disposição?
Os obstinados pelo Reino não batalham dia após dia para satisfa
zer suas necessidades, mas lutam continuamente em favor da
causa celestial. Eles compreendem que não foram criados para
buscarem ganhos egoístas, mas para encontrarem oportunidades
de apresentar as boas novas de Cristo a outras pessoas.
Ser obcecado pelo Reino significa fazer dele nossa única priori dade,
porque demanda de nós dedicação exclusiva. Jesus afirmou: Ninguém
pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou
se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a
.lviamom (Mt 6.24).
Como é propósito de nosso Criador, não somos capazes de servir
dois senhores. Um deles sempre terá preferência sobre o outro. Não
existe espaço e1n nosso coração para mais de uma prioridade máxi
ma. Por isso, Cristo afirmou que temos de buscar em primeiro lugar
o Reino de Deus e sua justiça.
O Reino de Deus é tão vasto que nossa busca por ele nos
enche de tal forma que não terernos mais espaço para outras
prioridades. Todas as atividades que consideramos essenciais e
benéficas para a vida serão supridas quando empenharmos o
coração em buscar
47
Lucas 9.57,58
Lucas 9.59,60
Lucas 9.61,62
Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Jesus lhe
disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um,
que é Deus. Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não
matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu
pai e a tua mãe. E disse ele: Todas essas coisas tenho observado
desde a minha mocidade. E, quando Jesus ouviu isso, disse-
lhe: Ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens, reparte-o
pelos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-rne.
Mas, ouvindo ele isso, ficou muito triste, porque era muito rico.
Lucas 18.18-23
E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Qwfo dificilmente
entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! Porque é
mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que
entrar um rico no Reino de Deus. E os que ouviram isso disseram:
Logo, quem pode salvar-se? Mas ele respondeu: As coisas que são
impos síveis aos homens são possíveis a Deus.
Lucas 18.24-27
O que elas realmente queriam saber era: "Se é tão difícil para
um rico (alguém que recebeu a graça de Deus) entrar no Reino, então que
esperança há para nós?" Jesus lhes garantiu que isso era impossível
aos olhos dos homens, mas possível para o Senhor.
Quando Cristo falou sobre o fundo de uma agulha, não estava
pensando em um instrumento de costura. Naquela parte do mundo,
tanto nos dias de Jesus como na atualidade, o fundo de uma agulha
referia-se a dois postes de madeira fincados no chão, bem próximos
um do outro, de modo que um camelo só consegue passar entre
eles com muita dificuldade. Por causa da areia e da secura do
deserto, os camelos podem ficar sujos muito facilmente. O fundo
da agulha é utilizado para facilitar a limpeza desses animais.
Primeiro, o condutor do camelo o coloca entre os dois postes até que
o tórax do bicho fique preso entre eles. Imobilizado, o animal fica quie to
enquanto recebe um banho. Depois disso, o condutor puxa o camelo
ainda molhado até que o corpo dele passe totalmente pelos postes. Com
essa analogia, Jesus quis afirmar que, embora seja clifícil um rico entrar
no Reino dos céus, não é uma tarefa impossível. O senso de posse pode
manter-nos de fora, mas Deus é capaz de ajudar-nos a abrir mão disso.
E disse Pedro: Eis que nós deixamos tudoe te seguimos. E ele lhes disse:
Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais,
ou irmãos, ou rnulher, ou filhos pelo Reino de Deus e não haja de rece
ber muito mais neste mundoe,na idade vindoura, a vida eterna.
Lucas 18.28-30
55
g;
1. Deus está procurando pessoas obcecadas pelo Reino.
2. Para os obstinados pelo Reino, a vida diz respeito às coisas
celestiais.
56
2 MUN ROE, Myles. Redist:(r,;ering the Kingdom: Anci.ent Hope for Our 21.i Century World
IRe descobríndo o Reino: uma esperança antiga para o mundo atual]. Shippensgurg, PA: Destiny
Image Publishers, Inc., em parceria com Diplomat Press, Nassau, Bahamas, 2004.
3 MUNROE, Myles. Compreendmdo o Reino. (Pubhcado em português pela Editora Central
Gospel.)
Capítulo 5
Definição de justiça
O Reino e a justiça de Deus são igualmente importantes e, como
já falamos anteriormente, inseparáveis. Um Reino sempre reflete a
natureza do rei. A justiça estimula mais justiça, e a injustiça produz
injustiça. A justiça é a essência e uma característica marcante do
Reino de Deus.
