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MINISTÉRIO DA SAÚDE - Conselho Nacional de Saúde - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP

PROJETO DE PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS

Projeto de Pesquisa:
AÇÕES ESCOLARES DURANTE O LOCKDOWN NO ENFRENTAMENTO ÀS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Informações Preliminares
Responsável Principal

CPF/Documento: 275.682.103-91 Nome: MAURICIA MARCELA CAVALCANTE MAMEDE FURLANI


Telefone: 85991232548 E-mail: mauriciamamede@hotmail.com

Instituição Proponente

CNPJ: Nome da Instituição: UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

É um estudo internacional? Não

Assistentes
CPF/Documento Nome
182.866.315-87 LUIZA JANE EYRE DE SOUZA VIEIRA

Equipe de Pesquisa
CPF/Documento Nome
182.866.315-87 LUIZA JANE EYRE DE SOUZA VIEIRA

Área de Estudo

Grandes Áreas do Conhecimento (CNPq)


Grande Área 4. Ciências da Saúde
Propósito Principal do Estudo (OMS)
Saúde Coletiva / Saúde Pública
Título Público da Pesquisa: AÇÕES ESCOLARES DURANTE O LOCKDOWN NO ENFRENTAMENTO ÀS VIOLÊNCIAS CONTRA
CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Contato Público
CPF/Documento Nome Telefone E-mail
275.682.103-91 MAURICIA MARCELA CAVALCANTE MAMEDE 85991232548 mauriciamamede@hotmail.com
FURLANI
Contato Científico: MAURICIA MARCELA CAVALCANTE MAMEDE FURLANI

Data de Submissão do Projeto: 09/10/2023 Nome do Arquivo: PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_2191665.pdf Versão do Projeto: 2

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Desenho de Estudo / Apoio Financeiro

Desenho:
O percurso metodológico que envolve temas complexo em si mesmo, requer abordagens que ultrapassem a magnitude dos dados e alcance a sua
transcendência. Desse modo a abordagem qualitativa do tipo estudo de caso se inscreve nessa compreensão (MINAYO, 2006; ASSIS; MINAYO,
2017). Nesta pesquisa considera-se o caso as ações desenvolvidas pelas escolas no enfretamento às violências contra crianças e adolescentes no
período do lockdown, 2020 e 2021 (YIN, 2015). O obejtivo busca nalisar as ações desenvolvidas (realizadas) pelas escolas no enfrentamento às
violências contra crianças e adolescentes no período do lockdown (2020-2021), centra se como objetivos especificos, identificar as ações
desenvolvidas pelas escolas no enfrentamento às violências contra esse grupo e as suas articulações intersetoriais; Descrever as ações realizadas
pela rede de proteção e apoio no acompanhamento dos casos; Mapear as ações que emanaram das escolas e envolveram a atuação dos setores
da educação, saúde, assistência social, segurança pública e ministério público para o enfrentamento da violência. O cenário do estudo compreende
o município de Horizonte está localizado a cerca de 40 km de Fortaleza, Ceará, a quinta arrecadação do Estado, sede de várias empresas, tem a
população estimada em 70 mil habitantes, um IDH de 0,658, que corresponde ao 17º do Estado do Ceará; a rede municipal de ensino atende
aproximadamente 13 mil alunos, distribuídos por 32 escolas de ensino fundamental, taxa de escolarização de 97,1% (PREFEITURA MUNICIPAL DE
HORIZONTE, 2023). Na presente pesquisa a fase exploratória, a concretiza-se a definição do público-alvo, que incluirá familiares, profissionais de
saúde, assistência social e educação maiores de 18 anos de idades. Ressalta-se que estes serão recrutados através da técnica bola de neve.
Assim, a ideia da presente pesquisa não é ouvir a criança ou adolescente, e sim às pessoas envolvidas na relação escolar, aqueles que formam o
núcleo familiar com as supostas vítimas e/ou que foram responsáveis para intervir na situação de violência. Desse almeja-se a participação de no
mínimo 25 participantes que compreende o a totalidade do universo do estudo, logo serão: (1) Familiar; (2) professores e gestores das escolas do
município de Horizonte; (3) gestores e profissionais dos setores da saúde, assistência social. Nessa fase de coleta de dados, existe a alternativa de
utilizar diversas técnicas para coletar informações, como entrevistas com profissionais que trabalham com crianças e adolescentes, revisão de
documentos e registros, observação de situações de violência, entre outras. O objetivo é obter uma visão geral do fenômeno e identificar os
principais aspectos a serem explorados na pesquisa.
Neste estudo, a coleta de dados ocorrerá inicialmente pela análise de documentos que registraram as ações realizadas no enfrentamento das
violências no período do lockdown, acrescidos de entrevistas semiestruturadas, gravadas por gravador e com questões norteadoras elaboradas
pelos próprios pesquisadores de acordo com a categoria do entrevistado (APÊNDICE A – Entrevista com familiar; APÊNDICE B – Entrevista com
Professores/Gestores escolares; APÊNDICE C - Trabalhadores e Profissionais atuantes na assistencial social e APÊNDICE D -
Profissionais/gestores de saúde), com a caracterização do perfil sociodemográfico dos participantes e perguntas abertas com foco na temática do
estudo.
4. 6 Análise dos dados
A etapa da análise dar-se-á na forma de relatório com descrição apurada do cenário do estudo, do alcance dos objetivos, análise documental, assim
como as convergências e divergências que emergirem da análise de conteúdo na modalidade temática (MINAYO, 2010; 2011; ANUNCIAÇÃO, et.
al., 2023).

