PÚBLICA
UNIDADE I
Conceitos Fundamentais em Saúde Pública
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Hospedeiro: Homem ou animal (inclusive aves e artrópodes), que ofereça, em
condições naturais, substância ou alojamento a um agente infeccioso.
Incubação: É a fase de uma doença infecciosa que vai do momento da infecção até
o aparecimento dos primeiros sintomas. Mortalidade: incidência de mortes em uma
comunidade em determinado período de tempo.
Exercícios Propostos
1. Defina.
Agente Etiológico:
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Antígeno:
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Anticorpo:
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Vetor:
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Zoonose:
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2. Explique.
Período de latência:
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Morbidade:
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Mortalidade:
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UNIDADE II
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hospitalizados, com grupos específicos das populações e com problemas que afetam a
comunidade como um todo.
Exercícios Propostos
1. Defina Saúde Pública e cite suas funções.
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UNIDADE III
Evolução da Doença
Durante a evolução da doença, podemos ter “recaída” (após a cura clínica, os sinais
e sintomas da doença reaparecem), ou a recidiva (ocorre após o período de latência).
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Os níveis de aplicação de medidas assistenciais na prevenção, promoção,
recuperação e reabilitação da saúde, estão divididos em três fases: primária, secundária e
terciária.
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cidadãos e a comunidade como um todo, e vai variar de acordo com a doença e o
conhecimento de quando e onde aplicar medidas para interromper sua história natural.
A comunidade desempenha um importante papel em todos os níveis de prevenção,
envolvendo a utilização de técnicas e métodos disponíveis para supressão de agentes
causadores de doenças e o auxílio aos cidadãos na prevenção de doenças e incapacidade.
A saúde da comunidade está determinada pela interação do homem e seu ambiente
e o impacto dos serviços de saúde sobre estes, portanto, podemos concluir que a saúde da
comunidade é algo mais que a soma da saúde de cada um dos seus membros.
Exercícios Propostos
1. Defina período pré-patogênico e patogênico.
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UNIDADE IV
Atividades desenvolvidas em Centros de Saúde
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normais; identificação das principais queixas, observação de sinais que possam indicar
anormalidades, encaminhamento para consulta médica, se necessário; reforço e
complementação de orientações, realização de orientações, realização de
encaminhamentos necessários. É realizado pelo auxiliar de enfermagem ou enfermeira.
Exercícios Propostos
A. Explique o que são atendimentos de rotina e atendimento eventual.
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UNIDADE V
Programas de Saúde
São diretrizes traçadas pelo Ministério da Saúde e que devem ser seguidas pelas
Secretarias de Saúde.
Temos como objetivo a melhoria das condições de saúde da população e isso é feito
através dos seguintes programas:
Objetivos Específicos:
• Assegurar o direito da mulher às ações da saúde gerais e específicos, que incluem
promoção, proteção e recuperação da saúde.
• Assistir às necessidades globais da saúde da mulher, tanto as que abrangem o
aparelho reprodutor, quanto as decorrentes das condições de saúde nas
necessidades ginecológicas, obstétricas, clínicas e mentais.
• Diagnosticar e tratar o mais precocemente possível suas patologias.
• Assegurar assistência até o fim da vida.
Assistência Ginecológica
Dá-se através de consultas médicas de rotina, de orientações individuais ou em
grupo, procurando sanar o problema vivido naquele momento e orientá-la quanto aos
problemas futuros que poderão surgir.
Executam-se procedimentos voltados para o diagnóstico, tratamento e profilaxia
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das doenças do aparelho reprodutor (inclusive câncer de colo de útero e de mama),
doenças sistêmicas (desnutrição, doenças crônico-degenerativas, etc), doenças
sexualmente transmissíveis e orientação e acompanhamento de planejamento familiar.
Colpocitologia Oncótica
Tem por objetivo o diagnóstico precoce do CA de colo uterino, através da coleta de
material feita pelo médico, enfermeira ou auxiliar de enfermagem (treinados para isso).
O material (muco) é colhido com uma espátula descartável que se encaixa no colo
uterino e é feito em movimento giratório. Esse material colhido é colocado em uma lâmina
e separado para ser enviado ao laboratório.
O resultado do exame virá do laboratório até a próxima consulta da cliente.
Colposcopia
Tem como objetivo, também, o diagnóstico precoce do câncer de colo uterino.
É feito somente pelo médico, através do uso do colposcópio (aparelho que aumenta
as células), para observação da superfície do colo e células diferenciadas, antes e após a
aplicação de ácido acético (5%).
O colo uterino é rotineiramente fotografado, assim como, eventuais lesões, quanto
presentes.
Após isso, é feito o teste de Schiller (passa-se uma solução de iodo no colo uterino).
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• Medicação Tópica.
• Exame Ginecológico e Relações Sexuais 48 horas antes do exame.
• O exame não é realizado durante o período menstrual. (sangramentos não
menstruais, não contra-indicam o exame).
Ao fazer o auto-exame, toda mulher deve ter as seguintes noções: as mamas nem
sempre são rigorosamente iguais.
O auto-exame não substitui o exame ginecológico de rotina; a presença de nódulo
mamário não é, obrigatoriamente, neoplasia maligna; um grande número de problemas
nas mamas é descoberto pela própria mulher.
Portanto, oriente a cliente que não adianta só olhar, tem que tocar.
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colo uterino como o de mama, são responsáveis pela grande maioria dos óbitos na
população feminina.
Portanto, oriente a cliente a fazer pelo menos uma vez por ano um exame com
colpocitologia e não esquecer de examinar suas mamas mensalmente.
Assistência Pré-Natal
São realizados procedimentos que visam promover a saúde e identificar
precocemente os problemas que possam resultar em risco para a saúde da gestante e do
concepto.
Atividades Realizadas
• Orientações quanto a importância do pré-natal.
• Acompanhamento da evolução da gravidez com consultas médicas periódicas:
- Uma vez por mês até o 7º mês.
- A cada 15 dias no 8º mês.
- Semanalmente no 9° mês de gestação.
• Orientações sobre a gestação e parto, através de palestras.
• Orientações gerais quanto aos cuidados que a gestante dever ter em relação a seu
corpo durante a gestação.
• Orientações quanto a alimentação, vestuário, exercícios e vacinação.
• Orientações quanto aos cuidados com o recém-nascido.
• São solicitados exames de rotina (urina, hemograma, PPF, VDRL, fator Rh, tipo
sangüíneo, glicemia).
• Preparo psicológico para o parto e puerpério.
Assistência ao Puerpério
É o período que se inicia logo após o parto e dura por Seis Semanas.
Atividades Realizadas
• Acompanhamento das modificações que ocorrerão para o corpo da mulher voltar ao
normal (involução uterina, incisão cirúrgica, etc.), através de consultas médicas e de
enfermagem periódicas.
• Orientações através de palestras quanto aos cuidados com ela e o recém-nascido.
• Orientações quanto ao planejamento familiar.
• Orientações quanto a importância do aleitamento materno e como fazê-lo.
• Orientações quanto a alimentação adequada e hidratação.
Planejamento Familiar
É um grande recurso utilizado para orientação dos casais, a fim de permitir que o
mesmo decida qual o método mais adequado para evitar uma gravidez.
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Através de palestras e ilustrações, são ensinados de maneira fácil e clara quais os
métodos anticoncepcionais existentes e como eles funcionam.
A partir daí, o casal irá decidir quando quer ter um filho ou como não tê-lo.
Métodos Anticoncepcionais
- Diafragma:
É um anel de borracha que tem por função recobrir a entrada do útero e impedir a
passagem do espermatozóide.
Deve ser colocado antes do ato sexual e retirado somente após 8 horas.
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- Camisa de Vênus (Camisinha):
É uma bolsa cilíndrica que é colocado no pênis ereto, de modo a envolvê-lo,
evitando que o esperma penetre na vagina.
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menstrual regular, ou seja, ciclo de 28 dias ou outro intervalo de dias fixos. Calculam-se os
dias férteis pela data da ovulação que ocorre, aproximadamente, no meio do ciclo (se for
um ciclo de 28 dias, a ovulação ocorrerá em torno do 14º dia).
Como este é um dado aproximado, deve-se respeitar um período de segurança de 4
dias antes e 4 dias após a metade do ciclo.
- Geléia Espermicida:
É um creme colocado na vagina e tem corno objetivo a destruição dos
espermatozóides. Por apresentar uma grande margem de erro, deve ser usado junto com o
diafragma.
