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Recursos Materiais e

Patrimoniais
Semana 1
Curso Técnico em Administração - Prof. Solange Moreira Dias de Lima

solange.lima@ifsuldeminas.edu.br

Apresentação do(a) Professor(a)


Prof. Solange Moreira Dias de Lima - Curriculo Lates:
https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=158458F37E6E23CC46210DA55D3B
F239

Graduada em Administração pela Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR). Pós graduada em
Gestão Estratégica de Marketing e Negócios pela Faculdade Cenecista de Varginha (FACECA). Pós
graduada em Gestão Estratégica em Recursos Humanos pela Universidade Cândido Mendes
(UCAM). Licenciada em Ciências Sociais - Sociologia (FAEP). Mestre em Administração pela
Faculdade Cenecista de Varginha (FACECA). Atua como docente desde 2005. Atuou como
Coordenadora do curso de Bacharelado em Administração a Distância junto ao Centro Universitário
do Sul de Minas (UNIS); Coordenadora Pedagógica do Núcleo de Educação a Distância (NEAD
UNINCOR), e atualmente, é professora efetiva e Coordenadora dos cursos técnicos em:
Administração – Integrado ao Ensino médio; e Administração – Subsequente presenciais.
2

Cronograma e Plano de Estudo

Semana Período Conteúdo Atividades

Unidade I – Sistemas de estocagem e manuseio de Pergunta Questionário


05/02/24 materiais. Princípios de estocagem. Carga aberta
1 a
unitizada e paletização 5,0 10,0
11/02/24 Data: 08/02/2024 = Live para apresentação da
disciplina
Horário: 19:30h
Link: https://meet.google.com/ncc-vaij-gqj

Unidade II - Armazenagem, codificação e Pergunta Questionário


classificação de materiais aberta
2 Unidade III - Controle de patrimônio e inventário
12/02/24 de estoques 5,0 10,0
a
Nessa semana, excepcionalmente não haverá
18/02/24
plantão.

Unidade IV – Curva dente de serra Questionário


19/02/24 Unidade V – e Classificação ABC
3 a Data: 20/02/24 = Plantão APENAS para tirar 20,0
25/02/24 dúvidas sobre o conteúdo ministrado:
Horário: 19:30h
Link: https://meet.google.com/ncc-vaij-gqj

Unidade VI – Custos de Estoques e Custos de Questionário


26/02/24 Armazenagem
a Unidade VII – Layout
03/03/24 Data: 27/02/24 = Plantão APENAS para tirar
4 dúvidas sobre o conteúdo ministrado: 20,0
Horário: 19:30h
Link: https://meet.google.com/ncc-vaij-gqj

Total 70

Avaliação Presencial (senha de acesso) 20

Auto avaliação do aluno. 10

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Recursos Materiais e
Patrimoniais
Semana 1
UNIDADE I – Sistemas de estocagem e manuseio de materiais. Princípios de estocagem.
Carga unitizada e paletização

Objetivos de aprendizagem da Semana

Amigos(as)s... nesta semana vamos aprender sobre alguns conceitos de gestão de estoques
e de movimentação de materiais que serão de grande valia para os conteúdos que vamos
discutir ao longo do curso.

Conteúdo da aula

1. Estoque: O que é?
Em administração, estoque refere-se às mercadorias, produtos (finais ou inacabados) ou outros
elementos na posse de um agente econômico, disponível para uso e venda. É usado sobretudo, no
domínio da logística e da contabilidade.

Gestão de Estoques: Responsável pela gestão econômica dos estoques. Acompanha o planejamento
e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento de
material.

1.1 - Objetivos e políticas de estoque:

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A compreensão dos objetivos estratégicos da existência e do gerenciamento do estoque é fundamental


para se definir metas, funções, tipos e estoques e forma como elees afetam as organiações em suas
atividades produtivas e de relacionamento com o mercado.
O investimento em estoques tem dois objetivos estratégicos principais:
• Maximizar os recursos da empresa
Em muitos casos, a formação de estoques prporciona um balanceamento das operações a
organização, possibilitando aumento na eficiência operacional, redução de custos de mão de
obra e maximização da capacidade instalada.
• Fornecer um nível satisfatório de serviço ao cliente ou consumidor
Esse segundo objetivo está relacionado ao nível de atendimento que a organização
supostamente pretende oferecer ao cliente e/ou consumidor. Uma forma de assegurar um
atendimento uniforme é a construção de estoques considerando limites desejáveis de
abastecimento. Mesmo na utilização e conceitos mais avançados de abastecimento, a
manutenção de estoques de segurança é uma prática que visa atener a picos de demanda
devido a oscilações de mercado nem sempre controláveis. O grande problema enfrentado
pelas empresas é o conceito de “satisfatório”, uma vez que ‘satisfatório não é uma medida
exata e o que é satisfatório para um pode não ser para outro. As organizações precisam
estabelecer critérios coerentes p´para medir a satisfação dos clientes.

