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Exegese Do Evangelho de João 1.1-5
Exegese Do Evangelho de João 1.1-5
NITERÓI
2024
Glaucia Lúcia Da Silva Santos
NITERÓI
2024
Glaucia Lúcia Da Silva Santos
Conceito: ____________________
Assinado: _____________________________
Rafael Ribeiro – Me. Professor
NITERÓI
2024
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, expresso minha gratidão a Deus por orientar meu caminho e por
me proporcionar coragem e discernimento ao longo de toda a minha trajetória
acadêmica.
Expresso minha gratidão aos docentes e tutores que, de forma generosa, partilharam
seu saber, paciência e guia durante o desenvolvimento deste projeto. Seu auxílio foi
essencial para o meu desenvolvimento tanto acadêmico quanto pessoal.
Para concluir, quero expressar minha gratidão a todos que, de alguma maneira,
colaboraram para que este projeto chegasse ao fim, direta ou indiretamente. Cada
gesto de ajuda e encorajamento foi essencial para a finalização deste trabalho.
Agradeço imensamente!
Sumário
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6
2 JUSTIFICATIVA PARA A ESCOLHA DO TEXTO................................................6
2.1 Aproximação ao texto e ao contexto ............................................................. 8
2.1.1 Comparativo das versões em português ........................................................ 8
2.1.2 Contexto histórico........................................................................................... 9
2.1.3 Contexto cultural ............................................................................................ 9
2.2 Análise literária .............................................................................................. 10
2.2.1 Delimitação do texto ..................................................................................... 11
2.2.2 Estrutura do texto ......................................................................................... 12
2.2.3 Análise do gênero literário ............................................................................ 14
2.2.4 Análise redacional ........................................................................................ 15
2.3 Comentário exegético ................................................................................... 16
2.3.1 No princípio era a Palavra... ......................................................................... 18
2.3.2 Ele estava com Deus... ................................................................................ 19
2.3.3 Todas as coisas foram feitas... ..................................................................... 19
2.3.4 Nele estava a vida... ..................................................................................... 19
2.3.5 A luz resplandece nas trevas... .................................................................... 20
2.4 Análise teológica ............................................................................................ 20
3 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 23
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 25
1. INTRODUÇÃO
1. Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.
No Ἐν princípio ἀρχῇ era ἦν o ὁ verbo, Λόγος, e καὶ o ὁ verbo Λόγος estava ἦν com
πρὸς - τὸν Deus, Θεόν, e καὶ Deus Θεὸς era ἦν o ὁ verbo. Λόγος.
Todas as coisas πᾶς foram feitas γίνομαι por intermédio διά dele αὐτός, e καί, sem
χωρίς ele αὐτός, nada οὐδέ do que εἷς foi feito γίνομαι se fez γίνομαι .
A vida ζωή estava ἦν nele ἔν αὐτός e καί a vida ζωή era ἦν a luz φῶς dos homens
ἄνθρωπος.
A luz φῶς resplandece φαίνω nas ἔν trevas σκοτία, e καί as trevas σκοτία não οὐ
prevaleceram καταλαμβάνω contra ela αὐτός.
Versão em português – Almeida Revista e Atualizada (ARA)
1
Bíblia de Estudo de Genebra
2
Com exceção de Lopes, que a trata explicitamente como de 1-4 (Cf. LOPES, Hernandes Dias. João: As Glórias
do Filho de Deus. Org. Juan Carlos Martinez. Comentários Expositivos Hagnos. SãoPaulo: Hagnos, 2015, p. 23.
Edição Logos Bible). Baker Exegetical Commentary on the New Testament. GrandRapids: Baker Publishing
Group, 2004, p. 25. Disponível em Google Books; BRUCE, F. F.João, introdução e comentário Série Cultura
Bíblica. Trad. Hans Udo Fuchs, São Paulo: Vida Nova, 1987, p.33ss.