Seu uso apresenta vários inconvenientes, entre eles a excessiva secreção vaginal,
irritação ou inflamação da vagina. Atualmente seu uso vem sendo abandonado.
Obs: Um método muito utilizado é o coito interrompido, porém, não é nada seguro,
já que qualquer quantidade de sêmen depositado na vagina ou próximo a ela, tem uma
quantidade muito grande de espermatozóides. Assim, a chance de uma gravidez é
extremamente grande, se a mulher estiver no período fértil.
Assistência ao Climatério
É o conjunto de alterações somáticas e psíquicas que ocorrem no final do período
reprodutor da mulher.
É realizado através de procedimentos que visam orientar a mulher a compreender o
que é menopausa e prepará-la para essa nova fase da vida.
A menopausa é o fim da menstruação e da vida fértil da mulher.
Uma mulher só é considerada menopausada, após estar sem menstruar por 12
meses consecutivos.
Atividades Desenvolvidas
• Diagnóstico e tratamento precoce das patologias próprias da idade.
• Introdução da mulher nos grupos de trabalho da Unidade Básica de Saúde.
• Apoio psicológico.
• Orientações quanto aos sinais e sintomas que ocorrem ou podem ocorrer nessa fase
e quando podem aparecer (para a maioria das mulheres ocorre por volta de 45 a 52
anos).
• Orientações quanto a necessidade ou não de reposição hormonal (controle e
indicação feitas pelo médico).
• Orientações quanto a alimentação adequada.
Objetivos Específicos
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• Promover a melhoria da assistência à criança, mediante atendimento de rotina, de
forma precoce, periódica e contínua.
• Detectar o mais precocemente possível processos patológicos, que prejudicam a
evolução do crescimento e desenvolvimento da criança.
• Imunizar, através de vacinas, para aumentar a resistência da criança.
Existem dois modelos de gráficos padronizados, em azul para meninos e rosa para
as meninas, isto porque, as características de crescimento são diferentes entre os sexos.
São elas:
• Incentivo ao aleitamento e orientação alimentar para o desmame (educação e
informação quanto ao processo e importância da lactação; tratamento de problemas
biológicos que possam impedir o aleitamento e apoio à implantação de alojamento
conjunto).
• Assistência e controle das infecções respiratórias agudas (diagnóstico precoce e
tratamento imediato da doença no centro de saúde e, se necessário,
encaminhamento à serviços mais complexos).
• Imunização (será visto à parte).
• Controle de doenças diarréicas (diagnóstico precoce e tratamento imediato,
utilizando como instrumento a terapia de reidratação oral, principalmente).
• Assistência e controle das doenças alérgicas (diagnóstico precoce e orientações
quanto aos cuidados com o alérgico).
• Fornecer suplemento alimentar para crianças desnutridas menores de 5 anos.
• Controle da cárie dentária e doenças peridontais, através do serviço de Saúde Bucal.
Atividades Desenvolvidas
• Orientações quanto aos diferentes tipos de alimentos para cada faixa etária:
- De 0 a 4 meses: exclusivamente leite materno
- De 4 a 12 meses: leite materno, ovos, carnes, frutas, vegetais e água.
- A partir dos 12 meses: alimentação rica em proteínas, vitaminas e carboidratos.
• Orientação quanto a alimentos alternativos (utilização de partes não convencionais
dos alimentos).
• Orientações quanto a saúde bucal (educação alimentar, escovação correta dos
dentes após as refeições, uso de fio dental).
• Atendimento odontológico.
• Atendimento médico.
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• Vacinação.
• Controle de peso, estatura e desenvolvimento neuro-motor.
• Distribuição de leite para crianças desnutridas.
• Distribuição de flúor e soro de reidratação.
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• Vacina contra hepatite B - 1ª dose - A primeira dose da vacina contra a hepatite
B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-
nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias
da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.
1 mês.
• Vacina contra hepatite B - 2ª dose.
2 meses.
• VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) - 1ª dose - contra diarréia por
Rotavírus. É possível administrar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus
Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de
vida).
4 meses.
• VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) - 2ª dose - contra diarréia por
Rotavírus. É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus
Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas
de vida).
6 meses
• VOP (vacina oral contra pólio) - 3ª dose - contra poliomielite (paralisia
infantil).
9 meses
• Vacina contra febre amarela - dose única - A vacina contra febre amarela está
indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residem ou que irão
viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO
e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e
RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar
para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.
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12 meses.
• SRC (tríplice viral) - dose única - contra sarampo, rubéola e caxumba.
15 meses.
• VOP (vacina oral contra pólio) - reforço - contra poliomielite (paralisia infantil)
4-6 anos.
• DTP (tríplice bacteriana) - 2 º reforço - contra difteria, tétano e coqueluche.
10 anos
• Vacina contra febre amarela – reforço.
• FA - dose inicial - contra febre amarela. Adolescente que resida ou que for viajar
para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF),
área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e
área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em viagem
para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias antes da viagem.
• SCR - dose única - contra sarampo, caxumba e rubéola. Adolescente que tiver duas
doses da vacina Tríplice Viral (SCR) devidamente comprovada no cartão de
vacinação, não precisa receber esta dose.
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A cada 10 anos por toda a vida
• dT - reforço - contra difteria e tétano. Adolescente grávida, que esteja com a vacina
em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 5 (cinco) anos, precisa receber uma
dose de reforço. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deve ser
antecipada para cinco anos após a última dose.
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que a tríplice. Já a d T, contém menor quantidade de toxóide diftérico.
Indicação:
Dupla Tipo Infantil (DT): Em crianças até 5 anos e 11 meses, que tenham
contra-indicação à tríplice.
Dupla Tipo Adulto (d T): Em pessoas a partir de 7 anos que não tenham
recebido DPT ou DT.
Doses e Intervalos:
DT: mesmo esquema da DPT
d T: duas doses com intervalo de 60 dias e uma terceira dose seis meses após a
segunda.
Reforço: as pessoas com esquema básico completo e reforços atualizados, devem receber
mais uma dose a cada 10 anos.
Via de Administração: intramuscular profundo (IM) na região do deltóide, glúteo ou
vasto lateral da coxa (em menores de um ano).
Dosagem: 0,5 ml.
Conservação: Em geladeira entre 4º e 8º C.
Reação Pós-Vacina: Irritabilidade e febre.
- Em Gestante
Gestante Não Vacinada: deve ser aplicada 2 doses de d T (ou na sua falta TT), com
intervalo de 60 dias.
1ª Dose: Administrada o mais precocemente possível na gestação.
2ª Dose: Até 20 dias antes do parto.
3ª Dose: Seis meses após a 2ª Dose (deve ser administrada para adequada proteção da
mãe e prevenção do Tétano neonatal em gestação futura).
Obs: Quando a gestante já estiver vacinada com três doses, aplicar um reforço a
cada 5 anos.
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Obs: no caso de diarréias graves e/ou vômitos intensos, recomenda-se adiar a
vacinação.
Conservação: em geladeira entre 4º e 8º C.
Obs: após abertura do frasco, este deve ser utilizado no prazo máximo de uma
semana. Em caso de regurgitação ou vômito logo após a sua administração, deve ser
aplicada nova dose.
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Via de Administração: subcutânea (SC).
Contra-Indicações: As mesmas das contra-indicações gerais.
Conservação: Em geladeira entre 4º e 8º C.
Obs: Após a diluição, a vacina deve ser aplicada no prazo máximo de 1 hora.
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Via de Administração: Intramuscular, no deltóide.
Reação Pós-Vacina:
- Pode ocorrer cefaléia, mal estar, fadiga, febre, náuseas e perda do apetite.
Conservação: Em geladeira entre 2º e 8º C.
Vacina Anti-Herpética
Indicação:
- Recomenda-se para clientes portadores de herpes vírus (oftálmico, orogenital, Zooster).
Doses e Intervalos: 3 séries de 6 doses, uma a cada 7 dias.
Reforço: Após 6 meses e após 1 ano (sempre em três séries).
Via de Administração: Subcutânea profunda.
Obs: Essa vacina diminui a freqüência e a gravidade das lesões, melhorando o
conforto do cliente.
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Vacina Pneumo 23
Idade para Vacinação: A partir de 2 anos.
Indicação:
- Específica para pacientes imunodeprimidos, esplenectomizados, idosos (> de 60 anos).
