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Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Acelerador de partículas
Conjunto de equipamentos e dispositivos para imprimir alta velocidade
a partículas subatômicas, por processos elétricos ou eletromagnéticos.

O estudo das partículas elementares que constituem o núcleo atômico


ganhou novo impulso com o uso do acelerador de partículas, máquina
desenvolvida a partir de 1927, com base nas pesquisas do físico
americano Ernest Orland Lawrence.
Acelerador de partículas é um dispositivo que eleva a energia das
partículas subatômicas, de valores sumamente baixos até valores que
se situam entre alguns milhões e vários bilhões de elétrons-volt. São
aplicados na pesquisa básica das interações fundamentais, na terapia
do câncer, na produção de isótopos radioativos, na radiografia
industrial e na polimerização de plásticos.
O primeiro acelerador de partículas foi construído na Universidade de
Cambridge, Inglaterra, pelos físicos ingleses J. D. Cockcroft e E. T. S.
Walton, que obtiveram a primeira reação nuclear induzida
artificialmente. A partir de então, a importância dos aceleradores na
pesquisa básica tornou-se comparável à dos microscópios e
telescópios. Cockcroft e Walton ganharam o Prêmio Nobel de física de
1951.
De acordo com a disposição geométrica dos campos eletromagnéticos
responsáveis pela aceleração das partículas, os aceleradores são
classificados em dois tipos básicos: lineares e cíclicos.
Aceleradores lineares. Em um acelerador linear a partícula segue uma
trajetória reta e sua energia final é proporcional à soma das voltagens
geradas pelos mecanismos aceleradores dispostos ao longo da
trajetória. Existem dois tipos de aceleradores lineares. O primeiro
utiliza um campo magnético longitudinal móvel para fornecer energia
cinética aos elétrons. A câmara de aceleração é um tubo de vácuo
cilíndrico que funciona como um guia de ondas para o campo
acelerador. As sucessivas seções aceleradoras são excitadas por um
amplificador de potência de vários megawatts. Uma onda progressiva
caminha no guia de ondas e, havendo sincronismo entre o movimento
dos elétrons e o da onda, acelera-os até o fim do tubo. O sincronismo
é assegurado quando a velocidade de fase da onda progressiva se
iguala à velocidade dos elétrons. A idéia desse tipo de aceleradores é
a mais antiga entre os tipos correntes, mas foi preciso aguardar o
progresso da técnica da radiofreqüência, ocorrido no curso da
segunda guerra mundial, para a produção de reações nucleares.
O segundo tipo de aceleradores lineares utiliza ondas
eletromagnéticas estacionárias para acelerar prótons. O próton tem
massa aproximadamente duas mil vezes maior que a dos elétrons, o
que dificulta a excitação do guia por ondas progressivas que tenham
velocidade de fase igual à sua velocidade de avanço. Prótons de
quatro megavolts têm cerca de dez por cento da velocidade da luz, o
que já é suficiente para provocar efeitos relativísticos. Isso
impossibilita o uso da mesma técnica utilizada para os elétrons.
Aceleradores desse tipo são comumente usados como injetores de
prótons em aceleradores cíclicos de grande energia.
Aceleradores cíclicos. Os aceleradores cíclicos são assim chamados
porque a trajetória da partícula é curvada pela ação do campo
magnético em uma espiral ou curva fechada aproximadamente
circular. A partícula passa várias vezes pelos mecanismos
aceleradores e a energia final depende da amplitude da voltagem
aplicada e do número de revoluções que a partícula executa. Os
aceleradores cíclicos compreendem uma grande variedade de
aparelhos, dos quais os mais importantes são o cíclotron e o
síncrotron.
Cíclotrons. Em um cíclotron dois eletrodos semicirculares e ocos, em
forma de "D", são dispostos em uma câmara de vácuo entre os pólos
de um magneto. Os prótons, dêuterons ou outros íons mais pesados
iniciam seu movimento no centro dos "dês". Um potencial alternado,
de freqüência próxima à de circulação dos íons, é aplicado entre os
eletrodos, produzindo acelerações repetidas cada vez que os íons
passam de um "D" para o outro. A trajetória resultante da partícula é
uma série de semicírculos de raio crescente. Faz-se necessário um
sistema de "focalização", para que os íons não se percam por
espiralamento. Com uma pequena variação radial negativa no campo
magnético, a força sobre a partícula terá uma pequena componente
perpendicular ao plano do movimento, o que mantém a partícula no
acelerador cada vez que ela tenta escapar. Essa componente é
importante porque a trajetória total da partícula pode ser de centenas
de metros ou mais. A necessidade dessa "focalização", somada ao
efeito relativístico de aumento de massa das partículas, ao aumentar
sua energia, torna inevitável que surja uma diferença entre a
freqüência de circulação da partícula e a freqüência de oscilação do
potencial acelerador em uma porção considerável da trajetória. O
efeito é cumulativo, aumentando a cada revolução e limitando a
energia máxima da partícula.
Para superar essa limitação de energia do cíclotron, projetou-se um
aparelho, o sincrocíclotron, que possibilita variar a freqüência aplicada
aos "dês" de acordo com as necessidades de focalização magnética e
a variação relativística da massa dos íons. Sua construção foi
possibilitada pela existência de órbitas estáveis em que a freqüência
da revolução é igual à freqüência da voltagem aplicada aos "dês". Se a
freqüência de oscilação for diminuída, as partículas tendem a
permanecer nessas órbitas, absorvendo energia dos campos elétricos
dos "dês". Mantendo-se o sincronismo, as partículas ganham energia
e movimentam-se em órbitas de raios crescentes até a órbita máxima
permitida pelo desenho do magneto. Uma importante vantagem desse
aparelho está em não existir limite no número de revoluções
necessárias para a obtenção de uma dada energia.
A construção de cíclotrons de freqüência elevada envolve custos
astronômicos. Parte considerável desse custo deve-se à construção
das peças polares do eletroímã e de seu sistema de excitação, que
requerem centenas de milhares de toneladas de ferro, centenas de
toneladas de tubos de cobre e um dispositivo gerador de potências
extremamente oneroso.
Síncrotrons. O caminho natural para a superação dessa dificuldade
consistiu em buscar uma solução que, envolvendo trajetórias de raios
fixos, prescindissem de peças polares maciças para a sustentação do
mecanismo de aceleração. Os aparelhos que seguiram esse caminho
são conhecidos como síncrotrons. Tais máquinas, como os cíclotrons,
empregam uma combinação de aceleração elétrica e confinamento
magnético. O síncrotron utiliza o princípio de estabilidade de fase para
manter o sincronismo entre a freqüência de revolução de partícula e o
campo elétrico aplicado.
Um campo magnético deflete a partícula em uma órbita circular, e a
intensidade do campo é modulada ciclicamente para manter órbitas de
raio quase constante, apesar do ganho de energia. Como o campo
magnético é usado para manter a órbita e não para acelerá-la, as
linhas do campo magnético só são necessárias na região anular
definida pela órbita. Esse campo é produzido por um magneto anular.
O pouco peso e baixo custo de tal magneto, comparados com os
magnetos de núcleo sólido dos cíclotrons, dão ao síncrotron uma
economia significativa na produção de partículas altamente
energéticas.
Os aceleradores de partículas que atingem maior energia são
síncrotrons de prótons. Enquanto um síncrotron de elétrons alcança
cerca de 12 GeV, um grande acelerador de prótons opera
regularmente a 800 GeV. O modo de produção de ambos é similar,
embora existam diferenças cruciais. A velocidade do próton não se
aproxima da velocidade da luz no vácuo, a menos que sua energia
exceda um gigaeletrovolt. Além disso o próton não perde uma
quantidade significativa de energia por radiação. Em conseqüência, o
limite de energia de um síncrotron de prótons é determinado pelo
custo do magneto. Os elétrons, ao contrário, adquirem alta velocidade
a energias relativamente baixas, e quando defletidos por campos
magnéticos irradiam energia eletromagnética em um espectro
contínuo na região dos raios X. Essa energia irradiada deve ser
reposta pelo sistema acelerador.
Outros aparelhos são usados para acelerar partículas nos anéis de
estocagem, que consistem tipicamente em um par de câmaras de
vácuo anulares. Esses anéis são utilizados para armazenar feixes de
partículas altamente energéticas e provocar colisões frontais entre
eles. As altas energias obtidas nessas colisões permitem o estudo das
interações entre as partículas fundamentais a um custo relativamente
baixo e economicamente viável.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Introdução a ATRITO