3
Neste caso, a exceção é vista em Brown, que trata a sessão como sendo de 1-14 (Cf. ROBERT Jamieson;
FAUSSET, A. R.; BROWN, David. Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible Oak Harbor, WA:
Logos Research Systems, Inc., 1997, vol. 2, p. 127. Edição Logos Bible), e LIGHTFOOT, J. B.
4
Bruner, por exemplo, vê nove parágrafos consecutivos interligados de 1.1-18 (Cf. BRUNER,Frederick Dale. The
Gospel of John, a commentary. Grand Rapids: Eerdmans Publishing Co, 2012, p.3. Disponível em Google Books).
Os demais que subdividem o prólogo são: KEENER, Craig S.TheGospel of John, a commentary. Grand Rapids:
Baker Publishing Group, 2012. Disponível em GoogleBooks; CARSON, D. A. The Gospel According to John
5
É o que se vê em: TENNEY, Merrill C.John, The Gospel of Belief . Eerdmans Classic BiblicalCommentaries.
Grand Rapids: Eerdmans Publishing Co, 1997. Disponível em Google Books;MOPSUESTIA, Theodore of.
Commentary on the Gospel of John. Ancient Christian Texts. Trad. MarcosConti. Illinois: InterVarsity Press, 2010,
p.5ss. Disponível em Google Books.
Bruce alega que a segunda sessão do prólogo se inicia no verso 6, em
que há a inserção de elementos narrativos de caráter mais histórico.
6
RYLE, J. C.Meditações no Evangelho de João Org. Tiago J. Santos Filho, 2ª Ed. São José dos Campos, SP: FIEL,
2018, p. 18. Edição do Logos Bible
7
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: João. p. 56.
Quanto ao gênero do escrito, o Evangelho de João se distingue pela profundidade
com que penetra na vida de Jesus. Sem criar nada falso ou artificial, o evangelista
quis descobrir, com a visão de um crente e a intuição de um místico, todo o significado
dos atos e palavras do Verbo de Deus feito homem8. O princípio de interpretação é de
importância para quem procura expor o significado deste Evangelho.
O livro de João difere dos demais Evangelhos porque contém muitas
passagens que não se encontram nos outros, e omite outras que eles registram.
Nenhum evangelista apresentou exposições tão completas sobre a divindade de
Jesus Cristo, da justificação por meio da fé, das distintas funções do Filho, das
operações do Espírito Santo e das prerrogativas dos crentes9. Embora os demais
evangelistas não omitam tais conceitos, é no estilo literário de João que encontramos
tais conceitos de maneira mais proeminente.
8
BATTAGLIA, Alviero N. Oscar, Comentário ao Evangelho de João. 9.
9
RYLE, J. C. Comentário do Evangelho Segundo São João. p. 9.
10
nos dias de João ao contrário, João alega que isso sempre foi assim. Por que faz isso? Para apontar para a Palavra
encarnada (ὁ λόγος σὰρξ ἐγένετο), tabernaculando (ἐσκήνωσεν, v. 14) entre os homens, revelando o
Pai (ἐξηγήσατο, v. 18). Essa Palavra eterna triunfa sobre a escuridão, mesmo quando os homens obscurecidos não
o recebem nem compreendem.2.8 MENSAGEM PARA A ÉPOCA DA ESCRITA Precisamos abordar a questão
da mensagem. https://ultimato.com.br/sites/john-stott/2022/04/12/evangelhodejoão/
A sua unidade literária dá a sensação de grande coesão e consciente
persecução de um objetivo, pois o Evangelho de João não deixa claro, em nenhum
momento, a autoria de João. Porém, pela riqueza de detalhes, fica subentendido que
“o discípulo amado” é o seu autor.
Fica evidente que João11 tinha em mente iniciar seu Evangelho da forma que o
apresentou, como numa grande preleção ou sermão bem elaborado, e foi
sobremaneira feliz ao tratar, logo de início, de um assunto tão importante de uma
forma que chamasse a atenção de seus leitores, fossem eles helenistas ou judeus.
11
Em função da análise realizada e argumentos levantados, vamos sempre considerar o apóstolo como o autor.