Reforço: A cada 5 anos.
Via de Administração: Intramuscular na região glútea ou deltóide.
Obs: Já vem com seringa própria.
Quadro Clínico
- Poliúria.
- Polidipsia.
- Cansaço.
- Polifagia.
- Perda de peso.
- Dormência ou dor nas mãos e pés.
- Perda de consciência em casos extremos.
Controle do Diabetes
Feito através de dieta, medicação (insulina ou hipoglicemiante oral) e exercícios
físicos moderados.
Orientação
- Quanto à medicação, dieta e exercícios físicos.
- Incentivo ao tratamento e educação para a auto aplicação, autocontrole e monitorização.
- Participação em grupos especializados.
- Cuidados gerais de higiene.
- Importância do cuidado com os pés.
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• Reabilitar os casos com seqüelas.
• Conscientizar o indivíduo quanto a importância da dieta e da medicação.
Quadro Clínico
- Cefaléia (principalmente na nuca).
- Taquicardia.
- Fraqueza.
- Tontura.
- Náuseas.
- Mal Estar.
Orientações
- Quanto à continuidade da medicação prescrita.
- Quanto à dieta.
- Evitar stress e o nervosismo.
- Participação em grupos especializados.
Quadro Clínico
- Manchas hipocrônicas e insensíveis.
- Queda dos pelos.
- Dormência e formigamento.
- Regiões Anestesiadas.
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Diagnóstico
- Exame físico e anamnese.
- Baciloscopia.
- Biopsia das lesões.
- Reação de Mitsuda.
- Testes de sensibilidade ao calor, dor e tato.
Obs: Um resultado “positivo” desse teste indicará que o indivíduo apresenta certa
resistência e pode evoluir para a forma tuberculóide. Ao contrário, um resultado “negativo”
indicará falta de resistência e provável evolução para forma Virchowiana.
Orientações
• Proteção dos pés e mãos, devido a falta de sensibilidade.
• Exame físico freqüente, para detecção de possíveis lesões.
• Quanto ao cuidado com as lesões existentes:
- Importância do tratamento e dos medicamentos corretos.
- Importância dos exames anuais para controle.
Quadro Clínico
- Tosse que persiste ao tratamento comum.
- Hipertermia à tarde.
- Sudorese à noite.
- Dor no peito ou nas costas.
- Perda de peso.
- Fraqueza.
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- Palidez.
- Anorexia.
- Escarro hemoptóico (em casos avançados).
Diagnóstico
- Cultura de BK no escarro.
- Raio X de tórax.
- Prova Tuberculínica (PPD - teste de Manteaux): em casos específicos.
Teste de Manteaux
É usada uma proteína purificada, extraída da cultura de bacilos mortos da
tuberculose.
Dose: Aplicado 0,1 ml intradérmico na face anterior ou dorsal do braço.
Leitura: Feita após 72 horas.
Característica do Teste: Forma uma enduração (botoeira).
Interpretação
- 0 - 4mm = não reator.
- 5 - 9mm = reator fraco (duvidoso).
- > 10mm = reator forte.
Obs: Esse teste auxilia no diagnóstico, porém, não deve ser usado isoladamente (a
reação “positiva” indica que o indivíduo teve contato com o bacilo, mas não que tenha a
doença, porém deve receber o tratamento preventivo).
Tratamento
- Medicamentos (por um período de, no mínimo, 3 meses).
- Dieta
- Repouso.
Orientações
- Importância do tratamento correto.
- Importância da alimentação adequada e repouso.
- Higiene.
- Importância do acompanhamento médico.
Atividades Desenvolvidas
- Discussões sobre saúde mental junto à população.
- Trabalhos em grupos de gestantes, pais, tuberculosos e hansenianos.
- Diagnóstico e tratamento a nível ambulatorial de clientes encaminhados de outros
serviços de saúde.
- Orientação quanto a importância do tratamento correto.
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- Auxiliar na readaptação social.
- Assistência a todos que necessitem atendimento específico nessa área.
Atividades Desenvolvidas
- Palestras e discussões sobre os processos de diminuição gradual da capacidade fisiológica
e como conviver com ela.
- Atendimento médico.
- Promover encontros da terceira idade com organização de bailes, festas, caminhadas.
- orientar quanto à importância da alimentação e hidratação corretas.
- orientar quanto à importância de visitas periódicas ao médico.
- orientar quanto às atividades que pode realizar em casa.
- orientar quanto aos cuidados de higiene.
- orientar quanto à importância da participação nos programas de assistência específicos.
• FA - dose inicial - contra febre amarela. Adulto / idoso que resida que irá viajar
para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF),
área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e
área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em viagem
para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias antes da viagem.
• SR e/ou SCR - dose única - contra sarampo, caxumba e rubéola. A vacina dupla
viral - SR (Sarampo e Rubéola) e/ou a vacina tríplice viral - SCR (Sarampo,
Caxumba e Rubéola) deve ser administrada em mulheres de 12 a 49 anos que não
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tiverem comprovação de vacinação anterior e em homens até 39 (trinta e nove)
anos.
60 anos ou mais
• Influenza - dose anual - contra influenza ou gripe. As vacinas contra Influenza são
oferecidas anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso.
• Momentos de Amnésia
- Não demonstrar impaciência diante de seus lapsos de memória.
- Procurar ajuda especializada.
- Dar-lhe atenção, sempre que possível.
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• Distúrbios Digestivos
- Oferecer alimentos leves e sem gordura.
- Fazer várias refeições ao dia.
• Tendência a Arteriosclerose
- Evitar alimentos ricos em colesterol.
- Estimular e promover exercícios leves (caminhadas).
Exercícios Propostos
1. O que são Programas de Saúde e quais os seus objetivos?
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3. Quais os exames ginecológicos mais conhecidos para prevenção do
câncer de colo uterino? Explique-os e cite por quem são realizados.
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11. O que são e para que servem os métodos anticoncepcionais?
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20. Que orientações você daria à criança ou à mãe, para evitar a cárie
dentária?
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25. Complete os quadros abaixo
Idade Vacinas
BCG
DPT e Poliomielite
Sarampo
Tríplice Viral
dT
Hepatite B
26. Qual a via de administração das seguintes vacinas: DPT, tríplice viral,
BCG, Sabin, Hepatite B e Sarampo?
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34. Explique para que são realizados os testes de: Mitsuda e Manteaux.
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UNIDADE VI
Visita Domiciliar
E uma ação de saúde feita junto às famílias, no seu local de moradia, com o objetivo
de conhecer a realidade e coletar dados para auxiliar o planejamento da assistência,
visando a promoção e proteção da saúde de grupos da comunidade.
É realizada pelo auxiliar de enfermagem, enfermeiro ou agente de saúde.
Importante
• A atitude do agente de saúde é fundamental para o sucesso da realização da visita.
• O profissional deve assumir atitude compreensiva para com as dificuldades que a
família enfrenta (deve ser simpático, permitir que a família exponha seus
problemas, respeitando seus traços culturais e experiências).
• Não deve assumir atitude crítica, dizendo à família que tudo está errado (primeiro
deve conquistar a confiança das pessoas, para depois sugerir e aconselhar mudanças
nos hábitos familiares).
• As visitas domiciliares devem ser anotadas sempre que realizadas, evitando-se fazer
anotações na frente do cliente.
• O preenchimento atende às exigências de cada instituição.
Exercícios Propostos
1. O que é visita domiciliar?
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UNIDADE VII
Noções de Saneamento Básico
Além de conservar e melhorar a saúde, a Saúde Pública se encarrega de prevenir a
doença, orientando não apenas o homem doente, mas também os que não estão,
investigando as causas das doenças que existem no ambiente que o rodeia.
A saúde pública, no controle das doenças, tem como um de seus principais aliados o
“saneamento do meio”.
Saneamento do meio, segundo a OMS, é “o controle de todos os fatores do meio
físico que exercem ou podem exercer efeito deletérico sobre o bem estar físico, mental e
social do ser humano”.
- Saneamento dos locais de trabalho, das escolas, dos hospitais, das habitações e dos
clubes.
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Saneamento Básico:
É a parte do saneamento do meio voltada para os seguintes serviços:
- Abastecimento de água.
- Água
Formando rios, lagos, oceanos, lençóis subterrâneos, vapor da atmosfera etc.
A água está em constante movimentação no nosso planeta, através do ciclo
hidrológico.