71
Mas, do Filho1 diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos
séculos, cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e
aborreceste a iniqüídade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com
óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.
Hebreus 1.8,9
estivesse. Até mesmo a rainha Ester arriscou a vida indo até o rei
sem que ele fizesse o sinal para que ela se aproximasse.
O certo era o símbolo do poder do monarca. Quando o Rei
esten de o cetro em nossa direção, podemos achegar-nos, e tudo no
Reino se torna nosso. A passagem diz que a eqüidade é o cetro do teu
reino. Isso significa que nossa autoridade no Reino de Deus advém
da justi ficação. Enquanto estivermos em consonância com as leis do
governo, teremos poder. Deus nos dá poder para pedir tudo aquilo
de que necessitamos. E Ele nos concede.
A justiça também é o padrão pelo qual o Rei realiza seus
julgamentos:
Salmo 9.8
Salmo 50.6
direitos.
Provérbio 11.5
79
Provérbio 11.6
Provérbio 12.28
Provérbio 13.6
Provérbio 16.8
Provérbio 14.34
81
Provérbio 15.9
Salmo·-18.20-24
Salmo 23.1-3
Por que o Senhor cuida de nós? Por que Ele nos leva a pastos
ver dejantes e a águas tranqüilas? Por que restaura nossa ahna e guia-nos
por caminhos de justiça? Por causa do nome e da reputação dele.
83
Deus
84
nos diz: "Ajam de maneira correta, para que Eu possa proteger meu
nome. Vivam de forma idônea para que Eu possa cuidar de vocês,
n1ostrando-me como Rei bondoso e benevolente que sou. Não me
chamem de Senhor se não querem obedecer-me. Pennitam-me mos
trar ao mundo como um súdito do Reino vive: em paz,
prosperidade, abundância e segurança".
Salmo 35.24
Provérbios 21.21
85
Isaías 9.7
Esse versículo fala de Jesus Cristo, que veio para restaurar os seres
humanos de volta ao seu relacionamento com o Reino de Deus. Este
durará para sempre e será caracterizado por justiça e retidão. O Rei
justo e reto sempre concede direitos aos seus súditos, se estes
estiverem e per manecerem comprornissados com os princípios e as
leis do Reino.
Isaías 11.4
85
Isaías 32.1
Isaías 32.17
Romanos 14.17
O
4 termo mais correto com relação a mn reino seria vassalagem, porém manteremos o padrão
adotado pelo autor para evitar dúvidas em relação ao contexto (NT).
90
5 VINE \V.E., UNGER, Merril F. e WHITE, William Jr. Vinc's Complete Expository
Dictionary of O/d mut New Tcstament Words [Dicionário Vine de palavras do Antigo e do No\'O
Testamento]. Nashville: Thomas Nelson Publishers, 1984, 1996, seção do Antigo Testamento, p.
206.
89
Capítulo 6
Sandra Carey
verdade não podem ter, tudo isso com o interesse de tentar se igualar
ao status dos vizinhos (ou para mostrar-se a eles). Estão afundadas
em dívidas, e o dinheiro sempre termina antes do fi1n do mês.
Qual o problema dessas pessoas? Elas estão obcecadas pelos
bens materiais. O alimento é um tipo de bem. A água é outro. A casa,
o carro e o dinheiro são bens. Em sua busca por todas essas coisas, as
pessoas terminam se destruindo.
A obsessão por bens materiais é um anseio que nunca será sa
tisfeito. Isso nos consome incansavelmente de maneira_ que, quanto
mais alcançamos, maior o nosso desejo. Enquanto vivermos em bus
ca de bens materiais nunca conheceremos a paz, a alegria e o con
tentamento genuínos. Temos de ser libertos dessa escravidão. E
só há uma maneira de alcançarmos essa libertação: buscar o Reino
e a justiça de Deus.
Isso consiste em substituir um anseio por outro. Nosso desejo
por bens materiais nunca será satisfeito. Entretanto, Jesus disse: Bem
aventurados os que têm forne e sede de justiça, porque eles serão fartos (Mt
5.6). Qual a intensidade de seu anseio? E o que você almeja
alcançar? Seu desejo pelo Reino é maior do que sua vontade de
adquirir bens materiais? Sua sede de justiça é mais intensa do que sua
atração pela prosperidade? O rei Davi escreveu: Deleita-te também
no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu coração (SI 37.4). Se o
Reino e a justiça de Deus são nosso principal desejo e deleite, Ele
cuidará de tudo o mais.
