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AIMÉE MAISA FACTORI DA SILVA

LUANA GOMES DOS REIS

RAFAELLA KONDO FREIRE

A ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO NA PERÍCIA CRIMINAL: A CIÊNCIA APLICADA


NA ELUCIDAÇÃO DE CASOS CRIMINAIS.

São Paulo

2023
AIMÉE MAISA FACTORI DA SILVA

LUANA GOMES DOS REIS

RAFAELLA KONDO FREIRE

A ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO NA PERÍCIA CRIMINAL: A CIÊNCIA APLICADA


NA ELUCIDAÇÃO DE CASOS CRIMINAIS.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado a Universidade São Judas
como parte dos requisitos para
obtenção do Título de Bacharelado em
Biomedicina, sob a orientação do prof.
Erasmo Soares da Silva.

São Paulo

2023
RESUMO

O objetivo dessa revisão de literatura é analisar a atuação do biomédico na


área de perícia criminal, tendo em vista que a ciência forense é uma área
interdisciplinar, que envolve a física, a biologia, a química, a matemática e várias
outras ciências de fronteira, tendo o objetivo de dar suporte às investigações relativas
à justiça civil e criminal.

O biomédico pode utilizar de ferramentas como genética forense (os avanços


na tecnologia de DNA são importantíssimos nas investigações), balística forense,
documentoscopia, papiloscopia e entomologia forense para auxiliar na elucidação de
casos criminais, inclusive utilizando de métodos como análise do cenário do crime e
análise de materiais em laboratório para definir se o caso trata-se de um homicídio ou
suicídio.

Tendo em vista os avanços científico-tecnológicos, a atuação da biomedicina


na área forense está em expansão e o papel do biomédico na perícia criminal tem sido
consolidado como fundamental para, através da ciência, obter o desfecho justo e
correto de casos.

Palavras Chave: Biomedicina forense. Perícia Criminal. Suicídio. Homicídio.


ABSTRACT

The objective of this literature review is to analyze biomedical studies in the area
of criminal expertise, taking into account that forensic science is an interdisciplinary
area, involving physics, biology, chemistry, mathematics and several other frontier
sciences. with civil and criminal justice.

The biomedical doctor can use tools such as forensic genetics (advances in
DNA technology are very important in investigations), forensic ballistics,
documentoscopy, papiloscopy and forensic entomology to assist in the elucidation of
criminal cases, including using methods such as analysis and scene analysis. crime.
of materials in the laboratory to determine whether the case is homicide or suicide.

In view of scientific-technological advances, the development of biomedicine in


the forensic area is expanding and the role of biomedicine in criminal expertise has
been consolidated as fundamental to, through science, obtain a fair and correct failure
of cases.

Keywords: Forensic biomedicine. Criminal Forensics. Suicide. Murder.


Desde os primórdios das civilizações, o ser humano está em constante busca
por conhecimento. Obter respostas impulsionou o homem primitivo a desenvolver a
escrita, motivou homens a aventurar-se em alto mar na época das grandes
navegações e inspirou o homem moderno à exploração espacial. Observar, analisar,
questionar, responder. Respostas sempre fascinaram o ser humano.
A ciência forense trata-se de uma área interdisciplinar, que envolve a física, a
biologia, a química, a matemática e várias outras ciências de fronteira, tendo o objetivo
de dar suporte às investigações relativas à justiça civil e criminal. Proporcionando
desta forma, os princípios e técnicas que facilitam a investigação dos delitos, a fim de
auxiliar na identificação, recuperação, reconstituição ou análise de evidências durante
uma investigação criminal, por meio de técnicas ou teorias. É definida como uma
ciência multidisciplinar, pois está se utiliza muitas vezes de elementos de outras
ciências para que possa ser feita uma análise correta de um possível vestígio. Dentre
essas ciências podem ser citadas a papiloscopia, a balística forense, a entomologia
forense, a toxicologia forense e a genética forense (FOLTRAN; SHIBATTA, 2011).
Atualmente, embora diversos os avanços tecnológicos acompanhem a Ciência
Forense, a utilização de técnicas voltadas para a elucidação de crimes remonta a
épocas pré-científicas (BAZAGLIA; BORTOLINI, 2004; BARBOSA; BREITSCHAFT;
2006). Entretanto, foi a partir do século XVI que se promoveu uma organização de
dados de maneira a formar um corpo de conhecimento estruturado. (CODEÇO, 1991;
DOREA; 1995).
No ano de 1928, na China, foi publicado o livro Xi Yuan Ji Lu, que relata a
história de um óbito e que, reproduzindo as marcas de uma foice numa carcaça de
um animal, descobriu-se a arma do crime. Solicitou então que todos do local
trouxessem suas foices para serem analisadas. Deixando-as expostas, varias moscas
foram atraídas para uma única foice que continha sangue, sendo possível assim
identificar o verdadeiro assassino que confessou o crime. (SONG CI, Collected Cases
of Injustice Rectified, 1247).
Este artigo teve como objetivo explicar as formas de atuação da biomedicina e
a extrema importância do papel do biomédico na perícia criminal que permite
diferenciar situações como homicídio e suicídio, bem como expor informações sobre
essa área do conhecimento em expansão.
O presente estudo teve como base a elaboração de uma pesquisa efetuando a
revisão bibliográfica cujo tema é o papel do profissional de biomedicina na área de
perícia criminal. Foi realizada a busca por informações e conhecimento da área
através de recursos físicos (pesquisas em livros) e recursos digitais (pesquisa em
sites), publicados no período de 2000 à 2023, tendo como propósito descrever os
principais métodos de atuação utilizados pelo biomédico na área forense que
permitem ao profissional determinar se um óbito foi causado por suicídio ou homicídio.
A Biomedicina Forense.

