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NOME DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

NOME DO CURSO

(NOME DO ALUNO)

ANÁLISE ESTATISTICA UNIVARIADA E BIVARIADA DO BANCO DE DADOS


DA MINA BRUCUTU-MG

Cidade
2024
ANÁLISE ESTATISTICA UNIVARIADA E BIVARIADA DO BANCO DE DADOS
DA MINA BRUCUTU-MG

NOME DO ALUNO

ORIENTADOR (A):

Trabalho de Conclusão de Curso em (Nome


do curso) submetido como requisito parcial
para obtenção do Titulo de especialista em
(Titulo).

Cidade
2024
SUMÁRIO
1.INTRODUCÃO..............................................................................................................05
1.1.Objetivo.........................................................................................................................06
2. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO.......................................................................07
3. GEOLOGIA.....................................................................................................................08
3.1 Geologia Regional..........................................................................................................08
3.2 Geologia Local...............................................................................................................08
4. METODOLOGIA............................................................................................................09
5. DADOS BRUTOS.............................................................................................................10
6. ESTATÍSTICA UNIVARIADA.......................................................................................10
6.1 Canga (CG)......................................................................................................................10
6.2 Hematita Friável (HF)....................................................................................................10
6.3 Hematita Goetitica (HGO).............................................................................................11
6.4 Itabirito Compacto (IC)..................................................................................................11
6.5 Itabirito Friável (IF).......................................................................................................11
6.6 Itabirito Goetitico (IGO)................................................................................................12
6.7 Itabirito Magnesífero (IMN)..........................................................................................12
7. ESTATÍSTICA BIVARIADA..........................................................................................12
7.1 CG.....................................................................................................................................13
7.2 HF.....................................................................................................................................13
7.3 HGO...............................................................................................................................14
7.4 IC......................................................................................................................................15
7.5 IF.......................................................................................................................................16
7.6 IGO...................................................................................................................................16
7.7 IMN...................................................................................................................................17
8.DESCRIÇÃO E ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS VARIÁVEIS
MINERALÓGICAS..............................................................................................................17
CONCLUSÕES......................................................................................................................23
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................24
1.INTRODUÇÃO
Atualmente, os projetos e/ou negócios mineiros estão a mudar significativamente os
seus modelos. Já se foi o tempo em que a geologia, a mineração e a metalurgia, campos de
conhecimento separados, mas interligados, operavam sem uma linguagem única e de forma
desconectada entre si. Anteriormente, teoria e prática seguiam uma sequência: “primeiro é a
Geociência; depois Engenheiro de Minas e finalmente Engenheiro Siderúrgico”, porém esta
afirmação não se aplica mais.
A mineração mudou e hoje mudou essa lógica de trabalho, é considerada integrada e
cada departamento tem um papel na tomada de decisões, tornando-se assim um trabalho
multifacetado, exigindo preparação e planos técnico-económicos claramente definidos. visão.
. Desta forma, será possível enfrentar novos desafios colocados pelos profissionais que
realizam este trabalho (TURNER-SAAD 2010).
Segundo Dunham & Vann (2007), esta abordagem multidisciplinar inclui o conceito
de modelagem em geologia, cuja aplicação na mineração visa reduzir a incerteza associada à
determinação de recursos no aspecto econômico; portanto, classifique-o como econômico ou
inutilizável.
Ao combinar conhecimentos de geologia, planeamento de minas, desenho operacional
e recuperação metalúrgica, é possível melhorar a compreensão e o conhecimento das reservas
minerais, conseguindo assim uma melhor utilização dos recursos e minerais (TURNER-
SAAD, 2010)
A modelagem é importante em projetos, tanto na fase de pesquisa quanto na fase
operacional, pois este método é considerado no planejamento da mina e no desenho da área
de processamento que permitirá conhecer os diferentes fatores que influenciam na avaliação e
classificação dos recursos e reservas minerais. No seu conjunto, estes atributos constituem
ferramentas de caracterização que, aliados a atributos tradicionais como o teor, permitem um
melhor conhecimento da natureza das reservas minerais.
A maioria dos estudos que tratam de depósitos de minério considera apenas a
valoração dos bens minerais, mas caberia também uma abordagem a respeito da
caracterização mineralógica e tecnológica, pois um bom suporte de informações
mineralógicas permitiria conhecer melhor o depósito avaliado. A caracterização
geometalúrgica necessita, além dos estudos mineralógicos, de um rigoroso controle das
variáveis estruturais geológicas como a geometria e continuidade do corpo, das relações com
a encaixante, tipologia do minério, parâmetros de processo e de recuperação metalúrgica.
Como exemplo, existe em minas de níquel e/ou de ferro, certa quantidade de arsênio, e/ou
óxido de magnésio, contido nestes minérios impõem prejuízos consideráveis nas fases de
recuperação metalúrgica destes bens minerais.
As variações relativas nas concentrações dos minerais presentes no minério ou em
suas propriedades macroestruturais terão implicações diretas na seleção por flotação dos
minérios e no grau de liberação obtido durante uma dada etapa de moagem do minério. Com
o objetivo de determinar sua aplicabilidade e robustez, o estudo utilizará a base de dados da
mina de Brucutu localizada no Complexo Ferrífero de Brucutu - Quadrilátero Ferrífero. -
MG, mina esta, controlada em sua integridade, pela empresa de mineração Vale.

