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Fisica - Enem 2023
Fisica - Enem 2023
Acelerador de partículas
Conjunto de equipamentos e dispositivos para imprimir alta velocidade
a partículas subatômicas, por processos elétricos ou eletromagnéticos.
Introdução a ATRITO
De forma mais resumida possível, atrito é a fricção entre duas superfícies. Isso ocasiona
uma certa resistência ao movimento.
De uma forma mais completa, o atrito é um estado de aspereza ou rugosidade entre dois
sólidos em contato, que permite a troca de forças em uma direção tangencial à região de
contato entre os sólidos.
• O fato de exestir atrito entre dois sólidos não implica, necessariamente, a existência de
uma força de atrito entre eles.
• O sentido da força de atrito é sempre contrário ao deslizamento ou à tendência de
deslizamento entre sólidos em contato.
• De acordo com a 3ª lei de Newton ( Ação e Reação ), os sólidos A e B trocam entre si
forças de artito, existe uma força de atrito que A aplica em B e B em A. Tais forças de
atrito são opostas ( têm mesma intensidades ), mesma direção e sentidos opostos.
Benefícios:
Se não fosse o atrito um carro não sairia do lugar porque os pneumáticos
deslizariam sogre a superfície. Em uma superfície lamacenta é preciso que haja correntes
no pneu do carro para que o carro saia do lugar, são as correntes que fazem com que o
atrito aumente. Sem o atrito as correntes não poderiam mover as máquinas e os pregos não
ficariam fixos na parede. Em uma lomba, um carro parado só não desliza porque existe
atrito.
Malefícios:
O atrito é prejudicial no momento em que ele desgasta as superfícies que
rolam uma sobre a outra, aumenta a força necessária para mover um corpo e produz calor.
Para estes malefícios do atrito fazem-se superfícies super planas e lisas, usa-se metais
duros, o uso de lubrificantes entre as superfícies para que não haja tanto atrito e fiquem
mais escorregadias e para que também não haja tanto desgaste das superfícies.
Atrito estático
Ocorre entre dois sólidos que existe atrito e, embora não haja movimento relativo entre
eles, há uma tendência de deslizamento, isto é, há uma solicitação ao movimento, vai surgir
uma força de atrito no sentido de evitar o deslizamento relativo, que se chamara força de
atrito estática.
Não havendo deslizamento a força de atrito estática tem intensidade igual à da força que
solicitou o sistema a se mover, força que é chamada de força motriz.
Resumo deste tipo de atrito: É aquela força que ocorre enquanto não houver movimento.
Enquanto o atrito for estático, à medida que for aumentando a força motriz, a força de atrito
também aumentará de modo a equilibrar a força motriz e impedir o movimento.
Existe um valor máximo, porque não cresce indefinidamente, e é chamado de força de
atrito de destaque.
Exemplo1: O sistema de freios ABS. Neste sistema quando os pneus vão derrapar por
efeito dos freios, um sistema de controle diminui a força da derrapagem, aumentando os
pneus no limite de escorregamento. Por mais que o motorista pressione o pedal do freio, as
rodas não derraparam, mas ficam na eminência de derrapar.
O atrito entre os pneus e o solo é mantido no máximo atrito estático, para o qual o
coeficiente de atrito é maior.
Exemplo2: Nos carros de corrida precisa-se de muita aceleração, tanto para diminuir
quanto para aumentar a aceleração. No entanto quando se freia ou acelera o carro a uma
troca de força de atrito entre o pneu e o solo. Assim, o valor da aceleração fica limitado
pela força de atrito máxima.
A maior força de atrito ocorre na situação de máximo atrito estático, sem derrapamento, e é
por isso que os projetistas fazem os pneus mais largos e com borrachas especiais, que
tenham alto coeficiente de artito com o asfalto.
Atrito cinético
Ocorre quando uma força de atrito age em um corpo qualquer que esta em movimento
(cinemática ou dinâmica).
Para velocidades menores que 5m/s, a força de atrito cinético é praticamente constante e
dado por Fat = μc . N
Atrito dinâmico
Um objeto que recebe uma determinada força e quando esta força cessa, a velocidade
diminui até parar, considerando uma força de resistência oposta ao movimento relativo do
corpo, chama-se atrito dinâmico. O coeficiente de atrito dinâmico é menor do que o
coeficiente de atrito estático, o que significa que, ao iniciar o movimento, a força de atrito
diminui sua intensidade.
Durante o deslizamento entre os sólidos, se forem iguais as superfícies de contato e que a
intensidade da força normal for constante, a força de atrito terá intensidade constante, não
importando a velocidade relativa entre os sólidos, nem a intensidade da força motriz.
Atrito de rolamento
Quando uma superfície sólida desliza sobre outra as pequenas saliências e reentrâncias que
nelas existem prendem-se umas nas outras e produzem o atrito de deslizamento que se opõe
ao movimento. O atrito também se opõe ao movimento de um objeto redondo que rola
sobre uma superfície sólida. Quando se rola uma bola de gude sobre um tapete grosso a
bola comprime as fibras para baixo. Asfibras tendem a voltar a sua posição normal e
produzem o atrito que se opõe ao movimento da bola.
Exemplo1: O pneu de uma bicicleta quando “murcho” aumenta o atrito de rolamento, mas
da maior conforto.
Exemplo2: O atrito por rolamento é usado nas máquinas, cujas superfícies são bem polidas
e recobertas por lubrificantes. As moléculas do lubrificante prmovem um rolamento que
diminui o atrito.
Exemplo3: Rolamento de esferas diminui o atrito, rolamento de rodas de ferro ( como as de
trem ) fazem girar mais facilmente.
BALÍSTICA – Estudo das leis da física aplicadas as projéteis.
Um projétil é qualquer objeto lançado ao espaço. Você pode lançar um projétil de 3
formas diferentes: Vertical, horizontal e oblíqua.
MOVIMENTO OBLÍQUO
Se você obriga a esfera vermelha a se deslocar obliquamente, verá que ambas as
sombras se deslocam, porém com velocidades menores que da esfera. Verifique isso
olhando para o tamanho de cada deslocamento.
MOVIMENTO DA SOMBRA NO CHÃO
Quando você lança um projétil obliquamente, a ação gravitacional encurva a sua
trajetória, criando uma curva para baixo chamada parábola, daí o nome do movimento
ser chamado muitas vezes de movimento parabólico. A sombra do projétil no chão
viaja em movimento uniforme.
CALOR
· Calor como forma de energia
Calor é uma forma de energia que se manifesta dentro de um sistema ou um
corpo, dando uma movimentação extra aos átomos e às moléculas que o
constituem. Num gás ou num líquido, o calor adicional faz com que as moléculas
se movimentem mais rapidamente; num sólido, onde os átomos circulam em volta
de pontos fixos no espaço, o calor extra aumenta a amplitude dessas vibrações. O
calor pode ser gerado de várias maneiras: pode ser produzido em reações
químicas, como, por exemplo, quando um combustível reage com o oxigênio no
ar, e por atrito. A passagem de uma corrente elétrica gera calor porque os elétrons
que levam a corrente colidem com as imperfeições no condutor e a cada colisão é
gerado calor. A energia levada por ondas eletromagnéticas, como radiação
infravermelha, é transformada em calor quando é absorvida: assim os raios do Sol
aquecem a Terra. A energia cinética das partículas emitidas por substâncias
radioativas pode ser transformada em calor quando sua velocidade é diminuída;
esse é o processo utilizado nas usinas nucleares. O calor pode ser transferido de
ponto de alta temperatura para um de baixa temperatura por condução, convecção
ou radiação. Pode transformar um sólido em líquido e evaporá-lo. Geralmente
causa uma expansão da matéria.
· Capacidade térmica
Imagine um balde à esquerda contendo água a uma temperatura elevada. Imagine que
existe outro balde, à direita, contendo água fria. Espere agora um tempinho. Verá que
a temperatura do balde quente diminui e
a temperatura do balde frio aumenta até
Q
c=
m.Δθ
A fórmula acima geralmente é escrita da seguinte maneira, que aparece mais nos
livros:
Q = m.c.Δθ
O QUE É CALOR LATENTE? O fenômeno incrível do gelo, que ao receber calor, derrete
mas não aumenta de temperatura.
Imagine uma pedra de gelo a 0 oC. Imagine que o meio ambiente está fornecendo calor
a esta pedra de gelo. Imagine também que um termômetro cuidadosamente colocado
mede o tempo todo a temperatura do
gelo e da água que vai se formando à
medida que o gelo derrete.
Q = m.L
CAPACITORES
Q = CV (5.1)
A constante de
proporcionalidade, C, é
denominada capacitância e
depende tão somente da
geometria das placas,
conforme veremos a seguir.
No sistema SI, a unidade de
capacitância é o Farad,
1 F = 1 Coulomb/Volt.
C = e0A/d (5.2)
(5.3)
Portanto, a capacitância de
um capacitor cilíndrico será
(5.5)
(5.6)
Q1 = C1V (5.7a)
Q2 = C2V (5.7b)
Q = (C1+C2)V
Portanto,
Ceq = C1+C2
No caso da associação em
série (Figura 5.5), é fácil
concluir que são iguais as
cargas acumuladas nas
placas de todos os
capacitores. Então, se as
cargas são iguais, mas as
capacitâncias são diferentes,
então os potenciais também
serão diferentes. Portanto,
Q1 = Q2 = Q = C1V1 = C2V2
Portanto,
(5.9)
C = kCar
Nesta experiência, o
capacitor está sendo
carregado por uma bateria, de
modo que a diferença de
potencial entre as placas,
dada pela ddp da bateria, é
constante.
A introdução de um
dielétrico entre as placas
[Figura 5.7(b)] resulta na
redução da diferença de
potencial. Como a baterial
fornece uma ddp constante,
isso implica no aumento de Q.
Da eq. (5.1), conclui-se que C
deve aumentar, como no caso
da experiência anterior.
Figura 5.7c
Como já vimos,
(5.10)
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
1.Introdução
3. A Central Termoelétrica
3.1 Tipos de Termoelétrica
-Combustão Externa: é a que o combustível não entra em contato com o
fluido de trabalho. A combustão externa é um processo usado principalmente
nas centrais termoelétricas a vapor em que o combustível aquece o fluido de
trabalho, em geral água, em uma caldeira até gerar o vapor que, ao se expandir
em uma turbina produzirá trabalho mecânico.
-Combustão Interna: é a em que a combustão se efetua sobre uma
mistura de ar e combustível. Dessa maneira, o fluido de trabalho será conjunto
de produtos de combustão. A combustão interna é o processo usado
principalmente nas turbinas a gás e nas maquinas térmicas a pistão como os
motores a diesel, por exemplo.
1. DILATAÇÃO LINEAR
tal que
teremos:
3. DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
Utilizando-se o mesmo raciocínio anterior e introduzindo-se o coeficiente de dilatação volumétrica ,
tal que
=3
teremos:
4. DILATAÇÃO ANÔMALA DA ÁGUA
A maioria dos líquidos se dilatam com o aumento da temperatura e se contraem
com a redução da temperatura, mas a ÁGUA constitui uma anomalia do
comportamento geral entre 0ºC e 4ºC, vejamos:
A partir de 0ºC a medida que a temperatura se eleva, a água se contrai, porém
essa contração cessa quando a temperatura é de 4ºC; a partir dessa temperatura
ela começa a se dilatar.
Sendo assim, a água atinge um volume mínimo a 4ºC e nesta temperatura a sua
densidade é máxima.
IMPORTANTE:
1) O termo sublimação é usado para designar a mudança sólidoÛ gasoso. Alguns
autores classificam a passagem sólidoè gasoso como sublimação direta ou 1ª
sublimação, e a passagem gasosoè sólido como sublimação inversa ou 2ª
sublimação.
Na CNTP o melhor exemplo de sublimação é o da naftalina, que passa do estado
sólido diretamente para o gasoso.
2)A mudança líquido é gasoso, que chamamos vaporização, deve ser
subdividida em:
a) Evaporação: é um processo espontâneo e lento, que se verifica a uma
temperatura qualquer e depende da área de contato.
Na evaporação, quanto maior a área de contato mais rapidamente se
processa a passagem do estado líquido para o gasoso.
b) Ebulição: é um processo que se verifica a uma determinada temperatura (a
pressão tem influência sobre a temperatura, veremos posteriormente). Logo é um
processo forçado. É mais rápido que a evaporação.
c) Calefação: ocorre quando uma massa de líquido cai sobre uma superfície
aquecida a uma temperatura superior a temperatura de ebulição do líquido.
A calefação é um processo quase instantâneo. Ao observarmos gotas d’água
caírem sobre uma chapa bem quente, notamos que as gotas vaporizam
rapidamente emitindo um chiado característico.
2. CALOR LATENTE
Calor latente de mudança de estado L é a quantidade de calor, por unidade de
massa, que é necessário fornecer ou retirar de um dado corpo, a uma certa
pressão, para que ocorra a mudança de estado, sem variação de temperatura.
Matematicamente:
Da definição de calor latente resulta sua unidade de medida: cal/g , J/g, KJ/kg,
BTU/lb, etc.
A quantidade de calor envolvida na mudança de estado decorre da definição de
calor latente.
IMPORTANTE:
· À pressão constante, toda substância sofre mudança de estado a uma
determinada temperatura.
· À pressão constante, durante a mudança de estado a temperatura se
mantém constante.
· Nas mesmas condições, a quantidade de calor recebida (absorvida) ou
cedida (liberada) por uma dada substância, durante a mudança de estado,
é, em valor absoluto, igual para a unidade de sua massa.
Exemplo:
calor latente de fusão do gelo: LF = 80cal/g
calor latente de solidificação da água: LS = - 80 cal/g
O sinal (+) refere-se à quantidade de calor recebida (absorvida) pela substância, e
o sinal (-) à quantidade de calor cedida (liberada) pela mesma.
3. INFLUÊNCIA DA PRESSÃO
A pressão influi sobre as temperaturas em que ocorrem as mudanças de estado
físico.
Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
Conta uma lenda grega que o pastor Magnes se surpreendeu ao ver como a bola de ferro de seu bastão era
atraída por uma pedra misteriosa, o âmbar (em grego, elektron). A história demonstra como é antigo o
interesse pelos fenômenos eletromagnéticos.
Denomina-se eletromagnetismo a disciplina científica que estuda as propriedades elétricas e magnéticas da
matéria e, em especial, as relações que se estabelecem entre elas.
Histórico. A existência de forças naturais de origem elétrica e magnética fora observada em contextos
históricos independentes, mas só na primeira metade do século XIX um grupo de pesquisadores conseguiu
unificar os dois campos de estudo e assentar os alicerces de uma nova concepção da estrutura física dos
corpos.
No final do século XVIII Charles-Augustin de Coulomb e Henry Cavendish haviam determinado as leis
empíricas que regiam o comportamento das substâncias eletricamente carregadas e o dos ímãs. Embora a
similaridade entre as características dos dois fenômenos indicasse uma possível relação entre eles, só em 1820
se obteve prova experimental dessa relação, quando o dinamarquês Hans Christian Oersted, ao aproximar
uma bússola de um fio de arame que unia os dois pólos de uma pilha elétrica, descobriu que a agulha
imantada da bússola deixava de apontar para o norte, orientando-se para uma direção perpendicular ao arame.
Pouco depois, André-Marie Ampère demonstrou que duas correntes elétricas exerciam mútua influência
quando circulavam através de fios próximos um do outro. Apesar disso, até a publicação, ao longo do século
XIX, dos trabalhos do inglês Michael Faraday e do escocês James Clerk Maxwell, o eletromagnetismo não foi
- nem começou a ser - considerado um autêntico ramo da física.
Variáveis e magnitudes. Os fenômenos eletromagnéticos são produzidos por cargas elétricas em movimento.
A carga elétrica, assim como a massa, é uma qualidade intrínseca da matéria e apresenta a particularidade de
existir em duas variedades, convencionalmente denominadas positiva e negativa. A unidade elementar da
carga é o elétron, partícula atômica de sinal negativo, embora sua magnitude não resulte em entidade
suficiente para cálculos macroscópicos normais. Como unidade usual de carga usa-se então o coulomb; o
valor da carga de um elétron equivale a 1,60 x 10-19 coulombs.
Duas cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, e quando de sinais contrários se atraem. A força destas
interações é diretamente proporcional a sua quantidade de carga e inversamente proporcional ao quadrado da
distância que as separa. Para explicar a existência dessas forças adotou-se a noção de campo elétrico criado
em torno de uma carga, de modo que a força elétrica que vai atuar sobre outra carga distanciada da primeira
corresponde ao produto da quantidade de carga desta primeira por uma grandeza chamada intensidade de
campo elétrico. A energia que este campo transmite à unidade de carga chama-se potencial elétrico e
geralmente se mede em volts.
Uma das variáveis magnéticas fundamentais é a indução magnética, intimamente relacionada com a
intensidade do campo magnético. A indução representa a força magnética exercida sobre um corpo por
unidade de carga elétrica e de velocidade. A unidade de indução magnética é o tesla, que equivale a um weber
por metro quadrado; o weber é uma medida de fluxo magnético (grandeza que reflete a densidade dos campos
magnéticos). Tanto a intensidade de campo elétrico e magnético quanto a indução magnética apresentam um
caráter vetorial e, por conseguinte, para descrevê-las adequadamente devem-se definir, para cada uma, sua
magnitude, direção e sentido.
Por correlacionar a eletricidade e o magnetismo, adquiriu função especial no campo da física a noção de
corrente elétrica, entendida como a circulação de cargas livres ao longo de um material condutor. Sua
magnitude é determinada pela intensidade da corrente, que é a quantidade de cargas elétricas livres que
circulam pelo condutor em um tempo determinado. Chama-se ampère a unidade de intensidade de corrente
resultante da passagem em um condutor de um coulomb de carga durante um segundo. Essa unidade tornou-
se a mais importante do ponto de vista eletromagnético, levando o sistema internacional de unidades a ter a
notação MKSA: metro, quilograma, segundo, ampère.
Indução eletromagnética. No decorrer do século XIX, as experiências de Örsted e Ampère demonstraram a
influência que as correntes elétricas exercem sobre os materiais imantados, enquanto Faraday e Joseph Henry
determinaram a natureza das correntes elétricas induzidas por campos magnéticos variáveis no espaço.
Os resultados de suas pesquisas, fundamento da indução eletromagnética, constituem a base do
eletromagnetismo. Outros postulados enunciam a existência de dois pólos elétricos, positivo e negativo,
independentes e separados, e de dois pólos magnéticos inseparáveis de nomes diferentes (norte e sul).
Ampère, estimulado pelas descobertas de Örsted, aprofundou-se na pesquisa das forças magnéticas
provocadas nas proximidades de uma corrente elétrica e demonstrou que esses impulsos se incrementam na
razão direta da corrente e na razão inversa da distância ao fio pelo qual ela circula. Comprovou, além disso,
que as forças induzidas estão em grande medida condicionadas pela orientação do fio condutor.
Ao aproximar-se um ímã de uma pilha elétrica observa-se uma variação em sua força eletromotriz, que é a
medida da energia fornecida a partir de cada unidade de carga elétrica nela contida. Essa alteração é
interrompida quando se imobiliza o ímã, e adquire sinal contrário quando este é afastado. Deduz-se daí que os
campos magnéticos produzem correntes elétricas em um circuito e que o sentido de seu fluxo tende a
compensar a perturbação exterior, com a indução simultânea de um campo magnético oposto ao inicial.
Analogamente, uma corrente elétrica que circula em um condutor gera um campo magnético associado que,
como efeito derivado, induz no condutor uma corrente de sentido contrário ao da inicial. Esse fenômeno é
conhecido como auto-indução, e a relação entre o campo magnético e a intensidade da corrente induzida por
ele é fornecida por um coeficiente denominado indutância, que depende das características físicas e
geométricas do material condutor. A unidade de medida de indução é o henry, definido como a grandeza
gerada entre dois circuitos dispostos de forma tal que quando num deles a intensidade varia em um ampère
por segundo seja induzida no outro uma força eletromotriz de um volt.
Interpretação do eletromagnetismo. Desde o advento das idéias inovadoras de Isaac Newton, estabeleceu-se
uma interpretação causal do universo segundo a qual todo efeito observado obedeceria a forças exercidas por
objetos situados a certa distância. Nesse contexto histórico nasceu a teoria eletromagnética, segundo a qual as
atrações e repulsões elétricas e magnéticas resultavam da ação de corpos distantes.
Era preciso, pois, encontrar a verdadeira causa final dessas forças, buscando-se uma analogia com a massa
gravitacional de Newton e, simultaneamente, explicar de forma rigorosa os mecanismos de interação
eletromagnética entre os corpos. Coube a Ampère, a partir de seus trabalhos sobre correntes elétricas, expor a
teoria da existência de partículas elétricas elementares que, ao se deslocar no interior das substâncias,
causariam também os efeitos magnéticos. No entanto, em suas experiências, ele não conseguiu encontrar
essas partículas.
