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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí

CAMPUS OEIRAS

SOLOS
Prof. Ms. Anderson Felipe Leite dos Santos (Doutorando em Geografia pela UNESP)

Oeiras, Piauí, 04 de Março de 2024


VAMOS AOS ASSUNTOS A SEREM ABORDADOS NESTE
PRIMEIRO DIA ...

• Introdução sobre a Ciência do solo;


• Conceitos de solos;
• Perfil do solo;
• Fatores de formação do solo;
• Intemperismo;
• Sólidos ativos do solo;
• Morfologia do solo;
• Erosão do solo;
INTRODUÇÃO SOBRE A CIÊNCIA DO SOLO
• Os estudos do solo pode ser entendido como
passando por dois estágios:
 O primeiro, muitos séculos atrás, em que referências
as práticas agrícolas são encontradas na literatura de
antigos povos, muitas vezes com um sentido
religioso.
 O segundo refere-se a tempos mais recentes, aos
últimos dois séculos, fundamentado na
experimentação e aplicação do método científico.
INTRODUÇÃO SOBRE A CIÊNCIA DO SOLO
• A pedologia trata-se de uma ciência relativamente
nova, pois, muito tempo demorou para que os
primeiros naturalistas do século XIX a reconhecessem.
OS PRIMEIROS CONHECIMENTOS SOBRE O
SOLO
• O estudo do solo como uma ciência formal começou na
segunda metade do século dezenove. Um pioneiro foi
F.A. Fallou (“Pedologia ou Ciência do Solo Geral e
Aplicada”, Dresden 1862). Fundadores da moderna
ciência do solo: V.V. Dokuchaev (“O Chernozem
Russo”, Petersburg 1883); E.Ramann (“Ciência do Solo
Florestal”, Berlin 1893); E.W. Hilgard (“A Influência do
Clima na Formação e Composição dos Solos”,
Heidelberg 1893). (REETZ, 2017, p.16)
OS PRIMEIROS CONHECIMENTOS SOBRE O
SOLO
• Os primeiros agrupamentos humanos viam o solo
apenas como um lugar por onde:
 Caminhavam;
 Caçavam;
 Recolhiam alimentos;
 Obter algum barro para confeccionar objetos de
cerâmica e pigmentos para suas pinturas.
OS PRIMEIROS CONHECIMENTOS SOBRE O
SOLO
OS PRIMEIROS CONHECIMENTOS SOBRE O
SOLO
• Antigos cientistas famosos o ignoraram, por exemplo, o
naturalista Von Humboldt (1769-1859).
E QUANDO FOI QUE SE COMEÇOU A
CONHECER MELHOR O SOLO?
• Em uma período iniciado após a última era
glacial, cerca de 10.000 anos atrás, uma
boa parte dos humanos começou a
agrupar-se em determinadas terras, onde
aprenderam a domesticar plantas e
animais.
• As transformações das pequenas aldeias para as
primeiras grandes cidades foram, assim, atreladas
a climas semiáridos e locais com solos férteis,
próximos a rios que pudessem fornecer água de
boa qualidade para beber e irrigar as lavouras.
ONDE SE DESENVOLVERAM AS
PRIMEIRAS CIDADES?
• Nos vales dos rios Tigres e Eufrates na Mesopotâmia;
• No vale do Rio Nilo (Egito).
https://br.pinterest.com/pin/304907837267595306/
QUAL O LEGADO DAS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
PARA A AGRICULTURA MODERNA?
• Os primeiros agrupamentos humanos,
especialmente os concentrados próximo às
planícies de grandes rios que atravessavam
regiões áridas e semiáridas (Nilo, Tigres,
Eufrates, Ganges, Amarelo), desenvolveram-se
de modo que fossem capazes de incrementar a
produtividade da agricultura rudimentar.
• Consequentemente, as primeiras civilizações
foram se organizando política e economicamente,
desenvolvendo cultura e religião próprias.
QUAL O LEGADO DAS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
PARA A AGRICULTURA MODERNA?