1.1. Objetivo
Integrar as informações geológicas e tecnológicas, para o estabelecimento de
correlações entre os controles de mineralização e os parâmetros tecnológicos do minério para
a definição do corpo de minério passível de aproveitamento. Além de
gerar um zoneamento da mina de Brucutu em função das litologias presentes frente aos
processos de recuperação metalúrgica utilizados.

2. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

A mina de Brucutu localiza-se na porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero, situada


no município de São Gonçalo do Rio Abaixo, estado de Minas Gerais. Este se situa no
sudeste do estado às margens da rodovia BR- 381, distante 75 km da capital mineira, Belo
Horizonte. A área é parte integrante do Complexo Mineiro do Quadrilátero Ferrífero. Um dos
acessos é feito percorrendo 10 km pela BR 381, partindo de São Gonçalo do Rio Abaixo em
direção ao município de João Monlevade até à mina de Brucutu. O local do estudo possui
uma área de 665 ha que é parte dos direitos minerários da empresa Vale. A figura 1 mostra a
vista panorâmica da mina onde se realiza a região do estudo, da mesma forma na figura 2 é
mostrada a localização da mina de Brucutu.
Figura 1-Vista panorâmica da mina Brucutu (Fonte Vale).

3. GEOLOGIA
3.1 Geologia Regional
Dentro da classificação geológica dos depósitos de minério de ferro, os depósitos
sedimentares possuem centenas de camadas e são muito importantes, pois são o local dos
maiores depósitos de minério de ferro (BIF), formados principalmente durante o período Pré-
cambriano.
Uma formação ferrífera bandada (FFB) é definida como uma rocha fina em faixas ou
laminada, consistindo principalmente de sílica (sílex ou rocha metamórfica equivalente) e
minerais de ferro (hematita, magnetita e carbonatos e vários silicatos) formados por
precipitação química e depois calibrados. através do processo de formação e metamorfose.
As principais estruturas do Quadrilátero Ferrífero são representadas por: Arco do Rio
das Velhas, incluindo o distrito aurífero de Nova Lima, Homoclina Serra do Curral, Sistema
de Falhas Fundão/Engenho e Moeda, Dom Bosco, Gandarela, Sinclinais de Vargem do Lima,
Santa Rita e Ouro Fino e Synlinorium Itabira. Essas estruturas formam a estrutura estrutural
do Quadrilátero Ferrífero.

3.2 Geologia Local

A mina de Brucutu está localizada no extremo leste da parte nordeste do Sinclinal da


Gandarela. Os sedimentos estão localizados na Formação Cauê, Grupo Itabira, Supergrupo
Minas e estão relacionados à sequência tectônica e sedimentar de folhelhos vulcânicos do
Grupo Nova Lima, Supergrupo Rio das Velhas. Ao norte, a estrutura é delimitada pela falha
Cambotas, que projeta uma bolsa supracrustal acima do Complexo Granítico-Gnáissico
Cocais.
Na área de estudo estão representadas três principais unidades litoestratigráficas: o
Complexo Granito-Gnáissico (CGG), o Supergrupo Rio das Velhas (SGRV) e o Supergrupo
Minas (SGM). Além dessas unidades estratigráficas, há também os granitóides “Borrachudo”
(granitos Peti ou Santa Bárbara), outros pequenos corpos de rochas máficas intrusivas e a
Formação Cata Preta representando mantos terciários.
O complexo vegetal Granito-Gnáissico fica ao norte da mina de Brucutu e é composto
por gnaisse (Cocais), migmatito e gnaisse milonitizado. A magnésia milonitizada depositada
na zona de impulso da falha Cambotas é branco-acinzentada e de granulação fina. A
milonitização causa orientação de muscovita, recristalização parcial de quartzo e formação de
longas faixas de quartzo (ENDO 2004).