Por outro lado, Faraday introduziu a noção de campo, que teve logo grande aceitação e constituiu um marco
no desenvolvimento da física moderna. Concebeu o espaço como cheio de linhas de força -- correntes
invisíveis de energia que governavam o movimento dos corpos e eram criadas pela própria presença dos
objetos. Assim, uma carga elétrica móvel produz perturbações eletromagnéticas a seu redor, de modo que
qualquer outra carga próxima detecta sua presença por meio das linhas do campo. Esse conceito foi
desenvolvido matematicamente pelo britânico James Clerk Maxwell, e a força de seus argumentos acabou
com a da idéia de forças que agiam sob controle remoto, vigente em sua época.
Os múltiplos trabalhos teóricos sobre o eletromagnetismo culminaram em 1897, quando Sir Joseph John
Thomson descobriu o elétron, cuja existência foi deduzida do desvio dos raios catódicos na presença de um
campo elétrico. A natureza do eletromagnetismo foi confirmada ao se determinar a origem das forças
magnéticas no movimento orbital dos elétrons ao redor dos núcleos dos átomos.
Ondas eletromagnéticas. O conceito de onda eletromagnética, apresentado por Maxwell em 1864 e
confirmado experimentalmente por Heinrich Hertz em 1886, é utilizado para demonstrar a natureza
eletromagnética da luz.
Quando uma carga elétrica se desloca no espaço, a ela se associam um campo elétrico e outro magnético,
interdependentes e com linhas de força perpendiculares entre si. O resultado desse conjunto é uma onda
eletromagnética que emerge da partícula e, em condições ideais - isto é, sem a intervenção de qualquer fator
de perturbação - se move a uma velocidade de 299.793km/s, em forma de radiação luminosa. A energia
transportada pela onda é proporcional à intensidade dos campos elétrico e magnético da partícula emissora e
fixa as diferentes freqüências do espectro eletromagnético.
Aplicações. A teoria eletromagnética é muito usada na construção de geradores de energia elétrica, dentre
estes destacam-se os alternadores ou geradores de corrente alternada, que propiciam maior rendimento que os
de corrente contínua por não sofrerem perdas mediante atrito. A base do alternador é o eletroímã, núcleo em
geral de ferro doce e em torno do qual se enrola um fio condutor revestido de cobertura isolante. O dispositivo
gira a grande velocidade, de modo que os pólos magnéticos mudam de sentido e induzem correntes elétricas
que se invertem a cada instante. Com isso, as cargas circulam várias vezes pela mesma seção do condutor. Os
eletroímãs também são utilizados na fabricação de elevadores e instrumentos cirúrgicos e terapêuticos. Seu
uso abrange diversos campos industriais, uma vez que os campos que geram podem mudar de direção e de
intensidade
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
ELETROSTÁTICA
1 – ELETRICIDADE – PEQUENO HISTÓRICO(*)
A seguir colocamos em ordem cronológica alguns fatos de grande importância no
desenvolvimento de teorias e conceitos sobre eletricidade.
2 – INTRODUÇÃO
2.1 – ESTRUTURA DA MATÉRIA – CARGA ELÉTRICA
A matéria é constituída por átomos, que são estruturados basicamente a partir de três
partículas elementares: o elétron, o próton e o nêutron (é importante ressaltar que essas
não são as únicas partículas existentes no átomo, mas para o nosso propósito
elas são suficientes). Em cada átomo há uma parte central muito densa, o núcleo, onde
estão os prótons e os nêutrons. Os elétrons, num modelo simplificado, podem ser
imaginados descrevendo órbitas elípticas em torno do núcleo (fig. 1), como planetas
descrevendo órbitas em torno do Sol. Essa região periférica do átomo é chamada de
eletrosfera.
Figura 1
Figura 2
IMPORTANTE:
) NP = NE → corpo neutro
UNIDADE NO SI:
A carga elétrica do elétron é chamada de carga elementar, em módulo, o seu valor é igual a
carga elétrica do próton. Através de experiências, foi possível determinar seu valor:
e = 1,6 x 10-19 C
Q = ± n .e
UNIDADES NO SI:
Q → carga elétrica ⇒ Coulomb (C)
n → número de elétrons em excesso (-) ou em falta (+)
e → carga elementar ⇒ Coulomb (C)
3 – Processos de Eletrização
3.1 – ELETRIZAÇÃO POR ATRITO
Duas substâncias de naturezas diferentes, quando atritadas, eletrizam-se com igual
quantidade de cargas em valor absoluto e de sinais contrários.
Se atritarmos vidro com seda, elétrons migrarão do vidro para seda, portanto o vidro ficará
eletrizado positivamente e a seda negativamente.
Figura 4
Podemos,
Corpo dentro deste procedimento, fazer uma ligaçãoCorpo
Corpo Neutro a terra do corpoCorpo
induzido
Neutro e
Positivo
eletrizá-lo. Induzido
Ligando o corpo Induzido à terra, teremos, neste Como o corpo estava neutro, bastava
caso, o deslocamento de elétrons da terra para o um único elétron que ele ficaria
Figura 6
3.4 – ELETROSCÓPIOS
Para constatar se um corpo está ou não eletrizado, utilizamos dispositivos denominados
eletroscópios. Existem os eletroscópios de folhas e o de pêndulo.
Figura 7
Figura 8
Q A + Q B = Q 'A + Q 'B
Figura 9
IMPORTANTE:
Um corpo eletrizado, cuja dimensão é desprezível em relação às distâncias
que o separam de outros corpos, será chamado de carga puntiforme.
EXERCÍCIOS
1> Quantos elétrons devemos colocar num corpo neutro para que o mesmo fique eletrizado
com –1,0 C de carga ?
2> Quatro esferas metálicas idênticas estão isoladas uma das outras; X, Y e Z estão neutras
enquanto W está eletrizada com carga Q. Indicar a carga final de W se ela for colocada
em contato:
(a) sucessivo com X, Y e Z;
(b) simultâneo com X, Y e Z.
3> Um bastão de vidro, eletrizado positivamente, é aproximado de uma esfera condutora,
sem tocá-la. Verifica-se que o bastão atrai a esfera. O que se pode afirmar sobre a carga
elétrica da esfera?
4 – Lei de Coulomb
No fim do século XVIII, o físico francês Charles Augustin Coulomb realizou uma série de
experiências que permitiram medir o valor da força eletrostática que age sobre uma carga
elétrica puntiforme, colocada uma em presença de uma outra.
Para duas cargas puntiformes q e Q, separadas por uma distância d, Coulomb concluiu:
UNIDADES NO SI:
DIREÇÃO E SENTIDO:
5> Sabendo que as cargas A e B possuem valores respectivamente iguais a - 10 μC, 9 μC,
determine a força elétrica e sua natureza (atrativa ou repulsiva) na situação dada abaixo:
A B
3 cm
6> Duas cargas puntiformes Q1 e Q2, separadas por uma distância d, repelem-se com uma
força de intensidade F; se as cargas forem alteradas para 4.Q1 e 3.Q2 e a distância entre
elas for quadruplicada, qual será a nova intensidade da força de repulsão entre as cargas
?
7> Na figura dada a seguir, temos que q = 10-4 C e as cargas extremas são fixas nos pontos
A e C. Determine a intensidade da força resultante sobre a carga – q, fixa em B.
Determinar a intensidade da força resultante que atua sobre uma carga Q3 = 1 μC colocada
no ponto C. Considere o meio como sendo o vácuo.
5 – Campo Elétrico
Figura 10
Figura 11
Para determinarmos o módulo do vetor campo elétrico podemos recorrer a analogia feita
anteriormente com o campo gravitacional. Sabemos que a aceleração da gravidade local
pode ser calculada como sendo a razão do Peso e da massa de um corpo colocado na região
do campo gravitacional.
P
g=
m
Portanto o campo elétrico de uma carga de prova q colocada em um ponto desse mesmo
campo será dado pela razão da Força sobre ela (natureza elétrica) e o valor dessa carga.
F
E=
q
DIREÇÃO E SENTIDO:
UNIDADES NO SI:
q→ carga elétrica ⇒ Coulomb (C)
F → Força Elétrica ⇒ Newton (N)
E → Campo Elétrico ⇒ Newton/Coulomb (N/C)
EXERCÍCIOS
9> Uma carga q = -2 μC é colocada num ponto A de um campo elétrico, ficando sujeita à
ação de uma força de direção horizontal, sentido para a direita, e de módulo F = 8 . 10-3
N. Determine as características do vetor campo elétrico nesse ponto A.
10> Uma partícula de massa m = 2,0 g e carga elétrica q = 5,0 C está em equilíbrio estático,
sujeita simultaneamente a ação de um campo elétrico vertical e ao campo gravitacional
terrestre (g = 10 m/s2). Determinar as características do vetor campo elétrico no ponto
onde se encontra essa partícula.
Figura 12
Q
Simplificando, fica: E=k
d2
IMPORTANTE:
Caso tenhamos mais do que uma carga puntiforme gerando campo elétrico, como na figura
abaixo, o campo elétrico resultante será dado pela soma vetorial dos vetores campos
elétricos produzidos por cada uma das cargas.
Q1
ρ ρ ρ ρ
E = E 1 + E 2 + ... + E n
Q2 Qn
Figura 13
EXERCÍCIOS
11> Determinar a intensidade do campo elétrico gerado por uma carga puntiforme Q=
4,0 μC, num ponto situado a 3,0 cm, admitindo que o meio seja o vácuo.
12> A intensidade do campo elétrico gerado por uma carga Q, puntiforme num ponto P, a
uma distância d, é igual a E; qual a nova intensidade do campo elétrico gerado por uma
carga 3 Q num ponto situado a uma distância igual 4 d ?
13> Duas cargas puntiformes Q1 = 2,0 μC e Q2 = -2,0 μC estão fixas em dois vértices de
um triângulo equilátero de lado l = 6,0 cm. Determinar as características do vetor
campo elétrico resultante no terceiro vértice.
14> Duas cargas puntiformes, Q1 = 4 μC e Q2 = 9 μC, estão separadas por uma distância de
15 cm; em que ponto da reta que une essas cargas o campo elétrico resultante é nulo ?
Figura 16
Figura 17
A seguir você tem o aspecto do campo elétrico resultante, gerado por duas cargas
puntiformes iguais e positivas.
Figura 18
EXERCÍCIOS
6.1 – INTRODUÇÃO
O campo elétrico irá realizar sobre esta carga um trabalho τAB. Uma propriedade importante
do campo elétrico é que ele é conservativo, ou seja, o valor do trabalho realizado independe
da trajetória.
EP
VA =
q
Essa relação não depende da carga q utilizada, pois se mudarmos a carga q mudaremos
EP
também o valor da EP, mas a relação , permanecerá constante.
q
UNIDADES NO SI:
q→ carga elétrica ⇒ Coulomb (C)
EP → Energia Potencial ⇒ Joule (J)
V → Potencial Elétrico ⇒ Joule/Coulomb (J/C) ou Volt (V)
U AB = VA − VB
IMPORTANTE:
Observe ainda que as grandezas trabalho, energia potencial, potencial
elétrico e tensão elétrica são grandezas escalares e por este motivo,
deveremos trabalhar com os sinais + e – das grandezas envolvidas na
resolução dos exercícios.
EXERCÍCIOS
17> Uma carga de prova q = 2 μC adquire uma certa quantidade de energia potencial
elétrica 2 . 10-4 J ao ser colocada num ponto A de um campo elétrico; ao ser colocada
em outro ponto B, adquire 3 . 10-4 J. Determinar:
(a) os potenciais elétricos dos pontos A e B;
(b) a diferença de potencial entre os pontos A e B.
Figura 19
Se quisermos determinar o valor da energia potencial elétrica adquirida pela carga q ao ser
colocada no ponto A, temos que calcular o trabalho realizado pelo o campo elétrico ao
transportar a carga q do ponto A até o nível de referência.
Q.q
EP = k
d
Figura 20
Partindo da definição de EP
VA =
Potencial Elétrico, temos: q
Substituindo a expressão de k
Q.q
energia potencial na expressão VA = d
de Potencial Elétrico: q
Q
Simplificando, fica: VA = k
d
Se tivermos uma situação na qual existem várias cargas puntiformes, o potencial num ponto
P desta região será dado pela soma algébrica dos potenciais devido a cada uma dessas
cargas.
Figura 21
VP = V1 + V2 + V3 + ... + Vn
Q1 ( −Q 2 ) ( −Q 3 ) Q
VP = k +k +k + ... + k n
d1 d2 d3 dn
EXERCÍCIOS
18> Qual o valor do potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme Q = 6μC, situada
no vácuo, num ponto A a 20 cm da mesma ?
19> Duas cargas puntiformes Q1 = 4 μC e Q2 = - 8μC estão separadas por uma distância d
= 50 cm. Determinar:
(a) o potencial elétrico resultante num ponto A, situado na reta que une as cargas e a 20 cm
de Q1;
(b) o valor da energia potencial elétrica das cargas.
Figura 22
O trabalho realizado pelo campo elétrico nesse deslocamento é igual à diferença entre a
energia potencial armazenada pela carga nos pontos A e B:
τ AB = E PA − E PB
EP
Lembrando que V = ou E P = q.V , resulta:
q
τ AB = q.VA − q.VB
τ AB = q.(VA − VB )
Esta expressão nos dá o valor do trabalho realizado pelo campo elétrico quando uma carga
elétrica q se desloca no seu interior.
EXERCÍCIOS
20> Uma pequena partícula de massa m = 30 mg, eletriza-se com carga q = 1μC, é
abandonada a partir do repouso num ponto A situado a uma distância de 2 m de uma
carga puntiforme Q = 4μC, situada no vácuo e fixa. Com que velocidade a carga q irá
passar por um ponto B situado a uma distância de 3 m da carga Q ?
Figura 23
Sendo F constante, o trabalho do campo elétrico pode ser obtido a partir da expressão:
τ AB = F.AB. cos θ ,
onde F = q . E e AB . cos θ = d;
substituindo:
τ AB = q.E.d
Mas como vimos no caso de campo elétrico uniforme, o valor do trabalho é dado por:
τ AB = q.E.d
EXERCÍCIOS
Determinar:
(a) o trabalho realizado pelo campo elétrico no deslocamento AB;
(b) a diferença de potencial entre os pontos A e B;
(c) a velocidade da partícula ao atingir o ponto B; despreze as ações gravitacionais
Figura 25
Num campo uniforme, as superfícies eqüipotenciais são planos paralelos entre si.
IMPORTANTE:
Energia
ESTADOS DA MATÉRIA
Estados da matéria, em física clássica, as três formas que pode tomar a matéria:
sólida, líquida ou gasosa. Os sólidos se caracterizam por sua resistência a
qualquer mudança de forma. Em estado líquido, a matéria cede às forças
tendentes a modificar sua forma. Os gases não oferecem nenhuma resistência à
mudança de forma e muito pouca às alterações no seu volume.
Os sistemas cristalinos são: o sistema cúbico, que inclui os cristais com três eixos
perpendiculares, dois dos quais têm o mesmo tamanho; o ortorrômbico, que inclui
cristais com eixos de tamanhos diferentes e formando entre si ângulos oblíquos, e,
por último, o sistema hexagonal, que engloba os cristais com quatro eixos. Alguns
elementos ou compostos podem cristalizar em dois sistemas diferentes. Isto dá
origem a substâncias que, embora idênticas em composição química, são
diferentes em quase todas as demais propriedades físicas. Por exemplo, o
carbono cristaliza no sistema cúbico formando o diamante e no sistema hexagonal
formando o grafite.
Gás, substância em um dos três estados da matéria comum, que são o sólido, o
líquido e o gasoso. Os gases expandem-se livremente até encher o recipiente que
os contém, e sua densidade é muito menor que a dos sólidos e a dos líquidos. A
teoria atômica da matéria define os estados, ou fases, de acordo com a ordem que
envolvem. As moléculas têm uma certa liberdade de movimentos no espaço.
Esses graus de liberdade microscópicos estão relacionados com o conceito
macroscópico de ordem. As moléculas de um sólido estão dispostas em uma rede
e sua liberdade está restrita a pequenas vibrações em torno dos pontos dessa
rede. Em troca, um gás não tem uma ordem espacial macroscópica. Suas
moléculas se movem aleatoriamente e só estão limitadas pelas paredes do
recipiente que as contém. A temperaturas baixas e pressões altas (ou volumes
reduzidos), as moléculas de um gás passam a ser influenciadas pela força de
atração das outras moléculas e todo o sistema entra em um estado de alta
densidade e adquire uma superfície limite. Isso acarreta a entrada no estado
líquido. O processo é conhecido como transição de fase ou mudança de estado.
Uma fibra óptica é composta basicamente de material dielétrico (em geral sílica),
segundo uma longa estrutura cilíndrica, transparente e flexível, de dimensões
microscópicas, comparáveis às de um fio de cabelo humano. A estrutura cilíndrica
básica da fibra óptica é formada por uma região central, chamada núcleo, envolta por
uma camada, também de material dielétrico, chamada casca.
A composição da casca da fibra óptica, com material de índice de refração
ligeiramente inferior ao do núcleo, oferece condições à propagação de energia luminosa
através do núcleo da fibra, num processo de reflexão interna total. As principais
vantagens da fibra óptica são:
Permitir altíssimas taxas de transmissão, na ordem de Gbps (bilhões de bits por
segundo). A taxa de transmissão depende dos equipamentos que a realizarão total
imunidade a interferências eletromagnéticas externas, proporcionando distâncias
máximas permitidas maiores do que nos cabos metálicos, e podem ser empregadas em
lugares com grande taxa de ruído. Por ser isolante, é o meio mais indicado para
interligar prédios e sistemas com diferentes aterramentos, o que elimina o problema de
condução elétrica entre potenciais diferentes. Elimina também o problema de condução
de descargas atmosféricas no cabo.
Apresenta um alto grau de segurança para a informação transportada. Qualquer
tentativa de captação de mensagens ao longo de uma fibra é facilmente detectada, pois
exige o desvio de uma porção considerável de potência luminosa transmitida. São leves
e apresentam dimensões reduzidíssimas.
Vantagens:
PEQUENAS DIMENSÕES E BAIXO PESO:
IMUNIDADE À INTERFERÊNCIA:
Por serem feitas de material dielétrico, as fibras ópticas são totalmente imunes a
ruídos em geral e interferências eletromagnéticas, como as causadas por descargas
elétricas e instalações de alta tensão.
Aplicações:
Cabos submarinos de transmissão a longas distâncias
Controle de aviões
Instrumentação
Conexão entre computadores e periféricos
Comunicação por cabo para redes ferroviárias e elétricas
Comunicação em televisão a cabo
REDES DE TRANSMISSÃO
Circuitos de telefonia interurbanos. Quase todas as cidades, no Brasil, já estão
interligadas pela fibras ópticas.
Conexões de redes locais (LANs e WANs).
Redes de comunicação em ferrovias e metrôs.
Redes para controle de distribuição de energia elétrica
Redes de transmissão de dados.
Redes de distribuição de sinais de radiodifusão e televisão.
Redes de estúdios, cabos de câmeras de televisão.
Redes industriais, em monitoração e controle de processos.
Transmissão de sinais de processamento de dados de computador para computador,
e de computador para terminais.
Interligação de circuitos dentro de equipamentos.
Aplicações de controle em geral ( fábricas, maquinários).
Em veículos motorizados, aeronaves, trens e navios.
2 - Cabeação de rede
Os computadores nas redes modernas podem se comunicar em diferentes
sistemas tais como: Sistemas de cabeação metálicas, sistemas ópticos ou
mesmo através da propagação de ondas eletromagnéticas.
Na verdade, pode-se combinar todas essas técnicas em uma rede para suprir as
necessidades ou aproveitar o que já estiver instalado.
3 - Equipamentos de rede
Para que as informações sejam compartilhadas em uma rede, são necessários
equipamentos como: placas de rede, hubs, transceivers, bridges, routers, etc. que tem
a finalidade de interpretar os sinais digitais processados na rede e, encaminhá-los
ao seu destino obedecendo-se os padrões e protocolos.
4 - Sistema operacional
O sistema operacional de uma rede (NOS - Network Operating System) consiste
em uma família de programas que são executados em computadores interligados em
uma rede.
Alguns programas oferecem o recurso de compartilhar arquivos, impressoras e
outros dispositivos através da rede mas, a principal função do sistema operacional de
uma rede, é a administração lógica da rede.
5 - Estações de trabalho
Todos os usuários tem acesso a uma rede através de Estações de trabalho que
são, geralmente, microcomputadores equipados com uma placa adaptadora para
interface com a rede. Uma Estação de trabalho nada mais é do que um equipamento
ligado a rede pelo qual, qualquer usuário pode acessá-la.
6 - Periféricos
São considerados periféricos de uma rede os equipamentos secundários que
complementam o sistema de hardware de uma rede. Por exemplo: impressoras, modems
e plotters.
Normas Básicas
-Meio Físico
Compreende essencialmente os cabos que irão ser utilizados para cumprir esta
função que, neste caso, são os cabos UTP. Dentre os cabos UTP é necessário escolher o
tipo que apresente a melhor relação custo/benefício para uma determinada aplicação.
Na maior parte das aplicações de uma cabeação de uma rede estruturada os
cabos são utilizados para a interligação das estações de trabalho com os equipamentos
concentradores da rede (Hubs) e, em menor escala, na cabeação de Backbones também.
