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Governador do Estado Paulo Egydio Martins

Conselho Deliberativo do FASPG

Presidente Lila Byington Egydio Martins

Conselheiros Dra. Ada Peiegrini Gr/no ver


Dr. Antonio Fazzani Bina
Dr. José Papa Jr.
Dr. Luiz Eulálio de Bueno Vidigal Filho
Dra. Maria Helena Monteiro de Barros
Dr. Mário de Moraes A/tenfelder e Silva
Dr. Omar Sal/es de Lima

Assessor junto a Presidente Bahij Am/n Aur

Equipe Executiva

Chefia de Gabinete Fernanda Margarida Galvão Cintra


Assessoria da Presidente Brasilia Arruda Botelho
Departamento Administrativo Ophélia A thiê Simão
Assessoria para Assuntos Especiais Beatriz Castelo Branco Saviolli
Departamento Técnico Fernanda Margarida Gaivão Cintra
Assessoria do Departamento Técnico Sílvia Stanisci
Divisão da Grande São Paulo Di/za Torres
Divisão do Interior Elza Koumrouyan
Atendimento a Prefeituras e Obras Sociais Nora Auer Arruda Botelho
Assessoria de Imprensa José Nelson de Oliveira e Freitas
afácio
No momento de elaborar o Relatório de Atividades realizadas pelo Fundo de Assistência Social do Palácio do Governo — FASPG -
nestes quatro anos, optei, juntamente com a equipe de trabalho, pela ampliação deste documento, com o acréscimo de uma reflexão
descritiva da programação desenvolvida, a fim de fornecer subsídios a todos que orientam seus esforços para o evento de uma etapa
de vida mais justa e humana para nosso povo.

Por outro lado, acredito essencial ir-se além do mero relatório, pois, a experiência vivida por técnicos, funcionários e voluntários do
FASPG — empenhados no incentivo à maior Participação Comunitária — propiciou, através do trabalho realizado, a renovação de um
órgão público, adequando-o às características fundamentais exigidas pelo Serviço Social: dinamizar a prática do atendimento direto
pelo planejamento, preparo e criação de novos meios e oportunidades para a Promoção Humana. Esta experiência-semente foi plan-
tada por um grupo imenso de colaboradores que ouviu, debateu, dialogou com a equipe do FASPG e está agindo, multiplicando
como fermento-vivo a consolidação de uma nova mentalidade — a que acredita no potencial humano.

A linguagem numérica é considerada de extrema objetividade. Talvez numa época como a nossa, em que a técnica é privilegiada, os
números sejam prezados mais ainda.

Consciente do risco de ir além da linguagem formal dos números, no instante de completar este relatório sobre o trabalho do FASPG,
no período de março de 1975 a março de 1979, decidi ir um pouco à frente das cifras e tentar descrever, sinteticamente, a ação de-
senvolvida por este órgão.

E necessário esclarecer que o risco de ir além da linguagem numérica se estabelece, também, por não me limitar à terminologia espe-
cífica do Serviço Social, o que me obrigaria a um distanciamento daquilo que mais prezo e que me encorajou a registrar esta reflexão
no momento de deixar a presidência do FASPG: o crescimento pelo relacionamento.

Uma experiência de trabalho foi vivenciada por todo um grupo de pessoas — a equipe de trabalho do FASPG — e creio que a possi-
bilidade de manifestar essa experiência, juntamente com os números, é uma oportunidade a mais de prestar serviços à comunidade.

Distante da pretensão de acreditar que esta experiência seja modelo, paradigma ou um receituário para o trabalho que o FASPG e/ou
outros órgãos do setor social realizam, considero válida e necessária esta descrição, por expressar um átomo da história de nossa
gente.

Essa parcela da história, que é vista e sentida pelos que trabalham no FASPG, nem sempre chega a ser encadernada. É uma história
bastante conhecida — a da miséria, a do sofrimento humano, da doença, da procura de orientação, a busca de um lugar para morar.

0 relato das dificuldades sociais, também, chega ao FASPG, através de prefeitos, dirigentes, técnicos, funcionários e voluntários de
entidades sociais e, ainda, de inúmeros outros profissionais (professores, médicos, engenheiros-agronômos e tantos mais) que, pessoal-
mente ou por meio de cartas e ofícios, entram em contato conosco, testemunhando seu empenho em encontrar uma solução para os
problemas de nossa realidade.

A todas as pessoas que prosseguem na luta pelo desenvolvimento social, reitero o meu profundo reconhecimento e admiração, agra-
decendo a oportunidade dos contatos que mantive com a população e suas lideranças, através dos quais cresceu em profundidade
minha consciência sobre o valor da dimensão social de cada pessoa — dimensão solidária e plena de vitalidade.

LILA BYINGTON EGYDIO MARTINS


Prefácio 3
we
A escolha da semente — Introdução 7

A semente e a terra 9
— Participação comunitária
— Promoção humana

A semeadura 12
— Formação de recursos humanos

A consciência da semente 22
— Voluntariado social

A semente se orienta 29
— Balcão informativo de recursos comunitários

A criança e a semente 35
— Programas comunitários para o desenvolvimento da criança
— Projetos — Piloto
— Quinzena de participação comunitária para o desenvolvimento da criança

A semente e as raízes — 44
— Projetos integrados
— Projetos específicos

0 fruto e a semente 49
— Plantão de referência
— Núcleos de participação comunitária — NUPACs
— Complementação de material às prefeituras e obras sociais
— Campanhas de participação comunitária

A semente brota 53
— Fase preparatória do ano internacional da criança
— Programação de 1979

Dados quantitativos 56
O preparo anterior
Antes, mesmo, de assumir a presidência
do FASPG, já estava consciente da
procura e da utilidade dos serviços que o
órgão vinha prestando à população.

Na formação de uma equipe básica nos


contatos com representantes das mais
diversas áreas do setor social, durante os
dez meses anteriores ao início da
Administração Paulo Egydio Martins,
compartilhamos da preocupação
demonstrada por diversos técnicos
quanto a necessidade de adequar a ação
social do FASPG à realidade complexa e
difícil que aí está.

Durante esse período de preparação,


foram levantados vários pontos que
requeriam atenções especiais, dos quais
vale destacar os seguintes:

Do FASPG para o público


— Da necessidade de ser criada uma
estrutura que não só atendesse aos
problemas imediatos, mas que desse
início a um processo de transformação
social.

Do público para o FASPG


— Iniciar um processo de transformação
social significava, também,
restruturar não só o próprio órgão,
mas, ainda, desfazer a arcaica imagem
de que a esposa do governador é algo
semelhante a uma "fada madrinha" ou
uma "santa milagreira". A necessidade
de desmistificar essa imagem, longe de
ser uma crítica às Administrações
anteriores, significa um
posicionamento contra a "estrutura
do favor" (que sabemos ser oriunda
nos imemoriais tempos da nossa
história colonial).
— Procurar colocar no contexto social
mais amplo possível a "história" de
cada pessoa que viesse a procurar
este órgão (vide capítulos sobre o Uma questão de mentalidade
Plantão de Referência, Atendimento Enquanto tal, significa que existe um
a Prefeituras e Obras Sociais e certo acordo comum que permite essa
Campanhas de Participação situação.
Comunitária).
Todos conhecemos o "jogo de empurra"
que transfere para as entidades
especializadas ou para o Governo, por
Do contato com outros exemplo, a responsabilidade de educar,
órgãos e entidades do setor social de reintegrar o menor infrator ou o filho
Ainda durante o período de preparo da viciado em tóxicos.
programação a ser desenvolvida pelo
FASPG, percebíamos a existência de um A contínua transferência de
grande número de pessoas, entidades responsabilidades reforça o paternalismo
sociais, órgãos públicos e particulares do Estado e a dependência sempre maior
empenhados em desenvolver inúmeros dos cidadãos. Esse o saldo da
programas para atender às dificuldades mentalidade omissa, da acomodação e dc
mais específicas da nossa realidade. inércia frente aos problemas de nossa
real idade.
Apesar de todo o esforço e dedicação
dessas instituições, seus objetivos nem Essa a síntese do inventário sobre as
sempre eram atingidos e os motivos que dificuldades do setor social, que
levavam à frustração das metas, por visualizamos antes de assumir a
vezes, não eram nem a falta de recursos presidência do FASPG. Nessa etapa, já
humanos ou de recursos financeiros. nos deparamos, também, com o esforço
e a objetividade de várias instituições,
Identificávamos, sim, que para cada buscando superar o espaço do
problema que se manifestava, buscava-se isolamento e conquistar a colaboração da
criar um programa como resposta. comunidade para uma ação conjunta.
Assim, a realidade era atendida pela
parcíalização, pela divisão, pela "fatia" — Nova mentalidade
resposta que cada programa ou entidade Ao procurar definir os objetivos do
especializada realizava. Essa constatação FASPG para estes quatro anos, sabíamos
permitiu-nos perceber que no vácuo que tínhamos de partir para um trabalho
criado pela ação isolada, se perdiam que incentivasse a criação de uma nova
recursos preciosos para acelerar o nosso mentalidade. Mais ainda: era preciso
desenvolvimento, como também se fazer entender que, para algo chegar a ser
identificava o paralelismo de ação, rrientalizado, não basta, apenas, ser
outra voragem consumidora de energia e óbvio; é necessária uma ação educativa,
forças fundamentais ao processo de de pedagogia permanente, para que um
transformação social. novo enfoque, um novo comportamento,
um novo posicionamento se estabeleçam
Mais grave que a parcialização do entre o indivíduo e a realidade à sua
trabalho social e mais sério que o volta. E que ele perceba o vínculo, a
desgaste da ação paralela é a mentalidade relação, a ligação solidária que se
paternalista que originou e alimentou desencadeia a partir da sua decisão de
esses procedimentos. participar.
Essa ação educativa necessitava ser regida liberdade de informação e expressão,
por um princípio que aproximasse as mas também a mobilização e a
várias programações, entidades e motivação de toda a opinião pública, de
cidadãos. Ainda em razão da todos os cidadãos e instituições para
determinação educativa, devia ser que participem da formulação e das
bastante amplo e orgânico para críticas de políticas, bem como para que
incorporar, somar todos os recursos, a assumam parcelas de responsabilidade na
partir do potencial de cada indivíduo e própria implantação dessas políticas".
não se esgotar numa ação imediatista; ao (Governador Paulo Egydio Martins, in
contrário, inspirar para ação a médio e "Uma Estratégia de Governo",
longo prazos (como se caracteriza, pág. 21/1 975).
também, uma verdadeira ação educativa
e de transformação social). A semente
Promover o homem através da
Promoção do homem participação comunitária — essa é a
A busca desse princípio dinâmico semente — esse é o objetivo fundamental
levou-nos ao Ser Humano. E ele c senhor que se configurou para o FASPG,
da ação e da transformação. Decidir pela integrado à Estratégia da Administração
Promoção do Homem, mais que uma como um órgão complementar às ações
opção entre os vários procedimentos prioritárias do Governo do Estado de
apresentados pelo Se viço Social, foi a São Paulo no setor social e
conseqüência do contato com a própria intermediário (enquanto incentivador do
realidade, que anseia que as diálogo) entre a População e o Poder
potencialidades do ser humano e a sua Público.
importância para a evolução do todo
social não sejam subestimadas pela esmola A partir dessa meta, o programa do
a promessa ou o''jeitinho"; ao contrário, FASPG teve, nesta Administração, os
busca livrar-se das situações de seguintes objetivos:
dependência ou tutelagem, originadas
pela abordagem, meramente ingênua, do — motivar a participação responsável da
complexo social. comunidade no processo de
desenvolvimento social;
Política de participação — capacitar recursos humanos e
Para levar adiante urna programação entidades para a ação efetiva na
sócio-educativa, não bastava, contudo, comunidade;
ter como objetivo final a Promoção do promover a integração entre órgãos
Homem. Ou melhor, essa meta só públicos, privados e a comunidade;
encontrou viabilidade porque a política — Incentivar á valorização e
social desta Administração convergiu desenvolvimento da criança, através
para o ser humano: "como premissa de uma visão sócio-educativa
básica, proponho que se trabalhe de global, incluindo a família e a
forma a que o governo estadual se comunidade.
caracterize, sob minha direção, como um
governo de desenvolvimento e
participação comunitária. Por
participação comunitária, entendo não
apenas o direito à representatividade e à
A proposta
Antes de iniciar a descrição do trabalho
,c ,t realizado por este órgão, nesta
Administração, é necessário
situarmo-nos mais detidamente, em
relação aos termos componentes do
objetivo fundamental do FASPG:
promover o homem, através da
participação comunitária.

O que passamos a descrever não vem de


um enunciado teórico anterior ao início
das nossas atividades, mas da experiência
que vivenciamos no próprio processo
de trabalho, do contato com os mais
diversos grupos da população de nosso
Estado.

As reflexões desses contatos estão


expressas nos trechos de dois discursos
proferidos em épocas e locais diferentes
(1) e reordenados, aqui, visando
explicitar os termos Participação,
Participação e Administração Pública,
Participação e Promoção Humana.

Participação
"Acreditamos não ser por acaso que nos
deparamos, freqüentemente, com a
proposta de participar. Na forma de
estímulo, incentivo, convite ou até
mesmo como slogan publicitário,
ouvimos, continuamente, esse
chamado à participação.

"Esse apelo que está no ar, lançado pelos


mais diversos setores, testemunha o
quanto se ressentem da apatia, da
inércia e, mesmo, da acomodação de'
significativa parcela de nossa população.

"A área social que, por definição e


constituição, depende, se apóia e
desenvolve pela atuação coletiva, é a
que mais anseia e necessita da
participação de todos.
"Todos conhecemos pessoas, em nossas viaduto ou da praça? Quem desejou
cidades, que, tomando consciência das essas obras — a população, os técnicos
dificuldades sociais, decidem, ou o administrador?
espontaneamente, trabalhar para
solucionar determinado problema. "O que queremos dizer, desde já, é que
a base — a população — têm demonstrado
"Quantos orfanatos, asilos, casas de o seu desejo de participar — e não apenas
recuperação e habilitação de como usuária dos serviços prestados
excepcionais, por exemplo, foram por uma Administração. A população
criados a partir dessa decisão de pode, quer e precisa ter a oportunidade
pessoas que chamaram os amigos e e os meios de participar, desde a decisão
formaram aquele grupo de do porquê até como aquela obra vai ser
"abnegados", que contribui com o realizada.
Poder Público para o melhor
atendimento da população. "Quando ocorre uma calamidade pública,
uma enchente por exemplo, e a Prefeitura
"São inúmeras as iniciativas válidas, se vê sem recursos para atender,
criadas por esses grupos surgidos da imediatamente, às pessoas desabrigadas,
população. Sabemos que, algumas dessas todos somos testemunhas da
iniciativas, carecem aprofundar e situar generosidade e da solidariedade de
melhor o seu trabalho frente às reais nossa gente, que, nessás ocasiões, se une,
necessidades sociais". integra seus esforços para encontrar a
roupa, o colchão, o cobertor,
Participação e administração pública providenciar a alimentação, organizar
"Parece absurdo falar em Administração mutirões de limpeza e tanta coisa mais.
Pública sem se estar falando, também,
em Participação Comunitária. "Passou aquele problema agudo, termine
Realmente, pode ser um absurdo, mas a união, cada um retorna ao seu grupo,
ficar em paz com essa conclusão, sem clube ou trabalho, volta aos seus
questioná-la, pode ser, inclusive, a interesses pessoais, "tolerando que
causa do distanciamento entre a aquela gente da periferia", que sofreu
população e a Administração Pública e com a enchente, continue com inúmeras
de ambas com a realidade. dificuldades, num estado crônico de
miséria.
Existe o raciocínio simplista dos que
afirmam que "a comunidade participa "Onde estão as lideranças, para
sempre'', e usam do seguinte sofisma: continuar chamando, para mostrar que,
"uma vez construída a avenida, o se a ajuda for além daquele momento
viaduto ou a praça, a população passa extremo de aflição, é o desenvolvimento
a usá-las. Logo, a comunidade social, é a promoção da cidade toda que
participa". Mas será que comunidade e está sendo construída pela própria
população significam a mesma coisa? população?

"E será que a população estava "Ë neste ponto que a participação
precisando, mesmo, daquela avenida? comunitária vai se definindo como o
Será que a necessidade maior, mais recurso mais precioso que o município
urgente, estaria na construção do conta para o seu próprio
desenvolvimento. Sea população é o decretos para a promoção do homem,
recurso fundamental para o com H maiúsculo. Dizem que seus
desenvolvimento e todas as nossas decretos eram muito comoventes e
cidades têm gente — al g umas, como a bonitos. Mas, quando ele saiu do
capital, até com problemas de gabinete, ao final do governo, percebeu
super-população — então, por que já que os moradores continuavam com os
não estão resolvidas todas essas mesmos problemas e necessidades de
dificuldades? antes. AC transferiu a culpa para a
população, porque esta não sabia ler e
"Ao lado dessa pergunta, coloca-se uma entender o Diário Oficial...
questão essencial: como a Administração
Públiba encara sua população? "Felizmente, essas três localidades e
suas desastradas administrações são
"Imaginemos três localidades. imaginárias. Ou, pelo menos,
Na primeira, a Administração enxerga, gostaríamos que fossem...
em cada morador, apenas, o contribuinte.
Os cofres públicos se enchem. Aí, o "Ao citar esses três procedimentos
administrador tern de justificar o porquê exagerados, queremos esclarecer a
daquela arrecadação para os que foram proposta de Participação Comunitária.
sobrecarregados de taxas — e os serviços Entender a participação só como
acabam beneficiando os que podem imposto é cômodo, mas deixa
pagar mais. Aqueles que não tinham o estagnado e deteriora o relacionamento
que ser taxado, continuam entre administrador e povo. Porque
marginalizados dos benefícios, dos entender a população como um
cofres cheios. aglomerado de contribuintes é
desfigurar o homem, pois, só o que ele
"Na outra localidade, o administrador tem interessa; o que ele é ou o que quer
vê, em cada habitante, apenas, o eleitor. ser, ticam de fora desse procedimento.
Aí tudo é prometido: para arrancar o
voto, vale até construir um viaduto "No segundo caso, conquistar o voto à
ligando um brejo a urn alagadiço. vasta da ilusão, desvirtua e insulta o
Aquela obra pode não servir em nada ao direito à escolha e não representa
sistema viário, mas trará votos --e haja qualquer evolução política. Iludida, a
banda, foguetes, falatórios no palanque... população não escolheu: foi induzida à
e votos nas urnas. Como tudo foi estrutura do favor, que, sabemos, não é
prometido, pouco ou nada será feito, nenhum processo político.
porque essa Administração estará Cl administrador eleito pelas promessas
dividida, enfraquecida pelos não terá condições de criar meios e
compromissos assumidos com pessoas oportunidades para o desenvolvimento.
ou grupos de interesses --e não com Ele terá de pagar favores.
toda a população.
"Administrador trancado no gabinete,
"Na terceira localidade, a Administração sem ouvir e refletir junto com a
centrou seu objetivo em atender às população, é outro extremo. Sem
necessidades do ser humano. contato, sem vínculo com a realidade,
O administrador se fechou em seu só baixar decretos para promover o
gabinete, com sua equipe, e baixava homem, aí, quem se ilude é o
lo
administrador. Ele imagina estar existência de objetivos comuns, a ação
fazendo aquilo que é melhor para o solidária permanente, a busca conjunta
povo, sem saber o que quer o povo. de melhores condições de vida — o
0 que surge desse procedimento é o relacionamento, a real integração entre
paternalismo tradicional, que as diversas faixas da população — tudo
população nenhuma pode mais aceitar isso motivado, tudo isso existindo, aí
sim, teremos a comunidade, aquele
"0 que pretendemos, ao descrever habitante que não só mora na cidade,
esses três procedimentos "imaginários", mas também zela e cuida do seu
é mencionar os três riscos ou tentações desenvolvimento".
mais comuns em que qualquer
administrador público pode incorrer, Participação e promoção humana
na esperança de resolver as dificuldades Promover o homem através da
de sua cidade, tendo como referencial participação comunitária
único a estrutura administrativa e a "Essa meta envolve dois aspectos
pressão que os problemas e as fundamentais; primeiro, o compromisso
necessidades exercem sobre ele. com uma ação promocional, ou seja, a
Em qualquer dos procedimentos procura de novos padrões de atuação
descritos, a população é encarada como distantes do assistencialismo e do
urna massa mais ou menos uniforme, paternalismo tradicional que,
que tem inúmeras necessidades e infelizmente, ainda marcam grande
problemas. Para solucionar essas parte das atividades sociais realizadas
dificuldades, o administrador manipula em nosso país.
ou molda esta massa.
"Decidir pela Participação Comunitária,
"Assim, não é levado em consideração não se trata de uma segunda etapa de
que a população é um conjunto de seres nossa proposta de trabalho.
humanos. Com problemas, sim.
Mas, cada pessoa desse conjunto tem "Entendemos a participação como o
inteligência, afeto, disposição, impulso, o movimento que dinamiza
solidariedade e tanta coisa mais que as energias e o potencial que todo o
fazem do ser humano o mais espantoso ser humano possui. Esse potencial e
e surpreendente dos seres que existem. essas energias quando despertas,
conscientes, orientadas integradas,
"Recorrer a todo esse potencial que constituem a alvanca onde cada um
existe em cada pessoa da população imprime sua força para, em conjunto,
de nossas cidades, só quando surgem atingirmos uma nova etapa de
as calamidades, é insultar, desprezar e desenvolvimento social.
desperdiçar o recurso mais importante
para que a pressão exercida sobre a "Assim, são simultêneas e
Administração Pública pelas necessidades interdependentes a promoção do homem
e problemas seja aliviada e solucionada e a Participação Comunitária. Decorrente
através da colaboração de cada habitante. do ato de participar — de tomar parte
numa ação com a lucidez de uma
"Consciente do seu potencial, com consciência responsável, encontramos
oportunidades e meios para um novo homem, mais confiante,
desenvolvê-lo, teremos o cidadão, a solidário e, por isso, auto-promotor de
uma nova ordem para a vida social (1 ).

"Aí a semente e a terra.


A semente-proposta de participação
comunitária desacomoda a terra,
aprofunda raízes e brota pela consciência
lúcida de cada pessoa disposta à ação
conjunta pela transformação social".

Nota
fl Os discursos acima foram p ro feridos,
respectivamente, no Palácio do Bunt!, Brasília,
em setembro de 1977, e convite do Governo do
Distrito Federal; e no XX //4 Congresso Estadual
de Municípios, promovido pela Associarão Paulista
de Municípios, em abril de 1978, em Campos do
Jordão.
}fir zr n Formação de recursos humanos
v a A falta de participação das pessoas na
vida de nossas cidades, talvez, se
constitua na dificuldade mais gritante -
porque a ação consciente e solidária de
cada morador representa o recurso mais
valioso para se garantir um processo
irreversível de desenvolvimento social.

A ação programática desenvolvida pelo


FASPAG foi estabelecida pelas próprias
verterdes que caracterizam o Serviço
Social a prática do atendimento direto
(vide capítulo Plantão de Referência e
Núcleos de Participação Comunitária)
e o preparar, planejar para o futuro.

A semeadura
Procurando reforçar e dinamizar os
trabalhos íá existentes e incentivar uma
nova mentalidade para o Setor Social,
promoveu-se extenso programa de
Formação de Recursos Humanos.
Essa programação dirigida a uma
clientela considerada "muitiplìcadora" -
prefe tos, suas esposas, dirigentes de
entidades sociais, técnicos ligados às
áreas de Saúde, Educação e Serviço
Social e voluntários em geral —visou:
— motivar a maior conhecimento da
realidade;
— incentivar os debates sobre o setor
social;
— propiciar a troca de experiências;
— facilitar a integração das iniciativas do
setor social, por meio do
conhecimento mútuo.

Para realizar esses objetivos foram


desenvolvidas as seguintes áreas de ação:
— Curso básico: Treinamento para Ação
Comunitária.
— Cursos específicos:
Treìnamento para Ação Comunitária/
Criança
Treinamento para Ação Comunitária/
Mães
12
Treinamento para Ação Comunitária/ Com uma equipe de técnicos para
Gestantes ministrar esses cursos na Capital e
Bonecos para Educação Municípios da Grande São Paulo
Educação para a Saúde, em (Divisão da Grande São Paulo) e outra
colaboração com a Secretaria da Saúde equipe para o Interior do Estado
Projeto Educação para a Saúde (Divisão do Interior), o FASPG
(implantação) objetivou incentivar e reforçar as
Orientação Nutritional, em lideranças locais, formando um núcleo
colaboração com a Coordenadoria de de pessoas irradiadoras da proposta de
Assistência Técnica Integral (CAIU, Participação Comunitária.
da Secretaria da Agricultura
Organização e Funcionamento de Tendo presente a insuficiência de
Creches, em colaboração com a Recursos Humanos do próprio
-- LOBES — Coordenadora do Bem FASPG para atender a crescente
Estar Social da Prefeitura Municipal solicitação dos cursos proveniente de
de São Paulo vários grupos dos bairros da Capital e
Central de Voluntários (implantação) dos Municípios da Grande São Paulo
— Seminários (compreendendo o curso e Interior, o setor de Formação de
básico e os específicos) Recursos Humanos ampliou sua área
— Encontros e Reuniões de Participação de ação, através dos Seminários de
ri itána. Participação Comunitária.

