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Ética e Cultura Profissional
Ética e Cultura Profissional
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Apresentação
Objectivos de Aprendizagem
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1. Código Deontológico do Organizador Profissional de Eventos
A palavra Ética deriva do termo Grego “ Ethos”, usado pela primeira vez por Aristóteles.
É uma reflexão sobre os princípios que se baseiam na moral, ou seja é o modo de ser e de
actuar do homem, estabelece normas gerais de comportamento deixando a cada indivíduo a
responsabilidade pelos seus actos concretos.
Quando se fala de ética, fala-se de reflexão sobre os nossos actos, nosso carácter,
personalidade.
É a única ciência das regras morais da profissão: neste sentido, o código deontológico
surge como o tratado dos deveres, mas também de direitos de uma dada área de actividade.
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IAPCO - International Association of Professional Congress Organizers
http://www.iapco.org
Esta associação está empenhada em elevar o nível de serviço entre os seus membros e de
outros sectores da indústria de reuniões, por meio de uma interacção continuada com outros
profissionais.
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Os principais objectivos da EFAPCO são:
Aumentar o reconhecimento dos organizadores profissionais de congressos no seio
da União Europeia;
Promover os interesses dos organizadores profissionais de congressos e seus
fornecedores;
Aumentar e manter elevados padrões em relação às normas profissionais em toda a
indústria de reuniões, fornecendo oportunidades de educação e formação;
Aumento de oportunidades de negócios para organizadores profissionais de
congressos na Europa;
Acompanhar, propor e aconselhar sobre a Legislação da União Europeia Que tem
influência na indústria de reuniões;
Avaliar os problemas enfrentados pelos organizadores profissionais de congressos e
promover soluções pertinentes;
Oferecer oportunidades para comunicar em rede e trocar ideias e experiências;
Encorajar relações profissionais entre os seus membros;
Fornecer informações relevantes para autoridades públicas internacionais;
Encorajar a sustentabilidade ambiental nas actividades dos seus membros e para os
eventos que organizam.
A ICCA é uma das organizações mais importantes no mundo dos encontros internacionais. É
a única associação que representa os principais especialistas no manuseio, transporte e
acolhimento de eventos internacionais.
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A ICCA compreende uma rede de 900 fornecedores para a indústria internacional, a qual
abrange todas as reuniões do globo, com membros em 85 países.
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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS EMPRESAS DE CONGRESSOS,
ANIMAÇÃO TURÍSTICA E EVENTOS – APECATE
http://www.aope.net/apecateweb/homepage.do2
Esta fusão entre associações que representam três sectores distintos e complementares da
actividade económica faz total sentido se assentarmos no reconhecimento da identidade de
cada um. Esta união tem como objectivo reforçar as suas naturais sinergias.
A essência desta fusão está expressa, de uma forma muito clara, na parte dos Estatutos da
APECATE que diz respeito às chamadas Secções Especializadas, que têm como função tratar
dos problemas profissionais específicos do seu ramo de actividade:
Eventos
Congressos
Animação turística
Fazem parte dos corpos sociais da Associação, a par da Direcção, da Assembleia Geral e do
Conselho Fiscal, tendo, cada uma, um representante com assento, por inerência, na Direcção
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da Associação. Mais, só os membros da Direcção das Secções Especializadas podem
concorrer aos cargos de Presidente e Vice-Presidentes da Associação.
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Em relação ao plano de actividades que a APECATE se propõe desenvolver inclui, entre
outros aspectos, acções no âmbito da:
Formação;
Certificação de Empresas
Promoção nos mercados interno e externo.
No que concerne aos órgãos sociais que compõem a estrutura da APECATE, esses são:
Direcção
Assembleia Geral
Conselho Fiscal
Secção especializada – Congressos
Secção especializada – Animação Turística
Secção especializada – Eventos
Estes princípios são aceites por todos os associados e a sua prática dignifica e prestigia a
Associação e o mercado.
De acordo com os Estatutos, o não cumprimento deste Código Deontológico viola o artigo
10º-g), podendo, ao abrigo do artigo 11º-a) originar a perda da qualidade de associado.
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Utilizar práticas negociais profissionais, honrando os contratos escritos e verbais,
procurando garantir uma comunicação clara e inequívoca entre as partes e
respeitando os direitos legais e contratuais de terceiros.
