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Processo químico com dispersão e dispersante

Coloides são misturas em estado solido, líquido ou gasoso que são compostas por uma
fase dispersante e outra dispersa.

Por misturas entende-se que são composições formadas por duas ou mais substâncias
puras. Essas misturas homogêneas e heterogêneas dependem do modo como se apre-
sentam.

Ao olho nu, os coloides são vistos como uma mistura homogênea. Contudo, quando vis-
tos sob microscópio são identificados como heterogêneos. As misturas possuem partícu-
las de tamanho intermediário entre a solução verdadeira e a suspensão com intervalos
de um e 100 nanômetros.

Os coloides podem ser em gel, espuma, aerossol, emulsão e sol. (Foto: Wikimedia ).

Por volta de 1861, ao observar como as substâncias reagiam sob diferentes condições
de temperatura e pressão, T. Graham descobriu que a mesma substância pode agir co-
mo cristaloide ou coloide. Os estudos acerca desse assunto resultaram na classificação
das substâncias coloides. À época, Graham afirmou que as substâncias que se difundem
lentamente através do papel de pergaminho são coloides, como as gelatinas.
O nome coloide vem da palavra grega que significa "cola". Quase todas as tintas são co-
las, por isso são coloides em que as partículas de pigmento, aglutinante e enchimento
criam a cor, a resistência e a substância do revestimento que a tinta terá após a seca-
gem.

Presença dos coloides no dia a dia

No cotidiano os coloides estão presentes em diversos produtos usados e consumidos pe-


las pessoas como queijo, leite, gelatina, iogurtes, shampoo, hidratantes, tintas, pedras
preciosas e fumaça, por exemplo.

Um exemplo muito comum da presença dos coloides está nas claras batidas em neve.
Nesse processo, a clara em estado líquido é componente disperso enquanto que o ar é o
componente dispersante. A mistura resulta da reação química em que a clara transfor-
ma-se em espuma.

Tipos

Existem diversos tipos de coloides, dos quais a base no estado físico das partículas dis-
persas e dispersantes indicam a classificação da mistura. Eles podem ser do tipo: gel,
espuma, aerossol, emulsão e sol (com aspecto de solução).

Gel

Componente Disperso: líquido.

Componente Dispersante: sólido.

Exemplos: gelatina, pasta de dente e sílica-gel.

Espuma

Componente Disperso: gás.

Componente Dispersante: líquido ou sólido.


Exemplos: espuma de barbear, clara em neve e chantili.

Aerossol

Componente Disperso: sólido ou líquido.

Componente Dispersante: gás.

Exemplos: spray, fumaça, neblina e nuvem.

Emulsão

Componente Disperso: líquido.

Componente Dispersante: líquido ou sólido.

Exemplos: manteiga, maionese, sorvete e queijo.

SOI

Componente Disperso: sólido.

Componente Dispersante: líquido ou sólido.

Exemplos: pérola, rubi e sangue.

As fases

Os coloides têm duas fases: contínua e de dispersão, que podem ser gasosas, líquidas,
sólidas ou plasmáticas.

Na fase contínua, o coloide apresenta forma líquida e, na dispersa, apresenta partículas


sólidas. No entanto, podem existir os coloides com componentes em outros estados de
agregação.
Características dos coloides

Os coloides são sistemas coloidais, ou seja, mistura de substâncias formadas por com-
postos dispersos e dispersantes que podem ser partículas de átomo, ion ou molécula.

Por substância dispersa e dispersante entende-se que as dispersões referem-se às mis-


turas, como ocorre quando mistura-se sal com água ou sal e areia. Nessa mistura, ob-
tém-se duas dispersões. A substância que está espalhada, de maneira homogênea (co-
mo o sal na água) ou de maneira heterogênea (como a areia na água), é a "dispersa" en-
quanto que a água, nesse exemplo, faz o papel de dispersante.

Os coloides apresentam partículas com intervalos de um e 100 nanômetros, sendo que


os seus compostos não podem ser filtrados. Têm massa elevada, são relativamente
grandes e apresentam relação entre a área e o volume da partícula.