O calor solar provoca a evaporação; o vapor sobe e precipita-se sob a forma de
chuva, granizo ou neve.
Parte dessa precipitação tendo alcançado o solo, corre superficialmente em direção
aos lagos, rios e oceanos; outra penetra a terra, formando os lençóis subterrâneos, e outra
ainda, volta para a atmosfera.
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Lençóis Freáticos ou Livres: São de água livre e fica mais próxima a superfície
podendo, portanto, ser mais facilmente contaminado.
Uso da Água
- Doméstica: Alimentação, higiene pessoal e ambiental.
- Pública: Escolas, hospitais.
- Comercial: Bares, restaurantes, escritórios.
- Recreacional: Piscinas.
- Agrícola: criação de animais, irrigação de plantações.
- Industrial: Como matéria prima.
Água e Doenças
Água como veículo de doenças por agentes microbianos.
Ex: Cólera, febre tifóide, poliomielite, etc.
Abastecimento de Água
Meio Rural
Nos meios rurais, onde não existe sistema de água encanada, o abastecimento é
feito através da retirada de água de poços, rios etc., sendo que a captação da água é feita
principalmente através de poços (freáticos ou artesianos).
Para que os poços freáticos ou rasos não sejam contaminados, é preciso que sejam
obedecidos alguns critérios como:
- Usar outro material que não corda para puxar a água do poço, pois pode ser fonte de
microorganismos, sendo mais aconselhável o uso de bombas normal ou motorizada.
- Localização: Devem ser localizados no ponto mais elevado do lote e direção oposta aos
escoamentos provenientes de fossas, depósitos de lixo, etc.
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Recomendam-se as Seguintes Distâncias
- A 15 metros de fossas secas a 20 metros de fossa séptica a 45 metros de fossa negra.
- A 15 metros de depósitos de lixo.
Desinfecção:
- Deve ser feita sempre após o término da construção do poço.
- Após qualquer reparo e sempre que houver suspeita de contaminação.
- Utiliza-se hipoclorito de sódio ou hipoclorito de cálcio.
Meio Urbano
Nos meios urbanos, onde ocorrem maiores concentrações populacionais, há a
necessidade de um sistema público de abastecimento de água.
- A caixa d’água deve ser lavada com água sanitária a cada 6 meses.
- A água de ingestão deve ser filtrada, fervida (15 minutos após levantar fervura), ou
clorada (1 gota de cloro para cada litro d’água).
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Esgotos
Os esgotos são constituídos por excretas humanos e água de uso doméstico,
comercial, industrial, etc.
A disposição inadequada de esgotos, principalmente em países subdesenvolvidos,
pode disseminar doenças que, associadas a outros fatores, como má nutrição, resultam em
um alto índice de morbidade e mortalidade.
As doenças mais comuns derivadas da disposição inadequada de esgotos são:
• Diarréia.
• Verminose.
• Teníase.
• Esquistossomose.
• Cólera e outras.
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Coleta e Tratamento
Existem dois tipos de sistema de disposição de esgoto doméstico: o do meio rural e
o do meio urbano.
No Meio Rural
O tipo de solução usada para coleta dos dejetos são as fossas.
- Fossa Seca:
Esse tipo de fossa é feito especificamente para a deposição de dejetos humanos, sem
auxílio ou interferência de água, e nela as águas domésticas não têm acesso.
É construída fazendo-se uma escavação não profunda, de cerca de 2,5 metros, sem
atingir o lençol freático (fica a 1,5 metro deste, evitando a contaminação).
A fossa seca deve ser protegida contra enxurradas, coberta por uma “casinha” sem
luz direta, com ventilação junto ao teto e sem janelas, para evitar moscas.
Esse tipo de fossa deve ser utilizado somente até que os dejetos alcancem cerca de
40 cm abaixo do nível do terreno, quando então deve ser aterrada, abrindo-se outra em
local diferente.
Enquanto a fossa estiver em uso, sua abertura deve ser mantida fechada com tampa
de madeira ou de cimento.
- A distância entre a fossa e um poço de água deve ser de, no mínimo, 15 metros.
- Fossa Negra:
É um tipo de fossa semelhante à fossa seca, porém o seu fundo atinge ou está a uma
distância inferior a 1 ,5m do lençol freático. Não é uma solução recomendável do ponto de
vista sanitário, pois contamina o lençol freático. Seu uso só é tolerável quando o
abastecimento de água não for proveniente do lençol freático ou quando puder ser
localizado, no mínimo, a 45m de distância do poço e em local inferior a este.
Fossa Séptica:
Consistem em caixas de concreto fechadas e impermeáveis, enterrada no solo, que
recebe todo o dejeto proveniente dos vasos sanitários, lavatórios, tanques de lavar roupa,
pias de cozinha e ralos.
É aconselhável que as águas provenientes das pias de cozinha, passem por uma
caixa de gordura antes de chegarem à fossa.
Na caixa séptica, as matérias insolúveis do esgoto doméstico são digeridas e
sedimentadas, sofrendo decomposição por meio da ação de bactérias anaeróbias.
A limpeza dessas caixas deve ser feita a cada 6 meses ou 2 anos.
O uso da fossa séptica limita-se a mais ou menos 300 pessoas.
No Meio Urbano
Com o crescimento das comunidades e o aumento da concentração demográfica,
tornou-se necessária a utilização de soluções de caráter coletivo (sistema público) para
remoção e a disposição das águas residuais.
As águas residuais provêm basicamente de quatro fontes:
- Esgotos Domésticos: material fecal, águas de lavagem (banho, roupas, utensílios e pisos).
- Resíduos Líquidos Industriais: são, de modo geral, líquidos orgânicos provenientes de
indústrias alimentícias, matadouros e outras fontes similares.
- Águas Pluviais.
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- Águas de Infiltração: provenientes do sub solo, introduzindo-se na rede de esgotos.
O esgoto sai pelas canalizações sanitárias individuais, sendo despejado nos coletores
gerais das ruas, de onde é encaminhado para uma estação de tratamento.
As estações de tratamento têm como objetivo reduzir os conteúdos orgânico,
inorgânico e microbiano, limitando os riscos que estes representam para a saúde pública e
o meio ambiente.
Dessa forma, preservam-se os rios, lagos e mares para fins de abastecimento,
agricultura, indústria e recreação.
Existem vários tipos de tratamento de esgoto: lagoa de oxidação, decantadores,
grades, desintegradores, etc.
Classificação do Lixo:
- Domiciliar: proveniente das residências.
- Comercial: proveniente de estabelecimentos comerciais.
- Industrial: proveniente das indústrias.
- Público: proveniente da varreção e capinação de vias, parques, mercados, etc.
- Radioativo: proveniente de usinas atômicas.
- Contaminado: proveniente de hospitais, laboratórios, ambulatórios, etc.
Acondicionamento:
O acondicionamento inadequado do lixo oferece meios para proliferação e
desenvolvimento, principalmente, de moscas, ratos e baratas.
O acondicionamento é de responsabilidade direta da população.
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Coleta e Transporte do Lixo:
É um serviço público (atualmente terceirizado).
a) Local e Freqüência:
- Local: normalmente o lixo a ser coletado é colocado na calçada, na frente de casa.
- Freqüência: o lixo domiciliar é coletado geralmente 3 vezes por semana.
- Lixo de hospitais, comerciais e de escolas deve ser coletado diariamente.
Para o tratamento do lixo pelo sistema público, os métodos mais indicados são:
- Aterro Sanitário: método eficiente que não causa dano ao ambiente. O lixo é
depositado em uma escavação previamente preparada no terreno, espalhado, compactado,
coberto diariamente com camadas de terra de 15 cm de espessura e compactado
novamente.
É um processo de custo mais elevado, que exige técnica e local apropriado.
- Digestão Aeróbica: tratamento feito por fermentação, que visa estabilização da
matéria orgânica em adubo podre. O adubo resultante não é aconselhável para alimentos
que são consumidos crus.
- Reutilização dos Resíduos: este método permite o reaproveitamento de metais,
papel, vidro, trapos e plásticos como matéria prima. É utilizado o método da coleta
seletiva.
- Incineração: é um método eficiente, desde que não contribua para a poluição do ar. As
cinzas produzidas requerem solução quanto ao destino. As latas devem ser separadas e
compactadas
- Sistema de Desativação Eletrotérmica: é feito por uma máquina, similar a
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gigantescos fornos de microondas, que esquenta e fuzilam a estrutura molecular dos
germes, sem queimar o lixo nem produzir fumaça.
