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AVALIAÇÃO: AV3 TRIMESTRE: 3° SÉRIE/SEGMENTO: 2ª SÉRIE COMPONENTE CURRICULAR: REDAÇÃO

PLANO DE ESTUDOS

 INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Leitura e compreensão dos gêneros: dissertação escolar e artigo
de opinião.
TÓPICOS IMPORTANTES:
Intenções comunicativas dos textos.

EXERCÍCIOS DE REFERÊNCIA:

FAZER A LISTA DE EXERCÍCIOS DE REVISÃO QUE ESTÁ NA


OBS:
PLATAFORMA.

Capítulo 15
 Dissertação escolar
- Características e intencionalidades desse gênero;
TÓPICOS IMPORTANTES: - Estrutura do gênero.
- Estratégias argumentativas.
EXERCÍCIOS DE REFERÊNCIA: - Páginas: 6 até 11; (Livro didático).
FAZER A LISTA DE EXERCÍCIOS DE REVISÃO QUE ESTÁ NA
OBS:
PLATAFORMA;

Capítulo 16
 Artigo de opinião
- Características do gênero artigo de opinião;
TÓPICOS IMPORTANTES: - Estrutura do gênero.
- Estratégias argumentativas.
EXERCÍCIOS DE REFERÊNCIA: - Páginas: 33 a 43. (Livro didático)
FAZER A LISTA DE EXERCÍCIOS DE REVISÃO QUE ESTÁ NA
OBS:
PLATAFORMA;

GÊNERO TEXTUAL COBRADO NA PROVA: Dissertação escolar sobre tema da atualidade.


AVALIAÇÃO: AV3 TRIMESTRE: 3° SÉRIE/SEGMENTO: 2ª SÉRIE COMPONENTE CURRICULAR: REDAÇÃO

LISTA DE EXERCÍCIOS
Leia o texto abaixo e responda às questões de 01 a 05.

Não bata, eduque!


Mais uma vez, há a tentativa de aprovar uma lei que veda aos pais o uso de qualquer tipo de castigo
corporal na educação dos filhos. Reacendem-se polêmicas sobre a questão: 1) não deve haver regulação
da intimidade do lar pelo Estado; 2) a maioria absoluta dos brasileiros apanhou e é, portanto, favorável à
“palmada pedagógica” e 3) há diferenças entre palmada e surra. O primeiro argumento é frágil e enganoso;
basta lembrar que havia pouco tempo a palmatória era permitida nas escolas, as mulheres também
apanhavam dos cônjuges na privacidade do lar e mesmo maus-tratos absurdos contra crianças foram
sistematicamente negados até a metade do século 20.
Até hoje muitos profissionais recitam bobagens, tais como: “Pais precisam ter pulso firme”, “não bata,
mas dê uma sacudida quando seu filho não obedece”, “crianças sem palmadas crescem sem limites”, “às
vezes as crianças pedem um tapa”, etc. O segundo argumento é grotesco, pois as pessoas também
soltavam balões em festas juninas, viajavam em carros sem cinto de segurança e recitavam preconceitos
raciais com facilidade e, hoje, isso não é mais permitido.
A expressão “palmada pedagógica” é um oximoro: palavras contraditórias que se excluem mutuamente
de um ponto de vista puramente lógico. Alguns argumentam que há gestos de desprezo e palavras que
machucam muito mais. É verdade. A violência psicológica, a educação pela culpa, o suborno, a chantagem
emocional e as expectativas desmedidas sobre os filhos são muito danosas. Isso não justifica o uso da
palmada, apenas revela que, em matéria de socialização dos filhos, os pais devem ser humildes e perceber
que ainda têm muito a aprender.
O terceiro argumento cai por terra quando a ciência mostra que a surra não tem uma natureza diferente
da palmada, é apenas um continuum, ou seja, elas têm o mesmo objetivo: causar dor a quem se exige
obediência. Seria o mesmo que dizer que furtar é crime, mas furtar menos de R$ 10 não é!
É evidente que não é somente uma lei que mudará o comportamento das pessoas. São fundamentais
estratégias de conscientização, orientação e apoio à família como um todo. Todo tipo de punição física é
injustificável, tanto do ponto de vista moral, social, humano, quanto psicológico e científico. Existem diversas
sanções para quem agride outros (até animais), então, por que na relação familiar permite-se, tolera-se e
até incentiva-se que pais batam nos filhos?
Estudos ressaltam que a palmada não traz nenhum benefício, ao contrário, é um comportamento de
risco, podendo trazer vários prejuízos ao desenvolvimento futuro. Se nenhum desses argumentos científicos
convence, então aqui vai mais um: apesar de ter um efeito imediato (a criança para de fazer o que estava
fazendo e, com isso, reforça o comportamento de bater dos pais), a palmada não funciona a longo prazo!
Inúmeras pesquisas mostram que essa tal palmada não serve para modificar comportamento! Ela é,
portanto, somente um recurso covarde que mostra o despreparo dos pais no uso de práticas educativas
mais eficazes.
Educar não é sinônimo de punir. Educar uma criança é muito mais complexo do que somente exigir
obediência e temor. Filhos devem ser criados para saber enfrentar o mundo e precisam de modelos morais,
valores éticos, regras consistentes com consequências e muito envolvimento e participação dos pais. Não
está na hora de um novo olhar? Se não for agora, quando? Se não for você, quem será?
WEBER, Lídia. Não bata, eduque.