Apoio Financeiro
CNPJ Nome E-mail Telefone Tipo
Financiamento
Próprio

Palavra Chave

Palavra-chave
AÇÕES ESCOLARES

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LOCKDOWN
VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Detalhamento do Estudo

Resumo:
O estudo objetiva analisar as ações desenvolvidas (realizadas) pelas escolas no enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes no
período do lockdown (2020-2021). O percurso metodológico que envolve temas complexo em si mesmo, requer abordagens que ultrapassem a
magnitude dos dados e alcance a sua transcendência. Desse modo a abordagem qualitativa do tipo estudo de caso se inscreve nessa compreensão
(MINAYO, 2006; ASSIS; MINAYO, 2017). O cenário do estudo compreende o município de Horizonte apresenta um IDH de 0,658, que corresponde
ao 17º do Estado do Ceará. Desse almeja-se a participação de no mínimo 25 participantes, maiores de 18 anos de idade, recrutados por meio da
técnica bola de neve, assim compreende o a totalidade do universo do estudo: (1) Familiar; (2) professores e gestores das escolas do município de
Horizonte; (3) gestores e profissionais dos setores da saúde, assistência social. Tem-se como critérios de inclusão: familiares, professores e
gestores que estavam cuidando ou em exercício laboral no período de lockdown – 2020-2021. Sendo que gestores e profissionais dos dispositivos
supracitados deverão ter no mínimo seis meses. Serão excluídos todos que estiveram ausentes das atividades laborais no período estudado, como
também afastamento por férias, ou demandas de saúde mental. A coleta de dados ocorrerá inicialmente pela análise de documentos que
registraram as ações realizadas no enfrentamento das violências no período do lockdown, acrescidos de entrevistas semiestruturadas, gravadas por
gravador e com questões norteadoras elaboradas pelos próprios pesquisadores de acordo com a categoria do entrevistado. A etapa da análise dar-
se-á na forma de relatório com descrição apurada do cenário do estudo, do alcance dos objetivos, análise documental, assim como as
convergências e divergências que emergirem da análise de conteúdo na modalidade temática. Na perspectiva de atender os aspectos éticos e
legais, inicialmente será realizada uma visita a secretaria de educação, secretaria de saúde e secretaria de assistência social do município de
Horizonte onde serão expostos o presente projeto, objetivos e procedimentos do estudo, com a apresentação da carta de anuência para cada órgão
responsável. Pontuamos também que todos os participantes do estudo deverão assinar, quando concordância do estudo o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE), serão utilizadas as codificações por abreviaturas do familiar ou das profissões, seguidas de um numeral (Ex: Familiar -
1; AS 2; PSI - 1; GE-) e assim por diante. Os benefícios do estudo permitirão analisar as ações da Escola na prevenção da violência contra crianças
e adolescentes, com outras interfaces que permeiam este fenômeno, em especial a família, a assistencial social e saúde. Posto que em um
fenômeno complexo reitera-se que a totalidade e a sociedade estar interligada nas suas diversas maneiras e formas de cuidar.