Assegurar o direito à privacidade e proteger a confidencialidade das informações
privilegiadas recebidas verbalmente, por escrito e electronicamente.
Respeitar os direitos autorais, não utilizando informação privilegiada ou confidencial.
Empenhar-se na protecção do património natural e cultural, através da utilização
responsável dos recursos necessários à sua actividade profissional.
Procurar atingir activamente níveis crescentes de competência profissional, através
da formação contínua e da partilha de conhecimentos e experiências.
Respeitar a diversidade, abraçando e mantendo um clima negocial de respeito por
todas as pessoas, independentemente da sua origem, raça, religião, sexo, estado
civil, idade, orientação sexual e capacidades físicas e mentais.
Aderir a estes princípios significa profissionalismo, competência, justiça nos negócios
e integridade.
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1.2. As boas práticas no contexto da organização de eventos
O efeito da ética profissional nos eventos é muito importante. Ela pode influenciar o
planeamento, a contratação, os termos e condições, bem como a política de cancelamento.
Por mais perfeita que seja a preparação de um evento, é muito provável que nem todos os
aspectos sejam antecipados. Mas se acontecer algo que não estava previsto, deverá poder
confiar na ética profissional do seu parceiro comercial para, em conjunto, encontrarem uma
solução amigável e que satisfaça ambas as partes.
A indústria de eventos é única, no sentido em que o cliente pode por vezes encontrar-se com
os outros parceiros comerciais uma vez e depois nunca mais os voltar a ver. Em qualquer
caso é sempre preferível ser honesto, transparente e digno de confiança em todas as
parcerias profissionais.
Não se deve, por outro lado, recorrer a meios desonestos para roubar negócios à
concorrência – você poderá ganhar no curto prazo mas perder a longo prazo.
É recomendável que conheça e siga as regras nacionais para evitar o embaraço de violar
uma regra que desconhecia. Além disso, existem regras específicas ou códigos de conduta
definidos pelas associações da indústria de eventos, de que você poderá ser membro e,
nessa qualidade, queira respeitar (em relação, por exemplo, a contratos, preços, termos e
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condições, métodos de trabalho, etc.), embora estas sejam apenas recomendações, cabendo
à empresa a decisão de as seguir ou não.
Os contratos com o cliente ou com os responsáveis do local do evento devem ser redigidos
com o apoio de advogados especializados que conheçam a legislação aplicável.
Acordo de cavalheiros
Os acordos de cavalheiros são muitas vezes usados nas relações comerciais. Nalguns países
eles têm um estatuto legal, enquanto noutros é essencial que existam acordos escritos,
assinados e testemunhados para que tenham força legal.
Se, por exemplo, outro organizador, com um evento de maior dimensão e mais lucrativo,
solicitar uma reserva para as mesmas datas, e existir um acordo de cavalheiros deste tipo,
os responsáveis do local deverão honrar a reserva feita pelo primeiro organizador, mantendo
o segundo em lista de espera. Os responsáveis do local actuam, por vezes, de forma menos
escrupulosa, aceitando a reserva mais lucrativa, mas isto pode destruir a sua imagem e as
relações profissionais futuras com o primeiro organizador.
O perfil das pessoas que trabalham em organização de eventos deve ser exigente. Além do
currículo académico, importa considerar o nível social e profissional, enriquecidos com ampla
experiência e bom nível cultural.
Convidados e clientes são hoje um universo de exigência pois conhecem a qualidade. São os
melhores júris de avaliação de equipas de trabalho. Prestar um serviço de exigência
materializado na qualidade dos serviços e grande satisfação é o objectivo.
A imagem da eficácia depende de todos estes valores. É essencial ter presente o espírito de
grupo, a orientação para o cliente, a procura de inovação, a solução para o problema.
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Dar o exemplo Pesquisar Responsáveis
Ser lógicos Manter registos
Ser facilitadores
No que se refere à postura a ser adoptada, dependendo da situação e de com quem estiver
a lidar, deverá actuar de forma diferenciada, ser paciente e atencioso com os clientes, firme
e rigoroso com os funcionários no cumprimento dos seus deveres e prestativo para com os
seus superiores. Em nenhuma circunstancia se deverá apresentar carrancudo ou mal-
humorado.
