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Extensão 7.1
Extensão 7.1
Profissional
Polímeros
e materiais
poliméricos
2
1 Os plásticos e os estilos de vida das sociedades atuais
Aquecimento Transporte
31% 29%
4%
Plásticos 7% 22%
7%
Petroquímica Energia
Vários
3
DT_U3.1_01 _JP12
31 jan 2017
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
4
1 Os plásticos e os estilos de vida das sociedades atuais
5
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
Fig. 7 Os plásticos têm um papel muito importante na sociedade atual mas também
têm impactos significativos no ambiente.
6
1 Os plásticos e os estilos de vida das sociedades atuais
A reciclagem
A maioria dos plásticos não são biodegradáveis, isto é, não são destruí
dos por bactérias. No entanto, alguns são fotodegradáveis, decompondo-
-se quando são expostos à luz. Como nos aterros há falta de luz e oxigénio
os plásticos não se decompõem, pelo que os aterros não se adequam a
este tipo de resíduos.
Quando devidamente recolhidos, separados e processados, os plásti
cos podem ser tratados de acordo com a sua especificidade, resultando
daí ganhos ambientais, económicos e sociais.
Se a matéria-prima que se vai reciclar estiver limpa e for pura, obtém-se
uma matéria plástica com a mesma qualidade do produto inicial.
Se a separação dos lixos plásticos for grosseira obtêm-se misturas de
matérias plásticas que se utilizam para fabricar estacas para vinhas, pai-
néis, móveis de jardim, etc.
As principais vantagens da reciclagem dos plásticos são a poupança
de matérias-primas não renováveis e a diminuição de resíduos urbanos.
A reciclagem de materiais plásticos já utilizados depende, essencial
mente, da quantidade e qualidade dos resíduos. É da responsabilidade de
todos nós a separação adequada dos materiais, para que estes possam
ter uma segunda vida: cabe a cada um de nós fazer com que o ciclo de
vida dos plásticos não termine nas lixeiras e nos aterros sanitários.
Fig. 8 Contentor de recolha de
Para que a reciclagem dos lixos plásticos seja eficaz, é necessário que materiais plásticos (e não só) para
estes sejam recolhidos e colocados em contentores adequados (Fig. 8). reciclagem.
Matéria-prima
(petróleo, etc.)
Reciclagem
7
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
1. Plásticos biodegradáveis: 2. Faça uma pesquisa sobre um dos tópicos seguintes. Elabore um tex-
plásticos que são destruídos por to sobre o tópico selecionado.
bactérias. A sua decomposição • A utilização do plástico na indústria automóvel.
ocorre através de um processo
biotecnológico, quando • A atuação da sua autarquia em relação à reciclagem dos plásticos
submetidos a determinadas quanto à contribuição dos cidadãos e tipos de atuação adequados.
condições de temperatura e • A indústria dos plásticos em Portugal, referindo as principais fábri-
humidade. Transformam-se
cas desta indústria e a(s) zona(s) do país onde se localizam.
pela ação de microrganismos
e podem ser convertidos em
dióxido de carbono, CO2, e água,
H2O.
Plásticos fotodegradáveis:
plásticos que se decompõem
quando são expostos à luz
solar. Apresentam a mesma
composição química dos
plásticos tradicionais, não são
biodegradáveis. É necessário
adicionar aditivos para que
se fragmentem em pedaços
menores e, por isso, a sua
decomposição faz-se através de
processos químicos.
2. Sem correção.
8
2 Os plásticos e os
materiais poliméricos
2.1 O que são polímeros.
Polímeros naturais, artificiais e sintéticos
Pellets plásticos tingidos com diferentes cores podem ser usados na produção de objetos.