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QUESTÃO 1.
O texto anterior pode ser classificado, quanto à sequência e ao gênero textuais, como,
predominantemente:
(A) argumentativo, do gênero editorial.
(B) expositivo, do gênero carta argumentativa.
(C) argumentativo, do gênero artigo de opinião.
(D) descritivo, do gênero texto expositivo.
QUESTÃO 2.
Para convencer o leitor do seu ponto de vista, a autora primeiramente desconstrói os argumentos a
favor da palmada. Marque a alternativa que não apresenta um argumento a favor da palmada.
(A) “não deve haver regulação da intimidade do lar pelo Estado;”
(B) “a maioria absoluta dos brasileiros apanhou e é, portanto, favorável à “palmada pedagógica”.
(C) “há diferenças entre palmada e surra.”
(D) “Educar não é sinônimo de punir.”
QUESTÃO 3.
Ao longo do texto, a autora se vale de várias estratégias argumentativas. A alternativa em que não
há um tipo de argumento utilizado no texto é:
(A) Comparações entre situações, épocas e lugares diferentes.
(B) Estabelecimento de interlocução com o leitor.
(C) Argumentos de autoridade.
(D) Uso de dados estatísticos fornecidos por uma pesquisa recente das universidades mais renomadas do
país.
QUESTÃO 4.
O uso das aspas, no segundo parágrafo, justifica-se em razão de:
(A) destacar palavras importantes no texto.
(B) indicar, por meio do discurso direto, a fala de outra pessoa.
(C) registrar o motivo de o autor ter escrito o texto.
(D) apontar palavras estrangeiras.
QUESTÃO 5.
Marque a opção que NÃO apresenta o ponto de vista da autora do texto:
(A) “Pais precisam ter pulso firme.”
(B) “O primeiro argumento é frágil e enganoso.”
(C) “O segundo argumento é grotesco...”
(D) “Todo tipo de punição física é injustificável...”

QUESTÃO 6.
Identifique no parágrafo de desenvolvimento abaixo, retirado de uma dissertação modelo ENEM, o
tópico frasal.
“Diante do caos instaurado pela intolerância religiosa, foi preciso criar meios para combater e criminalizar
essas ações de desrespeito. Fez-se necessária a criação de uma lei que busca proteger cultos religiosos de
matriz africana, os quais são mais discriminados no Brasil. Além disso, estipulou-se o dia 21 de janeiro como
o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, como forma de conscientização da população, pois
todas as pessoas e suas respectivas religiões merecem proteção e respeito. Segundo o poeta francês Victor
Hugo, a tolerância é a melhor das religiões, e. por isso, em um país tão cheio de diversidades, não cabe
julgar, discriminar ou hostilizar a fé alheia.”

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O parágrafo abaixo foi retirado de uma dissertação argumentativa, ele representa o primeiro
parágrafo de desenvolvimento do texto. Leia-o atentamente e faça o que se pede:

"Ainda assim, é indispensável destacar as vantagens da adoção dessas novas ferramentas. Além da
alta capacidade de armazenamento e do acesso facilitado em qualquer hora e lugar, o Redação Rafael
Cunha e Eduardo Valladares (Caroline Tostes) 11.10.2016 preço dos textos digitalizados é muito mais
baixo, uma vez que que o processo de produção também é mais barato. Há livros físicos que chegam a
custar três vezes o valor da sua versão virtual, o que justifica a dificuldade de manter um hábito de leitura
na nossa sociedade. No mesmo caminho, a concorrência cada vez maior nesse mercado tem permitido
a redução do preço dos aparelhos de leitura digital, facilitando ainda mais a compra, a venda e, é claro,
a fidelização do leitor."