Como analisado, “No princípio” nos remete ao texto de Gênesis 1.1. Parece que
João teve a intenção de usar o mesmo termo, com o propósito de afirmar que Cristo
não foi criado, mas é criador. Trata-se, portanto, de um eco claro das primeiras
palavras do Antigo Testamento. Vemos a Palavra em sua glória pré-encarnada, para
apreciarmos Seu amor misericordioso, ao vir a Terra a fim de salvar os pecadores12.
Analiso o termo logos, em detalhes, e fica claro que João o utiliza não no
mesmo sentido da filosofia grega, mas no pensamento semântico. Ainda assim, é
possível que seus leitores tenham feito esta correlação, o que foi favorável para o
Evangelho. João afirma, expressamente, que o Verbo é Deus. O logos já existia, e
esta é uma maneira de afirmar a eternidade que só Deus possui.
Os Testemunhas de Jeová observam que a palavra traduzida "Deus", aqui, não
é precedida do artigo definido e, com base nisto, dizem que a expressão significa
"um deus”, mais do que propriamente "Deus". É um erro entender assim. O artigo é
omitido por causa da ordem da palavra na sentença grega (o predicado "Deus" foi
colocado antes para ser enfatizado). O Novo Testamento nunca sustenta a ideia de
"um deus", expressão que implica politeísmo e conflitaria com o consistente
monoteísmo da Bíblia. No N.T., a palavra grega para "Deus" ocorre frequentemente
sem o artigo definido, dependendo da exigência da gramática grega13.
O uso da expressão “diante de” sugere intimidade, relação pessoal estreita,
comunhão. Além disso, na última oração, o predicado foi trocado, a fim de que a ênfase
caísse sobre a divindade plena de Cristo.
12
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: João. p. 96.
13
Biblia de Estudo de Genebra. p. 1228
2.3.2 Ele estava com Deus...
Este verso retoma com um pronome o último termo do degrau mais alto e
conclui a frase reunindo todos os elementos. É possível que a repetição se dê em tom
de ênfase frente às influências heréticas do período do escrito. Cristo gozava, desde
a eternidade, da comunhão amorosa do Pai.
Aqui é importante uma relação com o que será dito posteriormente, no capítulo
5, verso 26: “tem vida em si mesmo”. Além disso, como será apresentado em todo o
Evangelho, Cristo é a luz dos homens, que oferece a maravilhosa esperança aos
homens, a saber, a redenção.
A composição aqui é circular, analisada sob o contexto posterior da perícope.
Os versículos quatro e cinco apresentam a vida do Verbo como luz dos homens. Os
versos seis a oito interrompem o desenvolvimento introduzindo João Batista; mas o
versículo nove retoma o assunto, preparando o trecho seguinte.
Destaque para a expressão “Nele” – e não “por meio Dele”, em que se
encontra a vida. E para “Vida”, aqui, analisada sob o contexto próximo, a referência
é sobre a vida espiritual. Ao mesmo tempo é a causa, a fonte, e o princípio de toda
vida física (HENDRIKSEN, p. 102). A humanidade é caracterizada por trevas, que é o
oposto à luz. A verdade e o amor são sinônimos da luz, mas se estende também a
todos os atributos de Deus.
2.3.5 A luz resplandece nas trevas...
14
BATTAGLIA, Alviero N. Oscar, Comentário ao Evangelho de João. p. 37.
15
Tradução sugerida por Hendriksen
16
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. p. 109.
17
Embora tal elucubração do termo tenha sido cunhado séculos mais tarde, me refiro aqui a
postura de apresentar o Cristo no foco de todo o pensamento.
Por isso, a passagem analisada é de fundamental importância para o entendimento
de seu escrito.
É importante observar que o Evangelho de João, à luz de suas próprias
ênfases teológicas e hermenêuticas, não apresenta uma única perspectiva teológica;
antes, atribui grande importância à autoridade das Escrituras. Os batistas acreditam
na Bíblia e procuram interpretar o Evangelho de João à luz dessa crença,
diferentemente de seitas como as Testemunhas de Jeová.
