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A Atuação Do Biomédico Na Perícia Criminal
A Atuação Do Biomédico Na Perícia Criminal
São Paulo
2023
AIMÉE MAISA FACTORI DA SILVA
São Paulo
2023
RESUMO
The objective of this literature review is to analyze biomedical studies in the area
of criminal expertise, taking into account that forensic science is an interdisciplinary
area, involving physics, biology, chemistry, mathematics and several other frontier
sciences. with civil and criminal justice.
The biomedical doctor can use tools such as forensic genetics (advances in
DNA technology are very important in investigations), forensic ballistics,
documentoscopy, papiloscopy and forensic entomology to assist in the elucidation of
criminal cases, including using methods such as analysis and scene analysis. crime.
of materials in the laboratory to determine whether the case is homicide or suicide.
Forense, do latim forensis, significa "de antes do fórum” (Oxford, 2007), teve
sua origem na Roma Antiga, onde as pessoas apresentavam suas queixas ao fórum
e um grupo de pessoas analisava o que era exposto pelas duas partes e julgava, de
acordo com as leis, quem estava correto. A ciência forense abrange a investigação e
elucidação de assuntos legais como crimes, questões cíveis e penais.
São diversas áreas onde o biomédico pode atuar diante da perícia forense.
Seus conhecimentos são de extrema importância para elucidação de casos criminais.
Ao chegar ao cenário de um óbito, a biomedicina forense dispõe de ferramentas
necessárias a contribuir para responder se ele foi causado através de um suicídio ou
homicídio. Os conhecimentos adquiridos no estudo da Biomedicina, juntamente com
aqueles adquiridos dentro das Instituições que lidam com a Criminalística criam uma
condição ideal para que esse profissional se desenvolva e se especialize nesse tipo
de perícia.
Homicídio é o ato de tirar a vida de outra pessoa e está previsto no artigo 121
do Código Penal (Código Penal Brasileiro, art. 121), enquanto suicídio consiste no ato
da pessoa tirar sua própria vida. No Brasil, foram 47.508 óbitos por homicídio em 2022,
enquanto que o número de suicídios chegou a 16.262.
A etapa de analisar o corpo no local do crime é uma das mais importantes a ser
seguida para definir se se trata de um homicídio ou suicídio.
É de extrema importância fazer uma busca pela arma utilizada, que deverá ser
encaminhada diretamente à balística forense que, a depender do objeto utilizado,
pode ainda determinar peso, altura, tipo corporal do ser humano que fez uso dela.
Determinar o que provocou a morte é a peça fundamental a definir se o caso se trata
de um suicídio ou homicídio.
Na morte por arma de fogo, caso essa não seja encontrada no cenário do
crime, levanta a hipótese de que ela tenha sido retirada por alguém e diminui a
probabilidade de suicídio.
Caso a arma seja encontrada, é preciso avaliar o local onde ela se encontra:
se na mão dominante da vítima, pode indicar o caso de suicídio.
É necessário, por exemplo, analisar o local do corpo que foi atingida pelos
disparos e o trajeto efetuado pelos projéteis.
Existem regiões anatômicas preferencialmente eleitas para a prática do
suicídio, tais como cabeça (região temporal, auricular, frontal, cavidade oral
e abaixo da região mentoniana – queixo) e face anterior do tórax (em
correspondência ao coração). (Tocchetto; Espindula, 2015)
O local do crime deve ser preservado o máximo possível, pois podem ocorrer
tentativas de adulteração do cenário, assim como plantar objetos que possam ter
indícios falsos dos fatos.
Lesões que provocam feridas profundas em mãos, braços e rostos são mais
características de casos homicidas. Algumas lesões são típicas de movimentos de
defesa. É importante também, observar no local a disposição das manchas de sangue.
Por conta das movimentações bruscas entre a vítima e o agressor, as manchas
tendem a ser mais caóticas. A presença da arma branca no local é um forte indicio de
suicídio, e nos casos de homicídio o agressor costuma levar consigo a arma do crime.
Nas mortes por calor, é importante observar fatores como áreas do corpo com
maior preservação das queimaduras, se é possível uma identificação prévia da vítima
através de roupas, verificar as vias áreas a fim de determinar se houve respiração
antes da morte, presença de itens como fuligem.
Diante disso, foi possível criar um banco de dados com os perfis genéticos dos
indivíduos. O primeiro com ênfase nos dados genéticos de criminosos foi criado na
Inglaterra. O FBI, nos Estados Unidos, criou um sistema de índice de DNA
Combinado, que permite ao FBI utilizar esse banco de dados nas investigações
criminais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Marcos Elias Cláudio de; PASQUALI, LUIZ. Histórico dos Processos de
Identificação. Brasília: UNB, 2005.
Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais. O que é Perícia Criminal?
Disponível em: https://apcf.org.br/pericia-criminal/o-que-e-a-pericia-criminal. Acesso
em 06 de novembro de 2023.
BARBOSA,, R.;ROMANO, L.H.; História e Importância da Genética na área
forense. Revista Saúde em Foco. Edição nº 10. 2018
BARBOSA, V. C.; BREITSCHAFT, A. M. S. An experimental apparatus
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28, n. 1, p.115-122, 2006