Figura 2: Contexto geológico da região do Complexo de Brucutu e arredores, Quadrilátero


Ferrífero (Adaptado de Arroyo,2012)

4. METODOLOGIA
Durante os últimos trinta anos, as especificações mineralógicas ganharam especial
destaque na exploração, processamento e utilização de metais na metalurgia. Devido às
propriedades intrínsecas deste minério e à facilidade de acesso às técnicas convencionais, os
métodos analíticos mais utilizados têm sido demonstrados por microscopia óptica e medidas
de difração de raios X ( BRANDÃO, 2008).
Este trabalho foi baseado em análises estatísticas univariadas e bivariadas do banco de
dados . Foi utilizada a biblioteca de softwares GSLib para a realização de histogramas, mapas
de localização, correlação, dispersão e desagrupamento das variáveis, sendo o último
realizado através do método das células móveis. Este método também considera a
identificação dos minerais presentes e determina a distribuição de tamanho dos cristais de
quartzo. Por ser uma variedade menor e amplamente considerada como um mineral de ganga,
pouca atenção tem sido dada à influência de suas propriedades no processo siderúrgico,
especialmente na aglomeração (BRANDÃO, 2008).

5. DADOS BRUTOS

O banco de dados foi dividido em 7 litologias, sendo estas canga (CG); hematita
friável (HF), hematita goetitica (HGO), itabirito compacto (IC), itabirito friável (IF), itabirito
goetitico (IGO),itabirito magnesífero (IMN).

6. ESTATÍSTICA UNIVARIADA

A Estatística Univariada inclui métodos de Estatística Descritiva que permitem a


análise de variáveis individuais e métodos de Estatística Univariada para uma determinada
variável, que pode ser medida em uma ou mais amostras independentes. Uma simples análise
de variância (e especialmente o teste "t") é um exemplo típico de método estatístico
univariado , uma vez que a palavra «univariada» implica que existe apenas uma variável
dependente.

6.1 Canga (CG)

Sua ocorrência na mina é muito grande e pode ser considerada um método de


preparação granular do Itabirito Friável, favorável à sinterização da produção de matéria-
prima natural, com uma parte de quartzo que não pode ser liberada, não favorável à separação
de palavras. Apesar de conter grande quantidade de minerais contendo Al 2O3, possui
excelente desempenho de desincrustação, o que é considerado um importante desempenho da
unidade devido à correlação entre os minerais contendo Al 2O3 e o lodo na matéria-prima da
flotação. Porém, uma parcela da amostra de Canga com viés para a produção de PE
(concentrado de flotação) resultou em perda significativa de Fe nos resíduos, indicando a
necessidade de melhor desempenho das variáveis operacionais.

6.2 Hematita Friável (HF)


Já possui teor adequado para a produção de ração natural sinterizada sem agitação,
mas seu peso na forma concentrada é baixo, impossibilitando sua composição para esse fim.
A recuperação de massa magnética (WDRE+WHC) foi satisfatória (>50%). A redução fina
parece, portanto, desfavorável para a produção de um produto de qualidade flutuante devido
principalmente à presença de minerais contendo Al2O3. A tipografia é considerada estéril.

6.3 Hematita Goetitica (HGO)


A principal geração de goethita é claramente a mais antiga, e se caracteriza pelo fato
de a goethita substituir o quartzo, os óxidos de ferro e os silicatos, aparentemente de forma
mimética, sem alterar a estrutura original da goethita. A substituição ocorre melhor no centro
dos cristais de magnetita, o que preserva as lâminas de hematita (martita), resultando em uma
textura esquelética, muito comum em sedimentos.
A recuperação de massa magnética (WDRE+WHC) é baixa (<50%). Além da colheita
do lodo proveniente da desassoreamento avançado, também é desejável produzir concentrado
de flotação de alta qualidade, mas sua durabilidade e recuperação metalúrgica são afetadas
pela baixa seletividade da goethita, que produz rejeitos com alto teor de Fe.