A partir de 1 991, com primeira edição da norma EIA/TIA 568, os sistemas de
cabeação passaram a ser classificados em categorias que caracterizam a performance do
meio físico e acessórios de acordo com intervalos de frequências.
-Categoria 3
Essa categoria se aplica a sistemas de cabeação baseados em cabos de par
trançado com impedância característica de 100 ohms.
As características de comunicação deste sistema são especificadas para
frequências de até 16MHz.
- Categoria 4
Esta categoria especifica a mesma descrição acima para frequências de até
20MHz.
- Categoria 5
Esta categoria especifica a mesma descrição anterior para freqüências de até
100MHz.
-Características Elétricas
As características elétricas estão diretamente relacionadas com a performance
dos cabos UTP pois, a comunicação de sinais irá depender, basicamente, dos parâmetros
elétricos dos cabos. Onde os principais parâmetros são:
- Impedância
É definida como sendo a soma de todas as resistencias, indutâncias e
capacitâncias inerentes nos cabos. A medida desse parâmetro é denominada impedância
caracteristica. É baseada em uma linha de transmissão de comprimento infinito. No caso
dos cabos UTP, o valor da impedância caracteristica deve estar em torno de 100 ohms +
ou - 15% em uma faixa de frequências que variam de 64 KHz até 100MHz.
- Atenuação:
É definida como sendo a diferença da potência de entrada no cabo e a potência e
saída, isto é, significa a perda do sinal no interior do cabo. A atenuação é medida em
decibéis (dB) e quanto menor for o valor da atenuação, melhor será a performance do
cabo. A norma EIA/TIA especifica a atenuação para os cabos UTP em
diferentes freqüências que variam de 64KHz até 100MHz.
- Paradiafonia (next)
É definida como sendo o parâmetro que mede o nível de interferência entre os
pares de condutores de um mesmo cabo. A paradiafonia é medida em decíbéis (dB),
sendo que a EIA/TlA-568 definiu valores mínimos para determinadas freqüências que
variam de 64 kHz até 100 MHz, isto é, os valores de paradiafonia medidos no cabo
devem atender á estes valores mínimos.
- Características Construtivas
As características construtivas dos cabos determinam os níveis de performance,
ou seja, as categorias dos cabos UTP. Basicamente, as características principais são:
- A bitola dos condutores dos cabos deve ser de 24 AWG isolado com materiais
termoplásticos.
- Os condutores devem estar trançados em pares no total de 4 pares em passos de
binagem pré-determinados.
- Os condutores devem obedecer a codificação de cores.
10 - Conectores
Nas redes de cabos UTP, a norma EIA/TIA padronizou o conector RJ-45 para a
conectorização de cabos UTP. São conectores que apresentam uma extrema facilidade,
tempo reduzido na conectorização e confiabilidade, sendo que estes fatores influem
diretamente no custo e na qualidade de uma instalação. Os conectores estão divididos
em 2 tipos, macho (plug) e fêmea (jack)
O conector RJ-45 macho possui um padrão único no mercado, no que diz
respeito ao tamanho, formato e em sua maior parte material, pois, existem vários
fabricantes deste tipo de conector, portanto todos devem obedecer a um padrão para que
qualquer conector RJ-45 macho de qualquer fabricante seja compatível com qualquer
conector RJ-45 fêmea de qualquer fabricante.
Já o conector RJ-45 fêmea pode sofrer algumas alterações com relação a sua
parte externa.
Para a conectorização do cabo UTP, a norma EIA/TIA 568 A determina a
pinagem e configuração. Esta norma é necessária para haja uma padronização no
mercado. Contudo, existem, no mercado, duas padronizações para a pinagem categoria
5, o padrão 568 A e 568 B, que diferem apenas nas cores de dois pares de condutores
dos cabos UTP.
A tabela abaixo demonstra a diferença entre os dois padrões de pinagem no
conector RJ-45 plug:
11 - Tomadas e Espelhos
Para a acomodação e fixação dos conectores RJ-45 fêmea descritos
anteriormente, são necessários os acessórios de terminação que, no caso, são as tomadas
e espelhos para redes estruturadas, os quais, fazem parte da lista de acessórios
obrigatórios que compõem uma instalação.
- As tomadas são caixas moldadas em plástico e salientes que acomodam e
fixam os conectores RJ-45 fêmea que, geralmente, são utilizadas em locais onde as
condições oferecidas pelo ambiente não são apropriadas para a instalação de uma infra-
estrutura embutida. Por exemplo, locais onde são utilizadas canaletas aparentes para a
instalação de cabos a instalação de tomadas seria a mais apropriada, além de
proporcionar um bom acabamento.
- Já, com relação aos espelhos, estes possuem a mesma função das tomadas, ou
seja, também são utilizados para a acomodação e fixação dos conectores RJ-45 fêmea
e, ao contrário das tomadas, estes são utilizados em instalações que ofereçam uma
infra-estrutura embutida, onde estes espelhos possam ser fixados em caixas de embutir
de tamanho padronizado. Com relação ao tamanho e formato, os espelhos possuem
dimensões que atendem aos padrões 4 x 2 e 4 x 4, hoje muito utilizado no mercado.
12 - Patch Panels
Patch Panels são painéis de conexão utilizados para a manobra de interligação
entre os pontos da rede e os equipamentos concentradores de rede. É constituído, de um
painel frontal onde estão localizados os conectores RJ-45 fêmea e de uma parte traseira
onde estão localizados os conectores que são do tipo 110 IDC. Os cabos de par trançado
que chegam dos pontos de rede são conectorizados nesses conectores e, nos
conectores RJ-45 fêmea são ligados os cabos pré-conectorizados com conectores RJ-
45 macho (Patch cables). Os cabos denominados patch cables fazem a ligação entre o
concentrador e o painel (Patch Panel). O Patch Panel tem a função de uma interface
flexível, ou seja, através dele é possível alterar-se o lay-out lógico dos pontos da rede.
Além disso, os patch Panels, juntamente com as tomadas providas de
conectores RJ-45 fêmea, proporcionam à rede uma grande flexibilidade em termos de
deslocamento de pontos e eventuais extensões da localização de pontos. Por exemplo,
através dos patch Panels e tomadas é possível conectar-se os cabos pré-conectorizados
aos equipamentos com o comprimento necessário, isto desde que o
comprimento total do lance esteja dentro do permitido pela norma EIA/TIA. Portanto,
verificamos que as tomadas e os patch panels são acessórios importantíssimos de uma
cabeação estruturada.
13 - Blocos 110
São blocos de distribuição de cabos, ou seja, neste bloco são conectorizados
cabos multipartes, onde derivam-se para as estações e são constituídos de uma base que
possui um bloco com terminais para conectores do tipo 110 IDC e dos próprios
conectores 110 IDC. Os cabos multipares são conectados nos terminais do bloco. Os
condutores do cabo são fixados aos conectores 110 IDC, que possuem lâminas que
fazem a fixação (contato elétrico) dos condutores através do encaixe dos conectores
com o bloco e, na outra extremidade dos conectores, são conectorizados os cabos de
par trançado de distribuição (4 pares). Os blocos de conexão são muito utilizados
quando há a necessidade de interligar-se as estações da rede, cujos os cabos são os UTP
Cat.5 4 pares, com equipamentos e/ou acessórios de rede que aceitam interligação
apenas com cabos multipares (25 pares). Dependendo de cada situação, os blocos de
conexão são acessórios indispensáveis ara a instalação de uma rede com cabeação
estruturada.
14 - Patch Cables
Utilizados na interligação entre os patch panels, citados anteriormente, e os
concentradores de rede. Os patch cables proporcionam uma flexibilidade de alterações
lógicas de lay out dos pontos de rede. Basicamente são constituídos de um cabo UTP
Cat.5 - 4 pares provido de 2 conectores RJ-45 macho conectorizados nas
extremidades do cabo, O comprimento dos patch cables dependerá de cada aplicação,
mas a norma impõe limites.
16 - Emendas Ópticas
Além de especificar estes parâmetros, a norma especifica ainda que a atenuação
máxima de emendas por fusão ou mecânica não pode exceder o valor de 0,3 dB.
17 - Conectores Ópticos
Quanto aos conectores ópticos, a norma recomenda o uso de conectores do tipo
SC, sendo que a atenuação por inserção deve ser inferior à 0,75 dB por conecção e a
perda por retorno deve ser acima de 20 dB para fibras multimodo e 26 dB para fibras
monomodo. Os conectores devem ter uma vida útil de 1000 operações no mínimo, em
alterar suas características de performance.
18 - Acessórios Ópticos
Para a instalação de uma rede estruturada, além dos cabos, são necessários os
acessórios que complementam a instalação. Estes acessórios podem abranger uma lista
de materiais que, dependendo do grau de complexidade da rede a ser instalada, poderá
ser simples ou bastante complexa. Em uma rede de cabeação estruturada é necessário
que a mesma apresente características flexíveis, principalmente no que diz respeito ás
mudanças diversas que ocorrem freqüentemente com qualquer rede e também suporte
às inovações tecnológicas á que as redes estão sujeitas.
-Bloqueio Óptico
- Este acessório tem a função de acomodar e proteger emendas ópticas de fibras de
cabos Ópticos.
-DIO (Distribuidor Interno Óptico)
- Acessório óptico que representa uma solução completa em termos de proteção,
acomodação e distribuição das fibras e das emendas de um cabo óptico,
proporcionando o que há de mais moderno em terminações ópticas de uma rede com
cabeação estruturada.
-Cordões Ópticos
- São cabos simplex ou duplex do tipo tight, dotados de conectores ópticos com
comprimentos definidos.
- Os cordões se aplicam á interligação entre os equipamentos e entre equipamentos e
acessórios ópticos, por exemplo, o distribuidor óptico.
19 - Acessórios para Gerenciamento da Rede
Desde que em uma rede estrutura existem equipamentos concentradores, devem
também existir os cabos de interligação entre estes equipamentos e os acessórios.
Normalmente estes equipamentos e estes cabos encontram-se instalados em um único
local. Para que se obtenha uma rede com a cabeação organizada e estruturada, faz-se
necessário componentes para comporta-los e acomoda-los convenientemente. Estes
componentes além de proporcionarem uma proteção adequada, também garantem uma
maior flexibilidade para que os mesmos possam ser manuseados e/ou trocados sem
qualquer tipo de problema. Estes componentes compreendem racks, brackets e
acessórios de suporte que ofereçam as mínimas condições de acomodação e proteção.
No ambiente de rede, à medida que a importância da mesma cresce torna-se
extremamente necessário o uso de acessórios que ofereçam o mínimo de proteção
necessária aos equipamentos (servidores. hubs, routers, etc.), dispositivos e acessórios
(patch panels, blocos de distribuição). Além disso, a outra parte da cabeação, ou seja, os
cabos e acessórios que interligam os pontos de rede, também devem receber uma
proteção, ou seja, uma infra-estrutura adequada.
21 - Topologias de Redes
Entende-se por topologia de rede a forma pela qual os componentes estão
dispostos e interligados entre si. Existem várias configurações de redes, cada qual
apresentando suas vantagens e desvantagens. As tipologias mais encontradas no
mercado são:
- Anel
- Uma rede em anel usa os cabos para conectar as estações em forma de um laço (sendo
necessária a junção física do cabo do inicio da rede com o fim da mesma), o sinal é
transmitido de estação a estação até atingir seu destino. O tráfego das informações pela
rede caminha em um único ou ambos os sentidos do anel.
- Barramento
- Na topologia em forma de barramento, todas as estações de trabalho estão conectadas
a cabo central (chamado de barramento). O sinal é transmitido e permanece disponível
no barramento até que a estação de destino possa captá-lo.
- Estrela
- Uma rede em estrela compreende varias estações conectadas entre si através de cabos
e equipamentos centralizadores ou concentradores da rede, os quais, realizam o
controle do sistema. Neste caso, o sinal obrigatoriamente passa pelo concentrador e
segue para a estação destinatária, Atualmente, este tipo de topologia é a mais utilizada
no mercado devido às suas vantagens.
ÂNGULO CRÍTICO: Maior ângulo de incidência de uma onda que ao atingir outro
meio de índice de refração menor, ainda ocorre refração. A partir desse ângulo a
onda seria inteiramente refletida de volta ao primeiro meio de propagação.
CABO GELEADO: Cabo que possui seus interstícios preenchido por um composto
pastoso (geleia) com o objetivo de protegê-lo contra a penetração de água.
CABO ÓPTICO: Cabo que contém uma ou várias fibras ópticas destinadas à
transmissão de sinais.
CANAL DE BANDA LARGA: Canal de largura de banda muito maior que o canal
de voz. Capaz de transmitir voz, vídeo e dados em alta velocidade. Normalmente
opera com bandas da ordem de vários MegaHertz.
CORDÃO ÓPTICO: Cabo óptico com uma única fibra, destinado à ligação de
equipamentos ópticos.
DISTORÇÃO: Mudança não desejada na forma de onda que ocorre entre dois
pontos em um sistema de transmissão.
ERB: Estação Rádio Base que conecta por rádio os telefones celulares e
transmite seus sinais aos CCC. É o núcleo de uma célula.
FIBRA ÓPTICA MONOMODO (SM): Single Mode. Tipo de fibra óptica na qual
apenas um modo se propagará, fornecendo o máximo em largura de banda. Tem
que ser utilizada com fontes de luz laser. Tem menor atenuação e portanto pode
transmitir sinais a grandes distâncias. É a fibra padrão ou standard para
telecomunicações.
FIBRA ÓPTICA MULTIMODO (MM): Multi Mode. Tipo de fibra óptica que permite
que mais de um modo se propague, apresentando normalmente altas taxas de
atenuação.
Não necessita de fonte de luz coerente, tornando os transmissores e receptores
mais baratos que os monomodo. São excelentes soluções para redes de dados
em distâncias de até apenas alguns quilômetros.
G/H
GIGA (G): Unidade que equivale a 1 bilhão = 109. Exemplo: 1 GigaHertz (GHz) =
109 Hertz.
K/L
LAN: Local Area Network. Rede local de computadores, restrita a uma pequena
área geográfica, normalmente um prédio ou empresa. É comumente operada pelos
próprios usuários.
Exemplo: canais de voz que transportam sinais de 300 a 3000 Hz tem largura de
banda de 2700 Hz. Em sistemas digitais, é a máxima freqüência de operação.
Exemplo: Sistemas STM-16 tem largura de banda de 2,5 Gbit por segundo.
LUZ: Radiação visível; qualquer radiação óptica capaz de causar uma sensação
visual em um observador.
NÚCLEO: A parte central de uma fibra óptica onde é confinada toda a luz, por
apresentar índice de refração mais alto que a casca que o envolve.
O/P
OPGW: OPtical Ground Wire. Cabo pára-raios de linhas aéreas de alta tensão com
núcleo contendo fibras ópticas.
RAIO DE DOBRAMENTO: Menor raio de curvatura que uma fibra pode apresentar
sem causar aumento significativo de atenuação.
SPLITTER: Derivador.
U/V
WAN: Wide Area Network. Rede de longa distância. A ligação entre duas
metrópoles constituem uma WAN.
Física
Física
O homem sempre buscou compreender melhor os fenômenos naturais e a estrutura do universo. Para isso, tem
procurado definir princípios e leis elementares. Todo esse esforço levou ao surgimento da física como uma
disciplina científica.
Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais pela aplicação de um método regido por determinados
princípios gerais e disciplinado por relações entre experimentos e teoria. Seu campo de ação compreende, em
linhas gerais, o estudo das propriedades da matéria - seus aspectos e níveis de organização - e das leis de seu
movimento e transformações. Busca formular essas leis em uma linguagem matemática capaz de abranger o
maior número possível de fenômenos.
A conceituação da física, no entanto, enfrenta o problema da adequada qualificação e delimitação da área e
aplicações próprias dessa ciência. O grupo de ciências da natureza é imenso e, além disso, a própria física e
seus campos de estudo estão em constante evolução, graças a novos instrumentos e descobertas. Excluídos os
aspectos químicos e biológicos da matéria, pode-se dizer que pertencem ao conteúdo próprio da física quatro
níveis microscópicos básicos da matéria - subnuclear, nuclear, atômico e molecular - e quatro modos de
organização (estados) - gasoso, sólido, líquido e plasmático. Suas propriedades gerais, leis de movimento e
transformações são descritas mediante quatro interações básicas: gravitacional, eletromagnética, interação
forte e interação fraca. As duas últimas atuam predominantemente nos domínios nuclear e subnuclear.
Também é preciso excluir do domínio da física aquelas interfaces com outras ciências da natureza que
constituem campos interdisciplinares, como a biofísica, a geofísica e a físico-química. Nessas disciplinas, a
abordagem é feita do ponto de vista da física, mas o objeto de estudos pertence a outras áreas. Diferente é o
caso da astrofísica, em que o objeto de estudos serve para testes dos conhecimentos obtidos em escala
terrestre e de fonte para fenômenos novos a serem estudados pela física.
A fronteira com domínios filosóficos aparece implicitamente no conceito exposto acima, na seguinte questão:
as propriedades e leis de movimento da matéria existem independentemente dos procedimentos empregados
para conhecê-las? Essa questão pertence à teoria do conhecimento e a maioria dos físicos parece disposta a
crer que o mundo material preexiste com suas leis próprias, que eles descobrem e representam numa imagem
tão fiel e correta quanto seus instrumentos, métodos de observação e de análise o permitem. Outras questões
filosóficas importantes relacionam-se com os conceitos de espaço e de tempo, intimamente ligados à matéria
e ao movimento, que suscitam interpretações relacionadas com limites eventuais de existência do universo e
com as categorias de determinismo e causalidade.
As fronteiras com a técnica têm origem na base empírica da física, construída sobre métodos experimentais e
instrumentos de medidas. A física ora cria e aperfeiçoa esses instrumentos, ora os busca em outras áreas de
estudo. A luneta telescópica, por exemplo, que permitiu a Galileu realizar observações de grande impacto
científico, foi criada para servir à técnica de navegação. A física também contribui com variadas aplicações
no lar, na indústria, na medicina e na pesquisa científica, como é o caso da energia elétrica e do raio X.
O reconhecimento das imensas possibilidades da física para a criação de técnica aproveitável pelas outras
ciências e pela sociedade motivou a mobilização de esforços e recursos humanos com o objetivo de explorá-la
sistemática e intencionalmente. O conjunto dessas atividades constitui a física aplicada, campo em que se
realizam, por exemplo, pesquisas sobre semicondutores voltadas para as aplicações da eletrônica, e pesquisas
sobre fusão nuclear controlada, em busca de novas formas para a produção de energia.
Metodologia e campos de estudo
Segundo o método de abordagem, a física subdivide-se em experimental e teórica. A primeira é uma
sondagem das propriedades da matéria, seu movimento e transformações, através de observações e medidas
dos aspectos quantitativos relevantes. A física teórica visa a incorporação dos resultados experimentais em
teorias consistentes, capazes de articular elementos novos com aqueles já conhecidos, representando-os
segundo estruturas lógicas abrangentes que recorrem a um conjunto mínimo de postulados e princípios gerais.
Enseja também a previsão de fenômenos ou comportamentos novos e a formulação da teoria dos instrumentos
de medida, essencial para o desenvolvimento do método experimental. Os dois tipos de abordagem se acham
em todos os campos e divisões da física.
A física teórica requer grande imaginação e domínio do instrumento matemático, enquanto a física (e a
matemática) experimental exige alta engenhosidade, conhecimento de técnicas variadas, habilidade de
planejamento experimental e perseverança na superação de dificuldades. Para responder às questões que são
apresentadas, a física requer inicialmente uma observação cuidadosa dos fenômenos, bem como a análise dos
fatores que podem influir sobre eles. Após a consideração de um fato concreto, chega-se a um raciocínio e se
enuncia uma hipótese de trabalho capaz de explicar o fenômeno observado e à qual se possa chegar de uma
maneira indutiva ou dedutiva.
O passo seguinte é a experimentação, ou seja, a reprodução do fenômeno sob condições previamente
preparadas e cuidadosamente controladas. Desse modo, podem-se alterar as variáveis que atuam sobre o
objeto de estudo e registrar a reação dessa mudança sobre o fenômeno observado. No método científico, a
comprovação de todo conhecimento é o experimento. Postulam-se assim leis cuja validez ou falsidade se
avaliam segundo o êxito ou o fracasso diante dos fatos experimentais. Finalmente, chega-se à formulação de
uma teoria e a sua expressão matemática. Se a hipótese conseguir explicar grande número de dados
experimentais, terá a categoria de lei natural.
A partir dos dados conhecidos, podem-se deduzir novas leis, de forma teórica, que logo deverão ser
comprovadas experimentalmente. A expressão matemática deve ser capaz de explicar os fenômenos não
observados, assim como justificar qualitativa e quantitativamente as medidas realizadas.
Os resultados de uma experiência física podem ser descritos por meio de tabelas, gráficos e equações. As duas
primeiras mostram os dados obtidos no experimento e a relação entre eles; as equações permitem generalizar
os conhecimentos obtidos ao estudar o fenômeno. De modo geral, as leis da natureza têm expressão
matemática simples. As expressões mais complicadas aparecem quando o fenômeno estudado envolve fatores
não conhecidos perfeitamente.