1.2 Classificação do estoque

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1.3 - Tipos de estoques:


a) Estoque de Produção / Processo
São estoques criados durante a linha de produção ou de processamento do produto, entre o tempo de
produção e o transporte efetivo deste produto até o seu destino final.
b) Estoque de Organização
São utilizados para manter o processo de produção ou suprimento funcionando continuamente se
interrupções.
c) Estoque Regular / Cíclico
Satisfazer a demanda média durante o tempo entre os reabastecimentos sucessivos, que dependem
de:
• Tamanho dos lotes de produção;
• Das quantidades econômicas de embarque;
• Das limitações do espaço de estocagem;
• Dos temos de reabastecimento e ou estoque (TR);
• Do custo da manutenção do estoque.
d) Estoque de Ciclo

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São estoques criados em virtude do ciclo econômico da produção, sendo seus objetivos:
• Redução do custo unitário;
• Redução do setup dos equipamentos (Liga / Desliga);
e) Estoque de Segurança (ES)
São as unidades a mais, mantidas fisicamente disponíveis em um ponto de estocagem.
Prever o caso em que a demanda excede as expectativas ou ainda parte do lote tenha sido reprovado
no controle de qualidade.
f) Estoque Sazonal ou de Antecipação
São os estoque criados para fornecer condições de suprimento quando a capacidade de produção e a
demanda estão desequilibradas. Quando estes períodos são previstos, os estoques podem ser
incrementados (antecipados) para garantir o suprimento.
g) Estoque em Trânsito
São os estoques que estão em trânsito entre o ponto de estocagem ou de produção. Quanto maior a
distância e menor a velocidade de deslocamento, maior será a quantidade de estoque em trânsito.
h) Estoque Virtual (EV)
São os itens que já foram pedidos (adicionado o ponto de pedido) ao setor de compras e este já o
efetivou, mas ainda não chegou ao ponto de armazenagem ou ainda estão em processo de liberação
pelo controle de qualidade.
i) Estoque Obsoleto (Morto)
São partes do estoque que deterioram ou tem sua validade vencida, ou ainda foram danificadas ou
reprovadas na linha de produção.

1.4 - Razões para se manter estoque


- Melhoram o nível de serviço.
✓ Entrega mais rápida com CDs (centros de distribuição) mais próximos.
✓ Níveis de estoque adequados para que não haja falta de produtos vendidos.
- Incentivam economias na produção.
✓ Produção de um número maior de unidades de um mesmo produto, com as mesmas
especificações, o custo unitário tende a diminuir.

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✓ Com a finalidade de manter estoque a empresa tem uma produção constante, sem se preocupar
com as oscilações da demanda. Assim, a força de trabalho pode ser mantida em níveis
constantes e os custos de preparação de lotes podem ser diminuídos.
- Permitem economias de escala nas compras e no transporte
✓ Quando pequenos lotes de compra são gerados para satisfazer necessidades de produção ou
para abastecer diretamente clientes a partir da manufatura, o custo com o frete é maior, já que
não há volume suficiente para obter os descontos oferecidos aos lotes maiores. Assim,
entendemos que o estoque torna possível a obtenção de descontos no transporte, através do
emprego de grandes lotes equivalentes à capacidade dos veículos. Isso gera um custo de frete
unitário menor.
✓ Compra lotes maiores tem melhores condições de negociar descontos e vantagens.
- Agem como proteção contra aumentos de preços.
✓ A formação de estoques protege a empresa contra aumento dos preços. As empresas podem
fazer compras antecipadas quando tiver alguma previsão de aumento nos preços.
- Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento.
✓ Para garantir disponibilidade de produto, deve-se manter um estoque adicional (estoque de
segurança) quando não podemos prever a demanda e incertezas do sistema logístico.
- Servem como segurança contra contingências.
✓ Uma empresa pode ser atingida por diversas contingências, como incêndios, inundações,
greves etc. Assim, os estoques servem para garantir o fornecimento normal nessas situações.