Forense, do latim forensis, significa "de antes do fórum” (Oxford, 2007), teve
sua origem na Roma Antiga, onde as pessoas apresentavam suas queixas ao fórum
e um grupo de pessoas analisava o que era exposto pelas duas partes e julgava, de
acordo com as leis, quem estava correto. A ciência forense abrange a investigação e
elucidação de assuntos legais como crimes, questões cíveis e penais.

A atuação da biomedicina na área da perícia forense contribui para a análise


criminalística de casos. Ela engloba diversas áreas do conhecimento como biologia e
química e sua atuação pode ir desde verificação do local do ocorrido, análise de coleta
de material até a identificação de vítimas e o desfecho do caso.

A atuação do biomédico na área de perícia forense pode dar-se em diversas


esferas. Ele pode ir até o local do ocorrido, tendo em vista que este local deve ser
devidamente isolado a fim de preservar todas as provas e analisar cada evidencia ali
existente, atuando no laboratório na análise e elaboração de relatórios.

O biomédico forense é o profissional habilitado para trabalhar no campo ou


em laboratório, com conhecimentos associados à Papiloscopia, a balística
forense, a entomologia forense, a toxicologia forense e a genética forense
(Foltran; Shibatta, 2011).

O conceito de perícia pode ser definido como sendo o exame de algo ou


alguém realizado por técnicos ou especialistas em determinados assuntos, podendo
fazer afirmações ou extrair conclusões pertinentes ao processo penal. (Nucci, 2006,
p. 367).

A perícia faz a análise do espaço físico, anotando e fotografando de todos os


ângulos possíveis o local. O biomédico pode, no local, coletar amostras de diversos
tipos de materiais e vale ressaltar que tudo deve ser devidamente identificado e a
coleta deve ser feita o mais breve possível, pois cada evidencia é extremamente
importante para o desfecho do caso e deve-se ao máximo preservar sua integridade.

Ao ter acesso ao local de crime, o perito criminal realizará o reconhecimento


a fim de localizar os pontos prováveis que contenham materiais biológicos
pertinentes ao caso, identificar a dinâmica do evento, quando possível, e
tomar providências para a manutenção da preservação dos vestígios ali
presentes. (Procedimento Operacional Padrão: Perícia Criminal, Ministério
da Saúde, 2013).

A atuação do biomédico no laboratório.

