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N-2910 REV. C 11 / 2021

Segurança nos Trabalhos em Altura

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A unidade do Sistema Petrobras usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la (“não conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica unidade do Sistema Petrobras usuária desta Norma. É caracterizada por verbos
de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela unidade do Sistema
Petrobras usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 16 CONTEC - Subcomissão Autora.

Segurança Industrial As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno no Sistema Petrobras, e qualquer
reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho (GT), formados por
especialistas do Sistema Petrobras, comentadas e votadas pelas unidades do Sistema Petrobras e
aprovadas pelas Subcomissões Autoras (SC). A Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão
em qualquer tempo pela SC e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou
cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a Norma
Técnica PETROBRAS N-1.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 12 páginas e Índice de Revisões


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N-2910 REV. C 11 / 2021

Sumário

1 Escopo ..................................................................................................................................................3
2 Referências Normativas .......................................................................................................................3
3 Termos e Definições .............................................................................................................................4
4 Requisitos Gerais .................................................................................................................................5
4.1 Acessos por Escadas Fixas ....................................................................................................5
4.2 Utilização de Escadas Portáteis ..............................................................................................6
4.3 Planejamento das Atividades em Altura .................................................................................6
5 Condições Especificas .........................................................................................................................8
5.1 Acesso por Cordas (Alpinismo Industrial) ...............................................................................8
5.2 Equipamentos para Elevação de Pessoas .............................................................................9
5.3 Andaime ..................................................................................................................................9
5.4 Sistema de Proteção Contra Queda .......................................................................................9
5.5 Materiais e Ferramentas ...................................................................................................... 11
6 Capacitação, Treinamento e Certificação ......................................................................................... 11
7 Emergência e Salvamento ................................................................................................................ 11

Tabela

Tabela 1 - Distância para Redes e Cabos de Alta Tensão.....................................................................7

Figura

Figura 1 - Avaliação da Zona Livre de Queda.......................................................................................10

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1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece os requisitos complementares à NR-35 e adicionalmente a NR-18 e


NR-34 dentro do escopo de cada norma.

1.2 A aplicação desta Norma para as empresas da PETROBRAS e suas participações societárias
sediadas no exterior deve ter como princípio o respeito à legislação local, assim como aos demais
requisitos aplicáveis. Fica estabelecido que todas as demais legislações ou referências brasileiras
existentes e destacadas nesta Norma podem servir como insumo ao seu processo de adaptação.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12) - Segurança no Trabalho em Máquinas e


Equipamentos;

Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18) - Condições de Segurança e Saúde no Trabalho na


Indústria da Construção;

Norma Regulamentadora nº 34 (NR-34) - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na


Indústria da Construção, Reparação e Desmonte Naval;

Norma Regulamentadora nº 35 (NR-35) - Trabalho em Altura;

PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;

ABNT NBR 14626 - Equipamento de Proteção Individual Contra Queda de Altura -


Trava-Queda Deslizante Incluindo a Linha Flexível de Ancoragem;

ABNT NBR 14627 - Equipamento de Proteção Individual Contra Queda de Altura -


Trava-Queda Guiado em Linha Rígida;

ABNT NBR 15475 - Acesso por Corda - Qualificação e Certificação de Pessoas;

ABNT NBR 15595 - Acesso por Corda - Procedimento para Aplicação do Método;

ABNT NBR 15986 - Cordas de Alma e Capa de Baixo Coeficiente de Alongamento para
Acesso por Cordas - Requisitos e Métodos de Ensaio;

ABNT NBR 16308-1 - Escadas Portáteis - Parte 1: Termos, tipos e dimensões funcionais;

ABNT NBR 16308-2 - Escadas Portáteis - Parte 2: Requisitos e ensaios;

ABNT NBR 16308-3 - Escadas Portáteis - Parte 3: Instruções para o usuário e marcações;

ABNT NBR 16325-1 - Proteção contra quedas de altura - Parte 1: Dispositivos de


ancoragem tipos A, B e D;

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ABNT NBR 16325-2 - Proteção contra quedas de altura - Parte 2: Dispositivos de


ancoragem tipo C;

ABNT NBR 16489 - Sistemas e equipamentos de proteção individual para trabalhos em


altura - Recomendações e orientações para seleção, uso e manutenção;

ABNT NBR 16710-1 - Resgate técnico industrial em altura e/ou em espaço confinado -
Parte 1: Requisitos para a qualificação do profissional;

ISO 14122-4 - Safety of machinery - Permanent means of access to machinery - Part 4:


Fixed ladders;

ASME B 30.5 - Mobile and Locomotive Cranes.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se as definições da ABNT NBR 16325-1 e os seguintes
termos e definições.

