A vida de Afonso da Maia é marcada pela tragédia.
O suicídio do filho é ultrapassado graças à sua força interior e à dedicação na educação do neto. Os amores incestuosos dos netos provocam a sua morte. O avô de Carlos e Maria Eduarda tem as características de um ancião: baixo e encorpado, possui uma pele envermelhada, cabelo branco muito curto e barba longa e branca. Em jovem, participou em manifestações liberais o que provocou a ira do pai, sendo expulso da casa paterna Mais tarde, partiu para Inglaterra e só voltou a Lisboa após o falecimento do pai. Conheceu e casou com Maria Eduarda Runa e teve com ela dois filhos. As suas atitudes são de bondade e generosidade. Tal como a neta Maria Eduarda, defende os pobres e os fracos. É um homem culto, digno e integro.
Maria Eduarda:
Carlos apaixona-se por Maria Eduarda;
Ela é uma bela e elegante mulher, de pele branca, cabelo loiro e olhos pretos Foi educada num convento em França, porém teve um passado atribulado na companhia da mãe; Viveu em França, é culta, moderna e generosa na sua inclinação para o socialismo e possui um caráter sensato e digno; Viveu com Mac Gren que morreu na guerra franco prussiana e com ele teve uma filha; Quando conheceu Carlos estava a viver com Castro Gomes um brasileiro rico; Depois de descobrir que era irmã de Carlos parte para Paris.
Carlos da Maia:
Apaixona-se pela própria irmã e viveu um amor-paixão incestuoso;
No inicio da obra é apresentado como um homem muito atraente, é alto, bem constituído, possui cabelo e olhos pretos e tem barba; Teve uma dura educação à inglesa, proporcionada pelo seu avô, após o abandono da mãe e o suicídio do pai; É um um homem viajado, de bom gosto e que gosta de luxo Formou-se em medicina na universidade de coimbra; O seu envolvimento numa sociedade lisboeta fútil e ociosa influenciou-o a tornar-se um pelintra.
Pedro da Maia (Pai de Carlos e Maria Eduarda, filho de Afonso)
Apesar de viver em Inglaterra e a da vontade do pai, teve uma educação tipicamente portuguesa, conservadora, católica e super protegida por causa da mãe; A educação e a hereditariedade dos Runas tornou-o melancólico, passivo, nervoso, fraco e adoentado; Fisicamente é baixo, bonito, moreno de olhos escuros; Apaixona-se por Maria Monforte e casa-se contra a vontade do pai, tendo dois filhos: Carlos e Maria Eduarda; A mulher foge com um italiano e leva a filha; Cobardemente, Pedro suicida-se
João da Ega:
Grande amigo e confidente de Carlos;
É cínico, audacioso, inteligente e sentimental; É magro, usa bigode, cabelo comprido e binóculo; Veste-se como um dandi, de forma excessivamente excêntrica; Enquanto estudante de Direito em coimbra, teve uma vida boémia; Mais tarde, vive um amor-paixão adúltero com Raquel Cohen; Esta personagem tem uma grande importância na intriga no duplo reconhecimento do incesto: É a ele que Guimarães revela a verdadeira identidade de Maria Eduarda e é ele que conta a Carlos que mantém uma relação de incesto com a própria irmã.
Personagens-tipo – representam grupos sociais:
Eusebiozinho: teve uma educação tradicional portuguesa que o condicionou a levar
uma vida triste e dissoluta; Alencar – O idealista e sincero. Representa o ultrarromantismo em oposição ao naturalismo. Conde de Gouvarinho – ministro, símbolo da política incompetente; Sousa Neto – é o exemplo do funcionário da administração pública; Palma Cavalão – diretor do jornal Corneta do Diabo pratica o jornalismo corrupto; Dâmaso Salcede – representa o novo riquismo; Steinbroken – ministro da Finlândia é a figura da diplomacia; Cruges – representante do talento artístico; Craft – rico, boémio e culto, faz uso à formação britânica.