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2024 - ADM EaD - Semana 1
2024 - ADM EaD - Semana 1
Patrimoniais
Semana 1
Curso Técnico em Administração - Prof. Solange Moreira Dias de Lima
solange.lima@ifsuldeminas.edu.br
Graduada em Administração pela Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR). Pós graduada em
Gestão Estratégica de Marketing e Negócios pela Faculdade Cenecista de Varginha (FACECA). Pós
graduada em Gestão Estratégica em Recursos Humanos pela Universidade Cândido Mendes
(UCAM). Licenciada em Ciências Sociais - Sociologia (FAEP). Mestre em Administração pela
Faculdade Cenecista de Varginha (FACECA). Atua como docente desde 2005. Atuou como
Coordenadora do curso de Bacharelado em Administração a Distância junto ao Centro Universitário
do Sul de Minas (UNIS); Coordenadora Pedagógica do Núcleo de Educação a Distância (NEAD
UNINCOR), e atualmente, é professora efetiva e Coordenadora dos cursos técnicos em:
Administração – Integrado ao Ensino médio; e Administração – Subsequente presenciais.
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Recursos Materiais e
Patrimoniais
Semana 1
UNIDADE I – Sistemas de estocagem e manuseio de materiais. Princípios de estocagem.
Carga unitizada e paletização
Amigos(as)s... nesta semana vamos aprender sobre alguns conceitos de gestão de estoques
e de movimentação de materiais que serão de grande valia para os conteúdos que vamos
discutir ao longo do curso.
Conteúdo da aula
1. Estoque: O que é?
Em administração, estoque refere-se às mercadorias, produtos (finais ou inacabados) ou outros
elementos na posse de um agente econômico, disponível para uso e venda. É usado sobretudo, no
domínio da logística e da contabilidade.
Gestão de Estoques: Responsável pela gestão econômica dos estoques. Acompanha o planejamento
e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento de
material.
São estoques criados em virtude do ciclo econômico da produção, sendo seus objetivos:
• Redução do custo unitário;
• Redução do setup dos equipamentos (Liga / Desliga);
e) Estoque de Segurança (ES)
São as unidades a mais, mantidas fisicamente disponíveis em um ponto de estocagem.
Prever o caso em que a demanda excede as expectativas ou ainda parte do lote tenha sido reprovado
no controle de qualidade.
f) Estoque Sazonal ou de Antecipação
São os estoque criados para fornecer condições de suprimento quando a capacidade de produção e a
demanda estão desequilibradas. Quando estes períodos são previstos, os estoques podem ser
incrementados (antecipados) para garantir o suprimento.
g) Estoque em Trânsito
São os estoques que estão em trânsito entre o ponto de estocagem ou de produção. Quanto maior a
distância e menor a velocidade de deslocamento, maior será a quantidade de estoque em trânsito.
h) Estoque Virtual (EV)
São os itens que já foram pedidos (adicionado o ponto de pedido) ao setor de compras e este já o
efetivou, mas ainda não chegou ao ponto de armazenagem ou ainda estão em processo de liberação
pelo controle de qualidade.
i) Estoque Obsoleto (Morto)
São partes do estoque que deterioram ou tem sua validade vencida, ou ainda foram danificadas ou
reprovadas na linha de produção.
✓ Com a finalidade de manter estoque a empresa tem uma produção constante, sem se preocupar
com as oscilações da demanda. Assim, a força de trabalho pode ser mantida em níveis
constantes e os custos de preparação de lotes podem ser diminuídos.
- Permitem economias de escala nas compras e no transporte
✓ Quando pequenos lotes de compra são gerados para satisfazer necessidades de produção ou
para abastecer diretamente clientes a partir da manufatura, o custo com o frete é maior, já que
não há volume suficiente para obter os descontos oferecidos aos lotes maiores. Assim,
entendemos que o estoque torna possível a obtenção de descontos no transporte, através do
emprego de grandes lotes equivalentes à capacidade dos veículos. Isso gera um custo de frete
unitário menor.
✓ Compra lotes maiores tem melhores condições de negociar descontos e vantagens.
- Agem como proteção contra aumentos de preços.