Introdução:
O papel da escola no enfrentamento às múltiplas violências contra crianças e adolescentes têm sido pauta de investigações no cenário mundial e
nacional, incorrendo em debates entre os órgãos mundiais e resultarem em pactuações entre várias nações (ABRAMOVAY, 2020; OMS, 2002;
UNICEF, 2016). O Brasil acompanha esses debates e embates, é signatário de várias pactuações assumindo o compromisso de elaborar políticas,
programas e ações intersetoriais na mitigação e enfrentamento das diversas modalidades de violências contra crianças e adolescentes, seres em
formação e, portanto, em condições de vulnerabilidade (BRASIL, 1990). A situação da criança e do adolescente como pessoa em desenvolvimento
e a necessidade de sua proteção há muito tempo deixou de estar no consciente coletivo e foi materializado como norma vigente por meio de leis e
tratados internacionais. Este cenário remonta a Declaração Universal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, de 1924 firmado pela Liga das
Nações, no qual a assertiva era de que todas as pessoas devem às crianças: meios para seu desenvolvimento; ajuda especial em momentos de
necessidade; prioridade no socorro e assistência; liberdade econômica e proteção contra exploração; e uma educação que instile consciência e
dever social (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1948).Posteriormente, com a surgimento da Organização das Nações Unidas (ONU) e a
criação do UNICEF, o referido documento foi ratificado e teve ampliado o rol de direitos e obrigações em prol das crianças e adolescentes com a
Convenção Internacional dos Direitos das crianças (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1989). No Brasil, a Constituição Federal reconhece as
crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, sendo obrigação do Estado, família e comunidade protege-los contra qualquer tipo de violência,
como preconizado no art. 227 (BRASIL, 1988). O Estatuto da Criança e do Adolescente, promulgado em 1990, além de detalhar o papel dos atores
sociais na proteção de crianças e adolescentes criou obrigações administrativas e tipos penais específicos, dentre eles o dever de promover a
notificação obrigatória a agentes de saúde e de educação de casos de violência (art. 245) (BRASIL, 1990).No entanto, equipamentos sociais e os
atores envolvidos enfrentam desafios estruturais para assegurar os direitos e cumprir os deveres que estão postos nos marcos teóricos e legais.
Nesse sentido, Nobre et. al., (2018) ao investigarem fatores que se relacionam à violência interpessoal em escolas públicas do município de
Fortaleza retomam as concepções de expertises sobre a relação estabelecida entre o papel da escola e violências. Asseveram que analisar o lugar
social da criança na família e escola é possibilitar a contextualização das práticas inscritas nesses cenários que consideram os aspectos históricos,
sociais e políticos. Nessa lógica, a escola conforma-se como espaço social privilegiado onde a criança poderá tomar decisões, evidenciar atitudes
individuais e autônomas diante dos conflitos, das ideias divergentes entre seus pares e emitir seu ponto de vista ponderando sobre o dito, o
ensinado ou o vivenciado (ABRAMOVAY, 2002).Institucional e socialmente a escola foi concebida e construída para acolher e contribuir na
educação de crianças, firmando-se nas interações entre os protagonistas e estruturando, nessas relações, diferentes formas e conteúdos
representacionais, evidenciando a cultura societal em que estão inseridas (SANTOS; LAURO, 2010). No entanto, a escola tem se formatado como
arena e locus de crescimento exponencial das relações corroídas pelas incivilidades comportamentais e esfacelamentos valorativos entendidos,
neste estudo, como as manifestações de violências interpessoais (MINAYO, 2010).A escola ampliou a diversidade de papeis, deixa de ser apenas
“agente de transmissão” de conteúdo. Reconhece-se que o ambiente escolar exerce um papel plural, pois além de formação científica intelectual,
reveste-se hoje de um “engenho articulado” de transformação social. Posto que além de desenvolver as habilidades instrumentais, é no meio escolar
que são desenvolvidas as relações sociais, extrafamiliares, e que são apresentados conceitos diversos de violência. Não raro a formação dos
vínculos afetivos de criança e adolescentes com seus tutores nos espaços escolares, permite a identificação de situações de violência e maus tratos
que essas crianças e adolescentes estão expostos em seu cotidiano de vida. Reafirmando esta compreensão, Nunes (2023) analisa o uso de
estratégias adotadas por gestores educacionais de uma escola de Educação Básica, em Porto Alegre/RS, para fomentar, entre os professores, a
liderança e o cuidado com pessoas contribuíram para a eficiência e a eficácia do processo educativo. O autor reflete sobre as estratégias utilizadas
para minimizar os impactos cognitivos e socioemocionais nos estudantes durante a pandemia, e avalia os maiores desafios neste contexto. A
ausência da escola durante o período de “lockdown”, decorrente das medidas governamentais para combate a pandemia de Covid-19, impediu que
os educadores acolhessem as supostas vítimas de violência, consequentemente impediu a prevenção e deixou diversas crianças e adolescentes
expostos a violência. A identificação no setor de saúde já ocorre quando a violência ultrapassa o limite físico suportado pela criança ou adolescente,
muitas vezes já chegam à porta da rede de saúde sem condições de recuperação.Além da violência doméstica que pode ser identificada pelo
educador e permitir a atuação da rede de proteção, outro aspecto que coloca a escola como instrumento fundamental para o combate à violência, é
possibilidade de capacitação de crianças e adolescentes em adultos úteis para adequação ao meio social e ao mercado de trabalho, posto que é na
convivência de grupo que são desenvolvidas habilidades como a empatia e as demais habilidades sociais e cognitivas. Privados do meio acadêmico
os adolescentes ficam expostos também a violência social decorrente de grupos criminosos organizados, são atraídos e subjugados pelos “chefões”
do crime organizado (UNICEF, 2016). Para o adolescente é muito atraente conseguir dinheiro e poder de forma imediata através da prática
criminosa, sem ter que se submeter a escola, a comunidade ou o poder familiar; contudo o resultado, conforme