Polímeros
Exemplos: Exemplos:
Exemplos:
borracha vulcanizada polietileno, PVC
borracha, algodão e lã
e nitrocelulose e nylon
9
Extensão 7.1
7 Polímeros
Polímeroseemateriais
materiaispoliméricos
poliméricos
10
2 Os plásticos e os materiais poliméricos
( )
H H H H
n C C C C
Monómero: dt_U3.1_07
H H
2.a prova
15 nov 2016
C C
Paulo Amorim
H H
Eteno (ou etileno)
NOVO _ Jogo de Partículas 12 (Manual)
EE.2017.0013.01.01
Unidade repetitiva:
H H
dt_U3.1_02
2.a
C prova
C
15 nov 2016
Paulo
H Amorim
H
dt_U3.1_04
1.a prova
26 outub 2016
Paulo Amorim
Difíceis de deformar.
Fibras
Exemplo: nylon
O polietileno (PE) e o policloreto Os polímeros também se podem classificar segundo o seu comporta
de vinilo (PVC) são exemplos de
termoplásticos. mento quando sujeitos a aquecimento: há polímeros termoplásticos e ter
mof ixos (ou termoendurecíveis).
A maior parte dos termoplásticos são moldáveis de forma reversível
por ação do calor. São constituídos por cadeias muito longas de átomos de
carbono ligados covalentemente, podendo conter na cadeia principal áto-
mos de nitrogénio, oxigénio ou enxofre. Pode haver também átomos ou
grupos de átomos ligados covalentemente aos átomos da cadeia principal.
As cadeias moleculares longas dos termoplásticos estão ligadas umas
às outras por forças de Van der Waals e por ligações de hidrogénio (liga
ções fracas). Durante a enformação, estas ligações fracas são destruídas
Fig. 10 Plástico em reciclagem. por aquecimento e o plástico passa ao estado fundido.
O estado sólido é restabelecido por arrefecimento. Como não há que-
Os poliuretanos, a baquelite bra de ligações covalentes, mas apenas de ligações fracas entre as
e as resinas fenólicas, são exemplos
de plásticos termofixos cadeias, este processo de enformação pode ser repetido várias vezes, o
ou termoendurecíveis. que torna estes materiais recicláveis (Fig. 10).
A formação de ligações covalentes Os termofixos ou termoendurecíveis são amorfos, não fundem, sendo
entre as cadeias nos polímeros moldáveis de forma irreversível por ação do calor. Durante a enformação
termofixos (termoendurecíveis)
também é conhecida pelo nome formam-se ligações covalentes entre as cadeias, obtendo-se uma estru-
de cura. tura reticulada difícil de quebrar (Fig. 11). Estes plásticos são rígidos e
quando aquecidos acima de determinada temperatura decompõem-se,
ou carbonizam-se. Por esta razão, não são recicláveis.
Em síntese:
Termoplásticos Recicláveis Exemplo: polietileno
12
2 Os plásticos e os materiais poliméricos
Embalagens, tubos,
PE Grades de garrafas,
Alta densidade 2 frascos, sacos
vasos para plantas,
sacos
1.a prova
26 de
NOVO _ Jogo outub 2016 12 (Manual)
Partículas
13
Paulo Amorim
EE.2017.0013.01.01
Através da Atividade Laboratorial n.º 1, pp. 27-31, veremos que testes físico-
-químicos podem ser aplicados tendo em vista a identificação de plásticos.
( )
4. Polietileno (PE)
H H H H
n C C Etileno (eteno) C C
4. Escreva as fórmulas de estrutura dos monómeros correspondentes
às unidades estruturais que se seguem.
H H H H n
dt_U3.1_06
1.a prova
26 outub 2016
Paulo Amorim
14
Polímeros sintéticos
3 e a indústria dos
polímeros
3.1 Como se preparam os polímeros
sintéticos: monómeros e reações
de polimerização
Molécula de nylon-6.
( )
A polimerização é o processo pelo qual os monómeros se unem, origi- H H H H
nando polímeros.