2. Controle de estoques
O objetivo básico: Evitar a falta de material sem que resulte em estoque excessivo às reais
necessidades da empresa. O controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com
demanda.

2.1 - Funções do Controle de Estoques


=> Proporcionar economias de escala:
- através da compra ou produção em lotes econômicos;
- pela flexibilidade do processo produtivo;

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- pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades.

Importante: uma pergunta tradicional e que desperta interesse é: por


que existe estoque?
A formação do estoque está relacionada ao desequilibrio existente entre
a demanda e o fornecimento. Quando o ritmo de fornecimento é maior
do que a demanda, o estoque aumenta. Quando o ritmo da demanda
supera o forncecimento, o estoque diminui, podendo faltar material ou
produto.

Se a taxa de fornecimento fosse igual à taxa de demanda não haveria a necessidade da


formação de estoques. Só isso já confirma a obrigatoriedade da existência do estoquepara alguns
segmentos de mercado e categorias de produtos.
A clássica comparação do reservatório de água de nossa casa é um exemplo característico de
formação de estoque. Se não corressemos o risco de desabastecimento, não haveria a necessidade de
se ter um reservatório.
As tendências da área logística têm direcionado as organizações a reduzir sensivelmente o
nível de estoque por meio de alianças, melhorias nos relacionamentos e aplicação de conceitos de
abastecimento contínuo (just in time). Ainda que estes estoques não sejam eliminados totalmente, sua
quantidade tem sido reduzida.
Especificamente, as funções do controle de estoque são:
a) determinar "o que" deve permanecer em estoque. Número de itens;
b) determinar "quando" se devem reabastecer os estoques. Periodicidade;
c) determinar "quanto" de estoque será necessário para um período predeterminado; quantidade de
compra;
d) acionar o Departamento de Compras para executar aquisição de estoque;
e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;
f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor, e fornecer informações sobre a posição do
estoque;
g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados;
h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

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3 - PRINCÍPIOS DE ESTOCAGEM DE MATERIAIS


Tendo em vista as áreas de movimentação e cuidados especiais, devemos entretanto, seguir os
passos de análise, dentro de um processo logístico (racional), de modo a obtermos melhor rendimento
na aquisição dos equipamentos.
Podemos considerar 20 (vinte) passos importantes a serem tomados:
1. Planejamento: Temos de considerar o melhor método, do ponto de vista econômico, para a
movimentação de materiais, considerando-se as condições particulares de cada operação.
Se analisarmos mais profundamente, na elaboração do planejamento, identificaremos materiais
que em primeiro passo teríamos de transportar, entretanto, modificando a forma de embalagem do
material, poderemos eliminar várias operações a serem realizadas.
Como princípios de planejamento, podemos utilizar a análise 80/20 como demonstra o principio
de Pareto ou definirmos através da classificação ABC.
2. Sistema integrado: A integração é de vital importância, como vimos anteriormente, todas
as áreas estão envolvidas e devemos dar suporte a todas, analisando a operação dos equipamentos
nas áreas de recebimento, estocagem, produção, inspeção, embalagem, expedição e transporte.
Quanto mais versátil for o equipamento, maior a utilização do mesmo, isto quer dizer, quando não
estivermos utilizando o equipamento em uma determinada área, poderá a mesma ser remanejada para
atuar em outra.
3. Fluxo de materiais. O fluxo de materiais, é essencial para a aquisição do equipamento, e
deverá ser planificado o mais retilíneo possível, para que se possa conseguir um ganho maior.
Contendo um bom fluxo, obteremos economia de combustível, Hora /máquina, Homem /hora.
4. Simplificação: A redução de movimentos, a combinação ou eliminação de equipamentos
desnecessários, será de grande importância, para tal devemos utilizar um estudo que defina:
• Tempo e movimentos
• Medida de trabalho.
• Distribuição de trabalho.
• Técnicas de segurança do trabalho;
• Métodos padronizados de movimentos.
Gravidade: Em muitos casos poderemos utilizar a força gravitacional para o transporte de
materiais, fato adotado em dutos, onde os materiais são diluídos em água e por gravitação são