Quando Jesus afirmou: Bem-aventurados os que têrn fome e sede de
justiça, Ele indicou uma ação contínua. Se dissermos: lfEstou com
fome" ou "Estou com sede", referimo-nos a u1na condição temporá
ria que será satisfeita, se pudermos comer ou beber algo. Entretanto,
se dissermos: "Tenho fome" ou "Tenho sede", falamos de um desejo
contínuo.
93
A disposição divina
Fome e sede contínuas pela justiça nos permitem alcançar a ple
nitude da vida no Reino. Lembremos que justiça é um termo legal
que significa estar em consonância com uma autoridade, ou estar em
po sição correta para com d poder governante. O segredo para manter
essa posição de justificação é obedecer às leis do governo. Em um
reino, como a palavra do rei é lei, viver em justiça significa cumprir as
exi gências do monarca. Nossa busca por justiça nos coloca na posição
correta para receber todos os direitos, os recursos, as bênçãos e os
privilégios'do Reino dos céus.
Nessa situação de justificação existe uma função que nos cabe
exercer e outra que cabe a Deus. Nossa parte consiste em obedecer
às leis do governo, portanto mantendo-nos em consonância com
ele. A participação de Deus é dar-nos acesso aos recursos do céu.
Essa é uma dinâmica bastante simples. Obedecemos, e o
Senhor nos concede algo; desobedecemos, e Ele retém. Enquanto
cumpri mos a lei, teremos acesso aos benefícios. Caso contrário,
esse acesso será vetado. Isso explica por que tantos cristãos se
esforçam diaria mente em busca de meros centavos, tentando quitar
as despesas do
94
O fruto da justiça
A justiça do Senhor é sua própria recompensa, mas isso não
significa que seja a única. Ela produz frutos abundantes em nossa
vida, e u1n deles é um espírito generoso, juntamente com os meios
e a capacidade de ofertar generosamente. Jesus afirmou: Mais bem
aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35b), e Paulo nos lembrou
que: Deus ama ao que dá com alegria (2 Co 9.7b).
A generosidade é uma característica dos justos. Afinal de
con tas, se não somos donos de nada, mas sitn meros mordomos
da propriedade do Senhor, não há motivo para não ofertarmos
com liberalidade. Se somos herdeiros do Reino de Deus e de
todas as suas riquezas, que são infinitas, ofertaremos sem medo de
enfrentar escassez.
Davi, em outro de seus salmos, fez um contraste entre os justos
e os ímpios: O ímpio toma emprestado e não paga; mas o justo se
compa dece e dá. Porque aqueles que ele abençoa herdarão a terra, e aqueles
que fo rem por ele amaldiçoados serão desarraigados (SI 37.21, 22). A
justificação consiste em estarmos de acordo com o caráter e a
natureza de Deus. Dessa maneira nos tomamos mais sernelhantes a
Ele, que é um Ser generoso.
Pelo fat_o de o Senhor ser assim, quando estamos justificados
diante dele, o Criador nos dá mais do que podemos utilizar. E ao
nos tornarmos parecidos com o Todo-poderoso, não conseguiremos
evitar sermos generosos também.
A prosperidade dos justos é uma bênção constante vinda de
Deus, e que passa a várias gerações. A alguns versículos adiante,
nesse mesmo salmo 37, Davi escreveu: Fui moço e agora sou velho; mas
nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o
pão. Compadece-se sempre, eempresta, ea suadescendência éabençoada (v.
25,26). Deus nunca se esquece dos justos ou de seus filhos. Ele
sempre supre nossas necessidades.
96
Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está den-
-.
tro do meu coração. Preguei a justiça na grande congregação; eis que
não retive os1neus lábios, SENHOR, tuosabes. Não escondi a tua justiça
dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação; não
escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade.
Saln10 40.8-10
Lembremos que Davi não era sacerdote, mas rei. Ele vivia
98
na arena da política, das guerras, do governo e da
administração.
100
Mateus 3.14,15
Como Filho de Deus, Jesus não tinha pecado e, por isso, não pre
cisava ser batizado nas águas. João o reconheceu clara1nente como
sendo 1naior do que ele próprio. Por que então Cristo disse: "Deixa
por agora"_ para "cumprir toda a justiça"? Em essência, Ele estava
afirmando a João:
"A questão aqui não é ser maior ou menor que alguém, mas sin1
estar na posição correta. De acordo com a lei de Deus, é você que tem
autoridade nesta terra no momento. Eu tenho de estar sob sua autori
dade. O que importa não é o que você pensa ou quem Eu sou, mas sim
minha posição de justificação. Tenho de estar em consonância com o
Pai, e você, João, vai promover essa consonância. Tenho de submeter
me a você para que Eu mesn10 também esteja sob minha autoridade".