Civilizações inteiras
floresceram
aperfeiçoando a arte da
troca de mercadorias,
como é o caso dos
povos da Mesopotâmia.
Na crescente fértil era
intensa a negociação
comercial, tanto que foi
preciso criar a escrita
cuneiforme, além de
aprender a calcular.
QUAL O LEGADO DAS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
PARA A AGRICULTURA MODERNA?
• O conhecimento empírico de técnicas agrícolas embora
rudimentar, eram capazes de reconhecer e alterar certos
atributos do solo para oferecer benefícios notáveis à
produção de alimentos.
• O grande legado para a sobrevivência e o crescimento
daquelas civilizações e que ainda hoje são essenciais para
os ecossistemas agrícolas de alta produtividade.
• Assim, pode-se dizer que os antigos agricultores eram
bastante conscientizados acerca da natureza dos solos e da
necessidade da produção de alimentos.
• Os solos irrigados com águas dos rios Indo e Ganges
forneceram alimentos suficientes para sustentar grandes
centros urbanos, fazendo florescer a primeira grande
sociedade urbana, a Índia, perto de 2.500 a.c.
SUBDIVISÕES DO ESTUDO DOS SOLOS

• O estudo do solos como recurso natural pode incluir


pesquisas relacionadas a vários aspectos como:
 Formação;
 Classificação;
 Mapeamentos.
• Além de atributos físicos, químicos, biológicos e de
fertilidade em relação ao uso e manejo dos solos.
SUBDIVISÕES DO ESTUDO DOS SOLOS

• No Brasil, a Ciência do Solo dividiu-se em


várias outras subáreas do conhecimento,
como:
 Fertilidade;
 Química;
 Física;
 Microbiologia;
 Manejo Agrícola do Solo, etc.
CONCEITOS DE SOLO

• Solos não são entidades perfeitamente distintas e não


exatamente definíveis. Solos podem ser descritos como
um fenômeno limite da superfície da terra. Eles pertencem
à pedosfera, na qual a litosfera, a atmosfera, a hidrosfera e
a biosfera se sobrepõem e interagem.(REETZ, 2017, p. 14)
• Solo é o produto de transformação o das substâncias
orgânicas e minerais da superfície da terra sob a influência
dos fatores ambientais que operam por um período de
tempo muito longo e apresentando uma organização e
morfologia definidas. (REETZ, 2017, p.14)
CONCEITOS DE SOLO
• Embrapa (2006, p. 31) solo é considerado: [...]
uma coleção de corpos naturais, construídos por
partes sólidas, líquidas e gasosas,
tridimensionais, dinâmicos, formados por minerais
e orgânicos que ocupam a maior parte do manto
superficial das extensões continentais do nosso
planeta, contém matéria viva e podem ser
vegetados na natureza onde ocorrem e,
eventualmente, terem sido modificados por
interferências antrópicas.
CONCEITOS DE SOLO
• Para alguns, o solo vem a ser sinônimo de
qualquer parte da superfície da Terra e mesmo de
outros planetas.
• Geólogos podem entendê-lo como parte de uma
sequência de eventos geológicos no chamado
“ciclo geológico”.
• Ecólogos observam o solo como uma porção do
ambiente condicionado por organismos vivos.
• Para o Engenheiro de Minas, especializado em
mecânica dos solos, ele é mais um material solto
que cobre os minérios e necessita ser removido.
CONCEITOS DE SOLO