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transportados para outros depósitos onde são reprocessados. Tais processos também se utilizam em
linha reta aproveitando o desnível geográfico.
6. Utilização de espaço: Economizar espaço é a base do sistema de armazenamento de materiais
e uma forma bastante útil é na ocupação de espaços verticais. Veremos adiante, vários tipos de
ocupações verticais, que através de equipamentos e acessórios de empilhadeiras poderemos proceder
a uma boa movimentação de materiais, obtendo uma área limpa e organizada de armazenamento,
com um fluxo econômico de atendimento aos usuários.
7. Tamanho da carga: Diretamente proporcional ao tamanho da carga está a economia em
movimentação de materiais. Devem-se observar as dimensões como também a massa dos materiais,
pois os equipamentos estão projetados para a carga a ser movimentada.
Muitos problemas já ocorreram com a não observância deste item, equipamentos foram adquiridos
e após o recebimento verificou-se que a altura ou largura desequilibrava em relação ao equipamento,
sendo impossível de se transportar os volumes.
8. Segurança: A segurança dos equipamentos está diretamente relacionada com a atenção do
ser humano e a carga a ser manuseada. Isso quer dizer, que poderemos perder vidas humanas e
também a carga. Equipamentos não dimensionados acarretarão prejuízos inevitáveis.
9. Ergonomia: As limitações humanas devem ser observadas e precisam ser reconhecidas e
respeitadas no projeto das tarefas e equipamentos de movimentação, para assegurar operações
seguras e efetivas. A ergonomia é a ciência que busca adaptar o trabalho ou as condições de trabalho
as atividades do homem.
10. Meio ambiente: Os consumos de energia, os resíduos deixados pelos equipamentos, devem
ser analisados quanto ao impacto ambiental e devem obedecer a critérios ambientais quando ao
projeto de utilização dos mesmos.
11. Mecanização: A mecanização é aplicada onde houver utilização de esforço humano,
tornando o trabalho mais agradável e mais econômico em todos os aspectos.
Infelizmente a mecanização tem trazido desemprego ao parque industrial, pois para a aquisição de
equipamentos normalmente se faz uma análise de custo e benefícios para a empresa, sendo o
argumento maior para a aquisição a redução de efetivo.

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12. Seleção do equipamento: Na seleção do equipamento de movimentação, considerar todos os


requisitos do material a ser movimentado e do trajeto e devem trazer a empresa melhores condições
de operação e custo de manuseio.
13. Padronização: A padronização é importante, pois se a cada aquisição optarmos com um
modelo /marca diferentes, teremos sérios problemas no processo de manutenção e sobressalentes para
os equipamentos em operação.
A padronização auxiliará também nos aspectos de dimensionamento das cargas transportadas,
podendo ser utilizado todos os tipos de equipamentos disponíveis na empresa, porque atendem ao
mesmo fator de carga especificada.
14. Flexibilidade: A flexibilidade do equipamento deve ser observada, pois oferece facilidades
de giro, acesso a alturas e transito dentro das instalações prediais.
15. Peso morto: O peso morto do equipamento é aquele que ele carrega sem necessidade em
relação a carga. Apresentam-se como adaptações para redução de fadiga, adaptadores para tração
temporária de veículos e outros.
16. Tempo ocioso: O tempo ocioso deve ser eliminado, não podemos deixar uma máquina
parada, o que onera o capital investido, tornando o equipamento improdutivo, seria como contratar
um funcionário e deixá-lo parado aguardando alguma tarefa a ser executada.
17. Trabalho: Os tempos e movimentos devem ser estudados, observando a minimização da
utilização em cada tarefa, para que possamos obter maior rendimento das máquinas, o que levará a
atender várias atividades por dia.
18. Automação: A automação é o processo de aplicação de tecnologia preocupada na aplicação
de elementos eletromecânicos e sistemas com objetivo de agilizar as operações.
19. Movimentação: A movimentação deve ser constante, observando os itens anteriores,
concluímos que no estudo de viabilidade de aquisição de um equipamento, a movimentação, quer
dizer, a quantidade de tempos ociosos deverá tender a zero.
20. Manutenção: Os equipamentos deverão conter um plano de manutenção preventiva, para
evitar desgaste ou paradas desnecessárias nas operações.
A manutenção preventiva, é o processo de se vistoriar os pontos frágeis dos equipamentos,
originando a troca em tempo hábil das peças desgastadas.

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4 - CARGA UNITIZADA e PALETIZAÇÃO

Conceito: “uma carga constituída de embalagens de transporte, arranjadas ou acondicionadas de


modo que possibilite o seu manuseio, transporte e armazenagem por meios mecânicos e como
uma unidade.”