Uma das características mais importantes para detectar coloides é que eles embora pa-
reçam ser homogêneos, quando observados num ultramicroscópio e iluminados lateral-
mente apresentam pontos de luz que se movem rapidamente em ziguezague. Esse movi-
mento é conhecido por "movimento browniano".

Interaçóes coloidais

As interações entre partículas coloidais dependem da distância de separação e da quan-


tidade de partículas coloidais dispersas, bem como as forças externas
que influenciam na interação e colisão.

As partículas coloidais adquirem cargas elétricas na superfície quando expostas ao con-


tato com solvente polar, por diferentes mecanismos. Assim, nas dispersões pode haver:

1) Interação repulsiva de duplas camadas de cargas.


2) Interação atrativa de van der Waals.

3) Interação de efeito estérico e repulsivo de cadeias de polímeros adsorvidos nas partí-


culas.

4) Interação atrativa de polímeros.

5) Interação de moléculas de solvente.

6) Interação hidrofóbica.
Tipos de Dispersoes
"As dispersões se referem às misturas em geral. Por exemplo, quando misturamos sal
com água ou sal e areia obtemos duas dispersões. A substância que se encontra espa-
lhada, de maneira homogênea (como o sal na água) ou de maneira heterogênea (como a
areia na água), é denominada “disperso“. Já a água faz o papel de dispersante, nesses
casos.

A diferença principal entre essas duas dispersões está no tamanho das partículas do dis-
perso. Enquanto os grãos de areia podem ser vistos a olho nu, as partículas do sal ficam
invisíveis. Baseado nisso, as dispersões podem ser classificadas em três tipos principais,
que são:

Note, no quadro abaixo, a diferença no tamanho das partículas dispersas:

* Soluções: são misturas homogêneas nas quais não conseguimos ver as partículas dis-
persas nem com microscópio. Alguns exemplos são o já citado sal misturado em água e
também o açúcar misturado em água.

No caso das soluções, o disperso é chamado de soluto e o dispersante de solvente. As


soluções não podem ser separadas por nenhum processo de filtração.

* Dispersões Coloidais ou Coloides: alguns exemplos são a maionese e a gelatina. Suas


partículas não são visualizadas a olho nu, por isso muitas vezes são confundidas com
sistemas homogêneos, mas são, na realidade, heterogêneos, como se pode ver com o
uso de microscopios. Suas partículas não se sedimentam com a ação da gravidade, mas
apenas com ultracentrífugas.

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Existem vários tipos de dispersões coloidais, que são: sol, sol sólido, gel, emulsão, espu-
ma e aerossol.

Separar esse tipo de dispersão não é possível com filtração, mas sim com uma membra-
na semipermeável. Suas partículas refletem e dispersam a luz.

*Suspensões: são sistemas heterogêneos, nos quais, mesmo a olho nu, é possível visua-
lizar suas partículas. Alguns exemplos são: areia na água, argila na água, leite de mag-
nésia e calamina.

No caso das dispersões, a luz também é refletida. E a sua separação pode ser feita por
filtração comum.”
O que são emulsões?
Introdução

Emulsões são dispersões de dois líquidos imiscíveis. Eles são de interesse em muitas
aplicações práticas importantes nas indústrias de alimentos, cosméticos, produção de pe-
tróleo, agricultura, química, petróleo e gás, farmacêutica e várias outras indústrias de pro-
cesso.

Existem dois tipos de emulsões: Tipo óleo em água (O / A), onde o óleo forma a fase dis-
persa (gotas) e a água a fase contínua; e do tipo água em óleo (W / O), onde a água for-
ma a fase dispersa (gotículas) e o óleo a fase contínua. Sem um estabilizador interfacial
eficaz, as emulsões são sistemas instáveis e se separam prontamente em fases de óleo e
água quando a agitação mecânica é interrompida.