De forma mais resumida possível, atrito é a fricção entre duas superfícies. Isso ocasiona
uma certa resistência ao movimento.

De uma forma mais completa, o atrito é um estado de aspereza ou rugosidade entre dois
sólidos em contato, que permite a troca de forças em uma direção tangencial à região de
contato entre os sólidos.
• O fato de exestir atrito entre dois sólidos não implica, necessariamente, a existência de
uma força de atrito entre eles.
• O sentido da força de atrito é sempre contrário ao deslizamento ou à tendência de
deslizamento entre sólidos em contato.
• De acordo com a 3ª lei de Newton ( Ação e Reação ), os sólidos A e B trocam entre si
forças de artito, existe uma força de atrito que A aplica em B e B em A. Tais forças de
atrito são opostas ( têm mesma intensidades ), mesma direção e sentidos opostos.

• as forças de atrito trocadas entre A e B ( F e f ) nunca se equilibram porque estão


aplicadas em corpos distintos.

De um modo geral os benefícios e os malefícios do atrito

Benefícios:
Se não fosse o atrito um carro não sairia do lugar porque os pneumáticos
deslizariam sogre a superfície. Em uma superfície lamacenta é preciso que haja correntes
no pneu do carro para que o carro saia do lugar, são as correntes que fazem com que o
atrito aumente. Sem o atrito as correntes não poderiam mover as máquinas e os pregos não
ficariam fixos na parede. Em uma lomba, um carro parado só não desliza porque existe
atrito.
Malefícios:
O atrito é prejudicial no momento em que ele desgasta as superfícies que
rolam uma sobre a outra, aumenta a força necessária para mover um corpo e produz calor.
Para estes malefícios do atrito fazem-se superfícies super planas e lisas, usa-se metais
duros, o uso de lubrificantes entre as superfícies para que não haja tanto atrito e fiquem
mais escorregadias e para que também não haja tanto desgaste das superfícies.

Atrito estático

Ocorre entre dois sólidos que existe atrito e, embora não haja movimento relativo entre
eles, há uma tendência de deslizamento, isto é, há uma solicitação ao movimento, vai surgir
uma força de atrito no sentido de evitar o deslizamento relativo, que se chamara força de
atrito estática.
Não havendo deslizamento a força de atrito estática tem intensidade igual à da força que
solicitou o sistema a se mover, força que é chamada de força motriz.
Resumo deste tipo de atrito: É aquela força que ocorre enquanto não houver movimento.
Enquanto o atrito for estático, à medida que for aumentando a força motriz, a força de atrito
também aumentará de modo a equilibrar a força motriz e impedir o movimento.
Existe um valor máximo, porque não cresce indefinidamente, e é chamado de força de
atrito de destaque.