3.1
cesta aérea
equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para execução de trabalho em altura, dotado
de braço móvel, articulado, telescópico ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou sem
isolamento elétrico, podendo, desde que projetado para este fim, também elevar material por meio de
guincho e de lança complementar (JIB), respeitadas as especificações do fabricante

3.2
cesto acoplado
caçamba ou plataforma acoplada a um guindaste veicular para elevação de pessoas e execução de
trabalho em altura, com ou sem isolamento elétrico, podendo também elevar material de apoio
indispensável para realização do serviço

3.3
cesto suspenso
conjunto formado pelo sistema de suspensão e a caçamba ou plataforma suspensa por equipamento
de guindar que atenda os requisitos de segurança deste anexo, para utilização em trabalhos em
altura

3.4
piso de referência
superfície imediatamente abaixo da área de trabalho

3.5
ponto de ancoragem
ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexão de dispositivos de segurança, tais como
cordas, cabos de aço, trava-queda e talabartes

3.6
ponto de ancoragem temporário
aquele que foi avaliado e selecionado para ser utilizado de forma temporária para suportar carga de
pessoas durante determinado serviço

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3.7
Profissional Legalmente Habilitado - PLH
trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe

3.8
Sistema de Proteção contra Quedas - SPQ
sistema destinado a eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou a minimizar as consequências da
queda. O SPQ deve considerar a utilização de:

a) Sistema de Proteção Coletiva contra Quedas – SPCQ (exemplo: guarda corpo) como
medida prioritária;
b) Sistema de Proteção Individual contra Quedas – SPIQ (sistema de ancoragem, elemento
de ligação, cinturão de segurança)

3.9
sistema de retenção de queda
SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada, reduzindo as suas consequências

3.10
Zona Livre de Queda - ZLQ
região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo inferior mais próximo contra o qual o
trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou o piso inferior. A ZLQ é
informada no pictograma do absorvedor de energia e representa a pior situação de queda, ou seja
fator de queda 2

4 Requisitos Gerais

O SPIQ, quando utilizado, deve ser composto de cinturão de segurança tipo paraquedista
(Equipamento de Proteção Individual - EPI), elemento de ligação, sistema de ancoragem e ser
selecionado devendo atender as orientações da ABNT NBR 16489.

4.1 Acessos por Escadas Fixas

4.1.1 Nas instalações onde praticável priorizar a montagem de escadas convencionais (degraus com
espelhos) com guarda corpo.

4.1.2 As escadas fixas verticais tipo marinheiro com altura a partir de 3,5 m para acesso a patamar
de trabalho protegido por guarda corpo, devem dispor de um dos seguinte sistemas de proteção:

a) Sistema de Proteção Individual contra Quedas (SPIQ) conforme ABNT NBR 16489
(combinação de cinturão de segurança e sistema de ancoragem) ou;
b) Sistema de Proteção Coletiva contra Quedas (SPCQ) (gaiola de proteção).

NOTA 1 Para alturas entre 2,0 e 3,5 m deve ser realizada uma análise de riscos para definir as
medidas de proteção.
NOTA 2 Nos acessos operacionais rotineiros, conforme ISO 14122-4, não é recomendada a
combinação de SPIQ com gaiola de proteção. Entretanto para condições especificas deve
ser avaliada sua utilização combinada em função da altura, das condições de ambiente e
tipo de atividade.
NOTA 3 Nas condições em que o trabalhador utilize a escada tipo marinheiro com gaiola para
realização de trabalho (não somente acesso) posicionado na mesma, o SPIQ deve ser
aplicado no momento da realização da atividade.

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4.1.2 Nas condições em que o patamar de trabalho ou a atividade exponha o trabalhador ao risco de
queda, o mesmo já deve acessar portando o SPIQ.