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demonstra o documento Trajetórias interrompidas, produzido pela UNICEF (2016) sobre homicídios contra adolescentes, em 2015, no município de
Fortaleza e outros seis municípios cearenses. Os resultados mostraram que mais de 70% dos adolescentes assassinados em 2015, nos sete
municípios cearenses, estavam fora da escola há pelo menos seis meses (UNICEF, 2016). Depreende-se que além de instrumento de
transformação social, a Escola é o ambiente que influencia diretamente as demandas estatais de saúde e segurança, como parte da rede de
proteção à criança e ao adolescente, proporciona detectar de casos de risco e promove a inclusão social, afastando as crianças e adolescentes de
meios permissivos e violentos. Dessa forma, é potente o papel protetor da escola, com seus vínculos, afetos, ainda que, esses cenários não estejam
isentos de construções de incivilidades e não estejam imersas em crises paradigmáticas (NORONHA et. al., 2017).De fato, a obrigação de
notificação de caso de violência é um dos mais importantes instrumentos de combate à violência contra crianças e adolescentes, o artigo em
questão relaciona os agentes que estão vinculados à norma cogente: o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e
de ensino fundamental, pré-escola ou creche, a escolha destes personagens não ocorre de forma aleatória, mas deve-se ao fato de estarem os
mesmos na linha de frente de atendimento, seja na rede de saúde, seja na rede de educação.Uma busca nos dados sobre as notificações de
violência contra crianças e adolescente no município de Horizonte, no período imediatamente anterior ao isolamento social (2019) e durante o
isolamento (2020 e 2021), demonstra uma queda nas notificações, o que parece estar desassociado da realidade vivenciada na sociedade, e
retratada nos boletins epidemiológico do mesmo período, e na base de dados do Datasus. Em 2019 foram notificados 88 casos de violência
envolvendo crianças e adolescentes até 19 anos; no ano de 2020, alcançou 56 casos e, em 2021, 12 ocorrências (CEARÁ, 2021; DATASUS,
2021).Dados do Boletim Epidemiológico nº01da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (abril/2021), os casos de feminicídio na pandemia
cresceram em torno de 40% o que demonstra que a redução da notificação não retrata o cenário de violência no isolamento social (CEARÁ, 2021).
Esses feminicídios perfilam as violências interpessoais a que crianças e adolescentes são expostos no âmbito doméstico e/ou no entorno
peridomiciliar. Platt et. al, (2020), sob a orientação da OMS, retrata a adesão mundial a estratégia de isolamento social para controle da
disseminação da COVID-19, incluindo neste contexto o fechamento das escolas e o recolhimento domiciliar; em consequência, os riscos para
crianças e adolescentes em situação de violência domiciliar aumentaram, semelhante ao que ocorreu no Iêmen em 2017 quando da epidemia de
Ebola. Dados da UNESCO mostram que 1,5 bilhão de crianças e adolescentes foram atingidos com o fechamento das escolas, espaço profícuo para
a suspeita e/ou identificação de violências. Somando esforços nesse sentido, a UNICEF relacionou algumas medidas adotadas pelos governos para
identificar e enfrentar a violência contra mulheres e crianças durante as medidas de isolamento social (UNICEF, 2021).No âmbito global foram
implementadas medidas visando mitigar os efeitos multidimensionais nas famílias: licença remunerada para cuidadores, programa de apoio a creche
e segurança alimentar para crianças, linhas de comunicação para receber denúncia de violência contra crianças e de resposta a COVID-19, medidas
de proteção para mulheres que se refletem na proteção de seus filhos. Acrescenta-se o envolvimento de empresas privadas na identificação de
denúncias de violência, desenvolvimento de aplicativos para acionar a rede de proteção, integração dos serviços de saúde na identificação dos
casos de violência, o treinamento de diversos atores fora do sistema de proteção. Cabe destacar que a política de enfrentamento à COVID-19 deve
integrar-se as políticas de proteção a crianças e adolescente em situação de vulnerabilidade, sob pena de ampliar a desigualdade social e as
situações de violências (BATHIA et al., 2020).Estudo comparativo realizado por Levandowski, Mateus Luz et al., (2021), listou as abordagens em
vários países. No Canadá foram classificados como serviços essenciais os abrigos para mulher; na Itália, afastamento dos agressores do lar; na
França aumentaram as vagas de acolhimento para vítimas; na China, campanha pela internet para identificação e intervenção das autoridades em
casos de violência doméstica; e, na África do Sul, instituições e serviços de saúde monitoraram as populações mais vulneráveis.