6.4 Itabirito Compacto (IC)

Na mina de Brucutu, a sequência itabirítica apresenta variações composicionais


verticais e horizontais . A base é caracterizada por leitos de itabiritos contaminados por alto
teor de argila olinítica misturada com itabirito pobre em sílica. Na parte central intercalam-se
itabirito anfibolítico e xisto anfibólio. No topo da sequência, encontram-se os itabiritos
silicosos enriquecidos desenvolvidos, convertidos em minério solúvel (hematita em pó), com
alternância de lentes e hematita densa.
A recuperação de massa do (WDRE+WHC) é satisfatória (>50%), mas há um alto
teor de SiO2 no material sinterizado (de 11 a 30% de SiO 2). Embora o desengorduramento
seja bom, não é compatível com a produção de concentrados de flotação de qualidade (de 1,4
a 2,0% de SiO2).
6.5 Itabirito Friável (IF)
Com baixa mineralização e grande transportador de Al 2O3, isso não é bom para a
produção de ração sinterizada. A recuperação de massa magnética (WDRE+WHC) é baixa
(<50%). Apesar do bom desengorduramento e da baixa proporção de SiO 2 (<2,08%) na
alimentação de flotação, o desempenho da produção do produto não é bom devido à baixa
drenagem. A fonte está registrada como estéril.
Possui conteúdo adequado para produzir um agente natural de sinterização de
alimentos sem agitação, mas seu baixo peso na forma concentrada torna sua composição
incapaz de atender a esse propósito. A recuperação de massa magnética (WDRE+WHC) foi
satisfatória (>50%). A capacidade de desengorduramento é fraca, portanto provou ser
indesejável para a produção de flotação. A tipografia é considerada estéril devido às
definições acima.

6.6 Itabirito Goetitico (IGO)


Sua ocorrência na mina é relativamente grande. O quartzo é liberado, mas devido ao
baixo nível de liberação na fração -8 +1mm, não atinge a qualidade de alimentação
sinterizada do material concentrado no lote. A recuperação de massa magnética
(WDRE+WHC) foi satisfatória (>50%), indicando alta concentração de magnetita. Os
parâmetros químicos de suas frações brutas favorecem sua inclusão como meio para a
preparação química do SiO2 do Itabirito Friável, que também auxilia na remoção de lodo e na
produção de concentrados de flotação com boa recuperação metalúrgica.

6.7 Itabirito Magnesífero (IMN)

A recuperação de massa magnética (WDRE+WHC) foi satisfatória (>50%). Embora o


teor de SiO2 (0,23% SiO2) seja baixo no concentrado de grau PE (concentrado de flotação),
na amostra contendo baixo Mn (0,28% Mn), o teor de Mn (0,054% Mn) não atende aos
requisitos de qualidade (limitado a 0,012% Mn), mais que Al2O3 (0,22% Al2O3), por outro
lado boa capacidade de desincrustação e flotação. A tipologia é considerada estéril ou diluída.

7. ESTATÍSTICA BIVARIADA
A estatística bivariada inclui métodos de análise de duas variáveis, verificando se uma
relação de causa e efeito pode ser estabelecida entre elas. Exemplos típicos de métodos de
análise bivariada são testar a independência de duas variáveis (muitas vezes chamado de teste
c2) e estudar a relação linear entre duas variáveis, com coeficientes lineares de Pearson ou
Spearman ou um modelo clássico simples. regressão linear. (DORSCH et al., 2001)

7.1 CG
Possui uniformidade no tamanho das partículas e na química entre amostras representativas.
É composto essencialmente por hematita transparente, goethita com aglomerados de alumínio
(gibbsita) livres ou em alvéolos, ligados ou incrustados em seus cristais; e goethita de solo, que
apresenta alto teor de impurezas, principalmente Al2O3 (5%), P (até 0,3%) e PPC (10%).

Além do baixo teor de SiO2, as principais fontes são o quartzo livre ou misto (na
fração sólida) e a goethita moída. A presença de TiO 2 não pode ser vista ao microscópio. A
figura apresenta a composição mineralógica geral e micrografias típicas desta litologia
(Márquez et al. 2008).

Figura-3 Correlação dos valores estimados e medidos para a variável caulinita global.