4.2 Utilização de Escadas Portáteis

4.2.1 Os trabalhos em altura ou acessos com utilização de escadas portáteis devem ser planejados
ou possuir procedimento de utilização das escadas. Em ambos os casos deve ser realizada análise
de risco.

4.2.2 A seleção e aquisição de escadas portáteis deve observar os requisitos da


ABNT NBR 16308-1, ABNT NBR 16308-2 e ABNT NBR 16308-3.

4.2.3 Para utilizar escadas portáteis, deve ser observada a sua capacidade de carga e inclinação
conforme instruções do fabricante. Os pontos de apoio devem ser escolhidos de modo a evitar
escorregamento, devendo ser fixadas se necessário.

4.2.4 A fixação ou apoio das escadas portáteis não dispensa a utilização do SPIQ quando a análise
de risco indicar a sua utilização.

4.2.5 Não é permitida a utilização escadas portáteis (como por exemplo: escada de mão, escada de
abrir), de qualquer altura, sem fixação da escada e sem uso de SPIQ, nas seguintes situações de
trabalho:

a) próximo as extremidades de pisos elevados;


b) próximo a guarda corpo de pisos e passadiços com diferença de nível.

4.3 Planejamento das Atividades em Altura

4.3.1 Na etapa de planejamento do trabalho em altura devem ser atendidos os seguintes requisitos:

a) estabelecer procedimento de execução da atividade, definindo claramente as atividades


rotineiras e atividades não-rotineiras;
b) prever acesso ao local de realização do trabalho e para o seu abandono ou resgate em
caso de emergência;
c) considerar movimentação de cargas, equipamentos e materiais;
d) selecionar o sistema e os pontos de ancoragem e de apoio do sistema de içamento na
estrutura;
e) avaliar condições de armazenamento no local de trabalho elevado;
f) avaliar estabilidade da estrutura de suporte;
g) considerar perigos associados a: instalações elétricas (ver Tabela 1), escavações, tipo e
resistência do piso, existência de linhas subterrâneas, presença de gases, trabalhos
simultâneos, espaço confinado, trabalhos sobre o mar, riscos relativos a processos ou a
interferência desses nas atividades, dentre outros;
h) prever sinalização e isolamento da área sob o local de trabalho;
i) considerar zona de queda;
j) estabelecer condições ambientais mínimas para realização da operação (visibilidade,
velocidade de vento, chuva, temperatura ambiente, descargas atmosféricas, condições
de mar e trabalho noturno);
k) prever inspeção de ferramentas e equipamentos;
l) prever meios de comunicação;
m) identificar possíveis incompatibilidades químicas dos equipamentos e acessórios
(conforme orientações do fabricante) com produtos existentes no local;
n) elaborar análise de risco, definir forma de supervisão e, quando aplicável, emitir
Permissão para Trabalho (PT) conforme PETROBRAS N-2162.

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Tabela 1 - Distância para Redes e Cabos de Alta Tensão

Voltagem Distância mínima


(kV) (m)
até 50 3,1
de 51 a 200 4,6
de 201 a 350 6,1
de 351 a 500 7,7
de 501 a 750 10,7
de 751 a 1 000 13,8
Tabela baseada na ASME B 30.5

4.3.2 Para toda atividade rotineira de trabalho em altura deve ser elaborado um procedimento,
contendo no mínimo os requisitos da NR-35.

4.3.3 Para atividades não-rotineiras de trabalho em altura deve ser atendida a norma PETROBRAS
N-2162.

4.3.4 O sistema e pontos de ancoragem devem:

a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;


b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização;
d) ser indicados com detalhamento (tipos de estrutura a ser utilizada e sua localização);
e) atender as ABNT NBR 16325-1 e ABNT NBR 16325-2, conforme o tipo de ancoragem
empregado.

4.3.5 A linha de ancoragem (flexível - conforme ABNT NBR 14626 e rígida - conforme
ABNT NBR 14627) deve ser tecnicamente avaliada quanto a sua integridade e resistência para
suportar a carga prevista.