Exemplo1: O sistema de freios ABS. Neste sistema quando os pneus vão derrapar por
efeito dos freios, um sistema de controle diminui a força da derrapagem, aumentando os
pneus no limite de escorregamento. Por mais que o motorista pressione o pedal do freio, as
rodas não derraparam, mas ficam na eminência de derrapar.
O atrito entre os pneus e o solo é mantido no máximo atrito estático, para o qual o
coeficiente de atrito é maior.

Exemplo2: Nos carros de corrida precisa-se de muita aceleração, tanto para diminuir
quanto para aumentar a aceleração. No entanto quando se freia ou acelera o carro a uma
troca de força de atrito entre o pneu e o solo. Assim, o valor da aceleração fica limitado
pela força de atrito máxima.
A maior força de atrito ocorre na situação de máximo atrito estático, sem derrapamento, e é
por isso que os projetistas fazem os pneus mais largos e com borrachas especiais, que
tenham alto coeficiente de artito com o asfalto.

Atrito cinético

Ocorre quando uma força de atrito age em um corpo qualquer que esta em movimento
(cinemática ou dinâmica).
Para velocidades menores que 5m/s, a força de atrito cinético é praticamente constante e
dado por Fat = μc . N

Exemplo1: O homem primitivo tinha grande dificuldade de transportar objetos grandes.


Isso devido ao atrito cinético que entre o objeto e o solo se opõe ao movimento além de
provocar o aquecimento das superfícies.
A solução foi colocar roletes entre as duas superfícies para facilitar o movimento. Então um
pequeno atrito estático já é o suficiente para girar o rolete e não havera atrito cinético.
Então criaram a roda e os roletes foram extinguidos facilitando muito mais.
Mas vai existir o atrito entre o eixo e a roda, se for usado lubrificante o atrito cinético
diminui, a solução foi o uso de esferas, basiada nos velhos roletes. Como é um movimento
circular, vai ter um pouco de atrito cinético, vai haver aquecimento por causa das
irregularidade da superfície quando a roda girar.

Atrito dinâmico

Um objeto que recebe uma determinada força e quando esta força cessa, a velocidade
diminui até parar, considerando uma força de resistência oposta ao movimento relativo do
corpo, chama-se atrito dinâmico. O coeficiente de atrito dinâmico é menor do que o
coeficiente de atrito estático, o que significa que, ao iniciar o movimento, a força de atrito
diminui sua intensidade.
Durante o deslizamento entre os sólidos, se forem iguais as superfícies de contato e que a
intensidade da força normal for constante, a força de atrito terá intensidade constante, não
importando a velocidade relativa entre os sólidos, nem a intensidade da força motriz.

Atrito de rolamento

Como o atrito de rolamento e o atrito de rolamento com rodas recaem, praticamente em um


mesmo caso ( atrito de uma superfície sólida com outra igualmente sólida que rola sobre ela
), então há dois tipos fundamentais de atrito, o de deslizamento e o de rolamento.
Comparando os dois o deslocamento por deslizamento é mais difícil e o de rolamento é
mais fácil.

Quando uma superfície sólida desliza sobre outra as pequenas saliências e reentrâncias que
nelas existem prendem-se umas nas outras e produzem o atrito de deslizamento que se opõe
ao movimento. O atrito também se opõe ao movimento de um objeto redondo que rola
sobre uma superfície sólida. Quando se rola uma bola de gude sobre um tapete grosso a
bola comprime as fibras para baixo. Asfibras tendem a voltar a sua posição normal e
produzem o atrito que se opõe ao movimento da bola.

Exemplo1: O pneu de uma bicicleta quando “murcho” aumenta o atrito de rolamento, mas
da maior conforto.

Exemplo2: O atrito por rolamento é usado nas máquinas, cujas superfícies são bem polidas
e recobertas por lubrificantes. As moléculas do lubrificante prmovem um rolamento que
diminui o atrito.
Exemplo3: Rolamento de esferas diminui o atrito, rolamento de rodas de ferro ( como as de
trem ) fazem girar mais facilmente.
BALÍSTICA – Estudo das leis da física aplicadas as projéteis.
Um projétil é qualquer objeto lançado ao espaço. Você pode lançar um projétil de 3
formas diferentes: Vertical, horizontal e oblíqua.

MÉTODO DAS SOMBRAS


Uma forma interessante de entender movimentos de projéteis consiste em imaginar
duas fontes de luz que projetam duas sombras de uma esfera vermelha, sendo uma
no chão e outra na parede, conforme a figura acima.

Quando a esfera vermelha se desloca para a direita, a sombra no chão se desloca


com a mesma velocidade da esfera, mas a sombra na parede permanece imóvel.
Quando a esfera vermelha se desloca para cima, a sombra no chão fica parada
enquanto que a sombra na parede se desloca para cima com a mesma velocidade da
esfera.

MOVIMENTO OBLÍQUO
Se você obriga a esfera vermelha a se deslocar obliquamente, verá que ambas as
sombras se deslocam, porém com velocidades menores que da esfera. Verifique isso
olhando para o tamanho de cada deslocamento.
MOVIMENTO DA SOMBRA NO CHÃO
Quando você lança um projétil obliquamente, a ação gravitacional encurva a sua
trajetória, criando uma curva para baixo chamada parábola, daí o nome do movimento
ser chamado muitas vezes de movimento parabólico. A sombra do projétil no chão
viaja em movimento uniforme.

MOVIMENTO DA SOMBRA NA PAREDE


Já o movimento da sombra na parede é retardado na subida e acelerado na
descida.