Se Jesus Cristo, que era Deus encarnado, teve de submeter-
se à autoridade que Ele mesmo estabeleceu, quem somos nós
para
102
Mateus 3.16,17
Mateus 5.19,20
103
Salmo 14.1-3
Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi Jeito por
Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que,
como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.
1 Coríntios 1.30,31
106
Romanos 10.3,4
2 Coríntios 5.17-21
1
'Existem duas tragédias na vida. Unia é não conseguir o que se
deseja; a outra é conseguir o que se deseja•
11
Salmo 73.2-5,12,14
Asafe ficou tão transtornado por causa disso que quase largou a fé.
Aquele homem esteve preste a desistir de viver retamentea, té
querece beu uma revelação de Deus. Quando passou a ver a
situação do ponto de vista do Reino dos céus, sua perspectiva
mudou radicalmente:
Salmo 73.16-20
na sua lei medita de dia e de noite. Pois será corno a árvore plantada
junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas
folhas não caern, e tudo quanto fizer prosperará (SI 1.2,3).
Esse salmo conclui com um contraste bastante marcante: Porque
o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios
perecerá (SI 1.6). O que você prefere ser: uma palha soprada pelo
vento ou uma árvore firmemente plantada, bem nutrida e frutífera?
Então que bem há na justiça? Ela nos dá a verdadeira esta
bilidade, o sucesso, a saúde e as riquezas duradouras que nos
colocam em posição de vencer todas as dificuldades que a vida
nos lança. Embora a justificação que recebemos em Cristo não
nos seja concedida apenas para nosso bem, mas também para
servir ao ministério da reconciliação, ela traz consigo benefícios
pessoais bastante significativos.
2 Coríntios 9.6-8,10,lla
concedidos para nos fazer mal, mas para que possamos agir soli
dariamente com outras pessoas. 1.1ais uma vez vemos a questão
da mordomia cristã em contraste com o senso de posse.
Quando ofertamos generosamente, Deus aumenta nossa colheita
de justiça, porque a oferta nos coloca em consonância com o Senhor.
Assim, Ele nos fortalece e firma nossa posição de justificação. Todas
as vezes que semeamos, ficamos em conformidade com Deus, que nos
dá mais sementes, capacitando-nos a permanecer em harmonia com
Ele enquanto continuamos semeando com generosidade aos outros.
De acordo com esse trecho das Escrituras, o Senhor age assim para
que em tudo enriqueçais para toda a beneficência. Alguma vez, você já
teve vontade de contribuir com urna causa ou um projeto honrado, mas
não pôde fazê-lo por falta de recursos? O Todo-poderoso deseja que você
esteja em tuna situação em que consiga ofertar em qualquer ocasião.
No que diz respeito a Deus, tudo o que Ele nos dá é uma semente.
Na verdade, o Criador apenas nos concede sementes. Estas têm um
poder virtualmente ilimitado, mas devem ser lançadas no solo para
que seu potencial seja Íiberado. O Senhor nos dá sementes e deseja
ver o que faremos com elas. Se as acumulamos, guardando-as apenas
para nós mesmos, elas nunca brotarão, não cresceremos e perdere
mos a alegr,ia e os benefícios oriundos da justificação e de um espírito
generoso.
Temos de semear com fidelidade, e Deus nos dará ainda mais
sementes para que possamos aumentar nossa generosidade. Seja
fiel no pouco, e Ele lhe dará muito.
O favor do rei
A justiça atrai o interesse de Deus, porque Ele é justo. O Altís
simo contempla favoravelmente todos aqueles que procuram viver
corretamente na fé. Assim corno os súditos de reinos terrenos an
seiam pelo favor dos reis deste mundo, nós também devemos
buscar
114
alcançar o favor do Rei. Precisamos aguardar até que Ele estenda seu
cetro para nós:
Hebreus 1.8
Hebreus 5.13,14
Salmo 5.11,12
Deus e às suas leis. Tudo que o Senhor nos pede é que busquemos em
primeiro lugar seu Reino e sua justiça, pois, com ou sem sistema,
Ele nos acrescentará tudo o mais.