A postura que o organizador irá adoptar terá que condizer com o seu nível de
responsabilidade pela condução e pelo sucesso do evento. È importante que ele se projecte,
mas com discrição, e que adopte uma postura de seriedade e profissionalismo.
Para conseguir essa projecção, deve procurar permanecer o maior tempo possível junto aos
directores e gerentes da empresa, levantando opiniões e sugestões do que poderia ser feito
pata melhorar a participação e alimentando-os com boas novidades, curiosidades e
informações úteis e positivas em relação ao evento.
Num contrato poderão estar previstas muitas condições. É importante que ambas as partes
tenham condições idênticas (direitos e deveres), mas o mais importante são os preços e as
condições de cancelamento, que devem ser claras, simples e acordadas entre as partes.
Igualdade
Uma política de preços transparente é muito importante para manter boas relações
comerciais. Não há nada mais negativo para a credibilidade de uma empresa do que não ter
uma política de preços transparente.
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distintos, por exemplo: preços mais favoráveis para instituições de caridade, organismos de
educação, etc.).
Responsabilidade ambiental
O organizador deverá estar ciente de que a preocupação com o meio ambiente dará os seus
frutos – por exemplo, a remoção dos lixos poderá ser mais barata, os crachás de plástico
serão adquiridos apenas uma vez e poderão ser usadas com maior frequência, etc. Ainda
assim, pode dizer-se que este não é um dos negócios mais influenciados por questões
ambientais, e que, por restrições orçamentais, é muitas vezes necessário optar por métodos
menos ecológicos.
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- Montagem e desmontagem eficaz.
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1.3. Exemplos práticos
1 OBJETIVO
Esta Norma do Sistema Brasileiro de Certificação da Qualidade Profissional para o Sector de
Turismo estabelece os resultados esperados e as competências para organizador de eventos,
no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação da Qualidade Profissional para o Sector de
Turismo.
2 DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
2.3 Resultados esperados: Conjunto mínimo de serviços que compõem uma ocupação.
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3 DESCRIÇÃO DA OCUPAÇÃO
O organizador de eventos ocupa-se, principalmente, do desenvolvimento de actividades de
planeamento, organização, promoção, realização, administração dos recursos e prestação de
serviço especializado de eventos.
4 RESULTADOS ESPERADOS
O organizador de eventos deve ser capaz de:
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i) Coordenar o pós-evento – o que pode incluir elaborar e encaminhar carta de
agradecimento; fornecer cadastro de participante inscrito; tabular e apresentar dado
estatístico; controlar e efectuar pagamento a fornecedor contratado; elaborar e apresentar
relatório financeiro e nota de despesa; concluir e fornecer dossiê do evento; apresentar
avaliação global do evento.
5 COMPETÊNCIA
A competência necessária ao alcance dos resultados esperados deve ser avaliada através dos
seguintes conhecimentos, habilidades e atitudes:
5.3 Atitudes/Atributos:
a) Inovação e criatividade na geração de ideias;
b) Atitude comunicativa, sociável, amigável e empática, gerando bom relacionamento
interpessoal;
c) Consciência de detalhe e atenção para controle;
d) Optimismo, persuasão e postura democrática;
e) Raciocínio numérico aplicado a negócios;
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f) Raciocínio lógico verbal para entender e comunicar-se, de maneira clara e articulada, na
forma oral e escrita;
g) Iniciativa para prevenir e solucionar problema, mantendo o equilíbrio emocional para
administrar situação de emergência;
h) Capacidade para tomar decisões complexas, individualmente ou envolvendo outras
pessoas.
Art.1º
As actividades de organização, promoção e prestação de serviços especializados para
eventos são as exercidas por pessoas jurídicas, ainda que em nome individual, regular e
legalmente constituídas, que tenham por objecto social o desenvolvimento de actividades de
assessoria, planeamento, organização, promoção, realização ou prestação de serviço
especializado de eventos.
Art.2º
A actividade de organização de eventos deverá ser exercida com estrita e obrigatória
observância do disposto neste Código, sem prejuízo do cumprimento da legislação
pertinente, sendo estas normas destinadas também ao uso subsidiário dos Tribunais na
dirimência de eventuais conflitos do sector, bem assim servirão de orientação legislativa em
caso de regulamentação, prevalecendo sobre a expressão literal os princípios gerais e a
razão intrínseca de cada norma.