4.3.6 Na condição de ventos superiores a 40 km/h e inferiores 55 km/h, o trabalho em altura só deve
ser autorizado quando atendidos os seguintes requisitos:

a) justificada a impossibilidade do adiamento do trabalho por meio de documento escrito,


contendo medidas de proteção adicionais aplicáveis, assinado por profissional de
segurança e pelo responsável pela execução das atividades e anexada a análise de
risco em vigor;
b) realizado de forma assistida por profissional de segurança e pelo responsável pela
execução das atividades.

NOTA 1 Os requisitos e as condições de vento para trabalhos em altura realizados por acesso por
cordas estão definidos na NR-35.
NOTA 2 Nas atividades operacionais em sondas de perfuração, desde que estejam cobertos por
procedimentos baseados em análise de risco, não se aplicam as necessidades de
autorização pautados nos requisitos estabelecidos em a) e b), entretanto, o limite da
condição de vento ao máximo de 55 km/h deve ser respeitado.

4.3.7 A análise de risco, além de atender aos critérios da NR-35, deve considerar as interferências
(como por exemplo: cantos vivos, superfícies quentes ou abrasivas, hidrocarbonetos, produtos
químicos, vento, redes elétricas etc.) que possam comprometer a integridade dos trabalhadores, dos
equipamentos e cordas.

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4.3.8 É vedada a realização de qualquer trabalho em altura de forma individual ou isolada, tornando-
se necessária a presença de outro trabalhador para apoio na execução da atividade e/ou auxílio em
caso de emergência.

NOTA Este item não se aplica a acessos operacionais rotineiros, realizados conforme item 4.1.

5 Condições Especificas

5.1 Acesso por Cordas (Alpinismo Industrial)

5.1.1 Para a execução de trabalho em altura, com a técnica de acesso por cordas, devem ser
atendidos os critérios da NR-35 e das ABNT NBR 15475 e ABNT NBR 15595.

5.1.2 O Plano de Ancoragem das atividades de acesso por corda deve ser elaborado na fase de
planejamento da atividade pela empresa responsável pelo acesso por cordas, atendendo ao item
4.3.4, ser específico para cada local de trabalho e conter os seguintes itens mínimos:

a) nome da empresa responsável pela atividade de acesso por cordas;


b) nome e Registro Profissional do Profissional Legalmente Habilitado (PLH) da empresa;
c) referência ao parecer do PLH, quando este for emitido de forma remota;
d) nome do profissional N3 da contratada de acesso por cordas que irá supervisionar a
atividade;
e) caracterização do acesso em simples ou complexo conforme ABNT NBR 15595;
f) definição dos pontos de ancoragem (descrever os tipos de pontos a serem utilizados);
g) métodos a serem utilizados (transições complexas/críticas, forma de ancoragem, tipo de
progressão e descida);
h) roteiro de acesso (trajeto previsto do local de acesso inicial até os locais/setores de
trabalho);
i) para trabalhos complexos de acesso por cordas, conforme ABNT NBR 15595, incluir
desenhos esquemáticos, croqui ou imagens.

5.1.3 Cada área de negócios deve definir em seus procedimentos/padrões internos as


responsabilidades pela aprovação do plano de ancoragem antes da sua execução.

5.1.4 Os trabalhos em altura com acesso por cordas devem ser precedidos de um plano de resgate
considerando o cenário da execução dos serviços (ver Seção 7 desta norma).

5.1.5 Nos trabalhos em altura com acesso por cordas devem ser utilizados cordas e acessórios
novos, sem uso anterior. A reutilização das cordas e acessórios é permitida apenas na unidade
operacional que os recebeu e manteve sua guarda, desde que garantida a rastreabilidade.

5.1.6 No recebimento das cordas e acessórios devem ser apresentados, ao SMS local, os atestados
de qualidade, de resistência e de conformidade de fabricação.

5.1.7 Cada unidade deve estabelecer uma sistemática de identificação das cordas e acessórios no
ato de seu recebimento.

5.1.8 As cordas e acessórios devem ser armazenados e mantidos conforme recomendação do


fabricante ou fornecedor, em local com acesso permitido somente à equipe de execução do trabalho.

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5.1.9 As cordas e acessórios devem ser inspecionados de acordo com os critérios da


ABNT NBR 15595, com periodicidade mínima de seis meses em atendimento a NR-35. As cordas
utilizadas devem atender aos requisitos da ABNT NBR 15986.