QUESTÃO 7.
Qual estratégia o autor utiliza para iniciar o parágrafo?
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QUESTÃO 8.
Retire desse fragmento um exemplo de tópico-frasal.
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QUESTÃO 9.
Como foi feita a ampliação do tópico-frasal?
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QUESTÃO 10.
Aponte o recurso utilizado nos parágrafos abaixo a partir do código:
(1) desenvolvimento por explicação
(2) desenvolvimento por causa e consequência
(3) desenvolvimento por alusão histórica
(4) desenvolvimento por dados estatísticos

Texto I
“A evasão escolar afeta, principalmente, os alunos mais pobres - o que nos leva ao grande desafio da
educação brasileira: a equidade. Segundo a Pesquisa Nacional Domiciliar realizada pelo IBGE em 2015,
estudantes de baixa renda entram na escola mais tarde e saem mais cedo. A partir dos 15 anos, muitos
deixam a escola para ir trabalhar (26% entre os jovens de 15 a 17 anos empregados não estão estudando).”
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Texto II
“Racismo estrutural é o termo usado para reforçar o fato de que há sociedades estruturadas com
base na discriminação que privilegia algumas raças em detrimento das outras. No Brasil, nos outros países
americanos e nos europeus, essa distinção favorece os brancos e desfavorece negros e indígenas.”
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Texto III
"As desigualdades sociais e econômicas fazem parte de todos os países, independentemente de ser
rico ou pobre, embora seja mais efetivo em nações subdesenvolvidas que sofrem com as consequências
oriundas do período colonial. São várias as causas que contribuem para a condição de subdesenvolvimento
em que se encontram muitos países. Dentre elas, a disparidade em relação à distribuição da renda, ou seja,
uma grande parcela da população recebe baixos rendimentos, o que contribui para o agravamento da
pobreza. Geralmente a riqueza permanece nas mãos de uma minoria, enquanto a maioria vive com sérios
problemas sociais."
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Texto IV
““Há exatos 122 anos, era declarada ilegal a propriedade de um ser humano sobre outro no Brasil.
Contudo, a Lei Áurea – curta, grossa e lacônica – não previu nenhuma forma de inserir milhões de recém-
libertos como cidadãos do país, muitos menos alguma compensação pelos anos de cárcere para que
pudessem começar uma vida independente. Para substituir os escravos, veio a imigração de mão-de-obra
estrangeira, agora assalariada. Os fazendeiros não precisavam mais comprar trabalhadores, podiam apenas
pagar-lhes o mínimo necessário à subsistência. Ou nem isso. Enquanto isso, o trabalho escravo moderno
deu lugar a formas contemporâneas de escravidão, em que trata-se o trabalhador como animal, explora-se
sua força física aos limites da exaustão e cria-se maneiras de prendê-lo à terra, seja por dívidas ilegais, seja
por qualquer outra forma.”
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QUESTÃO 11. (Enem 2017)


Aí pelas três da tarde
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom-
senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem
sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se
sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco
quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao” ao
trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença
em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia
antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por
instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto,
libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das

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coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro,
está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento.
NASSAR, R. Menina a caminho. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Em textos de diferentes gêneros, algumas estratégias argumentativas referem-se a recursos linguístico
discursivos mobilizados para envolver o leitor. No texto, caracteriza-se como estratégia de envolvimento a
(A) Prescrição de comportamentos, como em: “[...] largue tudo de repente sob os olhares a sua volta [...]”.
(B) Apresentação de contraposição, como em: “Mas não exagere na medida e suba sem demora ao
quarto [...]”.
(C) Explicitação do interlocutor, como em: “[...] (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se
sinta um tanto excluído) [...]”.
(D) Descrição do espaço, como em: “Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis
escreventes dividiram entre si o bom-senso do mundo [...]”.
(E) Construção de comparações, como em: “[...] libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a
roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas [...]”.

QUESTÃO 12. (Enem 2012)


Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais,
ainda que em menor grau
Extra, extra. Este macaco é humano.
Não somos tão especiais
Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais,
ainda que em menor grau.
INTELIGÊNCIA
A ideia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das
aves e mamíferos tem algum tipo de raciocínio.
AMOR
O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que
também criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte.
CONSCIÊNCIA
Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distraídos. Sinais
de que sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes.
CULTURA
O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de
aprender novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso?
BURGIERMAN, D. Superinteressante, n. 190, jul. 2003.
O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos
outros animais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são
(A) Definição e hierarquia.
(B) Exemplificação e comparação.
(C) Causa e consequência.
(D) Finalidade e meios.
(E) Autoridade e modelos.