Através desses cursos, realizados em Nesses Seminários, a proposta do


dinâmica de grupo, incentivando ao FASPG era desenvolvida em três
relacionamento e conhecimento mútuo, etapas. Na primeira, procurava-se
o FASPG procurou instrumentalizar os motivar e incentivar as pessoas para
participantes para uma ação mais que elas participassem.
adequada frente à realidade.
Na segunda, orientar, treinar e habilitar
Iniciados em 1975 com o Treinamento os participantes para uma ação
para Ação Comunitária (que propunha adequada às necessidades de sua
a reflexão e tomada de posição dos realidade e ao desenvolvimento social
participantes sobre os princípios básicos global.
de ação comunitária e promoção humana)
foram sendo desdobrados, a partir de A última etapa desenvolvida, desde
1976, para atender às solicitações vindas março de 1976, junto aos Seminários,
dos próprios participantes, que exigiam era o Balcão Informativo de Recursos
orientações mais específicas a fim de Comunitários, reunindo órgãos públicos
desenvolverem trabalhos com crianças, e particulares ligados ao setor social.
mães, orientação nutritional, etc.
Os Seminários representaram não só a
Através de cada um desses cursos oportunidade de reflexão e intercâmbio
específicos, o FASPG buscou incentivar, de experiências entre os participantes,
sempre, a necessidade da ação global, corno foram ampliando e aprofundando
isto é: nas atividades com a criança o próprio conhecimento da equipe do
procurar envolver sua família e a FASPG sobre as diversas realidades
comunidade. vividas nos municípios do Estado.
presentamos a seguir uma síntese do — Balcão Intormativo de Recursos
rabalho realizado nos 14 Seminários Comunitários.
romovidos nesta gestão:
Ponto de destaque assinalado pelos
participantes do 1119 Seminário e do
Fase de implantação da programação do XXP Congresso, foi o início das
FASPG atividades do Balcão Informativo de
19 seminário de participação Recursos Comunitários, que contava
comunitária/Campos do Jordão - com a participação de órgãos públicos
maio/1975 — realizado simultaneamente e particulares e que na sua primeira
ao XIX9 Congresso Estadual de realização limitava-se a prestar
Municípios. informação e orientação à população
Atividades: para utilização mais intensa dos
— Cursos de Treinamento de Ação recursos existentes à disposição das
Comunitária — reconhecendo a comunidades (vide capítulo Balcão
importância de motivar as lideranças, Informativo de Recursos Comunitários).
a fim de que elas se transformem em
elementos multiplicadores junto à IV9 seminário de participação
população das cidades, para incentivar comunitária — Parque da Água Branca —
a participação, o FASPG procurou outubro/1976 — realizado
valorizar o papel desempenhado por simultaneamente à II semana de
esposas de prefeitos e vereadores, que participação comunitária para o
acompanham a ação política de seus desenvolvimento da criança.
maridos e são chamadas a atuar no Atividades:
setor social. — cursos de Treinamento de Ação
Comunitária
II° seminário de participação — cursos específicos:
comunitária/São Paulo — outubro/1975 Treinamento de Ação Comunitária -
—realizado simultaneamenteà I semana Música — promovido em colaboração
de participação comunitária para o com a Faculdade Paulista de Música,
desenvolvimento da criança. visando atender a solicitação de
Atividades: professores e estudantes universitários
— curso de Treinamento de Ação dessa área.
Comunitária para representantes do Educação para a Saúde
setor social; Orientação Nutricional
— programação sócio-educativa dirigida Orientação Familiar
à população em geral, no sentido da — Programações sócio-educativas
valorização da criança. dirigidas à população em geral,
enfatizando os aspectos criativo e
1119 seminário de participação educativo da recreação.
comunitária — Guarujá — março/1976 - — Balcão Informativo de Recursos
realizado simultaneamente ao XXP comunitários.
Congresso Estadual de Municípios.
Atividades:
— curso de Treinamento de Ação V° seminário de participação
Comunitária, abordando os temas comunitária — Praia Grande -
Criança, Família e Comunidade; abril/1977 — realizado simultaneamente
ao XXIP Congresso Estadual de comunitários junto a Prefeituras,
Municípios. Obras Sociais, Grupos Voluntários,
Atividades: Parques Infantis e Escolas
— Treinamento de Ação Comunitária. — Treinamentos Específicos:
— Treinamentos Específicos: Educação para a Saúde
Educação para a Saúde Orientação Nutricional
Orientação Nutricional Bonecos para Educação
Bonecos para Educação — Balcão Informativo de Recursos
— Balcão Informativo de Recursos Comunitários
Comunitários — Debates exploratórios Debates Exploratórios
sobre a utilização dos recursos — Encontro de Participação Comunitária
comunitários para os participantes para estudo e implantação do Projeto
dos treinamentos e monitores dos Hortas Domésticas e Comunitárias
diversos órgãos representados no — Reunião Regional de Fazendeiros,
Balcão Informativo. com o objetivo de promover o
— Oficialização dos Projetos Integrados - desenvolvimento da participação
— Hortas Domésticas e Comunitárias comunitária nos programas sociais
(vide capítulo Projetos Integrados) rurais realizados na região de
— Mini-Bibliotecas (vide capítulo Campinas.
Projetos Integrados) — Reunião Regional com representantes
— Educação Sanitária para a Criança da COHAB-Bandeirantes e da
e a Comunidade (FASPG e Assessoria de Assistência Técnica e
Interclínicas) (vide capítulo Desenvolvimento da Carteira de
Projetos Integrados). Operações Sociais do BNH
— Reunião Regional com prefeitos da
VI° seminário de participação 5? Região Administrativa.
comunitária — Vila Ré (Zona Leste)
Capital — maio/1977 VIII° seminário de participação
Atividades: comunitária — Voluntariado, de 20 de
— Treinamentos para Ação Comunitária, junho a 3 de julho, na capital, realizado
abordando os temas Criança, Família no Palácio dos Bandeirantes e
e Comunidade 11 Encontros Regionais sobre o
— Treinamentos Específicos: Voluntário Social, no Interior.
Educação para a Saúde
Orientação Nutricional Este Seminário, destinado a enfocar mais
Bonecos para Educação detidamente o papel do Voluntário
— Balcão Informativo de Recursos Social, foi realizado simultaneamente,
Comunitários na Grande São Paulo e no Interior, com
Debates exploratórios as seguintes atividades:
Interior — Foram realizados
VII° seminário de participação 11 encontros regionais (Amparo, Avaré,
comunitária — Campinas Bauru, Campinas, Piracicaba, Registro,
junho/1977 — promovido com a Ribeirão Preto, Santos, São João da Boa
colaboração da Prefeitura de Campinas: Vista, São José dos Campos e Sorocaba)
— Treinamentos de Ação Comunitária, com a presença de 330 representantes de
abordando temas relativos ao 94 municípios vizinhos. Nessas reuniões,
desenvolvimento de programas os participantes debateram o trabalho do
13
Voluntário Social, fornecendo os realizada no Palácio dos Bandeirantes,
subsídios básicos para elaboração do no dia 3 de julho de 1977.
IP Documento do Voluntariado Social
do Estado de São Paulo (vide capítulo 1X9 seminário de pa rt icipação
sobre o Voluntariado). Os participantes comunitária —Araçatuba —agosto/1977
desses 11 encontros promoveram — promovido com a colaboração da
114 reuniões em seus municípios, para Prefeitura de Araçatuba.
o estudo e valorização do Voluntário Atividades:
Social. — Treinamento para Ação Comunitária,
Capital — Treinamentos de Ação abordando temas relativos à criança,
Comunitária, enfocando o trabalho família e comunidade.
voluntário junto a programas — Cursos específicos:
comunitários com a criança, família e — Educação para a Saúde
comunidade. — Orientação Nutricional
Cursos Específicos: — Bonecos para Educação
— Bonecos para Educação — Balcão Informativo de Recursos
— Organização e Funcionamento de Comunitários
— Creches — Esclarecimentos e debates sobre os
Os treinamentos e cursos foram recursos apresentados, atividade
realizados nos bairros de Campos dirigida aos participantes dos cursos
El íseos, Lapa, Santana, Moóca e — Orientação profissional para
Santo Amaro. estudantes das 7 e 8? séries,
visando fornecer subsídios para a
No Palácio dos Bandeirantes: opção profissional e motivar
— Balcão Informativo de Recursos professores e diretores para
Comunitários desenvolver essa orientação junto
— Orientação, informações e debates às escolas
sobre os diversos recursos — Encontro de Participação Comunitária
apresentados aos participantes do para dinamização do Projeto Hortas
Seminário e dos Encontros Domésticas e Comunitárias (com
— Orientação profissional para representantes de 172 municípios
estudantes da 8? série das regiões de Araçatuba, São José
do Rio Preto e Presidente Prudente).
Encontros (três) com dirigentes, técnicos — Encontro de Participação Comunitária
e grupos voluntários da Capital. para dinamização do Projeto
Encontros para estudo conjunto e Mini-Bibliotecas
implantação do Projeto Mini-Bibliotecas — Encontro de Participação Comunitária
em 50 municípios do Estado. para promover a melhor utilização de
Encontros para estudo conjunto e máquinas de costura em programas
implantação do Projeto Hortas comunitários, abordando aspectos
Domésticas e Comunitárias em referentes à formação profissional das
71 municípios paulistas. mães e melhoria do orçamento
Comemoração do Dia do Voluntário familiar
Social (primeiro domingo de julho, — Encontro de Participação Comunitária
instituído pelo decreto nP 8.139, para Entidades Sociais do município
assinado em 2 de julho de 1976, pelo de Araçatuba, incentivando à ação
governador Paulo Egydio Martins), integrada.
14
X9 seminário de participação Assim, foram desenvolvidos, em 1977,
comunitária — Parque da Água Branca três etapas simultâneas de trabalhos:
(Capital) — outubro/1977 — realizado 1) A Etapa Demonstrativa, que incluiu as
simultaneamente à 1 quinzena de seguintes atividades:
participação comunitária para o a) Lazer Educativo: pintura, colagem,
desenvolvimento da criança. modelagem com barro,
Essa Quinzena (integrante dos enfatizando-se a utilização da
Programas Comunitários para o sucata e incentivando os adultos
Desenvolvimento da Criança, realizados à sua realização em conjunto com
pelo FASPG, nesta Administração) as crianças, permanentemente,
visava promover o desenvolvimento da visando o desenvolvimento do
criança, sua família e da comunidade. potencial criativo e físico e
beneficiando o aperfeiçoamento da
Para atingir esse objetivo, foi elaborada coordenação sensório-motora da
uma programação sócio-educativa criança.
destinada a: Procurou-se destacar, através do
— Motivar e incentivar a população e contato direto de crianças e adultos
participar na valorização da criança com esse tipo de lazer, a proposta
e no atendimento de suas necessidades viva, demonstrada, da importância
na comunidade; do relacionamento com o meio
— Facilitar e propiciar a integração das físico e social, extraindo das
diversas iniciativas que já vinham condições do "meio" ambiente, os
atuando nas áreas do setor social, recursos básicos para o
referentes à criança, família e desenvolvimento global da criança.
comunidade, para dinamizar Cantigas de roda, espetáculos
os seus trabalhos. folclóricos, complementavam
essa etapa de lazer que, juntamente
Graças às experiências acumuladas com com a "escolinha de jardinagem",
a promoção das Semanas de Participação destacavam a importância do
Comunitária para o Desenvolvimento relacionamento com a Natureza
da Criança, realizadas em 1975 e 1976, e as raízes culturais.
ao contato com as diversas entidades b) Orientação Alimentar: foi montado
sociais e à proposta de trabalho um Balcão para prestar informações
integrado com órgãos públicos e e promover demonstrações práticas
particulares, foi possível a ampliação sobre o preparo dos alimentos mais
e o aprofundamento da programação nutritivos.
da Quinzena, destinada ao público em c) Balcão Informativo de Recursos
geral. Comunitários: que apresentou
órgãos públicos e particulares que
prestam serviços nas diversas áreas
Houve intensificação dos trabalhos na do setor social
área de Formação de Recursos Humanos, — Esclarecimentos e debates sobre
melhor preparo de voluntários (com boa os recursos apresentados,
receptividades destes junto às várias atividade dirigida aos
instituições sociais) e organizaram-se, participantes dos vários cursos
inclusive, programações conjuntas entre Orientação profissional para
as entidades, a partir dos Seminários. estudantes das 7a e 8á séries.
d) Balcão de Entidades Sociais: com a criança, família e
Visando promover e aprofundar o comunidade
contato das Obras Sociais entre si — Cursos Específicos (com a duração
e com o público em geral, de 5 dias):
objetivando facilitar a integração — Orientação Nutricional
entre as diversas entidades e — Educação para a Saúde
incentivar à maior participação — Organização e Funcionamento de
comunitária, foi criado, nesta Creches
Quinzena, um Balcão de
Entidades Sociais, coordenado (em 3) Encontros de Participação
1977) pelo Arrastão — Movimento Comunitária (duração de 1 dia), para
de Promoção Humana, com a estudo e implantação dos Projetos
participação de 54 entidades ligadas Integrados:
às seguintes áreas do setor social: — Projeto Hortas Domésticas e
Menor, Família e Comunidade Comunitárias
(entidades que desenvolvem, — Projeto Mini-Bibliotecas
principalmente, programas — Projeto Educação para a Saúde
comunitários de educação de base), — (vide capítulo Projetos Integrados)
Idosos, Deficientes Físicos e — Projeto Máquinas de Costura,
Mentais e Reintegração Social. visando atender às solicitações de
máquinas de costura, o FASPG
procurou ir além da doação,
A programação desta etapa reunindo dirigentes de entidades
demonstrativa foi dirigida de maneira sociais para debater, em conjunto,
especial ao público em geral (vide aspectos relativos à
Programas Comunitários para o profissionalização e organização
Desenvolvimento da Criança) e, comunitária dos clubes de mães.
simultaneamente, objetivava motivar — Encontro de Participação
os participantes dos diversos Balcões Comunitária para Obras Sociais
à integração, possibilitando um do Interior
contato direto entre dirigentes, — Encontro de Participação
técnicos, monitores e voluntários Comunitária para Obras Sociais
das várias áreas do setor social e, da Capital
ainda, apresentar, de forma concreta, — Encontro de Participação
várias atividades de estímulo à Comunitária para Obras Sociais
participação comunitária que vinham dos municípios da Grande São
sendo estudadas e debatidas pelas Paulo
pessoas inscritas nos cursos do — Em cada um desses Encontros,
X° Seminário. dirigentes, técnicos e voluntários
das várias entidades sociais
2) Estudos e Debates — Nesta segunda puderam trocar experiências
etapa, orientada para pessoas que sobre os trabalhos que vêm
atuam no setor social, foi desenvolvida realizando e tomaram contato
a seguinte programação: com a programação
— Treinamentos de Ação Comunitária demonstrativa realizada durante
(com a duração de 5 dias), a Quinzena, de maneira especial
abordando os trabalhos realizados com o Balcão Informativo de
Recursos Comunitários e o agrônomos, diretores, professores e
Balcão de Entidades Sociais. assistentes sociais dos municípios da
Esses Encontros objetivaram Região do Vale do Paraíba e Litoral
facilitar a integração das Norte. (vide capítulo Projetos
programações e trabalhos Integrados).
realizados pelas diversas — Encontro de Participação Comunitária
entidades, através do para estudos e debates sobre o Projeto
conhecimento mútuo e da Educação para a Saúde, com a
identificação de cada área com participação de prefeitos,
o global do setor social. representantes de Prefeituras,
médicos, técnicos de Centros de Saúde
XI° seminário de participação e voluntários.
comunitária — Campos do Jordão — — Encontro de Participação Comunitária
abril/1978 — realizado simultaneamente visando incentivar maior integração
ao XXIP Congresso Estadual de entre a Escola e a Comunidade.
Municípios. Participaram diretores, professores,
Treinamento de Ação Comunitária delegados regionais de ensino e
abordando temas relativos ao trabalho representantes das Associações de
social com criança, família e Pais e Mestres das escolas situadas nos
comunidade municípios do Vale do Paraíba e
Cursos específicos: Litoral Norte.
— Orientação Nutricional
— Educação para a Saúde XII° seminário de participação
Balcão Informativo de Recursos comunitária/voluntariado — 30 de maio
Comunitários, promovendo, além das a 29 de junho de 1978 — realizado
informações e orientação, debates simultaneamente no interior, municípios
exploratórios sobre a melhor da grande São Paulo, bairros da capital e,
utilização dos recursos comunitários, de 22 a 29 de junho, no Palácio dos
incentivando o diálogo entre os Bandeirantes.
participantes do Seminário e os — Lançamento do Projeto Central
monitores do Balcão sobre a Municipal de Voluntários:
maximização e otimização dos A partir do 14 documento do
serviços apresentados. voluntariado do estado de São Paulo,
Orientação Profissional para elaborado com os subsídios fornecidos
estudantes de 7 e 8? séries de pelos participantes do VII 19 seminário
escolas localizadas no município de (vide capítulo voluntariado), o
Campos do Jordão, incentivando os FASPG procurou dinamizar a
professores e diretores a prosseguirem interação do voluntário com as
essas orientações para que os jovens diversas entidades onde presta
tenham o maior número de subsídios colaboração e, simultaneamente,
possíveis para as suas opções ampliar essa colaboração, propiciando
profissionais. meios e oportunidades para que o
Encontro de Participação voluntário identifique a sua dimensão
Comunitária para a implantação do social, se conscientize do significado
Projeto Hortas Domésticas e de agente de transformação da
Comunitárias, com a participação realidade social e aprofunde a ligação
de representantes de Prefeituras, positiva para a promoção do meio
15
(realidade) em que vive. próximos, pela prestação de serviços
Assim, este XII? seminário procurou inter-municipais;
incentivar, de maneira especial, junto — Capacitar elementos já atuantes em
aos municípios, a implantação do serviços de base para uma ação mais
projeto central municipal de eficaz, através de treinamentos
voluntários, de forma a propiciar a espec if icos;
formação de um voluntariado a nível — Sensibilizar a população com relação
local, consciente da realidade social de ao Ano Internacional da Criança,
sua cidade, sintonizado não só com o mobilizando elementos para
trabalho que realiza num dos setores participação nas atividades
da área social, mas integrado ao preparatórias (vide capítulo
processo de desenvolvimento global Programas Comunitários para o
de um município (vide capítulo Desenvolvimento da Criança)
Voluntariado).
A programação do XI I° Seminário
Este XII? Seminário desenvolveu os desenvolveu as seguintes atividades:
seguintes objetivos: 1) Na Grande São Paulo, a partir de
Objetivo geral — Incentivar e reforçar a 19 de junho:
importância do trabalho do voluntariado — Treinamentos para Ação
social, motivando e capacitando recursos Comunitária, focalizando o
humanos em geral (técnicos e trabalho social com grupos de
voluntários), visando a dinamização da educação de base, criança, família
participação comunitária para o e comunidade;
desenvolvimento integral da criança, da — Treinamento para Ação Comunitária,
família e da comunidade. promovendo a integração
Escola/Comunidade (em colaboração
Objetivos específicos: com a Secretaria da Educação —
— Incentivar, através de propostas CON ESP);
concretas, o aproveitamento integral — Cursos Específicos:
do potencial voluntário existente nos — Orientação Nutricional
indivíduos e grupos sociais, no — Educação para a Saúde
desenvolvimento social de seus — Organização e Funcionamento de
municípios; Creches;
— Criar condições para uma melhor — Bonecos para Educação
estruturação do trabalho voluntário, — Os 29 treinamentos e cursos realizados
pelo incentivo à formação de nesta etapa desenvolveram-se em sedes
comissões municipais de voluntários localizadas nos seguintes municípios
e de um sistema de assessoria técnica da Grande São Paulo:
às mesmas; — Mairiporã
— Dinamizar a implantação de — Santo André
programas comunitários e/ou — São Bernardo do Campo
reabmentar a ação já realizada; — São Caetano do Sul
— Estimular a racionalização dos serviços — Osasco
prestados pelos recursos da e nos seguintes bairros da Capital:
comunidade e de seu uso (pela — Bosque da Saúde
integração entre si e com os usuários);
I-„Incentivar a integração dos municípios
— Brás
— Brooklin
— Freguesia do 0 atendimento à médio e longo prazo.
— Moóca Esses questionários foram
— Penha distribuídos a prefeituras, órgãos
— Pirituba públicos e entidades sociais, com a
— Santana orientação dos representantes das
— Santo Amaro Divisões Regionais da Secretaria
— São Miguel Paulista Estadual da Promoção Social e
— Sé Coordenadoria do Bem Estar
— Sumaré Social (COBES).
— Vila Prudente
— Nos municípios e bairros-sede, se 3) No Palácio dos Bandeirantes (a partir
reuniram representantes das de 21 de junho):
cidades e bairros mais próximos. — Balcão Informativo de Recursos
Comunitários, apresentando
2) No Interior (a partir de 30 de maio): informações e orientação sobre os
Foram realizados encontros de recursos de entidades públicas e
participação comunitária em 24 particulares, aos participantes dos
municípios, abrangendo os municípios cursos promovidos na Grande São
adjacentes. Os municípios-sede dos Paulo e na Capital.
Encontros foram: Sorocaba, São José — Orientação Profissional para
do Rio Preto, Santos, São José dos estudantes das 7? e 8? séries
Campos, Ribeirão Preto, Campinas, — Encontros de participação
Bauru, Guaratinguetá, Registro, comunitária (6 com a duração de
Itapira, Casa Branca, Piracicaba, um dia cada Encontro), com a
Avaré, Marília, Cândido Mota, participação de prefeitos, suas
Barretos, Catanduva, Jales, Andradina, esposas, representantes do setor
Araçatuba, Dracena, Presidente social das Prefeituras; dirigentes e
Vencesláu, Presidente Prudente e técnicos de entidades sociais,
Ita pet ininga. grupos voluntários; diretores,
Durante esses Encontros Regionais de professores e representantes das
Participação Comunitária, foram Associações de Pais e Mestres.
tratados dois temas básicos: — Encontro de Participação
— Voluntariado, corn estudos e Comunitária para os municípios
debates sobre o Projeto Central participantes do Projeto
Municipal de Voluntários; Mini-Bibliotecas, visando um
— Início da fase preparatória do ano levantamento dos trabalhos que
internacional da criança, motivando vinham realizando, troca de
os participantes a debater e aplicar experiências e incentivo à
um questionário relativo às dinamização das atividades.
condições de vida das crianças em
nossas cidades, cumprindo a
recomendação da ONU para que se No primeiro domingo de julho (dia 2,
incentivasse povos e governos a em 1978), foi comemorado o Dia do
tomar consciência da situação Voluntário Social, com solenidades
vivida pela infância e, a partir dessa organizadas em vários bairros da Capital
tomada de consciência, se e municípios da Grande São Paulo e
realizassem programas de Interior (vide capítulo Voluntariado).
X1119 seminário de participação capital —outubro/1978— realizado
comunitária/São José do Rio Preto - simultaneamente à Ili quinzena de
agosto/1978 — promovido com a participação comunitária para o
colaboração da Prefeitura Municipal desenvolvimento da criança
de São José do Rio Preto A partir da avaliação positiva a que
— Treinamentos para Ação Comunitária chegaram as Secretarias Estaduais e
sobre temas relativos ao trabalho Municipais, órgãos públicos e
social com criança, família e particulares, entidades sociais
comunidade participantes da I? Quinzena, em
— Cursos Específicos: 1977, o FASPG manteve, em
— Orientação Nutricional 1978, a mesma estrutura básica com
— Organização e Funcionamento de atividades dirigidas ao público em
Creches geral e atividades específicas às
— Bonecos para Educação pessoas ligadas ao setor social
— Implantação da Central Municipal (principalmente técnicos e
de Voluntários voluntários) — (vide (tens referentes
— Balcão Informativo de Recursos ao X9 Seminário de Participação
Comunitários: Comunitária).
— Esclarecimentos e debates sobre os
recursos apresentados, atividade Assim, a I I? Quinzena manteve o
dirigida aos participantes dos cursos objetivo de promover o desenvolvimento
— Orientação Profissional para global da criança, sua família e da
estudantes das 7? e 8 séries, comunidade e, simultaneamente, motivar
visando fornecer subsídios para a população e as pessoas ligadas ao setor
as suas opções profissionais e social para a fase preparatória do ano
V4 motivar professores e diretores internacional da criança.
para desenvolver essa orientação
permanente nas escolas Para tal, o FASPG elaborou um
— Encontro de Participação Documento Básico, informando da
Comunitária para dirigentes, proposta da ONU em relação a 1979,
técnicos e voluntários de Obras detalhando alguns aspectos com
Sociais no município de São José sugestões para programas comunitários
do Rio Preto, visando facilitar a referentes às áreas de saúde, nutrição,
integração de atividades. educação e lazer, que pudessem reforçar
— Encontro de Participação os trabalhos que já vinham se realizando.
Comunitária para estudo e Esse documento básico da fase
implantação do Projeto Educação preparatória do AI-Criança foi estudado
para a Saúde e debatido por todos os participantes dos
— Encontro de Parti^ipação cursos e treinamentos deste
Comunitária para implantação do XIVQ Seminário, bem como pelas
Projeto Hortas Domésticas e pessoas que compareceram aos
Comunitárias, dirigido aos Encontros de Participação Comunitária.
engenheiros-agrônomos da
8? Região Administrativa. Outra atividade desenvolvida, em 1978,
foi o contato com entidades sociais,
XIV? seminário de participação escolas, grupos profissionais e
comunitária/Parque da Água Branca/ associações de classe para "Visitas
Programadas" (previamente preparadas, práticas sobre o preparo e utilização
através de reuniões e estudos de um dos alimentos mais nutritivos.
documento), onde os participantes c) Balcão Informativo de Recursos
percorreram os diversos Balcões e Comunitários (coordenado pelo
tiveram oportunidade para contato e FASPG) — Vide capítulo Balcão
diálogo com os vários órgãos Informativo de Recursos
representados. Comunitários:
— informações e orientação para o
A experiência obtida pelo FASPG e público em geral;
pelos órgãos participantes, nos anos — esclarecimentos e debates para os
anteriores, permitiu, também, a participantes dos cursos;
ampliação das atividades e a — orientação profissional para
consolidação de uma infra-estrutura alunos de 8 série (de escolas
apta a receber grande fluxo da previamente contatadas)
população, sem prejudicar as metas de d) Balcão Demonstrativo de Recursos
cada atividade realizada. Comunitários (coordenado pelo
SENAC), com atividades dirigidas
Dessa maneira, o XIVQ Seminário às crianças e adultos, motivando
constou das seguintes atividades para a boa utilização dos serviços
simultâneas: públicos.
1) Parte Demonstrativa (dirigida à e) Balcão de Entidades Sociais
população em geral) (coordenado pelo CIAM),
Nessa etapa, apresentaram-se de apresentando os serviços prestados
maneira prática e concreta atividades por entidades sociais ligadas à
que os participantes poderiam criança, sua família e à comunidade
adaptar aos trabalhos que já e informando a população sobre os
realizavam, reforçando suas serviços que vêem sendo prestados
programações: às cidades do Estado de São Paulo.
a) Lazer Educativo (coordenado pelo
SESC): pintura, desenho, colagem, 2) Estudos e Debates
modelagem com barro, jardinagem, Nesta etapa, orientada para pessoas
música, espetáculos folclóricos, etc. ligadas ao setor social, foi realizada a
Esse programa, destinado às seguinte programação:
crianças e adultos que — Treinamentos de Ação Comunitária
compareceram ao Parque, enfatizou (com a duração de 5 dias),
o desenvolvimento sensório-motor abordando trabalhos sociais
da criança e do seu potencial realizados com a criança, sua
criador; e incentivou a importância família e a comunidade.
do relacionamento com a Natureza — Cursos Específicos (com a duração
e com as raízes culturais. de 5 dias):
b) Balcão de Orientação Alimentar — Organização e Funcionamento de
(coordenado pelo SESI) — Através Creches;
de um teatrinho de fantoches, — Educação para a Saúde;
prestou informações sobre a — Orientação Nutritional;
alimentação adequada, após o qual — Bonecos para Educação;
a população passava pelos estandes — Implantação da Central
para participar das demonstrações Municipal de Voluntários;
11
— Implantação do Projeto a semente, a chuva, a irrigação, o sol -
Educação para a Saúde. organizando, assim, a colheita de acordo
com as suas necessidades.
3) Encontros de Participação Comunitária
(duração de 1 dia): Tudo isso foi possível e se desenvolve
— com dirigentes e técnicos da cada vez mais por ter o homem
Secretaria da Promoção Social; descoberto o qúanto é importante e
— (2 Encontros) com Estudantes de necessário intervir — realizar uma ação
Serviço Social das Faculdades humana—para aperfeiçoara sua realidade.
Metropolitanas Unidas; Num outro nível, o da nossa realidade
— (2 Encontros) para dinamização e social, também existe a necessidade de
avaliação dos trabalhos realizados um instrumental que permita uma
pelo Projeto Mini-Bibliotecas; intervenção positiva e eficaz para
— (2 Encontros) com estudantes do solucionar as dificuldades que estão aí,
magistério de primeiro grau; no quotidiano de nossas cidades.
— com entidades sociais, para debater
a importância da profissionalização Todos conhecemos pessoas, ou já
(máquinas de costura); estivemos engajados em algum grupo que
— para dinamização do Projeto se propunha a conseguir melhores
Educação para a Saúde. condições para o nosso bairro ou para
determinada entidade social.
Toda a programação para a formação de
recursos humanos, desenvolvida pelo Quantos de nós perceberam como é
FASPG, nesta Administração, teve por difícil atuar isoladamente na busca de
objetivo instrumentalizar técnicos e soluções para os problemas que temos
voluntários para melhor desempenho de de enfrentar? Muitas pessoas desanimam,
seus trabalhos, somar as diversas desistem.
iniciativas, inclusive com a participação
da comunidade. E justamente para evitar o desgaste da
ação isolada e motivar cada pessoa para
Instrumentalização: mais que a boa desenvolvermos, juntos, a participação
vontade, a participação consciente da comunidade na busca conjunta de
A natureza. 0 homem. 0 instrumento. soluções para os problemas de caráter
Através dos instrumentos que inventou, social, que o FASPG promoveu
o homem aprendeu e desenvolveu um Treinamentos para Ação Comunitária
bom relacionamento com a natureza: e cursos específicos visando
a agricultura. Foi ela que fixou o homem instrumentalalizar o técnico ou o
primitivo em um mesmo território, voluntário engajados na execução de
propiciando a formação das primeiras programas comunitários.
sociedades.
Esses treinamentos prepararam pessoas
A agricultura não seria possível sem a (técnicos e voluntários) para atuar junto
criação de instrumentos como o arado, à comunidade, através de grupos de pais,
fr por exemplo, que, junto com outros mães gestantes, jovens e crianças.
inventos, permitiu ao homem dinamizar O técnico ou o voluntário precisam de
o processo de integração de diferentes meios (instrumentos) que lhes permitam
aspectos da mesma realidade: a terra, realizar, com eficiência, sua ação junto a
40
esses grupos. Nos treinamentos, através — Específicos:
do debate, foram levantados e estudados a) estimular a reflexão sobre a
dados da nossa realidade. Mais que isso, relação:
foram abordados temas referentes ao indivíduo-instituição-realidade;
desenvolvimento pessoal, grupal e b) facilitar a instrumentalização a j
comunitário. partir dos relacionamentos e trocá,
de experiências.

Nesta primeira etapa, a pessoa que se Temas: Durante esse treinamento os


dispõe a trabalhar — participar - participantes debateram os
identifica os instrumentos que existem seguintes temas: Dinâmica de grupo
para uma verdadeira ação social. Comunicação; Promoção humana —
Descobriu os recursos já existentes nas Assistencialismo; Marginalização;
áreas de saúde, higiene, nutrição, Conceito operacional do homem;
educação, profissionalização e de lazer - Voluntário — agente social -
todos eles precisando ser melhor Responsabilidade social;
utilizados para, realmente, atender às Criatividade; Lazer sócio-educativo;
necessidades de nossa população. Educação de base; Programas de
educação de base; Participação -
No caso do voluntário, existe, ainda, comunitária — Características da
o momento da pessoa identificar uma clientela carenciada; Plano -
dessas áreas com a qual tem maior projeto — Programa;lntegração,
afinidade (saúde, nutrição, atendimento Dinamização e maximização dos
às necessidades da criança, etc.) e ter recursos da comunidade; Avaliação.
acesso a instrumentos que lhe permitam
assimilar e comunicar informações e 2) Cursos específico para ação
orientação sobre noções de higiene e comunitária —criança
saúde a um grupo de mães ou de jovens.
Objetivos:

Tendo como suporte textos e apostilas, — Geral: Enfatizar a participação


especialmente elaborados pela equipe comunitária e instrumentalizar as
técnica do FASPG, e a experiência dos pessoas, treinando-as para
participantes (geralmente pessoas ligadas desenvolver ações junto à criança
ao setor social — técnicos e voluntários), de baixa renda, favorecendo seu
foram promovidos os seguintes melhor desempenho. Possibilitar
treinamentos e cursos específicos: o conhecimento e manuseio de
materiais educativos em geral,
1) Treinamento para ação comunitária - incentivando a criatividade.
comunidade
— Específicos:
Objetivos a) estimular a reflexão sobre a
relação
— Geral: Incentivar técnicos e indivíduo-instituição-realidade,
voluntários engajados a uma ação através de propostas específicas
consciente que vise à participação das áreas de música, lazer e
comunitária. criatividade;
b) facilitar a instrumentalização a adequação e flexibilidade das
partir da vivência de situações, atividades sugeridas à realidade
relacionamentos e troca de de cada grupo;
experiências; d) estimular a utilização de recursos
c) experimentações e manuseio de disponíveis na comunidade.
materiais (sucata) num processo
de descoberta, exploração, — Temas: Dinâmica de grupo;
aprofundamento e iniciação á Comunicação — criatividade;
F especialização. Voluntário — agente social;
Promoção humana -
Temas: Dinâmica de grupo; Assistencialismo; Participação
Comunicação; Promoção humana — Comunitária; Grupo de mães;
Assistencialismo; Marginalização; Educação de base; O grupo de mães,
Características da criança etapa de um trabalho comunitário;
carenciada; Expressão e Características da clientela
sensibilidade; Afetividade nas carente; Atividades específicas
relações adulto-criança; Postura do de grupos de mães; Recursos da
adulto frente à criança; Voluntário comunidade; Avaliação.
— agente social; Criatividade;
Recreação sócio-educativa; Música 4) Curso específico para ação
plástica e movimento - comunitária — gestantes
dramatização; Exercícios rítmicos
—expressão sonora; Construção Objetivos:
de instrumentos com material de
sucata, "Estória sonoplástica"- — Geral: Oferecer subsídios para
coreografia; Avaliação. monitores de grupos de gestantes,
numa linha de Promoção Humana
específico para ação e Participação Comunitária.
iitária — mães
— Específicos:
a) fornecer orientação quanto ao
processo grupal;
Geral:Oferecer subsídios de b) orientar o monitor quanto à sua
atuação para técnicos e voluntários postura frente ao grupo e deste
que atuam junto a grupos de mães, (grupo) frente aos vários papéis
numa linha de Promoção Humana relativos ao seu estado;
e Participação Comunitária. c) enfatizar a necessidade de
adequação e flexibilidade das
Específicos: atividades sugeridas à realidade
a) instrumentalizar os participantes de cada grupo;
quanto a programas de educação d) ressaltar temas e atividades
de base; adequados à gestante, parturiente
b) incentivar os participantes e puérpera;
quanto à necessidade de um e) promover a troca de experiências
trabalho integrado entre o grupo a partir do convívio grupal;
de mães e a comunidade; f) estimular a utilização de recursos
c) enfatizar a necessidade de disponíveis na comunidade,
principalmente no que diz respeito 6) Curso específico de educação para a
ao atendimento à gestante e ao saúde
bebê.
Objetivos:
— Temas: Dinâmica de grupo;
Voluntário — agente social - — Geral: Motivar os participantes para
responsabilidade social; Promoção que desenvolvam, junto a elementos
humana — Assistencialismo; multiplicadores, atividades
Participação comunitária; Grupos educativas visando a formação de
de gestantes; Atividades atitudes e comportamentos
específicas; Avaliação. adequados à saúde e sua prevenção.

5) Curso específico bonecos para — Específicos:


educação a) conhecer os fatores que afetam a
saúde;
Objetivos: b) analisar a situação sanitária da
área e sua interelação com o
— Geral: Incentivar as pessoas que desenvolvimento
desenvolvem trabalhos junto à sócio-econômico-cultural;
infância para que orientem sua ação c) discutir o relacionamento entre
no sentido do desenvolvimento saúde física, mental e social do
global da criança. indivíduo, família e comunidade;
d) identificar a melhor forma de
— Específicos: utilização dos recursos de saúde
a) motivar os participantes para a existentes na comunidade.
utilização dos bonecos como
recurso didático;
b) instrumentalizá-los através da
transmissão de conhecimentos — Temas: Dinâmica de grupo;
básicos nessa área; Promoção humana -
c) motivá-los para o conhecimento Assistencialismo; Agente social -
da importância de uma ação Voluntariado; Participação
educativa junto a grupos de Comunitária; Saúde e doença;
comunidade, utilizando os Conceito de saúde; Fatores que
bonecos para educação. afetam a saúde; Doenças
transmissíveis e não transmissíveis;
— Temas: Dinâmica de grupo; Medidas individuais de proteção à
Promoção humana - saúde (higiene pessoal, do alimento,
Assistencialismo; Agente social - ambiental, mental, imunização e
Voluntariado; Participação prevenção de acidentes); Condições
Comunitária; Conceituação: o que é de saúde na comunidade; Recursos
um boneco; História e sinopse dos para assistência; Processo educativo;
bonecos; Tipos de bonecos: Metodologia em educação sanitária;
confecção/utilização; 0 emprego do Desenvolvimento de atividades
teatro de bonecos na educação; relacionadas à educação sanitária;
Criatividade; Avaliação. Avaliação.
19
7) Curso específico para implantação do evitáveis — vacinação; Problemas de
projeto educação para a saúde Saúde Pública; Chamamento de
faltosos; Recursos Comunitários;
Objetivos: Sub-programas de Fisiologia e
Hansen(asa; Visita a um Centro de
— Geral: Sensibilizar os representantes Saúde; Avaliações: de conteúdo; da
dos Centros de Saúde e da área de visita ao Centro de Saúde — análise
saúde das Prefeituras Municipais, de sua realidade e das perspectivas
para implantação do Projeto do trabalho voluntário (vide
Educação para a Saúde e Projetos Integrados).
instrumental izar voluntários para
a execução do Projeto. 8) Curso específico de orientação
nutricional (em colaboração com a
— Específicos: Secretaria da Agricultura — CATI)
a) conscientizar os participantes
quanto à importância de sua Objetivos:
participação como agentes
sociais na comunidade; — Geral: Motivar sobre a necessidade
b) motivá-los para o de adoção de uma alimentação
desenvolvimento de uma equilibrada.
ação educativa, integrando-se
aos programas dos Centros de - Específicos:
Saúde; a) transmitir conhecimentos sobre
c) instrumentalizá-los para o princípios básicos da nutrição e
trabalho em grupo, através técnicas corretas no preparo da
de noções básicas sobre saúde; alimentação;
d) incentivá-los para a formação de b) introduzir a soja para aumentar
grupos visando desenvolver o teor protéico da dieta
trabalhos na área de saúde e sua alimentar a baixo custo;
prevenção. c) motivar sobre a importância de
maiores conhecimentos relativos
— Temas: Dinâmica de grupo; à nutrição e alimentos para uso
Comunicação; Características do próprio, divulgação e aplicação
trabalho voluntário; Trabalho em em grupos de comunidade.
grupo; Postura do voluntário no
Centro de Saúde; Noções de Ética e — Temas: Dinâmica de grupo;
Relações Humanas; Educação de A subnutrição e as necessidades
base; Processo educativo em saúde; básicas de alimentação;
Participação comunitária; Alimentação — Nutrição — Saúde;
Abordagem comunitária; Princípios Aproveitamento de alimentos de
de aprendizagem; 0 Centro de baixo custo; Métodos de trabalho
Saúde e a Secretaria da Saúde; caseiro; Guia dos Alimentos;
Noções gerais sobre Saúde Pública; Proteinas — vitaminas — hidratos
Saneamento: em relação ao homem, de carbono; A soja e o seu valor;
ao ambiente; Programa de Cozimento de alimentos;
Assistência à Gestante; Programa de Planejamento de refeições;
Assistência à Criança; Doenças Alimentação balanceada; Técnica
20
de planejamento; Participação a Central Municipal de
Comunitária; Planejamento de Voluntários;
atividades comunitárias; Relações c) realizar, nos respectivos
Humanas; Avaliação, municípios, um estudo para
verificar a viabilidade ou não
9) Curso específico de organização e implantação de uma Central
funcionamento de creches (em Municipal de Voluntários, co
colaboração com a Prefeitura a devida adaptação local;
Municipal de São Paulo — COBES) d) após as fases anteriores, em c
positivo, lançar mão dos recu
Objetivos: e procedimentos necessários I
iniciar a implantação da Cent
— Geral: Incentivar técnicos e Municipal de Voluntários.
voluntários a uma ação consciente
que vise a participação comunitária, — Temas: O trabalho voluntário nc
objetivando o desenvolvimento municípios representados;
bio-psico-social da criança. Comunicação, grupo, indivíduo;
O município e a comunidade:
— Específicos: recursos existentes e integração;
Instrumentalizar os parcipantes O voluntário: importante recursi
quanto ao funcionamento de humano para os programas
creches. comunitários; Central Municipal
de Voluntários: entidade de
— Temas: Administração e mobilização, racionalização e
organização de creches; Recursos integração da atuação voluntária
humanos, técnicos e administrativos; Organização e funcionamento dt
Funcionamento; Atividades de lazer Central Municipal de Voluntário
sócio-educativo; Integração de Estabelecimento de diretrizes qu
recursos da comunidade; A creche norteiam sua atuação; Alguns
como recurso de desenvolvimento setores que poderão compô-la:
social; Diversificação das formas de atribuições e funcionamento;
abordagem; Avaliação. A sua colaboração nos programa
comunitários; Passos para
10) Curso específico de implantação do implantação de uma Central
projeto central municipal de Municipal de Voluntários: sua
voluntários adaptação à realidade local;
Institucionalização da Central
Objetivos: Municipal de Voluntários:
vantagens e precauções.
— Geral: Informar, habilitar e
instrumentalizar os treinandos para Visão global do setor social e maior
que sejam capazes de: conhecimento da realidade, esse o
instrumento fundamental que o
— Específicos: FASPG procurou propiciar, através dh
a) analisar, operacionalmente, a debates, estudos, troca de experiência
Central Municipal e Voluntários; (seminários, cursos e balcões
b) caracterizar, organizacionalmente, informativos), de maneira que o técni
o voluntário e a população disponham
de meios para intervir na transformação
da realidade social.

