1Universidade Estadual da Paraíba, Departamento de Engenharia Civil, Araruna, PB, Brasil
No presente artigo, iremos apresentar os dados obtidos em experimentos feitos em laboratório do
sistema massa-mola usando a lei de Hooke. No experimento, foi usado grandeza físicas relacionado a elasticidade dos corpos, a lei de Hooke que analisa deformações dos corpos e a mesma afirma que a força aplicada é proporcional à deformação. Foram usados equipamentos como régua, mola e arruelas com massas iguais que somadas formavam diferentes pesos e assim deformação do sistema. Palavras-chave: Lei de Hooke, Deformação, massa de mola In this paper, we will present the data obtained in experiments performed in the laboratory on the spring mass system, using Hooke's law. In the experiment, we used physical quantities related to the elasticity of bodies, Hooke's law, which analyzes the deformation of bodies and states that the applied force is proportional to the deformation. We used equipment such as a ruler, spring, and washers with equal masses that, added together, formed different weights and, therefore, deformation of the system. Keywords: Hooke's Law, Deformation, spring mass
1. Introdução externa aplicada e a deformação. E o caso de uma
mola helicoidal pendurada por uma de suas Um dos tipos mais simples de extremidades enquanto que a outra sustenta um osciladores harmônicos é o sistema massa-mola, corpo de massa m, provocando uma elongação x quando a mola tem o seu comprimento original na mola. Na presente situação considera-se que a alterado, uma força restauradora de origem massa da mola seja muito menor do que a massa elástica atua sobre ela de modo que volte a sua presa a sua extremidade, ou seja, a massa da mola posição de equilíbrio. A lei de Hooke descreve a será desprezável, comparada com m. Uma mola força que existe em diversos sistemas quando ao sofrer deformações acumula energia potencial comprimidos ou distendidos. Qualquer material elástica. Esta energia possui uma forca associada sobre o qual exercer uma força sofrerá uma que é chamada forca restauradora, ou força deformação que pode ou não ser observada. elástica, que é proporcional ao deslocamento da Nesse artigo apresentaremos as medidas e posição de equilíbrio. Esta forca e dada por análises feitas verificando a Lei de Hooke em um (HALLIDAY et al.,1996): sistema massa-mola, que se relaciona a 𝐹𝑒𝑙 = −𝑘. 𝑥 (1) elasticidade dos corpos e domina-se Lei de Hooke, afirmando que a deformação de um corpo Sendo k a rigidez da mola, denominada proporcional a força aplicada. As forças pesos de constante elástica, e x corresponde a diferença são calculadas a partir das massas e comparadas no comprimento da mola à medida que é com os ajustes lineares feitos para os dados das comprimida ou tracionada. Esta diferença é molas que representam as observações e suas denominada de elongação, ou seja, corresponde variações são inferiores a 5%. à coordenada que denota o afastamento de uma partícula ou de um corpo em relação a uma 2. Fundamentação Teórica posição de equilíbrio. Como a força é um vetor, o sinal negativo é utilizado para indicar que a Todos corpos estão sob ação de uma força elástica é sempre contrária à força aplicada força de tração ou de compressão deformam-se, sobre a mola. uns mais, outros menos. Ao se aplicar uma forca em uma mola helicoidal, ao longo de seu eixo, 2.1 Equilíbrio das Forças ela será alongada ou comprimida. Se, ao cessar a atuação da forca externa, a mola recuperar a sua Uma mola esticada ou comprimida irá forma e tamanho originais, diz-se que a retornar ao seu comprimento original devido a deformação e elástica. Em geral, existem limites ação dessa forca restauradora. Enquanto a de forca a partir dos quais acontece uma deformação for pequena diz-se que o material deformação permanente, sendo denominada está no regime elástico, ou seja, retorna a sua região de deformação plástica. Dentro do limite forma original quando a forca que gerou a elástico há uma relação linear entre a forca deformação cessa. Quando as deformações são grandes, o material pode adquirir uma deformação permanente, caracterizando o regime plástico. No equilíbrio as únicas forcas que atuam são a forca elástica, equação (1), e a forca peso, equação (2) (RAMALHO et al.,2003).