Já foi referida a obtenção do polietileno, que se dá a partir do eteno n C C C C
(etileno), C2H4, H H
H H H H n
Eteno Polietileno
sendo a unidade repetitiva: C C
H H H H
H H
Exemplos de unidades estruturais de alguns polímeros:
NOVO _ Jogo de Partículas 12 (Manual)
Polímero Polietileno (PE) Polipropileno (PP) PoliestirenoEE.2017.0013.01.01
(PS) Policloreto de vinilo (PVC)
CH2 CH dt_U3.1_02 CH CH
Unidade CH2 CH 2
CH2 CH2
estrutural n 2.a prova
CH3 15 nnov 2016 C
n n
Paulo Amorim
Homopolímeros e copolímeros
Chama-se grau de polimerização ao número de vezes que a unidade
estrutural, ou motivo, se repete na cadeia.
O grau de polimerização do polietileno, dependendo das condições
experimentais em que a polimerização é realizada, pode variar, aproxima
damente, entre 3500 e 25 000, correspondendo a massas molares médias
entre 100 000 e 700 000 g mol−1. A massa molar de um polímero é sempre
um valor médio, uma vez que não se consegue que todas as moléculas do
polímero tenham exatamente o mesmo tamanho.
Os materiais poliméricos formados por cadeias que possuam um único
tipo de unidade estrutural chamam-se homopolímeros.
Se, por exemplo, A for uma unidade estrutural, a cadeia de um homo
polímero será:
…AAAAAAAAA…
Quando os materiais poliméricos são constituídos por duas ou mais
unidades estruturais quimicamente diferentes, chamam-se copolímeros.
Considerando B um segundo tipo de unidade estrutural, estas podem
aparecer na cadeia de um modo aleatório, alternado ou formando blocos,
dando origem a quatro tipos de copolímeros:
• copolímero aleatório: … A B B A B B B A B A B …
• copolímero alternado: … A B A B A B A B A B …
• copolímero de blocos: … A A A B B B A A A …
• copolímero de inserção (ou enxertado): A A A A A A A
B B
B B
B B
Existem outros fatores que influenciam as propriedades dos polímeros,
como o tamanho das cadeias e a existência de ramificações. Por exemplo:
a temperatura de fusão é tanto mais elevada quanto maior o tamanho da
cadeia.
As cadeias lineares sem ramificações podem “empacotar-se” melhor
do que as cadeias ramificadas (Fig. 12).
A B
Fig. 12 Cadeias lineares mais uniformes (A) podem “empacotar-se” melhor, produzindo
um sólido mais denso do que as que apresentam ramificações (B).
16
3 Polímeros sintéticos e a indústria dos polímeros
Exercícios resolvidos
Resolução
( )
1.1 O polipropileno resulta de uma polimerização por adição de n molécu-
nlasCH
de propeno.
CH CH2 CH
( )
2
n CH2 CH
CH CH2 CH
CH
3 3 n
CH3 CH3 n
CH2 CH
CH
3
17
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
Exercícios resolvidos
CH2 CH
2. O poliacrilonitrilo (PAN) tem a seguinte fórmula: CH2 CH
CN n CN n
Resolução
H H H H
2.1
C C C C
H CN H CN
2.2 Monómero = C3H3N
M(monómero) = 53 g mol–1
n = 2000
M(polímero) = n × M(monómero) = 2000 × 53 = 1,06 × 105 g mol–1 = 1,06 × 102 kg mol–1
18
3 Polímeros sintéticos e a indústria dos polímeros
C C ou C C
H H H H
C C C C
H H H H
NOVO _ Jogo de Partículas 12 (Manual)
A reação de polimerização por adição do etileno pode representar-se
EE.2017.0013.01.01
da seguinte forma:
dt_U3.2_01
1.a prova
H H H H H H H H H H H H
26 outub 2016
Paulo Amorim
C C C C C C ... ... C C C C C C ...
H H H H H H H H H H H H
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NOVO _ Jogo de Partículas 12 (Manual)
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
( )
Generalizando, tem-se:
H H H H
n C C C C
H H H H n
R O O R R O + R • O•
Etileno Polietileno
(monómero) (polímero)
eletrão livre
Numa reação de polimerização por adição podemos considerar três
etapas: iniciação, propagação e finalização.