A justiça é um escudo muito forte que nos protege até mesmo
do desastre. A Bíblia afirma que Deus não destruirá os justos
juntamente co1n os ímpios. Portanto, a presença de um único justo é
suficiente para proteger todos ao seu redor. Mais uma vez, a experiência
de José é um bom exemplo. Ele pode ter sido o único justo no Egito. No
entanto, Deus preservou toda urna nação por intermédio de seu servo e
por causa dele. Estar sob a proteção e a graça do Senhor significa
não apenas que Ele cuida de nós, mas também que ouve o que
dizemos. Quando buscamos e caminhamos na justiça, o Criador
volta os olhos para nós e ouve-nos: Os olhos do SENHOR estão sobre
os justos; e os seus ouvidos,
atentos ao seu clamor (Sl 34.15).
A Bíblia garante que, quando Deus nos ouve, Ele nos responde.
Podemos confiar nisso.
O benefício da libertação
Deus não apenas ouve e responde os justos quando clamam,
como também os livra das dificuldades da vida:
Salmo 34.17-22
O benefício da prosperidade
A justiça també1n é o segredo da prosperidade. Embora a Bíblia
não ensine um evangelho da prosperidade ou uma teologia de
satisfa ção imediata, como alguns pregam, ela promete prosperidade
como recompensa para os justos:
Provérbios 13.21,22
125
Salmo 92.12-15
O prumo de Deus
Por fim, a justiça traz benefícios por proteger-nos do
julgamento de Deus. A justiça é um padrão essencial pelo qual o
Senhor julga este mundo. Se já estamos vivendo e caminhando de
acordo com Ele, estamos seguros.
Isaías 28.16,17a
125
Capítulo 8
Quem baseia seu valor pessoal nos bens que possui tem de
garantir que nunca irá perdê-los.
palavras: ''Se Deus supre as necessidades das aves porque são aves,
não suprirá as suas necessidades por causa de quem são seres hu1nanos
1
a seu favor. Por lei, eles possuem direitos e nem mesmo o governo
pode negá-los.
Existem pessoas que são tão ignorantes a respeito de sua
condi ção de cidadania que o sistema passa a controlar sua vida, e
elas nem sequer se dão conta disso. Muitas delas vivem tendo seus
direitos ne gados, direitos que nem conhecem. Por isso é tão
importante que os cidadãos leiam a constituição de seu país, para
compreender como o governo opera, e saber quais são seus
direitos de acordo com a lei. Muitos obstáculos podem ser
superados simplesmente com base no conhecimento - e na
declaração - de nossos direitos.
Em 1980, nos primeiros anos de meu ministério em Bahamas,
o Senhor me estimulou a criar um programa no rádio. Fiz um
pedido formal à autoridade governamental competente dizendo
que deseja va ter um programa diurno, no meio da semana. Fui
informado que a transmissão de programas religiosos não poderia
ocorrer durante o dia. Todos os programas religiosos eram relegados
aos domingos de ma drugada, o que significava que iriain ao ar entre
uma e cinco da manhã, quando ninguém estaria acordado a não ser
alguns profissionais.
Insisti em meu pedido, afirmando que desejava transmitir o
pro grama às 17h de toda quinta-feira, para que as pessoas que
estivessem voltando para casa de carro pudessem ouvir. Mais uma
vez me disseram que não seria possível.
Foi então que tive um encontro pessoal com a autoridade
gover namental que tratava do assunto. Assentei-me diante dele e
ouvi o seguinte: "Sinto muito, Myles, não podemos fazer isso".
"Deixe-me começar outra vez", respondi. "Em primeiro lugar, sou
cidadão desse país. Em segundo, não infringi nenhuma lei. Terceiro,
tenho um produto que desejo oferecer às pessoas. Em quarto lugar,
tenho direito de realizar negócios na minha comunidade desde que
138
eu não infrinja nenhuma lei. E, quinto, você está aqui para me
servir e não o contrário".
139
A obrigação divina
Em termos simples, as chaves que dão acesso aos bens do céu
consistem em buscarmos o Reino e a justiça de Deus. Priorize
essas duas coisas e, como disse Jesus, todas as outras - os bens do
Reino
140
- lhes serão acrescentadas. Entretanto, quais são todas essas coisas?
139
Tudo isso nos será dado livremente pelo Rei dos bens mate riais,
o próprio Jesus Cristo, sobre quem está escrito: Todas as coisas foram
feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3). E tan1bém:
Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e
piedade pelo conhecimento daquele qite nos chamou por sua glória e
1
virtude (2 Pe 1.3).