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Exemplos de estratégias argumentativas para redação e artigo de opinião:
1. Exemplificação
A exemplificação consiste em usar como exemplo informações que representam a situação defendida na
introdução. Você pode fazer isso de formas distintas, com fatos divulgados pela mídia, dados estatísticos,
eventos históricos etc.
Confira o exemplo que separamos para você:
Em 2013, milhares de manifestantes ocuparam as ruas da capital de São Paulo em reivindicação por
melhorias e redução dos preços dos transportes públicos. Nota-se como fatores socioeconômicos também
são responsáveis pelos casos. A Revolução Francesa, por exemplo, é considerada o símbolo de “liberdade,
igualdade e fraternidade”, visto que mobilizou as camadas sociais infladas da crise econômica no respectivo
país. Assim, é evidente que a política externa e interna influenciam na quantidade de manifestações
ocorrentes.

2. Enumeração
Ao optar pela enumeração, a ideia é citar diferentes argumentos de forma organizada. Para tanto, você
precisa deixar claro que existe uma ordem de ideias no desenvolvimento, a fim de enumerar os argumentos
escolhidos.
Nesse caso, a estratégia funciona da seguinte maneira:
Em primeiro lugar, é imprescindível ressaltar como a carência de medidas públicas gera a ocorrência de tal
problema na sociedade. De acordo com Jürgen Habermas, filósofo alemão, para que haja a comunicação
plena e o acordo de interesses, deve-se existir o agir comunicativo. No entanto, manifestações populares
que possuem o objetivo de reivindicar direitos e melhorias são menosprezadas por parte da população e
dos políticos, devido à ocorrência de destruição e badernas realizadas por malfeitores que não integram os
movimentos.

3. Comparação
Essa estratégia é utilizada para expor as diferenças e/ou semelhanças entre duas ideias.
Veja um exemplo:
Semelhantemente, essas mesmas autoridades possuem interesses financeiros na má alimentação dos
brasileiros. Conforme Marx, em um mundo capitalizado, a busca pelo lucro ultrapassa valores éticos e
morais. Nesse sentido, as grandes empresas alimentícias vendem a imagem dos seus produtos atrelados à
felicidade e à realização pessoal, quando, na maioria das vezes, essas mercadorias são responsáveis pela
degradação da saúde do consumidor. Ainda, de acordo com dados da UnB, as propagandas dessas
indústrias induzem a uma má alimentação e atingem fortemente o público infantil.

4. Causas e consequências
Entre as estratégias argumentativas possíveis, uma das mais comuns é a de causas e consequências. Ao
optar por essa estratégia, você deve explicar os motivos e porquês de um determinado problema e
apresentar as consequências dele.
Lembre-se que as consequências podem ser positivas ou negativas, dependendo da tese que você
apresentar na introdução.

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Confira um parágrafo com essa estratégia:
É importante pontuar, de início, a omissão do meio acadêmico quanto à má alimentação dos jovens. À guisa
de Kant, o ser humano é tudo aquilo que a educação faz dele. As escolas brasileiras, entretanto,
negligenciam a saúde dos estudantes ao não instruí-los sobre os riscos da obesidade e as formas de
preveni-la. Como reflexo de uma população ignorante frente aos hábitos alimentares ideais, 8,4% dos
adolescentes são obesos e mais de 30% das crianças apresentam excesso de peso, segundo pesquisa
recente do Ministério da Saúde.

5. Evolução histórica
Para trabalhar com evolução histórica, você precisa ser capaz de apresentar um fato histórico referente ao
assunto da redação.
Veja na prática:
Em primeira instância, cabe destacar o panorama histórico-político da segurança pública que influi em seu
perfil hodiernamente. Na época do período militar, acentuou-se o esfacelamento de uma sociedade
democrática em virtude da doutrina de segurança nacional, uma lógica puramente autoritária de conduta.
Os modelos e as ações de segurança pública limitavam-se à contenção social, com o uso da força e de
armas para a repressão. Contudo, essa ótica é perceptível no comportamento das ações policiais que são
enfatizadas pelo terror e violência. Um exemplo que permite ilustrar isso, foi a ocupação militar da
comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, marcada pelas guerras entre traficantes e os próprios policiais,
ceifando centenas de vidas inocentes no meio do conflito.

6. Contraposição
A contraposição é utilizada para contestar ideias. Essa estratégia é muito utilizada quando a pessoa quer
afirmar como seria determinada situação e, depois, explicar por que ela não acontece.
Aqui está um exemplo:
Outrossim, é importante destacar o papel da educação no combate a essa situação, já que, assim como
preconizado pelo educador brasileiro Paulo Freire, se a educação não pode transformar uma sociedade,
sem ela tampouco a sociedade muda. Tal pensamento evidencia o poder transformador da educação. No
entanto, a educação oferecida no Brasil pelo sistema público ainda não é expansiva e de qualidade,
principalmente, em comunidades carentes, na qual muitos jovens acabam recorrendo ao mundo da
criminalidade, aumentando os índices de violência e prejudicando o sistema público de segurança.