R O O R R O• + R O•
Na etapa de iniciação intervém um iniciador, uma espécie química rea-
tiva que vai provocar a quebra de ligações na membrana.
eletrão livre Se o iniciador for
um peróxido, a ligação
NOVO _ Jogo oxigénio-oxigénio
de Partículas 12 (Manual) pode decompor-se, dando ori-
EE.2017.0013.01.01
gem a dois radicais livres. Representando o peróxido por R – O – O – R,
em que R é um radical orgânico, tem-se:
dt_U3.1_02
R O O
2.a prova R R O• + R O•
H H 15 nov 2016 H H
Paulo Amorim eletrão livre
R O• + C C R O C C•
tuv Um dos radicais livres pode reagir com uma molécula de etileno e for-
radical livre
mar um novo
H radical
H livre, de cadeiaH maisH longa:
tuv twuwv
etileno H
radical H
livre H H
R O + • C C R O C C•
tuv
radical livre
H H H H
tuv twuwv
etileno radical livre
20
3 Polímeros sintéticos e a indústria dos polímeros
– Sacos de plástico
– Grades de garrafas
CH2 CH2 – Frascos (de champô, de gel de
Polietileno (PE)
n banho, etc.)
– Bidões e contentores de lixo
– Tubos
– Caixas de armazenamento de
CH2 CH alimentos
– Cadeiras
Polipropileno (PP)
– Embalagens
CH3 – Tubos
n
– Caixas de DVD
– Tubagens de drenagem
CH2 CH – Tapetes e cortinas de casa de
PolicloretoNOVO _ Jogo de Partículas 12 (Manual)
banho
de vinilo (PVC) EE.2017.0013.01.01
C – Garrafas de óleo
n
dt_U3.1_05 – Perfis para janelas
dt_U3.1_06
1.a prova
Polimerização por condensação
26 outub 2016 ou por passos sucessivos
Paulo Amorim
Uma reação de condensação consiste na união de duas moléculas
grandes comNOVO _ Jogo dede
a eliminação Partículas 12 (Manual)pequena, normalmente uma
uma molécula
EE.2017.0013.01.01
molécula de H2O ou de HC.
dt_U3.1_08
A – OH + H – B → A – B + H2O
NOVO _ Jogo 1.a
de prova
Partículas 12 (Manual)
EE.2017.0013.01.01
Na polimerização por
26condensação
outub 2016 tem lugar uma reação de conden
Paulo Amorim
sação, normalmente entre dois monómeros diferentes:
dt_U3.2_08
H – X – H + HO – Y – OH + H 2.a – H + HO – Y – OH → H – X – Y – X – Y – OH + 3 H2O
– X prova
15 nov 2016
São exemplos de polímeros de condensação a celulose, as proteínas
Paulo Amorim
e o DNA – polímeros naturais –, os poliésteres e as poliamidas – políme-
ros sintéticos. Na polimerização por condensação a cadeia desenvolve-se
não por adições unitárias, mas por blocos. Isto é possível porque os monó
meros são bifuncionais e, reagindo entre si, dão origem a dímeros, tríme
ros, etc. que também podem reagir uns com os outros.
21
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
22
3 Polímeros sintéticos e a indústria dos polímeros
O O O O
Unidade estrutural
Na polimerização do nylon verifica-se que, se o crescimento for reali- Os nylons são resistentes e rígidos,
zado em passos sucessivos, as cadeias que se vão formando podem rea- tendo começado por substituir a seda
gir umas com as outras, originando cadeias mais longas. na confeção de alcatifas e cordões.
23
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
( )
tuídos por um copolímero de ace
Monómero A Monómero B
tato de vinilo e cloreto de vinilo.
( )
Escreva a equação química que H2C CH CH CH2 CH CH2
H H
traduz a reação deste processo. O O C
n + n C C
C O C O
C H
CH3 CH3 n
( )
rização do polietileno.