7.2 HF
Amostras classificadas como cristalinas devido às suas diferentes propriedades
mineralógicas e químicas foram reclassificadas com base em minerais contendo SiO 2, Fe e
Al2O3. Assim, a hematita de alumínio apresenta baixas proporções de quartzo, caulinita e
goethita moída (3,422, 3,430, 3,432) em comparação com amostras consideradas itabirito de
alumina (3,428 e 3,431). Para calcular as variâncias experimentais, uma série de parâmetros
devem ser determinados, tais como: número de diversas direções registradas no plano de
referência, tamanho e número de passos, largura de banda no plano, largura de banda vertical,
tolerância angular e passo.
Uma vez determinadas as direções preferidas, as medidas de diversidade experimental
foram recalculadas apenas nessas direções. São esses variogramas que devem ser ajustados.
Figura 4.Hematita anfibolítica – composição mineralógica global

7.3 HGO

Possui tamanho de partícula e heterogeneidade química entre amostras representativas.


Basicamente, é constituído por hematita, goethita (com aglomerados de cristais - gibbsita, em seus
alvéolos), goethita moída e quartzo livre, sendo estas duas últimas substâncias as principais fontes de
SiO2 e caulinita. Segmentos menores que 0,21 mm possuem baixo teor de SiO 2, mas alto teor de
Al2O3 e alguns segmentos também possuem alto teor de P, TiO2 e PPC.
As amostra 3.414 e 3.415 também são classificados neste sistema litológico por serem
mineralógica e quimicamente semelhantes. Uma característica importante que pode ser
observada é que dependendo do tamanho da partícula e do tipo de amostra, os valores são
mais ou menos diferentes. Ao calcular o erro percentual, se a fração for pequena, você
pode assumir um valor alto; se a proporção for grande, o erro é obviamente pequeno
(MÁRQUEZ et al. 2008)
Figura 5 - Correlação dos valores estimados e medidos para a variável hematita global

7.4 IC

Possui uniformidade no tamanho das partículas e na química entre amostras representativas.


Consiste basicamente em hematita combinada, quartzo livre e misto, que é o principal
mineral contendo SiO2. A magnetita e a hematita martítica ocorrem com moderação, junto
com a goethita. No geral, esta litologia apresenta baixos níveis de contaminação.

Figura 6 -Itabirito Compacto – composição mineralógica global.


7.5 IF

Possui heterogeneidade granulométrica e química entre as amostras que a representam. É


constituída, predominantemente, por hematitas compactas, mas também possui goethita e goethita
terrosa em proporções variadas, além do quartzo livre. Praticamente, não possui magnetita e a
quantidade de caulinita e gibbsita é baixa, apesar da primeira contribuir bastante no teor de Al 2O3. O
teor de Al2O3 é elevado somente para as frações -8,0 +1,0 mm e -0,045 mm.
O teor de SiO2 é bastante variável, sendo necessária a concentração das amostras em alguns
casos, o que é possível, pois apresenta grau de liberação adequado. As principais fontes desse
contaminante são o quartzo livre e a caulinita; esta principalmente, abaixo da fração 0,075 mm. Na
fração -8,0 +1,0 mm, a goethita terrosa também aparece como fonte de sílica. (MÁRQUEZ et al.
2008).

Figura 7- Itabirito Anfibolítico – composição mineralógica global

7.6.IGO

Não houve variação significativa no peso retido entre as distribuições de tamanho de


partícula. É composto basicamente por hematita, goethita, quartzo livre e mistura combinada
(esta última em grande proporção nas frações finas). Normalmente, a magnetita está presente
e às vezes pode não estar presente.
Na seção -8,0 +1,0 mm, o SiO2 é alto, a taxa de liberação é baixa, o que na verdade
mostra que as partículas estão interligadas. Quando for necessária concentração, isto será
difícil de conseguir devido à baixa quantidade de libertação. Vale ressaltar que as amostras
3.414 e 3.415, embora consideradas itabiritos goethita, devido à sua mineralogia e química,
foram reclassificadas como litologias goethita hematita (MÁRQUEZ et al. 2008).

Figura 8 -Itabirito Goethítico – composição mineralógica global

7.7 IMN
Possui granulometria heterogênea e sua composição mineral inclui hematita e quartzo. As
amostras 3413 e 2.308 apresentam quantidades significativas de magnetita e hematita martítica
(Márquez et al. 2008).