𝑃 = 𝑚. 𝑔 (2) 2.2 Mola
Uma mola é uma peça, feita geralmente
de metal, que retorna a sua forma original depois de ter submetida a uma força deformadora. As Figura 2: Sistema massa mola vertical, em molas helicoidais são produzidas em forma de equilíbrio. espiras cilíndricas. Os materiais mais comuns para construção de molas são o aço e o bronze. 2.4 Deformação da mola A elasticidade de uma mola helicoidal é uma propriedade que depende da quantidade e Deformação ou elongação é a medida diâmetro de suas espiras, do tipo de material e que varia comprimento da mola. Que pode ser calibre do arame com o qual a mola é feita. Um calculada pela diferença entre o comprimento fio reto de metal também possui elasticidade, ou final e o comprimento inicial da mesma. Quando seja, também tende a voltar a seu comprimento a mola se encontra em seu tamanho original, sem original após serem esticado ou torcido até o seu nenhuma força que a deformem, a elongação é limite elástico do material. O fio quando é nula. moldado em espiral adquire maior capacidade 𝑥 = 𝐿𝑓 − 𝐿0 (4) elástica usando um espaço muito menor. Na fórmula anterior mostra que, se o comprimento final da mola (LF) for maior que o comprimento inicial (L0), a deformação será positiva (x > 0); caso contrário, quando o comprimento final da mola for menor que o comprimento inicial, a deformação será negativa (x < 0).
2.5 Associação em série
Associação em série está relacionada a utilizar mais de uma mola em sequência submetida a uma mesma força, como pode ser observado na Figura 2 esse sistema pode ser substituído por um equivalente. Representação da mola em repouso. Disponível em: https://images.app.goo.gl/3kPou67AfnLDwwpA 8
2.3 Constante Elástica
Quando a massa é acoplada a mola, ela sofre uma deformação x, tal que as únicas forças atuantes, equação (1) e (2), se igualam, resultando na seguinte relação: 𝑚.𝑔 𝑥= (3) 𝑘
Se o corpo de massa m for deslocado de
sua posição de equilíbrio, o sistema massa mola Figura 3: Representação de Associação em série, irá sofrer uma oscilação. O sistema massa mola disponível em vertical, as forças atuantes, no equilíbrio, estão https://images.app.goo.gl/RWSTt9K7ebLSemyMA ilustradas na Figura 1. Como exemplificado na Figura 3, as molas 1 e 2 sofrem deformação por causa de uma força F e com isto se observa que ambas as deformações x1 e x2 arruelas era 5 gramas, o processo foi iniciado são somadas numa deformação equivalente xs. A com 2, chegando até um número de 10 arruelas força F está agindo sobre as duas molas, com isto fixadas no suporte para deformação da mola. se pode observar o equilíbrio do sistema demonstrado na Equação (5). 3 Resultados e discussões Com os dados obtidos através dos 𝐹𝑒𝑙𝑆 = 𝑘𝑆 . 𝑥𝑆 (5) experimentos, os dados estão presentes nas Para força peso, temos sua ação aplicada tabelas a seguir. A primeira tabela informa os em todo sistema daí temos a igualdade: dados da parte A (mola simples), as demais, parte B, mostram os dados dos experimentos em 𝐹𝑒𝑙 = 𝐹1 = 𝐹2 (6) associações, que foram em sério e em paralelo. A tabela foi dividida em; meq (Kg) que representa a E como mostra na figura 3, xS = x1+ x2 massa dos objetos usados como peso para deformação da mola, Elongação ∆y (m) que 𝑥𝑆 = 𝑥1 + 𝑥2 (7) representa o tamanho da deformação sofrida pela mola, que é calculada da seguinte forma (L – L0), Mas também podemos encontrar xS Fel (N) que representa a força elástica e K (N/m) através da equação representa a constante elástica. A partir das 𝐹𝑒𝑙𝑆 tabelas foi plotado o gráfico mostrando a força 𝑥𝑆 = (8) 𝐾𝑠 (N) e o deslocamento x(m), onde são diretamente proporcionais. Foi percebido que a mola sempre 2.6 Associação em Paralelo volta ao seu estado inicial após ser deformada, causado pela forma restauradora. O arranjo de molas em paralelo está relacionado em dispô-las paralelamente entre si Tabela A - mola simples para que haja uma constante elástica equivalente, L0 = 3cm Massa; da anilha = 5 gramas como demonstrada na Figura 4. N° meq Elongação Fel K (Kg) ∆y (m) L – (N) (N/m) L0 2 0,010 0,038 0,098 2,58 4 0,020 0,075 0,196 2,61 6 0,030 0,114 0,294 2,57 8 0,040 0,153 0,392 2,56 10 0,050 0,189 0,49 2,59