5.1.10 As cordas e acessórios devem possuir, obrigatoriamente, carga de ruptura mínima de 22 kN.

5.1.11 As cordas de execução do trabalho e a corda de segurança devem ser distintas e de cores
diferentes, devendo estar conectadas a pontos de ancoragem independentes.

5.1.12 Em função do tipo de utilização (esforço, atrito, tração, impacto etc.) ou exposição a agentes
agressivos que possam causar degradação, as cordas e acessórios devem ser segregados,
inutilizados e descartados.

5.1.13 Em paradas de manutenção, os sistemas de acesso por cordas somente devem ser montados
após a unidade ser considerada liberada pela área de operação.

5.1.14 Quando os trabalhos de acesso por cordas ocorrerem com a unidade em operação, deve ser
realizada inspeção no local, identificando possíveis pontos de contato (como por exemplo, pontos
quentes ou frios, “vents” atmosféricos, descarga de válvulas de segurança, pontos de
amostragem/drenagem) e aplicadas as devidas medidas de controle para evitar danos as cordas e
acessórios.

5.1.15 No encerramento das atividades do dia, as cordas e acessórios devem ser removidos ou
acondicionados no local onde estão instalados, de forma que não comprometam a sua integridade.

5.2 Equipamentos para Elevação de Pessoas

Para a realização de trabalhos em altura nos quais sejam utilizadas cestas aéreas, cestos acoplados
ou cestos suspensos devem ser considerados os requisitos da NR-12, da NR-18 e da NR-34
conforme campo de aplicação estabelecido para cada norma, tendo os riscos cobertos por análise de
risco.

5.3 Andaime

5.3.1 A montagem e desmontagem de andaimes devem ser realizadas atendendo os requisitos


estabelecidos na NR-18 e na NR-34, conforme campo de aplicação estabelecido para cada norma.

5.3.2 Para andaimes montados há 30 dias ou mais, deve ser elaborado um cronograma para
inspeção, de forma a verificar as suas condições de segurança e a continuidade da liberação para
uso. Devem ser anexadas etiquetas que demonstrem a liberação ou a proibição de uso.

5.4 Sistema de Proteção Contra Queda

5.4.1 Os equipamentos, acessórios de proteção contra queda e sistema de ancoragem devem ser
utilizados exclusivamente para trabalhos em altura.

5.4.2 Os equipamentos, acessórios de proteção contra queda e sistema de ancoragem devem ser
certificados de acordo com normas técnicas nacionais ou, na ausência dessas, de acordo com
normas técnicas internacionais.

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5.4.3 Os equipamentos, acessórios de proteção contra queda e sistema de ancoragem devem ser
inspecionados na aquisição, periodicamente e antes da realização de qualquer trabalho em altura de
modo a garantir que estejam dentro do seu prazo de validade e em perfeitas condições de uso,
recusando os que apresentem defeitos ou deformações. Cada unidade da PETROBRAS deve definir
a sistemática de registro das inspeções em conformidade com os critérios da NR-35.

5.4.4 As inspeções periódicas devem ser feitas, no mínimo, com base nos critérios estabelecidos
pelos fabricantes.

5.4.5 Qualquer equipamento e acessório de proteção contra queda que sofrer uma ocorrência
imprevista, que possa alterar sua integridade e funcionalidade, devem ser substituídos imediatamente
e encaminhado para análise e inspeção.

5.4.6 Os equipamentos reprovados na análise e inspeção devem ser inutilizados e descartados.

5.4.7 O talabarte com absorvedor de energia deve ser utilizado conforme previsto no item de
equipamentos de proteção individual, acessórios e sistemas de ancoragem da NR-35, levando em
consideração o comprimento de abertura total em relação à zona livre de queda.

5.4.8 A utilização de equipamentos e acessórios de proteção contra queda (talabarte, absorvedor e


elemento de engate do cinto de segurança) deve levar em consideração a soma do comprimento dos
mesmos e prever uma distancia de segurança mínima de 1 m do piso de referencia, considerando o
ponto de contato mais baixo do trabalhador, conforme Figura 1.