Atividades formativas (de março de 1975 a dezembro de 1978)

Seminário Ano Mês Dias

1975 Maio 11 a 17
II 1975 Outubro 20 a 26 Parque da Agi
III 1976 Março 23 a 26
IV 1976 Outubro 23a29 Parque da Ag
V 1977 Abril 24a29
VI 1977 Maio 16a20 Z
VII 1977 Maio /Junho 30 a 06
VIII 1977 Maio /Julho 20 a 03 Palácio Bar
X 1977 Agosto/Setembro 29 a 02
X 1977 Outubro 15 a 30 Parque da Agi
XI 1978 Abril 15a20
XII 1978 Maio /Junho 30 a 30 Palácio Bar
XIII 1978 Agosto 20a25
XIV 1978 Outubro 07 a 22 Parque da Agi

Os Tre inamentos para Ação Comunitária contaram com 6.187 participantes representando 339 municl

Grande São Paulo (março de 1975 a dezembro de 1978):


— através da Divisão da Grande São Pau/o, foram promovidos: 90 treinamentos extra-Semin
2570 participantes
25 municípios da Grande S5
Interior (março de 1975 a dezembro de 1978):
— através da Divisão do Interior foram promovidos: 64 treinamentos extra -Sem in
1.721 participantes
39 municípios
Tota/ geral:
— participantes de treinamentos em Seminários e cursos: 10.478 pessoas
— municípios 348

Encontros de Participação Comunitária .................. 11.556 participantes


Reuniões para Desenvolvimento de Programas Comunitários ...... 3.932 participantes
Encontros sobre o Projeto Hortas Domésticas e Comunitária ...... 2.386 participantes
Encontros sobre o Projeto Mini- Bibliotecas ................ 438 participantes
Encontros sobre o Projeto Educação para a Saúde ............ 1.664 participantes
Total de participantes 19.976
Total de Municípios 565
?75a dezembro de 1978)
Seminarios promovidos pelo FASPG

I. Dias Loral Cidade Participantes

aio 11 a 17 Campos do Jordao 139


iro 20 a 26 Parque da Água Branca São Paulo 179
ro 23 a 26 Guarujá 226
iro 23 a 29 Parque da Água Branca São Paulo 372
aril 24 a 29 Praia Grande 256
iio 16 a 20 Zona Leste São Paulo 381
ho 30 a 06 Campinas 423
ho 20 a 03 Palácio Bandeirantes São Paulo (Voluntariado) 285
iro 29 a 02 Araçatuba 373
ro 15 a 30 Parque da Água Branca São Paulo 1.135
aril 15 a 20 Campos do Jordão 367
ho 30 a 30 Palácio Bandeirantes São Paulo (Voluntariado) 688
to 20 a 25 São José do Rio Preto 357
ro 07022 Parque da Água Branca São Paulo 1.006

com 6.187 partic/pentes representando 339 municípios.

978):
iromovidos: 90 treinamentos extra-Seminar/os
2570 participantes
25 municípios de Grande Sb Paulo

64 tre inamentos extra-Seminar/os


1.721 participantes
39 municípios

ursos: 10.478 pessoas


348

11.556 panic/pentes
rnitários ...... 3.932 pa rticipantes
,unitária ...... 2.386 participantes
........... 438 participantes
........... 1.664 participantes
ai de participantes 19.976
ote/ de Municípios 565

21
a ;: Participação comunitária
"O que temos em nossas cidades são,
ainda, aglomerados de habitantes — e a
chamada população. Comunidade é
mais que isso. E preciso que exista
objetivo e ação em comum entre as
pessoas para, aí sim, falarmos,
verdadeiramente, de comunidades".
Palavras do secretário da Saúde,
dr. Walter Leser, em fevereiro de 1976,
durante a reunião preparatória do
Balcão Informativo de Recursos
Comunitários.

Achamos importante repetir essa


afirmação agora, ao final do nosso
trabalho à frente do FASPG, onde,
durante estes quatro anos, ouvimos a
população, participamos de estudos,
trocamos experiências e debatemos os
problemas e dificuldades vividas pela
gente das nossas cidades.

Participação e recursos
"Em cada um dos Seminários ou Cursos
realizados, identificamos, nos
participantes, a preocupação de
encontrar novas idéias, novos meios
para ampliar e assegurar a melhor
realização de suas programações
comunitárias, através das quais
pretendem encaminhar soluções
para os problemas de suas cidades.
Problemas esses que podemos sintetizar
na falta de recursos humanos e na
falta de recursos materiais.

"Quando falamos desses permanentes


obstáculos ao nosso desenvolvimento,
sentimos o desânimo e a impotência de
tentar fazer algo para mudar o resultado
desse triste jogo que trapaceia objetivos,
intenções e ideais, com o atendimento
limitado — único que se pode prestar,
quando não se têm mais gente
colaborando, nem mais dinheiro para
suprir as faltas.
22
"Sabemos, no entanto, o quanto custa possível se cada um estiver agindo para
conceder neste jogo. conquistar, não apenas o atendimento da
sua saúde, mas envolvido, direta e
"Quando se fundou aquele orfanato conscientemente, numa ação conjunta
para atenderás crianças, havia uma série pela saúde de seu bairro, da sua cidade.
de promessas de ajuda, existiam
objetivos de educar, de preparar e de "Se os indivíduos estão voltados, apenas,
integrar aquelas crianças na sociedade. para seus próprios interesses, isolados
Mas, quando vieram as dificuldades e a pelo compromisso com suas aspirações
diretoria se viu sozinha, manter as pessoais — ainda que exista mais
crianças vivas passou a ser sua única dinheiro, mais cultura, mais gente
meta. preparada — nesse tipo de sociedade
haverá, somente, desenvolvimento
"Trabalhar, para manter vivas as pessoas, pessoal.
é, apenas, uma outra maneira de
expressar o instinto de sobrevivência "O desenvolvimento social se caracteriza,
que, como sabemos, não é nenhuma principalmente, pela participação, pelas
propriedade exclusiva da raça humana. interelações dos indivíduos que vivem
numa mesma sociedade.
"Este exemplo extremado, mas que
infelizmente ainda acontece, serve para "Se sabemos da importância dessa vida
mostrar a urgência da ação motivadora, em comum, dessa união de esforços para
incentivando as lideranças e os que, realmente, exista o desenvolvimento
moradores de nossas cidades para social; se temos consciência de tudo isso,
atuarem em conjunto, na procura de é preciso falar dessa falto preconceito. O
respostas para as questões sociais. preconceito de que, para haver
desenvolvimento social, basta mais
"O FASPG, como os demais órgãos que dinheiro e mais cultura.
atuam no setor social, se ressente da
insuficiência de recursos para atender, "Esse é o cômodo preconceito da espera
integralmente, a demanda de solicitações — do cruzar os braços e ficar aguardando
uma solução mágica para todas as
"Assim, o contato que aprofundamos dificuldades de nossa realidade.
durante estes anos, nos reforça a
convicção de que é a participação "Se entendemos o desenvolvimento
consciente de cada habitante de nossas social como um todo, revertendo em
cidades o recurso essencial e a garantia benefício da sociedade, é necessário que
de continuidade para o nosso cada pessoa esteja consciente dos
desenvolvimento". problemas ao seu redor, que procure
questioná-los e procure saber quais são
Trecho do discurso proferido por D? Lila as medidas que podem ser tomadas para
Byington Egydio Martins — Araçatuba — resolvê-los.
1977.
"Os programas de Formação de Recursos
Humanos (Seminários, Encontros,
Nova mentalidade e integração Cursos) tiveram por objetivo incentivar
"E essa nova mentalidade só será e motivar as pessoas ao conhecimento
mútuo, à interação solidária, para que o voluntário emerge com uma energia
elas se relacionem com outras pessoas e interna que não se resigna aos limites e
discutam os problemas que aí estão, à atravessa essa fronteira, procurando uma
nossa volta, e se integrem na busca de margem maior para a sociedade.
soluções.
"Uma nova sociedade — essa é a
"Propondo-se todos a trabalhar contribuição que, ao longo da história,
conjuntamente, agindo sobre a nossa os grupos voluntários têm elaborado,
realidade, teremos um desenvolvimento obstinadamente, distanciando a
social harmônico, mais justo e brutalidade do homem das cavernas do
oferecendo oportunidades e meios de acordo mútuo daquele outro que
auto-promoção não só dos mais carentes, procura construir a comunidade.
mas do todo social." (1)
"Ser voluntário, sabemos, implica numa
Para atingir essa meta, os programas de decisão da vontade própria de cada
Formação de Recursos Humanos pessoa.
procuraram motivar as lideranças
municipais, dirigentes de entidades "Mas, é no realizar um trabalho
sociais, técnicos e voluntários, para a voluntário que cada um de nós vai
valorização e mobilização da encontrando uma energia sempre maior,
participação da comunidade no processo para um compromisso mais profundo, a
de desenvolvimento social. fim de superarmos os entraves ao nosso
desenvolvimento social.
Os instrumentos fornecidos pelos cursos
foram ampliados e aprofundados por "No relacionamento que mantém
meio de programas específicos (vide: durante a execução de seus trabalhos, o
Voluntariado, Balcão Informativo de voluntário cresce ao se deparar com mais
Recursos Comunitários e Projetos possibilidades para poder realizar a sua
Integrados). natureza social.
Voluntariado social
"Fortalecemo-nos com o outro, com
"A ação do voluntário é uma resposta
aquele que procuramos ajudar. Mais que
espontânea e responsável contra a
isso — é a própria realidade que se
inércia, a acomodação e a apatia dos que
renova, pela interação, pelo
não tomaram, ainda, consciência do
relacionamento mútuo, solidário e
valor e da importância de sua
conjunto".
participação para se enfrentar a doença,
a miséria, a ignorância e a injustiça.
(Trecho do discurso proferido pela presidente do
FASPG, Da. Lila Byington Egydio Martins, na
"Ali, onde uma fronteira invisível de comemoração do Dia do Voluntário Social -
interesses e preconceitos vai 3/7/77)
discriminando jovens de velhos, ricos de
pobres, pessoas capazes de expecionais, Para mobilização da população, o
FASPG deu ênfase especial, durante
esta Administração, ao trabalho
Nota: realizado pelo voluntário social.
(1) Discurso proferido por Da. Lila Byington Egydio
Martins no encerramento do Vi. Seminário de
Participaçio Comunitária. O trabalho do voluntário social tem
como mérito indiscutível o testemunho pessoa, encontra no trabalho voluntário
da ação solidária espontânea. No a oportunidade para se realizar. Dessa
entanto, com a complexificação do setor maneira, o próprio indivíduo
social, técnicos e especialistas têm se (voluntário) é beneficiado pelo maior
manifestado no sentido de adequar a conhecimento da realidade social e dos
colaboração prestada pelo voluntariado contatos humanos que estabeleceu.
às necessidades da realidade em que
vivemos. A ação voluntária vem sendo uma
constante da realidade da história do ser
Assim, além dos Seminários e Cursos, o humano. A complexificação e
FASPG desenvolveu intensa especialização dos agrupamentos
programação com o objetivo de subsidiar humanos vêm exigindo um
e valorizar o trabalho voluntário. Desse amadurecimento e aprofundamento do
modo, a partir dos programas iniciados trabalho realizado pelo voluntário.
junto ao voluntariado em março de Constata-se, assim, a preocupação de
1975, já em junho de 1977, com a órgãos — particulares e públicos - em
promoção do VII IP Seminário de procurarem capacitar, através de cursos
Participação Comunitária - especiais, as pessoas que se apresentam
Voluntariado, foi possível traçar um para o desempenho da ação voluntária.
perfil da ação realizada e das aspirações
do voluntariado do Estado, com a No seu sentido mais amplo, todo cidadão
elaboração conjunta (647 representantes consciente e responsável, dentro de suas
de 109 entidades da Capital e Grande possibilidades, pode ser um voluntário. A
São Paulo, mais 330 representantes de atitude voluntária representa uma
105 municípios do Interior) do ruptura e um acréscimo face às relações
IP Documento do Voluntariado Social impessoais características da sociedade
do Estado de São Paulo, cuja síntese atual, significando um aperfeiçoamento
transcrevemos abaixo. das relações entre pessoas, grupos e
comunidades.
O voluntário no processo
de desenvolvimento social No momento em que os valores humanos
0 indivíduo e sua dimensão social — o se vêem ofuscados por valores materiais,
voluntário, através da sua consciência quando a complexidade das organizações
responsável, ao assumir uma ação modernas faz com que, cada vez mais,
solidária junto ao outro e a sua diminuam as áreas em que as pessoas
coletividade — é um dos testemunhos exerçam seu livre arbítrio — neste
mais significativos do valor e da momento e nesta configuração —assume
importância da colaboração de cada uma importância especial a atitude
um para a construção do todo social. voluntária, contribuindo para uma
revalorização do ser humano.
A partir da sua consciência e da sua
vontade, o indivíduo (voluntário) O comportamento do voluntário, a livre
decide dispor de seu potencial para disposição que ele faz de seu tempo e de
ajudar na solução de problemas de seu suas atividades, é o encontro da
meio social. liberdade individual, encontro refletido
e amadurecido, com a reponsabilidade
Esse potencial, que existe em cada social.
23
0 Voluntariado Social é a soma do a realização de uma "boa ação", mas,
potencial dos indivíduos. Esse sim, um compromisso. A "boa vontade"
potencial, canalizado para fins pode ser o meio motivador, mas será
construtivos, contribui para o melhor a contínua inter-relação consciente
aprovietamento e integração de recursos do invidíduo com sua realidade social e
humanos, colaborando para o desenvolvimento desta realidade o
racionalização do trabalho. Além disso, a verdadeiro elemento de transformação
ação voluntária se caracteriza pelo seu e aperfeiçoamento da vida social.
compromisso básico com o ideal de
trabalho que realiza. Ser voluntário não significa preencher as
horas vagas, mas organizar-se de forma a
Assim, a integração e o compromisso, ter horas vagas para oferecer. Na seriedade
formados a partir de uma decisão dos compromissos assumidos, técnico e
consciente do invid(duo (voluntário), se leigo se equiparam. Sendo a ação do
revestem de fundamental importância, voluntário, quando adequada,
principalmente se considerarmos a considerada, mesmo, como a
acomodação, a falta de iniciativa e a multiplicadora do trabalho do técnico.
burocracia que, muitas vezes, ainda Em suma, o voluntário é disponível e
representam sérios obstáculos à solidário, capaz de amor e doação.
expansão da ação social. Assumindo o amor ao próximo e os
problemas com esse próximo, aceita
Caracterização do voluntário riscos e responsabilidades e presta
Muitas são as definições a respeito do serviços sem distinguir raças ou credos
voluntário. Constata-se, porém, que ele políticos e religiosos.
é uma pessoa de qualquer nível social e
cultural, técnico ou não, que se dispõe Motivação para o trabalho voluntário
a trabalhar a partir das necessidades 0 voluntário, muitas vezes, apresenta
comunitárias e conforme suas uma motivação inicial baseada em
possibilidades individuais, sem por isto fatores de ordem puramente pessoal.
receber qualquer remuneração material. Esse impulso é válido, desde que
amadureça para o sentido do
Desse modo, o voluntário se caracteriza compromisso social de participação
por ser consciente da importância de sua comunitária.
participação frente às exigências do
desenvolvimento social. E um agente A consciência da necessidade dessa
para transformação da realidade e das participação deve ser a mola mestra do
limitações que esta impõe, buscando voluntariado. E isto, é importante
ampliar as oportunidades e os meios observar, virá a traduzir o voluntário
para a construção de um novo estágio como uma pessoa conhecedora da
de vida social. realidade social e comprometida
com ela.
Mais do que prestar serviços, o
Voluntariado significa estar disponível, Pelo trabalho que realiza, o voluntário
sendo esta disponibilidade uma abertura tem o reconhecimento do grupo que o
para compreender e desenvolver, cerca. Isto implica numa gratificação de
pe rmanentemente, uma ação solidária. ordem psicológica mais que social: exige
O trabalhovoluntário não é, apenas, do indivíduo, sempre, maior maturidade
24
para superar o efeito imediatista dos ser humano, em quaisquer circunstâncias
agradecimentos e atingir o objetivo é um processo de interação (relação com
válido dessa interação, que é o do o outro) educativa, em que o objetivo
desenvolvimento dele mesmo (indivíduo), último a ser atingido é a promoção do
por meio do desenvolvimento que o homem.
grupo manifesta. Isto é: só através do
desenvolvimento do grupo há um Dificuldades da ação voluntária
verdadeiro reconhecimento da validade 0 voluntário deve estar,
da ação voluntária. permanentemente, disposto a procurar
Assim, o voluntário é também e estudar alternativas para enfrentar
beneficiário de sua própria ação pelo as muitas dificuldades da réalidade
outro, uma vez que participa, como social, tais como a falta de recursos
todos, da mesma comunidade global. humanos e financeiros, pouca
Ele se revitaliza, isto é: sua vida se cooperação e diálogo com a entidade
amplia com a experiência e a vivência onde se engaja, ou a própria estrutura
de novas situações, nas quais está muito rígida desta, dificultando, às
presente a ação conjunta de outras vêzes, a consecução dos objetivos
pessoas, outras realidades. propostos.

O papel do voluntário A competição entre as Obras Sociais,


0 papel do voluntário social é, inclusive a superposição de promoções
fundamentalmente, o de ser um e atividades diversas — dificulta a ação
participante ativo do desenvolvimento voluntária. Existe, ainda, a necessidade
social, percebendo o valor da integração de se superar a tradicional imagem do
de esforços, promovendo o Homem pela trabalho voluntário com características
conscientização, assistência e orientação eminentemente assistencialistas,
nos diversos níveis das necessidades diletantes, que representavam um mero
básicas do ser humano. passatempo ou, até mesmo, um
instrumento de autopromoção.
E essencial estar sintonizado com as
características da sua realidade e, como
colaborador da Administração Pública, o O voluntário e a administração pública
voluntário pode, em sua comunidade, Frente à complexidade das dificuldades
reforçar e dinamizar os trabalhos já sociais, muitas iniciativas públicas e
existentes, mobilizar e integrar esforços particulares não conseguem realizar,
e recursos. São diversos os programas totalmente, suas programações, pois
que ele pode desenvolver, atuando com grande parte desses programas estão
comunidades, famílias, adultos, jovens, fundados sobre princípios
crianças, idosos, deficientes físicos e sócio-educativos e para sua consecução
mentais. dependem da ação multiplicadora de
elementos da comunidade.
De acordo com a clientela a ser atingida
e com o tipo de ação desenvolvida pela Nesse contexto, a participação voluntária
entidade onde se engaja, o voluntário e consciente de cada pessoa emerge
deverá receber instruções especificas como um dos recursos mais valiosos
para que sua ação seja adequada, tendo para apressar o processo de
sempre em mente que o trabalho com o desenvolvimento social.
A valorização do voluntariado pelo necessários à ação voluntária e
Poder Público significa ; também, o inserção da mesma nos planejamentos
amadurecimento do processo de governamentais da ação social.
desenvolvimento social, através do 4) Integração de esforços e recursos
diálogo objetivo sobre a realidade e disponíveis e montagem permanente
a possibilidade de compartilhar as do Balcão Informativo de Recursos
responsabilidades referentes à promoção Comunitários (como o promovido
do bem comum. pelo FASPG), de modo a facilitar o
trabalho voluntário e seu acesso ao
0 incentivo ao fortalecimento e Poder Público.
surgimento do voluntariado local 5) Ampliação do Voluntariado pela
(em cada bairro, cidade) significa a maior divulgação de sua importância.
existência de uma nova mentalidade, 6) Preparo e motivação das Obras Sociais
capaz de garantir e estimular a para receberem voluntários.
continuidade e os esforços por um 7) Treinamentos básicos para ação
novo estágio de vida social, graças ao comunitária e treinamentos
grau de conhecimento da realidade, a específicos conforme a área de
responsabilidade e a consciência do atuação do voluntário.
valor da ação conjunta. 8) Conhecimento, pelos voluntários,
dos objetivos e diretrizes das
Deste 19 Documento do Voluntariado entidades onde se engajam.
Social, constam as Recomendações - 9) Encontros periódicos de
pontos fundamentais que os sensibilização e motivação, para
participantes do VIII? Seminário engajamento de voluntários.
(em 1977) apontaram como requisitos 10) Possibilidade de escolha, pelos
essenciais para a dinamização do voluntários, do campo de atuação
trabalho voluntário, os quais indicam mais adequado aos seus interesses
objetivos a serem desenvolvidos não e aptidões.
só a partir daquele Seminário, mas a 11) Definição clara das funções dos
médio e longo prazo, dentro das voluntários, com atribuições de
características sócio-educativas de tarefas efetivamente úteis e
incentivo à maior Participação promoções dentro da hierarquia de
Comunitária. necessidades das Obras Sociais,
conforme os serviços prestados.
As recomendações registradas no 12) Coordenação dos grupos de
I° Documento do Voluntariado voluntários e sua integração no
Social do Estado de São Paulo são trabalho da entidade, pela
estas: participação em planejamentos, pela
1) Reconhecimento e valorização do supervisão e orientação.
trabalho voluntário pelo Poder 13) Avaliação dos trabalhos
Público, entidades privadas e desenvolvidos, visando o
comunidades em geral. aprimoramento no desempenho das
2) Incentivo governamental ao trabalho equipes integradas por técnicos e
voluntário, com a criação de voluntários.
estruturas que permitam a formação 14) Trabalho em equipes, nas entidades,
de recursos humanos. com abertura de lado a lado, entre
3) Destinação de recursos mínimos técnicos e voluntários.
15) Estímulos concretos para que e voluntários das diversas áreas do setor
estudantes realizem estágios social trabalharam integrados, tendo
voluntários e profissionais oportunidade de iniciar ou aprofundar
disponham horas voluntárias de o conhecimento mútuo e, no contato
seu trabalho. direto com o público, não só divulgar
16) Valorização, com dinamização de os serviços que prestam à comunidade,
programas em desenvolvimento, das como apresentar o trabalho voluntário,
cidades que contam com um corpo esclarecendo a população sobre a valiosa
de voluntários efetivamente contribuição prestada pelo recurso
engajados em trabalhos de humano voluntário.
Promoção Social.
17) Criação de uma Central de Desse 19 Balcão participaram as
Voluntariado, para promover a seguintes entidades: Ação Comunitária
integração e coordenação de esforços do Brasil — São Paulo; Ação Comunitária
neste campo. Paroquial de Guaianazes; Amparo
18) Que o Voluntariado Social tenha Maternal; Arrastão — Movimento de
uma visão global e objetiva da Promoção Humana; Assistência
realidade e colabore para maior Vicentina de São Paulo; Associação
racionalização e dinamização dos Barão de Souza Queiroz de Proteção
programas sociais, visando o à Infância e à Juventude — Instituto
desenvolvimento integral do Dona Ana Rosa; Associação Cristã de
Ser Humano. Moços — ACM; Associação Cruz Verde;
Associação das Voluntárias do Hospital
No esforço de viabilizar essas das Clínicas; Associação dos Pais e
Recomendações, o FASPG desenvolveu Amigos dos Excepcionais de São Paulo -
programação especial, constando dos APAE; Associação Luiza de Marillac -
seguintes trabalhos: Cidade dos Velhinhos; Associação
Paulista de Amparo à Mulher; Associação
Quanto a integração de esforços, maior Santo Agostinho — ASA; Centro de
divulgação do trabalho voluntário junto Assistência da Paróquia de São Matheus
à população, com preparo e motivação Apóstolo; Centro de Promoção Social
das Obras Sociais para receberem Cônego Luiz Biasi; Centro de Proteção à
voluntários, bem como maior Infância e Maternidade Taboão da
conhecimento das atividades realizadas Serra - CEPIM; Centro Israelita de
pelas Obras Sociais por parte dos Assistência ao Menor — C IAM; Centro
Voluntários, o FASPG organizou o Social Comunitário Jardim Esther;
Balcão de Entidades Sociais. Centro Social Comunitário Jardim
Primavera; Centro Social São Francisco
Balcão de entidades sociais de Assis; Centro Social Morro Velho;
Essa iniciativa foi realizada pela primeira Comunidade Inamar — Educação e
vez em 1977, coordenada pelo Arrastão Assistência Social; Comunidade Kolping
— Movimento de Promoção Humana, Jardim Catanduva; Conjunto Paroquial
como uma das atividades da I? Quinzena Mãe do Salvador; Corpo Municipal de
de Participação Comunitária para o Voluntários —CMV; Escritório Central
Desenvolvimento da Criança. Paulista de Alcoólicos Anônimos;
Fundação Antônio Prudente — Rede
Durante a Quinzena, dirigentes, técnicos Feminina de Combate ao Câncer;
25
Fundação Casa do Pequeno Trabalhador; O contato direto com o público foi o
Fundação Dona Paulina de Souza que mais surpreendeu os técnicos,
Queiroz; Fundação para o Livro do Cego monitores e voluntários das várias
no Brasil; Instituto de Amparo ao entidades, ao perceberem o quanto a
Trabalhador Preso; Instituto dos Cegos população desconhece os serviços que
"Padre Chico"; Instituto de Reintegração (as obras) realizam, bem como
Social e Profissional — IRESP; Instituto identificar que grande parte das pessoas
Social de Educação e Assistência São desconhecia a possibilidade de contribuir
João Gualberto; Lar das Crianças da com o seu trabalho voluntário — fazendo
Congregação Israelita Paulista; Lar porque quer (escolha e decisão), o que
Escola São Francisco; Liga das Senhoras gosta e o que sabe.
Católicas — Educandário Dom Duarte;
Liga Feminina Israelita do Brasil; Por outro lado, várias entidades tomaram
Mosteiro de São Geraldo de São Paulo; esse "desconhecimento da coletividade"
Movimento Pró-Idosos — MOPI; Mutirão como tema de reflexão, procurando
do Pobre; Obra Assistencial Nossa identificar até que ponto as próprias
Senhora do 0; Reino da Garotada de obras sociais são responsáveis por essa
Poá; São Paulo Woman's Club; Sociedade falta de conhecimento da população,
Civil Banco de Olhos de São Paulo; debatendo aspectos relativos à ação
Sociedade de Ensino Profissional e isolada, a falta de abertura das entidades
Assistência Social — SEPAS; Sociedade para a comunidade e como promover um
Pestalozzi de São Paulo; União das Obras relacionamento de benefício mútuo,
Sociais do Estado de São Paulo - com a população usufruindo dos serviços
UNIDOS. prestados e colaborando para a melhoria
e ampliação desses serviços.

Integração Dinamização dos programas destinados


A avaliação desse Balcão foi considerada ao voluntariado
altamente positiva pela maior parte das Com esse referencial básico e a boa
entidades participantes, que, ao final do receptividade do trabalho voluntário,
evento, apontaram a integração entre as não só das obras dos participantes do
várias obras como o resultado mais Balcão, mas de grande número de
significativo. Algumas entidades, entidades localizadas nas cidades da
inclusive, registraram programações Grande São Paulo e do Interior, bem
conjuntas, iniciadas durante o contato como o interesse das lideranças
estabelecido na Quinzena, podendo municipais pela colaboração do
somar seus esforços para melhor Voluntariado, o FASPG realizou, em
atendimento da população. 1978, as seguintes atividades destinadas
a facilitar a concretização das
Visão global Recomendações (constantes do
Com a mesma ênfase dada à oportunidade Documento do Voluntariado Social):
para integração de trabalhos, as Obras
Sociais participantes destacaram o valor Divulgação
da visão global do setor social, que Três filmes para TV, enfocando o
surgiu através do relacionamento e o trabalho realizado pelo voluntário junto
conhecimento das atividades realizadas aos vários setores da área social,
por cada entidade. exibidos, respectivamente, em junho,
26
preparando a comemoração do Dia do das características específicas de cada
Voluntário Social (19 domingo de julho). cidade.