Após esse processo, o lixo pode ser depositado em aterros sanitários convencionais.
Este é o método mais moderno que existe e será usado para tratar o lixo hospitalar.
Lixo Hospitalar:
É o conjunto de resíduos resultantes das atividades do hospital.
Classificação:
- Resíduos Médico-Cirúrgicos: são aqueles provenientes das salas de cirurgia, de
parto, de curativo e laboratório.
- Resíduos Alimentares: é o refugo de preparo de alimentos e sobras não utilizadas por
pacientes e funcionários.
- Ciscos: resíduos provenientes de limpeza geral do hospital (papel, trapos, latas,
varreduras de piso, etc.).
- Resíduo Séptico: é todo lixo proveniente de unidades consideradas contaminadas.
Acondicionamento:
Deve ser acondicionado em sacos descartáveis de polietileno de coloração branco
leitosa.
Material cortante deve ser previamente acondicionado em latas ou caixas
reforçadas.
Lixo séptico deve ser separado e identificado com listras padronizadas, avisos, etc.
Transporte:
Deve ser feito em veículos próprios: fechados, não permitindo o derramamento do
lixo e passíveis de limpeza adequada.
Destino final:
Atualmente a solução indicada por lei é a incineração, porém já foram importadas
máquinas que operam pelo sistema de desativação eletrotérmica, que serão usados para
esse fim.
Saneamento de Habitação:
Uma habitação adequada faz parte das necessidades básicas do homem,
contribuindo para seu bem-estar físico, mental e social. Proporciona abrigo e preserva a
intimidade e individualidade das pessoas.
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A proliferação de favelas, cortiços e habitações subnormais, a falta de espaço, a
ausência de saneamento básico, a promiscuidade e a total ausência de conforto contribuem
para o aparecimento de doenças físicas e mentais.
Psicológica:
- Satisfação estética
- Acesso adequado ao trabalho, escola, serviços de saúde e pontos de lazer.
- Proteção contra acidentes.
- Facilidade para a manutenção de limpeza da casa e higiene dos moradores.
Epidemiológicas:
- Disponibilidade de água em quantidade e qualidade.
- Disposição adequada de esgotos e águas residuais.
- Segurança e limpeza fora do domicílio.
- Local adequado para lavagem de roupa.
- Espaço suficiente para reduzir ao mínimo a infecção por contágio.
- Proteção do reservatório doméstico de água contra a poluição.
- Ausência de insetos e animais transmissores de doenças.
Alimentos Deteriorados:
São os alimentos que entraram em processo de putrefação e produção de toxinas
devido ao cultivo de fungos, bactérias, vírus, etc.
Essa deterioração pode ocorrer por vários fatores.
Ex: Conservação além do prazo de validade previsto.
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Alimentos Adulterados:
Os que sofreram modificação de características, com perda de nutrientes e /ou
adição de substâncias estranhas e prejudiciais à saúde do consumidor.
Essa adulteração pode ocorrer por vários fatores.
Ex: Utilização de hormônios ou antibióticos em animais de corte ou que forneçam
derivados (ovos, leites).
Exercícios Propostos
1. O que é saneamento básico e qual sua importância para a Saúde
Pública?
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4. Que orientações você daria a uma pessoa que fosse construir um poço?
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5. Que orientações você daria a uma pessoa sobre o cuidado com a caixa
d’água?
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8. Que orientações você daria a uma pessoa que fosse construir uma fossa
seca?
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10. Que orientações você daria a uma pessoa que fosse construir uma fossa
séptica?
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UNIDADE VIII
Doenças Endêmicas e Epidêmicas
Endêmica:
É o aparecimento de moléstias que ocorrem mais ou menos constantemente em
determinada localidade.
Epidêmica:
Surto extenso ou período de incidência exageradamente elevada de uma moléstia
em uma comunidade ou região.
Paredêmia:
Epidemia muito difundida que atinge a maioria dos habitantes de uma região ou,
mesmo, o mundo inteiro.
Modo de Transmissão:
- Direta pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectado.
- Indireta por meio de transfusão sangüínea contaminada pela Plasmodium, ou pelo uso de
material de injeções contaminada, também por via congênita.
Reservatório: Homem
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Vetor: Mosquito Anopheles (Fêmea).
Período de Incubação:
- P. Falciparum 12 dias.
- P. Vivax 14 dias.
- P. Malariae 30 dias.
- P. Malariae 3 anos.
- P. Vivax 1 a 2 anos.
- P. Falciparum 1 ano.
Quadro Clínico:
As manifestações clínicas da malária diferem de acordo com a espécie do
Plasmodium infectante e com o grau de imunidade do hospedeiro humano.
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- Coma.
Diagnóstico:
- Exames laboratoriais (sangue e urina, etc.).
- Exame clínico.
Tratamento:
- Medicamentos antimaláricos (cloroquina, Quinina, Amodiaquina).
Profilaxia:
- Combate ao Transmissor (inseticidas).
- Educação Sanitária
- No domicílio, uso de repelentes, inseticidas de ação residual, telas em janelas e portas,
uso de mosqueteiro nas camas.
- Controle de doadores de sangue.
- Tratamento de portadores.
- Medidas de saneamento (aterro e drenagem), para eliminação dos focos.
- Melhoria das Habitações.
- Tratamento profilático individual de acordo com a faixa etária.
- Notificação Compulsória.
Cuidados de Enfermagem
- Controle de sinais vitais.
- Observar e anotar quantidade e características das eliminações.
- Estimular repouso e alimentação.
- Higiene e troca de roupa,s quando necessário.
- Hidratação e medicação, de acordo com prescrição médica.
- Observar e anotar sinais de complicações.
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Modo de Transmissão: Picada do mosquito Aedes aegypti ou Haemagogus infectados.
Quadro Clínico
- Pode se apresentar de uma maneira indefinida, quase sem sintomas.
- Febre.
- Cefaléia.
- Dores musculares generalizadas.
- Prostração intensa.
- Às vezes calafrios.
- Náuseas.
- Vômitos.
- Diarréias.
Complicações:
- Desidratação.
- Icterícia.
- Oligúria ou anúria.
- Manifestações hemorrágicas (equimoses, epistaxes, diarréia sanguinolenta).
- Obnubilação.
- Torpor.
- Coma.
Diagnóstico:
- Exame clínico.
- Exames de laboratório (sangue e urina, etc.).
Tratamento:
Não há medicamentos específicos, só sintomáticos (antitérmicos e analgésicos).
Profilaxia:
- Combate ao vetor.
- Vacinação.
- Vigilância epidemiológica.
- Notificação compulsória.
Cuidados de Enfermagem:
- Controle de sinais vitais
- Cuidados de higiene
- Observar e anotar quantidade e características das eliminações
- Observar e anotar sinais de complicações
- Estimular repouso e alimentação
- Promover conforto ao paciente, devido a sua condição dolorosa.
- Administrar medicação prescrita.
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É uma doença febril aguda que se caracteriza por começo repentino e, nos casos
mais graves (dengue hemorrágica), pode levar a morte.
Reservatório: Homem.
Quadro Clínico:
- Febre (tem duração de 5 a 7 dias).
- Cefaléia intensa.
- Dores oculares.
- Mialgias.
- Artralgia.
- Erupção cutânea (pode aparecer 3 a 4 dias depois de começar a febre).
Complicações:
- Hipovolemia.
- Trombocitopenia.
- Hepatomegalia.
- Pneumonia.
- Alterações no miocárdio.
- Convulsões.
Diagnóstico:
- Exame físico.
- Exames de laboratório (sangue).
Tratamento:
- Medicações sintomáticas.
- Reposição de líquidos perdidos, através de hidratação venosa e sangue.
- Oxigenoterapia (para pacientes cianóticos ou dispnéicos).
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Profilaxia:
- Combate aos vetores.
- Evitar acúmulo de água em vasos, latas, pneus, vidro (combate ao criadouro).
- Manter caixas d’água e reservatórios limpos e tampados.
- Uso de mosquiteiros e repelentes.
- Notificação compulsória.
Cuidados de Enfermagem:
- Controle de sinais vitais.
- Cuidados de higiene.
- Hidratar e medicar, conforme prescrição médica.
- Proporcionar conforto ao paciente, devido a sua condição dolorosa.
- Estimular repouso.
- Oxigenoterapia, se necessário.