O segre o para alcançarmos os bens do Reino caracteriza-se
e1n posição e disposição. Esta é a cidadania do Reino. Aquela é
nossa justificação. Obtenha, então a cidadania celestial, n1ante
1
Deuteronômio 30.8-10
O princípio do acréscimo
O princípio do acréscimo baseia-se em quatro verdades bastante
149
significativas, que são características singulares dos reinos. Todas as
quatro dizem respeito ao relacionamento que existe entre o Rei e os
seus súditos.
150
presente. E foi exatamente isso que Deus fez: Porque o salário do peca
do é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus,
nosso Senhor (Rm 6.23).
A dádiva da provisão não merecida de Deus chama-se graça. Ele
nos dá porque decidiu fazê-lo, e não por que merecemos. Aquilo que
re cebemos no Reino não vem por termos trabalhado em busca disso.
Tudo pelo que batalhamos constitui um pagamento e não um
acréscnno. Os acréscimos nunca são concedidos com base no
merecimento pessoal.
No entanto, continuamos trabalhando e esforçando-nos para ga
rantir os bens de que necessitamos e desejamos, e ficamos pergun
tando por que o Reino dos céus não dá resultado para nós. A
respos ta é muito simples: o Reino de Deus não funciona com base em
obras; ele opera com base na graça. Só podemos esperar receber a
provisão do Rei se aprendermos a viver de acordo com o sistema do
Reino.
Deuteronômio 28.1-6
tudo. O Rei é dono de todas as coisas; nós não so1nos donos de nada. E,
por causa disso, Ele pode dar tudo, em qualquer quantidade1 para
qual quer de seus filhos1 no momento que desejar. O princípio do
acrés cimo exige que estejamos em condição para termos acesso a
tudo de que necessitamos, independente da quantidade, para
realizannos a tarefa que Deus nos designou.
Vejamos uma metáfora. Imagine que seu pai é bilionário e diz
lhe: uo que você prefere: que eu crie uma conta no banco com um
saldo de um milhão de dólares para que retire o sustento do que é
exclusivamente seu ou, em vez de possuir sua própria conta, que
1
Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida,
pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto
ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do
que o manti1nento, e o corpo, rnais do que a vestimenta? Olhai
para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem
157
ajuntam em
158
Mateus 6.25-27
Mateus 20.24-28
Mateus 25.34-36
Notemos que a herança dos justos não é o céu, mas o Reino dos
céus. Lembremos que este é um país com um governo que exerce in
fluência nesta terra. É co1no um fermento que se espalha pela mente
e a cultura da humanidade. O Reino não é novo. Ele existe desde a
criação, esperando para ser povoado pelos justos. Quando chegar o
tempo, Jesus dirá a eles: Vinde[ ...] possuí por herança...
Jesus descreveu o caráter dos justos que os diferencia dos ímpios1
o caráter de serviço e de um coração servil: alimentando os famintos,
dando de beber aos sedentos, acolhendo os estrangeiros, vestindo
os que estavam nus, cuidando dos doentes e visitando os
encarcerados. Notemos também que Cristo percebeu todos esses atos
169
de compaixão
170
como se houvessem sido realizados para com Ele: Tive fome [...] tive
sede[...] era estrangeiro [...] estava nu [...]adoeci[...] estive na prisão.
De modo característico, os servos justos reagem com
humildade (e não com falsa modéstia).
Mateus 25.37-40
A vida de um bode
Em contraste a tudo isso, vemos as ações e atitude dos ímpios, os
bodes, do lado esquerdo do trono de Jesus:
Mateus 25.41-46
172
semana, por casal? Por que essas pessoas desejariam dar tanto di
nheiro para nós? O que as atrai a Bahamas?
O motivo de nosso sucesso como nação e de termos cinco mi
lhões de turistas chegando todos os anos aqui é porque não faze
mos propaganda ou promoção do primeiro-ministro ou governo.
Afinal, as pessoas não visita1n as Bahamas por causa de nossos lí
deres políticos.
Apresente o país!
Por que isso é tão importante? Porque está relacionado ao que
Jesus disse em Mateus 6.33. Ou seja, nosso dever de buscar em
pri meiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça. O Reino é a
principal prioridade de Deus, e Jesus afirmou que grandes
benefícios serão acrescentados livremente a todos que tiverem a
1nentalidade de bus car o Reino acima de qualquer outra coisa.
É extrema1nente significativo o fato que, antes de Jesus convidar-nos
a entrar no Reino, contou-nos sobre os benefícios dele. Ele perguntou:
"Por que se preocupam com o que co1ner, o que beber ou o que
vestir?"