0 segundo filme enfatizou o significado Voluntariado local


de Participação Comunitária da ação 0 incentivo à formação do Voluntariado
voluntária e a importância desta local é um dos objetivos fundamentais
contribuição para o desenvolvimento do FASPG, dada a contribuição imensa
da coletividade e foi exibido em agosto que representa um voluntariado
de 1978. consciente, solidário e integrado, no
incentivo à Participação Comunitária,
0 último filme desta série enfocou a garantindo a continuidade do processo
necessidade do trabalho integrado das sócio-educativo para a Promoção do
várias instituições, entidades, clubes de Homem.
serviço, associações e da participação da
comunidade para a promoção do Além disso, o voluntariado local,
desenvolvimento social (foi exibido organizado e dinamizado, representa
em novembro de 1978). o aproveitamento do potencial dos
moradores para a racionalização da
Central municipal de voluntários ação social desenvolvida nos municípios,
A contínua e crescente ênfase que a facilitando a integração dos recursos
programação do FASPG deu à formação próprios de cada localidade, se
de recursos humanos, em especial aos auto-promovendo, e cada vez menos
voluntários, foi despertando e dependente quanto à captação de
amadurecendo o interesse das lideranças recursos para prover às necessidades
municipais pelo Voluntariado. básicas das populações mais carentes
e envolvendo a estas num processo de
Assim, em junho de 1978 (vide XI IQ promoção humana e de
Seminário de Participação Comunitária desenvolvimento social.
— Voluntariado), o FASPG promoveu
uma série de 24 Encontros de
Participação Comunitária de âmbito Diretrizes
regional (atingindo municípios das Esse Projeto tem as seguintes diretrizes:
10 Regiões Administrativas do Interior — Valorização do trabalho voluntário e
do Estado), propondo o estudo do incentivo ao desenvolvimento do
projeto para a implantação da central potencial voluntário dos indivíduos,
municipal de voluntários. contribuindo para um melhor
aproveitamento e integração dos
Voluntariado e o apoio do poder público recursos humanos, físicos e
Esse projeto é uma alternativa destinada financeiros.
a incentivar a consecução das — Integração entre a Central de
Recomendações do I° Documento do Voluntários, órgãos públicos e
Voluntariado Social, relativas ao privados e entidades sociais locais,
reconhecimento e apoio do Poder visando maior racionalização e
Público, bem como promover o estudo dinamização de seus serviços.
e debates sobre a realidade local, onde o
voluntário realiza seus trabalhos, com Criar um elo
cursos, encontros e reciclagens a partir A meta, ao se incentivar a implantação
da Central Municipal de Voluntários, é FASPG, para ultimar a implantação
que esta venha a arregimentar, capacitar deste projeto.
encaminhar, orientar, assessorar e
acompanhar voluntários em entidades 119 balcão de entidades
sociais que realizam um trabalho Durante a I I? Quinzena de Participação
educativo voltado para a Promoção Comunitária para o Desenvolvimento
Humana. da Criança (Parque da Agua Branca, de
7 a 22 de outubro de 1978), o FASPG
Cria-se, assim, um elo entre entidades, organizou a montagem do Balcão de
voluntariado e o processo de Entidades Sociais, desta vez coordenado
desenvolvimento social, evitando-se pelo CIAM — Centro Israelita de
a dispersão de recursos e, através desse Assistência ao Menor (as entidades
incentivo à maior participação participantes optaram pelo rodízio na
comunitária, fortalecendo os laços coordenação desse Balcão).
de identificação do indivíduo com
sua realidade, conquistando-se, aí, Tendo em vista a avaliação do ano
melhores condições de vida. anterior, já na fase preparatória do
Balcão de Entidades/78, os participantes
estudaram as diversas maneiras para
Fluxograma
levar, com a maior eficácia possível,
os objetivos desse Balcão e as
voluntário —w Central —+ Entidade
informações sobre cada entidade
1 ao público.
Treinamento de Ação Comunitária Reciclagem

Para tal, da mesma maneira que em


Treinamentos Específicos
1977, foram treinados monitores,
selecionado o material de exposição
nos estandes e preparados folhetos de
divulgação e um Guia Informativo de
Criança
Entidades Sociais, contendo a função
Saúde
de cada obra, os serviços que presta,
Clube de Mães
ámbito de atuação, meios de acesso
Grupo Gestantes
da população.
Bonecos para Educação

Nesse Balcão, estiveram representadas


54 entidades, reunidas de acordo com
Estudo e implantação setores de atuação (Menor, Família e
Da série de 24 Encontros de Participação Comunidade, Idosos, Deficientes Físicos
Comunitária que levou o Projeto para e Mentais e Reintegração Social),
Implantação da Central Municipal de conforme a relação abaixo:
Voluntários, participaram 2.515
representantes de 1.079 entidades Menor
sociais de 325 municípios do Interior Associação Barão de Souza Queiroz de
do Estado. Proteção à Infância e à Juventude -
Instituto Dona Ana Rosa; Associação
Grande número dos municípios têm Cristã Feminina de São Paulo;
procurado orientação e assessoria do Associação Evangélica Beneficente;
Associação Paulista da Igreja Adventista Vicentino"; Movimento Pró-Idosos —
do Sétimo Dia; Associação Santo MOP I.
Agostinho — ASA; Fundação Casa do
Pequeno Trabalhador; Instituto Deficientes físicos e mentais
Rogacionista; Legião da Boa Vontade — Associação Cruz Verde; Associação de
LBV; Movimento de Assistência aos Assistência à Criança Defeituosa -
Encarcerados de São Paulo — MAESP; AACD; Associação de Pais e Amigos
Obra Assistencial Nossa Senhora do 0; dos Excepcionais de São Paulo — APAE;
Organização Mundial de Educação Centro Israelita de Assistência ao Menor
Pré-Escolar. — CIAM; Fundação "Dona Paulina de
Souza Queiroz"; Fundação para o Livro
Família e comunidade do Cego no Brasil; Instituto de Cegos
Ação Comunitária do Brasil — São "Padre Chico"; Lar Escola São Francisco;
Paulo; Ação Comunitária Paroquial de Liga Feminina Israelita do Brasil;
Guaianazes; Arrastão — Movimento de Sociedade Civil Banco de Olhos de São
Promoção Humana; Associação Cívica Paulo; Sociedade Pestalozzi de São
Feminina; Associação Pró-Artesanato - Paulo.
APAR; Centro de Promoção Social
"Cônego Luiz Biasi"; Centro Itaquerense Reintegração social
das Famítias Amigas — CIFA; Centro AL-ANON; Alcoólicos Anônimos;
Paroquial de Assistência; Centro Social Amparo Maternal; Associação das
Comunitário Jardim Primavera; Centro Voluntárias do Hospital das Clínicas -
Social Lauzanne Paulista; Centro Social AVOHC; Associação Paulista de Amparo
Nossa Senhora do Bom Parto; Centro à Mulher.
Social São Francisco de Assis;
Comunidade Kolping do Jardim Central de voluntários do FASPG
Catanduva; Conjunto Paroquial Mãe Desde junho de 1978, o FASPG deu
do Salvador; Corpo Municipal de in [cio às atividades de uma Central de
Voluntários — CMV; Federação das Voluntários, funcionando junto ao setor
Obras Sociais — FOS; Federação Espírita de Formação de Recursos Humanos da
do Estado de São Paulo — DAS — Casa Divisão da Grande São Paulo. Por meio
Transitória; Instituto Social de Educação dessa Central, o FASPG procurou
e Assistência São João Gualberto; contatar e atender às necessidades de
Núcleo Batuíra — Serviço de Proteção recursos voluntários das várias obras
da Família; Obra de Assistência da sociais da capital, bem como prestar
Paróquia São Matheus Apóstolo; orientação e informações às pessoas
Sociedade de Ensino Profissional e interessadas em se engajar no
Assistência Social — SEPAS; União voluntariado, colaborando para
Brasileira Israelita do Bem Estar Social identificação das aptidões, dos
— UNIBES; União Cívica Feminina; trabalhos possíveis de serem realizados
União das Obras Sociais do Estado de nos vários setores da área social.
São Paulo — UNIDOS. Durante a 119 Quinzena (1978), essa
Central de Voluntários funcionou no
Idosos Parque da Agua Branca, procurando
Associação Luiza de Marillac — Cidade facilitar e motivar o contato do público
dos Velhinhos "Santa Luiza de Marillac"; com as obras participantes do Balcão de
Centro de Promoção Humana "Lar Entidades.
27
Integração e contato com o público silenciosas, realizações para o bem
A integração entre as entidades, o maior estar do povo — que os anos se
conhecimento dos recursos comunitários incumbirão de levar à luz do sol".
(vide Balcão Informativo de Recursos
Comunitários) e o melhor Observação — Coerente com a proposta
relacionamento com a população, de ação integrada, o FASPG atuou como
durante a Quinzena, foram os pontos órgão complementar à excelente atuação
mais positivos apontados pelas entidades do Corpo Municipal de Voluntários -
representadas no Balcão. CMV —, criado por dona Tide Setúbal
junto à Prefeitura Municipal de São
Essa avaliação pode ser sintetizada no Paulo, formando recursos humanos
seguinte trecho do discurso (através dos treinamentos) para a
proferido por dona Maria Célia Ferraz expansão dos trabalhos do CMV,
Monteiro de Barros, vice-presidente da principalmente na região leste da
Fundação para o Livro do Cego. Capital. A Central de Voluntários
criada pelo FASPG em 1978, veio
"Viemos, todos nós, de um trabalho atender à solicitação de inúmeras
estafante, mas altamente gratificante. entidades e voluntários que procuravam
Levamos o nosso recado, mandamos a um meio para o melhor desempenho de
nossa mensagem a 850 mil pessoas que suas atividades, recebendo orientação e
percorreram os nosso balcões. Para gente informações.
que veio de longe, que veio da periferia
de nossa cidade, gente carente, gente
sequiosa de aprender, gente ansiosa
por crescer.

"Colaboramos, com interesse e


entusiasmo profundo, pela integração do
desenvolvimento do nosso povo,
almejando que ele possa gozar dos
benefícios que o trabalho da presidente
do FASPG, numa colaboração eficiente
e construtiva, pode oferecer e
proporcionar.

"0 trabalho do FASPG foi um marco nc


atual governo, como nós paulistas nunca
tínhamos vivido. A senhora, dona Lila,
também deixou sua impressão digital na
grande árvore deste governo, tão
profícuo em realizações.

"Governo que enfrentou com galhardia a


diminuição da receita imposta aos
Estados, além das crises sociais e
políticas. Realizações construídas
com recursos limitados, realizações
28
gt:yøntø
- Intermediário
Em contato direto com a população
cc. ttJflSflffl (vide capítulos Projeto Piloto e Plantão
de Referência), com prefeitos e
dirigentes de entidades sociais e, ainda,
por meio dos debates dos participantes
dos cursos e seminários, o FASPG
constatou que grande número de
pessoas, inclusive lideranças,
desconheciam vários dos recursos
oferecidos por órgãos públicos e
particulares ou não sabiam como ter
acesso a estes serviços, essenciais para
o atendimento das necessidades
individuais ou para dinamizar os
trabalhos realizados pelas entidades,
podendo prestar melhor atendimento
à população.

Procurando criar uma alternativa para


maior utilização dos recursos
comunitários, o FASPG promoveu uma
reunião, em fevereiro de 1976, com a
presença dos titulares das Secretarias
Estaduais, Municipais, Autarquias,
Companhias de Economia Mista e
órgãos Particulares ligados ao setor
social e propôs a criação do Balcão
Informativo de Recursos Comunitários,
tendo como objetivo fornecer
informações e orientação para o uso
mais intenso dos recursos apresentados
por órgãos federais, estaduais, municipais
e particulares, promovendo debates
sobre esses serviços, permitindo que o
"usuário seja ouvido" e, através desse
contato direto com técnicos de entidades
sociais, voluntários e a população, os
órgãos recebessem subsídios para melhor
atuação.

Um canal de comunicação entre a


população e a administração pública -
essa a característica fundamental do
Balcão Informativo de Recursos
Comunitários.
A comunicação direta estabelecida por serviços dos diversos órgãos;
meio do Balcão veio reforçar o contato — Folhetos informativos de cada
com a realidade social que o FASPG entidade participante;
procurou incentivar como órgão — Guias de recursos comunitários, onde
complementar às diretrizes constam nomes dos órgãos, suas
governamentais de caráter prioritário funções, meios de acesso da
(para o setor social) e intermediário população, etc.
entre a população e o Poder Público.
Orientação profissional
As atividades do Balcão Informativo de Orientação profissional para estudantes
Recursos Comunitários foram iniciadas das 7? e 8g séries, através do Setor de
durante o 1119 Seminário de Participação Profissionalização.
Comunitária, em março de 1976, com a
presença do presidente Ernesto Geisel e Integração
do governador Paulo Egydio Martins. 0 Balcão se propês a estabelecer um
serviço de integração entre técnicos e
Função voluntários das diversas entidades que
0 Balcão Informativo de Recursos têm serviços afins, bem como incentivou
Comunitários estruturou seus serviços a ação conjunta de vários órgãos que,
da seguinte maneira: através do contato entre os técnicos,
puderam promover programações
Prestar esclarecimentos de serviços a: integradas.
— Clientela dos Seminários e Encontros
de Participação Comunitária; Serviços
— Grupos de visitas programadas; 0 Balcão realizou:
— Autoridades federais, estaduais, — Encaminhamentos dos interessados
municipais; aos recursos comunitários;
— Técnicos e voluntários; — Debates exploratórios para melhor
— Universitários; utilização dos diversos recursos
— Estudantes de 29 grau; comunitários existentes;
— Grupos Específicos; — Coleta de dados sobre a eficiência
— Público em geral; e as eventuais deficiências dos
— Adultos; recursos oferecidos.
— Jovens.
"Ajustando -se aos objetivos da
Informações integração e dinamização de recursos,
0 Balcão prestou informações relativas a como mais um instrumento para
— Programas de prestação de serviços à mobilizar a participação comunitária,
comunidade; o Balcão Informativo de Recursos
— Projetos de prestação de serviços à Comunitários passou a integrar as
comunidade; atividades do FASPG, completando
— Atividades planejadas em função da e reforçando os Seminários e os
comunidade, todos elaborados por treinamentos de recursos humanos,
órgãos públicos e privados. pois, além de ser uma amostragem dos
recursos existentes, propiciou a troca de
Meios de divulgação dos recursos informações e experiências e facilitou a
— Painéis integrados sobre prestação de orientação na área social.
'a
"0 contato direto dos participantes Ação complementar
com os técnicos de cada órgão "Desta forma, o Balcão Informativo de
apresentado, apressou encaminhamentos Recursos Comunitários complementou a
e tornou mais eficazes os canais de ação dos órgãos públicos e privados,
comunicação entre o Governo e o Povo" motivou à racionalização dos trabalhos
e incentivou a integração dos recursos
Debates comunitários, com a conseqüente
"Durante a apresentação do Balcão, mobilização e participação
realizada paralelamente aos Seminários comunitária". (1)
de Participação Comunitária
coordenados pelo FASPG, os 0 Balcão reunia as seguintes áreas:
participantes dos seminários, como 1) Planejamento;
também os grupos de visitas programadas 2) Saúde e Nutrição;
(autoridades federais, estaduais e 3) Habitação;
municipais, universitários, estudantes 4) Educação e Promoção Social;
de 29 grau, professores, técnicos de 5) Cultura e Lazer;
órgãos públicos e privados, voluntários 6) Previdência Social;
de obras sociais, Sociedades Amigos de 7) Profissionalização;
Bairro, etc.), após a visita ao Balcão e 8) Administração;
troca de informações, participaram de 9) Participação Comunitária;
grupos de debates coordenados por e contou com a participação dos
técnicos do FASPG (e com a presença seguintes órgãos:
de representantes dos órgãos envolvidos
no Balcão), onde foram evidenciadas Planejamento
situações-problemas e levantadas Secretaria de Estado da Economia e
propostas-soluções, através dos enfoques Planejamento:
dos técnicos e dos diferentes grupos — Assessoria de Projetos Especiais;
representativos da comunidade". — Coordenadoria de Ação Regional -
Balcão de Projetos e C.S.U.;
— Coordenadoria de Análise de Dados -
Fator de integração SEADE;
"No decorrer do processo de trabalho, — Coordenadoria de Planejamento e
ainda como resultado altamente positivo, Avaliação — SEMO.
destaca-se que o Balcão tem, Secretaria de Estado dos Negócios
efetivamente, favorecido a ação conjunta Metropolitanos:
entre entidades participantes, — Empresa de Planejamento da Grande
concorrendo para um aprofundamento São Paulo — EMPLASA.
das relações existentes entre os órgãos
e técnicos envolvidos no trabalho. Educação e promoção social
Ministério da Educação e Cultura:
"Contribui, também, para uma — Fundação Nacional do Material
racionalização de esforços, visto reunir, Escolar — FENAME.
num só momento e local, pessoas Ministério da Previdência e Assistência
preocupadas com a solução dos Social:
problemas sociais, evitando, desse modo, — Fundação Legião Brasileira de
constantes deslocamentos que oneram Assistência — LBA.
Prefeituras, Obras Sociais e Governo". Secretaria de Estado da Educação.
30
Secretaria de Estado da Justiça. Profissionalização
Secretaria de Estado dos Negócios Ministério do Trabalho:
Metropolitanos: — Programa Intensivo de Preparação de
— Empresa de Planejamento da Grande Mão-de-obra — PIPMO;
São Paulo — Ação Comunitária - — Serviço Nacional de Formação
EMPLASA. Profissional Rural - SENAR;
Secretaria da Promoção Social. — Serviço Nacional de Aprendizagem
Caixa Econômica do Estado de São Comercial — SENAC;
Paulo -- CEESP. — Serviço Social da Indústria —SESI.
Fundação Estadual do Bem-Estar do Secretaria de Estado da Agricultura:
Menor -- FEBEM. — Coordenadoria de Assistência Técnica
Fundação do Movimento Brasileiro de Integral —CAT!.
Alfabetização — MOBRAL - Secretaria de Estado da Educação:
Coordenação Estadual. — Coordenadoria de Ensino.
Secretaria das Administrações Regionais Secretaria de Estado das Relações do
do Município de São Paulo: Trabalho.
— Coordenadoria do Bem-Estar Social — Secretaria da Promoção Social.
COB ES. Centro de Integração Empresa-Escola —
Secretaria da Educação do Município de CIE/E.
São Paulo: Fundação Movimento Brasileiro de
— Departamento de Planejamento, Alfabetização — MOBRAL.
Orientação e Controle — DEPLAN. Secretaria das Administrações Regionais
Superintendência municipal de Educação do Município de São Paulo:
— Coordenadoria do Bem-Estar Social —
COB ES.
Secretaria de Serviços e Obras do
Saúde e nutrição Município de São Paulo:
Ministério da Educação e Cultura: — Departamento de Parques e Areas
— Campanha Nacional de Alimentação Verdes.
Escolar — CNAE.
Secretaria de Estado da Agricultura: Cultura e lazer
— Coordenadoria de Assistência Técnica Serviço Social do Comércio — SESC.
Integral — CATI; Serviço Social da Indústria — SESI.
— Instituto de Tecnologia de Alimentos Secretaria de Estado da Cultura, Ciência
— ITAL. e Tecnologia.
Secretaria de Estado da Educação — Secretaria de Estado de Esportes
Departamento de Assistência ao e Turismo:
Escolar — DAE. — Coordenadoria de Esportes;
Secretaria de Estado da Saúde: — Coordenadoria de Turismo;
— Coordenadoria de Saúde da — Fomento de Urbanização e Melhoria
Comunidade. das Estâncias — FUMEST.
Fundação "Centro de Pesquisas de Secretaria de Estado das Relações do
Oncologia". Trabalho.
Fundação para o Remédio Popular — Secretaria da Promoção Social:
FUR P. — Fundação Movimento Brasileiro de
Secretaria de Higiene e Saúde do Alfabetização — MOBRAL -
Município de São Paulo. Coordenação Estadual.
Secretaria de Cultura do Município de — Fundação Legião Brasileira de
São Paulo. Assistência — LBA;
Secretaria de Esportes do Município de — Fundação Nacional do Bem-Estar do
São Paulo. Menor — FUNABEM;
Secretaria de Serviços e Obras do — Empresa de Processamento de Dados
Município de São Paulo. da Previdência Social — DATAPREV;
— Central de Medicamentos — CEME.
Administração pública
Secretaria dos Negócios de Serviços públicos
Administração: Secretaria de Estado de Obras e Meio
— Coordenadoria de Administração de Ambiente:
Pessoal - CAP; — Departamento de Águas e Energia
— Coordenadoria de Administração de Elétrica — DAEE.
Material — CAM; Secretaria de Estado de Economia e
— Instituto de Assistência Médica ao Planejamento:
Servidor Público Estadual — IAMSPE; — PROCON — Defesa do Consumidor e
— Instituto de Previdência do Estado de Serviço da Comunidade.
São Paulo — IPESP. Secretaria de Estado da Justiça.
Fundação Prefeito Faria Lima — Centro Secretaria de Estado da Segurança
de Estudos e Pesquisas de Administração Pública:
Municipal. — Polícia Civil;
— Polícia Militar.
Habitação Secretaria de Estado dos Transportes:
Companhia Estadual de Casas Populares — DAESP, DEPARTAMENTO
— CECAP. HIDROVIARIO, DER, DERSA,
Companhia Metropolitana de São Paulo FEPASA, TRANSESP, VASP e
— COHAB. DSV.
Instituto de Orientação às Cooperativas Centrais Elétricas de São Paulo S/A. -
Habitacionais de São Paulo — CESP.
INOCOOP/SP. Companhia de Saneamento Básico do
Instituto de Orientação às Cooperativas Estado de São Paulo — SABESP.
Habitacionais Bandeirantes — Companhia de Tecnologia de
NOCOOP/SP. Saneamento Ambiental — CETESB.
Telecomunicações de São Paulo S/A. —
Previdência social TELESP.
Ministério de Previdência e Assistência Secretaria de Serviços e Obras do
Social: Município de São Paulo.
— SINPAS — Sistema Nacional de Secretaria de Transportes do Município
Previdência e Assistência Social; de São Paulo.
— Instituto de Administração Financeira Companhia de Gás de São Paulo
de Previdência e Assistência Social — COM GÁS.
IAPAS; Companhia do Metropolitano de São
— Instituto Nacional de Assistência Paulo — METRO.
Médica da Previdência Social — Companhia Municipal de Transportes
INAMPS; Coletivos — CMTC.
— Instituto Nacional de Previdência Secretaria da Saúde:
Social — INPS; — Superintendência de Controle de
Endemias — SUCEN; — Bibliotecas Públicas;
— Instituto Butantã. — Bibliotecas Infantis.
Secretaria das Relações de Trabalho Secretaria de Estado da Educação.
— Superintendência do Trabalho Movimento Brasileiro de Alfabetização —
Artesanal nas Comunidades - MOB RAL.
SUTACO. Prefeitura Municipal de São Paulo.
Secretaria Municipal de Cultura:

Dados quantitativos do balcão informativo de recursos comunitários

1 — Guarujá — II IP Seminário de Participação Comunitária


órgãos participantes ...................................... 16
Visitantes ............................................... 3.000
2 — São Paulo — I VP Seminário de Participação Comunitária
órgãos Participantes ....................................... 32
Visitantes ............................................... 30.000
3 -- Praia Grande — VP Seminário de Participação Comunitária
órgãos participantes ....................................... 42
Visitantes ............................................... 5.000
4 — São Paulo — Vila Ré — VIP Seminário de Participação Comunitária
órgãos participantes ....................................... 42
Visitantes ............................................... 1.000
5 Campinas — Vl IP Seminário de Participação Comunitária
Órgãos participantes ....................................... 42
Visitantes ............................................... 3.000
6 — São Paulo — Palácio dos Bandeirantes — VI I IP Seminário de
Participação Comunitária — Voluntariado
órgãos participantes ....................................... 42
Visitantes .............................................. 3.000
7 — Araçatuba — I XP Seminário de Participação Comunitária
Õrgãos participantes ....................................... 42
Visitantes ............................................... 4.000
B — São Paulo —Água Branca — XP Seminário de Participação
Comunitária
órgãos participantes ....................................... 55
Visitantes .............................................. 250.000
9 — Campos do Jordão — X19 Seminário de Participação Comunitária
órgãos participantes ...................................... 42
Visitantes .............................................. 3.500
10 — São Paulo — Palácio dos Bandeirantes — XI IP Seminário de
Participação Comunitária — Voluntariado
órgãos Participantes ....................................... 53
3.164
Visitantes ...............................................
31 J
São José do Rio Preto — XII 19 Seminário de Participação
Comunitária
órgãos participantes ....................................... 53
Visitantes ............................................... 7.251
12 — São Paulo — Água Branca — XI V9 Seminário de Participação
Comunitária
órgãos participantes ....................................... 89
Visitantes .............................................. 350.000

Nota:
11/ Texto extraído do Documento do Balcão Um exemplo do que significou esse
Informative de Recursos Comunitários,
Balcão pode ser medido pelo que
elaborado pelos representantes dos diversos
órgãos público e entidades particulares representou a divulgação da Fundação
participantes desta iniciativa. do Remédio Popular — FURP — um
órgão estatal destinado a produzir, em
escala industrial, remédios a preços mais
Contato direto baixos, visando atender às necessidades
0 interesse demonstrado por prefeitos, de órgãos públicos e entidades sociais
presidentes de Câmaras, vereadores, particulares.
suas esposas, técnicos dos serviços
sociais dos municípios, dirigentes e Através da participação da FURP no
voluntários de entidades sociais — foi Balcão Informativo, os seus técnicos
evidenciado pela constante solicitação perceberam o quanto essa Fundação
de continuidade e ampliação dos era pouco conhecida, apesar de grande
serviços prestados pelo Balcão número de Prefeituras, Santas Casas,
Informativo de Recursos Comunitários, Centros de Saúde, ambulatórios de
durante as conclusões finais de cada entidades sociais comprometerem
Seminário (conclusões essas elaboradas significativa parcela de seus orçamentos
pelos participantes dos Seminários), na compra de medicamentos para
apontando como "altamente significativa atender à população mais carente.
a oportunidade de contato direto com os
monitores dos diversos órgãos No período que vai de março de 1976
representados". (quando foi realizado o I9 Balcão
Informativo de Recursos Comunitários)
O diálogo, os painéis integrados, a maio de 1977, a FURP triplicou o
incentivando a racionalização de atendimento equivalente aos cinco
recursos, propiciaram, principalmente anos anteriores.
aos participantes dos seminários,
inúmeras "descobertas" — cursos de Se o Balcão tinha êxito junto ao público
profissionalização que nem suspeitavam a que se dirigia, talvez, tão significativa
(e fundamentais para aprofundar tenha sido a experiência de ação
programas comunitários de educação conjunta, vivida pelos monitores de
de base), programas preventivos de cada órgão participante.
saúde pública (dos quais nunca tinham
ouvido falar), desconhecimento dos A interação entre os técnicos, o
direitos básicos do sistema conhecimento mútuo dos serviços
previdenciário, etc. e programas desenvolvidos pelos outros
32
órgãos presentes, o diálogo direto com a atendimento a egressos, assistência
população, a troca de experiências com judiciária gratuita, etc.;
53 os participantes dos seminários — tudo b) técnicos, no entanto, se prolongavam
7.251 isso propiciou, àqueles técnicos, em busca de informações mais
visualizar o que significa atendimento detalhadas sobre programas de
global, dentro da realidade específica trabalhos relativos à prevenção e
do atual estágio de desenvolvimento terapia da criminalidade;
89
social. c) nos debates exploratórios, os técnicos
350.000
da Secretaria da Justiça prestaram
Na avaliação dos monitores, é uma informações mais ou menos idênticas
ignificou esse nota permanente a oportunidade criada às do parágrafo anterior.
Jo pelo que pelo Balcão para ampliar o
;ão da Fundação conhecimento profissional e a Gostaríamos de apresentar as seguintes
- FURP - um própria consciência pessoal, de considerações discutidas anteriormente
o a produzir, em indivíduos participantes desta pelos técnicos da Secretaria:
dios a preços mais realidade social. — E indiscutível o valor da apresentação
ar às necessidades do Balcão, pelo entrosamento iniciado
ntidades sociais Tendo em vista fornecer uma idéia do entre os vários técnicos que,
significado do Balcão Informativo de trabalhando em órgãos assistenciais,
Recursos Comunitários para os órgãos passaram não só a se conhecer melhor,
ío da FURE' no e entidades integrantes dessa iniciativa, como principalmente tomar ciência
s seus técnicos transcrevemos, a seguir, trechos do trabalho executado nas várias
essa Fundação extraídos dos ofícios remetidos ao áreas —federal, estadual e municipal -
apesar de grande FASPG por alguns órgãos participantes. só isto, já seria compensador, bem
s, Santas Casas, como a importância das informações
bulatórios de "A partir de 1978, após a atuação prestadas ao público. Seja-nos permitido
orometerem desenvolvida em estande conjunto, sugerir que esse trabalho prossiga
a seus orçamentos a Secretaria da Justiça passou a expor e, para tal, seja indicado um
ventos para seu próprio módulo, onde foram coordenador que, durante todo o ano,
nais carente. apresentados os órgãos que prestam promova reuniões com os vários
serviços diretamente ligados à técnicos, debatendo-se assuntos
março de 1976 comunidade (Casa do Albergado, relativos ao Balcão. Além do
o I° Balcão Procuradoria Geral do Estado, planejamento, continuaria o
sos Comunitários) Assistência Judiciária e Departamento entrosamento, troca de experiências,
RP triplicou o dos Institutos Penais do Estado). iniciados entre os vários órgãos".
me aos cinco Em reunião havida no FASPG, entre (De Guilherme Pereira de Mello,
os coordenadores dos vários módulos, diretor-geral do Departamento dos
tivemos a oportunidade de apresentar Institutos Penais do Estado).
o junto ao público a avaliação do trabalho realizado.
tão significativa Várias considerações foram levantadas, "O Balcão Informativo de Recursos
;ia de ação tendo algumas delas recebido um Comunitários, efetivamente, favorece a
monitores de enfoque maior: ação conjunta entre entidades
a) grande parte das pessoas que visitaram participantes, tendo concorrido para o
o módulo da Secretaria da Justiça, aprofundamento das relações existentes
écnicos, o solicitaram informações maiores entre os órgãos e técnicos envolvidos
dos serviços sobre prisão-albergue, tratamento nesse trabalho. É evidente, também, que
3 idos pelos outros dedicado a sentenciados e famílias, o Balcão contribui para uma
racionalização de esforços visto reunir, Recursos Comunitários, para atingir os
em um só momento e local, pessoas objetivos, especialmente por
preocupadas com a solução dos proporcionar ocasiões para intercâmbio
problemas sociais, evitando, assim, de informações entre os diversos grupos
constantes deslocamentos que acabam e serviços que atuam na área do
por onerar os três níveis de Governo e, desenvolvimento social. A iniciativa do
conseqüentemente, a própria FASPG foi válida e, por conseguinte,
comunidade. Assim, a formalização do deve manter a sua continuidade,
Balcão Informativo de Recursos objetivando forçar o público,
Comunitários junto às atividades e normalmente pouco informado, a
cronograma de ação dos órgãos públicos conhecer e interessar-se pelos meios e
e privados envolvidos no Balcão é vista recursos disponíveis, destinados à
como necessária e prioritária". melhoria de suas próprias condições
(De Roberto Cerqueira César, secretário de vida". (Da dra. Anna Cândida da
dos Negócios Metropolitanos). Cunha Ferraz, procuradora geral do
Estado, através de apreciação feita pelo
"É de nosso agrado a formalização do procurador geral substituto, dr. José
Balcão como atividade de caráter Augusto de Castro)
complementar aos trabalhos do Governo
(e, portanto, aos trabalhos do nosso "Avaliando as diretrizes seguidos pelo
Departamento), principalmente pela Balcão Informativo de Recursos
oportunidade que nos oferece de Comunitários, verificamos o quanto essa
escutarmos, de viva voz, as solicitações iniciativa foi de utilidade para a
e críticas referentes aos nossos serviços, coletividade de São Paulo". (De Sábato
além da oportunidade de podermos, Antonio Magaldi, secretário Municipal
também de viva voz, dizer a tantos de Cultura)
responsáveis por comunidades o sentido
dos serviços que desenvolvemos". "No setor de Cultura e Lazer,
(De Gerson Munhoz dos Santos, diretor apresentamos, durante as Quinzenas de
do Departamento de Assistência ao Participação Comunitária para o
Escolar — DAE). Desenvolvimento da Criança, em 1977 e
1978, informações gerais sobre o
"Q documento do Balcão Informativo de funcionamento de nossos
Recursos Comunitários, elaborado por departamentos, com a preocupação
representantes das entidades constante de situá-los como fator de
participantes do evento, vem dar cultura, educação e lazer, características
informações valiosas e oportunas a todas estas que foram apresentadas no módulo
as Entidades que acreditam na participa- de oito faces, com fotos sugestivas de
ção comunitária como forma de nossas atividades e locais, bem como
desenvolvimento social e econômico do através das explicações prestadas aos
indivíduo". (De Bahij Amin Aur, senhores prefeitos e senhoras, dirigentes
diretor-regïonal do Serviço Nacional de e técnicos ligados à área de
Aprendizagem Comercial - SENAC/AR desenvolvimento social. Distribuimos,
São Paulo) também ao público visitante dos
balcões, milhares de impressos contando
"Entendemos bastante válidos os meios os endereços de todos os departamentos
usados pelo Balcão Informativo de desta Secretaria, visando facilitar o
acesso aos diversos serviços prestados. solicitação e implantação das
Nos debates exploratórios, constatamos caixas-estantes, bem como das atividades
que a maioria dos estudantes que por ali desenvolvidas pelo departamento.
passaram eram frequentadores assíduos Montou-se, como em anos anteriores,
da nossa Divisão de Discoteca e uma pequena biblioteca que funcionou
Biblioteca de Música e das bibliotecas como Centro de Atividades de
de bairros mais próximas da periferia. Comunicação e Expressão, onde se
Ficamos satisfeitas em saber que o desenvolveram atividades de:
público presente conhece e acompanha o a) leitura infantil e juvenil, através da
desenvolvimento dos trabalhos da Pasta bilbioteca com 200 livros e que teve
de Cultura, principalmente no que tange uma freqüência média diária de
à popularização do teatro. Muitas 3.200 crianças;
perguntas foram feitas sobre as Segundas b) concomitantemente, ativou-se a área
e Sextas Musicais, sobre a Campanha da de artes, mediante a utilização de
Kombi e das peças teatrais (Plano de painéis, especialmente confeccionados
Popularização do Teatro). Muitos para essas atividades, onde crianças e
interrogaram, também, sobre a Casa jovens desenharam com giz e com
do Sertanista e do Bandeirante, do caneta hidrocor;
Departamento do Patrimônio c) foram realizados espetáculos de
Histórico. No Balcão Demonstrativo, em danças folclóricas.
estande individual, o Departamento de
Bibliotecas Públicas ofereceu as mais Nos debates exploratórios, o pedido
variadas informaçôes sobre o feito foi o de levarmos ao conhecimento
funcionamento de seu sistema na do senhor prefeito e do secretário de
capital, através de: Cultura, a seguinte mensagem:
"Oportunidade ao Teatro Amador,
a) painéis com fotos e dizeres; quer através de prêmios, quer através
b) distribuição de impressos de subvençôes ou de auxílios". (De
sublinhando-se os seus serviços, Lúcia Piazza Silveira, chefe da Seção
endereços e número de unidades; Administrativa da Secretaria Municipal
c) um audiovisual "Biblioteca e de Cultura, em relatório encaminhado
Comunidade", em projeção contínua; ao FASPG pelo secretário Sábato
d) exposição de caixa-estante Antônio Magaldi).
(mini-bibliotecas ambulantes) com
o oferecimento constante de fohetos "Sobre o trabalho realizado pelo Balcão
informativos sobre seu funcionamento; Informativo de Recursos Comunitários,
e) uma leitora de microfilmes, dando promovido pelo FASPG, consideramos
uma demonstração dos diversos fundamental destacar os seguintes
recursos que as bibliotecas colocam pontos:
ao alcance do leitor. 1) o trabalho conjunto entre as várias
entidades públicas, tanto na área
0 Departamento de Bibliotecas estadual como na federal e
Infanto-Juvenís, por sua vez, colaborou municipal, reunindo esforços com
com a seguinte programação: implantação um mesmo objetivo, o
da caixa-estante como veículo de desenvolvimento comunitário;
promoção desse serviço. Obs.: Foram 2) capacitação de recursos, tendo como
fornecidas explicaçôes quanto a objetivo o conhecimento integral do
órgão que se está representando e cada órgão em particular e do Balcão
outros, dentro da área em que o em Geral. De outra parte, as
mesmo está inserido; informações acerca do Balcão e das
3) divulgação dos recursos existentes atividades dos órgãos que o integram,
na administração pública que podem levadas a todos quantos compareceram
estar à disposição da comunidade; a essas promoções (autoridades
4) orientação da comunidade para a federais, estaduais e municipais,
utilização dos recursos existentes, universitários, estudantes, professores,
de maneira racional e objetiva; técnicos de órgãos públicos e privados,
5) maior dinamização dos recursos e do voluntários de obras sociais, sociedades
pessoal dos órgãos regionais das várias de Amigos de Bairro, etc.), contribuiram
entidades públicas, quando o trabalho para a conscientização da necessidade de
é desenvolvido nos municípios'. uma racionalização de esforços, posto
(De Rubens Murillo Marques, chefe da que reuniu, em um só momento e local,
Coordenadoria de Análise de Dados da pessoas com a mesma preocupação de
Secretaria de Economia e Planejamento) solucionar problemas sociais, evitando
deslocamentos que, via de regra,
"As realizações do Balcão de Recursos onerariam o Governo e as Obras
Comunitários revestem-se de Sociais". (De Jonas Barcelos, responsável
características que objetivam, pela Chefia de Gabinete da Secretaria
essencialmente, a promoção do Homem. de Estado das Relações do Trabalho,
E o aproveitamento racional dos recursos em relatório encaminhado ao FASPG
existentes e colocados à disposição dos por Maria de Lourdes Prado de Carvalho,
municípios paulistas, permitindo a assistente de Planejamento e Controle).
colaboração com o Governo Federal
quanto à complementação das "Verificamos, inicialmente, que os
diretrizes emanadas em âmbito federal objetivos foram plenamente atingidos
e estadual no tocante ao e mesmo ultrapassados, divulgando-se
desenvolvimento da política social, às comunidades importantes atividades
voltada para o desenvolvimento desenvolvidas pelo Governo do Estado,
integral do Homem, formação de merecendo da nossa parte cumprimentos
recursos humanos e integração social. e elogios". (De Carlos Gomes dos Santos
Consoante esses objetivos, há que Cortes, chefe da Coordenadoria de
ressaltar a importância dessa Assistência Técnica Integral - CATI).
programação do FASPG, que deve
receber total apoio dos órgãos que
integram o Balcão Informativo de "Como resultado de nossas observações,
Recursos Comunitários. Tendo nas ocasiões em que tivemos participação
comparecido a todas as realizações ativa, podemos afirmar que o Balcão
do Balcão, pudemos comprovar o Informativo de Recursos Comunitários
interesse e a participação dos órgãos revelou ser um veículo eficiente para
que dele participam, assim como a conscientizar as comunidades dos
cooperação havida entre os recursos que dispõem em suas regiões.
representantes desses órgãos, que Por falta desse conhecimento, muitas
constituiram Grupo de Trabalho que vezes não se utilizam dos serviços
possibilitou valiosa troca de disponíveis existentes, principalmente
informações acerca das atividades de os públicos". (De Agide Gorgatti Netto,
diretor-geral do Instituto de Tecnologia
de Alimentos —ITAL.