Os dispositivos que permitem a formação da carga unitária são vários, entre eles o mais conhecido
é o PALLET:

Existem diversos tipos de pallets, que podem ser divididos em classes:


- 4.1. Quanto ao número de entradas:
• Pallets de duas entradas (usado quando o sistema de movimentação de materiais NÃO exige
“cruzamento” de equipamentos de manuseio).
• Pallets de quatro entradas (usado quando o sistema de movimentação de materiais EXIGE
“cruzamento” de equipamentos de manuseio).
- 4.2. Quanto ao número de faces:
• Pallets de uma face (aplicado quando a operação não exige estocagem, ou quando o pallet
pode dispensar reforços, em virtude das características do material a ser manuseado.)
• Pallets de duas faces (é escolhido quando se precisa de uma unidade mais reforçada, ou
quando se quer aproveitar o pallet por duas vidas úteis).

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Como as mercadorias que vão ser acomodadas sobre os pallets não tem o mesmo tamanho,
para cada uma delas é preciso um estudo detalhado do arranjo físico’ sobre o pallet. O pallet, no
entanto, não é o único e nem a melhor forma de portar materiais e formar cargas unitárias. Saindo do
campo das cargas de formatos regulares, como caixas de madeira e papelão, existe a necessidade de
outros tipos de recipientes, como os de metal ou madeira, e ainda surgiram as caçambas.

Os conjuntos montados como motores, por exemplo, podem ser dispostos em racks, que são
estruturas metálicas, nas quais os dispositivos especiais montados sobre o tampo da base
oferecem fácil acomodação ao conjunto, que por sua vez, facilita o manuseio.

Peças de grande comprimento (barras, tubos, etc) tratadas com o auxilio de berços metálicos: que
são estruturas metálicas na dimensão das peças.

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A paletização vem sendo amplamente utilizada em indústrias que exigem manipulação e


estocagem racional de grande quantidade de carga. Ao se acomodar caixas, sacos, engradados,
etc em uma só unidade, tem as seguintes vantagens:
- Economia de tempo, mão de obra e espaço de armazenagem.
E se for bem estruturada, ainda oferece: melhor proteção às embalagens; economia de tempo nas
operações de carga e descarga de caminhões.
Alguns aspectos são de extrema importância, ao se escolher o pallet para operar um
determinado sistema:
=> peso; resistência; tamanho; necessidade de manutenção; material empregado na sua
construção; unidade (para os de madeira); tamanho das entradas para os garfos; custo; tipo de
construção; capacidade de carga; tipo de carga que carregará; capacidade de empilhamento;
possibilidade de manipulação por transportador e viabilidade para operações de estiva.
Para que possamos organizar o empilhamento de forma correta, possuímos algumas regras
facilitam o nosso trabalho. No Brasil, utilizamos o PBR (a sigla PBR significa Palete Padrão
Brasileiro). Esse tipo de pallet possui dimensões padronizadas que tornam mais eficaz todo o processo
de carga e descarga em armazéns, estoques e supermercados de todo o Brasil.

Regra: empilhamento máximo para o Palete Padrão PBR (1,20m x 1,00m x 0,15m) até 1,80m

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Exemplo de cálculo: Quantas caixas, no máximo, podem ser acomodadas em cada palete de
madeira, sendo utilizados os padrões PBR?
• Altura do palete (1,80m) dividido pela altura da caixa
• Comprimento do palete (1,20m) dividido pelo comprimento da caixa
• Largura do palet (1,00m) dividido pela largura da caixa

Exemplo:

1,80 / 0,20 = 9 (altura)

1,20 / 0,39 = 3 (comprimento)

1,00 / 0,32 = 3 (largura)

3 x 3 = 9 caixas por camada

3 x 3 x 9 = 81 caixas por palete

Se eu tiver 120 paletes completos, terei 9.720


caixas

Importante: Ao realizar esses cálculos, não podemos nos esquecer que o


palete de madeira tem 0,15 cm de altura, portanto, devemos considerar que
a altura máxima para um palete completo, seria de 1,80m + 0,15 cm, ou seja:
1,95 m.

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O arranjo mais indicado para determinado tipo depende de:

- Tamanho da carga – formas de paletizar uma carga podem ser diversas.

- Peso do material – o nº de camadas está condicionado à resistência do pallet e da embalagem.