Monómero A Monómero B
4.2 Selecione a opção que cor
( )
responde ao grau de poli- H2C CH CH CH2 CH CH2
merização deste polímero. H H
O O C
(A) 1,1 × 10 n + n C C
C O C O
C H
(B) 2,2 × 10 CH3 CH3 n
dt_U3.2_19
3 Polímeros sintéticos e a indústria dos polímeros
II. Carbowax
O CH2 CH2
III. Dacron
O C C O CH2 CH2
O O
NOVO _ Jogo de Partículas 12 (Manual)
NOVO _ Jogo de Partículas 12 (Manual)
EE.2017.0013.01.01
EE.2017.0013.01.01
7. A polimerizaçãodt_U3.3_03
de derivados do etileno dá origem a compostos cujas estruturas
dt_U3.3_04
contêm a longa cadeia do polietileno, com substituintes a ela ligados, mais ou
1.a prova_emendad
menos regularmente, ao longo da cadeia. Um desses derivados é o policloreto
1.a prova_emendad
de vinilo, PVC,26 umoutub
26
2016
polímero
outub 2016 termoplástico utilizado em tubos de plástico, brin
Paulo Amorim
quedos, etc. A unidade estrutural do PVC pode ser representada por:
Paulo Amorim
CH2 CH
25
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
H HC C C
8.2 Opção (C) n
CH CH2
8.3 1,50 × 103
C 8.1 Escreva a fórmula da unidade estrutural deste polímero.
9.1 Policloreto de vinilo 8.2 Selecione a opção que completa corretamente a frase seguinte. O policloreto
9.2 CH CH CH2CH2
de vinilo é…
C C
(A) um homopolímero de condensação.
9.3 CH CH2
(B) um copolímero de adição.
C
ou CHC CH2 (C) um homopolímero de adição.
Por exemplo,
CH CH CH2CH2tapetes e (D) um copolímero de condensação.
cortinas de casa de banho.
C C 8.3 Determine o grau de polimerização (arredondado por defeito) de um policlo-
ou CHC
ou CHC CH2CH2
10. Opção (D) reto de vinilo cuja massa molar média é 9,375 × 104 g mol−1.
26
1 ATIVIDADE LABORATORIAL
Identificação de plásticos através de testes físico-químicos
Flutua em água;
PEAD
Não flutua em álcool isopropílico.
Não flutua em água;
PVC
A chama é verde.
Flutua em água;
PEBD A chama é azul;
Flutua em álcool isopropílico.
Flutua em água;
PP A chama é amarela;
Flutua em álcool isopropílico. O diagrama mostra uma sequência
Não flutua em água; de ensaios químicos, também chamada
PS A chama é amarela; “marcha de análise”, que permite iden
Dissolve-se e dilata em acetona.
tif icar diferentes tipos de plásticos.
Marcha de análise
AMOSTRA DE PLÁSTICO
faz-se o
27
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
Procedimento experimental
1. Entregar a cada um dos grupos uma amostra do mesmo tipo de polímero de compo- Material: Balança
analítica; bico de Bunsen
sição conhecida e seguir o procedimento indicado na marcha de análise. ou lamparina; 3 copos de
2. Registar o que observa. precipitação de 250 mL;
pinça; pipeta; pompete;
3. R
epetir o procedimento indicado na marcha de análise, agora para analisar uma 2 pares de luvas de
amostra de plástico de composição desconhecida. borracha; vareta de
vidro; vidro de relógio.
Para realizar os diferentes testes deve proceder-se do seguinte modo:
Reagentes: Diferentes
tipos de plástico
Teste de densidade em água devidamente
Num copo de 250 mL, colocar cerca de 175 mL de água à identificados; amostra de
temperatura ambiente. Introduzir a amostra e agitar com uma plástico não identificado;
vareta para retirar as bolhas de ar aderentes. Deixar repousar álcool isopropílico
e observar se o plástico flutua ou mergulha. a 70% V/V*; acetona;
água desionizada; fio
de cromoníquel.
* Substância corrosiva
Teste da chama
Colocar um fio de cromoníquel na chama de um bico de Bun-
sen (lamparina) até ficar ao rubro. Cuidadosamente, tocar
com o fio na amostra de plástico. Levar o fio novamente à
chama e observar se a cor da chama fica verde ou amarela.