Evolução do conhecimento da matéria
O conhecimento em física se constitui em sondagens de aspectos quantitativos da matéria e do movimento e
de sua inserção em esquemas racionais que os articulem em teorias simples e unificantes. Seu
desenvolvimento histórico se manifesta, portanto, na história das transformações por que passaram os
instrumentos de sondagem e das grandes idéias gerais que orientaram a teorização. Duas grandes idéias
presidiram o pensamento científico na física por muitos séculos: o mecanicismo e a concepção atomística da
matéria.
Mecanicismo. O pensamento mecanicista consiste essencialmente em reduzir todos os fenômenos da física, e
mesmo da natureza, a sistemas de forças que atuam entre corpos materiais. Nessas condições, os aspectos
mais definitivos de qualquer fenômeno estariam, em última instância, subordinados às leis da mecânica.
Suas origens são encontradas nas concepções de Copérnico, que propôs em De revolutionibus orbium
coelestium (1543; Sobre a revolução dos orbes celestes) uma reformulação das concepções vigentes sobre o
sistema solar, particularmente no que diz respeito às posições relativas da Terra e do Sol, e nos trabalhos de
Johannes Kepler, que realçaram a importância de um esquema matemático adequado para a descrição das
propriedades dos corpos celestes em movimento.
Com suas idéias sobre a gravitação, Descartes deu forma mais nítida ao pensamento mecanicista, mas o ponto
alto só foi atingido mais tarde, com Isaac Newton. Nos célebres Philosophiae naturalis principia mathematica
(1686; Princípios matemáticos da filosofia natural), Newton deu forma clara a essa tendência, defendendo a
tese de que todos os fenômenos da natureza poderiam vir a ser enquadrados em esquemas puramente
mecânicos. O sucesso de sua teoria da gravitação e muitas outras realizações de grande mérito garantiram-lhe
autoridade científica sem precedentes, a qual exerceu papel muito importante na difusão dessas idéias por
parte de numerosas gerações de cientistas.
Durante algum tempo as aspirações mecanicistas adquiriram respaldo científico: várias descobertas sucessivas
mostraram que interpretações sob essa orientação podiam ser aplicadas a outros fenômenos além daqueles
ligados à gravitação. Por exemplo, cerca de um século após a publicação da obra de Newton, Charles-
Augustin Coulomb verificou que a interação entre corpos eletrizados ou magnetizados seguia precisamente a
mesma lei formal que a atração gravitacional, com a adição das repulsões ao lado das atrações.
Com essas descobertas configurou-se a perspectiva de que uma classe ainda mais extensa de fenômenos
pudesse seguir as previsões do mecanicismo. De fato, os novos conhecimentos sobre luz e calor encaixavam-
se também naquele esquema. A propagação retilínea da luz, a reflexão, a refração e a dispersão foram objetos
de duas históricas interpretações, uma devida a Newton, outra a Christiaan Huygens. O caráter mecanicista da
interpretação dada por Newton é óbvio, pois segundo ela todos os fenômenos citados resultam de forças que
agem entre a matéria e os corpúsculos da luz. No caso de Huygens, o caráter mecanicista se revela na
postulação da existência de um "éter" mecânico, portador da energia luminosa, semelhante aos meios
materiais portadores da energia das ondas sonoras.
Após os trabalhos de Augustin-Jean Fresnel sobre a difração das ondas luminosas, apresentados em 1816, as
idéias de Huygens passaram a prevalecer, mas a posição mecanicista saiu intocada. Instalou-se, a partir daí,
acirrada discussão sobre as propriedades mecânicas do éter, que só terminou no começo do século XX.
Os fenômenos térmicos deram também contribuição importante para a edificação dos ideais mecanicistas. A
associação entre movimento mecânico e calor é fato corriqueiro ao alcance da observação de qualquer pessoa.
Em 1841, James Prescott Joule demonstrou experimentalmente que o calor não passa de uma manifestação da
energia mecânica.
A teoria cinética do calor, desenvolvida por James Clerk Maxwell em 1866, interpretou os fenômenos
térmicos segundo um modelo mecânico microscópico, dentro do qual variáveis termodinâmicas
macroscópicas, como pressão e temperatura, resultam de oscilações ou de colisões entre átomos constituintes
da matéria. Assim, esses fenômenos se reduziam às forças entre os corpúsculos materiais e, embora
introduzissem um comportamento estatístico qualitativamente novo, se enquadravam nas teses mecanicistas.
O declínio do programa mecanicista começou a partir de 1820, com as descobertas de fenômenos magnéticos
associados a correntes elétricas. As forças envolvidas apresentavam características muito distintas daquelas
ligadas à atração gravitacional e à interação de cargas elétricas e pólos magnéticos. Demonstrou-se que elas
dependiam não só da distância entre os corpos mas também de sua velocidade relativa, além de se
manifestarem em direções outras que a linha reta entre as cargas em movimento.
Essas descobertas, embora revelassem forças de um caráter completamente novo, não invalidavam a essência
da interpretação mecanicista, reformulada para requerer apenas forças e corpos, quaisquer que fossem suas
particularidades, mas certamente introduziam um elemento de dúvida quanto à simplicidade da interpretação
desses fenômenos. O reducionismo da posição mecanicista tem o atrativo da simplicidade e da unidade, e
qualquer golpe nesses atributos é também um golpe na idéia inteira.
Passos importantes em direção ao desfecho final foram dados por Michael Faraday e Maxwell. O primeiro
introduziu a idéia de campo de forças para interpretar as manifestações magnéticas de correntes elétricas, e o
segundo formulou uma teoria, baseada na idéia de campo, que unificou todos os fenômenos elétricos e
magnéticos até então conhecidos e ensejou a previsão de fenômenos novos.
A mais notável das previsões de Maxwell foi a da existência de ondas eletromagnéticas, previsão que veio a
ser confirmada em fins do século XIX, quando Heinrich Rudolph Hertz demonstrou que essas ondas se
propagavam no espaço com velocidade igual à da luz. Além disso, as propriedades de propagação, reflexão,
refração, interferência, dispersão e difração são atributos também dessas ondas. Ao ser demonstrado que todas
as propriedades inerentes à luz se encontram também nas ondas eletromagnéticas, os dois conceitos passam a
ser idênticos. Com isso, as ondas de Huygens deixam de ser oscilações mecânicas do éter para serem
oscilações excitadas por forças elétricas e magnéticas.
Embora essa condição complicasse ainda mais as já estranhas propriedades do éter, de modo algum desmentia
sua existência. O golpe final da idéia do éter se deu em conseqüência dos progressos nas concepções
relativísticas, devidas principalmente a Albert Einstein, segundo as quais nenhuma ação entre corpos
materiais se pode propagar com velocidade superior à da luz no vácuo. Em conseqüência desse resultado,
torna-se necessário desvincular os campos e as partículas materiais que lhes servem de fontes, isto é, as forças
dos corpos materiais que as geram. Esse foi um duro golpe contra as pretensões mecanicistas. Em seguida,
experiências de medida da velocidade da luz em condições apropriadas demonstraram que o éter nem é
arrastado pelos corpos que nele se movem, nem permanece em repouso, sendo, portanto, uma ficção
mecânica. A derrubada da teoria do éter pela experiência mostrou que pelo menos os fenômenos luminosos
não estão sujeitos à interpretação mecanicista.
A luz é constituída de campos elétricos e magnéticos oscilantes que têm existência real tanto quanto as
partículas de matéria com as quais interagem. Os campos incorporam todos os atributos elétricos e
magnéticos associados ao movimento das cargas que lhes dão origem e produzem efeitos de maneira
autônoma, isto é, desvinculada daqueles movimentos. A energia das ondas luminosas está nos campos que a
transportam de um ponto a outro, sem a interveniência de qualquer meio material intermediário.
Concepção atomística da matéria. As primeiras formulações atomísticas do universo remontam a Leucipo e
Demócrito (século V a.C.). Segundo elas, move-se no espaço finito um número ilimitado de átomos eternos,
tão pequenos que não admitem fragmentação ou divisão ulterior, absolutamente cheios, sem poros ou bolhas,
incompressíveis, que preenchem completamente o espaço que ocupam, e os diferentes aspectos do universo
resultam da pluralidade infinita de formas atômicas e de sua ordenação e posição relativa.
A essas concepções se opôs o idealismo platônico-pitagórico, segundo o qual formas abstratas elementares
desprovidas de substrato material seriam os corpúsculos constituintes da terra, do fogo, do ar e da água, que
eram, por sua vez, as substâncias elementares de todas as outras.
Após essas contribuições da antiguidade, o pensamento filosófico esperou por outra formulação importante da
natureza do universo até meados do século XVII, quando Leibniz deu sua versão da doutrina das mônadas, de
Giordano Bruno. O monadismo de Leibniz tem semelhanças com o atomismo de Demócrito, porque ambos
apresentam uma visão do mundo segundo a qual seres e coisas são constituídos pela superposição de unidades
elementares.
A mônada é uma substância simples com a qual se constroem as complexas, não tem elementos, nem
dimensão, nem forma, não pode ser dividida ou decomposta. Uma mônada é necessariamente diferente de
qualquer outra e no seu interior não há movimento, nada pode mudar. Entretanto, cada mônada é passível de
outras mudanças - e as sofre incessantemente - determinadas por um princípio interno, que garante a
pluralidade de diferenças e de associações externas necessárias para a reprodução da infinita variedade do
universo.
Se de um lado o monadismo de Leibniz oferece alternativas não mecanicistas ao atomismo de Demócrito, de
outro introduz um forte componente teológico - por meio do princípio interno da mônada - e ideais de
harmonia universal. O atomismo, no entanto, se mantém dentro de limites materialistas, sustentando um
princípio de necessidade, intrinsecamente vinculado aos átomos, para explicar suas associações e
movimentos. Nenhuma dessas concepções resistiu íntegra ao peso das observações científicas, mas todas
desempenharam papel muito importante na orientação do pensamento científico ao longo da história.
A primeira abordagem científica das idéias atomísticas teve lugar na segunda metade do século XVII, com os
trabalhos de Newton sobre fenômenos luminosos, publicados em sua obra Opticks (1704; Óptica). Após
numerosos trabalhos experimentais sobre a propagação retilínea da luz, reflexão, refração e principalmente
dispersão cromática, Newton levantou a hipótese de que a luz seria constituída de corpúsculos materiais, cada
um responsável por uma das cores fundamentais que, reunidas, dão a luz branca, propagando-se com
velocidade que depende de sua qualidade cromática e da densidade do meio. Curiosamente, Newton analisou
detidamente, em suas experiências, fenômenos de interferência luminosa que mais tarde foram os principais
argumentos contra sua hipótese corpuscular da luz, finalmente refutada, em 1816, por Fresnel.
O passo seguinte foi dado em começos do século XIX, com Dalton. Físico e meteorologista, interessou-se
pelas propriedades elásticas dos gases. Considerando a repulsão mútua de suas partículas, procurou interpretar
tais propriedades dentro de um esquema newtoniano. Seus trabalhos levaram-no a considerar as proporções de
átomos diferentes em diversos tipos de gases e daí a enunciar, em 1804, a lei da combinação de elementos por
múltiplos de pesos definidos, mostrando assim que as substâncias compostas são construídas átomo por
átomo, agrupados aos pares, três a três etc.
Em 1827, o botânico inglês Robert Brown descobriu o movimento dito browniano das partículas de pólen de
certa erva em suspensão aquosa, o qual foi observado posteriormente com diferentes tipos de partículas em
suspensão. O movimento browniano sugere fortemente a interpretação de que o movimento das partículas em
suspensão lhes é imprimido por colisões com os corpúsculos da água. Essa idéia, nas mãos de Maxwell,
Ludwig Boltzmann e outros se transformou na teoria cinética dos gases, que oferece uma explicação para as
propriedades desses sistemas.
Na metade do século XIX, a idéia de átomo parecia muito bem assentada nos termos em que a concebeu
Demócrito. Considerava-se, então, que os átomos das substâncias diferentes fossem associações de átomos de
hidrogênio, o mais leve deles. Entretanto, as investigações do químico russo Dmitri I. Mendeleiev sobre a
classificação dos elementos químicos, publicadas em 1869, lançaram sérias dúvidas sobre a simplicidade
desse esquema, denunciando a possível existência de estruturas de organização intra-atômicas que exibiriam
aspectos comuns a vários elementos, o que explicaria a semelhança de suas propriedades.
Os átomos não eram, portanto, as unidades indivisíveis do filósofo grego, como Ernest Rutherford acabou por
comprovar, em 1911, com seu modelo atômico. O desfecho dependeu da descoberta do elétron, em 1897, por
Joseph John Thomson, a partir de experiências sobre descargas elétricas em gases rarefeitos, e de fenômenos
associados à radioatividade dos elementos, descoberta por Henri Becquerel em 1896. Rutherford demonstrou
que os átomos dos elementos eram constituídos de um núcleo central carregado de hidrogênio (prótons),
circundado por uma nuvem de elétrons em número suficiente para neutralizar os efeitos elétricos da carga
central. Essa idéia mostrou-se substancialmente correta até o dia de hoje, salvo pela introdução do nêutron
como constituinte do núcleo atômico, após sua descoberta, em 1932, por James Chadwick.
A ciência das primeiras décadas do século XX foi capaz também de demonstrar que as concepções
atomísticas não se limitam aos aspectos ordinários da matéria, mas estendem-se igualmente a suas
manifestações elétricas e ao movimento. Assim ficou demonstrado, particularmente depois das experiências
de Robert Andrews Milikan, que o menor valor de carga elétrica é o da carga do elétron, e qualquer outro
valor será múltiplo inteiro desse.
Na mesma época, os trabalhos de Max Planck sobre a entropia da radiação levaram-no à conclusão de que a
energia irradiada por dipolos elétricos oscilantes é concentrada em quantidades definidas (quanta),
dependendo da freqüência de oscilação, sendo a potência total um múltiplo inteiro dessas quantidades
elementares. De certo modo, esse resultado correspondia a um retorno às concepções de Newton sobre o
caráter discreto da radiação luminosa.
As idéias de Planck, nas mãos de Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg e Max Born, ganharam finalmente
outras luzes, com a edificação de uma nova disciplina, que veio a substituir a mecânica clássica em domínios
microscópicos: a mecânica quântica. Capaz de incorporar simultaneamente aspectos corpusculares e
ondulatórios, vinculando matéria e movimento, os princípios e métodos dessa disciplina ensejam a
formulação de uma teoria eletromagnética capaz de acomodar os pontos de vista de Newton e de Huygens
sobre a natureza da luz, interpretando acertadamente todos os fenômenos luminosos até hoje conhecidos.
Em domínios subatômicos, as unidades elementares são os elétrons na região extranuclear e os núcleos
atômicos. Elétrons são partículas estáveis e até hoje não foi possível identificar-lhes qualquer estrutura, mas
os núcleos atômicos estão longe de constituir aquelas unidades indivisíveis e imutáveis de Demócrito. Os
núcleos, constituídos de prótons e nêutrons, podem ser transformados uns nos outros mediante reações
nucleares ou processos de radioatividade natural em que ocorre emissão de partículas e/ou energia. Os
próprios prótons e nêutrons (núcleons) do núcleo atômico possuem estrutura própria. Os nêutrons são, além
disso, instáveis.
Após a descoberta do nêutron, a física nuclear identificou cerca de uma centena de partículas subnucleares,
denominadas elementares. A grande maioria delas não é elementar no sentido atomístico, porque se
desintegram em outras e revelam, assim, uma estrutura subjacente. Estáveis são apenas o próton, o elétron, os
fótons e os neutrinos, entre os quais apenas os três últimos não revelaram até hoje qualquer traço de estrutura
interna.
Desenvolvimentos da década de 1960 sugeriam fortemente a existência de partículas presumivelmente
estáveis, das quais todas as outras nuclearmente ativas poderiam ser construídas: os quarks. Atualmente, já
não há mais dúvida quanto à existência dos quarks. Até a década de 1990, essas partículas ainda não haviam
sido observadas sob a forma livre, mas experiências indicavam que o próton é composto de partículas
puntiformes. A análise teórica das propriedades dos quarks, porém, indicavam uma estrutura para o próton
constituída de quarks.
Até o fim do século XX, a física experimental procurava criar uma mistura de quarks por meio de compressão
e aquecimento do núcleo atômico para provocar uma forte colisão de núcleons com liberação de quarks. Isso
possibilitará a criação de um plasma de quarks que encontrará aplicações em diversas áreas como astrofísica
(estudo da hipótese da grande explosão primordial), física nuclear e medicina.
Organização social da física
A física, juntamente com as ciências da natureza, faz parte de um complexo de instituições de grande
importância na sociedade contemporânea, não só em função do vulto dos investimentos, como também do
contingente humano, do número e da diversidade de organizações comprometidas com sua manutenção e
expansão. Os físicos constituem hoje um grupo de profissionais socialmente prestigiados, formados em
organizações próprias. Dispõem de enormes facilidades de trabalho, como laboratórios, bibliotecas, serviços
de intercâmbio e divulgação de informações etc., os quais, em muitos aspectos, têm superado as vantagens
conquistadas por grupos profissionais mais tradicionais na cultura ocidental, como advogados e médicos.
Os países desenvolvidos normalmente aplicam cerca de três por cento do produto nacional na investigação
científica em geral, dos quais pelo menos metade com as ciências físicas e suas aplicações à engenharia e à
indústria. Também mantêm uma máquina burocrática para a gestão desses investimentos, constituída de
órgãos executivos e de assessoria especializada na condução dos assuntos referentes à pesquisa científica pura
e aplicada. A criação desse complexo foi fruto de uma evolução muito lenta, que dependeu do
amadurecimento de muitos fatores, demandas e aspirações, não necessariamente ligados à investigação
científica, mas originados no grande processo de substituição de cultura que foi o Renascimento.
Na física, essa passagem teve o aspecto de uma autêntica revolução. O sistema de Copérnico e a introdução
do método experimental como argumento de prova, devida particularmente a Galileu, abalaram
inexoravelmente a herança aristotélica dominante no pensamento filosófico até a Idade Média.
As grandes conquistas da astronomia, que culminaram com a síntese newtoniana, resolveram em definitivo os
problemas da navegação, que a ciência da etapa anterior foi incapaz de solucionar. A demolição do sistema
filosófico-religioso herdado da cultura anterior, e os frutos práticos na área da navegação libertaram a ciência
de sua posição contemplativa, especulativa, e abriram as portas para uma era em que passou a ser encarada
como instrumento de transformação.
No âmbito do Renascimento italiano criaram-se as primeiras universidades, que deram margem a novas
atividades intelectuais. Embora dominadas até meados do século XIX pelas heranças filosóficas de inspiração
aristotélico-tomista, abrigaram o trabalho de inúmeros contestadores, entre os quais Galileu. Foram também
criadas as primeiras sociedades científicas, a Accademia dei Lincei (1603), em Roma, e a Accademia del
Cimento (1651), em Florença. Esse movimento renasceu na Inglaterra, em 1662, com a criação da The Royal
Society, logo seguida da França, com a Académie Royale des Sciences, em 1666, e rapidamente atingiu
outros países. Em 1790, estimava-se em 200 o número de academias.
Essas academias nasceram com o intuito de conferir à ciência um novo status. O esboço dos estatutos da
Royal Society, redigido por Robert Hooke, em 1663, estabelece essas metas: "O objetivo da Royal Society é
aperfeiçoar o conhecimento das coisas da natureza e de todas as artes úteis, manufaturas e práticas mecânicas,
engenhos e invenções por meio da experimentação (e não especular sobre divindade, metafísica, moral,
política, gramática, retórica ou lógica)." Apesar do impulso renovador e do embrião de organização em que
consistiam, as sociedades científicas eram organizações muito fechadas, mantidas por seus membros, pessoas
de renda própria e posição social. Não havia remuneração pelo trabalho científico, situação que perdurou até a
segunda metade do século XIX, quando as universidades começaram a acolher institucionalmente a ciência.
Somente a partir dessa época o cientista contou com uma organização para a sua formação. Antes disso, todos
foram autodidatas.
Outros embriões de organização que apareceram no século XVII foram a criação, em 1672, do Observatoire
Royal, em Paris, e do Royal Observatory, em Greenwich, em 1675. Foram as primeiras organizações
dedicadas a setores da física patrocinadas pelo poder central, e sua criação dependeu muito do crédito obtido
na solução de problemas astronômicos necessários ao desenvolvimento da navegação. Também foram as
primeiras organizações, e durante muito tempo as únicas, a oferecerem um emprego regular a um especialista.
Durante os séculos XVIII e XIX não houve grandes avanços na organização social da física. Quase todos
foram fruto das demandas surgidas no século XX, em especial as geradas pela primeira e pela segunda
guerras mundiais, nas quais se empregaram armamentos sofisticados que exigiram conhecimentos avançados
de aerodinâmica, eletrônica, física nuclear etc.
Física no Brasil
A física foi introduzida no Brasil primeiramente como matéria necessária à formação de engenheiros civis e
militares e de médicos. O primeiro laboratório para o ensino da física, utilizado pelos alunos das escolas
militares e de medicina foi criado, em 1823, no Museu Nacional do Rio de Janeiro. À medida que o ensino de
engenharia tomava vulto, novos laboratórios didáticos foram equipados. A Escola Politécnica, hoje Escola de
Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, teve em Henrique Morize um organizador exemplar,
que equipou o laboratório de física, coordenou um bom programa de ensino teórico e experimental e conduziu
pesquisas.