"Sentimos que, neste momento, as


atividades do Balcão Informativo de
Recursos Comunitários se definem e
partem do planejamento de uma
estrutura sólida, capaz de garantir,
para o futuro, o desenvolvimento dos
benefícios inerentes aos objetivos
propostos pelo Balcão". (De Pérsio de
Carvalho Junqueira, secretário-executivo
do Sistema Estadual de Proteção ao
Consumidor — PROCON).

"Aquele trabalho foi apreciado pelas


nossas áreas técnicas, que o adotaram
sem restrições, cabendo-nos nesta
oportunidade, ressaltar a atuação do
FASPG no campo da participação
comunitária, visando a integração
social e a promoção do homem".
(De Fernando Ribeiro do Val, presidente
da Companhia Estadual de Casas
Populares — CECAP).

"O referido documento do Balcão


Informativo de Recursos Comunitários
foi analisado e consideramos que
espelha, de forma adequada, a
promoção, merecendo destaque as
novas propostas nele apresentadas".
(De Pedro Senna, coordenador da
COEST/PIPMO).

O balcão informativo de recursos


comunitários procurou valorizar e
incentivar a participação comunitária,
motivando o diálogo com a população
e ampliando os canais de comunicação
entre a coletividade e os órgãos públicos
e particulares do setor social.
Os Programas Comunitários para o
;ç& Desenvolvimento da Criança
rr f f constituem-se na atividade-núcleo do
trabalho realizado pelo FASPG, Tais
programas foram desenvolvidos em
duas etapas distintas: a primeira
compreende as atividades realizadas
nos Projetos Piloto (o contato direto
de técnicos, monitores e voluntários
com grupos da população, procurando
promover o desenvolvimento social
dessas comunidades pelo incentivo à
maior participação comunitária).

A partir das programações realizadas


com os moradores dos Projetos-Piloto,
do levantamento de suas expectativas,
do conhecimento fundado sobre o
contato direto com a população e da
avaliação e reflexão dos técnicos sobre
o desenvolvimento desses trabalhos, o
FASPG reuniu os subsídios essenciais
para levar aos participantes dos Cursos,
Seminários e Encontros, a proposta de
Promoção do Homem através da
participação consciente dos membros
integrantes da comunidade.

Enquanto a primeira etapa se


caracterizou por Lima programação
permanente e de âmbito localizado
(onde se si t uam os Projetos-Piloto),
a segunda (aprofundando a reflexão
dessa programação) foi especificamente
motivadora (os subsídios levados aos
participantes dos Seminários e Cursos)
e difusa, no sentido de reforçar os
inúmeros trabalhos comunitários já
realizados e, ainda, incentivar a
po p ulação à valorização da criança
e se empenhar em promover o
desenvolvimento global da criança
(levando ern consideração os aspectos
bio-psico-sociais), através das Semanas
e Quinzenas de Participação Comunitária
para o Desenvolvimento da Criança.
Qs programas realizados nos Outra experiência desenvolvida nesse
Projetos-Piloto forneceram elementos Projeto-Piloto consiste em grupos de
para que o FASPG pudesse esclarecer e artesanato sob a monitoria de pacientes
situarem bases concretas seus princípios de urna clínica de repouso (Clínica
de ação: a promoção do homem, Santa Fé).
estimulando o desenvolvimento de
uma participação comunitária mais G Projeto-Piloto da capital tem seu
consciente e efetiva. núcleo no Jardim Três Corações,
atingindo, ainda, os bairros de
Bororé, Grajaú e Jardim Primavera,
Relação das atividades todos na Administração Regional de
Projetos-piloto da capital e do interior Santo Amaro.
— DICOREs — Das Cornunitários de
Recreação; Além das atividades básicas já arroladas,
— Centros lúdicos e artísticos destinados destaca-se, no local, a integração com a
às crianças: Associação Pró-Artesanato, para
Orientação e dinamização de grupos capacitação de pessoas do bairro, além
de Educação de Base: casais, mães, da implantação dos seguintes projetos:
gestantes e jovens; — Qualificação de mão-de-obra (FASPG
Orientação a entidades sociais na área; e Associação Voluntária para
— Programações comunitárias integradas Integração dos Migrantes — AVIM);
com órgãos públicos e privados; Educação Sanitária para a Criança e a
Cursos básicos e específicos para a Comunidade (FASPG e Interclínicas
formação de ideranças e voluntários Assistência Médica, Cirúrg ca e
locais. Hospitalar S/C).

0 ProjetoPiloto do interior localiza-se


no município de Itapira (5? Região Projetos-piloto porque?
Administrativa), atingindo os bairros Tendo em vista os objetivos do FASPG
de Vila Ilze, Vila Pereira, Vila Isaura e (a Promoção Humana e o
Cubatão. Além das atividades citadas, desenvolvimento da Participação
desenvolvem-se, ainda, nesses bairros, Comunitária) — e a ênfase dada, nesta
t rabalhos de iniciação profissional e Administração, à Formação de Recursos
qualificação de mão-de-obra em Humanos, considerou-se fundamenta;
convênio corn órgãos afins (SENAC, estabelecer contato dinâmico com
SE..SC, SENAI, SESI e outros). grupos da população, onde pudessem
ser levantados subsídios que
Os moradores locais são atendidos, complementassem os estudos e debates
também, por intermédio de dois realizados pelos participantes dos cursos
convênios na área de saúde: um com o e seminários, bem como levar a esses
posto de pronto atendimento da grupos o amadurecimento da proposta
Prefeitura, para serviços de Participação Comunitária, no sentido
médico-dentários, e outro com a da Promoção Humana das populações.
UNICAMP — Universidade Estadual
de Campinas, para atendimento Assim, foram feitos, no período anterior
oftalmológico de adultos e crianças, a março de 1975, vários levantamentos
fora da faixa escolar. junto a locais onde já se realizavam
35
programas comunitários, tendo como Sensibilização da população
critério básico: A partir dos Dias Comunitários de
— as comunidades escolhidas, embora Recreação — atividade realizada nas ruas
carentes, deveriam apresentar dos bairros, dirigida às crianças,
características as mais diversificadas envolvendo-as num lazer sócio-educativo,
possíveis entre-si, acentuando-se a utilizando sucata, argila e outros
diferença de cada realidade, no materiais do próprio local — se deu
sentido de se ampliar o levantamento início, também, ao processo de
de subsídios para o desenvolvimento valorização da criança junto àqueles
dos programas. moradores, que em contato com os
monitores foram esclarecidos sobre o
Dessa maneira, o FASPG selecionou os valor daquelas "brincadeiras" para o
seguintes locais: desenvolvimento global da criança.
Interior:
No Município de Itapira — 35 mil Conscientização da população
habitantes, foi instalado o Projeto-Piloto O interesse despertado nos adultos
junto ao Centro Comunitário de Vila propiciou a formação dos grupos de
Ilze, com cerca de 7 mil moradores, cuja educação de base (pais, mães, gestantes
fonte de renda básica provém do e jovens). Nesses grupos os participantes
trabalho rural ou da prestação de foram levantando as dificuldades que
serviços (servente de pedreiro, enfrentavam em sua realidade,
empregadas domésticas, etc.). identificando suas expectativas e,
Capital: juntamente, com os técnicos, traçaram
Na Capital, foi escolhido o bairro do objetivos para serem realizados em
Jardim Três Corações (localizado na comum, visando melhores condições
Administração Regional de Santo de vida.
Amaro). A maior parte dos moradores é
constitu (da por migrantes, tendo como
fonte de renda, principalmente, a Motivação da população
prestação de serviços e operários não Alguns moradores participaram de
especializados. cursos específicos (Treinamento de
Ação Comunitária/Criança, Lazer
Ambos os locais eram desprovidos, Educativo, Educação para a Saúde e
quase que totalmente, dos serviços Orientação Nutricional). As noções
públicos básicos — e se identificou que aprendidas por esses elementos, foram
as populações não sabiam utilizar os sendo transmitidas aos demais através
recursos já existentes (Centro de Saúde, das reuniões de grupo; organizando-se,
Escola). então, mutirões para higiene, para
esclarecimento dos serviços prestados
Diante desse quadro (do qual pelo Centro de Saúde, o uso do cloro
mencionamos breve perfil do para a purificação da água; a participação
levantamento realizado em 1975), nas reuniões de Pais e Mestre e, mesmo,
o caráter sócio-educativo se constituiu a criação de um voluntariado local, que
no núcleo dos programas comunitários se incumbiu não só de promover os
que passaram a ser realizados pela equipe DICOREs, como colaborar nos trabalhos
técnica do FASPG e os moradores dessas dos Centros Lúdicos e Artísticos, onde
localidades. as crianças "brincavam" durante os
horários das reuniões dos grupos de representaram novas oportunidades de
mães, ou vinham espontaneamente. trabalho.

Nos Centros Lúdicos, a criatividade da Capacitação progressiva


criança era, especialmente, estimulada Foi significativo o testemunho dos
(através do desenho, pintura, colagem, participantes dos cursos
modelagem, dramatização) e se profissionalizantesem Vila Ilze.
utilizavam sempre os materiais mais Debatendo, decidiram que eles próprios
simples e baratos existentes na poderiam ampliar a instalação física do
localidade. Pincéis feitos de estopa com Centro Comunitário, utilizando ali as
cabos de bambú são um exemplo, bem noções que aprendiam.
como revistas velhas, restos de tecido,
aparas de madeira, tampinhas de garrafa O debate sobre a ampliação das
— tudo isso era reciclado pela imaginação instalações teve essa relevância pelo
da criança, contribuindo para o seu "orgulho" dos moradores em poderem,
desenvolvimento sensório-motor. por si-mesmos, efetuar essa ampliação,
usando seus conhecimentos para
Os cursos de Orientação Nutricional beneficiar o bem comum. Na avaliação,
esclareceram sobre a melhor utilização vários participantes declararam que
dos alimentos, a maneira correta de durante o processo de trabalho
prepará-los, quais os mais nutritivos perceberam que aquele Centro
e colaboraram, sensivelmente, para Comunitário "é nosso mesmo".
orientar as mães e ampliar seus hábitos
alimentares. 0 interesse pela profissionalização, em
Vila Ilze, deu origem ao ló Seminário
Realimentação do processo de Informação Profissional — para
sócioeducativo esclarecimento dos jovens da 8? série,
A experiência e a confiança na ação diretores de escolas, professores,
conjunta conseguida pelos moradores, lideranças da comunidade e industriais
através dos mutirões, levou-os a da região. Essa iniciativa conjunta do
procurarem novas metas — haviam FASPG, Prefeitura Municipal de
descoberto em-si mesmos um potencial Itapira e entidades comerciais do
e queriam realizá-lo. Município propiciou a apresentação
de informações relativas à formação e
A partir dessa necessidade debatida pelos aperfeiçoamento profissional,
participantes dos grupos, os cursos oferecidas pelo Serviço Nacional de
profissionalizantes significaram o Aprendizagem Comercial —SENAC,
meio-ideal para se atingir essa meta. Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial — SENAI, Rede Estadual
Nos grupos de mães, os cursos de corte de Ensino e MOBRAL.
e costura, cabeleireira, pintura em tecido
e artesanato foram uma descoberta Esse Seminário visou, também,
valiosa, principalmente, para a melhoria preparar a população para a instalação
do orçamento doméstico. de um Pólo Avançado do SENAC, em
Itapira, que atenderá, também, os
Nos grupos de pais, os cursos de servente municípios vizinhos — Mogi-Mirim e
de pedreiro, eletricista, encanador, etc., Mogi-Guaçu.
No Jardim Três Corações, foi de trabalho junto aos Centros
significativa a colaboração prestada Comunitários Bandeirantes (no Jardim
pela Intercl (nicas — no sentido de Três Corações) e 31 de Março (em Vila
atender a população infantil e prestar Ilze).
orientação às mães sobre os cuidados
com a saúde. Essa empresa, visando Reflexão
integrar-se aos esforços para maior É a reflexão sobre o caráter
participação comunitária, instalou sócio-educativo que permite esclarecer
e manteve desde abril de 1977, um alguns aspectos da proposta de
ambulatório com um pediatra, participação comunitária.
enfermaria e uma assistente social.
Frente a uma calamidade pública, como
Promoção responsável — a população se já mencionamos, se constata o despontar
organiza em comunidade de uma solidariedade coletiva: parece
A cada meta que os moradores se que todos querem ajudar. Esse tipo de
propunham — a ação conjunta foi participação é, contudo, vinculado ao
sendo reforçada, ampliando-se, assim, fato-imediato (a enchente, o incéncio,
os recursos locais através de cada o inverno, etc.).
habitante participante. 0 fortalecimento
da participação dessas comunidades Tendo em vista o caráter imediatista
permitiu que, a partir de junho de 1978, (esporádico, temporário) dessas
o Centro Comunitário Bandeirantes, no manifestações coletivas de participação
Jardim Três Corações, continuasse o e levando em consideração as
desenvolvimento das programações vertiginosas alterações nos hábitos das
comunitárias, com a responsabilidade populações, especialistas, técnicose
dos moradores (que constituiram uma teóricos do setor social apontam o
diretoria), pelo convênio com a "isolamento" entre os membros de urna
Secretaria Estadual da Promoção Social, mesma sociedade como um dado cada
embora prosseguisse recebendo vez mais freqüente, acentuando, como
orientação técnica do FASPG. conseqüência:
— o relacionamento impessoal entre os
O Centro Comunitário 31 de Março, em membros de uma mesma sociedade
Itapira, também constituiu sua diretoria (provocado por 'intervenções da era
e, com a colaboração da Secretaria da da máquina e da técnica, ainda não
Promoção Social, os moradores assimiladas e ajustadas como
prosseguem em busca do instrumentos a serviço do homem).
desenvolvimento social, amadurecidos — e a falta de identidade das pessoas
pela experiência sócio-educativa, com o local onde vivem (a existência
implícita na proposta de Participação de bairros periféricos é um fenómeno
Comunitária. não só das capitais. mas da maior
parte das cidades)
Descrição do processo sócio - educativo
Após esta breve síntese das atividades A fixação do homem nesses locais,
realizadas nos projetos-piloto, é precedendo o planejamento urbano,
necessário explicitar alguns pontos a inexistência dos serviços públicos
referentes ao processo sócio-educativo, básicos, entre outros fatores,
desenvolvido durante esses quatro anos desorientam o processo de
relacionamento entre as pessoas, que diverte, se educa — pintando um pedaço
não se sentem participantes dc núcleo de jornal com tinta xadrez, usando um
urbano (melhor amparado pelos serviços pincel com o cabo de bambu e a ponta
públicos), nem encontram na "aridez de estopa — desencadeou um verdadeiro
das periferias° as oportunidades e os "processo de localização" do adulto
meios — o espaço humano — onde se em relação ao meio ambiente, pela
reconheçam e se promovam. identificação dos materiais existentes
no local.
A partir desse referencial, fica claro que
a participação da comunidade está A interação criança-adulto, iniciada pelo
relacionada a algum fato (uma simples gesto de ajudar a "bater corda",
motivação vinda da realidade social) faz com que a criança se sinta em
e não aparece como elemento contato, assistida, apoiada. Sua alegria
espontâneo e permanente da vida é maior e contagia o jovem ou o pai que
das coletividades. (É necessário aceitou estar ali, junto, acess`vel ao
ressaltar, ainda, o grau de relacionamento, entendendo melhor
emocionalidade da participação seu filho, o irmão menor — a criança.
coletiva frente às calarnidades; a
solidariedade surge, intensa e generosa. Educação de base
necessitando, contudo, amadurecer mais Os grupos de Educação de Base (pais,
profundamente quanto à racionalização mães, gestantes e Jovens), de início
dos recursos — tanto as doações quanto (nesses projetos-pLoto) se reuniram
o material e serviços já existentes. motivados pela criança. Debateram o
Vide: Campanhas de Participação atendimento à criança:
Comunitária). Saúde (informaram-se das noções básicas
de higiene e saúde, passaram a freqüentar
Adotando a valorização da criança com mais assiduidade os Centros de
(promover o atendimento básico de Saúde, interessaram-se pela vacinação
suas necessidades e propiciar condições e prevenção de doenças, realizaram
para desenvolver o seu potencial) como mutirões de limpeza para retirar o iixo
fato-motivador, o f ASPG reuniu os dos quintais e das ruas);
adultos, moradores nos Projetos-Piloto, Alimentação (orientaçâb sobre os
formando-se, então, os grupos de alimentos mais nutritivos, a maneira
Educação de Base, incentivando-se o correta de prepará-los, etc.),
sentimento de estima social entre eles Lazer educativo (vide item DICOREs e
(propiciar o relacionamento pessoal) e Centros Lúdicos);
motivando ao leva' r.tarnento das Relacionamento (debateram sobre as
expectativas daquelas pessoas quanto necessidades afetivas da criança, o
a melhores condições de vida, a partir incentivo ao estudo através da
da realidade local (estimular a participação nas reuniões da Associação
identificação dos indivíduos com de País e Mestres e a importância dos
o meio ambiente, à descoberta dos moradores promoverem a integração
recursos existentes e a melhor entre as atividades da Escola e as do
utilização dos rresmos). Centro de Saúde).

Interação Interesse
Descobrir que a criança brinca, se 0 maior conhecimento da realidade foi
37
permitindo aos componentes dos grupos No entanto, constatou-se, no decorrer
verbalizarern, mais objetivamente, suas dos anos de trabalho, que não bastavam,
expectativas principalmente quando apenas, mais atividades: os problemas
estas iam ultrapassando o âmbito do fundamentais foram sendo melhor
interesse pessoal e se comprometiam elucidados através de programações
com o bem comum (não só a "minha conjuntas, mas a sua solução demandava
saúde", mas "a saúde do pessoal que ações mais profundas.
vive aqui").
Agentes ativadores
0 componente interesse é uma Neste ponto se manifesta a importância
determinante poderosa para a da interação entre técnicos-voluntários-
dinamização ou deterioração do grupo. população, tendo como princípio básico
Por exemplo: técnicos e voluntários a busca de soluções conjuntas. As
relatam que os grupos de gestantes se intervenções do técnico e dos voluntários,
formaram e se dissolverem, sempre, como elementos motivadores, foram
"sem conflitos". Informadas pelas sempre regidas pelo objetivo de reforçar
vizinhas ou amigas, iam ao Centro as propostas surgidas da própria
Comunitário, em geral, com a população.
preocupação de fazer o "enxovalzinho".
Com os debates descobriam o seu A apresentação de uma proposta por
próprio corpo, as necessidades do feto, a parte do técnico esteve,
importância da ginástica. Esclareciam-se permanentemente, condicionada ao
sobre os tabus ou crendices prejudiciais levantamento de expectativas vindas dos
e, à medida que a gestante se tornava membros dos grupos.
mãe, as companheiras iam visitá-la,
iniciando-se, então, um outro tipo de Vale o exemplo ocorrido em Vila Ilze:
relacionamento (mais que grupal), agora partir de outubro de 1976, os grupos de
em outro nível, que se encaminhava para pais e mães, já informados sobre os
a dimensão de estima social. alimentos mais nutritivos e a maneira
correta de prepará-los, procuravam
alternativas para consegui-los por si
Grupos próprios. Veio, então, a idéia de se
Embora subsistissem com o mesmo formar hortas domésticas. A avaliação
nome (grupo de pais, grupo de mães etc), desse trabalho, em abril de 1977,
os grupos apresentaram grande apresentou o seguinte quadro:
rotatividade de participantes. Aí, — alguns tentaram e obtiveram êxito;
também, o papel decisivo do — alguns tentaram e obtiveram pouco
"componente interesse". Alguns rendimento;
participantes, assimilando mais — outros tentaram e não obtiveram
profundamente a proposta de rendimento nenhum, por não saberem
Participação Comunitária, compareciam lidar com a terra ou por falta de
sempre trazendo para os grupos sementes, de ferramentas adequadas,
propostas de novas atividades (plantar de água etc.
árvores nas ruas, por exemplo; onde
pedir autorização, como conseguir as Função planejadora
mudas e a campanha para que todos os Face a esses resultados e o
moradores as preservassem). interesse-solução (dos grupos), os
38
técnicos propuseram, em maio de 1977, agrônomo, pela realização do potencial e
o estudo do Projeto Hortas Domésticas e do empenho de cada membro.
Comunitárias (vide capítulo Projetos
Integrados). 0 testemunho desse grupo junto aos
demais participantes do
0 texto do projeto foi debatido. Centro Comunitário motivou a união de
Analisadas as dificuldades (falta de um segundo grupo (11 famílias) que,
terreno, sementes, ferramentas, água) desde abril de 1978, iniciou uma nova
as vantagens (plantar em conjunto, horta comunitária.
possibilidade de todos aprenderem a
plantar, melhorar a alimentação), Capacitação e promoção social
verificaram, ainda, se o projeto não A capacitação pro g ressiva e dinâmica
representava uma sobrecarga, se não forneceu aos moradores novas
"prometia" uma solução-ilusória. perspectivas. As ruas ainda testemunham
a pobreza de Vila I Ize ou do Jardim Três
Função orientadora Corações, mas a objetividade com que os
Após esses debates, 18 famílias moradores chegaram a valorizar os cursos
decidiram dar início ao projeto. de profissionalização, o relacionamento,
Orientadas pelos técnicos, procuraram o a interação entre os habitantes, o
proprietário de um terreno vago, aproveitamento dos treinamentos, o
localizado no bairro e lhe propuseram o surgimento de um voluntariado local,
empréstimo para a instalação da horta. tudo isso representa a vitalidade de um
Junto à Prefeitura, conseguiram a ligação processo sócio-educativo que os
da água; o agrônomo da Casa da moradores dessas localidades poderão
Agricultura do município se dispôs a levar adiante como responsáveis pelos
prestar orientação e ceder as sementes; as seus respectivos Centros Comunitários
ferramentas foram conseguidas por meio (vide (tem anterior:
de uma campanha na qual recolheram Promoção Responsável, a população se
e recuperaram enxadas, pás, etc. organiza em comunidade).

Nova mentalidade
Função habilitadora "Uma das coisas que tenho a dizer é
0 entusiasmo surgido da superação das sobre a importância da gente dar apoio
primeiras dificuldades facilitou o grupo a às pessoas e perceber as necessidades que
tomar decisões: revezamento para regar, elas têm. Falo da minha experiência de
quem vai tomar conta da horta, o jovem nascido neste bairro, apelidado de
repartir a colheita. Risca-Faca e, se continuasse a viver aqui,
sem receber mais esclarecimentos, sem
Nesse ponto, o técnico voltou a conhecer o que outras pessoas têm para
aprofundar o "papel da horta'', ensinar, o meu futuro seria, talvez,
relembrando a utilização daqueles lamentável. Este bairro pobre e feio já
alimentos, o que representam para a tem, agora, moradores dispostos a
saúde, o estímulo para a realização de modificá-lo. Até o apelido foi deixado de
hortas domésticas e o mais importante: lado e o nome Vila Ilze é usado de novo".
propiciou a reflexão do que representou (Depoimento do jovem João Evangelista
aquele trabalho conjunto, a habilitação Tenório, durante a confraternização de
conquistada pela orientação do Natal de 1975, em Vila Ilze).
Agentes de transformação Fluxograma da proposta de desenvolvimeni
Na mesma confraternização de Natal, o
governador Paulo Egydio Martins
afirmou:
"0 que vimos, aqui, são pessoas que se
sentem promovidas pela atenção, Projetos-Piloto
amparadas porque estão sendo
reconhecidas como seres humanos, que
por si andam, se unem e resolvem os seus
problemas. Pessoas desejosas de uma
palavra de amor, de serem ouvidas, enfim, Programas comunitários de âmbito
de serem reconhecidas no seu direito de localizado (Vila Ilze, em Itapira, e
expor suas dificuldades e o direito de Jardim Três Corações, na Capital, ambos
usar o seu próprio potencial de agentes atingindo os bairros adjacentes). Essas
transformação para melhorar suas programações foram realizadas por um
condições de vida—melhorar a realidade ". processo sócio-educativo contínuo,
"Sob a vitalidade de um procedimento objetivando a conscientização individual
orgânico e integrado — o processo por meio da ação conjunta de grupos
sócio-educativo de uma comunidade - de moradores, técnicos do FASPG,
chamando cada pessoa para descobrir o entidades conveniadas e voluntários
seu potencial e a realidade à sua volta — locais, visando a capacitar essa
uma tomada de consciência pessoal, o coletividade para a Participação
posicionamento da dimensão social de Comunitária como meio para a
cada um —tudo isso reorganiza a nossa Promoção Humana (soc al) desses meios.
realidade em direção ao verdadeiro
desenvolvimento social".