✓ A formação de estoques protege a empresa contra aumento dos preços. As empresas podem
fazer compras antecipadas quando tiver alguma previsão de aumento nos preços.
- Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento.
✓ Para garantir disponibilidade de produto, deve-se manter um estoque adicional (estoque de
segurança) quando não podemos prever a demanda e incertezas do sistema logístico.
- Servem como segurança contra contingências.
✓ Uma empresa pode ser atingida por diversas contingências, como incêndios, inundações,
greves etc. Assim, os estoques servem para garantir o fornecimento normal nessas situações.
2. Controle de estoques
O objetivo básico: Evitar a falta de material sem que resulte em estoque excessivo às reais
necessidades da empresa. O controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com
demanda.
transportados para outros depósitos onde são reprocessados. Tais processos também se utilizam em
linha reta aproveitando o desnível geográfico.
6. Utilização de espaço: Economizar espaço é a base do sistema de armazenamento de materiais
e uma forma bastante útil é na ocupação de espaços verticais. Veremos adiante, vários tipos de
ocupações verticais, que através de equipamentos e acessórios de empilhadeiras poderemos proceder
a uma boa movimentação de materiais, obtendo uma área limpa e organizada de armazenamento,
com um fluxo econômico de atendimento aos usuários.
7. Tamanho da carga: Diretamente proporcional ao tamanho da carga está a economia em
movimentação de materiais. Devem-se observar as dimensões como também a massa dos materiais,
pois os equipamentos estão projetados para a carga a ser movimentada.
Muitos problemas já ocorreram com a não observância deste item, equipamentos foram adquiridos
e após o recebimento verificou-se que a altura ou largura desequilibrava em relação ao equipamento,
sendo impossível de se transportar os volumes.
8. Segurança: A segurança dos equipamentos está diretamente relacionada com a atenção do
ser humano e a carga a ser manuseada. Isso quer dizer, que poderemos perder vidas humanas e
também a carga. Equipamentos não dimensionados acarretarão prejuízos inevitáveis.
9. Ergonomia: As limitações humanas devem ser observadas e precisam ser reconhecidas e
respeitadas no projeto das tarefas e equipamentos de movimentação, para assegurar operações
seguras e efetivas. A ergonomia é a ciência que busca adaptar o trabalho ou as condições de trabalho
as atividades do homem.
10. Meio ambiente: Os consumos de energia, os resíduos deixados pelos equipamentos, devem
ser analisados quanto ao impacto ambiental e devem obedecer a critérios ambientais quando ao
projeto de utilização dos mesmos.
11. Mecanização: A mecanização é aplicada onde houver utilização de esforço humano,
tornando o trabalho mais agradável e mais econômico em todos os aspectos.
Infelizmente a mecanização tem trazido desemprego ao parque industrial, pois para a aquisição de
equipamentos normalmente se faz uma análise de custo e benefícios para a empresa, sendo o
argumento maior para a aquisição a redução de efetivo.
Os dispositivos que permitem a formação da carga unitária são vários, entre eles o mais conhecido
é o PALLET:
Como as mercadorias que vão ser acomodadas sobre os pallets não tem o mesmo tamanho,
para cada uma delas é preciso um estudo detalhado do arranjo físico’ sobre o pallet. O pallet, no
entanto, não é o único e nem a melhor forma de portar materiais e formar cargas unitárias. Saindo do
campo das cargas de formatos regulares, como caixas de madeira e papelão, existe a necessidade de
outros tipos de recipientes, como os de metal ou madeira, e ainda surgiram as caçambas.
Os conjuntos montados como motores, por exemplo, podem ser dispostos em racks, que são
estruturas metálicas, nas quais os dispositivos especiais montados sobre o tampo da base
oferecem fácil acomodação ao conjunto, que por sua vez, facilita o manuseio.
Peças de grande comprimento (barras, tubos, etc) tratadas com o auxilio de berços metálicos: que
são estruturas metálicas na dimensão das peças.
Regra: empilhamento máximo para o Palete Padrão PBR (1,20m x 1,00m x 0,15m) até 1,80m
Exemplo de cálculo: Quantas caixas, no máximo, podem ser acomodadas em cada palete de
madeira, sendo utilizados os padrões PBR?