Hipótese:
1.4 Hipótese/Pressuposto Sendo a Escola parte do contexto social onde se recebe as vítimas ou até mesmo onde se encontram as tensões sociais,
os conflitos e os atores envolvidos, ao longo do tempo vários mecanismos para abordagem dentro do ambiente escolar, desde a normatização das
condutas, a formação dos conselhos escolares, núcleos de mediação e até Comissões de prevenção à violência. Nesse contexto, analisar as ações
desenvolvidas (realizadas) pelas escolas no enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes no período do lockdown (2020-2021) torna-
se o fomento da busca de consolidar respostas ao fenômeno, posto que a violência é possível prevenir se ocorrer uma atuação em rede intersetorial.

Objetivo Primário:
Analisar as ações desenvolvidas (realizadas) pelas escolas no enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes no período do lockdown
(2020-2021).
Objetivo Secundário:
Identificar as ações desenvolvidas pelas escolas no enfrentamento às violências contra esse grupo e as suas articulações intersetoriais; Descrever
as ações realizadas pela rede de proteção e apoio no acompanhamento dos casos;Mapear as ações que emanaram das escolas e envolveram a
atuação dos setores da educação, saúde, assistência social, segurança pública e ministério público para o enfrentamento da violência.

Metodologia Proposta:
O percurso metodológico que envolve temas complexo em si mesmo, requer abordagens que ultrapassem a magnitude dos dados e alcance a sua
transcendência. Desse modo a abordagem qualitativa do tipo estudo de caso se inscreve nessa compreensão (MINAYO, 2006; ASSIS; MINAYO,
2017). Nesta pesquisa considera-se o caso as ações desenvolvidas pelas escolas no enfretamento às violências contra crianças e adolescentes no
período do lockdown, 2020 e 2021 (YIN, 2015). Estudiosos reiteram que a violência não pode ser estudada com uma abordagem simplesmente
quantitativa, posto tratar-se de um fenômeno com múltiplos aspectos, a quantificação de casos e a análise de dados matemáticos não permitem a
compreensão do fenômeno; além do que a violência pode se manifestar de várias formas, não sendo limitada a força física (MINAYO, 2005; SILVA;
ASSIS, 2017).O Estudo de Caso (EC) proposto por Yin (2015) assume um desenho metodológico que busca compreender a natureza de um
fenômeno contemporâneo e social em seu contexto no mundo real, sobre o qual não se tem controle e que se anseia esclarecê-lo, o que vai ao
encontro da análise das ações com repercussões intersetoriais para mitigar as situações de violências envolvendo os espaços e os atores escolares
em 2020-2021, ou seja, nas medidas sanitárias de contenção da Covid-19. Para que a pesquisa se configure como EC é fundamental que se atente
para os seguintes componentes: as questões do EC, as proposições do EC e a lógica que une os dados às proposições. As questões do EC devem
justificar o seu desenvolvimento e as proposições são arcabouços teóricos que, vinculados aos dados empíricos, devem compor a análise (YIN,
2015). O cenário do estudo compreende o município de Horizonte está localizado a cerca de 40 km de Fortaleza, Ceará, a quinta arrecadação do
Estado, sede de várias empresas, tem a população estimada em 70 mil habitantes, um IDH de 0,658, que corresponde ao 17º do Estado do Ceará; a
rede municipal de ensino atende aproximadamente 13 mil alunos, distribuídos por 32 escolas de ensino fundamental, taxa de escolarização de
97,1% (PREFEITURA MUNICIPAL DE HORIZONTE, 2023). Para tanto, o estudo será desenvolvido mais precisamente na região com maior
vulnerabilidade social. Definindo, assim inicialmente as participações das escolas: (1)EMEF. Euclídia Pereira de Azevedo; (2) EMEF. Francisca
Monteiro de Oliveira; (3) EMEF. Jose Aldemir da Silva; (4) EMEF. Francisco Xavier de Freitas e (5) EMEF. Marina Ferreira de Almeida. O outro
dispositivo participante compreende-se pelo Centro de Referência de Assistente Social (CREAS) e o Conselho Tutelar, estes que estão vinculados a
