Você está na página 1de 19

Ensino

Profissional

QUÍMICA EXTENSÃO 2
Coloides e suspensões
Maria da Conceição Dantas
Maria Teresa Fontinha
Marta Duarte Ramalho
Revisão científica: João Sotomayor
1 Coloides
1.1 C
 lassificação das dispersões
coloidais ou coloides
· Dispersões coloidais ou coloides
· Características das dispersões coloidais
· Alguns tipos de soluções coloidais

A manteiga é um exemplo de um coloide utilizado no nosso dia a dia.

Dispersões coloidais ou coloides


As dispersões coloidais, soluções coloidais ou, simplesmente, coloi­
des, são misturas de duas ou mais substâncias que, embora à vista desar­
mada pareçam conter uma única fase, quando observadas por processos
específicos de análise mostram ser constituídas por mais do que uma fase.
Por essa razão, as dispersões coloidais são muitas vezes confundidas com
soluções.
Um coloide faz a transição entre as misturas heterogéneas e as soluções
(misturas homogéneas).
A maior parte das dispersões coloidais consiste numa mistura de duas
fases não miscíveis, em que a fase que se encontra em menor quantidade,
a fase dispersa, está em suspensão no seio da fase dispersante ou con­
tí­nua. As partículas dispersas são maiores do que as moléculas, mas não
têm massa suficiente para se depositarem por ação da força da gravidade.

2
1 Coloides

As partículas que constituem a fase dispersa apresentam as seguintes


características:
• dimensão média entre 1 nm (1 × 10–9 m) e 1 μm (1000 nm) (1 × 10–6 m);
• não sedimentam por ação da gravidade, nem podem ser filtradas por
filtração comum: só sedimentam através de ultracentrifugação ou
de floculação;
• são observáveis com microscópio ótico e/ou eletrónico.
As dispersões coloidais são muito estáveis. Há solutos que formam so­lu­
ções com determinados solventes mas que podem formar coloides quan­do
se dispersam noutros solventes.

Características das dispersões coloidais


Numa dispersão coloidal há que ter em conta:
• as dimensões das partículas;
• a forma dessas partículas;
• as interações partícula-partícula;
• as interações partícula-solvente.
Fase dispersante
Os coloides podem ser classificados em função:
• do estado físico da fase dispersa e da fase dispersante;
• da interação entre a fase dispersa e a fase dispersante;
• da natureza das partículas da fase dispersa.

Fase dispersa
Alguns tipos de soluções coloidais Fig. 1 Esquema de um sol.
Os coloides podem ser classificados com base nos estados físicos da
fase dispersa e da fase dispersante ou contínua.
I. Sóis: líquidos e sólidos Fase dispersa
Sol é uma dispersão coloidal em que a fase dispersa se encontra no
estado sólido. A fase dispersante pode encontrar-se ou no estado líquido
(sol líquido) ou no estado sólido (sol sólido). Fase dispersante

A uma dispersão coloidal ou coloide em que a fase dispersante é sólida Fig. 2 Esquema de uma emulsão.
e a fase dispersa é líquida dá-se o nome de gel.
II. Emulsões: sólidas e líquidas
Fase dispersa
Emulsão é uma dispersão coloidal em que a fase dispersa se encontra
Fase dispersante
no estado líquido. A fase dispersante pode encontrar-se no estado líquido
(emulsão líquida) ou no estado sólido (emulsão sólida).
III. Espumas: sólidas e líquidas Fig. 3 Esquema de uma espuma líquida.
Espuma é uma dispersão coloidal em que a fase dispersa se encontra
no estado gasoso. A fase dispersante pode encontrar-se no estado líquido
(espuma líquida) ou no estado sólido (espuma sólida).
IV. Aerossóis: sólidos e líquidos Fase dispersa
Aerossol é uma dispersão coloidal em que a fase dispersante se en­
Fase dispersante
contra no estado gasoso. A fase dispersa pode encontrar-se ou no estado
sólido (aerossol sólido) ou no estado líquido (aerossol líquido). Fig. 4 Esquema de um aerossol.

3
Extensão 2 Coloides e suspensões

No quadro seguinte sistematiza-se a classificação das dispersões coloi-


dais em função dos estados físicos da fase dispersa e da fase dispersante.

Tab. 1 Tipos de dispersões coloidais.


Tipo de Fase Fase
Exemplos
coloide dispersa dispersante

Algumas pedras
preciosas, como
I. Sol sólido Sólido Sólido
o rubi, e algumas ligas
metálicas

Tintas, geleias, mistura


I. Sol líquido Sólido Líquido
de amido com água.

II. Emulsão Queijo, manteiga,


Líquido Sólido
sólida gelatina.

II. Emulsão
Líquido Líquido Leite, maionese.
líquida

III. Espuma Miolo de pão,


Gasoso Sólido
sólida pedra-pomes.