Coletadas as evidências e entregues ao laboratório, serão direcionadas ao


setor responsável pela análise e emissão do laudo técnico. E no laboratório, o
biomédico forense pode atuar em diversos segmentos, tais como genética forense,
toxicologia forense, papiloscopia, entomologia forense, balística forense e
documentoscopia.
Na genética forense, o teste de DNA é uma das principais análises nos
materiais biológicos, podendo obter através de ossos, sangue, urina, saliva, cabelos,
suor, tecido, sêmen, entre outros (Decanine, 2016). Para isso, ressalta-se a
importância do local do crime ser preservado para analise da coleta de vestígios. Em
todo caso, o tecido biológico pode ser utilizado para coleta de DNA, uma vez que o
DNA é extraído do núcleo ou das mitocôndrias das células (Bezerra, 2004).
No laboratório, o DNA passa por diversos processos, como por exemplo, sua
amplificação por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), até
que, através da amostra, seja possível ao biomédico identificar a vítima e até o autor
do crime.
Se o material coletado possuir qualquer indício de relação com o ocorrido,
poderá então servir para comprovar o envolvimento dos suspeitos (Souza; Queiroz,
2012).
Com relação a toxicologia, esta pode ser atrelada às pesquisas de Bernardino
Ramazzini, que no ano de 1700 publicou obra As doenças dos trabalhadores (De
Morbis Artificum Diatriba), descrevendo ligações entre as atividades trabalhistas e
manifestações fisiológicas (Bagatin; Kitamura, 2005).
Na toxicologia forense, o biomédico analisa, quantifica e identifica substancias
que sejam capazes de intoxicar um organismo ou ambiente, contribuindo para verificar
processos de contaminação. Amostras podem ser coletadas de diversas fontes, tais
como órgãos, fluidos, tecidos. Diante disso, a toxicologia forense executa um papel
importantíssimo na materialização do crime, contribuindo para a investigação criminal
e aplicação da lei (Oliveira et al., 2018).
A papiloscopia tem como objetivo a identificação do ser humano através de
suas impressões digitais, seguindo os princípios da imutabilidade e variabilidade. De
acordo com Galton, apud Chemello, as impressões digitais de um indivíduo são únicas
e não há repetições e nem alterações dos desenhos durante toda a sua vida (principio
da perenidade/imutabilidade). Tais características são essenciais para a identificação
humana e de extrema importância para elaboração de relatórios e soluções de casos
criminais. No Brasil, foi adotada desde 1903 a regulamentação de identificação
humana por impressões digitais (Barberá e Turégano apud Araujo e Pasquali, 2006).
É possível coletar as impressões digitais no local do ocorrido e com isso
identificar os seres humanos que estiveram no lugar e o que manusearam. O
biomédico pode coletar as impressões digitais e compara-las a bancos de dados,
facilitando a identificação.
A entomologia forense associa o comportamento de insetos e outros artrópodes
a situações de interesse médico legal. É uma ferramenta de extrema importância para
investigar, por exemplo, crimes contra pessoas vítimas de morte com violência.
Esses estudos iniciaram-se no Brasil em 1908, com os trabalhos pioneiros de
Edgard Roquette Pinto e Oscar Freire, respectivamente nos Estados do Rio
de Janeiro e da Bahia. Com base em estudos de casos em humanos e
animais realizados na primeira década do Século XX, esses autores
registraram a diversidade da fauna de insetos necrófagos em regiões de Mata
Atlântica, então ainda bastante preservadas. Tais trabalhos foram realizados
pouco tempo depois da publicação do livro de Mégnin (1894), o primeiro a
tratar do tema de forma sistemática, e chamaram a atenção por postura crítica
e seu esforço em desenvolver métodos adequados às condições locais do
Brasil. (Pujol – Luz, Luizz; Arantes; Constantino, 2008)