Figura 9- Itabirito Manganesífero – composição mineralógica global


8.DESCRIÇÃO E ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS VARIÁVEIS MINERALÓGICAS

É importante realizar uma análise estatística preliminar dos dados antes de realizar a análise
de variância ou análise estrutural, pois desta forma pode-se obter uma primeira impressão do
conjunto de dados na forma resumida calculando parâmetros estatísticos como média, variância,
máximo e valores mínimos. Isso permite identificar valores incomuns (outliers) que podem estar
relacionados a dados errados ou que podem afetar as estatísticas, como um teste de variograma.
Adicionalmente, pode indicar a necessidade de segregação de dados, como a adoção de diferentes
domínios, o que pode ajudar a explicar de forma simples a causa de resultados anômalos.

A análise estatística e mapas de amostra ou regiões de dados dão uma primeira impressão de
como os valores são distribuídos na área de estudo e podem então ajudar a determinar os parâmetros
de vários cálculos experimentais, como tamanho e número de etapas. Além disso, pode indicar a
presença de desvio ou tendência em uma área específica.

No caso de dados univariados e bivariados, o coeficiente de correlação entre duas variáveis


permite determinar qual variável possui maior correlação entre elas. Eles podem ajudar a tomar
decisões posteriores sobre que tipo de estimativa usar, como se é uma estimativa de krigagem ou
cokrigagem. Portanto, a análise estatística inicial permite conhecer os dados e compreender melhor o
fenômeno em estudo.

Será feita uma medição mineralógica de sete variáveis mineralógicas globais, nomeadamente
hematita, goethita, gibbsita, óxido de manganês, magnetita, quartzo e caulinita, em lados opostos aos
domínios normais. É importante ressaltar que também devem ser realizados estudos estatísticos e
geoestatísticos sobre variáveis mineralógicas em diferentes faixas de granulometria, pois dependendo
da faixa granulométrica em que o material é encontrado, ele deve passar por um determinado
processo para se recuperar depende da composição mineralógica de sua largura . Por exemplo,
materiais com granulometria de 8 mm a 0,25 mm devem ser magnetizados, o que não é possível com
materiais com outros diâmetros.

Os valores possíveis da variável medida podem assumir valores de 0 a 100%, uma vez que a
rocha é composta por sete variáveis medidas, conforme mostra a Tabela 1.

Tabela 1- Correlação de Pearson das variáveis mineralógicas globais sem considerar


domínios

Categoria Variável Percentagem


1 Hematita global, 0% - 90%
2 Goethita global 1% - 90%
3 Gibbsita global 0% - 14%
4 Óxido de manganês global (MnO2) 1% - 09%
5 Magnetita global 0% - 45%
6 Quartzo global 0% - 60%
7 Caulinita global 0% - 30%

A estimativa geoestatística das variáveis mineralógicas foi realizada utilizando um


banco de dados derivado de cálculos de equilíbrio químico utilizando o programa Qb45. Este
banco de dados contém 3.084 dados relacionados a amostras de perfuração e pré-mineração.
Desse total, 3.081 amostras foram utilizadas com sucesso e 3 amostras foram omitidas por
introdução de valores negativos nos cálculos estequiométricos. A área de coleta de dados
tinha aproximadamente 700 metros de largura, 2.700 metros de comprimento e 400 metros
de profundidade.

Os Mapas de 1 a 5 mostram a disposição espacial dos dados para cada variável em


estudo. A escala de cores presente no gráfico permite visualizar a distribuição espacial de
cada variável em uma faixa de valores.
Figura 10- Mapa base dos dados para a variável hematita global

Figura 11- Mapa base dos dados para a variável goethita global

Figura-12 Mapa base dos dados para a variável gibbsita global

Figura-13 Mapa base dos dados para a variável MnO2 global


Figura- 14 Mapa base dos dados para a variável magnetita global.

As figuras a seguir representam histogramas das variáveis mineralógicas globais sem


considerar os domínios (histograma esquerdo) e os domínios da inclinação oposta
(histograma médio) e da inclinação normal (histograma direita). Analisando as condições dos
gráficos, percebe-se que a maioria deles parece apresentar comportamento anômalo com clara
presença de assimetria, sem alterações de quartzo e hematita.
Este tipo de comportamento pode superestimar os valores do gráfico de teste quando as duas
extremidades do vetor “h”, uma apresenta um valor muito alto e a outra apresenta um valor baixo e
neste caso é necessário ocultar um destes amostras para evitar obter um variograma de teste
excessivamente representativo.