EQUAÇÃO DO MOVIMENTO DA SOMBRA NO CHÃO


Observe a fórmula abaixo, olhou? Se olhou mesmo, verá que Δs é o deslocamento da
sombra no chão, enquanto que vm é a velocidade média e Δt é o tempo gasto. Esta é
a equação do movimento da sombra no chão. Se Δt for o tempo total de deslocamento
da sombra no chão, então este deslocamento será conhecido como alcance do
projétil.
PRIMEIRA EQUAÇÃO DO MOVIMENTO DA SOMBRA NA PAREDE
Observe a equação seguinte. Ela é a equação do movimento uniformemente variado.
Nesta equação, o termo Δs representa o deslocamento da sombra na parede.
Quando o termo Δt representa o tempo para atingir a altura máxima, então o termo
Δs passa a representar a altura máxima atingida a partir do ponto do lançamento.
O termo a representa a aceleração gravitacional, cujo valor aproximado vale 10
m/s2.

SEGUNDA EQUAÇÃO DO MOVIMENTO DA SOMBRA NA PAREDE


Observe a nova equação seguinte. Ela serve para calcular a velocidade v da sombra
na parede dentro de um intervalo de tempo Δt.

TERCEIRA EQUAÇÃO DO MOVIMENTO DA SOMBRA NA PAREDE


Nesta última equação tem uma coisa bastante interessante. O termo Δt não aparece.
Se ligue agora! Isto significa que é uma equação ótima para resolver algumas
questões onde o tempo é desconhecido, ok?
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

CALOR
· Calor como forma de energia
Calor é uma forma de energia que se manifesta dentro de um sistema ou um
corpo, dando uma movimentação extra aos átomos e às moléculas que o
constituem. Num gás ou num líquido, o calor adicional faz com que as moléculas
se movimentem mais rapidamente; num sólido, onde os átomos circulam em volta
de pontos fixos no espaço, o calor extra aumenta a amplitude dessas vibrações. O
calor pode ser gerado de várias maneiras: pode ser produzido em reações
químicas, como, por exemplo, quando um combustível reage com o oxigênio no
ar, e por atrito. A passagem de uma corrente elétrica gera calor porque os elétrons
que levam a corrente colidem com as imperfeições no condutor e a cada colisão é
gerado calor. A energia levada por ondas eletromagnéticas, como radiação
infravermelha, é transformada em calor quando é absorvida: assim os raios do Sol
aquecem a Terra. A energia cinética das partículas emitidas por substâncias
radioativas pode ser transformada em calor quando sua velocidade é diminuída;
esse é o processo utilizado nas usinas nucleares. O calor pode ser transferido de
ponto de alta temperatura para um de baixa temperatura por condução, convecção
ou radiação. Pode transformar um sólido em líquido e evaporá-lo. Geralmente
causa uma expansão da matéria.

· Transferência de calor ( funcionamento de uma geladeira )

Em uma geladeira observa-se a formação de correntes de convecção. Na


parte superior, as camadas de ar, em contado com o congelador, cedem calor a ele
por condução. Por causa disto, o ar desta região torna-se mais denso e dirige-se
para a parte inferior da geladeira, enquanto as camadas de ar desta parte se
desloca para cima. Esta circulação de ar, causada pela convecção, faz com que a
temperatura seja aproximadamente , a mesma em todos os pontos do interior da
geladeira.

· Capacidade térmica

Fornecendo uma mesma quantidade de calor a corpos diferentes, eles, em


geral, apresentam variações diferentes em suas temperaturas. Para caracterizar
este comportamento dos corpos, define-se uma grandeza, denominada capacidade
térmica, do seguinte modo:

se um corpo recebe uma quantidade de calor DQ


e sua temperatura varia de Dt, a capacidade
térimica deste corpo é dada por
C = DQ_
Dt

Quanto maior for a capacidade térmica de um corpo, maior será a


quantidade de calor que devemos fornecer a ele para provocar uma determinada
elevação em sua temperatura e, do mesmo modo, maior será a quantidade de calor
que ele cede quando sua temperatura sofre determinada redução.
O calor é uma forma de energia e pode, portanto, ser expresso em Joules,
poderemos usar, também, como unidade de capacidade térmica, 1 J/ºC.

· Calor específico ( capacidade calorífica )

É a quantidade de energia calorífica necessária para aumentara a


temperatura de um corpo em 1ºC. Depende do material de que o corpo é
composto e de sua massa. A capacidade calorífica por unidade de massa ( 1 Kg ),
o calor específico, é tabulada para a maioria dos materiais e a capacidade
calorífica de qualquer corpo pode ser calculada multiplicando-se o valor do calor
específico pela massa do corpo.
CALORIMETRIA – É parte da Física que trata da medida do calor. Nesta aula
mediremos calor em dois fenômenos distintos: O primeiro é um fenômeno em que
fornecemos calor produzindo aumento de temperatura. O segundo é outro fenômeno
em que fornecemos calor sem que se produza mudança da temperatura.

AFINAL, O QUE É CALOR?

O calor é a energia que passa de


um corpo que está mais quente,
para um corpo que está mais frio.

EXPERIÊNCIA DOS BALDES PARA MUDAR A TEMPERATURA – Esta experiência mostra


dois baldes, onde ocorre resfriamento no da esquerda e aquecimento do balde da
direita.

Imagine um balde à esquerda contendo água a uma temperatura elevada. Imagine que
existe outro balde, à direita, contendo água fria. Espere agora um tempinho. Verá que
a temperatura do balde quente diminui e
a temperatura do balde frio aumenta até

que eles ficam com temperaturas Dois corpos estão em equilíbrio


iguais. Podemos dizer que ambos os térmico quando tem a mesma
baldes se encontram em equilíbrio térmico. temperatura.

