ATIVIDADE INTERVENc O - ESTaGIO BasicoI (1) 1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACID|WYDEN

CURSO DE PSICOLOGIA– UNIFACID/WYDEN

INTERVENÇÃO - ESTÁGIO BÁSICO I

Psicoeducação e saúde sexual na escola: Ensino Fundamental II e Ensino Médio

TERESINA
2024
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACID|WYDEN
CURSO DE PSICOLOGIA– UNIFACID/WYDEN

INTERVENÇÃO - ESTÁGIO BÁSICO I

Lara Maryanne Diniz Lobão Veras


Paloma Lima de Araújo
Maria Eduarda
Lorrane

TERESINA
2024
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CURSO DE PSICOLOGIA– UNIFACID/WYDEN

1. INTRODUÇÃO

A adolescência para a Organização Mundial da Saúde (WHO, 1986) é


considerada a segunda década de vida, ou período compreendido entre 10 e 20
anos incompleto. Trata-se também do período adotado pelo Ministério da Saúde do
Brasil (BRASIL, 1990). No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.º
8.069/90, a adolescência é circunscrita entre 12 e 18 anos. Esta fase é permeada
transformações na vida do sujeito (MARTINS; DIAS; CARVALHO, 2014).
Período de distanciamento de comportamentos e privilégios típicos da infância.
A adolescência é processo ativo em que ocorre a mudança da infância para a vida
adulta, no qual, familiares, escola e sociedade, carecem de entendê-lo em sua
percepção (BIFFI et al., 2018). Vista como período crítico do desenvolvimento
humano, na qual, cada sujeito está implantado, permeada por aflições e
conturbações que se vinculam à manifestação da sexualidade, como fase de
conflitos, estresse e luto originados por impulsos sexuais (TEIXEIRA et al., 2016). A
fase é entendida como um momento de mais vulnerabilidade (MOREIRA e
SARRIERA 2008). Muitas vezes, provoca crises, confusões e contradições, mas
que são necessárias para a maturidade biopsicossocial.
Na etapa da adolescência, muitos adolescentes acabam por vivenciar práticas
sexuais inseguras por falta de informações, ausência de comunicação com os pais,
medo ou receio de admitir uma relação sexual perante a família (CAMARGO e
BOTELHO 2007). O exercício da sexualidade na adolescência pode ser visto como
uma prática de risco pelo uso inadequado de proteção, frequentemente associado
às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e à gravidez indesejada
(BRANDÃO, 2009).
Devido à precocidade da iniciação sexual entre os jovens, é fundamental que as
metodologias de abordagem sobre a saúde sexual promovam uma reflexão e um
diálogo com os estudantes no sentido de despertar interesse e auxiliar na
aprendizagem dos conceitos científicos relacionados ao tema. Diante de tal
panorama, a educação sexual torna-se essencial para favorecer a promoção do
acesso aos serviços de saúde entre adolescentes, prevenir a gravidez precoce
indesejada e a contaminação por DST (HEILBORN et al., 2006; BRÊTAS et al.,
2011). Deste modo, esse estudo volta-se para o desenvolvimento de estratégias
psicoeducativas que promovam informações, discussões e aprendizado aos
adolescentes sobre a saúde sexual.

2. METODOLOGIA
2.1. Objetivo Geral:

Implementar uma abordagem abrangente de psicoeducação sobre saúde


sexual direcionada a alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio do turno da
tarde (aproximadamente 1100 alunos) do Colégio Dom Pedro II, localizado na
cidade de Uruçuí, Piauí Esta intervenção visa capacitar os estudantes a adquirir
conhecimentos precisos e atualizados sobre anatomia, fisiologia, prevenção de
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doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), métodos contraceptivos,


consentimento e relacionamentos saudáveis.

2.2. Objetivos Específicos:

 Fornecer aos alunos tomada de decisão autônoma e respeito à própria


integridade e à dos outros;
 Incentivar a autopercepção do corpo, a fim de promover o entendimento
da sua dimensão biológica;
 Apresentar métodos contraceptivos e a eficácia e porcentagem de erro
de cada um, com objetivo de orientar e informar sobre seu uso correto e
a importância do acompanhamento médico;
 Informar os fatores de risco e as consequências das doenças
sexualmente transmissíveis (DST);
 Desenvolver e disseminar conhecimento sobre a gravidez na
adolescência, explorando suas causas, impactos e possíveis estratégias
de prevenção e apoio.

2.3.1 Coleta de dados


A coleta de dados ocorreu por meio de questionários, intervenção por oficinas e
registro do grupo.

2.3.2 Questionário
Houve a aplicação de questionário sociodemográfico antes da intervenção
iniciar. As variáveis sociodemográficas foram: idade, e período de formação escolar
e de conhecimentos prévios.

2.3.3 Intervenção
A intervenção com os adolescentes ocorreu em forma de oficinas que seguiram
a metodologia da pesquisa participativa (BERGOLD e THOMAS, 2012). Acredita-se
que as metodologias participativas têm influência relevante nas escolhas
metodológicas para lidar com mudanças indispensáveis em contextos educacionais,
como é o caso de responder perguntas sobre a situação abordada.
As oficinas ocorreram no interior da escola, uma vez na semana, sempre às
quintas-feiras das 16h às 17h, durante os meses de maio e junho de 2023. Os
critérios de exclusão foram não demonstrar interesse em participar da pesquisa
proposta aos estudantes.
Para validar o planejamento inicial, foi realizada uma entrevista com o diretor da
escola e uma caixa de dúvidas foi disponibilizada para as adolescentes. Durante os
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encontros, foram empregadas estratégias de intervenção, tais como rodas de


conversa, dinâmicas de grupo, apresentação de imagens e videoclipes, além de
materiais lúdicos, como protótipos do corpo humano e informações sobre métodos
contraceptivos. Estas abordagens foram selecionadas com o objetivo de promover a
participação ativa dos alunos e tornar o tema mais acessível e envolvente.
Ao total foram oito encontros com duração de uma hora, cada. A estrutura da
intervenção respondeu ao tempo proposto e ao espaço disponibilizado pela
instituição. Esses encontros foram divididos em três momentos: autoconhecimento
sobre suas decisões e limites corporais, informações sobre segurança relacionado à
saúde sexual e discernir o conhecimento sobre as doenças que podem ser
transmitidas.