7. Citação
Por fim, a última das estratégias argumentativas que queremos ressaltar aqui é a citação (ou argumento de
autoridade). Nesse caso, você deve apresentar falas de autores renomados, por citação direta ou paráfrase.
Confira um exemplo:
De acordo com Michel Foucault, “nada é político, tudo é politizável, tudo pode tornar-se político”.
Fonte: https://blog.imaginie.com.br/estrategias-argumentativas/

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Fonte: https://studymaps.com.br/texto-dissertativo/

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AVALIAÇÃO: AV3 TRIMESTRE: 3° SÉRIE/SEGMENTO: 2ª SÉRIE COMPONENTE CURRICULAR: REDAÇÃO

GABARITO
Leia o texto abaixo e responda às questões de 01 a 05.

Não bata, eduque!


Mais uma vez, há a tentativa de aprovar uma lei que veda aos pais o uso de qualquer tipo de castigo corporal
na educação dos filhos. Reacendem-se polêmicas sobre a questão: 1) não deve haver regulação da intimidade do lar
pelo Estado; 2) a maioria absoluta dos brasileiros apanhou e é, portanto, favorável à “palmada pedagógica” e 3) há
diferenças entre palmada e surra. O primeiro argumento é frágil e enganoso; basta lembrar que havia pouco tempo a
palmatória era permitida nas escolas, as mulheres também apanhavam dos cônjuges na privacidade do lar e mesmo
maus-tratos absurdos contra crianças foram sistematicamente negados até a metade do século 20.
Até hoje muitos profissionais recitam bobagens, tais como: “Pais precisam ter pulso firme”, “não bata, mas dê
uma sacudida quando seu filho não obedece”, “crianças sem palmadas crescem sem limites”, “às vezes as crianças
pedem um tapa”, etc. O segundo argumento é grotesco, pois as pessoas também soltavam balões em festas juninas,
viajavam em carros sem cinto de segurança e recitavam preconceitos raciais com facilidade e, hoje, isso não é mais
permitido.
A expressão “palmada pedagógica” é um oximoro: palavras contraditórias que se excluem mutuamente de um
ponto de vista puramente lógico. Alguns argumentam que há gestos de desprezo e palavras que machucam muito
mais. É verdade. A violência psicológica, a educação pela culpa, o suborno, a chantagem emocional e as expectativas
desmedidas sobre os filhos são muito danosas. Isso não justifica o uso da palmada, apenas revela que, em matéria de
socialização dos filhos, os pais devem ser humildes e perceber que ainda têm muito a aprender.
O terceiro argumento cai por terra quando a ciência mostra que a surra não tem uma natureza diferente da
palmada, é apenas um continuum, ou seja, elas têm o mesmo objetivo: causar dor a quem se exige obediência. Seria
o mesmo que dizer que furtar é crime, mas furtar menos de R$ 10 não é!
É evidente que não é somente uma lei que mudará o comportamento das pessoas. São fundamentais
estratégias de conscientização, orientação e apoio à família como um todo. Todo tipo de punição física é injustificável,
tanto do ponto de vista moral, social, humano, quanto psicológico e científico. Existem diversas sanções para quem
agride outros (até animais), então, por que na relação familiar permite-se, tolera-se e até incentiva-se que pais batam
nos filhos?
Estudos ressaltam que a palmada não traz nenhum benefício, ao contrário, é um comportamento de risco,
podendo trazer vários prejuízos ao desenvolvimento futuro. Se nenhum desses argumentos científicos convence,
então aqui vai mais um: apesar de ter um efeito imediato (a criança para de fazer o que estava fazendo e, com isso,
reforça o comportamento de bater dos pais), a palmada não funciona a longo prazo! Inúmeras pesquisas mostram
que essa tal palmada não serve para modificar comportamento! Ela é, portanto, somente um recurso covarde que
mostra o despreparo dos pais no uso de práticas educativas mais eficazes.
Educar não é sinônimo de punir. Educar uma criança é muito mais complexo do que somente exigir obediência
e temor. Filhos devem ser criados para saber enfrentar o mundo e precisam de modelos morais, valores éticos, regras
consistentes com consequências e muito envolvimento e participação dos pais. Não está na hora de um novo olhar?
Se não for agora, quando? Se não for você, quem será?
WEBER, Lídia. Não bata, eduque.

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1. O texto anterior pode ser classificado, quanto à sequência e ao gênero textuais, como, predominantemente:

(A) argumentativo, do gênero editorial.