O corpo de um ser humano pós-morte pode sofrer a influência de fatores


externos, tais como clima, lugar, causa da morte, temperatura. Diante disso,
biomédico pode analisar os dados, uma vez que os animais encontrados em um
cadáver são extremamente importantes para elucidação do caso, pois podem apontar
fatores como possível deslocamento do corpo ou até a causa e tempo de morte.
A balística forense consiste em verificar as armas usadas em determinada
situação. Ela tem como objetivo identificar a dinâmica dos fatos, tais como tipo de
arma, distancia de utilização, impactos, identidade de quem fez uso. A análise das
armas em um caso de óbito é de extrema importância para verificar como ele ocorreu.
Eraldo Rabelo em seu livro balística Forense 2° edição editora Sulina – definiu
a balística forense como sendo: A parte do conhecimento criminalístico e médico-legal
que tem por objeto especial o estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos
e feitos próprios dos tiros desta arma, no que tiverem de útil ao esclarecimento à prova
de questões de fato, no interesse da justiça penal e civil.
Ao fazer uso de uma arma, o tiro disparado lança o projétil acompanhado de
energia (cinética, sonora, etc.), dispara resíduos sólidos provenientes da detonação
da mistura iniciadora e da pólvora e produtos gasosos tais como monóxido e dióxido
de carbono, vapor d’água, etc. Na arma, é possível encontrar resíduos sólidos dentro
do cano, no tambor, por exemplo. Porém, ao efetuar o disparo, o restante é projetado
em partes do corpo do atirador e na cena do crime. (Sarkis et al, 2004).
Na documentoscopia, o perito pode analisar possíveis falsificações de
documentos pessoais e assinaturas. O biomédico pode ainda analisar padrões de
escrita, possíveis amostras de DNA em superfícies de documentos e até verificar
possível adulteração de evidencias.
A análise desses dados envolve diversos métodos, tais como observação a
olho nu e uso de modernos equipamentos para cromatografia, espectrometria de
massas, espectrometria Raman e infravermelho (Riston, 2014).
Reunidos os dados, o perito elabora o laudo onde são descritos cena do crime,
análise das evidencias e interpretação dos fatos. O laudo pode conter fotos, resultados
de exames e todas as informações adquiridas ao longo do processo e a prioridade da
emissão da sua conclusão é feita seguindo o protocolo do “[...] caso mais crítico
primeiro.” (Johnston; Clark, 2005)
De acordo com Zaverucha (2003), o embasamento da decisão judicial depende
de fatores essenciais tais como a perícia criminal e medicina legal, pois suas atuações
permitem aplicar às leis de forma a garantir os direitos e cumprimento dos deveres da
sociedade.

O biomédico e a perícia forense em situações de mortes violentas

No ano de 2016, foi noticiado pela mídia comum, na cidade de Pontes e


Lacerda que fica a 448 km a Oeste de Cuiabá, o caso da morte de um homem foi
tratado como suicídio. A causa de morte foi disparo por arma de fogo em um bar e
testemunhas oculares afirmaram que o homem, após grande ingesta de bebidas
alcoólicas, disparou contra si mesmo ocasionando sua morte. Após análise da perícia
e da equipe de balística forense, determinou-se não ser possível que a lesão
encontrada no corpo pela arma do caso tenha sido causada através de um disparo
efetuado pela própria vítima. Diante do laudo final, a polícia iniciou um processo de
investigação que apontou uma mulher presente no local como autora do disparo,
tratando-se de um caso de homicídio e não suicídio. (Secretaria do Estado de
Segurança Publica do Mato Grosso do Sul, 2016).

São diversas áreas onde o biomédico pode atuar diante da perícia forense.
Seus conhecimentos são de extrema importância para elucidação de casos criminais.
Ao chegar ao cenário de um óbito, a biomedicina forense dispõe de ferramentas
necessárias a contribuir para responder se ele foi causado através de um suicídio ou
homicídio. Os conhecimentos adquiridos no estudo da Biomedicina, juntamente com
aqueles adquiridos dentro das Instituições que lidam com a Criminalística criam uma
condição ideal para que esse profissional se desenvolva e se especialize nesse tipo
de perícia.

Homicídio é o ato de tirar a vida de outra pessoa e está previsto no artigo 121
do Código Penal (Código Penal Brasileiro, art. 121), enquanto suicídio consiste no ato
da pessoa tirar sua própria vida. No Brasil, foram 47.508 óbitos por homicídio em 2022,
enquanto que o número de suicídios chegou a 16.262.

Para definir se o caso trata-se de um homicídio ou suicídio, são necessários


que sejam seguidos alguns passos, tais como:

1. Exame do corpo no local

A etapa de analisar o corpo no local do crime é uma das mais importantes a ser
seguida para definir se se trata de um homicídio ou suicídio.

De acordo com Domingos Tocchetto e Alberi Espindula em seu livro


“Criminalística Procedimentos e Metodologias” publicado em 2015, o perito deve:
analisar visualmente o cadáver, sem o movimentar, descrever a posição do corpo e
descrever a vítima com dados como sexo, cor, fase, cronológica, compleição física,
comprimento e cor dos cabelos, cor dos olhos, entre outras características físicas.
Observar características individuais, como por exemplo, uso de tatuagens. Observar
todas as lesões encontradas, principalmente lesões em mãos que permitam constatar
vestígios, como por exemplo, resquícios de uso de arma de fogo. Identificar se há
sinais de luta corporal, sinais de lesões de defesas em braços, antebraços, mãos.