Ponto Ponto
peitoral dorsal

Comprimento
do talabarte

Comprimento
do absorvedor (aberto)

Distância máxima entre


o pé do usuário e os pontos
de ancoragem (aprox. 1,5 m)

Altura de segurança
(aprox. 1,0 m)

Figura 1 - Avaliação da Zona Livre de Queda

5.4.9 Deve ser limitada a angulação do talabarte ou linha flexível com a vertical, a fim de reduzir o
efeito pendulo em caso de queda considerando as possíveis interferências (por exemplo: impacto
contra estruturas e cabos elétricos).

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5.4.10 Ganchos e mosquetões devem ter travamento duplo.

5.4.11 Os pontos de ancoragem previstos no planejamento, tanto os permanentes quanto os


temporários, devem ser devidamente identificados “in loco” antes da execução dos trabalhos.
Qualquer alteração na escolha desses pontos deve ser precedida de um novo planejamento.

5.5 Materiais e Ferramentas

5.5.1 Antes da realização de qualquer trabalho em altura os materiais e ferramentas a serem


utilizados devem ser inspecionados de modo a assegurar que estejam em perfeitas condições de
uso.

5.5.2 Devem ser adotadas medidas preventivas para evitar queda de objetos, materiais e
ferramentas durante a realização de trabalhos em altura.

5.5.3 Toda a movimentação vertical de materiais e ferramentas deve ser feita através de cordas ou
sistemas próprios de içamento, não sendo permitido o lançamento em queda livre.

6 Capacitação, Treinamento e Certificação

6.1 Todos os trabalhadores que exerçam atividades em altura devem possuir documentação que
comprove a capacitação e treinamento conforme a NR-35.

NOTA O profissional selecionado para desempenhar a atividade de montagem de andaime deve


atender aos requisitos da NR-18 e da NR-34, conforme campo de aplicação estabelecido
para cada norma.

6.2 Na modalidade de trabalho de acesso por cordas, somente deve ser aceito certificado emitido por
entidade acreditada pelo INMETRO como Organismo de Certificação de Pessoas.

NOTA O certificado de profissional de acesso por corda somente é válido quando emitido a partir
da data de acreditação da respectiva entidade.

7 Emergência e Salvamento

7.1 Além do atendimento aos requisitos da NR-35, a equipe de resgate deve ser dimensionada
considerando o pior cenário de resgate.

7.2 Para acesso por cordas deve ser elaborado um plano de resgate especifico pelo supervisor
conforme ABNT NBR 15595.

7.3 A equipe de resgate deve ser qualificada seguindo os critérios da ABNT NBR 16710-1.

7.4 O plano de resgate deve ser adequado ao tipo de ambiente, considerando os cenários críticos
com base na análise de risco do trabalho.

NOTA Os planos de resgate para atividades rotineiras ou frequentes, em que os recursos e


cenários não se alteram ao longo do tempo, podem ser atendidos por um plano de resgate
padrão da unidade.

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7.5 Nos trabalhos em altura em espaço confinado, que não somente acesso, deve ser realizada uma
simulação de resgate imediatamente após a primeira avaliação local do respectivo espaço confinado,
considerando o pior cenário identificado no plano de resgate.

NOTA Nos casos em que o ambiente possua riscos específicos (como por exemplo atmosfera
inerte), o exercício do simulado pode ser realizado em outro ambiente controlado.

7.6 Os equipamentos e acessórios, também, devem ser dimensionados considerando o pior cenário
de resgate e ter documentos que comprovem sua rastreabilidade. Devem ser identificadas possíveis
incompatibilidades químicas (conforme orientações do fabricante) com produtos existentes no local.

7.7 As unidades devem realizar a verificação de seus planos de resgate, de suas atividades em
altura sendo realizadas, checando no mínimo os seguintes itens:

a) disponibilidade dos equipamentos de resgate, bem como seu estado de conservação,


conforme descrito no plano;
b) conhecimento dos membros da equipe de resgate nas suas atribuições, do local de
realização dos trabalhos e possíveis cenários acidentais;
c) estimativa de tempo necessária para realizar o resgate no pior cenário, podendo ser
utilizado como referência a aplicação do item 7.5.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Seção 4 Inclusão do item de alpinismo industrial

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão

IR 1/1

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