• Químicos, tal como Liebig , podem considera-lo como


uma porção de material sólido que pode ser analisada
no laboratório.
• Físicos comumente o veem como uma massa de
material cujas características mudam em função de
variações de temperatura e conteúdo de água.
CONCEITOS DE SOLO
• Para os homens da lei, ele muitas vezes é sinônimo de
“torrão natal”, como na expressão “solo pátrio”.
• Para o historiador e o arqueólogo, ele é como um
“gravador do passado”.
• Os artistas e filósofos podem vê-lo como um objeto
belo, muitas vezes místico, relacionados às forças da
vida.
• O Lavrador, o vê como espaço de sua labuta diária,
onde lida com suas lavouras e de onde tira a sua
subsistência.
CONCEITOS DE SOLO
• A ciência do Solo refere-se ao solo como um recurso
natural da Superfície da Terra, considerando sua
formação, classificação e mapeamento. Também estuda
seus atributos físicos, químicos, biológicos, sua
fertilidade, seu uso e manejo. (LEPSCH, 2011, p. 39)
COMPONENTES DO SOLO
• O solo é uma mistura variável de:
COMPONENTES DO SOLO
• Componentes minerais: fragmentos da rocha matriz,
minerais primários e secundários, substâncias amorfas;
• Componentes orgânicos: fauna e flora do solo, raízes de
plantas, resíduos de plantas intactos e em decomposição,
substâncias húmicas recentemente formadas (húmus);
• Água;
• Ar.
• Sendo uma mistura de substâncias sólidas, líquidas e
gasosas, o solo é um sistema de 3 fases.
PERFIL DO SOLO
• O perfil do solo é uma seção vertical que se inicia na
superfície do solo até chegar à camada de rocha.
IMPORTÂNCIA DO PERFIL DO SOLO
• O perfil do solo é utilizado para fins de exame,
descrição, coleta e classificação dentro de um sistema
organizado de classificação dos solos.
• De acordo com as características e dados apurados do
perfil do solo, identificados ou resultado de análises de
laboratórios, são comparados a atributos diagnósticos
definidos pelo SIBCS, utilizando a Chave do Sistema
Brasileiro de Classificação dos Solos (SIBCS). Através
dessa chave é possível comparar os resultados obtidos
com os critérios estabelecidos pelo SIBCS e assim
classificar o solo.
ORGANIZAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DE CHAVE
CLASSIFICAÇÃO DO PERFIL DO SOLO
• E como é realizada a análise e classificação do perfil do
solo? Em primeiro lugar é necessário identificar o
horizonte diagnóstico superficial e o subsuperficial do
perfil do solo.
• A caracterização desses horizontes, sua presença ou
ausência é que definirá a classificação do perfil do solo.
• Uma face ou um lado desse buraco ou barranco recebe
então o nome de perfil do solo.
Pesquisadores em um perfil de solos durante a Reunião Brasileira de
Classificação e Correlação de Solos, realizada na Amazônia em 2015.