O desenvolvimento da pesquisa física no Brasil, iniciado no fim do século XIX, está ligado aos nomes de
alguns brasileiros que tiveram sua formação científica fora do país e dedicaram seus talentos à matemática e à
física. Entre os que publicaram memórias e fizeram palestras sobre aspectos novos da física na época e
estimularam o estudo da ciência no país cabe citar os nomes de Joaquim Gomes de Sousa, Oto de Alencar,
Manuel Amoroso Costa e Teodoro Ramos.
Em 1934, foi fundada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Gleb
Wataghin, que chefiou o departamento de física, conseguiu atrair talentos e constituir uma equipe inicial de
pesquisadores de grande mérito, pelo que seu trabalho pode ser considerado o mais importante para a
implantação da física como ciência no Brasil. Já em 1936 e 1937, foram publicados os primeiros trabalhos
sobre física teórica, de Mário Schemberg, e experimental, de Marcelo Damy de Sousa Santos.
O sucesso da Faculdade de Filosofia de São Paulo estimulou a fundação, em 1939, da Faculdade Nacional de
Filosofia, no Rio de Janeiro, cujo departamento de física teve como organizador Joaquim da Costa Ribeiro.
Mesmo sem contar com os recursos e facilidades de sua congênere de São Paulo, o departamento de física da
nova faculdade promoveu cursos de formação e trabalhos de pesquisa, entre os quais os importantes estudos
sobre dielétricos de Bernardo Gross, Costa Ribeiro e colaboradores.
César Lattes, que fizera seus estudos iniciais na Faculdade de Filosofia de São Paulo, realizou no Reino Unido
e nos Estados Unidos pesquisas sobre raios cósmicos e sobre mésons. Sob sua influência foi organizado, em
1949, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), que contou de início com sua orientação científica na
parte experimental e a de José Leite Lopes no campo teórico. Em poucos anos a instituição adquiriu renome
internacional e sua coleção de trabalhos sob o título Notas de física constitui repositório essencial de
informações sobre a história da pesquisa física no Brasil. Além de sua tarefa fundamental de pesquisa, o
CBPF colaborou na formação de pessoal científico, e tomou também a seu cargo cursos de pós-graduação.
Várias instituições têm-se aparelhado para o trabalho de ensino e pesquisa no campo da física, especialmente
institutos e departamentos ligados a universidades. Destacaram-se por seus trabalhos no campo da pesquisa o
departamento de física do Centro Aeroespacial de São José dos Campos SP; o Centro de Tecnologia Nuclear,
na Universidade de Minas Gerais, em Belo Horizonte; o Instituto de Física da Universidade do Rio Grande do
Sul, em Porto Alegre; o Instituto de Física da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; os
departamentos de física das universidades da Bahia, de Pernambuco, de Campinas SP e de São Carlos SP.
A Sociedade Brasileira de Física, fundada na década de 1960, tem por finalidade promover a pesquisa e o
ensino da física no país, bem como defender os interesses profissionais dos físicos. Pouco depois de fundada,
congregava mais de mil associados.
Num resumo sobre a física do Brasil impõe-se ressaltar o trabalho do grupo teórico inicial que, no país ou no
exterior, elevou a física brasileira ao nível internacional: Mário Schemberg, José Leite Lopes e Jaime Tiomno.
Muitos profissionais atuantes no campo teórico são discípulos desses físicos. No campo da física experimental
merecem citação especial: Lattes, pelos estudos de partículas elementares e raios cósmicos; Marcelo Damy de
Sousa Santos, que construiu e operou o bétatron da USP; Oscar Sala, responsável pela construção e operação
do gerador Van der Graaf da USP; Hervásio de Carvalho, pelos estudos de partículas e radiações com o
emprego de emulsões nucleares; José Goldenberg, por seus estudos sobre reações fotonucleares; Jacques
Danon pelos trabalhos sobre o estado sólido e efeito Mossbauer. Além deles, destacam-se as pesquisas de
Moisés Nussenzveig, em ótica quântica; Leopoldo Nachbin, em matemática aplicada à física; Adir Moisés
Luís e Roberto Nicolsky, em supercondutividade; Ronaldo Cintra Shellard, em física de altas energias;
Francisco de Oliveira Castro, sobre raios cósmicos; Hélio Teixeira Coelho, sobre forças nucleares; Carlos
Bertulani sobre núcleos exóticos.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Uma atenção a mais deve ser dado ao estudo das forças, pois trata-se de uma
grandeza vetorial e como tal possui módulo, direção e sentido.
1N ≅ 10 kgf
necessária para levantar dois pacotes de açúcar de 5 kg cada um. Daí, uma
relação entre as duas unidades:
O comportamento geral das forças foi muito bem descrito por Isaac Newton, que
escreveu as três leis que levaram o sue nome.
A conclusão mais direta desta lei é que um corpo em que a resultante das forças é
nula, estará em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Neste caso, diz-se
que um corpo está em Equilíbrio.
Uma partícula está em equilíbrio quando a resultante das forças que nela atuarem
for nula.
Equilíbrio: FR = 0
FRx = 0 FRy = 0
Esta forma é utilizada principalmente nos casos em que temos várias forças
inclinadas atuando no mesmo corpo.
A Segunda lei de Newton trata dos casos em que a resultante das forças que
atuam em um corpo não é nula. Neste caso, nota-se o aparecimento de uma outra
grandeza conhecida: a aceleração.
Pode-se concluir então, que toda vez em que sobre um corpo atuar uma resultante
de forças não-nula, este corpo ficará sujeito à ação de uma aceleração. Esta
aceleração será maior quando um corpo tiver uma massa menor e menor se o
corpo possuir uma massa menor.
Matematicamente,
FR = m.a
Note que a equação acima envolve a resultante das forças, isto é, o efeito
combinado de todas as forças que atuam no corpo. A não ser no caso de atuar
somente uma força no corpo, em que a resultante é a própria força.
Outra observação importante é que se trata de uma equação vetorial, entre duas
grandezas vetoriais, o que indica que a força resultante terá a mesma direção e
sentido da aceleração e vice-versa.
Na definição de força no início deste capítulo, foi dito que a força é uma interação
entre dois corpos, o que leva-se a concluir que um corpo que faz uma força sobre
outro também recebe a ação de uma força, pois interação entre dois corpos
significa ação entre dois corpos.
Esta característica das forças foi muito bem descrita por Newton em sua terceira
lei, que pode ser descrita como:
Quando um corpo A exerce uma força (FA) sobre um corpo B (ação), o corpo B
exerce uma força de reação (FB) igual e contrária sobre o corpo A (reação).
Isto significa que as forças sempre ocorrem aos pares, sendo que cada membro
deste par atua em um dos corpos.
Cabe salientar que estas duas forças são iguais em módulo (valor), porém têm
sentidos contrários. Estas duas forças (ação e reação) atuam em corpos
diferentes, motivo pelo qual não podem se anular.
FORÇAS IMPORTANTES
A força Peso (P) é uma força de campo, gerada pela Terra, que atrai todos os
P = m. g
corpos próximos à sua superfície. A sua direção é vertical, seu sentido é sempre
de cima para baixo, para o centro da Terra (veja figuras) e o seu módulo é
determinado por:
P
P
P
A força Normal (N)é a força gerada pela compressão de um apoio por um corpo
apoiado sobre ele. A Normal é a reação do apoio. O apoio é comprimido pelo
corpo para baixo e reage com uma força igual para cima. A sua direção é
perpendicular ao apoio e o seu sentido é saindo do corpo, oposto ao apoio (veja
figuras). O seu módulo é igual à força de compressão do corpo.
N
N N
T T2 T1
T
FORÇA ATRITO E PLANO INCLINADO
FORÇA DE ATRITO
A Força de atrito ( Fa) é uma força de contato que atua contrária ao
movimento ou à tendência de movimento. Sua direção é sempre a
mesma do movimento e o sentido é contrário ao movimento.
Fa
N v
N N
v
Fa
Fa
v
A força de atrito pode existir sob uma das duas formas seguintes:
Força de atrito estático (Fae): Força que atua num corpo em repouso
Fae max = μe .N
dificultando o início do seu movimento. Seu módulo varia de acordo com a
força aplicada. O seu valor máximo pode ser calculado por:
Força de atrito cinético (Fac): Força que atua num corpo em movimento
Fac = μ c . N
dificultando a realização do mesmo. Seu módulo é constante e pode ser
calculado como:
Px
Py
α
P
Para melhor relacionar estes efeitos às suas forças causadoras, a força peso é
decomposta em duas componentes:
Px = P.senα Py = P. cos α
inclinação do plano (α)
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
FORMAS DE
ENERGIA
ÍNDICE
2
- Introdução pág 4
3
INTRODUÇÃO
4
CINCO FORMAS DE ENERGIA
- Fonte: É, como seu próprio nome diz, obtida através da força das
marés. Quando há uma grande diferença entre os níveis da maré baixa e da
alta (mais de uma dezena de metros), que consegue encher uma grande
piscina na maré alta, fechar as comportas e, quando a maré está baixa,
deixar fluir a água por turbinas e gerar eletricidade.
- Viabilidade econômica: Algumas vezes, são necessários sistemas
para aperfeiçoamento da obtenção da energia, o que acaba saindo
caro. Além disso, a quantidade de energia produzida é pequena.
- Espectro de utilização: Apenas em litorais onde a amplitude das
marés é grande.
- O Brasil: A energia das marés não é utilizada no Brasil. A maior usina
movida a maré já construída foi concluída em 1967 na França, na região da
Bretanha, no estuário do rio Rance e gera eletricidade tanto ao esvaziar
quanto ao encher a represa.
- Impactos ambientais: quase nenhum
Energia eólica
5
Energia hidráulica
6
- Impactos ambientais: São grandes, com grande desmatamento, que
mata a flora e atrapalha a fauna. Além disso, desvia o leito dos rios.
Energia nuclear
Energia solar
8
- Espectro de utilização: Em qualquer lugar onde haja irradiação da
luz solar durante a maior parte do ano.
- O Brasil: A energia solar está chegando no Brasil, e tende só a
aumentar cada vez mais, pois essa é a forma de energia que, no
futuro, deverá ser a principal.
- Impactos ambientais: As placas podem tanto atrapalhar a harmonia
nas paisagens como pode também enfeitar. O vidro presente nas
placas colabora para o progresso do efeito estufa. Mas esse
problema tem solução: se forem instalados vidros refletores (que são
um pouco mais caros) no lugar dos convencionais, esse problema
será resolvido.
9
Agora falta a energia hidráulica e a solar. O custo da solar é mais baixo,
e a fonte (sol) é abundante e gratuita. Em compensação, a água, fonte da
hidráulica, também é abundante, mas os gastos para a instalação de uma
usina hidrelétrica são grandes. Além disso, os impactos ambientais
causados pelas hidrelétricas são bem maiores que os causados pela energia
solar.
Portanto, tendo em vista os relatos acima, posso concluir que a energia
solar é a melhor forma de energia existente, e que, no futuro, tende a se
tornar a mais importante.
10
A ENERGIA ELÉTRICA
Sua importância
A energia elétrica é a mais importante energia para nossa vida. Em
quase tudo que fazemos, dependemos dela. Se ficássemos sem uma
televisão, um computador ou um rádio, iríamos sentir uma enorme
diferença, mas essa é pouca comparada a outras. Como a vida das pessoas
seria complicada, se à noite, nas ruas, fosse tudo escuro, e em casa, luz de
velas e lamparinas, que iluminam muito mal! A maioria das atividades
executadas pelo homem depende da energia elétrica. Sendo assim, conclui-
se que a energia elétrica é extremamente importante e indispensável para a
vida de todos.
São várias formas usadas para se obter a energia elétrica. Dentre elas,
destacam-se a energia hidrelétrica, a energia nuclear, eólica, térmica,
motora e a energia solar, que são todas convertidas em elétrica. Dentre
essas todas, a melhor, seguindo a mesma análise de qual é a melhor forma
de energia, a solar é a melhor, devido a seu baixo custo, impactos
ambientais quase nulos e fonte de energia abundante e boa quantidade de
energia produzida, que é convertida em energia elétrica.
12
CONCLUSÃO
13
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Parte I - Cinemática
Parte II – Dinâmica
ρ2ª Lei ρ
de Newton
ρ ForçaρPeso Energia Cinética Trabalho Plano inclinado
FR = m. a P = m. g mv 2 Mecânico
ρ ρ Py = P . cos θ
EC = (J) τ = F .Δx Px = P . se n θ
2
(N = kg.m/s ) 2
Força Elástica (J = N . m)
(Lei de Hooke) Energia
τ = F . Δx.cosθ
Gravitação Universal F = k. x Potencial τ F _resul tan te = ΔE C Quantidade de
Movimento
M .m Gravitacional ρ ρ
F = G. Força de atrito Q = m. v
d2 f = μ. N EPG = m.g.h
2 Potência (kg.m/s)
N .m
G = 6,67 x10 −11 Energia Mecânica
kg 2 Momento de Potencial τ Impulso de uma
uma força P= (W = força
Elástica Δt ρ ρ
(Torque)
kx 2
J/s) ρI = F .Δt (N.s)
ρ
M = F.d E PE = ou I = ΔQ
2 P = F .v
Parte III - Fluidos
ΔT
_ moleculas
2 2
(J/ºC)
Dilatação linear C = m. c Trabalho em uma kÎconstante de Boltzmann
ΔL = α .. L o . ΔT transformação k = 1,38x10-23 J/K
(m = ºC-1 . m . ºC) Calor isobárica.
específico τ = p.ΔV
Dilatação superficial Q (J = N/m2 . m3)
ΔS = β . So . ΔT c= Calor específico da água
m.ΔT c = 4,2 kJ/kg.K = 1 cal/g.oC
(J/g.ºC)
Dilatação volumétrica Gases ideais Calor latente de fusão da água
ΔV = γ .Vo . ΔT Calor sensível p1V1 p2V2 LF = 336 kJ/kg = 80 cal/g
Q = m. c.ΔT =
T1 T2
α β γ (p Î N/m2 ou atm)
Calor latente de vaporização
= = da água
1 2 3 (V Î m3 ou L)
LV = 2268 kJ/kg = 540 cal/g
Calor latente (T Î K)
Q = m. L
(J = kg . J/kg)
Parte V - Óptica geométrica
Vetor campo Força magnética sobre Força magnética sobre Fluxo magnético
magnético em um uma carga em um condutor retilíneo
ponto próximo a um movimento F = B.i. L sen θ φ = B. A.cosθ
condutor retilíneo Wb = T . m2
i F = q. v. B.sen θ Força magnética entre
B = k. ρ ρ
d θÎ ângulo entre v e B dois fios paralelos FEM induzida
μ Se: i .i μ Lei de Faraday
Îk = ρ ρ F = k. 1 2 . L Î k =
Δφ
2π v / /B d 2π ε=
θ = 0 ou θ =180 Î
o o
Atenção! Δt
MRU Correntes de mesmo
Vetor campo
magnético no centro ρ ρ
sentido: Haste móvel
de uma espira v ⊥B ATRAÇÃO ε = L. B. v
circular de raio r θ = 90o Î
MCU Correntes de sentidos
i Transformador
B = k. . N contrários:
(só Corrente
r Raio da trajetória REPULSÃO
Alternada)
μ circular
Îk = V1 N 1 i2
2 m. v μ = 4π.10-7 T.m/A = =
R= (permeabilidade V2 N 2 i1
q. B magnética do vácuo)
Vetor campo Para outros
magnético no centro ângulosÎMHU
de um solenóide (Movimento Helicoidal
N Uniforme)
B = k .i . Î k = μ
L
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Fórmulas de Física II
Q=né
é = 1,6 . 10-19
Resistores em série
i = ΔQ
Δt . Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn Se U = 0 (Curto circuito)
icc = ε
Pot = U . i Resistores em paralelo r
INÉRCIA
Inércia, propriedade da matéria que faz com que ela resista a qualquer mudança
em seu movimento. Esta propriedade é descrita com precisão na lei do movimento
de Newton. Um objeto em repouso tende a permanecer nesta condição; e um
objeto em movimento tende a prosseguir em linha reta. A inércia de um objeto
diante de uma translação é determinada por sua massa. Diante de uma rotação, a
inércia do objeto é determinada por seu momento de inércia.
A linha que une os citados pontos fixos é o eixo de giro, e os pontos de um sólido
em seu movimento descrevem circunferências em um plano perpendicular ao eixo
de giro e cujos centros se encontram sobre o dito eixo.
Y3
Y3–Y1 X3–X1
=
Y2–Y1 X2–X1 Y2
Y1
X1 X2 X3 X
APLICAÇÕES:
1º ) – Funções do primeiro grau: f (x) = ax + b ( Para determinar a função utilizando um gráfico dado)
a) crescente
y Segmentos proporcionais:
y y – 12 = x - 2
17 - 12 5-2
17
y – 12 = x – 2 ∴ 3y – 36 = 5x – 10 ∴ y = 5x + 26
5 3 3
12
0 2 5 x X
Introduzir o ponto ( x; y )
b) decrescente
y Segmentos proporcionais:
Atenção !!!
6 A função é decrescente logo fique atento a ordem do segmentos.
y
y–6 = x–2 ∴ y – 6 = x – 2 ∴ y – 6 = - 2x + 4
4-6 3-2 -2 1
4 y = - 2x + 10
ATENÇÃO !!! x y
2 6
X Y Segmentos proporcionais:
10 y y – 10 = 10 – 3
16 – 10 5–3
5 16 y – 10 = 7
6 2
3 10 2y – 20 = 42 ∴ 2y = 62 ∴ y = 31
2º) - Na física:
a) Cinemática : gráficos MRU – ( S x t ) posição x tempo
MRUV – ( Vx t ) velocidade x tempo
S – 14 = 2
8
0 1 3 5 t(s) S – 14 = 16 ∴ S = 30 m
V(m/s)
Resposta:
2 – 26 = 14 – 2
v – 26 8–2
26
– 24 = 12
? v – 26 6
2 – 24 = 2
v – 26
0 2 8 14 t(s) 2v – 52 = - 24
v = 14 ∴ v = 14 m/s
t v
14 2
8 v ATENÇÃO!!!
2 26
ºC
Resposta:
100 X – 10 = 100 – 60
12 – 10 68 – 60
68
X – 10 = 40
60 2 8
X – 10 = 5
2
0 10 12 x ºX X – 10 = 10 ∴ S = 20 ºX
ºX ºC
x 100
12 68 ATENÇÃO!!!
10 60
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Momento ou Torque
Suponhamos uma régua de madeira está fixada sobre a superfície de uma mesa;
Se você empurrar a régua com uma força F, provocará uma rotação na mesma
com sentido anti-horário;
Se a força exercida for como a indicada abaixo, isto é, de tal maneira que sua
reta suporte passe pelo ponto fixo O (origem), não se produzirá rotação.
Resultantes
Uma resultante pela sua definição é uma força que sozinha produz o mesmo
efeito do sistema. Então binário não admite resultante, uma vez que força alguma,
sozinha, é capaz de produzir o efeito rotativo das duas componentes;
O momento resultante do binário é o produto da intensidade da força pelo braço
do binário.
M=F.b
M=F.b
Observe que sen & =b/d - b.sen &
Assim sendo: M=F.d.sen &
Em sala
Momento é a tendência do corpo em girar, em torno de um ponto.
FxR
12
F x 1/R
S x = 661
S y = 0,42
S x . x = 132555
S MoF = 70,65
a S x . x + b S x = S MoF
a Sx + n.b = S y
y = ax + b
y = 0,0003 x + 0,039
x (gf) y(cm) Yx . x Yy . y
MF1 25 0,046 1,25 5,75 y = ax + b
MF2 62 0,057 3,1 7,12 lx = 0,05
MF3 105 0,070 5,25 8,75 ly =125
MF4 175 0,091 8,75 11,37
MF5 294 0,12 14,7 15
1º caso - F d MoF
25 17,5 437,5
437,5 = 25 . 17,5 . sen a
sen a = 1
a = 90º _ Equilibrado
P = T . 1/20 - P . 20 = T
175*20 = 3500 Torques.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Introdução
Movimento Plano
x: x = Vx. tq .( 1 )
y: y = H - (g/2). tq2 .( 2 )
y = H - ( g/2V2 ).x2 .( 3 )
tq = (2H/g)1/2 .( 4 )
A = V. (H/2g)1/2 .( 5 ).
Verificar que quando o lançamento da partícula com velocidade
V, faz um ângulo com a horizontal, podemos raciocinar da mesma
maneira. Determinar o tempo de queda tq, o alcance máximo A, ao
longo da horizontal, e a altura máxima Hm, atingida quando a
velocidade ao longo da vertical se torna nula ( Por quê ??? ).
ay = - (v2/R).(sen / )
a = - v2/R
MUDANÇAS DE TEMPERATURA
A mudança de temperatura de uma substância é acompanhada por uma série de
modificações físicas. Denomina-se fase de uma substância o seu estado, que
pode ser sólido, líquido ou gasoso. As mudanças de fase em substâncias puras
têm lugar a pressões e temperaturas definidas.