É importante analisar o vestuário do corpo encontrado, pois este traz consigo


diversas informações sobre a personalidade daquele ser humano. A apresentação das
roupas pode indicar as atividades anteriores à morte executadas pela vítima (se elas
se encontram rasgadas, com sinais de que foram trocadas recentemente, se contem
sangue ou fluidos corporais). Observar se há cintos desafivelados, zíperes abertos,
sinais de rasgos, entre outros sinais de anormalidades. É importante fotografar as
vestes e adornos utilizados, atentando-se à sinais de manchas, por exemplo.

Segundo Toccheto e Espindula, fazer o exame das vestes da vítima é


imprescindível, e um critério aceito é de que o suicida evita disparar através da roupa,
removendo-a para ter acesso livre à área que efetuará o disparo.

2. Análise de Cenário e Possível Causa da Morte

Na suspeita de um possível suicídio, o biomédico perito ao dirigir-se ao local do


óbito, onde primeiramente serão analisadas as evidencias de cenários. Analisando a
cena do crime, é necessário verificar possíveis alterações no local como
arrombamentos de portas e janelas, indícios de limpeza e eliminação de evidencias.

Toda indicação de entrada forçada deve ser documentada, fotografada e


eventualmente os vestígios relacionados recolhidos. (Tocchetto; Espindula,
2015)

É de extrema importância fazer uma busca pela arma utilizada, que deverá ser
encaminhada diretamente à balística forense que, a depender do objeto utilizado,
pode ainda determinar peso, altura, tipo corporal do ser humano que fez uso dela.
Determinar o que provocou a morte é a peça fundamental a definir se o caso se trata
de um suicídio ou homicídio.
Na morte por arma de fogo, caso essa não seja encontrada no cenário do
crime, levanta a hipótese de que ela tenha sido retirada por alguém e diminui a
probabilidade de suicídio.

A ausência da arma de fogo no local levanta a hipótese de que tenha ocorrido


a sua retirada da cena de crime, diminuindo fortemente a probabilidade de
suicídio. Já num contexto em que a arma esteja presente, o conhecimento da
localização desta em relação ao cadáver é de extrema importância.
(Tocchetto; Espindula, 2015)

Caso a arma seja encontrada, é preciso avaliar o local onde ela se encontra:
se na mão dominante da vítima, pode indicar o caso de suicídio.

A presença da arma de fogo no local, por si só, é sugestiva de suicídio. Nos


casos típicos de homicídio, o agressor deixa a cena portando sua arma, pois
de modo geral, a considera um “patrimônio” e a tendência é que não a
abandone. (Tocchetto; Espindula, 2015)

A posição da arma deve ser avaliada minuciosamente. Se a arma fora encontrada


caída a pouca distancia da vítima, pode se levantar a possibilidade de ter caído ou ter
sido largada pela própria vítima. A depender da distancia que fora encontrada do
corpo, a hipótese de homicídio é levantada. As mãos da vítima podem revelar muito
sobre o ocorrido, pois podem conter resíduos do disparo por arma de fogo, por
exemplo.

Analisa-se ainda, o número de disparos no local. De acordo com Toccheto e


Espindula, locais de suicídio com arma de fogo em geral apresentam um único disparo
no local que foi fatal. Ainda podem ser encontrados alguns outros disparos que foram
efetuados com o objetivo de testar o dispositivo.

De acordo com Zeichner, é possível calcular a distância dos disparos da arma


de fogo a vitima analisando a concentração das partículas nela, propiciando a
diferenciação entre homicídio e suicídio.

É de extrema importância o exame nas armas em casos de suicídio e homicídio,


cabe ressaltar a atuação do biomédico na balística forense, uma vez que ela contribui
e muito para a elucidação do caso criminal.

É necessário, por exemplo, analisar o local do corpo que foi atingida pelos
disparos e o trajeto efetuado pelos projéteis.
Existem regiões anatômicas preferencialmente eleitas para a prática do
suicídio, tais como cabeça (região temporal, auricular, frontal, cavidade oral
e abaixo da região mentoniana – queixo) e face anterior do tórax (em
correspondência ao coração). (Tocchetto; Espindula, 2015)

O local do crime deve ser preservado o máximo possível, pois podem ocorrer
tentativas de adulteração do cenário, assim como plantar objetos que possam ter
indícios falsos dos fatos.