https://www.sbcs.org.br/rcc/
AS CAMADAS
• Os horizontes podem variar quanto à cor, espessura,
tipo de estrutura, textura, entre outras características.
• Para a classificação, deve-se então observar as
características do solo no campo (morfologia) e coletar
amostras dos horizontes, que são levadas para os
laboratórios a fim de executar dezenas de
determinações (teores de cálcio, magnésio, potássio,
fósforo, alumínio, carbono orgânico, além de muitas
outras).
BASE PARA A CLASSIFICAÇÃO
• De acordo com essas observações é que se pode
comparar com os padrões definidos no Sistema
Brasileiro de Classificação dos solos.
• Esse Sistema agrupa e organiza todo o conhecimento
adquirido até hoje sobre os estudos dos solos no Brasil,
além de permitir a comunicação entre as várias pessoas
que trabalham com a ciência do solo, uma vez que um
solo de determinado nome (Latossolo, por exemplo)
apresenta o mesmo conjunto de características,
independentemente de estar no Estado do Amazonas ou
no Rio Grande do Sul.
DEFINIÇÃO E ADEQUAÇÃO
• Através da classificação dos solos é possível mapear
sua distribuição no País, e assim definir os locais mais
adequados aos diferentes tipos de cultivo, bem como
quais manejos do solo são mais adequados à cada
região. Por isso, o estudo e definição do perfil do solo
são tão importantes para a prática agrícola.
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
• O solo foi definido primeiramente pelo cientista
Dokuchaev (1877-1878), que estudando os solos
da Rússia (1877-1878), constatou que eram
constituídos por uma sucessão vertical de
camadas horizontais, tendo como fatores de
formação: clima, material de origem, tempo e
organismo
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
• Em 1941 o norte americano Hans Jenny, ressaltou o relevo
como fator adicional, mostrando que o solo é resultado da
equação:
• Solo = f (clima, organismos, material de origem,
relevo e tempo)
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
• De acordo com Lepsch (2011, p. 282) com está
equação é possível:
Verificar a ação do solo, considerando-os um por
um, como se fosse variáveis independentes da
equação proposta por Jenny. Apesar de, na prática,
ser difícil isolar determinado fator para melhor
estudá-lo, esse método é útil para entender por que
os solos diferem tanto em espessura, cor, textura,
sequência de horizontes, etc.
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
• Clima
 A maior parte dos agentes intempéricos está relacionada com processos
meteorológicos e climatológicos, a exemplo da água das chuvas, dos
ventos e da temperatura. Assim, o tipo climático e suas variações ao longo
do tempo são determinantes para a formação dos solos e também para a
velocidade do desgaste do material original.
 Regiões de clima mais quente tendem a apresentar processos mais
acelerados de formação dos solos, pois o calor acelera as relações
químicas.
 A intensidade e frequência das chuvas, a pressão atmosférica, o índice
anual de insolação e a força dos ventos também são fatores importantes
nesse contexto.
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
• O relevo irá condicionar bastante a formação dos solos, se
tiver em áreas elevadas, descarpadas, ou em áreas
rebaixadas, próximo do nível de base ou próximo do lençol
freático, irá favorecer ou desfavorecer a erosão, que de
acordo com Silva (1995, p.2):
É constituída pelo grupo de processos sob os quais material
terroso ou rochoso é desagregado, decomposto e removido de
alguma parte da superfície terrestre. É um processo natural de
exposição das rochas a condições diferentes das de sua
formação. É um processo de suavização da superfície
terrestre.
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
• Além do relevo tem-se também a atuação dos organismos,
pois as plantas influenciam na composição química do solo
e os animais conseguem produzir solos através dos
agregados. E o homem consegue produzir solos?
• O homem também condiciona o solo, possuem solos
derivados de lixão, solos antrópicos associados as
atividades antigas, tudo isso, favorecendo e influenciando
nas características do solo.
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
• O tempo é também um fator crucial na formação dos solos,
por que mesmo que mantenha-se todas as variáveis e os
fatores estabelecidos, o passar do tempo pode produzir
solos com características diferentes.
INTEMPERISMO

• Conjunto de fenômenos físicos causados por intempéries,


responsáveis pela fragmentação da rocha
INTEMPERISMO FÍSICO

• Os principais agentes responsáveis pelo intemperismo


físico são a água (e seus processos de evaporação,
congelamento etc.), as variações de umidade e
temperatura, entre outros.
INTEMPERISMO QUÍMICO
• Quebra da estrutura química dos minerais que
compõe a rocha ou sedimento (material de origem).
Dentre os fatores que influenciam o intemperismo,
tem-se, principalmente:

• Clima - determina a quantidade de chuva e temperatura


que atingirá a rocha, alterando quimicamente seus
minerais;
• Relevo – determina o fluxo de água no solo.
SÓLIDOS ATIVOS DO SOLO
• As camadas de um solo são constituídas de três fases:
Sólida, Líquida e Gasosa.

• Fase sólida:
• Argila - material inorgânico;
• Húmus – material orgânico.
HÚMUS
• O húmus é a forma relativamente estável da matéria
orgânica que permanece no solo depois de a maior parte
dos restos de plantas e animais se decomporem.

• O húmus também é fonte de carbono, nitrogênio, fósforo,


cálcio, ferro, manganês, entre outras substâncias essenciais
para o crescimento saudável dos vegetais.
MORFOLOGIA DO SOLO
O QUE É MORFOLOGIA D0 SOLO?

