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Escola Henrique Medina

Biologia e Geologia

Estudo das Trilobites e visita ao Geoparque de Arouca

Arouca Geopark e Museu das Trilobites


15/03/2024

Trabalho realizado por: Martim Freixo 11ºB N:18


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Índice
● Objetivos- 1
● Introdução- 1
● Pedras Parideiras- 2
● Campo de dobras da Castanheira- 3
● Frecha da Mizarela- 3
● Contacto Litológico da Mizarela- 4
● Museu das Trilobites- 4 e 5
● Conclusão- 5
● Bibliografia- 6
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Objetivos
Esta visita ao geoparque de Arouca tinha como objetivos apresentar formações geológicas e
fenómenos naturais únicos de Arouca e educar os alunos sobre os processos geológicos que
moldaram a região ao longo do tempo, quanto à visita ao museu das trilobites Esta visita ao
pretendia proporcionar aos alunos uma forma de aprenderem sobre a história da Terra,
especialmente sobre a era Paleozóica, na qual as trilobites existiram e de discutir a evolução
dos seres vivos ao longo do tempo geológico, usando as trilobites como um exemplo.

Introdução
No dia 15 de março de 2024 os alunos do 11º B, 11ºC e 11ºD e os respetivos professores da
Escola Secundária Henrique Medina, deslocaram-se a Arouca numa visita de estudo, ao Arouca
Geopark e ao Museu das trilobites. Os alunos e os professores partiram de Esposende por
volta das 8:00h e chegaram ao geoparque por volta das 10:15.
Após a chegada ao Geoparque de Arouca, o grupo foi acompanhado por uma guia que
revelou informações essenciais acerca dos geossítios a visitar, que foram o “campo de dobras
da Castanheira”, a “frecha da Mizarela” e o “contacto litológico da Mizarela” além destes
geossítios a guia também informou os alunos das pedras parideiras.
Depois do Arouca Geopark almoçou-se e foi-se para o museu das trilobites onde foram
atendidos pelo filho do dono que foi designado como guia, os alunos viram um vídeo de
porquê e como o museu foi criado, após isso o guia mostrou uma linha temporal das trilobites,
onde os alunos puderam ver a evolução das trilobites ao longo do tempo e acabaram a visita a
ver a estrutura fisiológica das trilobites e os fósseis encontrados naquela região. Após o
museu, o grupo voltou para Esposende e chegou por volta das 18:40.
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Desenvolvimento
1-Pedras Parideiras
O primeiro local visitado foi um pequeno auditório, onde viu-se um vídeo educativo sobre a
formação do planeta terra e sobre a formação das pedras parideiras, o vídeo explica o que
pedras parideiras são, como se formam e como se identifica uma.
No vídeo aprendeu-se que uma pedra parideira é um tipo de formação rochosa encontrada
em algumas regiões do mundo (mas especialmente em Portugal), essas pedras são formadas
por um processo natural de erosão e intemperismo que ocorre ao longo de milhões de anos e
que as pedras parideiras são geralmente compostas por um tipo de rocha mãe, como granito,
intercalado com minerais frágeis e sucessíveis à erosão, que com o tempo sendo exposta à
ação do vento, da chuva e de outros agentes erosivos desgasta a rocha mãe, eventualmente
expondo os minerais minerais mais resistentes à superfície. Conforme as pedras são expostas à
erosão, pequenas fissuras desenvolvem-se na superfície da rocha exposta, que eventualmente
leva à formação de pequenas pedras arredondadas chamadas de pedras parideiras.
Depois de ver o vídeo fomos para o exterior do auditório onde tinha uma grande pedra com
várias marcas de pedras parideiras e onde observamos as marcas deixadas por essas pedras.

2-Campo de dobras da Castanheira


A sudoeste das rochas parideiras os alunos puderam ver as dobras da Castanheira, que são
deformações nas rochas, onde se verifica o encurvamento de superfícies originalmente planas,
as rochas deste geossítio formaram-se há mais de 500 milhões de anos nas profundezas de um
mar antigo, onde se depositaram horizontalmente camadas alternantes de sedimentos que,
por diagênese e metamorfismo, originaram as rochas metamórficas presentes. Os movimentos
de compressão que há cerca de 350 milhões de anos se fizeram sentir provocaram um
aumento de pressão e temperatura, que imprimiram às rochas um comportamento dúctil,
tendo estas formado dobras de diferente amplitude.
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3-Frecha da Mizarela
Perto do campo das dobras há também a frecha da Mizarela, uma cascata do rio Caima que
projeta-se a mais de 60 metros de altura, os alunos estavam no miradouro, onde conseguiam
observar o granito da serra da Freita, uma rocha dura e resistente à erosão fluvial. Estas rochas
metamórficas, por serem macias, tornam a erosão fluvial mais eficaz, e isso observou-se na
paisagem, devido ao rebaixamento topográfico que a paisagem apresenta.
Além desta erosão diferencial, o sistema de falhas que condiciona toda a serra da Freita
também explica a origem da frecha da Mizarela, uma vez que a movimentação associada à
Orogenia Alpina terá contribuído para o encaixe do rio e para a formação deste grande
desnível.