Claras em castelo,
III. Espuma
Gasoso Líquido espuma da cerveja,
líquida
espuma de barbear.

IV. Aerossol
Sólido Gasoso Fumos, poeiras.
sólido

IV. Aerossol Nevoeiro, nuvens,


Líquido Gasoso
líquido neblina, spray.

4
Classificação das dispersões coloidais em função da
interação entre a fase dispersa e a fase dispersante
Considerando a interação entre as partículas da fase dispersa e o sol­
vente, os coloides podem classificar-se como:
• coloides liófilos;
• coloides liófobos.

Coloides liófilos são coloides em que existe uma forte atração entre a Coloides liófilos, liofílicos ou
fase dispersa e a fase dispersante. Este tipo de coloides tem tendência reversíveis.
O termo liófilo provém de uma palavra
para permanecer nas soluções, a que se dá o nome de soluções liofílicas. grega e resulta da junção de lyo, que
Em geral, os coloides liófilos: significa dissolver, com phylo, que
• são fáceis de preparar; significa amigo, gostar de.

• são muito estáveis;


• reconstituem-se com facilidade no caso de o sistema coloidal se
romper;
• dispersam as suas partículas por adição de um solvente adequado;
• não são afetados pela concentração da dispersão;
• são reversíveis
Quando o solvente é a água, estes coloides dizem-se hidrófilos.
Nos coloides hidrófilos há uma forte atração entre a fase dispersa e a
fase dispersante – a água. Muitos coloides deste tipo são macromoléculas
(moléculas de grandes dimensões), dispersas em água. Ao processo pelo
qual estas moléculas ficam rodeadas por moléculas de água dá-se o nome
de solvatação.
Como exemplo de coloides hidrófilos temos as soluções de proteína,
como as de gelatina em água. As moléculas de gelatina são atraídas pelas
moléculas de água da fase dispersante graças às forças de London e a
ligações de hidrogénio.

Coloides liófobos são coloides em que as partículas dispersas têm Coloides liófobos, liofóbicos ou
fraca afinidade com o meio dispersante. Em geral, os coloides liófobos: irreversíveis
O termo liófobo provém de uma
• não têm tendência para se misturarem com o solvente; palavra grega e resulta da junção
• não se formam espontaneamente; de lyo, dissolver, com phobos, ter

• contêm partículas que se mantêm unidas graças às forças atrativas


medo de.

que se estabelecem entre si;


• têm dificuldade em dispersar as suas partículas, exigindo uma grande
agitação mecânica;
• são afetados, apenas, por pequenas variações na concentração;
• são irreversíveis.
Quando o solvente é a água estes coloides dizem-se hidrófobos.
Nos coloides hidrófobos não existe atração entre a fase dispersa e a
fase dispersante – a água. Estes coloides são essencialmente instáveis.

5
Classificação das dispersões coloidais em função da natureza
das partículas da fase dispersa
Considerando a natureza das partículas da fase dispersa, os coloides
podem classificar-se como:

coloides moleculares – coloides em que as partículas da fase dis­
per­sa são macromoléculas, isto é, cadeias orgânicas de polímeros
de elevada massa molar, M. São exemplos de coloides moleculares
Zona hidrófila – o colagénio, o amido em água e a gelatina;

Zona hidrófoba

coloides iónicos – as partículas da fase dispersante são macro­mo­lé­
cu­las nas quais existem, em determinadas posições, cargas elétricas;

O

coloides micelares – coloides que se formam pela associação
––––– H espon­­tânea entre átomos ou moléculas na presença de um dis­per­
H sante. Desta associação resultam partículas denominadas micelas.
––––

––
––––

H
O Uma micela é uma estrutura em forma de glóbulo, formada por um agre­
––

–– H gado de moléculas anfílicas, ou seja, moléculas que apresentam caracte­


––––
rísticas hidrofílicas (solúvel em água) e características hidrofóbicas (insolú­
Micela
vel em água mas solúvel em gorduras e solventes orgânicos).
Fig. 5 Representação esquemática de As extremidades hidrofóbicas reúnem-se no interior da micela, enquan­
uma micela. to as extremidades hidrofílicas se dispõem na superfície, em contacto com
a água (Fig. 5).
O sabão comum, em água, é um exemplo de um coloide micelar.

Exercícios para resolver


PROFESSOR
1. Selecione, de entre as opções (A) a (D), a correta.
SOLUÇÕES
(A) Nos coloides moleculares as partículas da fase dispersa são
1. Opção (B). micromoléculas de baixa massa molar.
(B) Nos coloides iónicos as partículas da fase dispersante são
macromoléculas nas quais existem, em determinadas posições,
cargas elétricas.
(C) Num coloide micelar as extremidades hidrofílicas reúnem-se no
interior da micela e as extremidades hidrofóbicas dispõem-se
na superfície, em contacto com a água.
(D) Uma micela é uma estrutura em forma de glóbulo formada por
um agregado de moléculas que apresentam características
hidro­fílicas, ou seja, insolúveis em água, mas solúveis em gordu­
ras e solventes, e características hidrofóbicas, que significa que
são solúveis em água.