Uma das mais importantes emulsões é sua instabilidade inerente. Embora as gotas dis-
persas sejam pequenas, a gravidade exerce uma força mensurável sobre elas e, com o
tempo, elas se aglutinam para formar gotas maiores que tendem a se depositar no fundo
ou subir ao topo da mistura. Em última análise, esse processo faz com que as fases inter-
na e externa se separem nos dois componentes originais. Dependendo de como a emul-
são é formulada e do ambiente físico ao qual está exposta, essa separação pode Ievar mi-
nutos, meses ou milênios.
Principais pontos e características das emulsôes

• Uma emulsão é um tipo de colóide formado pela combinação de dois líquidos que nor-
malmente não se misturam.
• Em uma emulsão, um líquido contém uma dispersão do outro líquido.
• O processo de mistura de líquidos para formar uma emulsão é chamado de emulsifica-
ção.
• Mesmo que os líquidos que as formam possam ser Iímpidos, as emulsões parecem tur-
vas ou coloridas porque a luz é espalhada pelas partículas suspensas na mistura.
• Segurança e respeito pelo meio ambiente garantidos pelo uso de água como solvente
• A viscosidade pode ser facilmente ajustada
• Adequação para aplicações de colagem e revestimento derivada da propriedade da
emulsão de formar um filme quando seco
• Excelente miscibilidade com pigmentos, solventes, aditivos, etc.

Preparando emulsóes

Uma emulsão é preparada agitando fortemente a mistura dos dois líquidos ou passando a
mistura por um moinho colóide conhecido como homogeneizador. As emulsões assim pre-
paradas a partir dos líquidos puros geralmente não são estáveis e os dois líquidos se se-
param em repouso. Para obter uma emulsão estável, pequenas quantidades de certas ou-
tras substâncias são adicionadas durante a preparação. As substâncias assim adiciona-
das para estabilizar as emulsões são chamadas de emulsificantes ou agentes emulsio-
nantes. As substâncias comumente usadas como agentes emulsionantes são sabões de
vários tipos, ácidos sulfônicos de cadeia longa ou coloides liofílicos como proteínas, goma
e ágar.

As emulsões podem ser preparadas por vários métodos, dependendo da natureza dos
componentes e do equipamento. Em pequena escala, como no laboratório ou na farmá-
cia, as emulsões podem ser preparadas usando um almofariz e pilão de porcelana ou
Wedgwood seco ou um liquidificador ou misturador mecânico. Em larga escala, grandes
tanques de mistura podem ser usados para formar a emulsão por meio da ação de um im-
pulsor de alta velocidade.
Viscosidade de emulsÕes

• A viscosidade das emulsões varia dependendo da temperatura.


• Conforme a temperatura diminui, a viscosidade aumenta.
• Ao adicionar água, a viscosidade pode ser ajustada para uma viscosidade mais baixa
• Para aumentar a viscosidade, espessantes de emulsão podem ser usados
Mediçóes de viscosidade de emulsóes para controle de qualidade

A medição da viscosidade é uma técnica extremamente útil para controle de qualidade.

• Durante a homogeneização, muitas emulsões sofrerão um aumento substancial da vis-


cosidade conforme o tamanho das gotículas é reduzido. A quantidade desse aumento
será, portanto, um bom indicador da qualidade da emulsão.
• A concentração da emulsão tem forte correlação com a viscosidade da emulsão, por-
tanto, a informação da viscosidade pode ser usada efetivamente para prever concentra-
ções com modelos predefinidos ou definidos pelo usuário.
• Durante o processo de mistura, a caracterização da viscosidade - em linha pode ser útil
para determinar a estabilidade da emulsão, ponto final desejado do sistema de mistura
/ mistura e para garantir a continuidade. Se necessário, ajustes na intensidade de agita-
ção, velocidade de rotação e equipamento podem ser feitos dependendo dos dados de
viscosidade medidos e suas interpretações.
• Emulsões são sistemas complexos com uma ampla gama de aplicações e usos comer-
ciais. A caracterização precisa das emulsões com os dados de viscosidade é crítica pa-
ra garantir a estabilidade e o desempenho da emulsão.
A medição da viscosidade obtida com um viscosímetro em linha pode fornecer um exce-
lente benchmark de QC e garantir QA / QC do processo e do produto final. Por favor, leia
nossa nota de aplicação.

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