- Observar e anotar quantidade e característica das eliminações,
- Observar e anotar sinais de complicações.
- Estimular alimentação e, se necessário e prescrito, passar sonda nasogástrica.
Agente Etiológico:
- Schistosoma Mansoni (Brasil).
- Schistosoma Haematobium.
- Schistosoma Japonicum.
Modo de Transmissão: A infecção se adquire por contato com água que contém larvas
(cercarias), provenientes dos caramujos infectados pelo miracídeo (ovo).
Fezes de pessoas infectadas com ovos penetram no caramujo água (larvas) penetra
no homem e o infestam.
Quadro Clínico: Vai depender do número e local onde estão os parasitas no homem:
Na Esquistossomose Aguda:
- Diarréia (às vezes com sangue).
- Febre.
- Cefaléia.
- Calafrios.
- Sudorese.
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- Náuseas.
- Vômitos.
- Pruridos no local de entrada da larva.
- Dor abdominal.
- Emagrecimento.
- Anorexia.
- Mialgias.
- Tosse.
Na Esquistossomose Crônica:
O quadro clínico vai depender do órgão afetado.
O órgão mais comumente afetado é o fígado porém, pode acometer o pulmão, rins e
sistema nervoso central.
Complicações:
- Varizes Esofágicas.
- Comprometimento Pulmonar.
- ICC.
Diagnóstico:
- Exame Físico.
- Raio X.
- Exame de Laboratório (sangue, fezes).
- Biópsia Retal.
Tratamento:
- Medicamento antiparasitário.
- Diuréticos (nos casos de ascites).
- Esplenectomia, em alguns casos.
Profilaxia:
- Instalação de rede de esgotos.
- Combate ao caramujo.
- Não fazer uso de águas paradas.
- Educação sanitária.
- Tratamento medicamentoso específico.
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- Notificação compulsória.
Cuidados de Enfermagem:
- Controle de sinais vitais.
- Cuidados de higiene.
- Observar e anotar quantidade característica das eliminações.
- Medicar conforme prescrição médica.
Modo de Transmissão:
- Através do contato com fezes contaminadas, com as mucosas, conjuntivas ou a pele.
- Por transfusão sangüínea.
- Acidentes de laboratório.
- Via transplacentária e através do leite materno.
Período de Incubação:
- Aproximadamente 5 a 14 dias após a picada do vetor ou 30 a 40 dias após a transfusão.
Quadro Clínico:
Na Fase Aguda: Geralmente passa desapercebida.
Observação:
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As manifestações da fase aguda podem regredir espontaneamente, entrando o
paciente em um estado de cura aparente, podendo permanecer assintomático por cerca de
10 a 20 anos.
Na Fase Crônica:
- Miocardite Chagásica.
- Megaesôfago.
- Megacólon.
Complicações:
- Ocorrem de acordo com o órgão afetado.
- Disfagia.
- Regurgitação.
- Constipação Intestinal.
- Insuficiência cardíaca.
- Arritmias.
Diagnóstico:
- Exame físico.
- Anamnese.
- Exames laboratoriais (sangue).
- Raio X.
- ECG.
Tratamento:
- Medicamentos Sintomáticos.
Profilaxia:
- Aplicação de inseticida de efeito residual.
- Melhoria de habitação.
- Educação sanitária.
- Seleção de doadores de sangue.
- Uso de mosquiteiros.
- Notificação compulsória.
Cuidados de Enfermagem:
- Controle de sinais vitais.
- Medicar conforme prescrição médica.
- Observar e anotar sinais de complicação.
- Encaminhar paciente para fazer exames.
- Administrar oxigenoterapia, se necessário e prescrito.
- Demais cuidados de enfermagem, dependerá do quadro clínico do paciente.
Reservatório: Homem
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Modo de Transmissão: Através da água, alimentos, moscas e mariscos contaminados.
Fatores Predisponentes:
Sócio-econômicos, Climáticos de higiene e saneamento.
Quadro Clínico:
- Diarréia Intensa Aquosa (“água de arroz”).
- Náuseas e Vômitos.
- Perda de peso.
- Oligúria.
- Câimbras musculares nos MMII e abdômen.
- Prostração.
- Hipotensão e Hipotermia.
- Desidratação.
- Coma.
Complicações:
- Icterícia.
- Irritabilidade gástrica.
- Insônia.
- Colapso circulatório.
- Aparecimento de infecções secundárias.
- Alterações no sistema nervoso (agitação, delírio).
Diagnóstico:
- Exame Físico e Laboratorial (fezes, sangue e urina).
Tratamento:
- Medicamentos (antibióticos).
- Hidratação oral e endovenosa.
- Reposição de eletrólitos.
Profilaxia:
- Vigilância sanitária quanto a preparação, manipulação e distribuição de alimentos.
- Uso de água potável.
- Saneamento básico junto com Educação sanitária.
- Combate às moscas.
- Desinfecção dos meios de transporte.
- Higiene pessoal adequada.
- Quimioprofilaxia.
- Notificação compulsória.
Cuidados de Enfermagem:
- Controle rigoroso dos sinais vitais.
- Observar e anotar quantidade e características das eliminações.
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- Observar e anotar sinais de complicações.
- Hidratar o paciente.
- Estimular a alimentação, de acordo com a aceitação.
- Usar luva e avental (precaução padrão) quando manipular o paciente ou seus pertences
(roupas de cama, de uso pessoal, utensílios).
- Em caso de óbito, lavar o corpo com formol ou hipoclorito de sódio, tamponar todas as
cavidades e levar o corpo em caixão lacrado.
- Orientar os familiares quanto a alimentação e cuidados, nos casos de alta hospitalar.
Quadro Clínico
No início o paciente apresenta:
- Diminuição da sensibilidade à dor, no local da mordedura.
- Febre (discreta).
- Cefaléia.
- Náusea.
- Mal Estar geral.
- Dor de garganta.
- Sensação de angústia.
- Excitação causada pelo roçar da roupa contra a pele.
Obs: Essa sintomatologia ocorre devido à ação do vírus sobre os neurônios dos
centros sensoriais.
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acessórios da respiração) provocando freqüentemente apnéia e cianose.
- Crises convulsivas (podem ser desencadeadas por ruídos fortes e luz brilhante).
- Raramente tendência ao ataque.
- Paralisias.
Obs: Na maioria das vezes o enfermo morre durante a fase de excitação, caso
contrário, o paciente se acalma e a ansiedade e a excitação são substituídas por apatia,
fácies inexpressiva, estupor e coma.
Complicações:
- Alterações na função normal do SNC.
Diagnóstico:
- Exame físico.
- Anamnese.
- Exame de laboratório (saliva, LCR e urina).
Tratamento:
- O tratamento é profilático (vacina).
- Lavar o local com água e sabão. No caso de indivíduos com quadro clínico já manifestado,
faz-se tratamento sintomático.
Profilaxia:
- Vacinação de animais domésticos (cães e gatos).
- Em caso de mordida, observar o animal por 10 dias.
- Educação sanitária.
- Vacinar pessoas expostas a animais, por motivo de trabalho (veterinários, técnicos de
laboratório, biólogos, funcionários da Prefeitura, etc.).
- Orientar o uso da coleira e focinheira, para evitar agressões.
- Prender e eliminar cães e gatos vadios.
- Notificação compulsória.
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2. Animal Clinicamente Raivoso. (ou Selvagem e que não pode ser observado).
• Contato Indireto:
Conduta: Não Tratar.
Esquema Preventivo
Utilizado em pessoas expostas ao risco, devido às suas atividades.
Cuidados de Enfermagem:
- Manipular o paciente o mínimo possível.
- Hidratação.
- Controle de sinais vitais.
- Restrição, se necessário.
- Administrar medicações prescritas.
- Passar SNC, se necessário e prescrito.
- Observar e anotar sinais de complicações.
- Observação constante do paciente.
- Oxigenoterapia, se necessário.
- Manter higiene adequada.
- Manter paciente em local calmo e tranqüilo, sem muita luz.
- Evitar comentários desnecessários (o paciente mantém audição aguçada).
- Demais cuidados de enfermagem, dependerão do quadro clínico do paciente.
- Precauções padrão.
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Agente Etiológico: Clostridium Tetani (bacilo anaeróbico).
Modo de Transmissão:
Indireta, através de ferimentos infectados por material contaminado pelo bacilo.