Figura 15- Histogramas da variável hematita global de todas as 3.081 amostras e por domínios

Figura 16 - Histogramas da variável goethita global de todas as 3.081 amostras e por domínios
Figura 17- Histogramas da variável gibbsita global de todas as 3.081 amostras e por domínios

Figura18 - Histogramas da variável MnO2 global de todas as 3.081 amostras e por domínios

Figura 19- Histogramas da variável magnetita global de todas as 3.081 amostras e por domínios

Figura 20 - Histogramas da variável quartzo global de todas as 3.081 amostras e por domínios
Figura 21- Histogramas da variável caulinita global de todas as 3.081 amostras e por domínios

Ao comparar os histogramas de cada variável nas encostas inversa e normal, constatou-se que
não houve diferenças significativas entre elas para as variáveis mineralógicas MnO2, Gibbsita,
Magnetita e Caulinita. Em relação ao fluxo de hematita terrestre, os valores mais elevados geralmente
ocorrem na direção oposta enquanto os valores mais baixos ocorrem com mais frequência na direção
normal. Com a variação do quartzo, percebe-se claramente que valores baixos aparecem com maior
frequência no lado oposto e valores entre 30 e 50% aparecem com maior frequência no lado normal.

Na alteração global da caulinita, valores entre 2,5 e 15% ocorrem com maior frequência no
sentido oposto.

CONCLUSÕES

Da análise dos resultados apresentados pode-se concluir que: As espécies Anfibolito


Itabirito e Anfibolito Hematita coletadas na ROM foram consideradas estéreis pela primeira
vez.
A Hematita Aluminosa (em pequenas proporções, <5%) não foi incluída na ROM
quando foi introduzida pela primeira vez, o que significa que foi considerada um minério pela
primeira vez. A medição de partículas e os controles químicos e mineralógicos melhoram a
produção. As variáveis mineralógicas que influenciam a recuperação do minério de ferro
foram identificadas e quantificadas, portanto há uma boa oportunidade para melhorar tais
processos com melhor conhecimento dessas variáveis, tanto em quantidade quanto em
localização.
As medições em áreas não amostradas devem utilizar apenas informações dentro do
mesmo domínio do ponto a ser medido, para minimizar erros relativos de medição, uma vez
que domínios diferentes apresentam comportamentos diferentes em termos de variabilidade.
Portanto, é importante definir melhor o que esses domínios estruturais nas formações
ferríferas sintectônicas do Quadrilátero Ferrífero têm sofrido durante sua evolução geológica,
além de alterações físicas mineralógicas, processos de transformação devido aos efeitos de
mudanças de pressão, tensão e alta temperatura. . causando fenômenos como dobras, fraturas,
falhas e lajes. Minérios do mesmo tipo apresentam comportamento diferente durante a
recuperação metalúrgica. Esta diversidade pode estar relacionada com o facto de existirem
muitos campos diferentes, resultantes da diversidade do processo de transição.
Neste contexto e com base no trabalho de mapeamento estrutural da mina de
Brucutuse, destaca-se a reconstrução do talude reclinado (D1) à escala regional. Desta forma,
foram identificados dois domínios estruturais da jazida de Brucutu: minério de flanco normal
e minério de flanco reverso. Estruturalmente, a conexão entre esses domínios ou arestas é
representada por uma área chamada superfície axial da dobra.
As técnicas analíticas utilizadas para a caracterização mineralógica das rochas
normalmente são a microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e difratometria de
raios X. Estas, técnicas além de ter um custo, elevado dependem da quantidade de dados e
requerem mão de obra especializada.Cabe lembrar que a comparação realizada através da
validação cruzada nos dois casos se refere a estimativas realizadas no suporte das
informações. Para o caso de blocos, a diferença entre os erros poderiam ser menores entre as
duas metodologias.

REFERÊNCIAS

ARROYO, C. E. O. Caracterização Geometalúrgica e Modelagem Geoestatística da


Mina de Brucutu – Quadrilátero Ferrífero (Mg). Tese de doutorado, UFMG. Ouro Preto,
MG. 2012.

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