6
Os coloides e as suas
2 propriedades
2.1 Propriedades dos coloides
· Movimento browniano
· Efeito Tyndall
· A importância dos coloides nos ambientes naturais
e industriais

O nevoeiro é uma dispersão coloidal, constituída por gotículas de água no ar,


e pode ser visualizado quando é atravessado por um feixe de luz.

Movimento browniano
Se uma dispersão coloidal, como a suspensão de partículas de enxofre
em água, for observada através de um microscópio com elevado campo
de visão e devidamente iluminado, observam-se pontos de luz em
movimentos desordenados.
Ao movimento desordenado das pequenas partículas da fase dispersa
Fig. 6 Esquema representativo do
presentes num líquido ou num gás, a fase dispersante, dá-se o nome de movimento browniano.
movimento browniano. Este é um movimento aleatório de partículas e é
consequência das colisões entre todas as moléculas ou átomos presentes
no fluido, mesmo que este fluido não se encontre em movimento (Fig. 6).
Este fenómeno foi observado pela primeira vez pelo botânico Robert
Brown, em 1827, quando estudava grãos de pólen imersos em água. Brown
verificou que os minúsculos grãos de pólen se deslocavam em ziguezague
e que os seus movimentos eram muito irregulares e ininterruptos. Tais
observações contribuíram para a sustentação da teoria cinética das
moléculas.
Mais tarde, Einstein provou que o movimento browniano devia ser mais
Robert Brown
intenso para partículas mais pequenas e estudou, também, outros fatores (1773-1858)
que nele intervêm, como, por exemplo, a viscosidade do líquido.

7
Extensão 2 Coloides e suspensões

Efeito Tyndall
Numa dispersão coloidal, as partículas dispersas são muito pequenas,
parecendo a olho nu uma solução. No entanto, uma dispersão coloidal
pode distinguir-se de uma solução pela capacidade que tem em difundir,
ou seja, “espalhar”, a luz.
Considere que faz incidir lateralmente um feixe de luz sobre dois copos
de precipitação, A e B. O copo de precipitação A contém uma solução,
enquanto o copo B contém uma dispersão coloidal. Quando o feixe de luz
atravessa a solução presente em A nada se observa, mas, ao atravessar a
dispersão coloidal no copo B, as partículas da fase dispersa ficam visíveis.
O trajeto da luz através da suspensão coloidal (copo B) pode ser visto
porque a luz é desviada pelas partículas coloidais. No copo A, a luz não é
desviada pelas moléculas do soluto na solução (Fig. 7).
A difusão da luz pelas partículas de uma dispersão coloidal é o efeito
A B
Tyndall.
Fig. 7 Observação do efeito Tyndall. O efeito Tyndall foi descoberto pelo físico irlandês John Tyndall. Numa
das suas experiências, observou o que ocorria quando um feixe de luz
atravessava um meio que continha partículas em suspensão.
Como exemplo do efeito Tyndall tem-se o facto dos feixes de luz dos
faróis dos automóveis serem perfeitamente visíveis em situação de ne­
voeiro (uma dispersão coloidal), mas invisíveis quando o ar (uma solução)
se encontra limpo.
O efeito Tyndall é a base do funcionamento do ultramicroscópio.

A importância dos coloides nos


John Tyndall ambientes naturais e industriais
(1820-1893)
Algumas propriedades de determinados materiais, tais como a elastici­
dade, a viscosidade, a coesão e a retenção de água, devem-se ao facto de
esses materiais serem dispersões coloidais.
A elasticidade dos materiais, devida à flexibilidade das suas cadeias, per­
mite que estes uma vez sujeitos a deformações retomem o seu estado inicial.
A viscosidade é a resistência de um fluido ao movimento e está relacionada
com as forças intermoleculares. No caso das dispersões coloidais, quanto mais
intensas as forças intermoleculares, mais viscosa se torna essa dispersão.
As forças de coesão resultam da atração entre moléculas da mesma
substância.
Devido às propriedades identificadas, as dispersões coloidais são
­extremamente importantes no ambiente devido a possuírem maior mobili­
dade nos solos e subsolos, nos aquíferos e sistemas fluviais e marítimos,
devido à dimensão das suas partículas.

Coloides nos ambientes naturais


As águas naturais contêm materiais dispersos, muitos deles de dimen­
são coloidal e que são provenientes de matéria orgânica e de células, quer
animais quer vegetais.

8
2 Os coloides e as suas propriedades

A constituição das águas naturais é função de elementos que podem


estar dissolvidos ou em suspensão. As partículas coloidais provenientes do
solo e que são mais ativas, podem ser de natureza orgânica ou inor­gâ­ni­ca.
As partículas orgânicas encontram-se na forma de ácidos húmicos, en­
quanto as partículas inorgânicas encontram-se sob a forma de minerais
argi­losos.
As reações químicas entre a água e o solo e as rochas que atravessam
constituem, muitas vezes, equilíbrios químicos.
O primeiro equilíbrio químico é o que ocorre entre o dióxido de carbo­
no, CO2 (g), e a água, H2O ().