Gráfico A - Mola simples
Figura 4: Representação de molas em paralelo https://images.app.goo.gl/v4hP5DR9n3qLYZ5EA
Como exemplificado na Figura 4, aplicando-se a Gráf i c o d e F e l ( N ) e m f u n ç ão
Força F gera-se uma deformação resultante ∆𝑥 da de x (m) 5 deformação de ambas as molas, temos: F(N)
∆𝑥 = 𝑘 + 𝑘2 (9)
2.7 Metodologia e Experimentos 0
No Experimento realizado em 2 4 6 8 10 laboratório, foram utilizados: um suporte X(M) vertical, molas, arruelas, uma régua. Em um K (N/m) Fel (N) balcão, foi colocado o suporte vertical e Elongação ∆y (m) L – L0 meq (Kg) pendurado em sua extremidade superior, uma mola que ficou fixada em um suporte para dar suporte as arruelas. A deformação da mola, ou seja, em repouso foi de 3 cm (𝐿0 =3 cm). Arruelas foram colocadas, duas por vez e sequenciamento Tabela B - molas em série medidas os valores em pares. A massa das L0 = 5,5cm; Massa da anilha = 5 gramas N° meq Elongação Fel K 4 Conclusão (Kg) ∆y (m) L – (N) (N/m) L0 Através da prática realizada no 2 0,010 0,070 0,098 1,40 laboratório de física experimental I, utilizando o experimento, conseguimos encontrar todos os 4 0,020 0,144 0,196 1,36 valores para (𝑥) para cada valor de massa 6 0,030 0,217 0,294 1,35 adicionada. Com esses valores e calculando a 8 0,040 0,292 0,392 1,34 força peso, conseguimos completar a tabela 1. 10 0,050 0,368 0,49 1,33 Avançando mais um pouco e adicionando os mesmos valores da massa novamente e com a Gráfico B - molas em série prática realizada, conseguimos calcular o período de oscilação. Com esses valores conseguimos encontrar a constante elástica (𝑘) e completar a tabela 2. Com as tabelas devidamente Gráf i c o d e F e l ( N ) e m f u n ç ão d e preenchidas para cada valor de massa. x (m) 5 Referências [1] BRITO, Alves de Menezes Brito; Et all; Lei F(N)
de Hooke na análise experimental do sistema
massa-mola, Revista Mangaio Acadêmico, v. 1, 0 n. 2, jul/dez, 2016. 28 Edição Especial – Anais da 2 4 6 8 10 II Jornada Acadêmica Estácio, Joao Pessoa, PB. K (N/m) X(M) Faculdades Estácio da Paraíba e Estácio de Joao Fel (N) Pessoa. 27 e 28 de outubro de 2016 Elongação ∆y (m) L – L0 meq (Kg) [2] MELNYK, Anastasiia; NASCIMENTO, Luciano. Análise Experimental do Sistema de Tabela B - molas em paralelo Massa-Mola através da Lei de Hooke. L0 = 3cm Massa da arruela = 5 gramas Perspectivas Online: Exatas & Engenharias, v. 7, n.19, p.36-41,2017. N° meq Elongação Fel K (Kg) ∆y (m) L – (N) (N/m) [3] MELNYK, Anastasiia; NASCIMENTO, L0 Luciano. Análise experimental do sistema 2 0,010 0,005 0,098 19,6 massa-mola através da Lei de Hooke. Departamento de Física-DF/CCEN-UFPB, 4 0,020 0,023 0,196 8,52 Cidade Universitária- Caixa Postal: 5008-CEP: 6 0,030 0,039 0,294 7,54 58059-900, João Pessoa - PB, Brasil. Submetido 8 0,040 0,057 0,392 6,98 em 22.05.16 | Aceito em 19.01.17 | Disponível 10 0,050 0,074 0,49 6,62 on-line em 25.04.18
[4] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; E.
Gráfico B - molas em paralelo WALKER, J. Fundamentos da Física: Mecânica. V. 1. 4ª.Ed.- Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Gráf i c o d e F e l ( N ) e m f u n ç ão d e Científicos.pp.138-140, 1996. x (m) 50
19,6 F(N)
0 8,52 7,54 6,98 6,62
2 4 6 8 10 -50 K (N/m) X (M) Fel (N) Elongação ∆y (m) L – L0 meq (Kg)