Quando o vapor se condensa para formar água, esta energia é de novo liberada
(Condensação). Para fundir 1 kg de gelo, precisa-se de 19.000 joules e, para
converter 1 kg de água em vapor a 100 °C, gastam-se 129.000 joules. A
quantidade de calor necessária para aumentar em um grau a temperatura de uma
unidade de massa de uma substância é denominada calor específico.
Pode-se fazer com que uma parte do destilado retorne do condensador e goteje
por uma longa coluna para uma série de placas. A interação em cada placa é
equivalente a uma redestilação.
Este processo é conhecido como retificação ou destilação fracionada. Quando se
esquenta uma substância a uma temperatura elevada, decompondo-a em vários
produtos valiosos e estes produtos são separados por fracionamento na mesma
operação, o processo se chama destilação destrutiva ou seca.
ACELERAÇÃO ESCALAR (a) = taxa de variação da velocidade escalar numa unidade de tempo.
Num intervalo de tempo (Dt = tf - ti ) , com uma variação de velocidade escalar (Dv = vf - vi ) , define-se a
aceleração escalar média (am) pela relação:
Dv
am =
Dt
Quando o intervalo de tempo é infinitamente pequeno, a aceleração escalar média passa a ser chamada
de aceleração escalar instantânea (a) .
EXEMPLO 1: Qual é a aceleração de um móvel que em 5s altera a sua velocidade escalar de 3 m/s para 13 m/s ?
Solução: Dv v - v0 13 m/s - 3 m/s 10 m/s 2 m/s
am = = logo am = Þ am = Þ am =
Dt t - t0 5s 5s s
Conclusão: am = 2 m/s2 Þ Esse resultado indica que a cada segundo que passa, a velocidade escalar
aumenta em 2m/s em média.
Conclui-se matematicamente, que nos movimentos acelerados o módulo da velocidade aumenta, enquanto
que nos retardados, diminui.
EXEMPLO 2: Qual é a aceleração escalar média de uma partícula que, em 10 segundos, altera a velocidade
escalar de 17 m/s para 2 m/s? Classifique o movimento.
Solução: Como já vimos no exemplo 1 : v - v0 2 - 17 15
am = logo am = =- = - 1,5 m/s2
t - t0 10 10
Observe que esta partícula está sendo freada pois sua velocidade é positiva mas sua aceleração é
negativa, logo, temos um movimento progressivo retardado.
3.3.1- Equação das velocidades: Como no MUV a aceleração é constante, teremos a = am ou seja:
v = v0 + a .t
v – v0 = a . t Þ Esta expressão é chamada de equação horária das velocidades de um
MUV.
EXEMPLO 3: Um móvel tem velocidade de 20 m/s quando a ele é aplicada uma aceleração constante e igual a - 2
m/s2 . Determine: a) o instante em que o móvel pára;
b) classifique o movimento antes da parada e depois da parada sabendo-se que o móvel continuou
com aceleração igual.
Solução: Dados: v0 = 20 m/s a) t = ? v = 0
a = - 2 m/s2 v = v0 + a.t Þ 0 = 20 - 2.t Þ 2t = 20 Þ t = 10
s
b) Como o movimento é uniformemente variado, isto significa que a aceleração é constante, sendo assim a = - 2
m/s2 < 0
Antes da parada - v > 0 e a < 0 - MUV progressivo e retardado
Depois da parada - v < 0 e a < 0 - MUV retrógrado e acelerado.
Obs: Se você não enxergou que a velocidade antes de 10 s é maior que zero e depois de 10 s é menor que zero,
basta substituir um tempo qualquer na equação das velocidades que verificará.
3.3.2- Gráfico das velocidades no MUV: Como no MUV temos que v = v0 + a t (uma função do
1º grau em t ) o diagrama correspondente será uma reta. Essa reta poderá ser crescente ou decrescente conforme a
aceleração seja maior ou menor que zero.
v v
v0
v0 a>0 a<0
t t
Da mesma forma que no M.U. , a área sob o gráfico v x t é numericamente igual ao espaço percorrido entre dois
instantes:
Uma outra propriedade relacionada ao diagrama v x t para o MUV , está ligada à tangente do ângulo formado
entre o eixo t e a reta do gráfico v x t:
EXEMPLO 4: Um ponto material desloca-se sobre uma reta e sua velocidade em função do tempo é dada pelo
gráfico:
v(m/s) Pede-se:
a) a velocidade inicial;
9 b) a aceleração;
c) a função horária das velocidades;
5 d) o deslocamento do ponto material entre 0 e 2s;
e) a velocidade média entre 0 e 2s.
0 2 t(s)
9 Dv v2 - v 0 9 - 5 4
Dt = t - t0 a = tgQ = = = = = 2
5 Q Dt t2 - t0 2 - 0 2
Dv = v - v0
então: a = 2 m/s2
0 2 t(s)
d) O deslocamento é calculado pela área compreendida entre os instantes 0 e 2s e a reta que representa a
velocidade:
v (m/s)
Área do trapézio
9 (9 + 5) . 2
A = DS = = 14 m
5 A 2
0 2 t(s)
e) DS 14
Vm = = = 7 , logo Vm = 7 m/s
Dt 2
V 1 + V2 5 + 9 14
ou leitura do gráfico só para MUV: Vm = = = = 7m/s
2 2 2
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM:
1) O gráfico da velocidade para um móvel que se desloca numa trajetória retilínea é dado a seguir:
Determine: a) A função horária das velocidades ;
b) o deslocamento do móvel entre 0 e 5 s
c) a velocidade média entre 0 e 5s.
V (m/s)
15
0 5 t(s)
2) Os gráficos abaixo indicados representam a velocidade de um móvel em função do tempo. Determine para cada
caso a função v = f(t) .
6 6
1 t
(s) 0 2 t(s) 0 4 t (s)
a = cte > 0
0 t
a = cte < 0
0
t
DV DV
a1 Mas a1 = = Þ DV = a1 . (t2 - t1) 2
A Dt t2 - t1
0 t1 t2 t
Comparando 1 e 2 vem : numericamente
1 = 2 Þ A = DV
EXEMPLO 5: O gráfico a seguir indica a aceleração adquirida por um móvel em função do tempo sobre uma
trajetória retilínea:
a(m/s2)
4
t (s)
Sabendo que no instante t = 0 o móvel tinha velocidade 10 m/s e estava na posição + 8m , pede-se:
Construir o gráfico da velocidade em função do tempo.
V (m/s)
22
18
13
10 A2 A3 A4 A5
A1 t(s)
0 1 2 3 4 5
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM:
3) O gráfico a seguir indica a velocidade em função do tempo de um móvel que se movimenta sobre uma
trajetória retilínea:
v(m/s)
Sabendo que no instante t = 0 o móvel estava
10 na posição +6 m , pede-se:
3.3.4 - Equação horária das posições no MUV: Uma das formas de demonstrar a função horária
do espaço do MUV é a partir do diagrama v x t:
V n B+b n n n
Ds = área = . h e B = v , b = v0 e h = t
v 2
v + v0
B Então: Ds = . t , onde v = v0 + a . t
v0 2
t Logo: v0 + a . t + v0 2v0 . t + a . t2 a.t2
0 h t Ds = . t = = v0 . t +
2 2 2
ou a.t2
s - s0 = v 0 . t + Portanto, s = f(t) do MUV é: a . t2
2 S = S0 + V0 . t +
2
EXEMPLO 6: Um móvel desloca-se sobre uma reta segundo a função horária S = -15 - 2t + t2 (no SI) . Pede-
se:
a) o tipo de movimento;
b) a posição inicial;
c) a velocidade inicial;
d) a aceleração;
e) a função v = f(t);
f) o instante em que o móvel passa pela origem das posições.
Solução: a) A função horária S = -15 - 2t + t2 é do 2º grau, portanto o movimento é uniformemente variado.
b) Por comparação: S = S0 + v0 t + a/2 . t2 Þ S0 = -15 m (o móvel está a 15 metros
da origem.
c) Também por comparação temos que V0 = -2 m/s.
d) Por comparação temos: (1/2) a = 1 então a = 2 m/s2
e) V = V0 + a.t Þ Substituindo os valores encontrados anteriormente temos que: V = -2 + 2.t
f) A origem das posições temos quando S = 0 :
S = -15 - 2t + t2
0 = -15 - 2t + t2
__
Resolvendo a equação temos: t= - b ± D = 2 ± (8) Þ t = 5s . Obs Em cinemática só se considera
o
2a 2 tempo positivo.
EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM:
3.3.5 - Gráfico S x t no M.U.V. : Para o MUV temos que S = S0 + V0 t + at2 / 2 . Como esta é uma
função do 2º grau em t, o gráfico correspondente será uma parábola.
S
S0
- PROPRIEDADES DO DIAGRAMA:
1ª) O diagrama horário de um MUV resulta sempre numa parábola, a qual pode apresentar sua concavidade
voltada para cima ou para baixo:
S S
S0
t
a>0
S0 a<0
t
O fato de a concavidade ser voltada para cima ou para baixo depende de o sinal da aceleração ser positivo ou
negativo.
2º) No diagrama horário, quando a curva se apresenta ascendente, a velocidade é positiva; quando descendente, a
velocidade é negativa. Nos vértices das parábolas, as velocidades se anulam.
V=0
S S
V>0 V<0
S0 t
V<0 V>0
V=0
A 2ª propriedade é que de uma maneira não muito simples, pode-se calcular velocidades através de
tangentes, da mesma forma que já foi visto no M.U. . A demonstração disso você verá quando cursar a
universidade e poderá utilizar esse fato quando conhecer um pouco de limites e derivadas que será dado no curso
de Matemática.
t3 t4 t7 t8 t
0 t1 t2 t5 t6
3.3.6 - Equação de Torricelli : Temos até agora duas funções que nos permitem saber a posição do
móvel e a sua velocidade em relação ao tempo. Torna-se útil encontrar uma equação que possibilite conhecer a
velocidade de um móvel sem saber o tempo.
A equação de Torricelli relaciona a velocidade com o espaço percorrido pelo móvel. É obtida eliminando o
tempo entre as funções horárias da posição e da velocidade.
S = S0 + V0 . t + (a.t2) / 2 1 V = V0 + a . t 2
v - v0 æ v - v0 ö 1 æ v - v0 ö
2
t= s = s0 + v0 × ç ÷ + ×a ×ç ÷
De (2) : a Substituindo em (1) è a ø 2 è a ø
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM:
6) Um carro tem velocidade de 20 m/s quando, a 30 m de distância, um sinal vermelho é observado. Qual deve
ser a desaceleração produzida pelos freios para que o carro pare a 5 m do sinal?
t3 t8
0 t1 t2 t4 t5 t6 t7 t7
t
Exercícios de Fixação:
9) Coloque V de verdadeiro ou F de falso:
( ) 1. No MRUV a aceleração do móvel varia linearmente com o tempo.
( ) 2. No MRUV a velocidade varia linearmente com o tempo.
( ) 3. Um carro em marcha a ré não pode realizar movimento acelerado.
( ) 4. No movimento uniformemente retardado a velocidade e a aceleração têm sinais opostos.
( ) 5. No MRUV o diagrama e x t fornece uma reta inclinada em relação ao eixo dos tempos.
( ) 6. A declividade da reta que você obtém ao construir o diagrama v x t indica a aceleração do móvel.
( ) 7. A velocidade média do móvel que realiza MRUV , entre dois instantes, vale a média aritmética das velocidades
instantâneas que o móvel apresenta nos citados instantes.
( ) 8. O movimento uniformemente acelerado não pode ser retrógrado.
10) Um móvel percorre o segmento de reta AC com velocidade constante,passando por um ponto B, onde AB ¹ BC . Se t1 e
t2 são os tempos gastos nos percurso AB e BC, é verdadeira a seguinte relação:
a) AB / t1 = BC / t2 b) AB / BC = t2 / t1 c) AB / BC = (t2 / t1)2 d) AC = (AB / t1 ) + ( BC /
t2 ) e) AC = (AB + BC) t1 t2
11) Um móvel partindo do repouso executa movimento retilíneo cuja aceleração escalar varia com o tempo conforme o
diagrama. Pode-se afirmar que ao fim de 4s, o espaço percorrido é:
a (m/s2) a) 45 m
b) 100 m
4 c) 180 m
d) 30 m
e) 50 m
t(s)
0 3 6
12) Um ponto material caminha em MUV com aceleração de 10 m/s2 . Sabendo-se que inicialmente sua posição era 30 m e
sua velocidade 15 m/s , encontre a sua função horária e a sua posição no instante t = 3s.
13) É conhecida a função das velocidades de um ponto material que caminha em MUV como v = 2 - 8t (SI). Sabendo-se que
o móvel partiu da origem pede-se:
a) a função horária do móvel;
b) o instante em que sua velocidade é nula;
c) o instante em que o móvel passa pela posição -6m .
14) Um automóvel trafega sobre uma avenida em M.U. quando é obrigado a freiar bruscamente para não bater em um poste.
Sabendo-se que sua velocidade antes de frear era 20 m/s e que ele pára em 2s , e supondo que a aceleração imposta pelos
freios é constante, qual a distância que ele percorre durante a freagem?
15) Um fuzil é acionado e sabe-se que a bala sai do cano com velocidade de 500 m/s. Sabe-se também que o comprimento do
cano é 0,7 m. Calcule:
a) a aceleração da bala dentro do cano (suposta constante);
b) o tempo de percurso da bala dentro do cano.
16) O diagrama abaixo representa a variação da velocidade de um móvel em relação ao tempo. Determine:
V (m/s)
15
a) a aceleração do móvel;
b) o instante em que a velocidade é nula. 0 5 t (s)
-10
17) Um ponto material caminha obedecendo a função horária S = 2t2 - 18t + 6 (MKS) . Pede-se:
a) sua posição inicial;
b) sua velocidade inicial;
c) sua aceleração;
d) os instantes em que o móvel passa pela posição -10m.
18) Um ponto material caminha em MUV obedecendo a seguinte função das velocidades: v = 10 - 4t (SI) . Pede-se:
a) classificar o movimento para t = 2s;
b) classificar o movimento para t = 3s.
19) Um ponto material caminha segundo a função S = 3t - 8t2 (SI) . Classifique o movimento do móvel para:
a) t = 0 b) t = 1s.
20) Um motorista quando enxerga um obstáculo e precisa frear, leva cerca de 0,7s para acionar os freios. Se um motorista
caminha a 20 m/s , que distância irá percorrer após enxergar um obstáculo e frear (parar) ? Suponha que os freios do carro
imprimam ao veículo uma aceleração de 5 m/s2 .
21) Um objeto se move de acordo com a seguinte equação horária: d = 5t2 + 2t + 3. Determine a velocidade média deste
objeto entre os instantes 0 e 2s (use sistema CGS).
22) Um móvel animado de MRUV , parte do repouso e adquire ao fim de 5s a velocidade de 18 Km/h . Que distância, em
metros percorreu o móvel durante esse tempo?
23) Uma partícula se movimenta segundo a equação e = 5 + 2t + 5t2 . Nestas condições pode-se afirmar que, no SI:
a) a partícula se movimenta com a velocidade de 10 m/s;
b) a partícula se movimenta com aceleração variável;
c) no intervalo de tempo de 1 a 3s sua velocidade média é de 22 m/s;
d) a trajetória descrita por ela é retilínea;
e) a partícula inicia seu movimento com velocidade de 5 m/s.
24) O gráfico representa a velocidade de uma partícula em função do tempo. Podemos afirmar
que:
a) o movimento é retilíneo uniformemente variado; D
b) o movimento é acelerado somente no trecho CD; V
C
c) o movimento é retardado somente no trecho DE;
B
d) nenhuma das afirmativas é satisfatória.
A EE t
25) O gráfico a seguir representa a posição de um móvel dado pelo espaço em função do tempo. A velocidade escalar média
no intervalo de 0 a 7s foi igual a:
e(m)
a) 20 m/s 40
b) 2 m/s
c) 23 m/s 30
d) 6,6 m/s
e) zero. 0 3 5 6 7 t(s)
x(m)
16
15
0 1 5 t(s)
V(m/s)
500
0 10 60 t(s)
33) A velocidade de um carro em função do tempo, pode ser descrita pelo gráfico abaixo. Quanto andou o carro nos
primeiros 5s? Quanto andou durante vinte segundos? Qual a velocidade média do movimento?
V(m/s)
20
t(s)
0 5 15 20
34) O diagrama abaixo representa, em função do tempo, a velocidade de um objeto. Traçar um diagrama da aceleração em
função do tempo.
V(m/s)
20
0 10 20 30 t(s)
-20
Dado o gráfico seguinte, que representa a variação do espaço de uma partícula em relação ao tempo, responda às questões de
36 a 45 de acordo com o seguinte código:
a. A assertiva e a razão são proposições corretas e a razão é justificativa da assertiva.
b. A assertiva e a razão são proposições corretas, porém a razão não é justificativa correta da assertiva.
c. A assertiva está correta e a razão incorreta.
d. A assertiva está incorreta e a razão correta.
S
0 t1 t2 t2 t3 t4 t
36) ( ) De 0 a t1 o móvel está se aproximando da origem dos espaços PORQUE de 0 a t1 a velocidade é negativa.
37) ( ) De 0 a t1 o movimento é acelerado PORQUE de 0 a t1 a aceleração é positiva.
38) ( ) De 0 a t1 o movimento é uniformemente variado PORQUE a velocidade é função do 2º grau em relação ao tempo.
39) ( ) De 0 a t1 o movimento é retrógrado PORQUE de 0 a t1 a velocidade é negativa.
40) ( ) De t1 a t2 o movimento é retardado PORQUE de t1 a t2 a velocidade diminui em módulo.
41) ( ) De t1 a t2 o móvel se afasta da origem dos espaços PORQUE no instante t = 2s a aceleração é nula.
42) ( ) De t2 a t3 o movimento é progressivo PORQUE de t2 a t3 a aceleração é positivo.
43) ( ) De t2 a t3 o movimento é acelerado PORQUE de t2 a t3 a velocidade aumenta em módulo.
44) ( ) De t3 a t4 o móvel está em repouso PORQUE de t3 a t4 a aceleração é nula.
45) ( ) De t3 a t4 o movimento é uniforme PORQUE de t3 a t4 o espaço varia linearmente com o tempo.
Há duas possibilidades para a orientação da trajetória, conforme as conveniências. A seguir, elas são apresentadas
com as respectivas equações, em que o espaço (S) é trocado pela altura (h) e a aceleração escalar (a) , pela
aceleração gravitacional (g) :
Orientação para cima Orientação para baixo
v<0
+ h + g
- g
v>0
v>0 Nível de Nível de
referência
referência
(h = 0) (h
=0)
+ h
v<0
a=-g a=g
g .
t2 g . t2
h = h 0 + v0 t - h = h0 + v0 t +
2 2
v = v0 - g.t v = v0 + g.t
v2 = v02 - 2.g.Dh v2 = v02 + 2.g.Dh
EXEMPLO 9: Um corpo é lançado verticalmente para cima, com velocidade inicial de 20 m/s. Desprezando a
resistência do ar e admitindo g = 10 m/s2 , pede-se:
a) a função horária das alturas; g = - 10 m/s2 v0 = 20 m/s
b) a função horária das velocidades;
c) o tempo gasto para o corpo atingir a altura máxima;
d) a altura máxima atingida em relação ao solo;
e) o tempo gasto pelo corpo para retornar ao solo; 0
f) a velocidade do corpo ao tocar o solo. origem das
posições
Solução: Adotaremos como positiva a trajetória para cima: o movimento em questão é um MUV.
a) S = S0 + V0 t + ½ g t2 , como V0 = 20 m/s S0 = 0 e g = -10 m/s2 substituindo na eq. teremos: S = 20 t
- 5 t2
c) Na altura máxima ( V = 0 )
V = 20 - 10 t então: 0 = 20 - 10 t Þ 10 t = 20 Þ t = 20 / 10 logo t = 2 s
d) Substituindo t = 2s em S = 20 t - 5 t2 , temos:
S = 20 . 2 - 5 . 22 então S = 40 - 20 ou seja: S = 20m
f) Substituindo t = 4s em V = 20 - 10 t, temos:
V = 20 - 10 . 4 Þ V = 20 - 40 Þ V = -20 m/s (negativa porque é contrária ao sentido positivo
adotado).
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM:
46) Um corpo é abandonado do alto de uma torre de 125 metros de altura em relação ao solo. Desprezando a
resistência do ar e admitindo g = 10 m/s2 , pede-se:
a) a função H = f(t);
b) a função v = f(t);
c) o tempo gasto para atingir o solo;
d) a velocidade ao atingir o solo.
47) Uma pedra é lançado no vácuo verticalmente para cima com velocidade de 10 m/s. Qual a altura máxima
atingida pela pedra? Adote g = 10 m/s2 .