CO2 (g) + H2O () — H2CO3 (aq)

O ácido carbónico, H2CO3 (aq), reage com o carbonato de cálcio, CaCO3 (s),
existente no solo, de acordo com a equação química seguinte:

CaCO3 (s) + H2O () — Ca2+ (aq) + HCO3– (aq) + OH– (aq)
HCO3– (aq) + H2O () — CO32– (aq) + H3O+ (aq)

O par ácido-base HCO3–/ CO32– vai ajustar o pH das águas naturais.


Quando um rio (água doce) chega perto do oceano, que contém eleva­
da concentração em iões e, por isso, é uma solução condutora da eletrici­
dade (solução eletrolítica), as partículas coloidais que a água do rio contém
coagulam, formando maior quantidade de depósito sedimentado e contri­
buindo para a formação de deltas.
As águas, antes ou depois da sua utilização (águas residuais), podem
apresentar características alteradas e uma quantidade considerável de po­
luentes.
Para que a água possa ser utilizada em segurança, há que proceder a
tra­t­amentos adequados nas estações de tratamento de águas (Fig. 8).
Dado que as águas a tratar são, na maioria dos casos, dispersões coloi­
dais, os processos físicos de decantação e posterior filtração não são sufi­
cien­tes, porque as partículas coloidais têm um tamanho aproximado de Fig. 8 Estação de tratamento de águas
residuais (ETAR) de Alcanena.
1 nm. São estas partículas as causadoras da cor e turvação da água.
Devido às propriedades elétricas das partículas coloidais, estabelecem­
­-se entre elas forças de repulsão que impedem que as partículas se aglo­
me­rem e sedimentem.
A maioria dos efluentes possui partículas coloidais de carga negativa e,
se as suas características não forem modificadas, elas continuarão a per­
manecer na fase dispersante líquida. Para remover essas impurezas é
­necessário alterar essas características por meio de processos químicos e
físicos como a coagulação e a floculação. Só posteriormente se procede­
rá à sedimentação, ou flotação, e à filtração.
Para remover as partículas que não sedimentam são adicionadas à
água substâncias químicas denominadas coagulantes (como sulfato de
alumínio e cloreto de ferro III) – processo de coagulação.

9
Extensão 2 Coloides e suspensões

Após a coagulação, as partículas coloidais agregam-se, formando par­tí­


cu­las de maiores dimensões, os chamados “flocos” – processo de flo­cu­la­
ção (Fig. 9). Estes flocos continuam em suspensão na fase dispersante e
podem ser retirados da mistura através da decantação.
Formação Separação de fases
de agregados pela sedimentação no
através de colisões fundo do recipiente

Fig. 9 Sequência do processo de floculação.

Coloides nos ambientes industriais – eletroforese em gel


Uma técnica utilizada para separar fragmentos de DNA de proteínas
(moléculas biológicas), enzimas e aminoácidos, entre outros, é a eletro-
forese em gel, que se baseia no tamanho e diferente carga elétrica dessas
partículas (Fig. 10).
Um gel é uma dispersão coloidal em que a fase dispersa se encontra no
estado sólido e a fase dispersante no estado líquido.
Esta técnica envolve a passagem de uma corrente elétrica através de
um gel que contém as moléculas a separar. Consoante o seu tamanho e
Fig. 10 Aparelho onde se realiza a carga, as moléculas movem-se através do gel a diferentes velocidades ou
eletroforese.
em diferentes direções, o que permite que se separem umas das outras.

Em síntese:

A eletroforese é uma técnica de separação que se baseia no


princípio de migração de iões ou de moléculas num campo elétrico.

Aplicação dos coloides em algumas indústrias

• Indústria bioquímica – separação de enzimas, proteínas, ami­noá­ci­


dos, entre outros, através da eletroforese em gel.
• Indústria alimentar – produção de produtos alimentares tais como
maionese, manteiga, queijo, cerveja, sorvete, etc.
• Indústria de cosmética e produtos de higiene – produção de pro­
dutos como cremes de barbear, cremes dentífricos, champôs, sabo­
ne­tes, etc.
• Indústria farmacêutica – dispersões coloidais constituídas por iões
inorgânicos e pequenas moléculas orgânicas dissolvidas em água,
como algumas pomadas e xaropes, entre outros.

Existem, ainda, importantes coloides


• Indústria agrícola – dispersões coloidais de fungicidas e pesticidas.
biológicos tais como o sangue, o • Indústria de tintas e vernizes – complexos sistemas coloidais que
humor vítreo (substância gelatinosa são aplicados como uma camada contínua sobre uma superfície.
presente no olho) e o cristalino
(espécie de lente localizada no olho
• Tratamento de águas – coagulação seguida de floculação e se­di­
mentação de partículas coloidais para remoção de poluentes das
e que é responsável pela focalização
das imagens). águas residuais.