Art.3º
O presente Código constitui o conjunto de regras atinentes às relações jurídicas de consumo
de bens e serviços envolvidos pela actividade principal de organização de eventos, para vigir
e serem aplicadas às associadas entre si, entre estas e as empresas ou organismos dos
sectores conexos, bem assim com os contratantes de serviços.
Art.4º -
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O exercício das actividades de organização, promoção e prestação de serviço especializado
para eventos deve envolver senso integral de responsabilidade negocial e social, afastadas
quaisquer discriminações ilegais, bem assim conduta compatível com os padrões éticos
mínimos fixados neste Código.
Art.5º
O exercício da actividade deve envolver ainda atitudes e instrumental capazes de:
Serem evitadas ao público em geral fraudes e enganos, bem assim práticas que
possam prejudicar a integridade e a dignidade profissional da categoria;
Propiciarem a adequada identificação, de forma clara, fácil e imediata, dos precisos
dados sobre a oferta, divulgação, contratação e execução dos bens e serviços
contratados;
Serem preservados os princípios da leal concorrência, eliminando a ilegal, a
predatória e emulatória;
Evitarem a propaganda enganosa, os contratos leoninos ou de duvidosa
interpretação;
Subordinarem aos princípios maiores de relacionamento ético em torno da Associação
a àqueles pertinentes emanados da categoria económica.
Art.6º
As empresas associadas devem procurar manter e desenvolver alto padrão técnico,
qualidade de bens e recursos humanos qualificados e capacitados.
Art.7º
É obrigação das empresas associadas observarem a mais absoluta lisura nos procedimentos
económicos, financeiros, fiscais e comportamentais, tanto no âmbito de sua empresa, como
nas relações com seus clientes, fornecedores e participantes dos eventos sob sua
responsabilidade.
Art.8º
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Toda a prestação de serviços por associada, deve ser regida por um Contrato de Prestação
de Serviços, ou documento equivalente, o qual defina, necessariamente e com clareza, pelo
menos, os seguintes pontos:
• Os serviços específicos a serem prestados;
• O preço e a condição de pagamento;
• O prazo de execução do serviço; e
• A especificação das condições recíprocas de rescisão.
Art.9º
É obrigatório, pela associada, o total conhecimento dos direitos e obrigações contratuais,
bem como solicitar o mesmo de seu cliente.
Art.10º
As associadas, em seu relacionamento com os clientes, devem adoptar atitudes profissionais,
empenhando-se ao máximo para prestar os serviços contratados com a melhor qualidade e
desenvolvendo, sempre, os seus contactos de forma a assegurar, em alto nível, não só o seu
conceito como empresa, mas, também, o conceito de classe como um todo.
Art.11º
No exercício das actividades, são vedadas expressamente às associadas:
• A propaganda enganosa consoante a conceituação legal ou conforme caracterizada
pela Comissão de Ética;
• A manutenção e imposição de contratos e cláusulas manifestamente potestativas ou
leoninas;
• Induzir em erro os clientes, não imprimindo clareza e transparência nas
informações, em especial as relativas ao Contrato de Prestação de Serviços;
• Manter e ofertar serviços e recursos humanos desqualificados tecnicamente;
• Impor e exigir ónus ao cliente, não previsto em contrato ou que sejam
incompatíveis com a natureza do negócio com ele pactuado;
• Furtar-se, sem justa causa ou força maior, ao cumprimento dos compromissos
assumidos com o cliente;
• Expor o cliente a situações vexatórias ou humilhantes desrespeitando seus direitos
e valores ou mesmo induzindo-os à prática de ilícitos, situações essas caracterizadas
a critério da Comissão de Ética;
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• Divulgar dado falso ou que saiba incorrecto ou mesmo estritamente confidencial
sobre o cliente;
• Deixar de observar toda e qualquer norma de conduta ética editada por organismos
pertencentes à categoria económica e que sejam adoptadas pela ABEOC, visando a
preservação dos interesses dos clientes e do mercado.