OS CORPOS NÃO AQUECEM DA MESMA MANEIRA – Essa experiência da praia mostra


que quantidades iguais de água e areia do mar
aquecem de formas diferentes.

Marival chega cedinho à praia, estende a toalha


e toma aquele sol gostoso de início de manhã.
Entretanto, quando chega perto de meio dia, o calor está insuportável. Ele corre para a
água, para se refrescar. Isto faz
ele pensar...

Se o Sol é o mesmo para a areia e para


a água do mar, porque a areia
esquenta mais e mais rápido que a
água?

A resposta para esta pergunta


reside no alto calor especifico da
água.

O QUE É CALOR ESPECÍFICO? A


experiência mostra que – se
considerarmos massas iguais de água e
areia – a água é mais difícil de aquecer
do que a areia.

O calor específico possui uma


fórmula, sim, senhor. Nós o
calculamos através da fórmula
seguinte:

Q
c=
m.Δθ

Fique atento para o significado dos símbolos:

Q = quantidade de calor, expressa em calorias.


m = massa, geralmente expressa em gramas.
Δθ = variação de temperatura, geralmente expressa em graus celsius ou
centígrados.
c = calor específico, geralmente expresso em cal/grama.oC.

A fórmula acima geralmente é escrita da seguinte maneira, que aparece mais nos
livros:
Q = m.c.Δθ

Esta fórmula só pode ser usada em


fenômenos onde a temperatura varia.

O QUE É CALOR LATENTE? O fenômeno incrível do gelo, que ao receber calor, derrete
mas não aumenta de temperatura.

Imagine uma pedra de gelo a 0 oC. Imagine que o meio ambiente está fornecendo calor
a esta pedra de gelo. Imagine também que um termômetro cuidadosamente colocado
mede o tempo todo a temperatura do
gelo e da água que vai se formando à
medida que o gelo derrete.

Logo que o gelo derrete ou entra em


fusão, a sua temperatura ainda é a
mesma, ou seja, a fusão do gelo em água
líquida não altera a sua temperatura.

O calor fornecido é – na realidade –


usado para mudar a estrutura
cristalina do gelo e não para alterar a sua temperatura. Para cada grama de gelo que
derrete e se transforma em água líquida são necessários 80 calorias. Esta quantidade é
denominada calor latente.

Calculamos o calor latente pela


fórmula seguinte:

Q = m.L

onde a letra L representa o calor


latente, ou seja, a quantidade de
calorias necessária para derreter
1 grama de água. Na realidade, o
calor latente L é também usado
para um outro fenômeno em que a temperatura permanece constante. Chama‐se
ebulição e é a passagem tempestuosa da fase líquida para a fase de vapor, que
acontece na água a 100 oC nas condições normais de temperatura e pressão. Neste
caso chama‐se calor latente de fusão.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

CAPACITORES

DEFINIÇÕES Quando as placas do


capacitor estão carregadas
com cargas iguais e de sinais
diferentes, estabelece-se
entre as placas uma diferença
de potencial V que é
proporcional à carga.

Q = CV (5.1)

A constante de
proporcionalidade, C, é
denominada capacitância e
depende tão somente da
geometria das placas,
conforme veremos a seguir.
No sistema SI, a unidade de
capacitância é o Farad,
1 F = 1 Coulomb/Volt.

CAPACITOR DE Um capacitor de placas


PLACAS paralelas é esquematizado na
PARALELAS figura 5.1. Para todos os
efeitos práticos, e para
simplificar os cálculos, vamos
supor que as placas sejam
planos infinitos. Mesmo que
elas sejam finitas, como são
na realidade, a aproximação
Figura 5.1 de plano infinito pode ser
usada se a distância entre as
placas for muito menor do que
as suas dimensões. Podemos
resumir essa situação,
dizendo simplesmente que
efeitos de borda estão sendo
desprezados. Na figura 5.2, as
linhas de campo são traçadas
para ilustrar o que significa
Figura 5.2a desprezar efeitos de borda. A
figura 5.2(a) representa a
situação real, enquanto na
figura 5.2(b) a idealização do
plano infinito é ilustrada. Veja
que as linhas de campo são
idênticas em toda a extensão
Figura 5.2b do capacitor, porque estamos
desprezando os efeitos de
borda.
Vejamos como calcular a
capacitância, para o caso do
capacitor de placas paralelas.
Já vimos que a diferença de
potencial entre as placas
relaciona-se com o campo de
acordo com a relação V=Ed.
Por outro lado, usando a lei
de Gauss determinamos que o
campo de uma placa infinita é
dado por E = s/2e0. Portanto,
no caso de um par de placas
com cargas iguais e de sinais
contrários, o campo entre as
placas será E = s/e0.
A densidade de carga, s, é
dada por q/A, onde A é a área
da placa (não há
inconsistência, a placa é
“infinita” apenas para efeito de
cálculo, como uma
aproximação). Portanto,
E=q/Ae0, de onde se obtém q
= EAe0.
Da relação (5.1), Q = CV,
obtém-se EAe0 = CEd, ou,

C = e0A/d (5.2)

A relação (5.2) mostra que


a capacitância só depende de
uma constante universal, a
constante dielétrica no vácuo,
e0, e das dimensões do
capacitor. Esse tipo de
resultado é geral. Para
qualquer capacitor, a
capacitância só depende da
constante dielétrica do meio
entre entre as placas, e de
propriedades geométricas.
Vejamos mais dois exemplos.