10
3 Suspensões
3.1 Características das suspensões
· O que são suspensões
· Matéria particulada
· O impacte das suspensões na saúde e no meio
ambiente

As partículas emitidas pelos automóveis em circulação, que ficam em suspensão


no ar, têm efeitos nocivos na saúde humana.

O que são suspensões


As suspensões são misturas heterogéneas; apresentam turvação, mas,
por vezes, é possível distinguir as partículas da fase dispersa a olho nu.
Nas suspensões, as partículas que constituem a fase dispersa apresentam
as seguintes características:
• as suas dimensões médias são superiores a 1000 nm (1 × 10–6 m ou
1 μm);
• são observáveis a olho nu ou com microscópio ótico;
• são constituídas por grandes conjuntos de moléculas, átomos ou iões.

Numa suspensão, as partículas que constituem a fase dispersa sedi­


men­tam, ou seja, depositam-se naturalmente por ação da força da gra­
vida­de, podendo proceder-se depois à sua separação através de uma
filtração. Também podem sedimentar através de uma centrifugação.
Quanto menor for o tamanho das partículas, mais viscosa é a fase
líquida e menor é a velocidade com que sedimentam.

11
Extensão 2 Coloides e suspensões

São exemplos de suspensões:


• sumo de fruta – a polpa da fruta encontra-se dispersa na fase líquida
(fase dispersante);
• água turva dos rios – os sedimentos arrastados pela corrente dos
rios constituem a fase dispersa;
• cremes esfoliantes – pequenas partículas na forma de grãos sólidos
dispersas na fase dispersante (creme) de modo a que a esfoliação se
possa processar;
• água do mar – na área da costa e junto à rebentação a água do mar
é uma suspensão em que as partículas suspensas podem ser areia,
restos de conchas, pequenas algas, etc.;
• molhos para saladas – partículas vegetais em suspensão em azeite
e vinagre.

Matéria particulada
Chama-se matéria particulada a partículas muito finas de sólidos ou
líquidos suspensos no ar. Representa-se por PM, do inglês particulate
matter. As suas partículas têm diâmetro inferior a 2,5 μm, PM2,5, ou inferior
a 10 μm, PM10.
A matéria particulada pode ter origem natural ou antropogénica e a
composição dos materiais particulados depende da fonte poluidora.
Entre as fontes naturais encontram-se os vulcões, as poeiras e os
incêndios das florestas.
Entre as fontes antropogénicas temos a combustão incompleta dos
combustíveis fósseis nos motores de combustão de veículos motorizados,
nas centrais termoelétricas, em algumas indústrias e na construção civil,
e na remoção de árvores da floresta que libertam imensas poeiras.

O impacte das suspensões na saúde


e no meio ambiente
A atmosfera está cheia de matéria particulada porque:
– conduzir numa estrada de terra batida faz levantar poeiras;
– queimar resíduos, especialmente resíduos orgânicos, cria fumos;
– sacudir tecidos com poeira liberta grandes quantidades de pó;
– os animais largam pelo;
–…

Esta matéria particulada pode assumir duas formas: partículas sólidas


e aerossóis.
As partículas sólidas possuem massa suficiente para se acomodarem
ao longo do tempo, mas os aerossóis são líquidos ou partículas sólidas tão
pequenas que permanecem em suspensão na atmosfera.

12
3 Suspensões

A matéria particulada atmosférica, especialmente PM10, desempenha


um papel importante em processos que afetam a vida humana e, nos últi­
mos anos, tem havido uma preocupação crescente com os efeitos que
este tipo de matéria tem na saúde e no meio ambiente.
A inalação de poeiras pode desencadear ataques de espirros. Esta é
uma das formas naturais que os pulmões têm de se proteger das partículas
existentes na atmosfera. Grande parte dessas partículas tem um tamanho
tal, que o corpo cria mecanismos de defesa naturais contra elas. Mas, parte
delas são suficientemente pequenas para se alojarem profundamente nos
pulmões. Uma vez lá, elas podem causar doenças no sistema respiratório,
como bronquite, asma, falta de ar, etc. A inalação de poeiras também pro­
vo­ca alergias e conjuntivites.
Hoje existem estudos que provam que ataques cardíacos, arritmia car­
díaca e a morte prematura de cardíacos são consequência, em parte, da
inalação de matéria particulada.
A queima de combustíveis fósseis origina não só a libertação de dió­
xido de carbono, CO2 (g), um dos gases responsáveis pelo efeito de estufa,
e que contribui fortemente para o aquecimento global, mas também a
emissão de material particulado, que é um resíduo de elevada toxicidade.
Este material, que é constituído por uma mistura de diversas partículas
muito pequenas, também pode ser criado através de outros processos,
nomeadamente na agricultura e nos incêndios.
As suspensões, além das consequências já referidas no meio ambiente
e na saúde, têm um impacto importante nos meios aquáticos.

