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VBR 230pa 000 014 Ane Ant RT D3 300
VBR 230pa 000 014 Ane Ant RT D3 300
Rodovia: BR-230/PA
Trecho: km 1117+590
VBR-230PA-000-014-ANE-ANT-RT-D3-300
JUNHO/2023
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................................... 3
2.1. LOCALIZAÇÃO................................................................................................................................... 3
3. ANÁLISES DE ESTABILIDADE............................................................................................................. 8
4. SEÇÕES ANALISADAS........................................................................................................................ 10
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES............................................................................................... 13
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO
2.1. LOCALIZAÇÃO
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Figura 1 – Localização do projeto Anel Viário - Nova Via Transportuária – Trecho
Itapacura.
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2.2. ASPECTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS
Como pode ser observado no mapa geológico a seguir, o traçado em estudo se situa
sobre 4 formações ou grupos de rochas distintos:
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Figura 3 – Mapa geológico local. Mapa geológico segundo Vasquez, et al. (2008).
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1) Arenitos, argilitos, siltitos, folhelhos e conglomerados: são rochas formadas,
respectivamente, por deposição de areia, argila ou seixos e fragmentos de rocha
em matriz fina de areia, silte ou argila, em camadas horizontais, resultando em
homogeneidade do terreno e do relevo.
a) O arenito, quando coeso, é uma rocha resistente, permitindo cortes com
inclinações maiores que 1:1, porém às vezes de difícil aplicação de proteção
vegetal. Sem proteção, o arenito é suscetível à erosão superficial, fato que, ao
longo dos anos pode comprometer a situação dos taludes, mas dificilmente
levando a problemas com a estabilidade global.
b) Quando pouco coeso ou já em formação de solo, resulta em material
extremamente suscetível à erosão superficial. Esta erosão pode rapidamente
evoluir para erosões profundas, como ravinas e voçorocas em casos mais
extremos. Estas feições erosivas podem comprometer a estabilidade de taludes,
os sistemas de drenagem de obras lineares e constituem passivos ambientais.
c) Argilitos tem mais coesão que os arenitos, por conta do maior conteúdo de
argila, mas podem ocorrer erosões de talude em forma de empastilhamento:
pequenos fragmentos de rocha (“pastilhas”) se soltam gradualmente da face do
talude, resultando em instabilidades locais.
d) O maior problema geológico-geotécnico para obras nesta região é a erosão
superficial dos solos. O solo exposto é o primeiro fator para que se desenvolva
erosão superficial. Esta erosão tem início com pequenas feições, como sulcos
(poucos centímetros de profundidade e largura), que com o tempo evoluem para
ravinas (metros de profundidade e largura) até que eventualmente a erosão
evolua para uma voçoroca, podendo ter centenas de metros de largura e até
quilômetros de extensão.
e) A voçoroca é caracterizada por uma erosão que atinge o nível d’água ou lençol
freático. Portanto, se juntam a dinâmica de águas superficiais com águas
subterrâneas, aumentando a velocidade e o potencial destrutivo da erosão.
Voçorocas são de difícil tratamento, e em geral são irreversíveis. Obras lineares,
como rodovias e ferrovias, podem potencializar e aumentar a velocidade das
erosões.
f) Para que se evite que uma obra linear como uma rodovia cause o
desenvolvimento ou aumente a velocidade de desenvolvimento de erosões, a
drenagem deve prever dissipadores de energia adequados em todas as obras
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de bueiros e intervenções em drenagens. Pequenos aumentos de velocidade da
água ou acúmulos, podem, ao longo de anos, resultar em surgimentos de
erosões e voçorocas que podem prejudicar a própria rodovia.
g) No caso de erosões e voçorocas já em andamento, tratamentos abrangentes
devem ser feitos, e não somente nos pontos de interceptação de drenagem
dentro da faixa de domínio. Uma vez que as erosões em geral avançam para
montante, medidas pontuais (somente dentro da faixa de domínio) não são
eficientes, pois em algum momento a erosão pode atingir as obras de drenagem.
Métodos de bioengenharia são indicados nestes casos, pois tem como princípio
revegetar áreas expostas nos entornos e tratar com pouca movimentação de
terra as cicatrizes de erosão, resultando em baixos custos e alta eficiência para
grandes áreas.
3. ANÁLISES DE ESTABILIDADE
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Tabela 1 - Nível de segurança desejado contra a perda de vidas humanas
Para este projeto, foi considerado como valor de fator de segurança mínimo aceitável
de 1,3, considerando a combinação de Nível de segurança Médio para perda de vidas
humanas e de Nível de segurança Baixo contra danos materiais e ambientais.
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3.1. Sobrecarga adotada
Solo Residual 18 15 30
Cabe ressaltar que estes parâmetros deverão ser aferidos em etapas posteriores de
projeto, por meio de sondagens e, caso necessário, ensaios específicos. E caso sejam
identificadas camadas de solo não previstas inicialmente, os parâmetros deverão ser
aferidos na elaboração do projeto específico.
4. SEÇÕES ANALISADAS
Neste estudo, foram realizadas as análises de estabilidade para duas seções Típicas, a
seção correspondente à estaca 671+7,00 (aterro) e à estaca 633+15,00 (corte),
conforme apresentado nas figuras a seguir.
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Seção 671+7,00 - Aterro Seção 633+15,00 - Corte
Para a seção em análise, foi considerado que o subsolo é composto por um solo
residual, devido à sua cota e da não proximidade com corpos d’água, não foi
considerado o lençol freático. Nesta seção, foi considerada a sobrecarga no aterro de
20 kPa.
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Figura 5 – Saída Gráfica da seção referente à estaca 671+7,00, , talude do lado
esquerdo com FS = 2,09, considerado SATISFATÓRIO.
Para a seção em análise, foi considerado que o subsolo é composto por um solo
residual, devido à sua cota e da não proximidade com corpos d’água, não foi
considerado o lençol freático. Este trecho apresenta um corte com altura na ordem de
14,0 m.
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Figura 6 – Saída Gráfica da seção referente à estaca 633+15,00, esquerdo com
FS=2,00, considerado SATISFATÓRIO.
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
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Para os trechos de corte, o talude deverá ter inclinação de no máximo 1,0H:1,0V,
devido às características do solo local. Foram identificados trechos com altura de corte
na ordem de 14,0 m, sendo necessário a execução de bermas a cada 8 m, com largura
mínima de 4,0 m.
Inicialmente, não foram identificados trechos com possíveis presença de solo mole,
porém caso sejam identificados durante a fase de projeto, estes deverão ser analisados
quanto às soluções a serem adotadas, retificando ou ratificando as soluções
apresentadas neste relatório.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VASQUEZ, M.L.; SOUSA, C.S.; CARVALHO, J.M.A. (Orgs.). 2008. Mapa Geológico e
Recursos Minerais do Estado do Pará., Escala 1:1.000.000. Belém: CPRM, 2008.
PARRY, S., BAYNES, F. J., CULSHAW, M. G., EGGERS, M., KEATON, J. F.,
LENTFER, K., NOVOTNY, J., PAUL. D., Engineering Geological Models – an
introduction: IAEG Commission 25. Bulletin of Engineering Geology and the
Environment. August 2014, Volume 73, Issue 3, pp 689-706.
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