• São características presentes e observáveis nos solos que


permitem distinguir um determinado tipo de solo dos
demais.
• Algumas das características rotineiramente observadas
na descrição morfológica são:
COR
• É de fácil identificação e possibilita fazer inferências a
respeito do conteúdo de matéria orgânica, tipos de óxidos
de ferro, processo de formação dentre outros.
• Para que se tenha um padrão de identificação de cor do
solo, utiliza-se a carta de cores de Munseel (Munsell color
charts).
COR
COR
COR
COR
TEXTURA
ESTRUTURA DO SOLO
• A estrutura do solo refere-se ao tamanho e formato dos
poros e ao arranjo das partículas sólidas do solo.
• Os sólidos podem ser visualizados como organizados em
unidades maiores, e essa organização se dá pelo processo
de agregação.
DENSIDADE E POROSIDADE
• São características que estão muito relacionadas, pois
ambas são relações entre massa e volume dos
constituintes do solo.
• A porção do volume de um horizonte do solo não
ocupada pelas partículas sólidas corresponde à sua
porosidade.
• A densidade de partículas corresponde à massa por
unidade de volume de uma amostra de solo seco ou,
melhor, à média da densidade de todas as partículas do
solo, sem considerar os espaços porosos.
DENSIDADE E POROSIDADE
CONSISTÊNCIA
• É outro importante atributo do solo.
• Refere-se à resistência do material do solo a
manipulações ou estresses mecânicos (aplicação de força)
em vários estágios de umidade.
EROSÃO DO SOLO
• É a ação de processos superficiais, (tal como a ação do
fluxo de água ou vento) que remove solo, rochas, ou
material dissolvido de um local na crosta da terra, que
então o transporta para outro local.
EROSÃO DO SOLO
• Os processos erosivos, em algumas regiões da natureza,
são importantes para a dinâmica ambiental e renovação do
solo, pois permitem a movimentação de sedimentos para
outras áreas, o que pode transportar sedimentos férteis e
contribuir para o progresso natural da localidade.
• Entretanto, algumas erosões prejudicam o ritmo da
natureza, pois não podem ser contidas em curto espaço de
tempo. Para compreender melhor essas peculiaridades das
erosões, é importante entender como elas são
classificadas, isto é, em sulcos, ravinas e voçorocas.
EROSÃO DO SOLO
• Os sulcos erosivos são as estratificações
deixadas no solo pela erosão fluvial. Em algumas
regiões, eles são conhecidos como
os “caminhos” da água, sendo caracterizados
por pequenos buracos formados pela ação das
enxurradas, mas são fáceis de serem
recuperados.
EROSÃO DO SOLO
• Já as ravinas são buracos maiores, causados
pelo transporte exagerado de sedimentos e pela alta
suscetibilidade do solo a se desagregar da sua rocha-mãe.
Em geral, um solo fica mais suscetível à formação de
ravinas quando há muita precipitação e baixa quantidade de
árvores para segurar o solo com suas raízes.
• As ravinas são encontradas em encostas de morros que
tiveram sua vegetação original retirada, seja pela natureza,
seja pela ação humana.
EROSÃO DO SOLO

Ravinas
EROSÃO DO SOLO
• As voçorocas são processos mais graves, que em muitos
casos atingem o lençol freático. Esse tipo de erosão é
o agravamento das ravinas, quando a intensidade de
desgaste aumenta, tornando o solo fraco e muito
suscetível à formação de imensos buracos.
• A retirada da cobertura vegetal contribui para o
surgimento de voçorocas, pois aumenta a percolação
(capacidade de infiltração subterrânea da água) no solo.
EROSÃO DO SOLO