CAPACITOR Vamos considerar um par


CILINDRICO de cilindros de comprimento L,
e raios a e b. O cilindro interno
está carregado com carga +q,
enquanto o externo está
carregado com carga –q. Para
calcular a capacitância,
necessitamos estabelecer a
relação entre potencial e
Figura 5.3
carga.
Da relação (4.5), temos
que

(5.3)

Com a lei de Gauss


podemos obter o campo entre
os cilindros, cujo resultado é
(5.4)

Substituindo (5.4) em (5.3),


obtém-se

Portanto, a capacitância de
um capacitor cilíndrico será

(5.5)

CAPACITOR Use um procedimento


ESFÉRICO análogo ao anterior, e mostre
que a capacitância de um
capacitor esférico é dado por

(5.6)

ASSOCIAÇÃO DE Em geral, os circuitos


CAPACITORES elétricos e eletrônicos são
constituídos de vários
componentes, associados de
diferentes maneiras. Uma
forma simples de abordar
Figura 5.4 esse tipo de problema é
considerar a associação dos
componentes de um mesmo
tipo. Veremos agora como
Capacitância tratar a associação de
equivalente capacitores.
de uma associação A associação em paralelo é
em paralelo ilustrada na Figura 5.4, para o
caso de dois capacitores. O
que caracteriza esse tipo de
associação é a igualdade de
potencial entre as placas dos
capacitores. Na ilustração, as
placas superiores estão com o
Figura 5.5 mesmo potencial, dado pelo
pólo positivo da baterial. Da
mesma forma, as placas
Capacitância
inferiores estão com o mesmo
equivalente
potencial negativo. Portanto,
de uma associação
as diferenças de potencial são
em série
iguais, i.e., V1=V2=V.
Pela equação (5.1), obtém-
se

Q1 = C1V (5.7a)
Q2 = C2V (5.7b)

A carga, Q, fornecida pela


bateria, é distribuída entre os
capacitores, na proporção de
suas capacidades. Assim,
Q=Q1+Q2. Substituindo (5.7a)
e (5.7b), tem-se

Q = (C1+C2)V

Portanto,

Ceq = C1+C2

No caso mais geral, com ‘n’


capacitores,
(5.8)

No caso da associação em
série (Figura 5.5), é fácil
concluir que são iguais as
cargas acumuladas nas
placas de todos os
capacitores. Então, se as
cargas são iguais, mas as
capacitâncias são diferentes,
então os potenciais também
serão diferentes. Portanto,

Q1 = Q2 = Q = C1V1 = C2V2

Portanto,

(5.9)

CAPACITORES A rigor, o título desta seção


COM DIELÉTRICOS pode causar alguma confusão,
porque sendo o ar, em
condições normais, dielétrico,
qualquer capacitor terá um
dielétrico entre suas placas. O
que se quer enfocar aqui é o
que acontece quando, ao
invés do ar, coloca-se outro
Figura 5.6a dielétrico entre as placas do
capacitor. Esse problema foi
abordado pela primeira vez
por Faraday, por volta de
1837. Vamos discutir duas das
suas experiências para
investigar o efeito de
diferentes dielétricos sobre o
comportamento de um
capacitor.
Na Figura 5.6(a) temos um
capacitor carregado com
carga Q. O dielétrico entre as
Figura 5.6b
placas é o ar. Um voltímetro
está sendo usado para medir
a diferença de potencial entre
as placas. Como o voltímetro
é um dispositivo com grande
resistência interna, segue-se
que o capacitor está isolado,
pelo menos para efeitos
Figura 5.7a práticos. Portanto, a carga
acumulada permanecerá
constante.
Suponha que um dielétrico
seja colocado entre as placas.
Pelo que sabemos, é fácil
concluir que a polarização
resultará num excesso de
cargas negativas na parte
Figura 5.7b superior do dielétrico, e igual
quantidade de cargas
positivas na parte inferior,
como ilustrado na Figura
5.6(b). O campo efetivo entre
as placas diminuirá,
provocando a diminuição do
potencial.
A eq. (5.1), Q=CV, implica
que a capacitância deve
aumentar, em relação à
capacitância do capacitor com
ar. Então,

C = kCar

onde k é a constante dielétrica


do material colocado entre as
placas.
Para o vácuo, k=1, e para o
ar, k=1,00054.

Nesta experiência, o
capacitor está sendo
carregado por uma bateria, de
modo que a diferença de
potencial entre as placas,
dada pela ddp da bateria, é
constante.
A introdução de um
dielétrico entre as placas
[Figura 5.7(b)] resulta na
redução da diferença de
potencial. Como a baterial
fornece uma ddp constante,
isso implica no aumento de Q.
Da eq. (5.1), conclui-se que C
deve aumentar, como no caso
da experiência anterior.

Figura 5.7c

ARMAZENANDO Como o capacitor produz um


ENERGIA NUM campo elétrico entre suas
CAMPO ELÉTRICO placas, ter acumulação de
energia num capacitor é
equivalente a ter acumulação
de energia num campo
elétrico.
Suponha que um capacitor,
com capacitância C, contenha
uma certa carga q, e suas
placas estejam a uma
diferença de potencial V. Para
transferir uma carga dq de
uma placa para outra, é
necessário realizar um
trabalho

Como já vimos,

(5.10)
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
1.Introdução

O fenômeno da corrente elétrica é algo conhecido pelo homem desde


que viu um raio no céu e não se deu conta do que era aquilo. Os efeitos de
uma descarga elétrica podem ser devastadores. Há mais de um século o
homem é capaz de gerar a energia elétrica de forma controlada e utilizável,
através de usinas hidrelétricas, termelétricas convencionais e termelétricas
nucleares e também, usinas que se aproveitam da força das marés, dos ventos
e da energia solar.
O objetivo deste trabalho é retratar o que foi proposto: o funcionamento
mecânico e o ciclo dos fluidos de uma usina térmica, ou também conhecida
como termoelétrica.