Primeiramente, Ele enfocou nossos principais interesses, as
coi sas que nos estimulam na vida diariamente. E afirmou: "O Pai
celes tial sabe que vocês precisam de co1nida, de bebida, de
vestimentas e de abrigo. Ele tem conhecimento exatamente do que
vocês desejam, de todas as suas necessidades e de todos os anseios
de seu coração. Não se preocupem, porque tudo isso existe no
Reino de Deus".
Agora vou assumir um grande risco teológico, portanto peço a
você que leia cuidadosamente o que direi a seguir. Jesus nunca nos
mandou buscá-lo em primeiro lugar. Ele disse: Busquenz ern prinzeiro
lugar o Reino de Deus. Se colocarmos a fotografia de nosso
primeiro ministro, sua biografia e seu perfil pessoal em todas as
181
propagandas turísticas, ninguém visitará Bahamas.
182
céus, você não gostaria de ir para lá? Eu gostaria! É assim que se faz
propaganda de um país.
Jesus Cristo não é o Reino. Ele é o Rei. E também é a porta para
o Reino. Todos aqueles que desejam ingressar no Reino dos céus
têm de passar pela porta que é Jesus. Entretanto, não conseguimos
atrair pessoas para nosso país falando a respeito da entrada. Nós as
insti gamos a vir oferecendo o que está além da porta - os
benefícios e a qualidade de vida - estimulando um anseio e um
desejo pelo país de maneira que as pessoas farão qualquer coisa
para entrar.
Jesus afirmou: A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é
anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar
nele (Lc 16.16). Por que as pessoas não estão se esforçando para entrar
no cristianismo? Elas não querem essa religião, porque está baseada em
uma porta, e não no Reino além da porta.
Os muçulmanos não desejam Jesus. Eles estão satisfeitos com
Maomé e Alá. Entretanto, se falannos a respeito do Reino dos céus
e de suas riquezas, sua abundância e prosperidade, a satisfação que
obterão, bem como um Deus pessoal que os ama, e compararmos
isso com a austeridade e aridez espiritual em que a maioria dos mu
çulmanos vive, poderemos atrair alguns ouvintes.
As pe soas não estão procurando Jesus. Ficamos dizendo a elas
que é assim, mas não é verdade. A maioria está em busca de bens
materiais. Estão querendo uma boa vida. Entretanto, se mostrarmos
a realidade do Reino, o enfoque delas mudará. Quem não gostaria
de trocar essa busca incessante por bens por um Reino que garante
todos esses recursos de graça e sem frustração?
Foi a isso que Jesus se referiu quando afirmou que as pessoas
estão se esforçando para entrar no Reino de Deus. Quando alguém
entende o que é o Reino, conhece as riquezas, os benefícios e a satis
fação que ele fornece; fará qualquer coisa para entrar, até mesmo ar
riscar a vida. Por que cada vez mais muçulmanos têm se convertido
186
Mateus 13.44-46
Cristo afirmou que o Reino dos céus é como um tesouro tão pre
cioso que vale a pena desistir de tudo para tomar posse dele. Ao
longo das eras, as pessoas tên1 deixado casas e famílias, viajado por
todo o mundo, enfrentado dificuldades e arriscado perder a vida e
envolver se em desastres diariamente, atraídas por riquezas e
tesouros. É surpreendente ver quantos indivíduos estão dispostos a
arriscar-se até pela menor chance de tirar a sorte grande.
Jesus disse que é essa a maneira corno devemos portar-nos em
relação ao Reino. Devemos buscá-lo até o ponto de colocar nossa
vida em risco, porque, urna vez que tenhamos ingressado no
187
Reino,
185
A prioridade de Jesus
A prioridade de Cristo neste mundo era o Reino dos céus. Ele
nos ensinou que devemos seguir esse exemplo, mesmo e1n nossas
oraçoes:
Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus,
santifi cado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua
vontade, tanto na terra corno no céu.
Mateus 6.9)0
nossas petições deve ser para que o Reino dos céus venha, que a in
fluência do governo celestial permeie todas as nações e culturas
des te mundo como um fermento se espalhando pela massa.
No registro do livro de Lucas sobre a última ceia de Jesus com
os seus discípulos, uma noite antes de ser crucificado, o Mestre
afirmou: Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo
confio (Lc 22.29, ARA). Essa foi uma declaração política. Todo
governo, quando designa embaixadores para uma missão, utiliza o
termo confiar.