(B) expositivo, do gênero carta argumentativa.
(C) argumentativo, do gênero artigo de opinião.
(D) descritivo, do gênero texto expositivo.

2. Para convencer o leitor do seu ponto de vista, a autora primeiramente desconstrói os argumentos a favor da
palmada. Marque a alternativa que não apresenta um argumento a favor da palmada.

(A) “não deve haver regulação da intimidade do lar pelo Estado;”


(B) “a maioria absoluta dos brasileiros apanhou e é, portanto, favorável à “palmada pedagógica”.
(C) “há diferenças entre palmada e surra.”
(D) “Educar não é sinônimo de punir.”

3. Ao longo do texto, a autora se vale de várias estratégias argumentativas. A alternativa em que não há um tipo de
argumento utilizado no texto é:

(A) Comparações entre situações, épocas e lugares diferentes.


(B) Estabelecimento de interlocução com o leitor.
(C) Argumentos de autoridade.
(D) Uso de dados estatísticos fornecidos por uma pesquisa recente das universidades mais renomadas do país.

4. O uso das aspas, no segundo parágrafo, justifica-se em razão de:

(A) destacar palavras importantes no texto.


(B) indicar, por meio do discurso direto, a fala de outra pessoa.
(C) registrar o motivo de o autor ter escrito o texto.
(D) apontar palavras estrangeiras.

5. Marque a opção que NÃO apresenta o ponto de vista da autora do texto:

(A) “Pais precisam ter pulso firme.”


(B) “O primeiro argumento é frágil e enganoso.”
(C) “O segundo argumento é grotesco...”
(D) “Todo tipo de punição física é injustificável...”

6. Identifique no parágrafo de desenvolvimento abaixo, retirado de uma dissertação modelo ENEM, o tópico
frasal.

“Diante do caos instaurado pela intolerância religiosa, foi preciso criar meios para combater e criminalizar essas
ações de desrespeito. Fez-se necessária a criação de uma lei que busca proteger cultos religiosos de matriz africana,
os quais são mais discriminados no Brasil. Além disso, estipulou-se o dia 21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate
à Intolerância Religiosa, como forma de conscientização da população, pois todas as pessoas e suas respectivas

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religiões merecem proteção e respeito. Segundo o poeta francês Victor Hugo, a tolerância é a melhor das religiões, e.
por isso, em um país tão cheio de diversidades, não cabe julgar, discriminar ou hostilizar a fé alheia.”
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R: Diante do caos instaurado pela intolerância religiosa, foi preciso criar meios para combater e
criminalizar essas ações dedesrespeito.

O parágrafo abaixo foi retirado de uma dissertação argumentativa, ele representa o primeiro parágrafo de
desenvolvimento do texto. Leia-o atentamente e faça o que se pede:

"Ainda assim, é indispensável destacar as vantagens da adoção dessas novas ferramentas. Além da alta
capacidade de armazenamento e do acesso facilitado em qualquer hora e lugar, o Redação Rafael Cunha e Eduardo
Valladares (Caroline Tostes) 11.10.2016 preço dos textos digitalizados é muito mais baixo, uma vez que que o
processo de produção também é mais barato. Há livros físicos que chegam a custar três vezes o valor da sua versão
virtual, o que justifica a dificuldade de manter um hábito de leitura na nossa sociedade. No mesmo caminho, a
concorrência cada vez maior nesse mercado tem permitido a redução do preço dos aparelhos de leitura digital,
facilitando ainda mais a compra, a venda e, é claro, a fidelização do leitor."

7. Qual estratégia o autor utiliza para iniciar o parágrafo?


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O uso do conectivo "ainda assim", que certamente o conecta a ideia do parágrafo anterior, mostrando que
aparecerão outras ideias importantes para a defesa da tese.

8. Retire desse fragmento um exemplo de tópico-frasal.


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R: “é indispensável destacar as vantagens da adoção dessas novas ferramentas."

9. Como foi feita a ampliação do tópico-frasal?


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R: Por explicação e exemplificação.