Voçorocas
FATORES QUE AFETAM UMA EROSÃO
• As erosões são processos que alteram a
paisagem de uma área e podem ser afetadas pelos
aspectos naturais de uma região, como o clima, o
relevo, os biomas, entre outros.
• O clima afeta os processos erosivos devido à
disposição de índices pluviométricos, temperatura,
quantidade de ventos e incidência solar, pois esses
fatores somados podem intensificar ou diminuir a
erosão de determinada área.
EROSÃO DO SOLO
• Como a erosão ocorre, em sua maioria, das áreas
mais altas para as áreas mais baixas, o relevo é um
aspecto importante a ser estudado.
• Em áreas planas, há o predomínio da sedimentação
trazida pela erosão, ou seja, áreas mais altas estão
mais sujeitas às erosões.
EROSÃO DO SOLO
• Sedimentação consiste na deposição das partículas dos
ambientes erodidos.
EROSÃO DO SOLO
• A presença intensa de árvores e plantas contribui para
que as erosões ocorram com menos intensidade, pois
a cobertura vegetal protege o solo, diminuindo
eventuais desgastes naturais.
CONSEQUÊNCIAS DA EROSÃO
• Nas grandes cidades com relevos montanhosos, chuvas
constantes podem ocasionar deslizamentos de terra em
terrenos ondulados.
CONSEQUÊNCIAS DA EROSÃO
• Quando a ação humana retira parte da vegetação, a erosão
vem com mais força, levando parte da margem para dentro do
rio, acumulando sedimentos no seu leito.
• O assoreamento pode causar a seca de vários cursos d’água,
pois reduz a profundidade e, com o passar dos anos, causa a
perda da biodiversidade aquática.
COMO EVITAR A EROSÃO?
• A não retirada da cobertura vegetal e, consequentemente,
a preservação das encostas são ações que contribuem
para diminuir os efeitos erosivos.
• Nas cidades, as encostas de morros são habitadas,
ocorrendo desmatamento da área, impermeabilização do
solo e interrupção de um ciclo natural da precipitação.
Com o excesso de chuva, a água que deveria infiltrar no
solo causa enxurradas, agravando ainda mais a situação
cotidiana dessas localidades.
COMO EVITAR A EROSÃO?
• Outras técnicas também são utilizadas para
amenizar os efeitos erosivos, como
o terraceamento (técnica de construir terraços,
degraus nas encostas dos morros), o cultivo
em curvas de nível (cultivos alternados nas
diferentes altitudes dos morros), o plantio
associado de culturas que expõem menos o solo,
etc.
COMO EVITAR A EROSÃO?

Curva de nível
COMO EVITAR A EROSÃO?

Terraceamento
EXPERIMENTO SOBRE A EROSÃO HÍDRICA
EXPERIMENTO SOBRE A EROSÃO HÍDRICA
GARRAFA SEM COBERTURA VEGETAL
GARRAFA COM COBERTURA VEGETAL VIVA
GARRAFA COM COBERTURA VEGETAL MORTA
EXPERIMENTO
SOBRE O IMPACTO
DA GOTA DE CHUVA
NO SOLO
EXPERIMENTO SOBRE
A INFILTRAÇÃO DA
ÁGUA DO SOLO
AFETADO POR
RESÍDUOS PLÁSTICOS
REFERÊNCIAS
• EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de
Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de
Solos. 2 ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos,
2006.
• FAO/UNESCO: Soil map of the world, UNESCO,
Paris, 1979.
• JENNY, H. Factors of soil formation. New York:
Mc –Grall Hill, 1941. Disponível em:
<htttp://metedu.edu.cn/sykc/hjx/content/ckzl/6/2.pd
f>.
REFERÊNCIAS
• LEPSCH, I. F. 19 lições de pedologia. São
Paulo: Oficina de Textos, 2011. 456.
• LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos
solos. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.
• OLIVEIRA, J. B.et al. Pedologia aplicada.
Jaboticabal: Funep, 2001.
• REETZ, Harold F. Fertilizantes e o seu uso
eficiente. Harold F. Reetz, Jr; tradução: Alfredo
Scheid Lopes. – São Paulo: ANDA, 2017. 178 p.

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