Período de Incubação:
De 3 a 21 dias (depende das características, extensão e local da ferida).
Quadro Clínico:
- Lesão inicial (ferimento por onde penetram os esporos), geralmente pele, mucosas e
músculos.
Obs: Após 6 horas, se encontrarem ambiente favorável, os esporos se transformam
em forma vegetativa, passando a liberar toxina.
- Do foco de infecção, a toxina progride até atingir as células motoras do SNC (sistema
nervoso central) através da via sangüínea ou linfática.
- Dores nas costas e nos membros.
- Irritabilidade.
- Aumento de excitabilidade aos estímulos (sonoro, luminoso, etc.).
- Contraturas Musculares Dolorosas (inicialmente nos músculos massiterestrisma), depois
músculo do pescoço, estendendo-se por todo o corpo.
- Riso Sardônico Opistótono.
- Espasmos paroxísticos (convulsões).
- Disfagia.
- Crises de apnéia.
Complicações:
- Hipertensão ou hipotensão.
- Taquicardia.
- Insuficiência cardíaca.
- Arritmias.
- Íleo paralítico.
- Edemia pulmonar.
- Asfixia, cianose e parada respiratória.
Diagnóstico:
- Exame clínico.
- Exames de laboratório (sangue e urina, etc.).
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- ECG.
Tratamento:
- Debridamento e limpeza da lesão (feito pelo médico).
- Medicamentos (antibióticos, sedativos, músculo relaxantes).
- Hidratação.
- Aplicação de soro antitetânico (SAT) ou imunoglobina hiperimune contra tétano (TIG) ou
vacina antitetânica.
Profilaxia:
- Vacinação.
- Educação sanitária.
- Pré-natal adequado.
- Lavar ferimentos com água e sabão e procurar orientação médica.
- Notificação compulsória.
- Cuidados assépticos no parto.
- Cuidados assépticos no coto umbilical.
- Profilaxia do tétano após ferimento.
Vacina:
Para crianças abaixo de sete anos, tríplice (DPT) ou dupla tipo infantil (DT), se o
componente “pertussis” for contra-indicado; a partir dos sete anos, dupla tipo adulto (d T).
Na falta desses produtos, usar o toxóide tetânico (TT).
Imunização Passiva:
Com soro antitetânico e teste prévio, na dose de 5.000 unidades, pela via
intramuscular, ou preferencialmente com imunoglobulina humana antitetânica, na dose de
250 unidades, pela via intramuscular; utilizar local diferente daquele no qual foi aplicada a
vacina.
Cuidados de Enfermagem:
- Manter ambiente arejado sem correntes de ar, evitar estímulos sonoros e luminosos, para
evitar excitação do paciente.
- Evitar tocar no paciente desnecessariamente (higiene somente se necessário e quando
possível).
- Controle de sinais vitais.
- Estimular alimentação, de acordo com aceitação.
- Hidratação, de acordo com prescrição médica.
- Se prescrito SNG, esta deverá ser passada pelo médico (risco de desencadear espasmos).
- Não fazer comentários desnecessários perto do paciente, pois o mesmo permanece
lúcido.
- Deixar material de urgência à mão, para atendimento de emergência.
- Observar e anotar quantidade e características das eliminações.
- Manter o paciente em quarto privativo, com uso de precauções padrão.
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É conhecida também por doença de WEIL, febre dos pântanos, doença dos
porqueiros e febre dos nadadores.
Quadro Clínico:
A leptospirose compõe-se de quadros clínicos muito diversos, conforme o tropismo
do agente, a intensidade da infecção e, possivelmente, as condições imunitárias do
hospedeiro.
O quadro clínico dura em geral 3 semanas porém, a infecção pode ser assintomática.
Sua letalidade é baixa, podendo os portadores de icterícia ou lesões renais chegar a 20%.
Complicações:
Vai depender em qual órgão as leptospiras se instalarem.
- Meningites
- Insuficiência renal
- Anemia hemolítica
- Hematomegalia e icterícia.
- Miocardite.
- Pneumonias.
- Hemorragias cutâneas e membranas mucosas.
Diagnóstico:
- Exame clínico e anamnese.
- Exames de laboratório (sangue e urina).
Tratamento:
- Medicamentos sintomáticos e antibióticos.
- Repouso.
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- Hidratação adequada.
Profilaxia:
- A proteção, mediante uso de botas para os trabalhadores expostos ao risco.
- Educação sanitária.
- Combate aos roedores.
- Investigação de contatos.
- Identificação de águas contaminadas.
- Notificação compulsória.
Cuidados de Enfermagem:
- Controle de sinais vitais.
- Hidratação de acordo com prescrição médica.
- Observar e anotar quantidade e característica das eliminações.
- Estimular repouso.
- Administrar medicamentos prescritos.
- Observar e anotar sinais de complicações.
- Precaução padrão.
- Estimular alimentação.
- Higiene e troca de roupa de cama de rotina e sempre que necessário.
- Proporcionar conforto ao paciente.
- Demais cuidados de enfermagem, vão depender dos comprometimentos que ocorrerem
no paciente.
Exercícios Propostos
1. O que você entende por: epidemia e endemia?
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UNIDADE IX
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
São doenças que são transmitidas através de relações sexuais e que afetam o sistema
reprodutor e, se não tratadas adequadamente, comprometerão em longo prazo outros
órgãos.
Herpes Genital
É uma infecção crônica que ocorre entre ambos os sexos, sem preferência.
Causa lesões bastante dolorosas em qualquer lugar dos órgãos genitais.
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Quadro Clínico (sinais e sintomas)
Prurido Local - Vesículas quase sempre agrupadas, cheias de líquido.
Dor local - Úlceras Rasas e Dolorosas.
Hiperemia Local - Às vezes Febre.
Adenite – Disúria.
Na Mulher:
As lesões se localizam mais freqüentemente no colo uterino (cervix), vagina e
períneo, podendo estender-se a coxas e nádegas.
No Homem:
Apresenta-se sob a forma de uretrite com saída de secreção clara (às vezes
purulenta), aparecem vesículas geralmente no pênis, próximo ao meato uretral.
Recorrente (recidivant):
Ocorre em indivíduos que já foram infectados e que possuem anticorpos circulantes.
Fatores Predisponentes:
- Exposição excessiva aos raios solares.
- Stress Emocional ou Físico.
- Infecções.
- Transtornos Gastrintestinais e endócrinos.
- Gestação.
- Alergias.
Complicações:
- Infecção das lesões
- No caso de gestantes, o feto pode nascer com má-formação ou com herpes neo-natal.
Diagnóstico:
- Através do exame físico.
- Exames de laboratório.
Tratamento:
- Medicações sintomáticas.
- Antibióticos, no caso de infecção das lesões.
- Compressas úmidas frias nas lesões.
- Banho com KMnO4 (permanganato de potássio).
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Profilaxia
- Evitar promiscuidade sexual.
- Uso de preservativos.
- Campanhas de conscientização da população.
- Higiene genital após as relações sexuais.
- Não manter relações sexuais durante o período agudo da doença.
- Conhecer a doença.
Gonorréia
É uma inflamação do trato urogenital.
Também conhecida por blenorragia, blenorréia; corrimento; esquentamento,
pingadeira; escreta matutina, gota matinal, gota militar.
Agente Etiológico: Neisseria Gonorrhoeae (bactéria).
Modo de Transmissão: Contato sexual; através do parto (contato direto com o canal de
parto contaminado), autocontaminação.
Período de Incubação: Variável, com média de uma semana.
Período de Transmissão: meses a anos sem tratamento.
Obs:
No Homem
O quadro clínico da doença é bem característico e, se não tratar adequadamente,
após 8 semanas, se espalha pelo órgão reprodutor.
Na Mulher:
É assintomático, ou pode apresentar discreto corrimento mucóide, com transitório
aumento da freqüência urinária.
Complicações:
Na Mulher: Infecções no útero, ovários e trompas.
No Homem: Infecções na próstata, Epidídimo, testículos e estreitamento tardio na uretra
Conjuntivite gonocócica no RN (contaminação pelo canal de parto).
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Tratamento: Antibioticoterapia: (ambos os parceiros deverão ser tratados)
Profilaxia:
- Evitar a promiscuidade sexual.
- Uso de preservativos.
- Campanhas de conscientização para a população.
- Conhecer a doença.
- Jamais fazer uso de antibióticos por conta própria, ou conselho de outras pessoas, para
tentar prevenir ou curar a doença (procurar orientação médica).