Art.12º
Compete obrigatoriamente às associadas, indistintamente, observar no exercício de suas
actividades específicas e nas relações com outras associadas, o zelo pela imagem do sector,
da própria ABEOC e da categoria profissional, não realizando, directa ou indirectamente, e
não permitindo que se realize:
• Concorrência desleal, configurada como a adopção de métodos e preços
predatórios, absolutamente incompatíveis com a prática do mercado regional ou
local, levadas em consideração a qualidade dos serviços ofertados, consoante
critérios aferidos pela Comissão de Ética;
• O contacto aliciatório de clientes tradicionais de outra empresa, mediante a
utilização de referências antiéticas e de depredação da imagem de sua(s)
concorrente(s);
• O não cumprimento de compromissos assumidos com outra(s) empresa(s), visando
atendimento comum de clientes, colocando em risco a imagem do sector;
• Inibir, por qualquer forma identificada como ilegal, fraudulenta ou coercitiva, a
actividade de organização ou promoção de eventos por qualquer outra empresa,
filiada ou não à ABEOC;
• Proibir ou coagir a não participar das actividades associativas, de qualquer outra
associada, bem assim dos organismos sectoriais ligados à categoria;
• Proibir ou inibir qualquer associada considerada lesada de valer-se dos meios e
instrumentos internos da ABEOC, na preservação dos direitos outorgados por este
Código;
• Valer-se ou prevalecer-se de vantagens ilícitas ou de meios escusos para vencer
concorrências públicas;
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• Frustrar ou proibir que a Comissão de Ética apure administrativamente em seus
livros e assentamentos gerais os fatos que são imputados ou referidos em processo
regular de apuramento de conduta ética;
• Deteriorar e denegrir a imagem ou fazer referências inverídicas ou tendenciosas
sobre a categoria económica e a respeito da Associação de classe, seus organismos
internos e seus dirigentes, não se utilizando dos meios e processos que lhe são
conferidos pelos Estatutos Sociais e mantendo dentro do âmbito associativo as
eventuais dissidências internas.
Art.13º
Toda associada, uma vez solicitada por outra, para prestar serviço em determinado evento,
deverá empenhar-se em atender o pedido, sempre com a melhor qualidade possível e
mediante remuneração pré-convencionada.
Art.14º
É vedado a associada oferecer prestação de serviço a cliente já contratado com outra
associada, para o mesmo serviço. Parágrafo Único - Sempre que, por desinformação, uma
associada oferecer serviço a cliente já contratado com outra associada, deverá adoptar os
seguintes procedimentos, tão logo tome ciência do facto:
• Solicitar ao cliente que desconsidere sua oferta de serviços; comunicar o fato,
imediatamente, à associada
• Contratada, por escrito.
Art.15º
Toda associada, ao elaborar uma Proposta de Prestação de Serviços, deverá solicitar ao
contratante o detalhamento específico dos serviços a serem contratados, enfatizando que,
na hipótese de serem convidadas outras empresas, para a mesma licitação, todas deverão
receber idênticas informações.
Art.16º
As associadas envidarão todos os esforços para que a contratação de fornecedores de bens
e serviços necessários à realização de eventos, atenda plenamente ao nível de qualidade e
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complexidade técnica requerido, desde que compatíveis com os recursos disponíveis para
tanto.
Art.17º
Em nenhuma hipótese a associada exigirá, ou condicionará o recebimento de compensações
ou benefícios adicionais dos fornecedores para contratação dos serviços destes.
Art.18º
A associada deverá, sempre que possível, realizar licitação para a contratação de
fornecedores, sugerindo, sempre, a contratação, pelo cliente, daqueles que, na média,
ofereçam garantia no cumprimento dos contratos de fornecimento, qualidade dos serviços
prestados, custos e preços adequados às disponibilidades do cliente e do evento.
Art.19º
A associada deverá manter, com os órgãos governamentais, atitude de colaboração e
cumprimento de suas obrigações fiscais, trabalhistas, previdenciais e legais.
Art.20º
Com a sociedade em geral, a associada deverá manter atitude de colaboração, sem prestar o
concurso de sua especialidade profissional em actividades que contribuam para a
degradação social ou ambiental.
Art.21º
A associada poderá ser eximida de responsabilidade pela prática dos atos que lhe forem
imputados, desde que, a critério da Comissão de Ética, demonstre que:
• Agiu com absoluta boa-fé;
• Agiu em cumprimento a dever legal;
• Agiu em cumprimento a determinação judicial;
• Agiu mediante induzimento em erro ou uso de instrumentos falsos, ou ainda
mediante coação irresistível efectivada pela outra parte contratante ou denunciante;
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• Quando tiver, antecipada e espontaneamente, reparado o dano causado, sendo
cabível, pelos meios e formas usuais ou legais.