Secretária de Assistencial Social e desenvolvem o apoio para atender vítimas de violência. No que concerne o dispositivo da rede de assistência à
saúde, o cenário será compreendido pela Unidade Básica de Saúde de Catolé (UAPS), posto às proximidades com dispositivos da educação
(HORIZONTE, 2023).Na presente pesquisa a fase exploratória, a concretiza-se a definição do público-alvo, que incluirá participantes maiores de 18
anos de idade, compreendendo familiares, profissionais de saúde, assistência social e educação. Assim, a ideia da presente pesquisa

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não é ouvir a criança ou adolescente, e sim às pessoas envolvidas na relação escolar, sendo recrutados através do metódo bola de neve aqueles
que formam o núcleo familiar com as supostas vítimas e/ou que foram responsáveis para intervir na situação de violência. Desse almeja-se a
participação de no mínimo 25 participantes que compreende o a totalidade do universo do estudo, logo serão: (1) Familiar; (2) professores e
gestores das escolas do município de Horizonte; (3) gestores e profissionais dos setores da saúde, assistência social , como descrito a
seguir:Ressalva-se que a pesquisa utilizará o método de saturação teórica (MINAYO, 2016) para a inclusão de novos participantes, como também o
encerramento da fase de campo.
Critério de Inclusão:
Tem-se como critérios de inclusão: familiares, professores e gestores que estavam cuidando ou em exercício laboral no período de lockdown – 2020
-2021. Sendo que gestores e profissionais dos dispositivos supracitados deverão ter no mínimo seis meses
Critério de Exclusão:
Serão excluídos todos que estiveram ausentes das atividades laborais no período estudado, como também afastamento por férias, ou demandas de
saúde mental.
Riscos:
No que concerne os riscos deste estudo, ele apresenta risco mínimos, sendo o constrangi-mento um dos riscos mais evidentes, nesse sentido os
pesquisadores garantem que o estudo será desenvolvido em uma sala tranquila, calma e individualizada.
Benefícios:
Os benefícios do estudo permitirão analisar as ações da Escola na prevenção da vio-lência contra crianças e adolescentes, com outras interfaces
que permeiam este fenômeno, em especial a família, a assistencial social e saúde. Posto que em um fenômeno complexo reitera-se que a
totalidade e a sociedade estar interligada nas suas diversas maneiras e for-mas de cuidar.
Metodologia de Análise de Dados:
A etapa da análise dar-se-á na forma de relatório com descrição apurada do cenário do estudo, do alcance dos objetivos, análise documental, assim
como as convergências e divergências que emergirem da análise de conteúdo na modalidade temática (MINAYO, 2010; 2011; ANUNCIAÇÃO, et.
al., 2023). A sequência interpretativa-analítica dar-se-á pela literatura sobre o objeto de estudo e dos dispositivos políticos e legais que balizam a
proteção de crianças e adolescentes, bem como asseguram seus direitos (BRASIL, 1988; BRASIL, 1990; BRASIL, 2007; BRASIL, 2012; UNESCO,
2015; CEARÁ, 2020 ). Após seleção dar-se-á a análise preliminar dos documentos, reunindo as partes que identifiquem elementos da problemática
ou quadro teórico, contexto, autores, interesses, confiabilidade, natureza do texto e conceitos-chave. O pesquisador poderá fornecer uma
interpretação coerente, tendo em conta o tema e o questionamento inicial (CELLARD, 2008). A análise é desenvolvida por meio da discussão que os
temas e os dados suscitam e inclui geralmente o corpus da pesquisa, as referências e o modelo teórico (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI,
2009).Reitera-se a responsabilidade social do pesquisador no compartilhamento dos resultados de pesquisa com os participantes e setores
envolvidos no estudo, assim como a sociedade civil organizada para que tenha subsídios para refletir e agir no reconhecimento e enfrentamento das
múltiplas violências que refletem problemas estruturais na organização política, administrativa, econômica e social das nações.