- Creditização (uso do Método de Crede no RN).
Agentes Etiológicos:
- Estafilococos Epidermides ou Aureus.
- Escherichia coli.
- Clamydia Trachomatis.
- Trichomonas Vaginales
Complicações:
- Prostatíte.
- Inflamação pélvica.
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Tratamento: Antibioticoterapia.
Profilaxia:
- Evitar a promiscuidade sexual.
- Uso de preservativos.
- Campanhas de conscientização da população.
- Conhecer a doença
- Não se auto-medicar.
Linfogranuloma Venéreo.
É uma doença venérea caracterizada por 2 estágios.
Também conhecido por: Linfogranulomatose Inguinal, Moléstia de Nicolas-Favre,
Quarta Moléstia, Bubão ou Mula.
Modo de Transmissão: Contato sexual, contato direto com a drenagem dos gânglios
supurados.
Quadro Clínico:
Inicialmente aparece pequena descamação da mucosa ou vesículas (indolor e que
desaparece espontaneamente).
Após 1 ou 2 semanas, aparecem gânglios na virilha (adenite inguinal) que
aumentam de tamanho (são dolorosas e geralmente unilaterais).
As ínguas ou bubões supuram (secreção purulenta com ou sem sangue) e deixam
cicatrizes
Complicações:
- Edema de pênis e escroto (estiômeno).
- Edema de vulva (estiômeno).
- Retite estenosante (inflamação e estreitamento do reto).
- Abdômen agudo.
- Complicações articulares.
- Complicações cardíacas.
Obs: Estiômeno
Ocorre bloqueio dos vasos linfáticos que drenam líquido da região genital (tipo de
elefantíase)
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Tratamento: Antibioticoterapia
Da Adenite: repouso, e quando maior de 5cm, aspiração com agulha de grosso calibre.
Profilaxia:
- Uso de preservativos.
- Evitar promiscuidade sexual.
- Não se auto-medicar.
- Campanhas de conscientização da população.
- Conhecer a doença
Sífilis
É uma doença venérea sistêmica desde o início, cuja característica é apresentar
várias fases (sintomáticas e assintomáticas) e ter evolução crônica.
Também conhecida por Lues ou Cancro Duro.
Classificação da Sífilis
Sífilis Adquirida:
- Recente (ou contagiosa): É o período que vai da infecção até um ano após a mesma.
- Tardia: É o período após 1 ano de infecção.
Sífilis Congênita:
- Recente (ou contagiosa): Período que vai do nascimento até o 1° ano de vida.
- Tardia: É o período após um ano do nascimento.
Quadro Clínico:
Vai depender do estágio da doença.
Sífilis Primária: (as lesões aparecem cerca de 2 a 3 semanas, após o contágio) Cancro
duro (lesão erosiva da mucosa bem delimitada, indolor, de superfície lisa e uniforme e base
endurecida; geralmente única de formas variadas, com secreção serosa rica em
treponemas). Pode surgir no local próximo a lesão inicial, adenopatia (ínguas), que são
duras, indolores à palpação, móveis e de volume variado.
Obs: Essas lesões se localizam em: glande, freio, corpo e raiz do pênis, meato
urinário (no homem); grandes e pequenos lábios, vagina, colo do útero e ânus (na mulher).
Podem-se encontrar também lesões em dedos, lábios, língua e orofaringe.
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O cancro duro desaparece espontaneamente em 3 ou 5-semanas, com ou sem
cicatriz.
Pode Ocorrer:
- Mal Estar.
- Febre.
- Cefaléia.
- Nevrites.
- Dores Articulares.
- Sintomas Oculares.
- Manifestações Hepáticas com ou sem icterícia.
- Alopécia.
Obs: Essa fase da doença em geral desaparece em semanas, sem deixar cicatrizes.
Sífilis Terciária ou Tardia: (É dado esse nome ao processo que ultrapassa 1 ano de
infecção) - nessa fase, temos a diminuição progressiva da transmissão.
Apresenta:
- Lesões ulcerosas: (são lesões de pele ou mucosa que se caracterizam pela desintegração
gradual e necrose dos tecidos)
- Lesões tuberosas: são lesões endurecidas, salientes, circunscritas na pele e de evolução
lenta.
- Lesões granosas: são áreas circunscritas de necrose (sem pus), que aparecem tardiamente
e podem comprometer a pele, músculos, ossos e fígado.
Sífilis na Gestante: É um problema importante pelas graves lesões que pode provocar
no concepto.
A sífilis pode provocar lesões na placenta, causando deficiência grave no suprimento
sangüíneo do feto.
Quanto mais cedo a placenta for atingida, mais graves serão as alterações.
Dentre elas, podemos citar: o aumento do baço e fígado, lesões do sistema
cardiovascular, sistema nervoso e ossos.
Sífilis Adquirida: Ocorre através do canal do parto ao nascer, por contato não sexual
com doentes em fase contagiante, por atividade sexual, por violência sexual.
A evolução da sífilis no recém-nascido é igual a do adulto com os mesmos sinais e
sintomas, devendo ser também tratado.
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Complicações:
- Problemas cardíacos neurológicos e de qualquer sistema.
- Má formação fetal.
- Aborto
Diagnóstico:
Exames de líquor
Exame físico
Exames laboratoriais (VDRL, FTA-ABS)
Tratamento: Antibioticoterapia.
Profilaxia:
- Educação sanitária
- Evitar promiscuidade sexual
- Uso de preservativos
- Exame pré-natal
- Exame e tratamento do parceiro e contatos
Condiloma Acuminado
É uma doença causada por um vírus (HPV) e que pode ocorrer em qualquer parte
do corpo.
Também conhecida por: Crista de Galo, Cavalo de Crista ou Verruga Fenital.
Modo de Transmissão: Por contato sexual e, raramente, por contato com objetos
contaminados.
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Quadro Clínico:
Aparecem pequenas verrugas na área genital (pênis, mucosa vaginal, anal ou
uretral) Essas verrugas progridem rapidamente e formam grandes massas, parecidas com
couve-flor.
Pode apresentar secreção uretral (no início esbranquiçado, podendo tornar-se
purulento).
Dificuldade para evacuar (quando as verrugas estão em torno da região anal).
Às vezes prurido e ardor.
Obs: Existem mulheres assintomáticas e homens com lesões planas que não são
visíveis a olho nu.
Complicações:
- Invasão de órgãos internos (colo uterino, uretra).
- Câncer cervical
Diagnóstico:
- Exame físico.
- Exame laboratorial (exclusão da sífilis).
- Peniscopia.
- Biópsia de lesões suspeitas.
Tratamento:
- Podofilina a 25% somente no local da lesão (permanece de 6 a 12 horas sendo, a seguir,
retirada com água e sabão).
- Crioterapia (frio).
- Eletrocoagulação.
- Remoção cirúrgica (o mais moderno é o uso do laser).
Obs: Os 3 últimos tipos de tratamento são indicados para gestantes, lesões orais e uretrais.
Profilaxia:
- Uso de preservativos.
- Educação sanitária.
- Examinar o parceiro sexual e, se necessário, tratá-lo também.
- Não se auto-medicar.
- Evitar promiscuidade sexual.
- Conhecer a doença.
- Exames ginecológicos periódicos
Importante:
Apesar das doenças sexualmente transmissíveis serem antigas, vemos é que elas
têm se alastrado de um modo significativo na população.
Isso vem ocorrendo por causa do aumento da prostituição, promiscuidade, iniciação
sexual precoce e falta de orientação adequada da população.
Todos esses problemas, mais a falta de conhecimento e orientação, contribuem para
que uma pessoa infectada que mantém relações sexuais com várias pessoas diferentes
contamine todas elas que, conseqüentemente, irão contaminar outras mais, formando um
círculo vicioso.
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Por tudo isso, deve-se observar o seguinte:
- Qualquer pessoa que apresentar dor, lesão, corrimento, etc., na região genital e/ou
urinária, deve procurar imediatamente um médico.
- Constatada uma DST, o indivíduo deve informar a todas as pessoas com quem manteve
relações sexuais, para que estas também possam ser tratadas.
“Não deve haver vergonha em procurar auxílio médico, nem em avisar os parceiros
sexuais, pois disso depende uma boa saúde física e mental e em caso extremo, uma vida”.
Exercícios Propostos
1. O que você entende por doença sexualmente transmissível?
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