(Trecho da palestra proferida pela expressando dessa maneira a meta-núcleo


presidente do FASPG, em Itapira, do desenvolvimento da Participação
durante a visita dos delegados da Comunitária, como processo de
Organização Inter-americana da Criança, "amadurecimento social", constituindo a
mantida pela OEA, em 1977). garantia para o atendimento permanente
às necessidades da criança pela
Análise do fluxograma transformação social.
Os prog ramas comunitários para o
desenvolvimento da criança tiveram Como vimos no item Projetos-Piloto,
como princípio promover o atendimento todo um processo sócio-educativo foi
às necessidades do seu desenvolvimento. desenvolvido, desencadeando a interação
Para isso, o FASPG considerou dinâmica entre os moradores, pela
essencial o envolvimento do adulto implantação de um relacionamento
(responsabilizando-o, mais orgânico (metodologia), amparado pela
profundamente, pela criança). assessoria técnica a essas localidades,
propiciando a manifestação das
Assim, a programação realizada partiu da expectativas, a formação de objetivos
relação criança-meio social, daí o comuns e a ação conjunta, permitindo a
incentivo à família (formação de grupos capacitação dessas coletividades
de pais, mães, gestantes) e à comunidade, (estimulando a criação de oportunidades
to social, visando a promoção do homem através da participação comunitária

Seminários, Cursos e Encontros Quinzena de Participação Comunitária


para o Desenvolvimento da Criança

Divulgação dos subsídios apreendidos na Por meio de atividades demonstrativas


realização dos programas comunitários dos programas comunítários básicos,
realizados nos Projetos-Piloto, dirigidos realizados nos Projetos-Piloto, motivar
aos participantes da programação de a população em geral para a valorização
Formação de Recursos Humanos (Cursos da criança e promover o atendimento
e Seminários), visando reforçar e das suas necessidades e o seu
dinamizar (através do estudo e de desenvolvimento global (da criança)
debates sobre esses subsídios) as (vide Quinzena de Participação
atividades que já vêm sendo realizadas Comunitária para o Desenvolvimento
por Prefeituras, órgãos públicos e da CG iança).
entidades sociais, nos diversos
municípios do Estado (vide Dados
Quantitativos, itens Semi n ários e
Cursos).

e meios) para que levem adiante a permitiriam a expressão dos moradores


conquista de melhores condições de vida. dessas outras localidades, negariam o seu
potencial de auto-promoção e, assim,
Questão básica voltaríamos aos "projetos de soluções
Levando-se em consideração que o magicas", preparados nos gabinetes,
FASPG as urn órgão público de âmbito com as melhores intenções, mas que, na
estadual, como atingir as inúmeras prÓtica, se revelam inadequados por
coletividades do Estado de São Paulo? ignorarem o interesse de cada grupo da
população.
A expansão da proposta de Participação
Comunitária e dos programas Alternativas
comunitários se tornava uma questão Dentro desse referencial, e levando-se em
mais séria, ainda, considerando-se que conta que o incentivo à maior
cada coletividade tem sua realidade Participação Comunitária, adotado pelo
espec í ` ca. FASPG, por definição, manifesta o
compromisso com uma ação ampla (não
Além disso, se os resultados obtidos no podendo se limitar, apenas, a duas
Jardim Três Corações ou err Vila line, localidades).
fossem meramente "transportados"--
chegariam como modelos impostos, não A passagem da proposta de Participação
Comunitária e do processo com o objetivo de incentivar a
sócio-educativo realizados, por assim Promoção do Homem" (...)
dizer, em micro-realidades, foram "0 Projeto Município foi elaborado com
levados à macro-realidade segundo três duas finalidades: 19 — a de se obter
procedimentos distintos, nos quais o dados mais concretos de nossa realidade,
FASPG empenhou esforços especiais levantar necessidades e aspirações
para a manutenção da diretriz (da população), para que a Prefeitura
sócio-educativa e motivadora da possa, através dessa análise, estabelecer
Promoção Humana. prioridades e sua viabilidade e, ao mesmo
tempo, solicitar, junto aos órgãos
Primeiro procedimento competentes, os auxílios necessários;
0 primeiro procedimento objetivou 29 — estabelecer entrosamento entre as
reforçar as iniciativas sociais já existentes diversas entidades e a Prefeitura, para
levando aos participantes do Programa que os esforços sejam somados,
de Formação de Recursos Humanos experiências enriquecidas e nossa
(Seminários, Cursos e Encontros), comunidade humanizada".
subsídios sobre os trabalhos realizados
nos Projetos---Piloto. A título de Desejo de participar
exemplo de programações comunitárias, "Os gráficos e tabelas resultantes da
como tema de estudo e debate e, ainda, aplicação desse Projeto mostram a
ao nível de sugestão (destacando-se o abertura da população em aceitar ta
critério para o contato com as pesquisa, como também o fato de
populações das várias localidades), os que todos, num certo espaço de
participantes dos Seminários, Cursos e tempo, refletiram sobre diversos
Encontros informaram-se das aspectos de nossa cidade, sobre
características do processo problemas existentes e aspirações".
sócio-educativo que vinha sendo (Textos extraídos do Prefácio do
cumprido e puderam aplicá-lo em suas "Projeto Município").
próprias atividades.
A pesquisa
"Projeto Município" Os levantamentos para a pesquisa foram
Um dos testemunhos mais significativos feitos pelos estudantes de 29 grau da
da "expansão" a nível de subsídio, que escola local, voluntários de entidades
os Projetos—Piloto prestaram ao sociais, associações, grêmios, clubes
desenvolvimento da ação programática recreativos e Polícia Militar, recebendo
do FASPG, foi o de propiciar o orientação da equipe de Serviço Social
surgimento, em 1977, do da Prefeitura, professores e universitários
"Projeto Município", na cidade de que colaboraram na tabulação e
Mineiros do Tietê (',ocal izada na interpretação dos dados.
7a. Região Administrativa do Estado).
Esse Projeto, além de valioso
A introdução do Projeto Município instrumento de análise do município,
esclarece: "A idéia deste Projeto nasceu desencadeou o processo de
após a participação das lideranças e Participação Comunitária, tendo sido
membros de nossa comunidade no adotado um procedimento
IV? Seminário de Participação sócio-educativo como instrumento
Comunitária, realizado pelo FASPG, dinamizador das soluções para as diversas
40
áreas do setor social, estabelecendo-se incentivo a trabalhos conjuntos e o
como meta a adoção de nov25 atitudes estímulo à Participação Comunitária
(resultantes de um comportamento eram dirigidos a um público considerado
regido por uma nova mentalidade — de multiplicador: lideranças municipais,
interação e participação). dirigentes de entidades sociais, técnicos,
profissionais liberais, grupos voluntários.
0 "Projeto Município", de Mineiros do E mesmo no caso da implantação dos
Tietê, representa a aplicação, no âmbito Projetos Integrados (vide capítulo), a
de todo um município, dos programas proposta de ação comunitária estaria
comunitários desenvolvidos pelas sendo desenvolvida num âmbito
comunidades de Vila I Ize e Jardim Três localizado, atingindo grupos da
Corações, acrescentando-se o acesso às população.
propostas e debates havidos nos
Seminários. Nessas duas etapas, o caráter
sócio-educativo se expressava pela
Ressalte-se que, a partir dos Seminários, interação, conhecimento mútuo e
o FASPG acompanhou e, eventualmente, maior consciência da realidade,
assessorou a integração de Entidades objetivando novas atitudes face às
Sociais em vários municípios, a dificuldades sociais.
estruturação de diversos departamentos
de Serviço Social junto às Prefeituras 0 produto do investimento no processo
Municipais e a reformulação ou sócio-educativo é a mudança de
reprogramação das atividades de órgãos comportamento, resultado esse obtido,
públicos e entidades sociais tanto na somente, a médio e longo prazo, já que,
Capital como no Interior. por definição, o desenvolvimento do
processo implica numa tornada de
Segundo procedimento consciência pessoal e no posicionamento
Este segundo procedimento enfatiza a (escolha) individual de cada um em
interação dinâmica entre as dificuldades participar. Dessa maneira, o grupo se
da realidade social, capacitação da constituia no elemento integrador e
população, integração de entidades orgânico entre os indivíduos,
sociais e cooperação técnica e material motivando-os a expor suas aspirações e
dos órgãos públicos. Para tal, o FASPG buscar realizá-las pela ação conjunta.
propôs e colaborou na criação dos
Projetos Integrados — Hortas Desde os mutirões até o preparo de uma
Domésticas e Comunitárias, Mini- festa comunitária, a ação conjunta era a
Bibliotecas e Educação para a expressão do acordo de cada membro,
Saúde — caracterizando cada um deles desdobrando o processo sócio-educativo
como um instrumento para incentivar a ao seu objetivo último: incentivar e
Participação Comunitária e propiciar a fortalecer a organização social das
realização de um processo comunidades, no sentido de promover o
sócio-educativo (vide capítulo Projetos desenvolvimento global
Integrados). (sócio-econômico-cultural e político)
das populações.
Tanto no primeiro como no segundo
procedimento, os estudos e debates Terceiro procedimento
sobre programas comunitários, o A "projeção" desse processo
sócio-educativo (indivíduo-grupo- entidades sociais públicas e particulares
comunidade) em termos de "população que desenvolvem trabalhos junto à
em geral" (massas) representava o risco criança, família e comunidade,
de se perderem vários elos essenciais à procurando incentivar a integração de
explicitação da proposta de Promoção iniciativas, visando dinamizar os
Humana através da Participação serviços que já vêm sendo prestados
Comunitária. à população (vide capítulo
Voluntariado). A Quinzena de
Dessa maneira, se decidiu promover o Participação Comunitária para o
processo sócio-educativo segundo uma Desenvolvimento da Criança
metodologia específica, estruturada desenvolvia-se em três etapas
na realização de atividades demonstrativas de trabalho.
(vide (tens das programações do I IP,
IV9 , X9 e XIVP Seminários de Lazer educativo
Participação Comunitária). Na primeira — Lazer Educativo,
coordenada, em 1978, pelo SESC — o
Quinzena de Participação Comunitária enfoque (como nos anos anteriores) era
para o Desenvolvimento da Criança a demonstração prática da importância
— Promover o atendimento global; de se acrescentar ao elemento principal
— Despertar; do "universo infantil" — o brinquedo -
— Motivar; uma função educativa.
— Mobilizar;
— Integrar. Utilizando sucata (tampinhas de garrafas,
aparas de madeira, revistas e jornais
As Quinzenas de Participação velhos, sobras de tecido, etc.), as
Comunitária para o Desenvolvimento crianças pintaram, desenharam,
da Criança (inicialmente Semanas, em fizeram colagens. Essa programação
1975 e 1976) se constituem na segunda incluiu, também, modelagem com
etapa dos "Programas Comunitários para barro, construção de instrumentos de
o Desenvolvimento da Criança". percussão, com latas e outros materiais
"considerados inúteis" e que foram
Objetivo utilizados para acompanhar as canções
A partir do enfoque que não separa a de roda. Essas atividades absorvem a
criança do seu contexto sócio-econômico criança, estimulam a sua criatividade,
cultural (e promover o atendimento colaboram para melhorar sua
global das necessidades bio-psico-sociais coordenação-motora, bem como a
da criança), o FASPG procurou, através ginástica feita em grupo que, além de
das Quinzenas, despertar o próprio meio divertir, coopera para o desenvolvimento
social (a população) rara as exigências físico.
do desenvolvimento da criança,
motivando a família e demais adultos A interação da criança com o lazer
para assumirem conscientemente a sua educativo, o contato dos monitores,
parte de responsabilidade pelas crianças informando os pais e professores sobre
de sua rua, seu bairro e sua cidade. a importância desse lazer, criava um
suporte de motivação junto ao adulto,
Simultaneamente, o FASPG realizava despertando-o para a valorização da
um programa de aproximação entre as criança.
Ainda nesse primeiro item, foi Orientação alimentar
significativo o interesse dos pais e das (Organização específ ica do SESC/SENAC,
crianças pelas apresentações de danças em 1977, e SESI, em 1978) — Neste
folclóricas realizadas por grupos de Balcão, pais e crianças participaram de
colonias estrangeiras residentes em demonstrações práticas sobre o preparo
São Paulo e por números de música e e utilização dos alimentos mais
dança das tradições e folclore paulista nutritivos. Teatrinhos de fantoches,
e brasileiro. catálogos, folhetos, audiovisuais e os
monitores — levaram ao público muitas
0 "universo da criança" se abre para informações, esclareceram as questões
a compreensão do adulto, que vai formuladas, principalmente pélas mães,
descobrindo, através daquelas motivando-as para ampliarem o cardápio
demonstrações práticas, quanta coisa doméstico com alimentos mais baratos
pode ser feita para divertir o seu filho; e de teor nutritivo mais alto.
como a sua presença, o seu
companheirismo até para o lazer são
essenciais para que a criança tenha um Propiciar e incentivar a população para
bom desenvolvimento (interação pais medidas de educação alimentar foi o
e filhos). objetivo desta atividade, que contou com
a participação das seguintes empresas:
Na "Escolinha de Jardinagem", montada Associação Paulista de Avicultura — APA;
pela Prefeitura da Capital, as crianças Associação Brasileira dos Fabricantes de
plantaram mudas de flores e arbustos, Sacos de Papel; CIPA — Industrial de
sob a orientação de monitores que Produtos Alimentares Ltda.; Çompanhia
enfatizavam, sempre, a importância de Industrial e Comercial Brasileira de
um bom relacionamento com a Produtos Alimentares — Produtos
Natureza. Nestlé; Doces e Conservas Vontobel S/A.
— Produtos Mu-Mu; Indústria, Comércio
A criança, a família, o lazer e a natureza e Importadora Jan de Wit Ltda. -
— esse o ciclo da primeira etapa da Laranjas "Ki-Ki"; Instituto Adventista
Quinzena. de Ensino — Departamento Industrial —
Superbom; Laticínios Mocóca S/A;
Nutrimental S/A. Indústria e Comércio
Relacionamento
Embora as crianças não tenham
consciência do "universo adulto", elas de Alimentos; Olvebra S/A. — Indústria
podem ser o "canal de comunicação" e Comércio de Oleos Vegetais; S/A.
para despertar os pais, os parentes e o Indústrias Reunidas Francisco
vizinho sobre a importância das noções Matarazzo; Secretaria da Agricultura
básicas de higiene e saúde ou mesmo do Estado de São Paulo -
quanto à alimentação. Coordenadoria de Pesquisa de
Recursos Naturais — Instituto da Pesca;
Nesse ponto se iniciava a segunda etapa Serviço Nacional de Aprendizagem
da Quinzena. Junto com as atividades de Comercial — SENAC; Serviço Social do
lazer, foram montados três Balcões para Comércio — SESC; Serviço Social da
prestar informações e orientação ao Indústria — SESI; Toddy — Suconasa
público. do Brasil S/A.
41
Recursos comunitários espontaneamente, as monitoras do
Vide capítulo do Balcão Informativo estande e solicitavam folhetos
de Recursos Comunitários. e maiores informações.

Entidades sociais 0 mesmo recurso (os fantoches) foi


Vide capítulo Voluntariado — Balcão de utilizado no Balcão de Orientação
Entidades Sociais. Alimentar (em 1978), esclarecendo
sobre o teor nutritivo dos alimentos
Cursos e debates e enfatizando a importância da refeição
Vide capítulos de Formação de Recursos balanceada (o emprego de produtos dos
Humanos, III IV o XPe XIV? Seminários quatro grupos essenciais à alimentação).
de Participação Comunitária. A "curiosidade e o interesse das mães
superava o das crianças" — afirmação
Interação educativa contida na avaliação dos monitores
A programação sócio-educativa desse Balcão ao final da última
estabelecida para promover, junto a Quinzena.
população, o desenvolvimento da
criança, só podia ser realizada pela
própria participação ativa da Descoberta da sucata
criança-público que comparecia ao A partir de 1976 foi montada uma
Parque da Água Branca. casa-padrão tipo das realizadas em
conjuntos populares e o seu interior
Dessa maneira, o caráter "demonstrativo foi "decorado" com objetos executados
das atividades, se constituia como que em Clubes de Mães, utilizando sucata.
num "pretexto" para que o adulto Abajures feitos com embalagens, estantes
refletisse sobre o lazer, a alimentação, de madeira sobre tijolos, poltronas tendo
a saúde, os serviços prestados à como base caixas de amianto ou blocos
comunidade, os trabalhos das entidades vazados de cimento, cobertos por
sociais — e, frente a tudo isso, se almofadões de aparas de espuma
posicionasse, obtivesse maior número forrados por tecidos baratos, cortinas
de subsídios para escolher, decidir, se de estopa com bordados, colchas de
situar dentro do contexto social — e retalhos. etc.
fosse motivado a participar.
Foi surpreendente para o FASPG o
Um exemplo: o teatrinho de fantoches interesse demonstrado pelo público
(um elemento sedutor, próprio do por essa "Casinha da Criatividade",
universo infantil...) foi o meio de cujo objetivo era motivar à utilização
comunicação escolhido pelos plena dos recursos, conscientizar a
representantes da Secretaria da Saúde pessoa sobre as possibilidades de se
para transmitir ao público as noções situar melhor no seu ambiente,
básicas sobre vacinação, a prevenção estimulando a criatividade e o interesse
de doenças e a higiene pessoal; a pelas atividades artesanais, perceber
criançada se divertia aprendendo e os que cada pessoa pode "fazer" aqueles
pais entendiam o "recado" que lhes objetos empregando o seu próprio
era enviado pelos fantoches. Ao final potencial, sugestão essa reforçada por
de cada sessão do teatrinho, os pais, uma pequena horta, plantada no
mães e professores procuravam, quintal.
42
Orientação Quinzenas), o FASPG iniciou a
0 adulto situado em relação à criança divulgação utilizando filmes para TV,
(e às suas necessidades básicas), tinha cartazetes e acentuando junto aos
no Balcão Informativo de Recursos noticiários o convite para que a
Comunitários a oportunidade de "tirar população participasse dessas atividades.
dúvidas", por exemplo, quanto aos seus
direitos junto aos serviços prestados Nessa divulgação se evitou o convite "às
pelo INAMPS (dialogando diretamente massas", mas buscava-se acentuar o
com um representante do órgão); de se processo sócio-educativo através dos
inteirar dos programas desenvolvidos programas demonstrativos com a meta
pela Secretaria da Educação (Estadual de propiciar a cada pessoa da população
e Municipal) quanto a expansão, que lá compareceu, elementos para ter
manutenção e serviços prestados pela maiores referenciais pelas informações
rede escolar. Podia debater com os e orientação, motivá-la a decidir, por
monitores sobre a integração do sistema si mesma, sobre a importância de
de transportes urbanos (ônibus, Metrô valorizar a criança e participar da
e Fepasa). "Brincando" com os telefones comunidade.
instalados pela TELESP, as crianças
receberam esclarecimentos sobre a As mesmas atividades destinadas ao
importância do sistema de público em geral, foram vistas e
tele-comunicações e eram incentivadas analisadas de maneira mais profunda
a preservar todos esses recursos (os através das "visitas programadas",
ônibus, os orelhões, os trens) que atividade constitu (da por grupos
cooperam para o bem comum. especialmente convidados (Escolas,
Clubes de Mães, Sociedades Amigos de
A atenção dispensada à disposição visual Bairro, Entidades de Classe, Associações,
das informações nos vários estandes, Clubes de Serviço) e que se dispunham a
folhetos e catálogos os mais didáticos participar de reuniões preparatórias,
possíveis e, ainda, os Guias Informativos debatendo, antecipadamente, temas
(de Recursos Comunitários, Orientação relativos aos programas constituintes
Alimentar e Entidades Sociais) da Quinzena: a valorização da criança,
complementavam os esclarecimentos a estrutura familiar e a participação
prestados à população sobre as mais comunitária.
diversas áreas do setor social — da
alimentação ao abastecimento de água Os participantes dos Seminários
e saneamento, do lazer aos cursos simultâneos às Quinzenas compunham
profissionalizantes, das apresentações um terceiro público para a programação
folclóricas aos cuidados e oportunidades demonstrativa. Além dos estudos e
essenciais à integração dos deficientes, debates nos cursos, visualizavam de
dos serviços públicos às entidades maneira concreta (nos trabalhos dos
envolvidas em trabalhos comunitários, diversos Balcões) "sugestões" para
com o menor ou os idosos. reforçar os programas sociais que já
vinham realizando (vide Formação de
Motivação e escolha Recursos Humanos).
A partir da I I? Semana de Participação
Comunitária para o Desenvolvimento 1975 — @ Semana de Participação
da Criança (1977 e 1978 foram Comunitária para o
Desenvolvimento da Criança —
80 mil pessoas;
1976 — I I? Semana de Participação
Comunitária para o
Desenvolvimento da Criança —
190 mil pessoas;
1977 — I? Quinzena de Participação
Comunitária para o
Desenvolvimento da Criança —
450 mil pessoas;
1978 — I I? Quinzena de Participação
Comunitária para o
Desenvolvimento da Criança —
800 mil pessoas.
Nota: A quantidade de público mencionada, acima,
foi calculada pela média de números fornecidos pelos
funcionários do Parque Fernando Costa e dos diversos
Balcões realizados.

"A verdadeira garantia do


desenvolvimento da criança é a família,
é a comunidade. A comunidade que é
cada um de nós — jovem, adulto, pai,
tio, vizinho ou amigo. Cada um de nós
pode abafar ou atrofiar o
desenvolvimento da criança — ou
então, sermos um meio para que ela
se desenvolva, plenamente, e se realize".
(Trecho extraído do audiovisual do
FASPG, realizado na Fase Preparatória
do Ano Internacional da Criança).
"Muitas são as filosofias e teorias que
ensinam a governar. Mo entanto, ao
it fecharmos os livros e voltarmo-nos para
a realidade cotidiana, parece, a primeira
impressão, que um trabalho de governo
não é mais do que a desesperada busca
para se equilibrar as necessidades
existentes aos recursos disponíveis".

"Sabemos que o nosso atual estágio de


desenvolvimento apresenta uma
demanda de necessidade superior aos
recursos. Assim, essa disparidade
constitui-se num elemento de pressão
permanente, presidindo as atividades de
cada pessoa envolvida com o setor
social".

"Não podemos, todavia, agir somente


pela pressão que as dificuldades exercem
sobre nós. E necessário ir além do
atendimento imediatista e paternalista.
Não podemos perder de vista que os
recursos são sempre um instrumento, um
meio, e que sua finalidade é o homem.
E é o homem que tem no seu potencial o
recurso essencial à transformação da
realidade. São necessárias mais
oportunidades e meios para que o
homem se expresse e imprima horizontes
mais amplos aos fatores determinantes
do condicionamento social".
(Trecho extraído do discurso proferido
por Dona Lila Byington Egydio Martins
em Campinas — 3 de dezembro de 1977).

Projetos integrados — Histórico


Através do Setor de Atendimento a
Prefeituras e Obras Sociais do FASPG
(vide capítulo espec(fico), foram
constatadas, por meio do diálogo direto
com prefeitos e dirigentes de entidades
sociais — e ofícios dos mais diversos
profissionais ligados à área social
algumas necessidades prioritárias,
principalmente, quanto à saúde,

S
alimentação e educação da população processo educativo que permitiriam a
mais carente. esta população uma efetiva participação
na melhoria de seu padrão alimentar — o
Sobre essas questões prioritárias, que Fundo de Assistência Social do Palácio
passaram a ser estudadas mais do Governo — FASPG, a Coordenadoria
detidamente pelo FASPG, desde maio de de Assistência Técnica Integral — CATI,
1975, técnicos, voluntários e moradores da Secretaria da Agricultura, com a
de diversas comunidades foram colaboração da Secretaria de Economia e
consultados, no sentido de se elaborar e Planejamento, apresentaram o projeto
propor soluções conjuntas. integrado "Hortas Domésticas e
Comunitárias", que além de incentivar o
Nos contatos estabelecidos com os gosto pelo plantio e colheita de
participantesdos Seminários e do hortaliças, condimentos e até frutas,
Balcão Informativo de Recursos dinamizou seu consumo e promoveu
Comunitários, os problemas de maior integração entre escolas,
alimentação, saúde e educação se comunidades e Casas da Agricultura.
constituíam no núcleo dos debates,
demonstrando os participantes alta Diretrizes
expectativa em relação a novas soluções Integração de Esforços
para essas áreas. "I ntegração de todos os órgãos e serviços
públicos e particulares que tinham
Frente a esse referencial e a proposta de alguma atuação nesta área e poderiam vir
ação integrada, o FASPG, juntamente a colaborar na execução do projeto.
com as Secretarias Estaduais da
Agricultura, Saúde, Educação e Economia — Participação Comunitária
e Planejamento, se empenhou na criação "Sensibilização e mobilização de Escolas,
e implantação dos Projetos Integrados: Casas de Agricultura e Comunidades,
Hortas Domésticas e Comunitárias, para um trabalho conjunto na
abordando o fator Alimentação e Saúde; implantação, cultivo e divulgação das
Mini-Biblioteca, enfocando aspectos Hortas Domésticas e Comunitárias para
referentes à Educação e Cultura; maior consumo de hortaliças.
Educação para a Saúde, enfatizando o
incentivo para que a população adote — Uso dos Recursos da Comunidade
atitudes permanentes para prevenção "Incentivo para a descoberta e uso de
das doenças. todos os recursos disponíveis na própria
comunidade.
Estes aspectos podem ser melhor
elucidados pela análise da constituição A entidade ou grupo responsável pela
dos Projetos Integrados, transcritos, execução direta do projeto deveria
sinteticamente, a seguir: adequar as normais gerais de
funcionamento das Hortas Domésticas e
Hortas Domésticas e Comunitárias Comunitárias à realidade específica do
"Considerando o problema de local onde seriam implantadas.
subnutrição apresentado por parcela
significativa da população de baixa renda Objetivos
do Estado e face à importância de — Objetivo Geral
propiciar condições — através de um "Envolver a comunidade para a
formação de Hortas Domésticas e "A escolha e treinamento das equipes de
Comunitárias, visando complementar sua monitores,a capacitação de técnicos e
alimentação: necessidade básica e auxiliares e preparo das condições de
indispensável do desenvolvimento da infra-estruturas deveriam preceder à
saúde e do desenvolvimento integral do execução propriamente dita das Hortas.
homem.
Ainda na fase de implantação deveria se
— Objetivos Específicos: proceder à escolha de locais (terrenos)
— Elevar o nível de nutrição da população para as Hortas Comunitárias, ultimar as
envolvida, possibilitando economia no providências relativas aos recursos e fixar
orçamento doméstico. o cronograma de atividades.
— Capacitar a população para formação
e manutenção de Hortas. "A orientação e assistência técnica
— Propiciar educação alimentar seriam prestadas pela CATI, nas
adequada à população, estimulando o diferentes áreas de atuação, abrangendo
consumo de hortaliças; os diversos aspectos da produção de
— Estimular a Participação Comunitária hortaliças e da conservação e preparo dos
na resolução conjunta de outros alimentos, e integradamente com o DAE
problemas — a partir do mais Departamento de Assistência ao Escolar,
emergente: a alimentação. quando se tratava de unidades escolares"

Educação de base Junto às escolas


'Para execução deste Projeto, a — "Motivação dos Pais e Mestres para o
população foi motivada e capacitada tema das Hortas Domésticas e
para assumir novos valores e hábitos Comunitárias.
alimentares, que poderiam contribuir — Informação sobre Nutrição e
para uma melhoria de suas condições de Alimentação
vida. — Apresentação de trabalhos dos alunos
sobre o tema Hortas
"Propôs como metodologia de trabalho, — Motivação para que as famílias se
a Educação de Base, onde os temas envolvessem na implantação da Horta
referidos sobre nutrição que seriam Escolar
discutidos e refletidos, permitindo ao — Através de rodízio dos Pais para
grupo envolver num processo de preparação do terreno;
descoberta e criação de novas percepções — Através de mutirão de recolhimento
o que poderia ocasionar o despertar dos das ferramentas usadas entre os
elementos para uma mudança de moradores do bairro;
comportamento em relação a eles". — Através de trabalhos conjuntos dos
Pais e alunos, em rodízio, para o
Implantação e execução plantio e a manutenção das Hortas
"A Comissão a nível municipal se durante a semana e nos fins de
responsabilizaria, sob a assistência semana;
técnica da CAT I, pelo levantamento — Envolvimento dos Pais em campanhas
preliminar da situação local quanto a de doação e trocas de sementes e
hábitos alimentares da população, mudas;
sensibilidade com relação ao problema — Envolvimento dos Pais em atuação
em questão etc. conjunta com os professores e alunos
junto aos comerciantes do bairro, aliado à necessidade de se estimular na
para a afixação de cartazes dos mesma a procura dos Centros de Saúde
escolares sobre a execução das hortas não apenas em casos de doença, mas
e valor nutritivo das hortaliças; também para vacinação e outras
— Envolvimento dos Pais na confecção atividades de caráter preventivo, e, de
de espantalhos para as hortas". outro lado, a influência de valores
individuais e sociais na conduta das
Atuação pessoas em relação à Saúde, e a
'O grande potencial humano da Escola capacidade potencial dos indivíduos e
está certamente na somatória das forças grupos de reconhecerem seus
vivas desta comunidade. Os alunos têm problemas e atuarem sobre eles, o Fundo
aí, também, papel preponderante. de Assistência Social do Palácio do
Governo — FASPG, e a Secretaria de
t necessário despertar neles o interesse Saúde do Estado de São Paulo
pelo bem comum e sua responsabilidade elaboraram e implantaram o Projeto
social. Integrado de Educação para Saúde.
"Este projeto pretendia, através de um
Para a dinamização dos trabalhos junto processo educativo, estimulando o
ao aluno, elementos técnicos do conhecimento, reflexão e vivência em
Departamento de Assistência ao Escolar grupo de aspectos relacionados ao tema
— uma educadora sanitária e uma Saúde, a mudança de comportamento
nutricionista — colaboraram na listagem dos indivíduos nessa área. "A educação
de sugestões de atividades possíveis de para a saúde, assim, além de oferecer
serem desenvolvidas na escola, através condições para elevação do nível de
dos Temas Básicos do Programa de saúde da população envolvida, levaria,
Saúde estabelecidos para o Núcleo ainda, à sensibilização e mobilização
Comum do Ensino do Primeiro Grau e desta para uma ação conjunta na busca
propostos pelos Guias Curriculares. de soluções para outros problemas
comuns, dinamizando o desenvolvimento
"Esta atuação junto ao aluno deve visar da participação comunitária".
motivar e envolver também os Pais no
estudo e discussão dos temas básicos e Diretrizes
assim o próprio conteúdo programático — "Complementação da ação do Poder
passaria a ter mais uma dimensão que é a Público no campo de Saúde;
de sensibilizar e motivar os Pais e a — Incentivo ao desenvolvimento do
família para o tema de Saúde e Nutrição potencial voluntário dos indivíduos,
e mesmo para envolver a comunidade na aproveitamento do trabalho de
formação de Hortas Domésticas e voluntários treinados;
Comunitárias, visando complementar sua — Integração entre órgãos públicos,
alimentação, que é o objetivo geral do privados e comunidade em geral
Projeto Hortas Domésticas e para implantação, execução e
Comunitárias". dinamização do Projeto de Educação
para Saúde".
Educação para a saúde
" Considerando, de um lado, o precário Objetivos
estado de saúde de parcela significativa Objetivo Geral:
da população de baixa renda do Estado, "Implantação de um sistema de trabalho
45
de pessoas voluntárias nos Centros de de forma sistemática, o que nem sempre
Saúde, em atividades dos programas de tem sido possível, principalmente nos
assistência à Criança e à Gestante". Centros de Saúde menos aparelhados.
Esta convocação seria realizada por
Objetivos Específicos: voluntários, pois não implicaria em
— Propiciar condições que contribuissem orientação que dependesse de
para a melhoria da saúde da população conhecimentos técnicos mais profundos.
envolvida; Eles poderiam desenvolver as seguintes
— Estimular uma mudança de atividades junto ao Centro de Saúde,
comportamento nos indivíduos cujos temas específicos ofereceriam
atingidos, com relação à sua Saúde; condições, para que cada voluntário,
— Participar em atividades dos Centros após o treinamento, se tornasse um
de Saúde, cooperando para sua maior agente social capaz de atuar, facilitando
racionalização e dinamização; a solução de alguns problemas e
— Mobilizar continuamente a necessidades encontrados na área de
comunidade para participação neste saúde:
projeto, extrapolando esta atitude
para outros aspectos da vida social". — Orientação em grupo: a clientes
inscritos nos programas de assistência
Execução à gestante e à criança como
"A atividade de pós-consulta pode ser complementação da pós-consulta.
complementada por uma orientação feita — Convocação: de crianças e gestantes
em grupos, pelos voluntários, aos clientes faltosas às atividades agendadas pelo
que comparecessem ao Centro de Saúde Centro de Saúde, principalmente no
para consulta médica ou atendimento de que se refere à vacinação".
enfermagem.
Atividades do voluntário
Esta orientação poderia abordar: Orientação em grupo
— cuidados gerais com a saúde individual "O voluntário, após treinamento prévio,
e familiar; poderia orientar grupos de gestantes e de
— importância do comparecimento ao maés. Estas orientações poderiam ser
Centro de Saúde; feitas nos Centros de Saúde ou em outro
— orientação alimentar; local da comunidade.
— vacinação;
— cloração domiciliar da água; Convocação de gestantes e crianças
— direitos previdenciários; faltosas às atividades do Centro de
— documentação. Saúde:
"Caberia ao Centro de Saúde fornecer a
"A convocação das Crianças e Gestantes relação das gestantes e das crianças que
faltosas às atividades agendadas, não compareceram às atividades
principalmente no que se refere à agendadas. Seria prioritária a convocação
vacinação, constitui uma atividade que de crianças faltosas à vacinação. 0
poderia ser realizada pelos voluntários voluntário realizaria a convocação,
numa segunda etapa de trabalho. aproveitando a oportunidade para
encaminhar as crianças recém-nascidas
"A convocação de faltosos tem mostrado ao Centro de Saúde, para matrícula ou
resultados positivos, quando executada vacinação.
46
"Após a convocação, o voluntário conhecimento e solução dos problemas
entregaria ao Centro de Saúde, para de saúde, do indivíduo ou da
controle, a relação dos clientes coletividade, conferindo ao participante
convocados. alto senso de responsabilidade e
transformando-o de beneficiário em
"O voluntário poderia desenvolver com agente dos programas sanitários;
os grupos os seguintes temas: a conveniência de se criar oportunidade
para a participação de estudantes nas
Gestação ou Gravidez: atividades de saúde, atendendo
recomendações de ordem didática,
— Assistência pré-natal; visando à ampliação de conhecimentos
— Cuidados necessários na gravidez; e à aquisição de experiências;
— Importância da participação da o interesse espontâneo de numerosa
família para a chegada do bebê; parcela da população que deseja
— Enxoval do bebê; contribuir para o desenvolvimento
— Sintomas e sinais do parto; integral de sua comunidade,
— Documentação; especialmente no campo da saúde;
— Direitos previdenciários; a conveniência de se estimular este
— Suplementacão alimentar para interesse e de aproveitar os recursos
gestantes e nutrizes (Gestal). comunitários, integrando-os às ações
promovidas pelo Governo do Estado;
Criança as atividades de recrutamento, seleção e
— Assistência à crinça; treinamento de voluntários já
— Cuidados com a criança; realizadas pelo Fundo de Assistência
— Vacinação; Social do Palácio do Governo no
— Alimentação; desenvolvimento do Projeto
— Aleitamento natural. "Educação para a Saúde";
as diretrizes e a estratégia desta
Decreto Administração, baseadas na participação
Para a implantação efetiva do Projeto e integração da comunidade nas ações
e maior dinamização, a Secretaria do Governo.
da Saúde através do Secretário Dr.
Walter Sidney Pereira Leser, dispôs Decreta:
sobre a participação de voluntários nas
atividades desenvolvidas pela Artigo 1 P — A Secretaria de Estado da
Secretaria da Saúde através do Saúde poderá aceitar a participação de
Decreto NP 11.418, de 17 de abril de voluntários que se disponham a
1978. colaborar em atividades relacionadas
"PAULO EGYDIO MARTINS, com a orientação e assistência da
GOVERNADOR DO ESTADO DE população, previstas nos seus programas,
SÃO PAULO,no uso de suas atribuições desde que em caráter "pro-honore" e
legais e Considerando: sem direito a qualquer remuneração ou
as recomendações da Organização vantagem.
Mundial de Saúde que preconizam a
participação ativa da comunidade no Parágrafo único — 0 desempenho destas
desenvolvimento de ações de Saúde; atividades, de caráter não econômico e
que esta participação contribui para o eventual, não acarretará quaisquer ônus
ou vínculos de natureza trabalhista ou Participação comunitária:
previdenciária, mas será considerado Sensibilizar e mobilizar a comunidade
serviço relevante prestado ao Estado. em geral para um trabalho conjunto
na implantação, conservação e
Artigo 29 — O Secretário da Saúde dinamização das Mini-Bibliotecas.
expedirá instruções normativas
disciplinando a participação dos Uso dos recursos da comunidade:
voluntários prevista no artigo 19 Incentivo para a descoberta e uso de
todos os recursos disponíveis na própria
Artigo 39 — Este decreto entrará em comunidade.
vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário. A Prefeitura, responsável diretamente
pela execução do projeto, deverá
Palácio dos Bandeirantes, 17 de abril de adequar as normas gerais de
1978. funcionamento das Mini-Bibliotecas
Paulo Egydio Martins à realidade específica do local onde
Walter Sidney Pereira Leser, será implantada".
Secretário da Saúde".
Objetivos
Nota: O Projeto Educação para Saúde J3 foi Geral:
implantado em 43 municípios do interior e
13 Centros de Saúde da Capital.
"Oferecer às Prefeituras Municipais — a
título de complementação e estímulo
para uma constante dinamização de
Mini-bibliotecas suas atividades culturais -
"Considerando a importância do livro na mini-bibliotecas, formadas por obras
formação global dos estudantes e a de consulta em geral, para uso da
existência de diversos municípios do clientela estudantil de 19 Grau,
Estado onde ele não existe na estimulando a participação de toda
quantidade suficiente ou na qualidade a comunidade na execução deste
mais adequada, a Secretaria da Educação Projeto.
do Estado de São Paulo e o Fundo de
Assistência Social do Palácio do Específicos:
Governo — FASPG — elaboraram e — Complementar o acervo de livros do
implantaram o Projeto Integrado município, incentivando assim uma
Mini-Biblioteca que, além de propiciar ampliação constante do mesmo;
elementos para um maior — Contribuir para o desenvolvimento
desenvolvimento cultural da clientela cultural da população estudantil de
a ser atingida, promoverá também uma 19 Grau;
integração entre a Escola e a — Desenvolver, nesta população, a
Comunidade". capacidade de pesquisa;
— Desenvolver na clientela o senso de
Diretrizes responsabilidade com relação a um
Integração de esforços: bem comum;
"Integração de todos os órgãos públicos — Estimular a população em geral do
e privados que tenham alguma atuação município, através deste trabalho
nessa área e possam a vir a colaborar na integrado, a adotar uma atitude
execução do projeto. permanente de participação
comunitária para assim colaborar Fase de desenvolvimento
na solução dos problemas de sua "Supõe a manutenção do nível de
cidade". participação da comunidade no projeto.