Exercícios de Fixação:
49) Um pára-quedista, quando a 120 m do solo, deixa cair uma bomba. Esta leva 4s para atingir o solo. Qual a velocidade de
descida do pára-quedista? ( g = 10 m/s2) .
a) 1 m/s b) 2 m/s c) 5 m/s d) 8 m/s e) 10 m/s
50) Dois objetos A e B, de massas m1 = 1 Kg e m2 = 2 Kg são simultaneamente lançados verticalmente, para cima, com a
mesma velocidade inicial, a partir do solo. Desprezando-se a resistência do ar, podemos afirmar que:
a) A atinge uma altura menor do que B e volta ao solo ao mesmo tempo que B.
b) A atinge uma altura menor do que B e volta ao solo antes de B.
c) A atinge uma altura igual à de B e volta ao solo ante de B.
d) A atinge uma altura igual à de B e volta ao solo ao mesmo tempo que B.
e) A atinge uma altura maior do que B e volta ao solo depois de B.
51) Uma bola é lançada para cima com velocidade de 20 m/s (g = 10 m/s2) . Indique a afirmativa errada (despreze a
resistência do ar) :
a) a bola atinge uma altura de 20 m.
b) no ponto mais alto a velocidade da bola é nulo.
c) no ponto mais alto a aceleração da bola é nula.
d) a bola retorna ao ponto de partida com velocidade de 20 m/s.
e) a bola volta ao ponto de partida depois de 4s.
52) Querendo determinar a altura de um edifício, um estudante deixou cair uma pedra do terraço e ela levou 3s para chegar ao
chão.
a) Qual a altura que ele obteve para o edifício?
b) Qual a velocidade da pedra ao chegar ao chão?
53) Uma pedra é lançada verticalmente para cima do topo de um edifício suficientemente alto, com velocidade de 29,4 m/s.
Decorridos 4s deixa-se cair outra pedra. Contada a partir do instante de lançamento da segunda, a primeira passará pela
segunda no instante: (dado g = 9,8 m/s2)
a) ½ s b) 2,0 s c) 3,0 s d) 4,0 s e) n.r.a.
54) Um observador vê um corpo cair, passando por sua janela, com velocidade de 10 m/s. 75 metros abaixo, outro observador
vê o mesmo objeto passar por ele em queda livre. Admite-se para a aceleração da gravidade do local g = 10 m/s2 . Qual a
velocidade do móvel ao passar pelo segundo observador?
a) 10 m/s b) 12 m/s c) 15 m/s d) 40 m/s e) n.r.a.
55) Na questão anterior o tempo que o corpo leva para ir de um a outro observador é:
a) 0,5 s b) 3 s c) 10 s d) 20 s e) n.r.a.
56) Continuando as questões anteriores, sabemos que o corpo leva ainda 1 segundo para chegar ao solo depois de passar pelo
segundo observador. Pode-se afirmar que:
a) O segundo observador está a 10 m acima do solo.
b) O primeiro observador está a 95 m acima do solo.
c) Não se pode determinar as alturas dos observadores sobre o solo.
d) O primeiro observador está a 120 m de altura.
e) n.r.a.
57) A figura representa o gráfico posição x tempo do movimento de um corpo lançado verticalmente para cima, com
velocidade inicial V0 , na superfície de um planeta.
H(m)
0 2 3 4 6 t(s)
a) Qual a aceleração da gravidade na superfície do planeta?
b) Qual o valor da velocidade inicial V0 ?
58) Um balão está subindo à razão de 12 m/s e se encontra a uma altura de 80 metros acima do solo quando dele deixa-
se cair um embrulho. Quanto tempo leva o embrulho para atingir o solo? Adote g = 10 m/s2 .
Gabarito:
UNIDADE III: M.U.V.
1) a) v = 3 t b) 37,5m c) 7,5 m/s
2) a) v = 6 + 2t b) v = 3t
c) v = 10 - 2,5 t
3) a)
t(s) 0 2s 4 e 11s 9s 6-8s
| | | 10s | |
S(m) 6 16 36 38,5 43,5 46
a(m/s2)
5
b) 0 2 4 6 8 9 10 11 t(s)
· 5
4) a) V(m/s)
26
20
8
0 2 4 6 8 10 t(s)
b) t(s) 0 2 4 6 8 10
5) a) S0 = 12 m
b) V0 = - 8 m/s
c)a = 8 m/s2
d) 332 m
e) Ele não passa em S = 0.
f) V = - 8 + 8 . t
g) t = 1s
h) MUV progressivo acelerado.
6) - 8 m/s2
7) S (m)
3
t(s)
0 1 2 3
8) 0 a t1 - M.U. progressivo
t1 a t2 - repouso t2 a t3 - MUV retrógrado retardado t3 a t4 - MUV progressivo acelerado t4 a t5 - MUV progressivo
retardado t5 a t6 - MUV retrógrado acelerado t6 a t7 - repouso t7 a t8 - M.U. retrógrado.
34)
a(m/s2)
2
0 10 20 30
· 2
35) c
36) b 37) c 38) c 39) a 40) a
41) c 42) b 43) a 44) d 45) a
46) a) S = 5 t2 ou 125 - 5t2
b) V = 10t ou V = - 10 t
c) t = 5s
d) V = 50 m/s
47) 5m
48) 1.F 2.V 3.V 4.F 5.F 6.V 7.F 8.V 9.V 10.V 11.F 12.V
49) e
50) d
51) c
52) 45m e 30 m/s
53) d
54) d
55) b
56) d
57) a) 2 m/s2 b) 6 m/s
58) 5,4s
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
ONDAS
Definição: Denomina-se onda ao movimento causado por uma
perturbação que se propaga através de um meio.
PROPAGAÇÃO
VIBRAÇÃO
VIBRA
3- Quanto à direção da propagação:
Unidimensionais: Propagam-se numa só direção. Ex.: ondas em
corda.
Bidimensionais: Propagam-se num plano. Ex.: ondas na superfí-
cie de um lago.
Tridimensionais: São aquelas que se propagam em todas as di-
reções. Ex.: ondas sonoras no ar atmosférico.
Ondas Periódicas:
São aquelas que recebem pulsos periódicos, ou seja, recebem
pulsos em intervalos de tempo iguais. Portanto, passam por um
mesmo ponto com a mesma freqüência.
CRISTA l CRISTA
VALE l VALE
f=1
T V=lf
f= freqüência (Hz )
t = T = tempo ( s )
s = l = comprimento da onda ( m )
V = velocidade da onda ( m/s )
Velocidade da Propagação:
A velocidade da propagação da onda depende da densida-
de linear da corda (m) e da força da tração.
O pulso sofre reflexão com inversão de O pulso sofre reflexão e não ocorre in-
fase, mantendo todas as outras caracte- versão de fase.
rísticas
Refração:
Ocorre quando a onda passa de um meio para outro de ca-
racterísticas diferentes. Devido à mudança, a velocidade e o
comprimento se modificam. Ex: onda do mar passando do fun-
do para o raso.
lA lB
FONTE _ _ _ _ _ _ _ VA _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _VB_
Difração:
Ocorre quando uma onda encontra obstáculos à sua propa-
gação e seus raios sofrem encurvamento.
Princípio da Superposição:
Ocorre pela superposição de duas ou mais ondas.
A1 A2 A1
P
A2
A A
A1 A2 A1
A2
A = A1+A2 A = A1-A2
Ondas Estacionárias
São ondas resultantes da superposição de duas ondas com:
- mesma freqüência
- mesma amplitude
- mesmo comprimento de onda
- mesma direção
- sentidos opostos
Ao atingirem a extremidade fixa, elas se refletem, voltando
com sentido contrário ao anterior. Dessa forma, as perturba-
ções se superpõem às outras que estão chegando à parede,
originando o fenômeno das ondas estacionárias.
Característica: amplitude variável de ponto para ponto, isto
é, pontos que não se movimentam (amplitude nula).
Nodos: pontos que não se movimentam
Ventres: pontos que vibram com amplitude máxima
É evidente que, entre os nós, os pontos da corda vibram com a
mesma freqüência, mas com amplitudes diferentes.
onda incidente
FONTE onda refletida
l l l
4 2 2
_________________________________
FONTE _ _ _ _ N _ _ _ _ _ _ N _ _ _ _ _ _ N _ _ _ _ _ __ N _ _ _ _ _ _ N
--------------------------------
V V V V V
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
ÓTICA
Nem todos os corpos tem a propriedade de emitir luz. Alguns só são vistos quando
iluminados. Os que emitem luz, por algum processo que ocorra em seu interior, são chamados
fontes de luz. Assim, no caso das lâmpadas, quando a corrente elétrica passa pelo filamento,
este se aquece, emitindo luz.
Ou ainda, se tomarmos um pedaço de metal e o esquentarmos, ele emite inicialmente
uma luz avermelhada, que se vai amarelando com o aumento da temperatura, até chegar a luz
branca. A emissão de luz pela vela também se deve ao calor que leva à incandescência
partículas de carvão. As estrelas também são fontes de luz, e muitas delas são responsáveis
pela iluminação dos planetas, principalmente o Sol, que permite a vida na Terra graças à luz.
A luz se propaga em todas as direções. Quando se acende uma lâmpada, por exemplo,
todos os pontos do ambiente são iluminados ao mesmo tempo. A luz se propaga em linha reta.
Quando um carro faz uma curva, o feixe de luz dos faróis ilumina a margem da rua, pois
enquanto o veículo está fazendo a sua trajetória curva, a luz dos faróis está se propagando em
linha reta. A luz se propaga em todos os meios materiais e no vácuo. Um exemplo é o fato da
luz do Sol e das outras estrelas chegar até nós depois de se propagarem no vácuo.
A luz consegue atingir a incrível velocidade de 300000 km/s. Para se ter uma idéia, em
um segundo a luz dá sete voltas e meia ao redor da Terra e a luz solar chega até a Terra em
apenas 8,5 segundos.
A luz que incide em um espelho volta ao meio de origem. Se o espelho for colocado em
posição perpendicular à lanterna, a luz voltará para ela. Isso porque todo raio de luz que incide
sobre um espelho, formando com este um ângulo de 90°, volta-se sobre si mesmo. Se
inclinarmos a lanterna, a luz voltará em outra região, formando com o espelho um ângulo que
será igual ao da inclinação do foco luminoso.
Aconteceu a reflexão da luz. O raio incidente reflete-se no ponto O e volta como raio
refletido. Os raios incidente e refletido formam o ângulo AôB. A linha N, perpendicular ao
espelho em O, forma os ângulos congruentes AôN (ângulo de incidência) e NôB (ângulo de
reflexão).
Um espelho é uma superfície polida que reflete a luz que recebe. Os espelhos podem
ser planos e esféricos. Chama-se espelho plano a uma superfície polida e lisa. Um espelho
plano forma imagens chamadas virtuais.A imagem virtual forma-se atrás do espelho,é direita e
simétrica em relação ao espelho.
Chama-se espelho esférico a uma calota esférica que reflete a luz. Podem ser côncavos
(encurvados para dentro) ou convexos (encurvados para fora). Dependendo da distância de um
objeto a um espelho esférico, a imagem pode ser: virtual, real (frente do esp), direita (posição
igual à do objeto), invertida, maior, menor ou igual ao ob.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Resumo:
Realizou-se uma experiência com o objectivo de, num pêndulo balístico, calcular a
velocidade de lançamento da bola e compará-la com o valor da velocidade obtido
experimentalmente.
Numa outra experiência tentou-se provar que, a partir da mesma altura, o tempo de
queda de um projéctil lançado na horizontal ou na vertical é o mesmo.
Fundamentos Teóricos
- 1ª experiência:
Teremos portanto:
m+M
v0 = vf
m
a
B
h
A
Em A = Em B
(m + M )v f = (m + M ) gh
1
2
v f = 2 gh
h = l - l × cos a
v f = 2 g l (1 - cos a )
Então podemos saber:
m+M
v0 = × 2 g l (1 - cos a )
m
- 2ª Experiência
A
B
A B
r r æ ö
r = h - gt 2
r
r = v 0 t e x + ç h - gt 2 ÷
1 1
2 è 2 ø
A B
h= gt h= gt
1 2 1 2
2 2
Procedimento:
- Pêndulo balístico
Material:
- pêndulo balístico
- light-gate
- canhão
- timer
- esfera
- pêndulo
Procedimento:
1) utilizando o canhão realizou-se o lançamento de um projéctil na horizontal de modo
a que a esfera ficasse incrustada no pêndulo.
2) mediu-se o angulo máximo atingido pelo pêndulo
3) repetiu-se este procedimento mais 3 vezes.
- Lançamento de projecteis
Material:
- caixa de madeira com mola para lançamento de projecteis, um na vertical e
outro na horizontal
- 2 esferas
Procedimento:
1) colocaram-se as duas esferas na caixa de madeira
2) efectuou-se o lançamento das esferas, uma na horizontal e uma na vertical.
3) cronometrou-se o tempo que queda das duas esferas
4) mediu-se a altura de lançamento das esferas
5) repetiu-se a experiência 3 vezes
Resultados:
- 1º Experiência
Dados:
t = 0.005 s
a = 55 .9º ±0.4
m = 0.033 kg
M = 0.220 kg
A velocidade inicial obtida através dos tempos do light-gate e do diâmetro da bola é:
19 ´ 10 -3
v0 =
0.005
v0 = 3.80 ms -1
v0 =
(0.033 + 0.220) × 2 ´ 9.8 ´ 0.182 ´ (1 - 0.56 )
0.033
v0 = 0.767 ´ 1.253
v0 = 0.96 ms -1
Rm ´ R
f= f - Factor Correctivo
Rb
Rm- Raio a partir do cálculo do perímetro
R- comprimento de localização do centro de massa
Rb- localização rigorosa do centro de massa (0.24m)
perímetro:
10 oscilações t= 8.9 s
t=9.0 s
t= 9.0 s
t = 8.97 s
1 oscilação T= 0.89 s
Rm
T = 2p
g
Rm
0.89 = 2 ´ 3.14 ´
9 .8
Rm = 0.20
0.20 ´ 0.182
f =
0.24
f = 0.79
v0 ´ f = 0.96 ´ 0.79
= 0.76 ms -1
- 2ª Experiência
tempo de queda:
Introdução
Nas mitologias gregas indo-européias, o raio era um atributo divino, com o qual deuses
poderosos, como o grego Zeus, manifestavam sua ira e fulminava heróis e humanos que se
opunham a seus desígnios. Hoje a ciência estuda os raios para proteger de seus efeitos as
aeronaves e construções.
Raio é uma descarga elétrica luminosa visível que se produz entre uma nuvem e a
superfície terrestre. Atualmente sabe-se que os raios são fenômenos elétricos produzidos por
diferenças de potencial na atmosfera, com energia suficiente para superar a resistência do ar.
Na atmosfera da Terra e de outros planetas, como Júpiter, os raios restabelecem o equilíbrio
elétrico entre as nuvens e o solo, transmitindo de modo explosivo as cargas elétricas
acumuladas num determinado ponto.
Nas tempestades, agitação das nuvens faz com que suas cargas negativas se acumulam
na base das nuvens. As positivas dispõem-se e, seu topo. Ao mesmo tempo, uma carga positiva é
induzida na superfície da terra, sob a nuvem.
Quando a atração entre tais cargas se torna excessiva, uma súbita descarga é
desferida entre a terra e as nuvens. Reúnem-se cargas opostas.
O raio é acompanhado de relâmpagos e trovão. O relâmpago é um fenômeno luminoso: é
o clarão da faísca. O trovão é o estrondo que se ouve após alguns segundos, produzido pela
expansão e contração súbita do ar, atravessado pelo raio.
A ação do raio é violenta e muito violento: a descarga principal atinge o ponto de
encontro ou o solo em cerca de vinte milésimos de segundo, e a descarga de retorno dura cerca
de setenta milionésimos de segundo. A ocorrência típica de um raio envolve uma diferença de
potencial entre a nuvem e o solo de centenas de milhões de volts, com correntes máximas da
ordem de vinte mil ampéres. As temperaturas na trajetória do raio chegam a 30.000K (cerca
de 27.500o C).
Desde a antiguidade os efeitos devastadores dos raios sobre a terra deram-lhes um
aspecto mágico e ameaçador, que transparece em lendas e mitos de sociedades primitivas.
Foram provavelmente os incêndios provocados por raios que deram ao homem o conhecimento e
a posse do fogo.
Benjamin Franklin foi o primeiro a projetar um experimento para tentar provar a
natureza elétrica do relâmpago. Em julho de 1750, Franklin propôs que a eletricidade poderia
ser drenada de uma nuvem por um mastro metálico. Se o mastro fosse isolado do solo, e um
observador aproxima-se do mesmo um fio aterrado, uma faísca saltaria do mastro para o fio
quando uma nuvem eletrificada estivesse perto. Se isto ocorresse, estaria provado que as
nuvens são eletricamente carregadas e, conseqüentemente, que os relâmpagos também são um
fenômeno elétrico. Em maio de 1752, Thomas-François D’Alibard demonstrou que a sugestão de
Franklin estava certa e que os relâmpagos, portanto, eram uns fenômenos elétricos. Em junho
de 1752, Franklin realizaram outro experimento com o mesmo propósito, seu famoso
experimento com uma pipa. Ao invés de utilizar um mastro metálico, ele usou uma pipa, desde
que ela poderia alcançar maiores altitudes e poderia ser usada em qualquer lugar. Novamente,
faíscas saltaram de uma chave colocada na extremidade do fio preso a pipa em direção a sua
mão.
Também em 1752, L. G. Lemonnier repetiu o experimento de Franklin com o mastro
metálico, mas ao invés de aproximar um fio aterrado, colocou um pouco de poeira para ver se
ela seria atraída. Ele descobriu que mesmo quando não haviam nuvens, situação conhecida como
condição de tempo bom, uma fraca eletrificação existia na atmosfera. Ele também encontrou
evidências de que tal eletrificação variava da noite para o dia.
A questão importante, nessa altura de nosso relato, é: como e por que as cargas se
separam na nuvem de tempestade? Pois é, isso ninguém ainda sabe responder direitinho. Vários
palpites já foram dados, é claro, alguns mais felizes que outros. Um dos melhores foi
apresentado pelo físico Charles T. R. Wilson, o mesmo que inventou a câmara de nuvens para
observar partículas sub-atômicas. Aliás, também foi dele a idéia de que as tempestades
funcionam como baterias para manter carregado o condensador planetário.
Imagine uma gota de água no interior de uma nuvem, caindo por gravidade. A figura
mostra essa gota com um "pequeno" exagero no tamanho. Como a gota está na presença de
nosso conhecido campo elétrico de 100 V/m, haverá alguma separação de cargas dentro dela. A
gota fica polarizada, com a parte de cima negativa e a de baixo, positiva. Na queda, a gota vai
encontrando alguns dos tais íons positivos e negativos que existem na atmosfera. Os íons
positivos são repelidos pela frente de ataque da gota em queda, enquanto os íons negativos são
atraídos. Desse modo, à medida que cai, a gota vai acumulando cargas negativas e levando-as
para a base da nuvem. Por conseqüência, a parte de cima da nuvem fica cada vez mais positiva.
O problema com esse modelo é que a carga total envolvida em uma nuvem de
tempestade é muito grande e, aparentemente, o número de íons disponíveis não é suficiente
para justificá-la. Na tentativa de salvar o modelo, Wilson e vários outros inventaram alguns
truques mais ou menos engenhosos.
Anatomia de um Raio
Na linguagem popular, relâmpago é o clarão intenso e raio é a descarga elétrica
que causa o clarão. Adotaremos essa terminologia para descrever como é um raio. A maioria
dos raios ocorre dentro da própria nuvem ou de uma nuvem para outra. Mas, vamos nos limitar a
descrever um raio entre uma nuvem e o solo. E, já avisamos que esse, também, é um assunto de
pesquisa em progresso, portanto, inacabado.
No final da página anterior tínhamos uma nuvem enorme com cargas separadas,
negativas na base e positivas no topo. A presença dessas cargas negativas na base da nuvem
induz uma carga positiva no solo, resultando em diferenças de potencial de milhões de volts
entre a nuvem e a terra. Uma voltagem tão alta pode romper a capacidade de isolamento do ar
(chamada de "rigidez dielétrica") fazendo com que elétrons, cargas negativas, comecem a se
mover da nuvem para a terra. A figura abaixo mostra uma seqüência do que acontece nesse
momento.
Pára-Raios
Ao inventar o pára-raio, em 1753, Benjamin Franklin julgava-o capaz de descarregar
nuvens de tempestade e proteger edifícios. Sabe-se hoje que essa invenção apenas intercepta
os raios terrestres e dissipa sua corrente na terra. O poder de atração do pára-raio se exerce
a uma certa distância horizontal de sua localização, cujo valor máximo é chamado de alcance de
atração. Para um raio de intensidade mediana e edifícios de até 60m de altura o alcance de um
pára-raio é de uns 30m. Os códigos modernos de proteção contra raios raramente recomendam
hastes verticais, mas sugerem condutores horizontais através das cumeeiras dos telhados, ao
longo das partes vulneráveis da estrutura, com espaçamento regular sobre tetos planos. Um ou
mais fios-terra são puxados dessa rede de condutores horizontais, evitando-se as espirais que
possam provocar centelhas. Dada a curta duração da corrente do raio, o aquecimento do fio-
terra não é significativo.