Uma característica central da teologia batista é a ênfase na salvação pela fé
em Jesus Cristo. O Evangelho de João, com suas declarações enfáticas sobre a
necessidade de crer em Jesus para obter a vida eterna, é muitas vezes destacado
nesse contexto: o conceito do novo nascimento, mencionado no diálogo de Jesus com
Nicodemos, em João 3, e frequentemente enfatizado pelos batistas como uma
experiência espiritual essencial para a salvação.
Percebe-se na análise do pensamento joanino uma qualidade salutar:
apresentar os problemas referentes à existência e à divindade de forma
surpreendente para o seu período. Isso nos leva a uma reflexão: Como seriam as
formulações sistemáticas e dogmáticas de nossa teologia se tal escrito não tivesse
permanecido entre nós? É interessante observar que, no mínimo, nossas concepções
da divindade de Cristo, bem como de sua encarnação e a relação das pessoas
da Trindade seriam obscuras.
Estes podem ser destacados como os três aspectos teológicos mais
importantes que a perícope – e todo o Evangelho – destacam. Provavelmente sem
este escrito, o cristianismo hoje seria mais atacado em suas formulações dogmáticas,
o que me leva a pensar também sobre seu importante papel apologético.
Assim, vemos que o propósito teológico do autor é extremamente bem-
sucedido: relatar sobre a maior grandeza que existe no mundo, sobre Aquele que é
aúnica magnitude realmente grande e importante, Jesus Cristo, Seu viver, falar, atuar,
sofrer, morrer e ressuscitar.
Por fim, a teologia do Evangelho de João nos mostra que os dons, os feitos e
as atuações de Jesus não são o mais importante, mas sim o próprio Jesus em sua
pessoa, em seu maravilhoso ministério entre nós.
2.5 Atualização e aplicação
Sobre o fato de João não se identificar no Evangelho, destaco que o autor
escreve “aquele a quem Jesus amava”, não movido pelo egoísmo, mas a fim de
ressaltar que o conteúdo do Evangelho merece crença, porquanto proveio de alguém
a quem Jesus confiava. Tal observação é relevante para os críticos escriturísticos de
nossos tempos.
João expõe temas teológicos, alternando narrativas e discursos. Desta forma,
as palavras de Jesus ressaltam em todo o Evangelho. Por isso, muitas ações
constantes no quarto Evangelho possuem caráter simbólico. Por exemplo, a lavagem
dos pés dos discípulos por parte de Jesus, representa o efeito purificador de Sua obra
remidora18.
Quanto à perícope em estudo, destaca-se o fato de João iniciar o Evangelho
com um tema teológico sob a categoria da revelação. Jesus é a Palavra reveladora
de Deus. Nesse papel, Ele revela a verdade, a qual é mais que mera veracidade.
Trata-se da realidade última da própria pessoa e do caráter de Deus, conforme
testemunhado por Jesus, pelo próprio Pai, pelo Espírito Santo, pelas Escrituras e por
outros19.
Esta aplicação teológica, contudo, parece distante de ser verdade em alguns
círculos evangélicos. É fato muito divulgado o crescimento dos evangélicos no Brasil.
Somos mais de 26 milhões, segundo as pesquisas mais recentes. A quantidade de
igrejas cresce de forma rápida e muitas delas usam métodos questionáveis. No
entanto, acertou o jornalista, não-cristão, em sua matéria na revista
Superinteressante:
Não dá mais para fingir que não vemos. Um a cada seis brasileiros já é
evangélico – e o número continua crescendo. [...] O resultado é que quanto
mais crescem, menos os evangélicos mudam a cara do país” – bem ao
contrário da revolução que ocorreu na Europa com as ideias de Lutero e
Calvino20.
18
Da mesma forma, encontramos em todo o Evangelho diversos outros sinais que carregam significados
teológicos.
19
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. p. 113.