Art.22º
Às infractoras das normas estabelecidas neste Código serão aplicadas, alternada ou
cumulativamente, pelo Conselho Director da ABEOC, ouvida a Comissão de Ética, as
seguintes penas:
• Carta de advertência;
• Suspensão temporária do quadro associativo, por período não superior a 180 (cento
e oitenta) dias;
• Expulsão do quadro associativo;
• Denúncia ao Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR, ou outro organismo que
venha a sucedê-lo nas funções que lhe são inerentes.
• Denúncia pública.
Art.23º
Para a perfeita apuração dos fatos e documentos que indiquem infracções às normas supra
em processo regularmente instaurado, as associadas, indistintamente, desde logo autorizam
a ABEOC, por sua Comissão de Ética, a proceder aos levantamentos internos que julgar
necessários, valendo-se, se necessário for, de técnicos ou de auditorias externas.
Art.24º
A negativa ou oposição no cumprimento à autorização referida no artigo anterior, importará
em confissão dos fatos imputados e agravamento das sanções a serem impostas, não
significando esta disposição como renúncia de lançar mão dos meios legais apropriados à
obtenção dos resultados visados.
Art.25º
Na aplicação, cumulação e graduação das penas previstas neste CAPÍTULO, serão
observados:
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A reincidência, assim considerado o cometimento pela mesma infractora, de infracção
da mesma natureza, consoante capitulação deste Código;
A habitualidade, não sendo admitida prova em contrário, caracterizada pela associada
que:
Deixar de cumprir com ressarcimento espontâneo dos danos que tiver provocado,
segundo as normas previstas neste Código ou na lei, por mais de uma vez;
Empregar, no ato imputado como infractora, de meios ardilosos ou ilegais, ou
exercitar coação sobre as partes envolvidas.
Art.26º
Para zelar pela aplicação deste Código de Ética e para dirimir quaisquer questões que
envolva associadas, poderá ser instituída Comissão de Ética, dentre as componentes do
quadro associativo da ABEOC, instituída pelo Conselho Director, composta por 5(cinco)
membros titulares e 3(três) suplentes, respectivamente primeiro, segundo e terceiro
suplentes, os quais, se necessário, deverão ser convocados nesta ordem e cuja duração se
estenderá até o julgamento da denúncia, extinguindo-se, então, automaticamente.
Art.27º
Considerar-se-á impedido de participar da Comissão de Ética, associadas que, directa ou
indirectamente, tenham interesse na reclamação em apreciação.
Art.28º
O Presidente da Comissão de Ética designará as datas de reuniões, bem como será
responsável por:
• Registo do processo que lhe for encaminhado, por ofício, pelo Conselho Director;
• Expedição e controle de recebimento das notificações às partes, especialmente
aquelas que importem em diligências;
• Fixação das datas de reuniões e de julgamento;
• Organização das pautas;
• Convocação dos membros para as reuniões;
• Elaboração das atas das reuniões, inclusive a de julgamento;
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• Envio, através de ofício, ao Conselho Director, da deliberação final da Comissão de
Ética, com as recomendações das penalidades aplicáveis, se for o caso.
Art.29º
Ao julgar, compete à Comissão de Ética:
• Assegurar às partes igualdade de tratamento;
• Assegurar aos representados o direito de ampla defesa;
• Solucionar os litígios nos prazos e pelos modos especificados neste Código de Ética,
não se eximindo de decidir as questões que lhe forem apresentadas;
• Fundamentar todas as decisões;
• Preservar o absoluto sigilo das questões e documentos que lhe forem submetidos
nos feitos em andamento.
Art.30º
A Comissão de Ética terá o prazo máximo de 180 dias para o julgamento e encaminhamento
do resultado ao Conselho Director, contado a partir de sua constituição.
Art.31º
A Comissão de Ética, para cada uma das suas reuniões, lavrará a competente ata, que fará
parte integrante do processo.
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Bibliografia
Webgrafia
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IAPCO - International Association of Professional Congress Organizers
http://www.iapco.org
ICCA – International Congress and Convention Association
http://www.iccaworld.com/
Norma Nacional para o Organizador de Eventos
http://200.150.149.245/hospitalidade/Downloads/Normas_pdf/Norma%20IH
%2029%20Organizador%20de%20Eventos.pdf
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