10. Aponte o recurso utilizado nos parágrafos abaixo a partir do código:

(5) desenvolvimento por explicação


(6) desenvolvimento por causa e consequência
(7) desenvolvimento por alusão histórica
(8) desenvolvimento por dados estatísticos
12
Texto I
“A evasão escolar afeta, principalmente, os alunos mais pobres - o que nos leva ao grande desafio da educação
brasileira: a equidade. Segundo a Pesquisa Nacional Domiciliar realizada pelo IBGE em 2015, estudantes de baixa renda
entram na escola mais tarde e saem mais cedo. A partir dos 15 anos, muitos deixam a escola para ir trabalhar (26%
entre os jovens de 15 a 17 anos empregados não estão estudando).”
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4 - desenvolvimento por dados estatísticos

Texto II
“Racismo estrutural é o termo usado para reforçar o fato de que há sociedades estruturadas com base na
discriminação que privilegia algumas raças em detrimento das outras. No Brasil, nos outros países americanos e nos
europeus, essa distinção favorece os brancos e desfavorece negros e indígenas.”
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1- desenvolvimento por explicação

Texto III

"As desigualdades sociais e econômicas fazem parte de todos os países, independentemente de ser rico ou
pobre, embora seja mais efetivo em nações subdesenvolvidas que sofrem com as consequências oriundas do período
colonial. São várias as causas que contribuem para a condição de subdesenvolvimento em que se encontram muitos
países. Dentre elas, a disparidade em relação à distribuição da renda, ou seja, uma grande parcela da população recebe
baixos rendimentos, o que contribui para o agravamento da pobreza. Geralmente a riqueza permanece nas mãos de
uma minoria, enquanto a maioria vive com sérios problemas sociais."

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2 - desenvolvimento por causa e consequência

Texto IV
““Há exatos 122 anos, era declarada ilegal a propriedade de um ser humano sobre outro no Brasil. Contudo, a
Lei Áurea – curta, grossa e lacônica – não previu nenhuma forma de inserir milhões de recém-libertos como cidadãos
do país, muitos menos alguma compensação pelos anos de cárcere para que pudessem começar uma vida
independente. Para substituir os escravos, veio a imigração de mão-de-obra estrangeira, agora assalariada. Os
fazendeiros não precisavam mais comprar trabalhadores, podiam apenas pagar-lhes o mínimo necessário à
subsistência. Ou nem isso. Enquanto isso, o trabalho escravo moderno deu lugar a formas contemporâneas de
escravidão, em que trata-se o trabalhador como animal, explora-se sua força física aos limites da exaustão e cria-se
maneiras de prendê-lo à terra, seja por dívidas ilegais, seja por qualquer outra forma.”
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3 - desenvolvimento por alusão histórica

11. (Enem 2017)


Aí pelas três da tarde
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom-senso do
mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas
que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído),
largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais
calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao” ao trabalho do dia, assim como quem se despede da
vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na
limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares
interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e
suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse
a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o decoro (o seu
decoro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento.
NASSAR, R. Menina a caminho. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

Em textos de diferentes gêneros, algumas estratégias argumentativas referem-se a recursos linguístico discursivos
mobilizados para envolver o leitor. No texto, caracteriza-se como estratégia de envolvimento a
(F) Prescrição de comportamentos, como em: “[...] largue tudo de repente sob os olhares a sua volta [...]”.
(G) Apresentação de contraposição, como em: “Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto [...]”.
(H) Explicitação do interlocutor, como em: “[...] (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um
tanto excluído) [...]”.
(I) Descrição do espaço, como em: “Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes
dividiram entre si o bom-senso do mundo [...]”.
(J) Construção de comparações, como em: “[...] libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do
corpo como se retirasse a importância das coisas [...]”.

12. (Enem 2012)


Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que em
menor grau
Extra, extra. Este macaco é humano.

Não somos tão especiais

Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que em
menor grau.

INTELIGÊNCIA

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A ideia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e
mamíferos tem algum tipo de raciocínio.

AMOR

O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que também
criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte.

CONSCIÊNCIA

Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distraídos. Sinais de que
sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes.

CULTURA

O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de aprender novos
hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso?

BURGIERMAN, D. Superinteressante, n. 190, jul. 2003.

O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos outros
animais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são

(F) Definição e hierarquia.


(G) Exemplificação e comparação.
(H) Causa e consequência.
(I) Finalidade e meios.
(J) Autoridade e modelos.

Exemplos de estratégias argumentativas para redação e artigo de opinião:


1. Exemplificação
A exemplificação consiste em usar como exemplo informações que representam a situação defendida na introdução.
Você pode fazer isso de formas distintas, com fatos divulgados pela mídia, dados estatísticos, eventos históricos etc.
Confira o exemplo que separamos para você:
Em 2013, milhares de manifestantes ocuparam as ruas da capital de São Paulo em reivindicação por melhorias e
redução dos preços dos transportes públicos. Nota-se como fatores socioeconômicos também são responsáveis pelos
casos. A Revolução Francesa, por exemplo, é considerada o símbolo de “liberdade, igualdade e fraternidade”, visto
que mobilizou as camadas sociais infladas da crise econômica no respectivo país. Assim, é evidente que a política
externa e interna influenciam na quantidade de manifestações ocorrentes.