20
“Evangélicos”. Revista Superinteressante, Edição 197, Fev. 2004. Disponível também em
http://super.abril.com.br/superarquivo/2004/conteudo_124376.shtml
O resgate de uma teologia cristocêntrica, que exalta esta realidade revelatória
de Cristo no homem, é necessário para uma real abordagem cristã para a sociedade,
pois, nas palavras do apóstolo, o mundo, a sociedade controlada por Satanás,
faz oposição à luz, e por isso torna-se objeto da ira divina.
3. CONCLUSÃO
A boa nova de Cristo é a mais sublime revelação que um ser humano pode
receber e, por isso, João escreveu seu Evangelho. Como evangelista da fé, é
cristológico em seu conteúdo, salientando a divindade de Jesus. Seu Evangelho
anuncia o poderoso Filho de Deus, que decidiu tornar-se humano com vistas à
redenção da Humanidade.
No texto analisado, a deidade de Jesus é encarecida, mas em todo o Evangelho
também é posto em realce sua humanidade. Ao escrever sobre a vida de Cristo, João
leva seus leitores a se colocarem “face a face” com o Mestre, que exige do homem
uma decisão. Do início ao fim, o autor o descreve como Deus, sempre ressaltando
sua humanidade, e seu propósito redentivo.
A perícope do prólogo, analisada em destaque neste estudo, ressalta a
mensagem apresentada em todo o Evangelho. Ali, João introduz o caráter principal
do livro: a Palavra é Deus, o Criador, o Autor da vida, Aquele que foi manifestado na
carne e nos revela o Pai. Destaca-se, ainda em nossa perícope, o vocabulário principal
do livro, a saber, vida, luz e trevas, além do principal assunto: conflito, que permanece
até culminar com a cruz e a ressurreição de Cristo.
Nenhum dos Evangelhos pretende nos dar uma visão acabada de vida de
Jesus, mas, ao contrário, uma seleção que leve ao ponto que o autor tinha em mente.
E João atingiu seu objetivo, descrito no próprio livro: para que os leitores creiam que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que por intermédio da fé tenham vida em seu
nome (cf. João 20.31). Devidamente inspirado, João consegue descrever esta
verdade e este desafio já em seus primeiros versos, enfatizando a glória de Deus em
Cristo, sendo o próprio Deus emcarnado.
A profunda unidade e, ao mesmo tempo, diversidade do ser divino expressos
nos primeiros versos do Evangelho de João, detam origem, como vimos, à doutrina
da Trindade. Além disso, por todo o Evangelho – como também foi citado – há
uma ênfase na natureza humana de Jesus. Somente alguém que fosse realmente
humano poderia ser o divino redentor da Humanidade.
Por fim, analisar a perícope do epílogo de João é analisar o âmago do
Evangelho – a boa nova da salvação pela fé em Jesus Cristo. A passagem atinge seu
objetivo mostrando Jesus como a única pessoa “homem-Deus”, que desceu de Deus
para ser um de nós, de modo que, pela fé nEle, seremos renovados e voltaremos para
Deus com Ele. João nos convida não apenas a olhar o que Jesus representa,
teoricamente, na teologia, mas a refletir as implicações da encarnação em nossa
própria vida21.
21
Obra Revisada: Tradição Histórica no Quarto Evangelho C. H. Dodd Revisão por: Birger Pearson Vigiliae
Christianae Vol. 21, nº 2 (maio de 1967), pg 102.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUCE, F. F. João, Introdução e comentário Série Cultura Bíblica. Trad. Hans Udo
Fuchs, São Paulo: Vida Nova, 1987, p.33ss.
Os demais que subdividem o prólogo são: KEENER, Craig S., The Gospel of John, a
commentary. Grand Rapids: Baker Publishing Group, 2012. Disponível em
GoogleBooks;
CARSON, D. A., Comentário Bíblico Vida Nova, 2009 São Paulo. p 1247
https://ultimato.com.br/sites/john-stott/2022/04/12/evangelhodejoão/
WENHAM, G. J., Comentário Bíblico Vida Nova, 2009 São Paulo p 1246