Teste de densidade em álcool isopropílico
Num copo de 250 mL, colocar 64 g de ácido isopropílico
(70% V/V) e adicionar água até perfazer 100 g de solução.
Teste de acetona Introduzir a amostra e agitar com uma vareta para retirar as
Colocar, num copo de 250 mL, 30 cm3 de acetona; tapar o bolhas de ar aderentes. Deixar repousar e observar se o plás-
copo com um vidro de relógio e mantê-lo afastado de cha- tico flutua ou mergulha.
mas. Introduzir a amostra de plástico na acetona e aguardar
cerca de 5 segundos. Comprimir a amostra e verificar se fica
dilatada / amolecida.
Teste de combustão
Preparar uma amostra em forma de anel (com um orifício no
centro). Segurar a amostra com uma pinça e aquecê-la na
chama de um bico de Bunsen até começar a arder. Retirar a
Teste do aquecimento amostra e observar a cor que a chama tem até arder por com-
Num copo de 250 mL, colocar cerca de 125 mL de água e pleto (azul ou amarela).
aquecer até à ebulição. Com o auxílio de uma pinça, mergulhar
a amostra de plástico na água e observar se amolece ou não.
28
Elaboração de relatório
Nesta atividade verificou-se a funcionalidade da marcha de análise, executando ensaios físico-
-químicos, tendo em conta o tipo de plástico a analisar e o símbolo respetivo e identificando uma
amostra de plástico desconhecido. Com base nas observações feitas no decurso da atividade, os
alunos poderão responder à seguinte questão:
• Como se pode identificar um plástico no laboratório?
Teste de densidade
Tipos de Teste de Teste de Teste de
Ensaios Em álcool
plástico Em água aquecimento combustão acetona
isopropílico
PET (1)
PEAD (2)
PVC (3)
1.a Parte
PEBD (4)
PP (5)
PS (6)
Plástico
2.a Parte não
identificado
29
Extensão 7.1 Polímeros e materiais poliméricos
Questões teórico-práticas
1. Com o objetivo de identificar quatro amostras de plásticos, rotuladas X, Y, W e Z, num conjunto
que se sabe incluir polietileno de alta densidade (PEAD), poliestireno (PS), politereftalato de
etileno (PET) e polipropileno (PP), foi fornecido a um grupo de alunos a seguinte marcha para a
identificação das referidas amostras.
AMOSTRA DE PLÁSTICO
Flutua em água
não sim
PET PS PEAD PP
No gráfico estão registados valores experimentais de massa volúmica, ρ, de misturas etanol / água
em função da respetiva percentagem, em massa, de água na mistura, %m/m, a 25 ºC.
Teste de flutuação
Amostra Numa mistura de massas Teste de acetona
Em água 0,95
iguais de etanol e de água
X Não Não Não dilata 0,90
Y Não Não Dilata / dissolve
0,85
W Sim Não
Z Sim Sim 0,80
0,75
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
1.1
Selecione, de entre as alternativas indicadas, a que completa Percentagem, em massa, de água na mistura
corretamente a frase seguinte.
Face aos resultados experimentais, pode concluir-se que as
amostras X, Y, W e Z são, respetivamente, …
(A) PP, PS, PET e PEAD.
(B) PET, PS, PEAD e PP.
(C) PS, PET, PP e PEAD.
(D) PET, PP, PS e PEAD.
30
1.2 Com base nas informações da marcha e/ou do gráfico esclareça, através de um texto, se é
possível substituir o teste de dissolução em acetona, utilizado para identificar o PET e o PS,
por um teste de flutuação numa qualquer mistura de etanol / água.
B C
B C B C
A
2.1
Das seguintes conclusões identifica as que se referem à experiência.
(A) A é um polímero de alta densidade.
(B) Os materiais B e C são mais densos que a água.
(C) O material B é esferovite.
(D) A acetona dissolve o material B.
(E) A é poliestireno, que pertence à família dos acrílicos.
31