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2. Enumeração
Ao optar pela enumeração, a ideia é citar diferentes argumentos de forma organizada. Para tanto, você precisa deixar
claro que existe uma ordem de ideias no desenvolvimento, a fim de enumerar os argumentos escolhidos.
Nesse caso, a estratégia funciona da seguinte maneira:
Em primeiro lugar, é imprescindível ressaltar como a carência de medidas públicas gera a ocorrência de tal problema
na sociedade. De acordo com Jürgen Habermas, filósofo alemão, para que haja a comunicação plena e o acordo de
interesses, deve-se existir o agir comunicativo. No entanto, manifestações populares que possuem o objetivo de
reivindicar direitos e melhorias são menosprezadas por parte da população e dos políticos, devido à ocorrência de
destruição e badernas realizadas por malfeitores que não integram os movimentos.

3. Comparação
Essa estratégia é utilizada para expor as diferenças e/ou semelhanças entre duas ideias.
Veja um exemplo:
Semelhantemente, essas mesmas autoridades possuem interesses financeiros na má alimentação dos brasileiros.
Conforme Marx, em um mundo capitalizado, a busca pelo lucro ultrapassa valores éticos e morais. Nesse sentido, as
grandes empresas alimentícias vendem a imagem dos seus produtos atrelados à felicidade e à realização pessoal,
quando, na maioria das vezes, essas mercadorias são responsáveis pela degradação da saúde do consumidor. Ainda,
de acordo com dados da UnB, as propagandas dessas indústrias induzem a uma má alimentação e atingem fortemente
o público infantil.

4. Causas e consequências
Entre as estratégias argumentativas possíveis, uma das mais comuns é a de causas e consequências. Ao optar por essa
estratégia, você deve explicar os motivos e porquês de um determinado problema e apresentar as consequências dele.
Lembre-se que as consequências podem ser positivas ou negativas, dependendo da tese que você apresentar na
introdução.
Confira um parágrafo com essa estratégia:
É importante pontuar, de início, a omissão do meio acadêmico quanto à má alimentação dos jovens. À guisa de Kant,
o ser humano é tudo aquilo que a educação faz dele. As escolas brasileiras, entretanto, negligenciam a saúde dos
estudantes ao não instruí-los sobre os riscos da obesidade e as formas de preveni-la. Como reflexo de uma população
ignorante frente aos hábitos alimentares ideais, 8,4% dos adolescentes são obesos e mais de 30% das crianças
apresentam excesso de peso, segundo pesquisa recente do Ministério da Saúde.

5. Evolução histórica
Para trabalhar com evolução histórica, você precisa ser capaz de apresentar um fato histórico referente ao assunto da
redação.

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Veja na prática:
Em primeira instância, cabe destacar o panorama histórico-político da segurança pública que influi em seu perfil
hodiernamente. Na época do período militar, acentuou-se o esfacelamento de uma sociedade democrática em virtude
da doutrina de segurança nacional, uma lógica puramente autoritária de conduta. Os modelos e as ações de segurança
pública limitavam-se à contenção social, com o uso da força e de armas para a repressão. Contudo, essa ótica é
perceptível no comportamento das ações policiais que são enfatizadas pelo terror e violência. Um exemplo que
permite ilustrar isso, foi a ocupação militar da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, marcada pelas guerras entre
traficantes e os próprios policiais, ceifando centenas de vidas inocentes no meio do conflito.

6. Contraposição
A contraposição é utilizada para contestar ideias. Essa estratégia é muito utilizada quando a pessoa quer afirmar como
seria determinada situação e, depois, explicar por que ela não acontece.
Aqui está um exemplo:
Outrossim, é importante destacar o papel da educação no combate a essa situação, já que, assim como preconizado
pelo educador brasileiro Paulo Freire, se a educação não pode transformar uma sociedade, sem ela tampouco a
sociedade muda. Tal pensamento evidencia o poder transformador da educação. No entanto, a educação oferecida
no Brasil pelo sistema público ainda não é expansiva e de qualidade, principalmente, em comunidades carentes, na
qual muitos jovens acabam recorrendo ao mundo da criminalidade, aumentando os índices de violência e
prejudicando o sistema público de segurança.

7. Citação
Por fim, a última das estratégias argumentativas que queremos ressaltar aqui é a citação (ou argumento de
autoridade). Nesse caso, você deve apresentar falas de autores renomados, por citação direta ou paráfrase.
Confira um exemplo:
De acordo com Michel Foucault, “nada é político, tudo é politizável, tudo pode tornar-se político”.

Fonte: https://blog.imaginie.com.br/estrategias-argumentativas/

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Fonte: https://studymaps.com.br/texto-dissertativo/

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