O local do crime constitui em uma investigação primordial no processo


criminal, onde é essencial a preservação do local de crime para garantir a
integridade para a relação de operações adquirirem de vestígios que
esclarecerão e auxiliarão no esclarecimento dos movimentos e as forças que
provocam os fatos. O local do crime pode ser caracterizado geralmente, como
a área aonde aconteceu o fato e que expõe características ou configuração
de um crime. (Almeida, Rodrigo Ribeiro; Silva, Rubens Alves da, 2020)

A posição da vítima pode indicar se é suicídio ou homicídio. Conforme escreve


Toccheto e Espindula, a vítima de suicídio geralmente se acomoda sentada ou
deitada.

No cenário, deve-se procurar por indícios da presença de outros seres


humanos no local e se ocorreu ou não ações praticadas por eles, como por exemplo,
uma luta corporal. É necessário verificar a presença de bilhetes ou cartas de
despedidas da vítima (e em caso positivo, coletar a amostra para inclusive analise de
documentoscopia a fim de determinar sua autenticidade).

Objetos deixados propositalmente: a presença de vestígios relacionados a


qualquer tipo de “ritual de alívio”, tais como cartas, bilhetes, objetos
organizados, etc. é típica de casos suicidas, e auxilia muito no diagnóstico do
fato. Esse critério é válido genericamente para todo local de suicídio, qualquer
que seja o meio empregado. (Tocchetto; Espindula, 2015)

Ao verificar o espaço físico do local, é importante observar se ele é aberto ou


fechado. Suicídios ocorrem com maior frequência em locais fechados e isolados.
Deve-se verificar a disponibilização dos objetos no local (como por exemplo, em caso
de morte por enforcamento causado pela própria pessoa, deve verificar móvel ou
objetos como cordas que possibilitem o ato). Verificar a presença de objetos (armas
de fogo, armas brancas ou qualquer objeto que possa ser determinante para a causa
morte) próximos ao corpo, inclusive medicamentos que possam ter sido ingeridos de
maneira inadequada (de dose ou interação medicamentosa) podendo levar ao óbito,
podendo o biomédico neste caso avaliar os resultados de exames toxicológicos.

No caso de lesões por instrumentos cortantes e perfuro cortantes, considerados


arma branca é importante analisar o número de lesões, a disposição dessas lesões
(em casos suicidas, geralmente são lesões simétricas).

Além de lesões no pescoço (esgorjamento), são comuns nos casos suicidas


variedades que incluem lesões nos punhos, pregas do cotovelo e mais
raramente tornozelos e virilhas. (Tocchetto; Espindula, 2015)

Lesões que provocam feridas profundas em mãos, braços e rostos são mais
características de casos homicidas. Algumas lesões são típicas de movimentos de
defesa. É importante também, observar no local a disposição das manchas de sangue.
Por conta das movimentações bruscas entre a vítima e o agressor, as manchas
tendem a ser mais caóticas. A presença da arma branca no local é um forte indicio de
suicídio, e nos casos de homicídio o agressor costuma levar consigo a arma do crime.

Ao analisar a vítima por asfixia, os casos de enforcamento de modo geral são


suicidas e os casos de estrangulamento são de origem homicida. De acordo com
Toccheto e Espindula, casos de esganadura não aparecem sinais externos de
compressão, como sulcos, mas são observados no pescoço escoriações e equimoses
produzidas pela pressão de dedos e unhas do agressor.

O biomédico perito deve analisar minuciosamente os pescoços da vítima de


homicídio, a fim de encontrar também impressões digitais que auxiliem na
identificação do agressor.

A busca por impressões digitais latentes no pescoço pode ser realizada


utilizando as técnicas adequadas Na impossibilidade desse exame no local,
a área deve ser preservada para que se possa obter essa importante
evidencia posteriormente em condições ideais. (Tocchetto; Espindula, 2015)

Em casos de morte por sufocação, é possível observar que se houver oclusão


dos orifícios respiratórios, é um forte indicativo de homicídio. Lesões como contusões
nas costas podem indicar que o agressor pressionou a vitima de modo que suas vias
aéreas foram bloqueadas. É importante analisar o exame interno do cadáver que pode
indicar sinais de asfixia, enfisema traumático e efetuar exames patológicos (Tocchetto;
Espindula, 2015).

Em casos de projeção, a inexistência de obstáculos é típica do caso suicida. As


vitimas habitualmente escolhem locais que proporcione ao seu corpo atingir o solo
sem encontrar maiores dificuldades.

Nas mortes por calor, é importante observar fatores como áreas do corpo com
maior preservação das queimaduras, se é possível uma identificação prévia da vítima
através de roupas, verificar as vias áreas a fim de determinar se houve respiração
antes da morte, presença de itens como fuligem.