Exercícios para resolver


PROFESSOR
2. Classifique como verdadeira ou falsa cada uma das frases seguintes:
SOLUÇÕES
A. 
As dispersões são sempre misturas homogéneas, em que o com­­
ponente que se encontra em maior quantidade é a fase disper­ 2. A – F; B – F; C – V; D – F;
san­te. E – F; F – V; G – V; H – F.

B. As dispersões podem ser líquidas ou gasosas.


C. 
O estado físico da dispersão depende do estado de agregação
do dispersante.
D. 
As soluções são misturas homogéneas constituídas apenas por
duas substâncias.
E. As dispersões coloidais são misturas homogéneas.
F. 
Numa dispersão coloidal, a olho nu, não se distingue a fase dis­
per­sa da fase dispersante.
G. 
As suspensões são dispersões em que as partículas que
constituem a fase dispersa podem sedimentar por ação da força
da gravidade.
H. 
Da dissolução de cloreto de sódio em água resulta uma dispersão
coloidal.

13
Extensão 2 Coloides e suspensões

Exercícios para resolver


PROFESSOR
3. Considere os seguintes materiais:
SOLUÇÕES
água mineral engarrafada; sabonete líquido; farinha em água; iogurte;
3.1 Sabonete líquido e fumo resultante da queima de combustível fóssil; vinagre
iogurte. De entre estes materiais, selecione:
3.2 Farinha em água
e fumo resultante da 3.1 a(s) dispersão(ões) coloidal(ais);
queima de combustível 3.2 a(s) suspensão(ões);
fóssil. 3.3 a(s) solução(ões).
3.3 Água mineral
engarrafada e vinagre.
4. Faça a correspondência correta entre os nomes dos materiais da
4. A – 2; B – 1; C – 1; D – 1; ­coluna I e o tipo de dispersão da coluna II.
E – 2; F – 3.
Coluna I Coluna II
5. a – sólida; b – algumas
ligas metálicas; A. Maionese 1. Solução
c – sólida; d – sol líquido;
B. Açúcar e água 2. Dispersão coloidal
e – líquida; f – manteiga;
g – sólida; h – espuma C. Bronze 3. Suspensão
sólida; i – espuma líquida; D. Tintura de iodo
j – claras em castelo;
E. Espuma de cerveja
k – líquida; l – aerossol
líquido. F. Molho para saladas

6. Opção (C).
5. Substitua as letras de a a l, de forma correta, de acordo com os dados
presentes no seguinte quadro.

Fase dispersante Fase dispersa Tipo de coloide Exemplo

Sólida a Sol sólido b


Mistura de
Líquida c d
amido com água
Sólida e Emulsão sólida f

g Gasosa h Miolo de pão

Líquida Gasosa i j

Gasosa k l Nevoeiro

6. Selecione a opção que completa de forma correta a frase seguinte.


Os coloides liófilos…
(A) são coloides em que praticamente não existe atração entre a
fase dispersa e a fase dispersante.
(B) não são fáceis de preparar.
(C) são muito estáveis.
(D) são muito afetados pela concentração da dispersão.

14
3 Suspensões

Exercícios para resolver


PROFESSOR
7. Selecione a opção que completa de forma correta a frase seguinte.
SOLUÇÕES
Os coloides liófobos…
(A) são coloides em que as partículas dispersas têm fraca afinidade 7. Opção (A).
com o meio dispersante.
8. A – F; B – V; C – F; D – V;
(B) formam-se espontaneamente.
E – F; F – V; G – F.
(C) têm tendência para se misturarem com o solvente.
(D) são reversíveis.

8. Em relação aos coloides, classifique como verdadeira ou falsa cada


uma das frases seguintes.
A.  Nos coloides moleculares as partículas da fase dispersa pos­
suem baixa massa molecular.
B.  Os coloides micelares formam-se pela associação espontânea
entre átomos ou moléculas, na presença de um dispersante.
C.  Numa micela, as extremidades hidrofóbicas dispõem-se à su­per­
fície, em contacto com a água, enquanto as extremidades hidro­
fílicas se reúnem no interior da micela.
D.  O movimento browniano é um movimento aleatório de partículas
e é consequência das colisões entre todas as moléculas pre­
sen­tes no fluido.
E. Através do efeito Tyndall podem observar-se as partículas da
fase dispersa quer numa solução quer numa dispersão coloidal.
F.  Para remover as partículas de uma dispersão coloidal procede-se
a uma coagulação.
G.  A matéria particulada só tem origem natural e a sua composição
depende da fonte poluidora.