2. O Funcionamento da Usina Elétrica

2.1 Funcionamento Básico de uma Usina


Em uma usina termoelétrica, a máquina responsável pela produção de
energia elétrica se chama gerador. Trata-se de uma máquina rotativa composta
de um estator, onde estão localizadas as bobinas de fio e de um rotor elétrico
Na experiência de laboratório em que se descobriu como se pode produzir
eletricidade, a bobina é girada, enquanto o núcleo está parado. Na prática, é
mais fácil girar o rotor e manter o estator (bobinas) parado. O campo
magnético é fornecido por um ímã ou uma excitatriz que polarizará este rotor.
Dependendo de outra característica do gerador (i.e. quantos dipolos
têm), o gerador terá que girar o suficiente para produzir uma tensão elétrica
com freqüência de 60 ciclos ou Hertz, que é a freqüência adotada em todo o
sistema elétrico brasileiro. Alguns países, como Inglaterra e Japão, operam em
50 Hertz. Quanto mais dipolos menos giros por segundo para se obter 60
Hertz. Assim, se um gerador tem 4 dipolos, precisará girar a 900 rotações por
segundo para criar uma tensão de 60 Hertz, 1.800 rotações por minuto se tiver
dois dipolos.
O que produzirá esta rotação no eixo do gerador?
Acoplado ao eixo do gerador está uma turbina, que é uma máquina
projetada para suportar uma pressão mecânica e produzir um efeito
cinético.Até aqui, uma usina hidráulica e térmica e mesmo nuclear, não tem
diferença.
A diferença começa a aparecer quando determinamos que fluido irá
mover a turbina e como obteremos este fluido nas condições necessárias a
manter o conjunto turbina-gerador, ou turbogerador, na velocidade específica
que produzirá energia elétrica numa base confiável e constante e que atenda as
necessidades dos consumidores que estão ligados a este sistema elétrico.

2.2 O Gerador Elétrico


O princípio básico que se desenvolve num gerador elétrico é o seguinte:
uma bobina de fio girando, submetida a um campo magnético e com um
núcleo de ferro no seu interior ou vice-versa, fará induzir na bobina e aparecer
nas suas extremidades uma carga de elétrons.

3. A Central Termoelétrica
3.1 Tipos de Termoelétrica
-Combustão Externa: é a que o combustível não entra em contato com o
fluido de trabalho. A combustão externa é um processo usado principalmente
nas centrais termoelétricas a vapor em que o combustível aquece o fluido de
trabalho, em geral água, em uma caldeira até gerar o vapor que, ao se expandir
em uma turbina produzirá trabalho mecânico.
-Combustão Interna: é a em que a combustão se efetua sobre uma
mistura de ar e combustível. Dessa maneira, o fluido de trabalho será conjunto
de produtos de combustão. A combustão interna é o processo usado
principalmente nas turbinas a gás e nas maquinas térmicas a pistão como os
motores a diesel, por exemplo.

3.2 A Termoelétrica Convencional


Os ciclos mais desenvolvidos para geração termelétrica são: caldeira
geradora de vapor, turbogerador a vapor, motogerador com o ciclo diesel ou
com óleos pesados e turbogerador a gás natural ou com óleos leves.
O fluido que irá mover a turbina é o vapor produzido numa caldeira de
pressão. Uma caldeira vem a ser um equipamento composto de tubos d’água
em todo o seu perímetro, formando o que se chama de parede d’água. No
interior da caldeira, ladeada pelas paredes d’água, há a zona de combustão ou
fornalha, onde o combustível queimará e assim aquecerá a água no interior
dos tubos da parede d’água.
Este vapor será coletado no topo da caldeira, num equipamento
chamado tambor e através de tubulações será conduzido até a turbina. O vapor
sob alta pressão e temperatura se expandirá e movimentará as palhetas da
turbina.
4. O Ciclo das Substancias na Termoelétrica Convencional
De uma maneira geral todas as substâncias envolvidas na execução do
trabalho são o combustível, ar e água que são aquecidas antes de entrarem no
processo para que se consiga obter o mais alto grau de rendimento.
O ciclo térmico normalmente tem baixo rendimento (na faixa dos 30%)
e se caracteriza por ser fechado, trazendo o fluido de trabalho novamente ao
estado inicial. Isto porque a água numa caldeira de alta pressão tem certas
características de pureza, que são obtidas através de tratamento químico para
remoção de metais e sais presentes na água comum.
A água é transformada em vapor nos tubos d'água da caldeira, mediante
a queima de combustível que alimenta continuamente maçaricos que estão
instalados no corpo da caldeira. O vapor produzido nestes tubos é levado
através de uma tubulação até a turbina.
Este jato de vapor sobre as palhetas da turbina fará com que a mesma
gire em torno de seu eixo que está conectado ao eixo do gerador elétrico.
O vapor depois de transferir energia térmica sob forma de energia
cinética irá para o condensador.
O condensador é uma caixa provida de tubos metálicos que são
dispostos de forma transversal ao fluxo de vapor. Por estes tubos faz-se passar
água com temperatura ambiente, muito mais baixa que a temperatura do vapor
de exaustão da turbina. Ao entrar em contato com a superfície fria destes tubos
o vapor se condensará.
Este condensado de vapor ou água será bombeado para a caldeira
novamente, completando o ciclo.
Antes de atingir a caldeira, a água passará por trocadores de calor
aquecidos por vapor vindo da turbina (extrações de vapor). O mesmo se faz
com o combustível que antes de chegar aos maçaricos é aquecido em
trocadores de calor similares, o ar usado para a mistura com o combustível é
tomado da atmosfera através de ventiladores que o impelem para dentro da
caldeira, o ar passa por trocadores específicos (cestas com chapas corrugadas),
que são aquecidos pela passagem dos gases de combustão que vão para a
chaminé.