O exame do cadáver no IML deve receber também especial atenção,


sobretudo no que se refere à busca de lesões não relacionadas à ação do
fogo e à resposta do quesito “houve respiração durante a ação do fogo e do
calor?”, ou seja, a vítima estava viva quando o fogo se propagou e atingiu seu
corpo?. (Tocchetto; Espindula, 2015)

Em casos de morte por afogamento, é de suma importância o exame do local


e do corpo da vítima. Em alguns casos como encontrar o corpo em rios ou lagos (locais
abertos), não significa necessariamente que a vitima morreu de afogamento, em
algumas vezes ela pode ter sido despejada ali pós-morte.

De acordo com Roberto Wenceslau, mortes por asfixia mecânica trazem


características específicas, tais como livores de decúbito extensos, escuros e
precoces, o que aponta para um possível caso de homicídio. A asfixia pode acontecer
também por compressão torácica.

Nos casos de asfixia por compressão torácica é muito frequente o aumento


do volume de sangue na região da cabeça (Congestão da Face), que em
seguida dá lugar à Máscara Equimótica de Morestin (ou cianose cervicofacial
de Le Dentut). Vale a ressalva para os casos de afogamento, pois também
podem apresentar grande quantidade de acúmulo de sangue na face quando
o corpo fica por muito tempo com a cabeça pra baixo. (Wenceslau, Roberto.
2019)
3. Análise de DNA para elucidação de casos criminais

José Maria Marlet, professor de medicina legal na USP, contou em uma


entrevista para o jornal Folha de São Paulo em 1995 sobre o primeiro caso de
identificação criminal através de exames de DNA, ocorrido em 1985 na Inglaterra.

Lá havia um geneticista, Alec Jeffreys, que colheu o esperma encontrado na


vítima e fez o exame de DNA. Mais tarde houve outro crime similar.
Novamente, Jeffreys analisou o sêmen encontrado na vítima. Era do mesmo
homem que cometera o primeiro crime. As autoridades locais, então, forjaram
uma campanha de doação de sangue cuja finalidade era identificar o DNA do
agressor. Todos os habitantes foram doar sangue, mas nenhum deles
possuía DNA igual ao do estuprador. A polícia prosseguiu com as
investigações e descobriu que havia um viajante no condado. Quando o
sujeito voltou, foi convidado a doar sangue. Feito o teste de DNA no sangue
colhido, Jeffreys concluiu que o código genético do viajante era o mesmo do
estuprador. (Marlet, José Maria , 1995)

Diante de um caso com suspeita de homicídio, é extremamente importante que


o biomédico forense colete amostras de DNA no local, a fim de identificar a vítima e o
possível autor do crime.

Polimorfismos de DNA são considerados regiões com maior variação individual,


o que proporciona maior facilidade de estudos. Alec Jeffreys, mencionado
anteriormente como sendo o geneticista a solucionar o primeiro caso criminal através
de DNA, descreveu em seus estudos esses polimorfismos. Ele ainda observou,
analisando um gene, que essas regiões polimórficas estão presentes em todo genoma
humano e proporcionam uma distinção entre as pessoas. Jeffreys definou a alta
variabilidade destas regiões do genoma como “DNA fingersprinting” ou “impressões
digitais de DNA”. (Bernath, 2008; Jeffreys; Brookfield; Semeonoff, 1985 )

Figura 1: Exemplo de estrutura de análise de DNA firgersprint.


Fonte: genome.gov – acesso em 14 de novembro de 2023.

Atualmente, a maneira mais utilizada em larga escala é estudando as regiões


que se repetem de DNA, que são definidas como minissatélites “(VNTR’s: variable
number of tandem repeats ou “número variável de repetições em tandem” ) e
microssatélites (STR’s: do inglês short tandem repeats ou “repetições curtas em
tandem”). A quantidade de repetições é variável entre indivíduos o que permite o
estudo através de sondas de DNA ou através de PCR. (Pena, 2005).

Diante disso, foi possível criar um banco de dados com os perfis genéticos dos
indivíduos. O primeiro com ênfase nos dados genéticos de criminosos foi criado na
Inglaterra. O FBI, nos Estados Unidos, criou um sistema de índice de DNA
Combinado, que permite ao FBI utilizar esse banco de dados nas investigações
criminais.