• Altura do palete (1,80m) dividido pela altura da caixa
• Comprimento do palete (1,20m) dividido pelo comprimento da caixa
• Largura do palet (1,00m) dividido pela largura da caixa
Exemplo:
- Carga unitária – o comprimento, largura e especialmente a altura da carga unitária, tomada como
um todo, devem ser considerados.
- Perda de espaço - alguns arranjos podem ser muito ‘vazios’ entre as suas unidades. Além da
perda de espaço, o peso é distribuído desigualmente possibilitando o desmoronamento das pilhas.
- Compacidade – as várias unidades de um arranjo devem se ‘casar’ para que haja o necessário
entrelaçamento do conjunto.
- Métodos de amarração – de acordo com o tipo de fixação das várias unidades de carga em
conjunto (colagem, arqueamento com fitas metálicas ou de nylon, etc) estas poderão ser dispostas
em pallet sem preocupações. Dá-se mais importância ao entrosamento entre as várias unidades,
quando as cargas não são amarradas entre si.
https://www.youtube.com/watch?v=ffS2s9dUi
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Saiba mais:
*O estivador é o técnico responsável pela colocação, retirada e/ou arrumação de cargas nos
porões ou sobre o convés de embarcações principais e auxiliares mesmo que estas não sejam
autopropulsadas utiliza-se para tanto de vários recursos técnicos disponíveis assim como operar todos os
equipamentos de movimentação de carga presentes na embarcação (guinchos, tratores, empilhadeiras,
sistemas semi automatizados e automatizados para movimentação de cargas) o estivador é imprescindível
para execução do transporte marítimo ficando encarregado da movimentação e sinalização para
movimentação de cargas e equipamentos a bordo também executa ações de contingência em caso de
acidentes, seja retirando a carga ou a pessoa ferida como também efetuar combate a incêndios e outras
ações. Normalmente confunde-se o estivador com outras classes de operários do porto, o estivador só
trabalha à bordo nunca em terra, o pessoal que fica sobre carretas ou vagões do lado de fora são os
arrumadores de carga.
Uma das questões que demanda bastante atenção é administração de materiais, que precisa ocorrer
de forma simples, sistemática e suprir a demanda para que não haja desperdícios de
materiais ou atrasos na produção por conta de um produto que ficou sem sua matéria prima, por
exemplo. Seu objetivo principal é determinar o que, quando, como e quanto comprar pelo menor
custo, considerando desde a compra junto ao fornecedor até a entrega do produto final ao
consumidor, atuando como regulador da cadeia de suprimentos de bens, serviços e informações,
satisfazendo as necessidades dos clientes.
Portanto, a administração de materiais equilibra o estoque e o consumo, integrando as
atividades como:
1. Compra que possui a função de identificar possíveis fornecedores com melhor custo-benefício
para a empresa;
2. Armazenagem cuja tarefa é identificar a demanda dos produtos, considerando fatores como
periodicidade, forma de organização e a quantidade a ser estocada;
3. Controle de estoque que administra a entrada e saída de mercadorias, sempre considerando as
informações de outros departamentos como vendas e financeiro para projetar suas ações;
4. Distribuição cuja missão é levar os produtos até os clientes, na quantidade e dentro do prazo
estipulado.
Além disso, vale ressaltar que, a administração de materiais juntamente com a logística possui
impacto direto em fatores primordiais para saúde do negócio como lucratividade, qualidade dos
produtos oferecidos ao mercado e satisfação e fidelização dos clientes.
Bibliografia da semana:
Bibliografia Básica:
Bibliografia Básica: DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 5 ed.
São Paulo: Atlas, 2010. RODRIGUES, P. R. A. Gestão estratégica da armazenagem. 2. ed. São
Paulo: Aduaneiras, 2007. VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo:
Atlas, 2010.
Bibliografia Complementar:
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, D. J; COOPER, M. B; CLOSS, D. J. Gestão da cadeia de
suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. PAOLESCHI, B. Estoques e armazenagem.
São Paulo: Erica, 2014. PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos (supply chain
management): conceitos, estratégias, práticas e casos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. POZO, H.
Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.