Quando recebi minhas medalhas das mãos da rainha da Ingla
terra, fui elevado a uma posição de importância com todas as outras
pessoas que também receberiam aquela honraria. Quando chegou
1ninha vez, eu me ajoelhei. Um oficial da corte apoiou uma espada
sobre o meu ombro e disse: "Eu lhe confio o prêmio da Orde1n do
Império Britânico".
Ao colocar-me de pé, eu era uma pessoa diferente. Passei a ser
chamado de detentor da OIB (Ordem do Império Britânico). Eu
1ne ajoelhei como um simples cidadão das Bahamas e levantei-me
como um detentor da OIB. Naqueles poucos segundos, eles me
confiaram todo o império.
Pendurada na parede do meu escritório está o certificado da
OIB com meu nome escrito, a assinatura da rainha e o selo real. E
agora, por eu ser um detentor da 01B, recebo tratamento
preferencial sein pre que viajo pela Grã-Bretanha ou em qualquer
das nações que for mavam o Commonwealth [território autônomo,
mas dependente do Reino Unido]. Não é a mim que eles estão
honrando, mas o reino. Quando entro em algum lugar com minha
medalha da OIB, o reino vai junto comigo.
Quando fui nomeado detentor da 01B, na verdade todo o país
me foi confiado. Foi isso que Jesus fez por nós. Ele nos confiou o Reino.
Essa era a prioridade de Jesus e deve ser a nossa também.
187
Entrando no Reino
O principal objetivo de toda a humanidade deve ser entrar
no Reino de Deus. Mas o que significa isso? Esta é uma
pergunta bastante importante, porque a maioria de nós
aprendeu que en trar no Reino significa morrer e ir para o céu.
Isso é verdade. No entanto, sempre que Jesus usou a palavra
entrar com referência ao Reino de Deus não estava se referindo
a morrer e ir para algum lugar. Ele estava falando a respeito de
entrar, ou adotar, o estilo de vida do Reino.
Entrar também significa perseguir e adquirir a cidadania do Reino
dos céus. A cidadania nos possibilita receber tudo que há no Reino,
isto inclui privilégios e direitos constantes na constituição. Portanto,
faça do Reino sua prioridade e entre nele.
Para compreendermos melhor o conceito de entrada no Reino de
Deus, anàlisemos três declarações de Jesus. Primeira: Em verdade z,os
digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes corno crianças, de
modo algum entrareis no Reino dos céus (Mt 18.3). Ele não afirmou:
"Apenas se vocês morrerem entrarão, mas se não vos converterdes e não
vos fizer des como crianças, de modo algum entrareis".
Por que ele usou essa analogia? Porque as crianças simplesmente
se submetem ao seu entorno. Elas seguem tudo o que vêem.
Devido à sua inocência, uma criança brinca com uma cobra ou
aproxima-se do fogo, porque não conhece os riscos. Ela
simplesmente se submete ao entorno e supõe estar segura.
188
Mateus 23.13
João 3.1-8
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).
Nascer de novo não é um processo difícil. Basta fazer o seguinte:
1. Reconheça que é pecador e que está em rebeldia contra Deus: Porque
todos pecaranz e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23).
2. Compreenda que a punição do pecado é a 1norte eterna: Porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna1 por
Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6.23).
3. Acredite que Jesus Cristo morreu por seus pecados pa_ra que você
pudesse ser perdoado: Deus prova o seu amor para conosco e1n que
Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8).
4. Confesse seus pecados a Deus: Se confessarmos os nossos pecados,
ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos pitrificar de toda
injustiça (1Jo 1.9). Confessar pecados significa concordar com o Senhor
quanto à nossa situação espiritual.
5. Arrependa-se de seus pecados: Se vos não arrependerdes, todos de
igual modo perecereis (Lc 13.3). Arrepender-se quer dizer romper total
mente con1 o pecado1 fazendo uma mudança radical de direção.
6. Confesse Cristo corno seu Salvador e Senhor, e entregue a Ele o
controle de sua vida: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus
e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão
para a salvação (Rm 10.9,10). t
O segredo da concepção
Quando nasci, uma das primeiras coisas que fizeram comigo
foi passar tinta em meu pé e apertá-lo contra u1na folha de papel.
Aquela impressão, juntamente com meu nome e meu registro
social, foi arquivada no hospital, e uma cópia foi enviada para o
Registro Geral, no centro da cidade, como uma prova de que meu
nascimento foi regis trado no país. Se qualquer pessoa desejar saber
196
onde nasci, tudo que
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