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AFYA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS - GARANHUNS

MARCELA NOBRE BELTRÃO

SISTEMAS ORGÂNICOS E INTEGRADOS V


Lordose, cifose e escoliose

GARANHUNS
2024
MARCELA NOBRE BELTRÃO

SISTEMAS ORGÂNICOS E INTEGRADOS V


Lordose, cifose e escoliose

Trabalho apresentado à disciplina de


Sistemas Orgânicos e Integrados V, como
requisito parcial para obtenção de nota em
Sistemas Orgânicos e Integrados V do
curso de medicina.

Orientador: Prof. Ernando Gouveia.

GARANHUNS
2024
1. Quais as diferenças entre lordose, cifose e escoliose? Sempre são patológicas?

A coluna vertebral é uma estrutura que faz parte do esqueleto axial,


apresentando como funções: absorção de cargas, permitir movimentação e proteção
da medula espinal. A anatomia da coluna vertebral está perfeitamente adaptada para
prover essas funções. Em relação a composição básica da coluna, temos como
elementos principais as chamadas vértebras, sendo elas sete cervicais, doze
torácicas, cinco lombares, cinco sacrais fundidas e quatro segmentos coccígeos,
também fundidos, totalizando 33 vértebras. (Moore; Dalley; Agur, 2019)
A coluna vertebral tem curvaturas fisiológicas, que incluem a lordose cervical
e lombar, cifose dorsal e sacrococcígea. Essas curvaturas são essenciais para auxiliar
na posição ereta, bem como a marcha do indivíduo. Já a escoliose é sempre uma
curvatura patológica. (Oliveira, 2011)
Desse modo, a lordose é uma curvatura normal da coluna vertebral sendo,
então, consideradas fisiológicas ajudando a distribuir o peso corporal e manter o
equilíbrio. No entanto, uma lordose acentuada ou anormal pode ser patológica e
causar problemas, como dor lombar e fadiga. Porém, a acentuação da lordose nem
sempre é considerada patológica, visto que também possuem causas fisiológicas,
como a lordose no período da gravidez, entre outras. (Gianini et al., 2017)
Já a cifose é uma curvatura que faz com que a coluna se curve para trás. No
entanto, uma cifose excessiva (hipercifose) pode resultar em uma postura “corcunda”
- dorso arredondado, e ombros projetados para frente. Essa condição pode ser
patológica e estar associada a problemas posturais, dor nas costas e dificuldade
respiratória. Essa condição pode ocorrer devido a problemas psicológicos, como baixa
autoestima ou depressão, maus hábitos posturais, como ficar sentado com corpo
curvado à frente, falta de condicionamento físico, traumatismo na coluna e outros.
(Meves et al., 2022)
O termo escoliose refere-se as curvaturas laterais da coluna vertebral. Essas
curvas ocorrem associadas a torção da coluna vertebral, podendo ser classificada
como estrutural, funcional ou idiopática, sendo boa parte de origem desconhecida. A
escoliose é mais prevalente em adolescentes com idade 11-18 anos do sexo feminino.
Pode ser diagnosticada através de exames radiográficos, através da medida do
ângulo de Cobb, com valores de deslocamento superiores a 10° de desvio lateral.
(Silva et al., 2018)
Ademais, as curvaturas naturais da coluna desempenham funções essenciais
para o corpo humano, sendo fundamentais para a sua saúde e bem-estar. No entanto,
quando ocorrem alterações significativas nessas curvaturas, podem tornar-se
patológicas, representando um problema que requer atenção por parte dos estudantes
e profissionais da área médica. Reconhecer os sinais de que uma curvatura se tornou
patológica é crucial, pois isso permite a implementação de medidas de suporte e
tratamento adequadas. Esse conhecimento não apenas melhora a eficácia do
tratamento, mas também ajuda a prevenir complicações adicionais e a progressão do
quadro clínico.
REFERÊNCIAS

GIANINI, R. J. et al. SOS ortopedia. São Paulo: Manole, 2017.

MEVES, R. et al. ANATOMIC AND FUNCTIONAL ANALYSIS OF THORACIC


KYPHOSIS AND LUMBAR LORDOSIS. Coluna/Columna, v. 21, n. 2, 2022.

MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia Orientada para a


Clínica. 8o ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.

OLIVEIRA, A. Deformidades da Coluna no Adolescente. Nascer e Crescer, v. 20, n.


3, p. 197–200, set. 2011.

SILVA, H. L. DA et al. Efeitos da técnica isostretching em pacientes com escoliose:


uma revisão sistemática. ConScientiae Saúde, v. 17, n. 1, p. 101–108, 30 mar.
2018.

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