15
Extensão 2 Coloides e suspensões

ATIVIDADE LABORATORIAL
Preparação de um gel por adição de uma solução
1 saturada de acetato de cálcio a etanol

O etanol absoluto possui uma concentração em volume de 99,6% (V/V). Este


produto é muito mais caro que o etanol vulgar e utiliza-se apenas quando é ne­
cessário, como é o caso da preparação deste gel.

Material: balança Procedimento experimental


analítica; copo de
precipitação de 250 mL;
1. 
Medir 3,0 g de acetato de cálcio no copo de precipitação de 250 mL.
proveta graduada de
20 mL; proveta graduada 2. Medir 10 mL de água desionizada com o auxílio da proveta de 20 mL e adicioná-la ao
de 100 mL; vareta de
vidro; vidro de relógio; acetato de cálcio.
espátula de metal;
3. Agitar a solução com o auxílio da vareta de vidro, de modo a dissolver a maior quantida­
esguicho para água
desionizada; pinça de de possível de soluto.
madeira; placa cerâmica Nota: nem todo o soluto se dissolve.
(pode ser um azulejo,
por exemplo); fósforos. 4. Medir 75 mL de etanol absoluto com o auxílio da proveta de 100 mL e transferir esta substân­
cia para o copo de precipitação que contém a solução saturada de acetato de cálcio, para
formar o gel. Não agitar o composto que se obtém.
Reagentes: etanol
absoluto*; acetato de 5. Com o auxílio da espátula metálica, transferir o gel formado para um vidro de relógio.
cálcio; água desionizada.
* Substância corrosiva 6. 
Colocar o vidro de relógio sobre a placa cerâmica, longe de produtos combustíveis.

7. 
Segurar o vidro de relógio com o auxílio da pinça de madeira, acender um fósforo e aproximá­
-lo cuidadosamente do gel. Registar a cor da chama formada.
Nota: convém escurecer um pouco o ambiente, de modo a realçar a cor da chama.

8. Registar a formação de carbonato de cálcio, nas paredes do vidro de relógio.

Questões teórico-práticas
1. 
O que ocorre assim que o etanol absoluto é adicionado à solução saturada de acetato de cál­
cio, Ca(CH3COO)2?
2. 
Que substância se forma nas paredes do vidro de relógio?
3. 
Determine:
3.1 
a quantidade de acetato de cálcio que existe na solução saturada desta substância.
3.2 a quantidade de álcool existente em 755 mL deste reagente.

16
ATIVIDADE LABORATORIAL
Efeitos da incidência da luz visível sobre uma dispersão
2 coloidal

Esta atividade está dividida em três partes:


• na primeira parte proceder-se-á à preparação de uma solução aquosa de tiossulfato de sódio
penta-hidratado, Na2S2O3.5H2O, com uma determinada concentração que poderá ser, por
exemplo, 5,0 × 10–2 mol dm–3 (Atividade Laboratorial 2A);
• na segunda parte proceder-se-á à preparação de uma solução de enxofre coloidal, S8, em
água (Atividade Laboratorial 2B );
• na terceira parte verificar-se-ão os efeitos da incidência da luz visível sobre uma dispersão
coloidal (Atividade Laboratorial 2C).

2A. Preparação de uma solução aquosa de tiossulfato de sódio


penta-hidratado
Material: balança
Trabalho prévio analítica; copo de
• Calcular a massa molar, M, do tiossulfato de sódio, a partir da fórmula molecular precipitação de 250 mL;
vareta de vidro; espátula
deste composto.
metálica; esguicho para
• Determinar a massa, m, de soluto que é necessário dissolver, com base na con­cen­ água desionizada; funil
tração e no volume de solução que se pretende preparar. Propõe-se a preparação de vidro e respetivo
de 100 mL de uma solução aquosa 5,0 × 10–2 mol dm–3 em tiossulfato de sódio. suporte; balão
volumétrico de 100 mL;
rótulos; conta-gotas.

Reagentes: tiossulfato
Procedimento experimental de sódio penta-
-hidratado; água
1. 
Colocar o copo de precipitação sobre a balança analítica e tarar a zero.
desionizada.
2. Medir rigorosamente a massa de soluto calculada anteriormente, retirando esta para
o copo, com o auxílio da espátula metálica.
3. Adicionar ao soluto um pouco de água desionizada e agitar com a vareta de vidro, de
modo a dissolver o mais possível o soluto.
4. Colocar o funil e respetivo suporte na boca do balão volumétrico e, com o auxílio da
vareta de vidro, transvasar a solução para dentro do balão volumétrico.
5. Lavar o copo de precipitação com mais um pouco de água desionizada e transvasar
de novo essa solução para dentro do balão volumétrico. Repetir este procedimento
as vezes que forem necessárias, de modo a que nenhum soluto fique no copo.
6. Rolhar e agitar o balão para proceder à homogeneização da solução.
7. 
Uma vez terminada a dissolução, acrescentar água desionizada ao balão: primeiro
com o esguicho até perto do traço de referência e, em seguida, com um conta-gotas
até ao traço de referência.