- Carga unitária – o comprimento, largura e especialmente a altura da carga unitária, tomada como
um todo, devem ser considerados.

- Perda de espaço - alguns arranjos podem ser muito ‘vazios’ entre as suas unidades. Além da
perda de espaço, o peso é distribuído desigualmente possibilitando o desmoronamento das pilhas.

- Compacidade – as várias unidades de um arranjo devem se ‘casar’ para que haja o necessário
entrelaçamento do conjunto.

- Métodos de amarração – de acordo com o tipo de fixação das várias unidades de carga em
conjunto (colagem, arqueamento com fitas metálicas ou de nylon, etc) estas poderão ser dispostas
em pallet sem preocupações. Dá-se mais importância ao entrosamento entre as várias unidades,
quando as cargas não são amarradas entre si.

https://www.youtube.com/watch?v=ffS2s9dUi
r0

Saiba mais:

*O estivador é o técnico responsável pela colocação, retirada e/ou arrumação de cargas nos
porões ou sobre o convés de embarcações principais e auxiliares mesmo que estas não sejam
autopropulsadas utiliza-se para tanto de vários recursos técnicos disponíveis assim como operar todos os
equipamentos de movimentação de carga presentes na embarcação (guinchos, tratores, empilhadeiras,
sistemas semi automatizados e automatizados para movimentação de cargas) o estivador é imprescindível
para execução do transporte marítimo ficando encarregado da movimentação e sinalização para
movimentação de cargas e equipamentos a bordo também executa ações de contingência em caso de
acidentes, seja retirando a carga ou a pessoa ferida como também efetuar combate a incêndios e outras
ações. Normalmente confunde-se o estivador com outras classes de operários do porto, o estivador só

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trabalha à bordo nunca em terra, o pessoal que fica sobre carretas ou vagões do lado de fora são os
arrumadores de carga.

Importante: Os elementos destinados a trabalhar com os pallets devem


ser treinados, a fim de saberem qual a maneira mais correta de carregá-
los com volumes de determinados tamanhos.

Resumo do conteúdo apresentado na semana:

Uma das questões que demanda bastante atenção é administração de materiais, que precisa ocorrer
de forma simples, sistemática e suprir a demanda para que não haja desperdícios de
materiais ou atrasos na produção por conta de um produto que ficou sem sua matéria prima, por
exemplo. Seu objetivo principal é determinar o que, quando, como e quanto comprar pelo menor
custo, considerando desde a compra junto ao fornecedor até a entrega do produto final ao
consumidor, atuando como regulador da cadeia de suprimentos de bens, serviços e informações,
satisfazendo as necessidades dos clientes.
Portanto, a administração de materiais equilibra o estoque e o consumo, integrando as
atividades como:
1. Compra que possui a função de identificar possíveis fornecedores com melhor custo-benefício
para a empresa;
2. Armazenagem cuja tarefa é identificar a demanda dos produtos, considerando fatores como
periodicidade, forma de organização e a quantidade a ser estocada;
3. Controle de estoque que administra a entrada e saída de mercadorias, sempre considerando as
informações de outros departamentos como vendas e financeiro para projetar suas ações;
4. Distribuição cuja missão é levar os produtos até os clientes, na quantidade e dentro do prazo
estipulado.
Além disso, vale ressaltar que, a administração de materiais juntamente com a logística possui
impacto direto em fatores primordiais para saúde do negócio como lucratividade, qualidade dos
produtos oferecidos ao mercado e satisfação e fidelização dos clientes.

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Por isso, destacamos que a excelência na gestão da administração de materiais é fundamental


e não pode ser negligenciada. Sendo assim, contar com mão de obra especializada e/ou uma empresa
que preste este tipo de serviço é um a forma inteligente de investir em sua empresa e ter uma
vantagem competitiva com relação aos seus concorrentes.

Bibliografia da semana:

Bibliografia Básica:
Bibliografia Básica: DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 5 ed.
São Paulo: Atlas, 2010. RODRIGUES, P. R. A. Gestão estratégica da armazenagem. 2. ed. São
Paulo: Aduaneiras, 2007. VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo:
Atlas, 2010.
Bibliografia Complementar:
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, D. J; COOPER, M. B; CLOSS, D. J. Gestão da cadeia de
suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. PAOLESCHI, B. Estoques e armazenagem.
São Paulo: Erica, 2014. PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos (supply chain
management): conceitos, estratégias, práticas e casos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. POZO, H.
Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.

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