"A biblioteca sempre foi um centro de


Fase de implantação pesquisa bibliográfica e um acervo do
"Supõe uma divulgação sistemática do qual a população pode se servir, às vezes
projeto, motivação e arregimentação de único no município.
pessoas, e planejamento de atividades.
"Assim, a biblioteca nem sempre
atualizada, nem sempre montada em
"0 contato com as lideranças locais é o local adequado, perde o seu papel de
primeiro passo. 0 FASPG promove centro dinamizador da cultura. E preciso
Encontros de Participação redespertar o interesse pela biblioteca
Comunitária/Projeto Mini-Bibliotecas, municipal, especialmente no sentido de
nos quais o prefeito, sua senhora, a atualizá-la e utilizá-la constantemente,
assistente social da Prefeitura e a pessoa garantindo a sua continuidade nas novas
responsável pela Mini-Biblioteca têm gerações. Ela sofre a grande concorrência
oportunidade de estudar o Projeto da televisão, da falta de interesse das
e debater em grupo aspectos relativos pessoas pela cultura, e se ainda não
à sua implantação em cada município. houver o cuidado da atualização, em
De volta às suas cidades, essas pessoas pouco tempo teremos perdido
deverão se reunir com o intuito de completamente o hábito de manusear
planejar a divulgação do projeto a livros, enfim o interesse pela leitura.
nível local. A partir da primeira reunião,
devem ser marcadas outras reuniões "O ideal para o desenvolvimento deste
com palestras sobre o projeto, trazendo projeto é planejar atividades com grupos.
vereadores, diretores de escolas,
professores, diretorias de diversos "0 grupo proporcionará um encontro
órgãos e entidades, representantes de pessoas da mesma faixa etária, com
da imprensa, assistentes sociais, médicos, os mesmos interesses específicos, onde
enfermeiras, voluntárias e demais pessoas as pessoas se sentem melhor e mais à
interessadas, que por sua vez também vontade, e ganham, portanto, maior
possam começar a divulgação na sua disponibilidade para ação".
própria área de trabalho. Novas idéias
e novas formas de ação poderão surgir
à medida em que outras pessoas Instrumentos
participarem. Lembramos que a Nenhum desses projetos foi elaborado
implantação e o desenvolvimento deste com a pretensão de ser a solução final,
projeto poderão variar de um para outro a resposta definitiva para acabar com os
município, poiso importante é que problemas nas áreas de alimentação,
sejam aproveitadas as forças e o saúde e educação. Embora enfocassem
dinamismo que já existem em cada um. áreas distintas, o objetivo dos Projetos
Que a população leia mais livros e que a integrados foi o de mobilizar as diversas
Mini-Biblioteca não seja apenas mais lideranças das mais variadas profissões
uma estante integrada à velha e especializações e propiciar-lhes
biblioteca". instrumentos para motivar a participação
47
das comunidades na solução dessas clientela carente, próximo ao local de
dificuldades. sua residência, com a formação de
grupos de educação de base e o estímulo
Elaborados sobre uma estrutura ao desenvolvimento da participação
dinâmica de interação da população comunitária na região.
com as questões alimentares,
educacionais e de saúde, esses projetos, A formação desses núcleos implicou na
intencionalmente, descartaram o ação conjunta do FASPG, Secretaria da
paternalismo da doação e Promoção Social, entidades sociais e a
comprometeram-se com o fator população. (Vide: Expansão do Plantão
sócio-educativo, visando capacitar a de Referência).
própria população para (através dos
recursos já existentes e da motivação
à integração) participar na solução Educação sanitária
dessas dificuldades. Projeto desenvolvido no Jardim Três
Corações, através da ação integrada do
Por esse enfoque, os projetos integrados FASPG e Interclínicas, Assistência
contém em-si uma proposta que vai Médica, Cirúrgica e Hospitalar S/C Ltda.,
além da nutrição, da saúde ou da escola uma entidade médica particular, visando
e se constituiram num "meio" para a ao atendimento da criança e à prestação
criação de objetivos comuns e ações de informações e orientação sobre os
integradas. cuidados preventivos quanto à saúde,
constituindo-se, para tal, uma equipe
Como estimuladores de um processo multi-profissional e de voluntários locais.
sócio-educativo, objetivaram propiciar
o fortalecimento de um novo "Iniciamos nossas atividades junto ao
comportamento coletivo, que, Centro Comunitário Bandeirantes, no
orientado pelo referencial da Promoção Jardim Três Corações, em 24 de maio
Humana, visou criar ou reforçar os de 1977, através de convênio com o
vínculos de uma melhor organização Fundo de Assistência Social do Palácio
social. do Governo — FASPG. Prestamos
Assistência Médica, Cirúrgica e
Projetos específicos Hospitalar a 200 (duzentas) crianças
Com o objetivo de dinamizar o próprio de 0 a 12 anos, inscritas no Plano de
processo sócio-educativo realizado pelo Atendimento.
FASPG, foram criados projetos
específicos, constituídos por "Com o desenvolvimento das atividades
programações integradas deste órgão na área, verificou-se a necessidade de
com entidades púb l icas e particulares, ampliação do atendimento.
para o atendimento às necessidades da
população de regiões (bairros) "A partir do mês de outubro de 1977, o
determinadas. convênio foi extensivo a mais 150 (cento
e cinqüenta) crianças; totalizando,
Núcleos de participação comunitária - portanto, 350". (Trecho extraído do
NUPACs relatório da Interclínicas — Assistência
Este projeto visou à implantação de Médica, Cirúrgica e Hospitalar S/C Ltda.).
núcleos para o atendimento global à (Vide Projeto Piloto).
48
Profissionalização Diretrizes
Em colaboração com a AVIM — Participação Comunitária;
(Associação de Voluntários para a — Participação e envolvimento da
Integração de Migrantes), o FASPG comunidade atingida;
promoveu cursos junto aos moradores — Uso dos recursos da própria
do Jardim Três Corações e adjacências, comunidade.
visando oferecer-lhes uma profissão que
os habilitasse a ganhar a vida por seus Objetivos
próprios meios. Em Itapira, os Objetivo geral:
moradores de Vila I Ize e bairros vizinhos Implantar um sistema através do qual
vêm se beneficiando dos cursos a clientela carente possa dispor do uso
profissionalizantes implantados pelo de uma cadeira de rodas, pelo prazo que
convênio do Centro Comunitário local lhe for necessário.
e o Serviço Nacional da Indústria
— SENAI — da Regional de Campinas. Objetivos específicos:
(Vide Projeto Piloto). — Sensibilizar as comunidades para que
percebam a importância decisiva de
Projeto Cadeira de Rodas sua colaboração para a solução dos
Tendo em vista as inúmeras solicitações problemas locais;
para doação de cadeiras de rodas, — Integrar no Projeto, demais Clubes de
chegadas ao FASPG e dentro da Serviço, Entidades Sociais e
perspectiva de Participação Comunitária Voluntários, conscientizando-os da
este órgão motivou e forneceu assessoria necessidade de uma permanente
técnica para que o Lions Club de São união de esforços, visando maior
Paulo-Santo Amaro desenvolvesse o racionalização dos serviços,
"Projeto Cadeira de Rodas". propiciando melhor atendimento à
clientela;
Justificativa — Observar para com os clientes sua
Considerando que algumas entidades dimensão global de pessoa humana;
sociais, hospitalares e órgãos públicos — Despertar na clientela diretamente
possuem cadeiras de rodas para beneficiária do Projeto o senso de
empréstimo ou doação à clientela bem-comum.
necessitada, este serviço ainda é Nota: Este Projeto foi lançado em
insuficiente face à demanda existente. dezembro de 1978, no Palácio dos
Por conseguinte, é imprescindível que Bandeirantes, com a participação de
a própria comunidade, conscientizada representantes do Lions Club e
e mobilizada, venha a assumir a sua parte Administração Regional de Santo
na solução de suas necessidades. Sendo o Amaro e da equipe técnica do EASPG.
Lions Club um clube de serviços que O atendimento foi instalado à rua
mobiliza a comunidade e presta serviços Hermano Ribeiro da Silva, 282.
à mesma, justifica-se a implantação de A proposta fundamental reside no fato
um projeto de Cadeira de Rodas, a nível de sua operacionalização ser processada
local, sob sua coordenação, vindo o a nível da própria comunidade, com a
mesmo a se constituir numa ação criação de uma Comissão local, para
necessária, como complemento aos implantação e percebendo o valor que
programas de atendimento no campo representa a criação e dinamização de
social. um Projeto pelos próprios esforços.
Teoria e prática
Na descrição do trabalho realizado pelo
FASPG, até este capítulo, se configurou
set, en • :` o processo sócio-educativo decorrente
dos objetivos básicos de Promoção
Humana e Participação Comunitária.
Evidenciou-se, também, que esse
processo de conscientização e
capacitação da população implica,
necessariamente, em resultados a serem
obtidos a médio e longo prazo.

Por outro lado, a própria complexidade


do setor social e a gravidade dos
problemas agudos de subsistência,
exigiu a dinamização dos setores
destinados à prática de atendimento
direto mantidos pelo FASPG, que
foram reformulados a partir de março
de 1975, tendo em vista envolver a
clientela mais carente em programas
comunitários.

Plantão de Referência
Subordinado à Divisão da Grande São
Paulo do FASPG, o Plantão de
Referência tem como finalidade
proporcionar atendimento
individualizado às pessoas carentes
que se dirigiram ao FASPG,
orientando-as e encaminhando-as aos
recursos existentes na comunidade.

Os que compareceram ao Plantão foram


atendidos, inicialmente, com orientação
em grupo, onde a monitora abordava
assuntos relativos a documentos,
emprego e saúde. Depois do "estudo de
caso", cada cliente foi encaminhado a
um dos órgãos ou entidades com os
quais o Plantão de Referência mantinha
permanente contato, especialmente o
CETREM — Central de Triagem e
Encaminhamento da SPS —, os Núcleos
de Participação Comunitária (NUPACs),
Legião Brasileira de Assistência (LBA),
Fundação Estadual para o Bem Estar do
Menor (FEBEM), Provisão de dos grupos de pais, mães ou jovens
Documentos (PRODOC), Atendimento existentes no seu bairro, para, em
de Pessoas com Problemas de conjunto, buscar soluções não apenas
Subsistência (AAPS), etc. para as necessidades imediatas, mas a
sua própria promoção como ser humano.
Com uma média diária de 60
atendimentos, o Plantão de Referência Motivar a Comunidade
determinava a procedência da clientela, De janeiro de 1976 a fevereiro de 1979,
sua faixa etária, nível salarial, os Núcleos de Participação Comunitária
escolaridade, bem como sua estrutura (NUPACs) foram implantados em dez
familiar, o que propiciava ao FASPG áreas da Capital:
uma visão global da situação. Campo Limpo.......... 58 bairros
Ermelino Matarazzo ..... 10 bairros
0 Plantão de Referência representou Guaianazes ............ 17 bairros
Jardim Primavera........ 41 bairros
um autêntico "termômetro", ou seja,
um permanente meio de se avaliar as Pirituba............... 73 bairros
necessidades da população carente de São Mateus ............ 26 bairros
São Paulo, através das sucessivas São Miguel Paulista ...... 7 bairros
amostragens. Vila Guilherme ......... 45 bairros
Itaquera............... 9 bairros
0 Plantão de Referência de marco de Lauzane Paulista ........ 8 bairros
1975 a fevereiro de 1979 totalizou ............
Total 291 bairros
52.213 estudos de casos; 23.941
orientações e encaminhamentos a E também no Município de Guarulhos,
órgãos públicos e entidades particulares sendo que cada NUPAC responsabiliza-se
19.612 orientações e/ou atendimentos pelos bairros de sua região.
com recursos materiais (géneros
alimentícios, roupas); e 23.897 pessoas Expansão
receberam orientação e os serviços de De acordo com o programa de expansão
telex do FASPG para providenciar que vinha sendo executado pelo
documentos (Carteira de Identidade, FASPG, foi criado, em Guarulhos, na
Carteira Profissional, etc.). Grande São Paulo, um novo NUPAC:
era o Núcleo Batuira —Serviço de
Núcleos de Participação Comunitária — Promoção da Família. Em 1978, dois
NUPACs novos NUPACs foram implantados na
Visando a descentralização dos serviços Grande São Paulo.
prestados pelo Plantão de Referência, o
FASPG firmou convênios com 11 Os NUPACs, além de auxílios para
entidades sociais particulares, que documentação, alimentação,
receberam uma verba, através da medicamentos e material escolar,
Secretaria da Promoção Social, para desenvolveram os seguintes programas
atender as pessoas carentes nos próprios de atendimento à comunidade:
bairros de onde procedia a maior parte
da clientela do Plantão. Essa medida Em Guarulhos — Núcleo Batuira --
teve por objetivo criar condições para Serviço de Promoção da Família (rua
um atendimento global à pessoa carente, Renato Ometti. 5), no bairro de
envolvendo-a, e ainda sua família, num Cumbica, que oferecia os seguintes
49
serviços: Plantão de Atendimento, Escritório, Pintor, Manicure, Pedicure,
Cursos Profissionalizantes, Creche Calceira e Camiseira, Atendimento
(todos através do Serviço de Promoção Dentário, Grupo de Mães e Escola de
Humana da Família, lá instalados), Emergência do Estado.
Grupos de Pais, Mães, Gestantes, Jovens
e Crianças. Em Pirituba — NUPAC instalado no
Instituto de Educação e Assistência
Em Campo Limpo — NUPAC instalado São João Gualberto (rua Padres
junto às Comunidades Kolping do Volombrozianos, 152). Oferecia: Plantão
Jardim Catanduva (rua Profa Nina de Atendimento, Clube de Mães,
Stocco, 40), onde se realizavam: cursos Atendimento Médico-dentário, Cursos
de datilografia, tipografia e composição de Corte e Costura, Mobral, Auxiliar
manual; primário, mecânica industrial, Administrativo, Datilografia e
cabeleireiro, manicure, corte e costura Office-boy.
e Mobral; Plantão de Atendimento a
pessoas carentes, para fornecimento de Em São Mateus — NUPAC instalado
auxílio-alimentação, documentos, junto ao Centro de Assistência da
medicamentos, material escolar e Paróquia de São Mateus Apóstolo
encaminhamento a ambulatório médico (rua Antônio Previsto, 75). Oferecia:
e bolsas de estudo. Orientação ao Clube Plantão de Atendimento, Ambulatório
de Mães e Grupos de Jovens, Campanha Médico, Curso de Artesanato e Mobral;
do Agasalho e Bazar da Pechincha. Escola Montesoriana, Bazar da Pechincha,
Cooperativa, Clubes de Mães, Recreação
Em Ermelino Matarazzo — NUPAC Infantil.
instalado junto ao Centro Social São
Francisco de Assis (rua Miguel Rachid, Em São Miguel Paulista — NUPAC
997), que oferecia: Plantão de instalado junto à Sociedade de Ensino
Atendimento, Clube de Mães, Clube de Profissional e Assistência Social
Meninas, Grupos de Jovens e Gestantes (SEPAS), na rua Santa Rosa Lima, 33.
e Centro Lúdico. Oferecia: Plantão de Atendimento,
Cursos de Off-set, Clube de Mães, Cursos
Em Guaianazes — NUPAC instalado de Datilografia, Mobral, Auxiliar de
junto à Ação Comunitária e Paroquial Escritório, Atendente Hospitalar,
de Guaianazes (Largo Santa Cruz, 5), Notista-faturista, Arquivista, Mensageiro,
que oferecia: Plantão de Atendimento, Pedreiro, Eletricista, Encanador e Corte
Clube de Mães, Clube de Adolescentes, e Costura.
Grupo de Menores, Grupo de Engraxates
e Carreteiros, Creche, Atendimento Em Vila Guilherme — NUPAC instalado
Dentário, Ambulatório Médico e junto ao Centro de Promoção Social
Farmácia. "Cônego Luiz Biasi" (rua Maria Cândida,
507). Oferecia: Plantão de Atendimento,
No Jardim Primavera — NUPAC Cursos de Office-boy, Atendimento
instalado junto ao Centro Social Infantil, Clube de Mães, Auxílio em
Comunitário (rua Francisco Caldas, 1), Gêneros, Atendimento Médico,
que oferecia: Plantão de Atendimento, Farmácia, Bazar da Pechincha.
Cursos de Alfabetização, Corte e Costura,
Mobral, Datilografia, Auxiliar de Em Lauzane Paulista — NUPAC
instalado junto ao Centro Social de — "A orientação técnica recebida
Lauzane Paulista (rua Joaquim Simões, permitiu-nos, através, da
22). Oferecia: Clubes de Jovens, Mães, "atividade-NUPAC" reestruturar
Cursos de Corte e Costura, Mobral. a própria entidade, orientando-a
para estimular a capacitação da
Em Itaquera — NUPAC instalado junto população, integrar os recursos
ao Centro Itaquerense das Famílias existentes nos bairros e fortalecer
Amigas (SIFA), à rua do Carmo, 170. o espírito comunitário".
Oferecia: Clube de Mães, Jovens, Cursos
Profissionalizantes e trabalho
descentralizado em 3 locais da região. Complementação material
Em todas as áreas atingidas pelos O Setor de Atendimento a Prefeituras
NUPACs, o FASPG procurou realizar e Obras Sociais do FASPG atuou dentro
programações integradas com órgãos de uma linha de cooperação técnica e
públicos e particulares que desenvolviam material, incentivando o aproveitamento
atividades comunitárias, como'. máximo das potencialidades locais, em
Secretaria da Promoção Social e de cada município ou entidade. Nessa
Esportes e Turismo (do Estado); linha de complementação, salientavam-se
Administrações Regionais, os seguintes pontos:
Coordenadoria do Bem-Estar Social — Aperfeiçoamento de um sistema de
(da Prefeitura); Centros e Postos de cooperação técnica e material às
Saúde, Postos APPS, Hospitais, LBA, Prefeituras e Obras Sociais, para o
PRODOC, INPS, CROPH, MOBRAL, atendimento à população.
SENAI e SESI. — Sempre em caráter de
complementariedade, fornecimento
Abertura de auxílios em géneros, material
Na reunião de avaliação dos trabalhos escolar, roupas e agasalhos.
realizados pelos NUPACs, com a — O Setor de Atendimento a Prefeituras
presença dos dirigentes e assistentes e Obras Sociais motivou prefeitos e
sociais de todas as entidades suas equipes de trabalho, para que
conveniadas, foram levantados os participassem de Encontros e
seguintes pontos: Seminários, além de todas as
— 0 projeto NUPAC representou um programações que tivessem o
reforço aos trabalhos realizados pelas sentido de conscientizar a comunidade
entidades, principalmente, quanto a para os próprios problemas.
assessoria técnica, que forneceu — Incentivou-se, assim, a implantação
orientação e subsídios para que as de programas que mobilizassem, em
programações locais fossem conjunto, órgãos públicos, privados,
dinamizadas com atividades Obras Sociais e Grupos Voluntários,
comunitárias. através de atividade que envolvessem
— As programações comunitárias, o a integração de crianças, jovens e
incentivo à formação de grupos de adultos, num processo educativo que
educação de base, "representaram abrangesse as áreas de educação,
uma abertura das obras para a saúde, alimentação, profissionalização
comunidade, e vimos recebendo e lazer (a educação, visando o
apoio e colaboração da população desenvolvimento pessoal, grupal
local". e social).
Até dezembro de 1978, foram procurando-se motivar a população
destinados, pelo Setor de Atendimento para a importância da participação
a Prefeituras e Obras Sociais, os seguintes permanente e responsável.
recursos, atingindo a totalidade dos
municípios do Estado: Nesse sentido, o FASPG elaborou um
— gêneros alimentícios texto-básico de "Campanhas de
2.774.1 31 quilos; Participação Comunitária", que serviu
— vestuário de orientação às pessoas interessadas
162.762 peças; nessa atividade. Segue-se, abaixo, uma
— tecido síntese desta apostila:
74,177 metros;
— cobertores "Sensibilizar e motivar a população a
289.075 unidades participar de uma Campanha, parece ser
— brinquedos a descrição das atividades desenvolvidas
4.296.448 unidades; pelo assistencialismo tradicional, que
— máquinas de costura uma vez de posse da arrecadação
202 unidades; esperada dá por encerrada a participação
— cadeiras de rodas dos colaboradores e com a entrega dos
103 unidades; donativos esgota suas potencialidades
— Obras Sociais — Interior de atendimento à pessoa carente.
595;
— Obras Sociais — Capital "Essa atuação institucionaliza o
706 imediatismo tanto com o colaborador
— Municípios (vide Dados Quantitativos) como com o auxiliado. Não há uma
integração entre aquele que ajuda e o
0 FASPG entendia que a cooperação ajudado, isto é: não há tomada de
material deveria ser sempre consciência do problema, nos seus
acompanhada pela cooperação técnica, termos mais amplos, por parte da
de modo que Prefeituras e Entidades pessoa que se dispõe a colaborar;
Sociais fossem incentivadas a utilizar assim, não se estabelece também uma
a doação recebida em programas atitude permanente de responsabilidade
educativos e de promoção social. social.

Procurava-se, a partir da doação, "É, pois, imprescindível redefinir o


estimular a implantação ou dinamização sensibilizar e o motivar dentro da
de programas sócio-educativos, cujo perspectiva da Participação
objetivo maior fosse a promoção humana Comunitária.
das pessoas envolvidas.
"Sensibilizar — levar a população a sentir
Campanhas de Participação Comunitária mais profundamente a realidade em que
Durante estes anos o FASPG promoveu vive, responsabilizar-se por ela — com
Campanhas de Participação Comunitária sua realidade —e reconhecer a
para atender necessidades específicas importância e a necessidade de
(agasalhos) ou emergenciais (quando da participar na busca de soluções para
ocorrência de calamidades públicas) em as dificuldades que aí se encontram.
colaboração com Secretarias Estaduais, Assim, a sensibilização se desloca do
órgãos públicos e entidades particulares, âmbito emocional, apenas, e passa a
ser reconhecida como um instrumento "A campanha é um encontro de
para uma dimensão maior da consciência compromisso do indivíduo com sua
do indivíduo frente à sua realidade realidade social — Um Encontro, uma
social. tomada de Consciência e a Compreensão
de que é necessário participar
"A sensibilização é, então, uma etapa permanentemente".
de um procedimento que visa motivar a
responsabilidade pessoal; pretende uma Operacionalização
atitude permanente do envolvimento do Preparação:
indivíduo na busca de soluções para os — atividades:
problemas de caráter social". — mobilização das lideranças de
grupos formais e informais;
— organização das diversas entidades
Permanente participantes;
"É o objetivo do FASPG que a — entrosamento das diversas
Campanha colabore para estabelecer iniciativas visando uma ação
um compromisso mais profundo do conjunta;
indivíduo com o contexto de sua — instalação de Postos de Arrecadação.
realidade social, motivando-o para
atuar positivamente. Arrecadação e triagem
— atividades:
"Assim, a campanha como um todo, — mobilização direta da população
desde a sensibilização para um problema através das: Secretaria da Educação,
particular que necessita da cooperação Secretaria da Promoção Social,
coletiva até a distribuição dos donativos, Secretaria da Segurança Pública,
está incluída numa única etapa: a da Coordenadoria da Defesa Civil,
motivação para uma atuação Entidades de Classe (Clubes de
permanente: a participação. Lojistas, Associação Comercial,
etc.), Clubes de Serviço (Lions's,
"Entender, por exemplo, que não basta Rotary, etc.), Clubes Recreativos,
agasalhar os que não podem comprar Sociedades Amigos de Bairros,
cobertores, que é necessário etc.), Empresas (Supermercados),
responsabilizar as demais camadas Meios de Transporte (Metrô,
da população para propiciar ao empresas de ônibus, etc.) -
indivíduo carente a possibilidade de Publicidade (TV, Rádio, Jornais,
adquirir o seu próprio agasalho: a roupa, Cartazes, Faixas);
o local para morar, a refeição, a saúde, — início do funcionamento dos Postos
profissionalização, lazer, etc. — tudo de Arrecadação;
isso é agasalhar — é promover. — A triagem — é preciso separar e
organizar o material arrecadado.
"A campanha — no seu todo —é um Criar um grupo para este trabalho".
veículo pelo qual o indivíduo percebe,
através de um problema emergente, Distribuição:
a importância e a necessidade de sua "(0 Fundo de Assistência Social do
atuação no todo da vida social. Palácio do Governo recebe, anualmente,
Entende. que sua participação precisa grande quantidade de ofícios enviados
ser permanente. por obras sociais da Capital e do
51
Interior, solicitando agasalhos e
cobertores).

— Interior: Esses of ícios, quando de


obras sociais do Interior, foram
encaminhados pelo FASPG, às
Prefeituras de cada Município, que
em comum acordo com o comando
da Polícia Militar local e orientação
dos representantes regionais da
Promoção Social, procederam a
entrega dos donativos na sua cidade
às obras sociais locais e à população
carente.

— Capital: Na Capital, os ofícios


recebidos pelo FASPG foram
encaminhados à Coordenadoria do
Bem Estar Social (das 17
Administrações Regionais da
Prefeitura) para em comum
acordo com a Pal (cia Militar
proceder a distribuição do
material arrecadado".

Arrecadação
1975 ...... 670.400 peças de roupa;
1976 ...... 800.300 peças de roupa;
1977 ...... 1.203.062 peças de roupa;
1978 ...... 2.200.000 peças de roupa.

52
Ano Internacional da Criança
Conforme orientação proposta pela
Assembléia Geral da ONU, em 1979,
quando se comemora o Ano
Internacional da Criança, cada País
deve analisar mais profundamente a
situação da população infantil e procurar
assumir compromissos que levem à
prestação de maior número de serviços
voltados para a infância. A Resolução
da ONU propõe que as Nações
incentivem suas populações à tomada
de consciência e posição para uma
permanente valorização da criança,
com a participação comunitária e
complementando os serviços públicos
e particulares, a fim de que haja
continuidade no atendimento às
necessidades da infância.

Levantamento
Nesse sentido, o FASPG participou da
Fase Preparatória do Ano Internacional
da Criança, iniciando, em junho de
1978, simultaneamente ao
XI 19 Seminário de Participação
Comunitária-Voluntariado, um
levantamento das condições de vida da
criança no Estado de São Paulo.
Nesse Seminário, com a presença de
representantes de 328 Municípios,
as lideranças foram chamadas a refletir
e debater sobre os problemas existentes
e os programas desenvolvidos em suas
regiões em favor da população infantil,
partindo de um questionário-motivação,
em que os diversos aspectos relativos
ao desenvolvimento da criança foram
abordados.

O questionário motivou, ainda, a


reflexão e atuação da população sobre
as necessidades específicas da criança,
que, segundo a ONU, não se originam,
apenas, dos seus direitos de se
desenvolver em condições ótimas, do
ponto de vista físico, mas também das
exigências impostas pelo estágio de o objetivo de sensibilizá-la em função
desenvolvimento de cada comunidade. de programas junto à criança.
Recomenda, também, que sejam
utilizados todos os recursos locais Questionário
para a valorização da criança e do 0 questionário foi dividido em duas
processo de conscientização quanto partes. A primeira, compreendendo oito
às suas necessidades e potencialidades, áreas (Saúde e Nutrição,
tanto na família como na comunidade. Profissionalização, Educação, Cultura
e Lazer, Habitação, Previdência Social,
Assim, o questionário elaborado e que Promoção Social, outros), visou detectar
foi distribuído pelo FASPG e pela a realidade da criança nos seus diferentes
Secretaria da Promoção Social, esteve aspectos básicos. Deve-se ressaltar que
baseado em duas fontes básicas: a esta subdivisão objetivou, somente,
Declaração Universal dos Direitos facilitar o processo de coleta de dados,
da Criança e o tema central do Ano pois a realidade deveria ser sempre
Internacional da Criança, que é o de analisada no seu global. Por outro lado,
serviço de base, destacando-se a o questionário deveria ser estudado no
importância da participação dos seu todo antes de ser respondido, para
elementos da comunidade dos mesmos. que as informações fossem colocadas
nas áreas mais adequadas.

Participação da Comunidade A segunda parte compreendeu a


A partir dos objetivos propostos para descrição de todas as atividades
esse questionário, percebeu-se que a executadas e as programadas em
reflexão, o conhecimento da realidade, função do Ano Internacional da
a tomada de posição e projetos de ação Criança, em cada município.
foram as suas características primordiais.
Ou seja, ele não foi um instrumento Tabulação nos encontros
restrito, limitado a um momento (Ano A tabulação dos dados referentes aos
Internacional da Criança) e/ou a um municípios do Estado foi estudada
pequeno grupo de pessoas, mas sim nos Encontros de Participação
um meio de mobilização e sensibilização Comunitária, realizados nas 11 Regiões
para a realização e a ação junto à criança Administrativas do Estado, de 6 a 20 de
fevereiro de 1979, atingindo 397
Optou-se, portanto, na estruturação do municípios com a presença de 3.252
questionário, por um sistema de questões pessoas. Esses Encontros visaram
abertas onde o fundamental não foi recorçar os trabalhos que cada município
obter-se um rigor científico nas vinha desenvolvendo em favor da
respostas, mas facilitar a participação população infantil e, ao mesmo tempo,
e o envolvimento da população no estimular a que as atividades do Ano
processo de coleta, interpretação e Internacional da Criança se prolonguem
divulgação dos dados obtidos. a médio e longo prazo.

Acentuou-se, na época, que quanto mais Audiovisual


significativa fosse a colaboração da Na abertura de cada Encontro, era
população nestas atividades, mais projetado um audiovisual, elaborado
próximo estaria o Município de atingir pelo FASPG (1 ), no sentido de
53
sensibilizar e motivar a população festas e discursos, mas para uma tomada
à execução de ações concretas para o de consciência maior, dos povos e
desenvolvimento da criança, família e governos, sobre o que têm sido feito
comunidade. e o muito que precisa ser feito, ainda...

0 texto deste audiovisual é o que se A criança vem ao mundo para crescer


segue: e se desenvolver.

— "Toda Criança tem o direito à afeição, É o destino do seu físico, é a ambição


amor e compreensão; natural de conquistar um lugar para si
— Toda Criança tem direito à nutrição e e que começa com a sua vontade de
assistência médica adequadas; explorar e conhecer.
— Toda criança tem direito à educação
escolar; E como é difícil para a criança participar
— Toda Criança tem o direito de total deste mundo. Ele pertence aos adultos!
oportunidade de recreação;
— Toda Criança tem o direito de A criança chega ao mundo e este já está
aprender a ser útil e a desenvolver pronto, ou melhor, existe a pretensão
suas habilidades individuais; de dá-lo como acabado. Mas,
— Toda Criança tem o direito de sinceramente, nós adultos sabemos
desenvolver-se dentro de um espírito que o Homem, a natureza e a máquina,
de paz e fraternidade; ainda, não se ajustaram. Que, ainda,
— Toda Criança tem o direito de falta muito para que uma relação
desfrutar de todos estes direitos, sem harmoniosa do homem com o outro
discriminação de raça, cor, sexo, homem, com o seu trabalho e o seu
religião, nacionalidade e origem espaço de vida...
social".
Selemos consciência de todos esses
Estes são os princípios básicos da conflitos, que mundo, que vida, que
Declaração Universal dos Direitos energia podem os pais transmitir aos
da Criança, proclamados pela ONU há seus filhos e a comunidade às suas
20 anos. crianças?

Mas, parece que as pessoas guardam uma Se não nos unirmos para pensar e agir
certa desconfiança, uma espécie de juntos, integrando-nos, para transformar
desânimo quando se fala em Declaração a realidade complexa e difícil de nossas
Universal dos Direitos. cidades, uma realidade ainda pior estará
sendo preparada para as nossas crianças.
E como se alguém nos viesse, novamente,
com uma bela teoria, quando sabemos Sabemos que não só as crianças crescem
que, na realidade do dia-a-dia, esses com o tempo.
princípios, esses ideais, são ignorados,
esquecidos ou transgredidos... Os problemas também.