Para manter sua eficácia e eficiência, é necessário o suporte legislativo, politico


e financeiro e o nível adequado de sofisticação. (Walsh, 2004)

Ao receber as amostras em laboratório, o perito deve verificar o


empacotamento e selagem delas e a identificação do material. Tudo deve ser
registrado, inclusive a forma como recebeu as amostras e se foi necessário fazer nelas
algum teste preliminar.

O material genético pode ser coletado através de fluidos deixados no local.


Material genético em forma liquida, como por exemplo, sangue, sêmen e fluidos em
geral, usualmente são coletados absorvendo-se (Lee et al., 1991) e transportados
sempre em recipientes próprios para tal, e se estiver em forma de mancha seca, o
objeto com a mancha deve ser levado ao laboratório de maneira integral. O sangue
na forma liquida deve ser sempre armazenado com anticoagulantes. Na coleta de fios
de cabelo, órgãos e tecidos, devem-se utilizar pinças estéreis e totalmente sem
contaminações. ( Procedimento Operacional Padrão Perícia Criminal, Ministério da
Justiça, 2013).

Embora a análise por DNA seja extremamente eficaz, é importante salientar


que ele está interligado a outras ferramentas que possam ser utilizadas pelo
biomédico na elucidação de casos criminais. Por exemplo, tratando-se de um
homicídio que fora encontrado evidencias biológicas nas vestes da vítima, pode-se ter
a reação de PCR inibida. (Bonaccorso, 2004).

Em caso de irmãos gêmeos, geneticamente idênticos, a datiloscopia,


analisando as impressões digitais, seria extremamente eficaz. (Bonaccorso, 2004).

O Mercado de Trabalho para o Biomédico na Perícia Criminal.

Para atuar como biomédico na área forense é necessário, primeiramente,


graduar-se em biomedicina. A biomedicina na perícia criminal é uma área
multidisciplinar, envolvendo química, genética, biologia e conhecimentos sobre
legislação. (Conselho Regional de Biomedicina da 2ª Região, 2021).

Após a graduação, o profissional poderá especializar-se e, ao prestar um


concurso municipal, federal ou estadual, tornar-se um perito na área forense.

Entre os critérios exigidos da profissão, estão profundo conhecimento em


genética e biologia molecular, estar apto tanto fisicamente como psicologicamente e
possuir boa estrutura e inteligência emocional.

A contribuição do biomédico na área da perícia criminal é de extrema


importância para elucidação de casos.

Ainda se trata de uma área profissional em expansão e a média salarial no


Brasil está em R$ 60.000,00 por ano. (Universidade Veiga Almeida, 2023).
O profissional biomédico leva uma grande vantagem para atuar como perito
criminal, devido à formação, podendo atuar em diversas áreas da
criminalística sendo uma delas na pericias em local de morte violenta,
laboratórios de toxicologia, DNA, Biologia forense e meio ambiente.
Geralmente, há bons concursos para perito criminal em todo o Brasil, ainda
que em alguns estados o profissional biomédico não esteja incluído neste rol.
Porém em vários estados e na Polícia Federal o biomédico está incluso nessa
carreira. O salário é atrativo e o ofício promissor, características que
despertam o interesse. A profissão exige constantes atualizações.
(Conselho Regional de Biomedicina – 3ª região)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Efetuando a revisão de literatura, este artigo proporcionou a conclusão de que


a Ciência Forense é uma área multidisciplinar extremamente importante para a
elucidação de casos. Suas ferramentas constituem peças fundamentais para a
investigação e determinação de eventos. O profissional biomédico pode atuar
analisando os dados através da genética forense, balística forense, entomologia
forense, papiloscopia, documentoscopia, toxicologia; ele pode evidenciar se o caso é
um homicídio ou suicídio, podendo atuar tanto em campo quanto em laboratório.
O biomédico é totalmente capacitado para atuar como perito, tendo em vista a
grade curricular do curso de biomedicina no Brasil que abrange disciplinas como
genética, química, matemática e biologia. Ele pode fazer uso de todas as ferramentas
disponíveis para auxiliar na definição de suicídio ou homicídio. É de suma importância
que em casos de óbitos por mortes que não tenham como causa natural ou causa
acidental, sejam minuciosamente investigadas a fim de determinar se se trata de um
suicídio ou homicídio.
Tendo em vista os avanços científico-tecnológicos, o mercado da biomedicina
forense está em expansão e o papel do biomédico na perícia criminal tem sido
consolidado como fundamental para, através da ciência, obter o desfecho justo e
correto de casos.

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