2. MONITORAMENTO

De antemão, foram espalhados pela escola cartazes com um QR Code para se


inscrever, de maneira totalmente gratuita, no projeto. Foram atingidas cerca de 780
inscrições, de 1100 possíveis. No decorrer da intervenção foram distribuídas listas
de presença, com o propósito de registrar a quantidade de participantes. Após a
contagem de alunos presentes em cada encontro:
 No dia 4 de maio de 2023 participaram 650 alunos
 No dia 11 de maio de 2023 participaram 557 alunos
 No dia 18 de maio de 2023 participaram 609 alunos
 No dia 25 de maio de 2023 participaram 403 alunos
 No dia 01 de junho de 2023 participaram 554 alunos
 No dia 08 de junho de 2023 participaram 399 alunos
 No dia 15 de junho de 2023 participaram 444 alunos
 No dia 22 de junho de 2023 participaram 668 alunos

Para investigar aspectos relacionados à saúde sexual de adolescentes, foi


aplicado um questionário sociodemográfico. Este questionário abordou diferentes
variáveis, incluindo idade, período de formação escolar e conhecimentos prévios
sobre saúde sexual. Os participantes foram selecionados dentro da faixa etária dos
12 aos 17 anos, englobando diferentes estágios da adolescência. Quanto ao
período de formação escolar, foram incluídos alunos desde o ensino fundamental II
até o ensino médio, representando uma ampla gama de níveis educacionais dessa
faixa etária.
No que diz respeito aos conhecimentos prévios sobre saúde sexual, o
questionário explorou diversos temas relevantes para o desenvolvimento sexual e
reprodutivo dos adolescentes.
Ao final de toda apresentação de conhecimento teórico e exposição, foi
realizada da avaliação final para verificar a compreensão dos participantes sobre os
temas estudados.
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4. RECURSOS NECESSÁRIOS
 Para a realização do projeto foi utilizado o auditório da escola, o qual suporta
até 1000 pessoas;
 Equipe multidisciplinar composta por uma psicopedagoga, três psicólogas e
um psiquiatra como convidado;
 Protótipos do corpo humano;
 Folder informativo sobre saúde sexual;
 Apresentação de imagens e videoclipes.

5. CRONOGRAMA
Dia 7 a 13 de março de 2023: Preparação e planejamento do projeto
Dia 15 de março de 2023: Reunião com equipe para definir objetivos e estratégias
de intervenção
Dia 18 a 28 de março de 2023: Elaboração de materiais educativos e preparação de
recursos visuais
Dia 29 março a 5 de abril de 2023: Treinamento da equipe de facilitadores para
condução das atividades.
Dia 18 de abril de 2023: Cartazes são colocados na escola afim de promover a
divulgação do evento (inscrições abertas)
Dia 30 de abril de 2023: Encerramento das inscrições
Dia 02 de maio de 2023: É disponibilizada a caixa de dúvidas onde cada um poderia
escrever, anonimamente, perguntas ou comentários relacionados ao tema.
Dia 04 de maio de 2023: Aplicação do questionário sociodemográfico e Realização
de uma roda de conversa introdutória com os participantes para apresentação do
projeto e coleta de expectativas
Dia 11 de maio de 2023: Início das dinâmicas de grupo para mover discussões
abertas sobre sexualidade e saúde.
Dia 18 de maio de 2023: Continuação das dinâmicas de grupo, explorando temas
como anatomia, fisiologia e prevenção de DSTs
Dia 25 de maio de 2023: Apresentação de imagens e videoclipes educativos para
ilustrar conceitos e informações relevantes sobre consentimento e relações
saudáveis
Dia 01 de junho de 2023: Introdução dos materiais lúdicos, incluindo protótipos do
corpo humano e demonstração de métodos contraceptivos
Dia 08 de junho de 2023: Apresentação de histórias de vida de jovens que
enfrentaram gravidez na adolescência, destacando desafios e superações com um
psiquiatra como convidado especial
Dia 15 de junho de 2023: Continuação do módulo sobre métodos contraceptivos,
com foco em métodos de barreira, hormonais e de longa duração
Dia 22 de junho de 2023: Realização da avaliação final (jogo de perguntas) para
verificar a compreensão dos participantes sobre os temas estudados
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Dia 25 a 30 de junho de 2023: Elaboração do relatório final do programa.

6. REFERÊNCIAS

WHO. World Health Organization. Young People´s Health – a Challenge for


Society. Report of a WHO Study Group on Young People and Health for All.
Technical Report Series 731. Geneva: WHO, 1986 BRASIL.

Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal no 8069/1990.

BIFFI, et al. Acolhimento de enfermagem á saúde do adolescente em uma


estratégia de saúde da família. Revista Perspectiva: Ciência e Saúde, Porto Alegre,
v. 3, n. 1, p.83-97, 2018.

MOREIRA, M.C.; SARRIEIRA, J.C. Satisfação e Composição da rede de apoio


social a gestantes adolescentes. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 13, n. 4, p. 781-
789, 2008.

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