1979 foi escolhido pela ONU para que E para que uma dificuldade aumente de
todos os países comemorem o Ano proporções, basta, às vezes, a omissão
Internacional da Criança, não só com enquanto que, para a criança se
54
desenvolver, é necessário tudo, desde conta de que todo esse potencial pode
a afeição espontânea da família, a ser destruído se forem negados os
orientação da escola e locais de lazer, meios e as oportunidades para o
até as complexas obras de desenvolvimento da criança?
infra-estrutura como o saneamento
básico, indispensável para um melhor "Criança — força de trabalho do
padrão de vida. amanhã" — "Criança — esperança do
futuro" — "Criança — símbolo".
Quando nos deparamos com nossa
realidade, colocando de lado a Essas frases desgastadas já não dizem
demagogia ou a superficialidade que mais nada, esquecem que a criança é a
acreditam ser, apenas as crianças pobres própria vida que renasce a cada instante,
ou abandonadas, que passam a cada dia.
necessidades, buscamos uma solução
para esse "jogo de empurra" que A criança é gente como nós e por isso
transfere para o outro a temos que desfazer a ilusão adulta de
responsabilidade de cuidar, educar que o mundo infantil é frágil e pequeno.
ou divertir.
0 mundo da criança é o mesmo que o
Diante disso, percebemos que temos nosso.
de tomar uma posição frente a essa
realidade; e poderemos transformá-la, E o ser humano que quer existir e ser
se transformarmos a nós mesmos em respeitado a partir de cada nascimento.
agentes de desenvolvimento social.
E das condições de vida que estamos
Esse posicionamento lúcido e corajoso falando quando nos voltamos para
de cada um de nós não permitirá que se a criança.
continue a transferir para as entidades
especializadas a missão de assumir os Conseguimos identificar essa dimensão
deficientes, de reintegrar o menor maior da criança quando percebemos
infrator ou o fi!ho viciado em tóxicos. que as condições de vida dos pais
recaem sobre seus filhos.
Essa transformação tem início quando
percebemos que cada criança é a Será que podemos fazer de conta que
continuação da vida e como tal traz não percebemos que a exploração do
em si a esperança de aperfeiçoar a menor é uma imposição do adulto?
realidade.
Não será demagógico pedir aos pais
E preciso que fique bem claro que a que façam mais para as suas crianças,
continuação não quer dizer repetição quando eles não tem o necessário nem
da vida. para si, enquanto seres humanos?

A força, a potencialidade e a energia Se o homem já tem uma Carta de


que a criança traz dentro de si são Princípios, a Declaração da Criança
condições essenciais para renovar o vem lembrar-nos que a necessidade de
mundo e tornar mais humano o próprio proteção, afeto, educação, saúde,
ser humano. Será que já nos demos alimentação — tudo isso, que já é
importante para o próprio adulto viver A vida nascerá com cada criança,
bem, precisa ser redobrado para que sempre. Que todos os anos possam
ela encontre melhores condições de vida, ser da criança, porque nela encontramos
Porque ela, a criança, depende do adulto. a esperança da renovação de nossa
realidade.
E isso significa que todos nós temos algo
a ver com a criança. Todos nós, adultos e crianças, estamos
cansados de palavras, ou melhor, das
Sim, todos nós, pois os órgãos públicos respostas que são só palavras.
e entidades particulares não podem se
responsabilizar, sózinhos, pelos milhões Que possamos realizar alguma coisa
de crianças que existem em nosso onde a real dimensão da criança se
Estado. mostre e esclareça, para que cada
homem se reconheça nela e se reconcilie
Daí acreditarmos que a verdadeira com a vontade de crescer, se promover.
garantia do desenvolvimento da criança
é a família e a comunidade. Que a criança, nasça, grite, se expresse
em cada um de nós, pela vigorosa
A comunidade que é cada um de nós esperança por uma vida mais justa
jovem, adulto, pai, vizinho ou amigo e mais humana".

E nós poderemos abafar ou atrofiar o Nota: 1 — Durante os Encontros


desenvolvimento da criança, ou então, realizados nas cidades sedes das Regiões
sermos um meio para que ela se Administrativas do Estado, foram
desenvolva plenamente — e se realize. entregues 10 cópias deste audiovisual
às Divisões Regionais da Secretaria da
Somos todos nós, que temos algo a ver Promoção Social, no sentido de motivar
com a criança, que não podemos a população dos diversos municípios
conceder a uma campanha temporária para a valorização da criança, família
ou só ao Governo a nossa e comunidade.
responsabilidade para transformar
essa situação. Na Capital, foram entregues 5 cópias,
uma delas à Coordenadoria do
Portanto, é para cada um de nós que se Bem-Estar Social — COBES — e a
coloca a questão: 4 entidades sociais.

0 que significa o respeito pelos Direitos


Universais da Criança, e como colocá-los
em prática?

Para que 1979 seja realmente da Criança,


ele terá que ser como ela própria,
crescendo, amadurecendo a cada ação,
a cada situação de vida.
J i._v_______ai

Atividades em seminários Atividades regionais ou locais

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Seminarios Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-1

Adamantina X X X X X X x x
Adolfo X X X X X X X x
Aguai X X X X X X X X
Aguas de Lindóia X X X X x x
Aguas da Prata X X X X X X X X
Águas de Sâo Pedro X X X X
Agudos X X X X X X X
Alfredo Marcondes X X X X x x
Altair X X X
Altinópolis X X X X
Alto Alegre X X X x
Alvares Florence X X
Alvares Machado X X
Alvaro de Carvalho X x
Afeinlándia X X X X X X
Americana X X X X X X X X x
Américo Brasiliense X X X X
Américo de Campos X X
Amparo X X X X X X X x
Analândia X X X X X
Andradina X X X X X X X X
Angatuba X X X
Anhembi X X X X X x X
Anhumas X X X X X X
Aparecida X X X X X X
Aparecida D'Oeste X x x X x
Apia
Araçatuba X X X X X X X X X
Araçoiaba da Serra X X X X
Aramina X
Arandu X X X X X X
Araraquara X X X X X X X
Araras X X X X X X
Arealva X X X X X X
Areias X X X X X
Areiópolìs X X X X
Ariranha X X X X X
Artur Nogueira X X X X X X
Ar u já X X X X X X
Assis X X X X X X X X X
Atibaia X X X X
Auriflama X X X X X X
Aval X X
Avanhandava X X X X
Avaré X X X X X X X X
Bady Bassit X X X X X X
Balbinos X X X X X X
Bálsamo X X X X X X
Bananal X X X
Barão de Antonina X X X X
Barbosa X X X X X X X x X

56
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Formação de recursos humanos
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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais ed

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-

Ba ri ri X x
Barra Bonita X x x x
Barra do Turvo X x x x
Bar retos X x x x x x x x
Barrinha X x x x x
Barueri X x x x x x x
Bastos X x x x x x
Batatais X X x x
Bauru X x x x x x x x
Bebedouro X x x x x x x x
Bento de Abreu X x x x x x x x
Bernardino de Campos X x x x x x x
Bi lac X x
Biriguì X x x x x x x
Biritiba Mirim X x x X
Boa Esperança do Sul X x x x x x
Bocaina X
Bofete X x x x
Boituva X x x x x x x
Bom Jesus dos Perdões X x x
Borá X x x x
Boracéia X x x
Borborema X x x x
Botucatu X x x x x x x x
Bragança Paulista X x x x x x x x X
Brauna X x x
Brodósqui X x x
Brotas X x x x x x x x x
Buri X x x x x
Buritama X x x
Buritizal X x
Cabrália Paulista X x x x
Cabreúva X x x x
Caça pava X x x x x x x
Cachoeira Paulista X x x x x x x
Caconde X x x x
Cafelãndìa X x x x
Caiabú X x x x
Caieiras X x x x x x x
Caiuá X x x x x
Cajamar X x x x x x x x
Cajobi X x
Cajurc X x x x x x x x
Campinas X x x x x x x x
Campo Limpo Paulista X x x x x x x x x
Campos do Jordão X x x x x x x
Campos Novos Paulista X x
Can anéia X x x x x x
Cândido Mota X x x x x x x
Cândido Rodrigues X x x x x
Capão Bonito X x x x x x
Capela do Alto X x
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Formação de recursos humanos
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Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-

Capivari X X X X X X
Caraguatatuba X X X x x x x
Carapicuiba X X X X x x x
Cardoso
Casa Branca X X X X X X X X X
Cássia dos Coqueiros X X X X
Castilho X X X X X X X
Catanduva X X X X X X X X
Catiguá X X X X X X X X
Cedral X X X X X X
Cerqueìra Cesar X X X X x x x x x
Cerquilho X X X X X X
Cesário Lange X X X
Charqueada X X X
Chavantes X X X X X X X X X
Clementina X X X X X X X X X
Colina X X
Colombia x X X x X X X
Conchal X X X X X X X
Conchas X X X
Cordeirópolis X X X x x x
Coroados X X X
Coronel Macedo X X X X
Corumbata( X X X
Cosmópolis X X X X X X X X X
Cosmorama X X X X X
Cotia X X X X X X X X
Cravinhos X X X x x
Cristais Paulista X X X X X
Cruzálla X X X X X X
Cruzeiro X X X X X X
Cubatão X X X X X X
Cunha X X X
Descalvado X X X X X X X X X
Diadema X X X X X X X X
Divinolândia X X X X X
Dobrada X X X
Dois Córregos X X X X X
Dolcinópolis X X X X X X X X
Dourado X X X X
Dracena X X X X X X X X X
Duarina x x x
Dumont X X X
Echaporã X X X X
Eldorado Paulista X X X X X X
Elias Fausto X X X
Embu X X X X X X X X
Embu-Guaçu X X X X X
Espírito Santo do Pinhal X X X X X X
Estrelado Norte X X X X X X X
Estrela D'Oeste X X X X X
Fartura X X

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Implantação
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Complementação
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Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e
Cidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-bibliotecas do anasalho material escolar de natal obras sociais

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X X X X X
Formação de Recursos Humanos
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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e di

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-

Fernando Prestes X X X X X X X
Fernandópolis X X X X X X X X X
Ferraz de Vasconcelos X X X X X X
Flora Rica X X X X X X
Floreal X X
Flórida Paulista X X X X X X X X X
Florínea X X X X
Franca X X X X X X X X X
Francisco Morato X X X X X
Franco da Rocha X X X X X X X X
Gabriel Monteiro X X X X X X X X
Gália X X
Garça X X X X X X
Gastdo Vidigal X X
General Salgado X X X X X X X X X
Getulina X X X X X
Glicério X X X X X X
Guaiçara X X X X
Guaimbé X X X
Guaira X
Guapiaçu x x x x x x x x
Guapiara x X A X
Guará x x x x
Guaraçaí x x x x x x
Guaraci x x x x x x x
Guarani D'Oeste x x x x x x x x
Guarantã x x x x
Guararapes x x x x x x x
Guararema x
Guaratinguetá x x x x x x x x
Guaref x x x x
Guariba
Guarujá x x x x x x x
Guarulhos x x x x x x x x
Guzolandía x x x
Herculándia x x x x x x
lacanga x
lacrf x x x x
Ibaté x x x x x x x
Ibìrá x x
Ibirarema x y x x x
Ibitinga
Ibiúna X X X
Icem X X X X X X X
lepê X
Igaraçu do Tietê X X X X X X
Igarapava X X X X
Igaratá X
Iguape X X X X X
Ilhabela X X X X X X
Indaiatuba X X X X X X
Indiana X X X
Implantação
Atividades regionais ou locais e dinamização Complementação material
Complementação
Encontro material às
Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e
oluntaríado regionais comunitário Hortas mini-bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais

X X X X X X
X X X X X X X
X X X X
X X X X X X X
X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X
X X X X X X
X X X X
X X X X X X X X
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X X X X X X
X X X X X X
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X X X
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X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X
X X X X X X X
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X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X
X X X X X
X X X X X X
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X X X X X X X
X X X X X X
X X X
X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X

59
flasiu, • • r •

Atividades em seminários Atividades regionais ou locais

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Municípios Seminaries Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas i

Indiapor5 X X X X X X X
Inúbia Paulista X X X X X X
Upauçu X
Ipera X X
Ipeuna X X X X
Iporanga X X X X
I pua X X X
Iracemépolis X X X X X
Irapuã X X X X X X X
Irapuru X X X X X X
Itaberé X X X X
Ital X X X X
Itajobi X X X
Itaju X X X X
Itanhaém X X X X
Itapecerica da Serra X X X X X x x x
Itapetininga X X X X X X X
Itapeva X x x
Itapevi X X X X X X X
Itapira X X X X X X X X X
Itápolis X X X
Itaporanga X X X X X X
Itapui X X X
Itapura X X X X X x x x
Itaquaquecetuba X X X X X x x x
Itararé X X X X X X
Itariri X X X X X
Itatiba X X X x x x x
Itatinga X X X
Itirapina X X X X X x X
Itirapuã X X X X X
Itobi X X X
Itu X X X X X X X X
Itupeva X X X x
Ituverava X X X x x x
Jaborandf X X X X X X X X
Jaboticabal X X X X X X x X
Jacaref X X X X X X
Jaci X X X x x x X x
Jacupiranga X X X X X X
Jaguariúna X X X X X X X
Jates X X X X X X X X X
Jambeiro X X X
Jandira X X X X X
Jardinópolis X X X X X
Jarinu X X X X
Jaú X X X X X X
Jeriquara X X X X
Joanópolis X X X X
João Ramalho X
José Bonifácio X X X X X X X
Julio Mesquita X
Atividades regionais ou locais e dinamizaçfo Complementação material
Complementapão
Encontro material às
Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e
voluntariado regionais comunitário Hortas mini -bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais

X X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X
X X X X X
X X X X X X X-
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X R X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X
X X X X
X X X X X X
X X X X
Formação de Recursos Humanos
Atividades em seminérios Atividades regionais ou locais

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Municípios Seminários Cursos integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas m

Jundiaí X X X X X X
Junqueirópolis X X X X X
Juquiá X X X x x
Juquitiba X X X X X
Lagoinha X X X
Laranjal Paulista X X X X X
Lavinia X X X X X X X X
Lavrinhas X X X
Leme X X X X X X X
Lençóis Paulista X X X X X X
Limeira X X X X X X X
Lindóia X X X X X X X
Lins X X X X X X X
Lorena X X X X X X X X
Louveira X X X X X X X
Lucélia X X X X X
Lucianópolis x
Luiz Antônio X
Luizi§nia X x X x X x x x
Lupércio X X X X X
Lutécia X X X X X X X
Macatuba X X X X X X X X
Macaubal X X X X X X X X
Macedónia X X
Magda X X
Mairinque X X X X X X X X
Mairiporã X X X X X X X X
Manduri X X X X
Marabá Paulista X X X X X X X
Maraca( X X X X X X X
Mariépolis X X
Manilla X X X X X X X X
Marinópolis X X X X X X
Martinópolis X X X X X
Mato X
Mauá X X X X X x
Mendonça X X X X X X X
Meridiano X X X X
Miguelópolis X X X X X X X
Mineiros do Tieté X X X X X X X
Mira Estrela X X X X x x x
Miracatu X X X X X
Mirandópolis X X X X X X X X
Mirantedo Paranapanema X X X X X
Mirassol X X X X X x X X
Miressolãndia X X X X
Mocóca X X X X X X
Mogi das Cruzes X X X X X X
Mogi-Guaçu X X X X X
Mogi-Mirim X X X X X X
Mombuca X X X X X
Monçôes X X X X X
Implantação
Atividades regionais ou locais e dinamização Complememegáo material
Complementaçdo
Encontro material às
Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e
voluntariado regionais comunitário Hortas mini- bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais

X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X X
X X x X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X
X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X
X X X X X X X
x X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X

61
Fonação de Recursos Humanos
Atividades em seminários Atividades regionais ou locais

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas

Mongaguá X X X X
Monte Alegre do Sul X X
Monte Alto X X X X X X X X
Monte Aprazível X X X X X X X
Monte Azul Paulista X X X X X X
Monte Castelo X X X X X X X
Monte-Mbr X X X X X X X X
Monteiro Lobato X X X X X X X X
Morro Agudo X X X X X X X
Morungaba X X X X
Murutinga do Sul X X X X X
Narandiba X X X X
Natividade da Serra X X X X X
Nazaré Paulista X X X
Neves Paulista X X X X X X
Nhandeara X X X X X
Nipoã X X X X X X X X
Nova Aliança X
Nova Europa X X X X X
Nova Granada X X X X X X X
Nova Guataporanga X X X X X X
Nova Independência X X X x X X
Nova Luzitánia X X X X
Nova Odessa X X X
Novo Horizonte X X X X
Nuporanga X X X
Ocauçu X
Óleo
Olímpia X X X X X
Onda Verde X X X X X
Oriente X x X X
Orindiuva X X X
Orlândia X X X X X X
Osasco X X X X X X
Oscar Bressane X X X X
Osvaldo Cruz X X X X X X X
Ourinhos X X X X X X X
Ouro Verde X X X X X X
Pacaembú X X X X
Palestina X X X X
Palmares Paulista X X X X X X X X
Palmeira Dteste X X X X X X
Palmital X X X X
Panorama X X
Paraguaçú Paulista X X X X X X X
Paraibana x x x
Paraíso X X X X X X X X
Paranapanema X X X X X X
Paranapuã X X X X X
Parapuã X X X
Pardinho X X X X X X
Pariquera-Açu X X X X X X X X

62
Implantação
rios Atividades regionais ou locais e dinamização Complementaçio material
Complementação
Encontro material às
de Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e
:iais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais

X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
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X X X X X X X X
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X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X
X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X X
fites:

Formação de recurs humano


S
p }
£ y

Atividades em seminários Atividades regionais ou locais

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas r

Patrocínio Paulista X X X X
Paulicéia X X
Paulfnia X X X X X X
Paulo de Faria X X X X X X
Pederneiras X X X X X
Pedra Bela X
Pedranbpolis X X X X
Pedregulho X X
Pedreira X X X x x
Pedro de Toledo X X X x x x x
Penápolis X X X X X X X
Pereira Barreto X X X X X X
Pereiras X X
Peruíbe X X X X X X
Piacatu X X X X
Piedade X X X X X X
Pilar do Sul X X X X X
Pindamonhangaba X X X X x x x
Pindorama X X X X X X
Pin halzinho
Pìquerobf X X X X X X X X
Piquete X X X X X X X
Piracãia X X X X
Piracicaba X X X X X X X X
Pirassununga X X X X X X
Piraju X X X X X X
Pirajuí X X X X X X
Pirangi X X X x x x
Pirapora do Bom Jesus X X X X X X
Pirapozinho X X X X X
Piratininga X X X X X
Pitangueiras X X X X X X
Planalto X X X X
Platina X X X
Poâ X X X X X X X X
Poloni X X X X X X X
Pompéia X X X X X
Pongaf X
Pontal X X X
Pontes Gestal X X X
Populina X X X X X X X
Porangaba X X X X
Porto Feliz X X X X
Porto Ferreira X X X X
Potirendaba X X X X X
Pradópolis X X X X
Praia Grande X X X X X X
Presidente Alves X X X X X
Presidente Bernardes X X X X X X X X
Presidente Epitácio X X X X X x
Presidente Prudente X X X X X X x X x
Presidente Vencesláu X X X X X X X X
Atividades regionais ou locais
e dinamizapSo
Complementa p$o material

Encontro Complementagao
centro Encontros de Natal Projeto materiel às
Projeto Campanha
tarjado regionais comunitário Hortas mini . bibliotecas do agasalho material escolariais
Cade natal obras'soc

X X X X
X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X x X X X X
X X X X
X X X X X
X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X
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X X X X X X X X
X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X
X X X X X X X X
X X X X X
X X X
X X X X XX X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X
X X X X X X X
X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X XY X
X

C,
Formação de recursos humanos
Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mil

Promissão X X X X x
Quatá X X X X x x
Queiroz X X
Queluz X X x x
Quintana X X X X x x x
Rafard X X x X x x
Rancharia X X x x x x
Redenção da Serra X X X X x
Regente Feijó X X X X x x x x x
Reginópolis X X x x x x
Registro X X X X x x x x x
Restinga X X x
Ribeira X
Ribeirão Bonito X X X X x x x
Ribeirão Branco X X x
Ribeirão Corrente X
Ribeirão Pires X X X X x x x x
Ribeirão Preto X X X X x x x x
Ribeirão do Sul X X x x
Rib. Vermelho do Sul X
Rifaina X X x X
Rincão X
Rinópolis X X x x x
Rio Claro X X X X x x x x x
Rio Grande da Serra X X X X x x x
Rio das Pedras X X x x x
Riolãndia X X X X x
Roseira X X x x x
Rubiócea X X X X
Rubinéia X X x x
Sabino X X X X x x
Sagres X X
Sales X X x x x
Sales Oliveira X X X X x x x
Salesópolis X X X X x x x x
Salmourão X X x
Salto X X X x x x x x
Salto Grande X X X X x x x x
Salto de Pirapora X X X X x
Sandovalina X X X X x x x
Santa Adélia X X X X x x x x
Santa Albert:na x X
Santa Bárbara do Oeste X X X X x x x
Sta. Bárbara do R. Pardo X X X X x x x
Santa Branca X X X X x x
Santa Clara do Oeste X X X X x x
Sta. Cruz da Conceição x X x x
Sta. Cruz das Palmeiras X X X X x x x x x
Sta. Cruz do Rio Pardo X X X X
Santa Ernestina x X x x
Implantação
Atividades regionais ou locais e dinamização Complementação material
Complementação
Encontro material às
Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e
voluntariado regionais comunitário Hortas mini-bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais

X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X.
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X
X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X
•iie I i • •a.

Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Seminários Cursos tegrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mi'

Santa Fé do Sul X X X X X X X
Santa Gertrudes X X X X
Santa Isabel X X X X X
Santa Lúcia X X X X
Santa Maria da Serra X X X X X X X
Santa Mercedes X X X X X X X X X
Santa Rita do Oeste X X X X
Santa R. do Passa Quatro X X
Santa Rosa do Viterbo X X X X X X
Santana do Parnaiba X X X X X X
Santana da Ponte Pensa X X X X X X X
Santo Anastácio X X X X X X X
Santo André X X X X X X X X
Santo Antônio da Alegria X X X X X X
Santo Antônio do Jardim X X X X X
Santo Antônio do Pinhal X X X X X X
Santo Antônio da Posse X X X X X
Santo Expedito X X X X X
Santópolis do Aguapeí X X X X X X X
Santos X X X X X X X X X
São Bento do Sapucaí X X X X X X X X
São Bernardo do Campo X X X X X
São Caetano do Sul X X X X X X X
São Carlos X X X X X X X
São Francisco X X X X X X X X
São João da Boa Vista X X X X X X X
São João das Duas Pontes X X X X X
São João do Pau D'Alho X X X X X X X X
São Joaquim da Barra X X
São José do Barreiro X X X X X
São José da Bela Vista X X
São José dos Campos X X X X X X X X X
São José do Rio Pardo X X X X X X X X
São José do Rio Preto X X X X X X X X X
São Luiz do Paraitinga X X X X X
São Manuel X X X X X X X
São Miguel Arcanjo X X X X X X
São Paulo X X X X X X X X X
São Pedro X X X X X X X X
São Pedro do Turvo X X X X X X
São Roque X X X X X X X X X
São Sebastião X X X X X X X X X
São Sebastião da Grama X X X X X
São Simão X X X X X X X
São Vicente X X X X X X X X X
Sarapu( X X X X X X
Sarutaìá X X
Sebastianópolis do Sul X ): X X X X X X X
Serra Azul X X
Serra Negra X X X X X X X
Serrana X X X X X X X
Sertãozinho X X X X X X
minârios Atividades regionais ou locais e dinamização Complementação material
Complementação
Encontro
material às
ontro de Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e
rs sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais

x x x x x x x x x
x x X x X
x x x x x x
x x x x x
x x x X X x x
x x x x x X x x
x X x x
x X X X x
x x x X x x x
X x x x x x
x x x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x X X x x
x x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x
x x x x x x x x x
x x x x x x x x x
x x x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x
x x x x x x x x x
x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x

65
Formação de recursos humanos
Atividades em seminários Atividades regionais ou locais ed

Encontro Encontro
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto
Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini

Sete Barras X X X X X X
S ever í n ia X X X X
Silveiras X X X X
Socorro X X X X X X
Sorocaba X X X X X X X X
Sud Menucci X X X X X X X
Sumaré X X X X X X X
Suzano X X X X X X X
Tabapuã X X X X X X X X
Tabatinga X X X X
Tabo5o da Serra X X X X X X X
Taciba X X
Taguaí X X X X
Taiaçú X X X X
Tai uva X X
Tambaú X X X X X
Ta nab X X X X X X X X X
Tapi ra í X X X X X X
Tapi rat iba X X X X X X
Taquaritinga X X X X X X X X X
Taquarituba X X X X X X X
Tarabay X X X X X
Tatu! X X X
Taubaté X X X X X X X X
Tejupá X X
Teodoro Sampaio X X X X X X X X
Terra Roxa X X X
Tieté X X X X X X X X X
Timburi X X
Torrinha X X X X X X X X X
Tremembé X X X
Três Fronteiras X X X X X
Tupã X X X X X X
Tupi Paulista X X X X X X X X X
Turiuba X X X X
Turmalina X X X X X X X X X
Ubatuba X X X X X X X X
Ubirajara X X X X
Uchba X X X X X X X X X
UniSo Paulista X X X X X X
Uránia X X X X X X X X X
Urú X X
Urupês X X X X X X X
Valentim Gentil X X X X X X X X
Valinhos X X X X X X X
Valparaiso X X X X X X X X X
Vargem Grande do Sul X X X X X X X
Várzea Paulista X
Vera Cruz X X X X X X X X
Vinhedo X X X X X X X X
Viradouro X X X X X X
Vista Alegre do Alto X
Votorantim X X X X X X
Votuporanga X X X X X X X

66
n

Implantação
Atividades regionais ou locais e dinamização Complementação material
Complementação
Encontro material às
tcontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e
'tariado regionais comunitário Hortas mini bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais

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Formação de recursos humanos

Total de participantes .................................. 28.623


Total de municípios ...................................565
Seminários ........................................... 339 municípios
Cursos .............................................. 348 municípios
Encontros de Participação Comunitária:
(Projetos Integrados)
Hortas Domésticase Comunitárias — 6 Encontros
Educação para Saúde — 7 Encontros
Mini-Biblioteca — 6 Encontros

Total ...............................................560 municípios

Encontro de Participação Comunitária/Máquina de Costura ..... 202 municípios


Encontro de Participação Comunitária/Entidades Sociais ....... 282 municípios
Encontro de Participação Comunitária/Voluntariado .......... 328 municípios
Encontro de Participação Comunitária (Regionais) ............ 452 municípios
Encontro de Participação Comunitária/Natal ................ 416 municípios

Implantação e dinamização

Projeto Hortas — implantação ............................ 221 municípios


Projeto Mini-Bibliotecas — implantação.................... 205 municípios

Complementação material

Campanha de Participação Comunitária do Agasalho .......... 571 municípios


Campanha de Material Escolar ........................... . 570 municípios
Campanha de Natal .................................... 571 municípios

Complementação Material a Prefeituras.................... 570


e Obras Sociais:
Capital.............................................. 706
Interior ............................................ 595
Dimensionamento de dados programação do FASPG foi manifestado
0 quadro de dados quantitativos reitera das mais diversas maneiras:
o conflito básico de nossa realidade: a — O atendimento às solicitações de
procura de equilíbrio entre recursos "máquina de costura" foi acrescido
humanos e materiais. com um Encontro de Participação
Comunitária, no qual os
A quase total participação dos representantes das entidades
municípios nos programas de beneficiárias desse recurso material
atendimento material testemunha, passaram um dia trocando suas
tanto a grave dimensão dos estados experiências de trabalho, debatendo
agudo e crônico de carência que enfrenta a importância da profissionalização,
a população mais pobre, como acentua a orientação quanto aos programas
necessidade de serem redobrados os comunitários em Clubes de Mães e
escorços no sentido de se despertar, outros grupos de coletividade.
mobilizar, preparar e apoiar a ação
dos recursos humanos. Da mesma maneira, as "tradicionais"
solicitações de brinquedos de Natal
A extensa programação de Formação foram encaminhadas para reforçar
de Recursos Humanos permitiu ao essa manifestação de solidariedade
FASPG atingir, diretamente, 28.623 em trabalhos permanentes que
pessoas, representantes de 565 propiciassem uma verdadeira integração
municípios: lideranças municipais, comunitária. Desse modo, os festejos
assistentes sociais, professores, dentistas, de Natal, a tradição sócio-cultural,
médicos, sanitaristas, enfermeiras, serviram de "ponto de encontro" entre
agrônomos, sociólogos, jornalistas, as lideranças do setor social do
dirigentes de entidades religiosas, sociais município e se incentivou o público
e associações de bairro, entre outros. para que a ação conjunta realizada na
atividade "Natal Comunitário" se
Este público foi intencionalmente constituisse num "ponto de partida"
procurado pelo FASPG, tendo-se em para a integração permanente de
vista o potencial de elementos trabalhos.
multiplicadores, para que orientassem
seus próprios trabalhos, incentivando Propiciar a integração foi a meta dos
a participação comunitária, no sentido Encontros dirigidos aos representantes
de serem criados novos meios e de Entidades Sociais e a interação destes
oportunidades para a Promoção com as lideranças municipais foi
Humana. estimulada pelos Encontros Regionais.
Ampliando o ciclo de contato dos
Orientar para uma nova concepção a participantes, reforçava-se o trabalho
parcela mínima de complementação de cada um pelo conhecimento e apoio
material que o FASPG poderia prestar mútuo — esse, um recurso local.
frente às necessidades sociais,
representou o esforço de se multiplicar Iniciativas locais
os recursos pelo incentivo à participação Fortalecer as iniciativas locais, incentivar
consciente e a proposta de ação a dinamização dos recursos próprios -
conjunta. Assim, o processo esse o aspecto básico dos Encontros de
sócio-educativo latente em toda a Participação Comunitária sobre os
67
Projetos Integrados (6 sobre o Projeto
Hortas Domésticas e Comunitárias,
7 do Projeto Educação para a Saúde
e 6 de Mini-Bibliotecas).

A ação conjunta das lideranças e equipes


multi-profissionais que constituíram as
Comissões Municipais e a própria
estrutura desses Projetos, apoiada nas
necessidades da população e sugerindo
atividades, deixava em aberto o apelo
à Participação Integrada, reforçando
a importância de que a população
participasse do planejamento, execução
e avaliação dos trabalhos a serem
realizados.

Diferentemente da concepção de
programas, os Projetos Integrados
foram regidos pela própria definição
desse termo (pro - jeto; lançarem
direção), ou seja, propor, orientar
integradamente.

Projeto Hortas
Foi significativo, no caso do Projeto
Hortas Domésticas e Comunitárias,
que de abril de 1977 a dezembro de
1978, tivessem sido implantadas
991 hortas escolares em 221 municípios
(conforme dados enviados ao FASPG
pelas Comissões Municipais interessadas
em realizar esse projeto).

A horta escolar era, apenas, uma das


atividades possíveis sugeridas pelo
Projeto -- e a prática revelou-a como
a que mais respondeu às expectativas.
São significativos diversos relatórios
informando sobre o uso das verduras
na complementação da merenda escolar,
a colaboração prestada às famílias que,
através da Associação de Pais e Mestres,
vêm sendo motivadas a ampliar seus
hábitos alimentares e seguir a orientação
que as crianças recebem quanto ao
plantio e colheita das verduras.
Ei;]
"Para cada problema, uma solução.
Para cada necessidade, um recurso.
Todos procuramos soluções e recursos.

"A realidade que está aí exige que esse


esforço não seja isolado. Ela nos convoca
à integração, à participação.

"A realidade é difícil, sim. Mas o homem


provou, em sua História, que tem o
poder de transformá-la, graças à
inteligência e à habilidade de suas
mãos, dos instrumentos que sua
inteligência inventou, da solidariedade
que sua compreensão abraçou.

"Ë a consciência lúcida de cada um de


nós que manterá generosa e solidária a
mão, disposta a agir sempre pelo
desenvolvimento global e harmonioso
de nossas cidades, pela transformação
destas cidades em verdadeiras
comunidades.

"Isto tudo é difícil, vai até o nosso


íntimo. Mas, é daí do centro de cada
um de nós que tem de sair o
conhecimento de nossa responsabilidade,
a convicção, a vontade enérgica e uma
disposição corajosa de participarmos,
verdadeiramente, do empenho por uma
nova vida social.

"Tudo isso é muito difícil. Mas, se


queremos uma nova história, é preciso
uma nova mentalidade para construí-la.

"E isso depende de cada um de nós",

(Trecho do discurso proferido por dona


Lila Byington Egydio Martins, durante o
V11P Seminário de Participação
Comunitária, em Campinas —
Junho/1977).

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