O terminal de terra geralmente consiste em uma ou mais hastes metálicas, às vezes
enterradas com os condutores horizontais nos solos de baixa condutividade. Mas, outras
precauções são necessárias, considerando-se a possibilidade do fio-terra desprender faíscas
laterais sobre o edifício, fenômeno particularmente perigoso quando a estrutura contém
instalações metálicas internas. Essas faíscas podem ser prevenidas mediante redução da
resistência do solo para minimizar as voltagens da descarga ou ligando os fios-terra a
instalações metálicas expostas.
Fatos e mitos sobre raios e tempestades
Raios nunca caem duas vezes no mesmo lugar.
Grande mentira. Pelo contrário, raios adoram cair várias vezes no mesmo local. Aquele horrível
mastro de bandeira que existe em Brasília, no meio da Praça dos 3 Poderes, já foi atingido por
raios inúmeras vezes. Infelizmente, resistiu. Como vimos antes, a "descarga de conexão"
costuma se iniciar em algo pontudo que se destaca da planura ao redor, como um prédio, uma
árvore ou um peladeiro de campo de várzea. Na Idade Média era costume tocar o sino das
igrejas durante as tempestades, para afastar os maus espíritos. Muito monge sineiro morreu
por causa desse costume. Se você for surpreendido por uma tempestade no meio do campo
aberto, nunca procure abrigo sob uma árvore isolada.
É perigoso falar no telefone durante uma tempestade.
A verdade é que muito pouca gente morre dentro de casa, atingida por raios. Mas, uns poucos
azarados morreram porque estavam no telefone quando um raio atingiu suas casas e propagou-
se pela fiação. Portanto, se a tempestade lá fora estiver mesmo braba, use o celular. Seguro
morreu de velho.
Contando os segundos entre o relâmpago e o trovão dá para saber a distância do raio.
Dá, mais ou menos. A velocidade do som no ar é cerca de 330 metros por segundo. Portanto,
conte os segundos desde o instante do relâmpago até ouvir o trovão, divida por 3 e terá a
distância aproximada até o canal do raio, em quilômetros.
Depois da trovoada, sempre vem uma forte chuva.
É verdade, embora possa haver chuvas fortes sem trovoadas. Um modelo do físico atmosférico
Bernard Vonnegut, irmão do famoso autor americano Kurt Vonnegut, sugere que grandes gotas
de água se formam em torno do canal de descarga elétrica dentro da nuvem. Esse modelo é
plausível, mas ninguém ainda conseguiu comprová-lo experimentalmente, em razão das óbvias
dificuldades de testá-lo.
O que existe de verdade nas supertições?
Muitas supertições e lendas existem sobre raios. Algumas têm fundamento e outras
não. Tentaremos analisar as principais supertições.
Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.
Isto não é verdade. As estruturas elevadas, por exemplo, são atingidas várias vezes por raios.
É perigoso segurar objetos metálicos durante as tempestades.
Sim e não. Segurar objetos pequenos, como uma tesoura ou alicate, não provoca risco.
Entretanto, carregar um objeto metálico, ou até mesmo um ancinho ou outra ferramenta
metálica em um local descampado pode oferecer riscos.
O que é "raio-bola”?
É um tipo de raio muito raro. Ele tem o formato de uma bola de fogo, que fica flutuando no ar e
algumas vezes ele explode, podendo provocar queimaduras em animais e pessoas próximas.
Quando um rebanho inteiro morre devido a um raio próximo a uma cerca, é devido ao
próprio agrupamento dos animais ou à proximidade do rebanho da cerca? O que atrai
mais, o agrupamento de animais ou a cerca?
O que atrai o raio é a altura relativa do objeto ou animal em relação ao solo.
O raio sempre cai na estrutura mais alta. Em muitos casos os animais são mais altos que a cerca
e neste caso eles são pontos preferenciais para a queda de raios. Como a altura dos animais e
da própria cerca não é grande, eles não atraem muitos raios. As árvores isoladas, em geral,
atraem mais raios que cercas e animais.
Mesmo no caso de uma cerca devidamente protegida (aterrada e seccionada), se um
raio cair sobre ela e se junto dela estiver um rebanho, provavelmente o resultado será
catastrófico. O raio que cai diretamente na cerca energiza apenas um trecho dela, ou seja, o
seccionamento e aterramento evitam a energização de toda a cerca. Apenas os animais junto ao
trecho de cerca energizado correm grandes riscos.
Antes do Temporal
Você deve prestar atenção no céu.
Em um dia quente, nuvens se formam, tornam-se grandes e então escurecem. Como as
nuvens se movimentam, tornam-se carregadas com eletricidade e produzem então os raios.
Os raios podem circular de um lado a outro nas nuvens ou de nuvem para nuvem. Podem
também se movimentar da nuvem para a terra.
O raio pega o caminho mais curto. Portanto ele atinge o objeto mais alto, que pode ser
uma árvore alta, uma casa, uma torre ou uma pessoa que esteja sozinha em um campo aberto.
O trovão e o raio ocorrem ao mesmo tempo. Como, porém, a velocidade da luz é muito
maior que a do som, ocorre que a luminosidade (raio) aparece primeiro e o som do raio (ou
trovão) leva algum tempo para chegar aos nossos ouvidos.
Podemos calcular a distância do temporal. Se após um raio, o trovão demorar 3
segundos para ser ouvido, a tempestade estará a 1 quilômetro de distância. Caso o som e a luz
se derem ao mesmo tempo, cuidado: a tempestade estará perto de você.
O raio pode matar, atingindo diretamente as pessoas, iniciando incêndios e ceifando
vidas. Além disso, podem provocar estranhos fenômenos, como "explodir" árvores. Como isso
ocorre? O raio seca a seiva do interior do tronco de uma árvore, a seiva se transforma em
vapor. O vapor aquecido se expande e explode, dividindo então a árvore.
Primeiros Socorros
Pessoas atingidas por raios recebem uma descarga elétrica muito forte e podem se
queimar. Em alguns casos, algumas delas podem não conduzir a eletricidade, escapando com
segurança.
Pessoas aparentemente mortas depois de atingidas por raios poderão ser reavivadas
mediante uma pronta ação. Mesmo quando um grupo de pessoas é atingido, a morte "aparente"
deve ser primeiro confirmada.
Vítimas que parecem ficar atordoadas ou "fora de si" também devem receber imediato
atendimento. Deve-se procurar no corpo sinais de queimaduras, especialmente nos dedos das
mãos e dos pés, junto à fivela de cintos, ou nas proximidades de relógio ou jóias. Faça os
primeiros socorros e não deixe a vítima caminhar. Solicite sempre ajuda de pessoas treinadas e
capacitadas, acionando o Corpo de Bombeiros (193), a Polícia Militar (190) ou a Defesa Civil do
seu Município (199). Permaneça com a vítima até a ajuda chegar. Esteja sempre alerta.
Bem, paramos por aqui nosso relato que se iniciou com um trecho de Euclides da Cunha
e será finalizado com uma citação, livremente adaptada, do físico americano Richard Feynman.
"Sabe-se, há muito tempo, que objetos altos são atingidos por raios. Artabanis, conselheiro de
Xerxes, dando recomendações ao rei persa sobre um ataque aos gregos, disse o seguinte:
'Veja como Deus, com seu raio, sempre golpeia os maiores animais e não se importa com os
menores. Como também seus raios sempre caem sobre as casas e árvores mais altas. Desse
modo, simplesmente, ele adora esmagar tudo que se mete a besta’.
Você pensa, agora que leu esse relato sobre raios, que sabe mais sobre o assunto do que
Artabanis sabia, 2300 anos atrás? Não se meta a besta. Você sabe o mesmo, só que menos
poeticamente “.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
TERMOLOGIA
1 – INTRODUÇÃO
Estudaremos dentro deste capítulo termômetros, escalas e funções
termométricas. Veremos como transformar de uma escala para outra e porque isto
é importante.
A discussão sobre temperatura é muito antiga, muitas vezes imaginamos essa
grandeza de forma errada, confundimos calor com temperatura e a pergunta fica –
Temperatura e Calor são as mesmas coisas? Vejamos se você é capaz de
distinguir as duas grandezas.
2 – TERMÔMETRO
Instrumento utilizado para medir o grau de agitação térmica de um corpo, ou seja,
a temperatura. Ele pode ser dividido em três partes:
3 – ESCALAS TERMOMÉTRICAS
tC − 0 t − 32 t − 273
= F = K
100 − 0 212 − 32 373 − 273
ou ainda:
tC t − 32 t K − 273
= F =
100 180 100
Dividindo todos os denominadores por 20, temos:
t C t F − 32 t K − 273
= =
5 9 5
Para utilizar essa expressão basta tomarmos duas delas, por exemplo, se
tivermos uma temperatura de 72oF quanto seria em oC ?
Solução
Dados: tF = 72oF; tC = ?
t C 72 − 32
=
5 9
5 x 40
tC =
9
200
tC = ≅ 22,2 o C
9
4 – VARIAÇÃO DE TEMPERATURA
OBS: Basta notar que as duas escalas são divididas em 100 partes, portanto uma
certa variação de temperatura na escala Celsius será igual à variação na escala
Kelvin.
Δt F = 212 − 32 = 180 o F
Δt C Δt F Δt K
= =
5 9 5
Para entender melhor façamos um exemplo. Uma variação de 20oC corresponde a
uma variação de quanto nas escalas Celsius e Kelvin
Solução
20 Δt F 180
= => = Δt F
5 9 5
Δt F = 36 o F
Δt C Δt K
=
5 5
Δt C = Δt K
Δt K = 20 K
5 – DILATAÇÃO TÉRMICA
Neste capítulo discutiremos como os corpos se dilatam após serem aquecidos. È
importante sabermos que isto é um fenômeno que está em nosso dia-a-dia. Os
trilhos do trem que se dilatam, os cabos elétricos, as placas de concreto de um
viaduto e outros casos. Existe também a dilatação nos líquidos e estudaremos
suas particularidades neste capítulo.
ΔL = L - Lo
Poderíamos citar:
) o comprimento inicial;
) a variação da temperatura;
) o tipo do material.
ΔL = Lo . α . Δt
Onde:
Lo............comprimento inicial;
α.............coeficiente de dilatação linear;
Δt............variação da temperatura (t – to).
L = Lo (1 + α . Δt )
Unidades Usuais:
Lo............centímetro (cm);
α.............oC-1;
Δt............Celsius (oC).
ΔA = A - Ao
Poderíamos citar:
) a área inicial;
) a variação da temperatura;
) o tipo do material.
ΔA = Ao . β . Δt
Onde:
Ao............área inicial;
β.............coeficiente de dilatação superficial;
Δt............variação da temperatura (t – to).
A = Ao (1 + β . Δt )
Unidades Usuais:
ΔV = V - Vo
Poderíamos citar:
) o volume inicial;
) a variação da temperatura;
) o tipo do material.
Logo temos que:
ΔV = Vo . γ . Δt
Onde:
Vo............volume inicial;
γ.............coeficiente de dilatação volumétrica;
Δt............variação da temperatura (t – to).
γ =3.α
V = Vo (1 + γ . Δt )
Unidades Usuais:
Como um líquido não possui forma definida (ele terá a forma do volume que o
contém) sua dilatação respeita tudo o que vimos na dilatação volumétrica.
Existe um fator importante a ser analisado. Como o líquido estará num recipiente,
ao se dilatar deveremos levar em conta a dilatação do recipiente.
A dilatação real de um líquido deve levar em
consideração a dilatação aparente
(extravasada) e a do recipiente. É lógico que
estamos considerando que o recipiente no
inicio estava cheio.
Temos que:
) A dilatação do recipiente:
) A dilatação Aparente:
ΔVap = Vo .γ ap .Δt
) Coeficiente Aparente:
γ ap = γ real − γ rec
6 – CALORIMETRIA
Passaremos a discutir a diferença entre Calor e Temperatura. Veremos também
como medir o Calor e como ocorre a transferência desse calor de um corpo para
outro.
6.1 – CALOR
Calor é a energia térmica em trânsito, que se transfere do corpo de maior
temperatura para o corpo de menor temperatura. Nessa transferência pode
ocorrer apenas uma mudança de temperatura (calor sensível) ou uma mudança
de estado físico (calor latente).
Uma caloria é a quantidade de calor necessária para que 1 grama de água pura,
sob pressão normal, sofra a elevação de temperatura de 1oC.
1 cal ≅ 4,186 J
Quando uma transformação ocorre sem troca de calor, dizemos que ela é
adiabática.
Q
C=
Δt
Unidades Usuais:
Q............caloria (cal);
Δt............Celsius (oC);
C...........cal/oC.
C
c=
m
Unidades Usuais:
C............ cal/oC;
m............grama (g);
c............ cal/g.oC.
Substância Calor
Específico
(cal/g.oC)
água 1,000
álcool 0,580
alumínio 0,219
chumbo 0,031
cobre 0,093
ferro 0,110
gelo 0,550
mercúrio 0,033
prata 0,056
vidro 0,200
vapor d'água 0,480
OBS: O calor específico possui uma certa variação com a temperatura. A tabela
mostra um valor médio.
Unidades Usuais:
Q.................. cal;
m............grama (g);
c............ cal/g.oC;
Δt............Celsius (oC).
Q1 + Q2 + Q3 + ... + Qn = 0
QR > 0 e QC < 0.
6.6.1 – CONDUÇÃO
A condução de calor ocorre sempre que há diferença de temperatura, do ponto de
maior para o de menor temperatura, sendo esta forma típica de propagação de
calor nos sólidos.
6.6.3 – IRRADIAÇÃO
A propagação do calor por irradiação é feita por meio de ondas eletromagnéticas
que atravessam, inclusive, o vácuo.
Há corpos que absorvem mais energia radiante que outros. A absorção da energia
radiante é muito grande numa superfície escura, e pequena numa superfície clara.
Essa é a razão por que devemos usar roupas claras no verão.
AB - Sólido;
BC - Fusão;
CD - Líquido;
DE - Vaporização;
EF - Vapor.
tF - temperatura de Fusão;
tV - temperatura de Vaporização;
C
c=
m
Unidades Usuais:
Q............ cal;
m............grama (g);
L............ cal/g.
7 – TERMODINÂMICA
Termodinâmica é a parte da física que estuda as relações entre o Trabalho
Mecânico e o Calor.
No século XIX, James Precott Joule realizou várias experiências, concluindo que a
transformação de trabalho em calor é independente da maneira como ele é
transformado, isto é, ao mesmo trabalho sempre corresponde a mesma
quantidade de calor.
F = p . A, pois p = F/A
mas: W = F . x e F = p . A => W = p . A . x
ou ainda: W = p. V
U=Q-W
Clausius:
O calor só pode passar, espontaneamente, de um corpo de maior temperatura
para outro de menor temperatura.
Kelvin:
É impossível construir uma máquina térmica que, operando em ciclo, extraia calor
de uma fonte e o transforme integralmente em trabalho.
Exercícios
1> Um termômetro mal calibrado na escala Celsius registra 10oC para o 1o ponto
fixo e 90 oC para o 2o ponto fixo. Às 10 horas, esse termômetro registra 30oC à
temperatura ambiente. Qual a verdadeira temperatura ambiente naquele instante ?
(UFMT-MT) 4> Fahrenheit 451 é o título de um filme onde se explica que 451oF é
a temperatura da chama que destrói totalmente um livro. Qual será o título desse
livro se fosse usada a escala Celsius ? Justifique com cálculos.
(Mackenzie-SP) 5> Certo dia foi registrada uma temperatura cuja indicação na
escala Celsius correspondia a 1/3 da respectiva indicação na escala Fahrenheit.
Tal temperatura foi de:
(a) 80oF; (b) 80oC; (c) 41,8oF; (d) 41,8oC; (e) 26,7 oF.
(ITA-SP) 6> O verão de 1994 foi particularmente quente nos Estados Unidos da
América. A diferença entre a máxima temperatura de verão e a mínima do inverno
anterior foi de 60oC. Qual o valor dessa diferença na escala Fahrenheit?
(Unifor-CE) 7> Uma escala termométrica oA, criada por um aluno, é tal que o
ponto de fusão do gelo corresponde a - 20oA e o de ebulição da água corresponde
a 30oA. A temperatura Celsius em que as escalas oA e Celsius fornecem valores
simétricos:
(a) - 26,6 oC (b) - 13,3 oC (c) 13,3 oC (d) 18,8 oC (e) 26,6 oC
(ITA-SP) 10> Você é convidado a projetar uma ponte metálica, cujo comprimento
será de 2,0 km. Considerando os efeitos de contração e expansão térmica para
temperaturas no intervalo de - 40 oF a 110oF e o coeficiente de dilatação linear do
metal igual a 12 x 10-6 oC-1, qual será a máxima variação esperada no
comprimento da ponte ? (Considere o coeficiente de dilatação linear constante no
intervalo de temperatura dado.)
(a) 9,3 m; (b) 2,0 m; (c) 3,0 m; (d) 0,93 m; (e) 6,5 m.
(Faap-SP) 12> Uma barra de estanho tem a forma de um prisma reto, com base
de 4 cm2 e comprimento 1,0 m, à temperatura de 68oF. Qual será o comprimento e
o volume da barra à temperatura de 518oF? Considere o coeficiente de dilatação
do estanho igual a 2 x 10-5 oC-1(linear).
(UFRN) 16> Suponha um recipiente com capacidade de 1,0 litro cheio com um
líquido que tem o coeficiente de dilatação volumétrica duas vezes maior que o
coeficiente do material do recipiente. Qual a quantidade de líquido que
transbordará quando o conjunto sofrer uma variação de temperatura de 30oC ?
Dado: Coeficiente de Dilatação Volumétrica do líquido = 2 x 10-5 oC-1.
(a) 0,01 cm3; (b) 0,09 cm3; (c) 0,30 cm3; (d) 0,60 cm3; (e) 1,00 cm3.
17> A razão mais forte para não se usar a água como substância termométrica é:
(a) porque ela é líquida;
(b) porque sua massa específica é muito alta;
(c) porque sua massa específica é muito baixa;
(d) porque sua dilatação é irregular;
(e) n.d.a.
18> Qual a capacidade térmica de um corpo que recebe 0,7 kcal de calor para
elevar sua temperatura de 20oC para 90oC ?
20> Quantas calorias uma massa de 1 kg de água a 30 oC deve receber para que
sua temperatura passe a 70 oC.
(UFRS-RS) 23> O consumo energético diário típico de uma pessoa totaliza 2000
kcal.
(a) Sendo 1 cal = 4,18 J, a quantos Joules corresponde aquela quantidade ?
(b) Calcule a potência, em watts, de uma pessoa, admitindo que essa energia seja
dissipada a uma taxa constante de 24 h.
superdesafio
(ITA-SP) 29> Cinco gramas de carbono são queimados dentro de um calorímetro
de alumínio, resultando o gás CO2. A massa do calorímetro é de 1000 g e há 1500
g de água dentro dele. A temperatura inicial do sistema é de 20 oC e a final, 43 oC.
Despreze a pequena capacidade calorífica do carbono e do dióxido de carbono.
Calcule o calor produzido (em calorias) por grama de carbono.
Dados: cAl = 0,215 cal/goC e cágua = 1 cal/goC.
(ITA-SP) 34> Uma garrafa térmica, devido ao vácuo entre as paredes duplas,
impede a troca de calor por:
(a) reflexão; (b) irradiação; (c) condução e convecção; (d) difusão; (e)
n.d.a.
GABARITO
1> 25oC 2> 54oF e 30 K 3> 20 oC e 293 K 4> 232,8oC
5> letra a 6> 108oF 7> letra c 8> letra b
9> 250,51 m 10> letra b 11> letra d 12> 100,5 cm e 406
cm3.
13> letra b 14> 131 oC 15> letra e 16> letra d
17> letra d 18> 10 cal/oC 19> (a) 2 cal/oC 20> 40 kcal
(b) 4 cal/oC
(c) 3 cal/oC
21> (a) 0,04 cal/goC 22> 4200 voltas 23> (a)8,36 x106J; 24> (a) 0,12 m
(b) 400 cal/oC (b) 100 W. (b) 2 min
25> letra e 26> 0,25 cal/goC 27> 21 000 cal 28> letra d
29> 7889 cal/g 30> letra d 31> letra d 32> letra c
33> letra b 34> letra c 35> letra e 36> letra e
37> letra a
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Vetores
GRANDEZAS VETORIAIS
Grandezas físicas que não ficam totalmente determinadas com um valor e uma
unidade são chamadas de grandezas vetoriais. As grandezas que ficam totalmente
expressas por um valor e uma unidade são chamadas de grandezas escalares. Como
exemplo de grandeza escalar temos a massa. Já as grandezas vetoriais, para que
fiquem totalmente definidas necessitam de:
• Um Valor (módulo);
• Uma Unidade;
• Uma Direção;
• Um sentido.
Um vetor por sua vez tem três características: módulo, direção e sentido.
ADIÇÃO DE VETORES
Podemos somar dois ou mais vetores, para obter um vetor soma.
Regra do polígono:
Ligam-se os vetores origem com extremidade. O vetor soma é o que tem origem na
origem do 1º vetor e extremidade na extremidade do último vetor.
S=A+B+C
SUBTRAÇÃO DE VETORES
Para subtrair dois vetores adicionamos um deles ao oposto do outro.
D=A–B
Onde:
Rx = Ax + Bx
Ry = Ay + By