4-Contacto litológico da Mizarela


Neste geossítio os alunos puderam observar as características macroscópicas que os
permitem distinguir rochas de carácter “xistento” de rochas granitoides, já que é possível
observar-se ambas as rocha lado a lado, e isso é possível devido ao brusco contacto litológico
de direção aproximada NW-SE (Noroeste - Sudeste) com uma inclinação próxima a 90º.
Este granito, que denomina-se por granito da serra da Freita, é uma rocha magmática sin-
tectónica, leuco a mesocrata, de textura fanerítica e de grão médio e apesar de estar descrito
como um granito de duas micas, neste local existe um claro domínio da moscovite em relação
à biotite.
Por outro lado os alunos também aprenderam que as rochas designadas anteriormente por
«xistentas» correspondem maioritariamente a micaxistos, afetados por metamorfismo
regional de grau médio, onde é possível observar uma xistosidade de direção NW-SE
(Noroeste-Sudueste) a WSW-ESE (Oés-Sudoeste - Leste-Sudueste), subvertical.
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5-Museu das Trilobites


No museu das trilobites os alunos foram atendidos por um guia, que abordou vários temas
como: a origem e evolução das trilobites, a anatomia e a morfologia, a paleoecologia, a
diversidade das trilobites e ainda outros fósseis como icnofósseis e microbialitos.
No museu os alunos puderam ver uma linha temporal das trilobites, que mostrava que as
trilobites apareceram na parte inferior do Período Câmbrico (com início há cerca de 550
milhões de anos), tendo-se extinguido no final do Período Pérmico (há cerca de 230 milhões de
anos), o último período da Era Paleozóica, marcando o início e o fim desta era.
Quanto à anatomia e à morfologia, as trilobites são classificadas como artrópodes e o seu
corpo dividia-se em três partes: um cefalão (cabeça), um tórax (tronco) e um pigídio (cauda).
Cada umas destas partes era composta por três lobos, um central e dois laterais, daí o nome
Trilobites, com o estudo das trilobites também foi possível saber que o lobo central continha a
maior parte dos órgãos vitais associados aos sistemas digestivo e nervoso, enquanto os lobos
laterais forneciam cobertura aos apêndices ventrais e albergariam outros órgãos ligados ao
sistema circulatório. Os alunos também ficaram a saber que durante o crescimento, as
trilobites, tal como outros artrópodes, levavam a cabo várias mudas periódicas das carapaças,
deixando no fundo do mar os exoesqueletos antigos e segregando novos em sua substituição.
Por isso, na atualidade, a maioria dos fósseis de trilobites representam carapaças abandonadas
e não trilobites completas).

Para além das trilobites este museu tinha também informações sobre outros fósseis
encontrados, mais especificamente os icnofósseis e os microbialitos. Icnofósseis são um tipo
de fóssil que não é o próprio organismo, mas sim o registro ou vestígio de sua atividade
biológica, como pegadas, rastros, tocas, galerias, marcas de alimentação, entre outros e
microbialitos são estruturas sedimentares formadas por comunidades microbianas,
geralmente em ambientes aquáticos, como lagos, lagoas, estuários e ambientes marinhos
rasos. Essas estruturas são compostas principalmente por microrganismos, como
cianobactérias, algas e bactérias, que vivem em colônias e secretam uma matriz de carbonato
de cálcio ou sílica ao seu redor.
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Conclusão
Esta visita de estudo proporcionou uma experiência enriquecedora e educativa, que
ofereceu-nos a oportunidade de aprender mais sobre a história geológica e paleontológica de
Arouca. No Arouca geopark tivemos a oportunidade de observar de perto as rochas de
formações únicas e de aprendermos sobre os processos geológicos que moldaram a paisagem
ao longo de milhões de anos e no museu das trilobites fomos imersos num ambiente dedicado
ao estudo e preservação desses artrópodes marinhos oferecendo uma visão detalhada da sua
morfologia, ecologia e evolução ao longo do tempo geológico.
Em suma acho que esta visita foi muito positiva educativamente e recomendo a todos para
visitarem estes locais pelo menos uma vez.
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Bibliografia

1-Arouca Geopark, Pedras Parideiras,


http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/pedras-parideiras/
Acesso em 03/04/2024
2-Arouca Geopark, Campo de dobras da Castanheira
http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/campo-de-dobras-da-
castanheira/
Acesso em 03/04/2024
3-Arouca Geopark, Frecha da Mizarela
http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/frecha-da-mizarela/
Acesso em 03/04/2024
4-Arouca Geopark, Contacto Litológico da Mizarela
http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/contacto-litologico-da-
mizarela/
Acesso em 03/04/2024
5-Museu das Trilobites, Fósseis, Iconofósseis e Microbialitos
http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/contacto-litologico-da-
mizarela/
Acesso em 03/04/2024

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