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AFYA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS - GARANHUNS

MARCELA NOBRE BELTRÃO

SISTEMAS ORGÂNICOS E INTEGRADOS IV


História natural da infecção pelo HIV

GARANHUNS
2023
MARCELA NOBRE BELTRÃO

SISTEMAS ORGÂNICOS E INTEGRADOS IV


História natural da infecção pelo HIV

Trabalho apresentado à disciplina de


Sistemas Orgânicos e Integrados IV, como
requisito parcial para obtenção de nota em
Sistemas Orgânicos e Integrados IV do
curso de medicina.

Orientador: Prof. Felipe de Melo Souza.

GARANHUNS
2023
1. Como é a história da infecção pelo HIV?

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) surge devido à infecção


pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e é caracterizada pela imunossupressão
associada a infecções oportunistas, processos malignos e degeneração do sistema
nervoso central.
O HIV, um retrovírus, ataca seletivamente os linfócitos T CD4+, células
imunes responsáveis pelo controle e coordenação da resposta imune à infecção.
Como resultado, indivíduos com HIV apresentam alterações no sistema imunológico,
tornando-se mais susceptíveis a infecções graves por microrganismos que
normalmente não representam ameaça. A transmissão do vírus ocorre por meio de
contato sexual, perinatal ou exposição a sangue contaminado, especialmente através
do uso de drogas injetáveis.
A progressão típica da infecção pelo HIV abrange três fases: infecção
primária, fase de latência ou crônica assintomática e AIDS franca. Durante a infecção
primária, a replicação viral aumenta, resultando em cargas virais elevadas e redução
na contagem de linfócitos T CD4+. Os sinais e sintomas dessa fase surgem cerca de
um mês após a exposição ao HIV, incluindo febre, fadiga, mialgia, dor de garganta,
sudorese noturna, distúrbios gastrintestinais, linfadenopatia, erupção cutânea
maculopapular e cefaleia.
Posteriormente, a fase primária é sucedida por um período latente, no qual
não há sinais ou sintomas da doença. Esta fase latente tem uma duração aproximada
de 10 anos, durante os quais a contagem de linfócitos T CD4+ diminui gradualmente,
passando da faixa normal de 800 a 1.000/μl para 200/μl ou menos. Alguns indivíduos
podem apresentar linfadenopatia durante essa fase.
Finalmente, a terceira fase, conhecida como AIDS franca, ocorre quando a
contagem de linfócitos T CD4+ atinge valores inferiores a 200/μl ou quando há o
desenvolvimento de uma doença definidora de AIDS. Sem tratamento antirretroviral,
esta fase pode evoluir para óbito em poucos anos. O risco de infecções oportunistas
e morte aumenta significativamente quando a contagem de linfócitos T CD4+ cai
abaixo de 200/μl, tornando o indivíduo suscetível a diversas doenças, como herpes
simples, candidíase, meningite criptocócica, toxoplasmose, molusco contagioso,
demência, doença linfoproliferativa e tuberculose (uma das principais causas de
mortalidade em pessoas afetadas pela AIDS).
REFERÊNCIAS

GOLDMAN L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 26ª Edição. Rio de


Janeiro: ELSEVIER, 2022.

PORTH CM, Matfin G. Fisiopatologia. 8º edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara


Koogan, 2010.

KASPER, Dennis L. Medicina interna de Harrison. 20º edição. Porto Alegre: AMGH,
2020.

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