Desfecho Primário:
Evidencair as ações desenvolvidas (realizadas) pelas escolas no enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes no período do
lockdown (2020-2021).
Tamanho da Amostra no Brasil: 25

Países de Recrutamento
País de Origem do Estudo País Nº de participantes da pesquisa
Sim BRASIL 25

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Outras Informações

Haverá uso de fontes secundárias de dados (prontuários, dados demográficos, etc)?


Não

Informe o número de indivíduos abordados pessoalmente, recrutados, ou que sofrerão algum tipo de intervenção neste centro de
pesquisa:
25

Grupos em que serão divididos os participantes da pesquisa neste centro


ID Grupo Nº de Indivíduos Intervenções a serem realizadas
Professores/Gestores escolares 5 ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA
Profissionais/gestores de saúde 5 ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA
Familiar 5 ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA
Trabalhadores e Profissionais atuantes na 10 ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA
assist
O Estudo é Multicêntrico no Brasil?
Não

Propõe dispensa do TCLE?


Não

Haverá retenção de amostras para armazenamento em banco?


Não

Cronograma de Execução
Identificação da Etapa Início (DD/MM/AAAA) Término (DD/MM/AAAA)
SUBMISSÃO AO CEP 07/08/2023 01/09/2023
ESCRITA DA DISSERTAÇÃO 01/10/2023 31/05/2024
ORGANIZAÇÃO DOS DADOS 01/12/2023 31/01/2024
ANÁLISE DOS DADOS 01/11/2023 29/02/2024
CORREÇÃO DE PORTUGUES 01/01/2024 31/03/2024
COLETA DE DADOS 01/11/2023 31/01/2024

Orçamento Financeiro
Identificação de Orçamento Tipo Valor em Reais (R$)
Xerox Outros R$ 45,00
Impressora Custeio R$ 400,00
Caneta Outros R$ 10,00
Marcador de Texto Outros R$ 6,00
Papel A4 Outros R$ 100,00
Cartucho de tintas Outros R$ 75,00
Gravador de voz Custeio R$ 250,00
Computador Custeio R$ 1.800,00
Total em R$ R$ 2.686,00

Bibliografia:
ABRAMOVAY, M. et al. Juventude, violência e vulnerabilidade social na América Latina: desafios para políticas públicas. Brasília, Brasil:
Unesco/BID, 2002. ALMEIDA, P. F. et al. Coordenação do cuidado e Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde. Saúde em Debate, v.
42, n. spe1, p. 244–260, 2018. ALELUIA, I. R. S. et al. Coordenação do cuidado na atenção primária à saúde: estudo avaliativo em município sede
de macrorregião do nordeste brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n. 6, p. 1845–1856, 2017. ALMEIDA, P. F.; FAUSTO, M. C. R.;
GIOVANELLA, L. Fortalecimento da atenção primária à saúde: estratégia para potencializar a coordenação dos cuidados. Revista Panamericana de
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