17
Extensão 2 Coloides e suspensões

8. 
Rolhar novamente o balão e agitar, de novo, para proceder à homogeneização da
solução.
9. 
Rotular devidamente o balão volumétrico, identificando: nome da solução e respetiva
fórmula química, concentração, data da preparação, nome do preparador ou do grupo.

2B. Preparação de uma solução de enxofre coloidal, S8, em água


Procedimento experimental
Material: uma folha de
papel branco; copo de 1. 
Colocar 20 mL de uma solução de tiossulfato de sódio dentro de um copo de precipita­
precipitação de 100 mL; ção.
caneta de feltro preta ou
azul; cronómetro.
Desenhar, com uma caneta de feltro preta, uma cruz sobre um papel branco. O tamanho
2. 
da cruz deve ser inferior ao diâmetro da base do copo.
Colocar o copo de precipitação sobre o papel, de modo a que a cruz fique totalmente
3. 
Reagentes: solução
aquosa de tiossulfato de debaixo da base do copo.
sódio penta-hidratado; Adicional 5 mL de HC concentrado à solução de tiossulfato de sódio. Registar o que
4. 
solução de ácido
clorídrico concentrado, observa e medir o tempo que demora a desaparecer a cruz.
HC (aq)*.
* Substância corrosiva Questões teórico-práticas
1. 
Por que razão se deixa de observar a cruz desenhada no papel que se encontra sob o
copo de precipitação, onde vai ocorrer a reação entre a solução aquosa de tiossulfato
de sódio pentahidratado e a solução concentrada de ácido clorídrico?

Material: folha de 2C. Efeitos da incidência da luz visível sobre uma dispersão
cartolina preta; caixa
de Petri; retroprojetor; coloidal
vareta de vidro; copo de
precipitação de 100 mL;
Procedimento experimental
caneta de feltro preta ou 1. 
Recortar uma circunferência de uma folha de cartolina preta com um diâmetro
azul; cronómetro. ligeiramente superior ao da base da caixa de Petri (ou de um copo de precipi­
tação). Fazer um orifício circular no centro da circunferência.
Reagentes: solução Colocar a placa circular da cartolina sobre o retroprojetor e, sobre esta,
2. 
aquosa de tiossulfato de
colocar a caixa de Petri ou o copo de precipitação que contém uma solução
sódio penta-hidratado
previamente preparada; aquosa de tiossulfato de sódio.
solução de ácido Ligar o retroprojetor e projetar sobre o ecrã (solução transparente). Registar
3. 
clorídrico concentrado,
HC (aq)*. o que observa.
* Substância corrosiva 4. 
Desligar o retroprojetor. Adicionar um pouco de HC concentrado à solução
e agitar com a vareta.
5. 
Ligar de novo o retroprojetor e projetar sobre o ecrã.
6. 
Observar e registar as mudanças de cor no ecrã.

Questões teórico-práticas
1. 
Qual o objetivo desta atividade laboratorial?
2. Identifique o efeito em evidência nesta atividade laboratorial.

18
3 ATIVIDADE LABORATORIAL
Preparação de uma suspensão de um sólido num líquido

Procedimento experimental Material: proveta de


500 mL; esguicho
com água; copo de
1. 
Colocar a amostra de terra no copo de precipitação.
precipitação de 500 mL;
2. Adicionar água à amostra de terra e agitar durante algum tempo esta mistura. vareta de vidro.
3. Transvasar a mistura para a proveta com o auxílio da vareta de vidro.
4. Deixar a mistura em repouso durante 24 horas. Reagentes: água
desionizada; amostras
5. Registar o que se observa ao fim do tempo em que a mistura esteve em repouso. de terra e areia.
6. Repetir os procedimentos de 1. a 5. para a amostra de areia.
8. Comparar os resultados obtidos.

Questões teórico-práticas
1. 
De entre as opções de (A) a (D) selecione a que completa de forma correta a seguinte frase.
Quando se adiciona água desionizada a um pouco de areia que se encontra num copo de
precipitação e se procede, de seguida, à sua agitação com uma vareta de vidro, observar-se-á
que…
(A) a areia se dissolve totalmente na água desionizada, originando uma solução líquida.
(B) a areia não se dissolve na água desionizada, obtendo-se uma mistura heterogénea com
duas fases: uma fase sólida, constituída pela areia, e uma fase líquida, constituída por uma
solução de água com sais minerais dissolvidos.
(C) a areia não se dissolve na água desionizada, obtendo-se uma mistura heterogénea com
duas fases: uma fase sólida, constituída pela areia, e uma fase líquida de água turva, cons­
tituída por sais minerais dissolvidos e outras partículas em suspensão.
(D) a areia não se dissolve na água desionizada, obtendo-se uma mistura heterogénea com
duas fases: uma fase sólida, constituída pela areia, e uma fase líquida, constituída por água
desionizada.

19

Você também pode gostar