Com estes aproveitamentos de calor, melhora-se o rendimento térmico


da unidade.
Transformando-se continuamente as energias, energia química (queima
de combustível) em energia térmica (vapor) e então em energia cinética
(movimento radial do turbogerador), conseguimos produzir energia elétrica.
Ainda aqui vale realizar o comentário sobre o processo de cogeração onde se
realiza o reaproveitamento do calor usado em uma turbina a gás de modo que
esse calor retorne ao sistema acionando uma turbina a vapor, evitando que
esse calor se perca, e ele poderá ser reaproveitado, ou ser usado em outros
processos industriais.

4.1 O Ciclo do Fluido


O ciclo fundamental teórico aplicável às termoelétricas a vapor é o ciclo
de Carnot e o ciclo base para as aplicações práticas que, neste tipo de geração
termelétrica, é o ciclo de Rankine, mostrado na figura abaixo.

Se no ciclo de Rankine se considerar o superaquecimento do vapor, tem-se as


condições apresentadas na figura abaixo, onde se destiguem as seguintes
transformações:
-de 1 para 2, que corresponde ao bombeamento do liquido e, portanto,
ao consumo de energia pelo ciclo.
-de 2 para 3’, que corresponde ao fornecimento de calor ao vapor na
caldeira e no superaquecedor, calor advindo da queima do combustível
externo.
-de 3’ para 4, que corresponde ao fornecimento de energia para a
turbina que irá transforma-la em energia mecânica, acionando o gerador para
produzir energia elétrica.
-de 4 para 1, que corresponde à retirada do calor (resfriamento) e à
passagem do vapor para o líquido para reiniciar o processo.
5. Os Combustíveis
Falando agora de maneira mais geral se voltando para os combustíveis
utilizados para aquecer o fluido, geralmente água, que irá movimentar a
turbina, eles possuem uma grande diversidade.Entre esses combustíveis estão
principalmente os combustíveis fósseis como derivados do petróleo, carvão
mineral e o gás natural. Assim como os nucleares, que utilizam os elementos
radioativos. Outras se utilizam a biomassa como combustível, originário de
plantações manejadas como florestas energéticas ou o bagaço de cana. Ainda
sim pode ser encontrar usinas que usam a energia solar para aquecer o fluido.
Cada um desses combustíveis possui vantagens e desvantagens em sua
utilização, seja ela no custo ou na quantidade de poluentes que ele emite após
a sua combustão.
Os usos de combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão mineral
implicam necessariamente em grandes danos ambientais, pois emitem óxidos
de enxofre, de nitrogênio e de carbono, contribuindo para o efeito estufa,
contra partida apresentam um custo muito baixo e correspondem as principais
matrizes energéticas mundiais. Já o gás natural é menos poluente, porem tem
um alto custo inicial na instalação do gasoduto que ira conduzi-lo.
Já o uso de elementos radioativos implicam em um risco de acidente e
na alta demanda de tecnologia para o manejar e na falta de locias próprios para
depositar os seus resíduos.
6.Conclusão

Ao termino deste trabalho poder concluir que a diferença


básica de uma usina termoelétrica para uma hidrelétrica é de onde
ela retira a energia cinética para fazer girar a sua turbina. Além
disso, a usina termoelétrica possui vantagens como a de ser mais
barata que uma usina hidrelétrica e provocar menos impacto
ambiental na sua instalação e se administrada de maneira correta, de
modo que não provoque a poluição do ambiente com a emissão de
gases provenientes queima de seus combustíveis.
Além disso também se pode perceber a complexidade da
geração de energia elétrica de modo que se aqui fosse relatado tudo
relacionado ao assunto não bastariam essas poucas paginas, espero
que o trabalho tenha sido esclarecedor e tenha atendido o que foi
proposto.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
DILATAÇÃO TÉRMICA

Uma variação de temperatura pode alterar o valor das grandezas de um


corpo, tais como: a pressão de um gás, cor e um metal, a resistência elétrica de
um condutor de eletricidade, a altura de uma coluna de mercúrio, etc. (Na
construção de termômetros, essas grandezas são utilizadas como grandezas
termométricas.)
Você está iniciando agora o estudo da dilatação térmica, que trata da
alteração das dimensões de um corpo devido à variação de temperatura. Além da
construção de termômetros, a dilatação térmica permite outras inúmeras
aplicações, entre as quais podemos citar a lâmina bimetálica em pregada em
dispositivos de segurança contra incêndio e em chaves automáticas (relé
termostático) que desligam um circuito elétrico quando ocorre uma elevação
indesejável da temperatura.
Quando a temperatura se eleva, a lâmina bimetálica se encurva, devido às
dilatações que ocorrem em suas faces, constituidas por metais diferentes.
Uma outra aplicação é a rebitagem de chapas metálicas. As experiências
mostram que os orifícios das chapas aumentam quando sofrem elevação de
temperatura. Os orifícios, com diâmetro menor que dos rebites, são aquecidos e
sofrem dilatação, permitindo assim os encaixes. Quando as chapas se esfriam, os
orifícios se contraem e se prendem firmemente aos rebites.
Muitas vezes, porém, a dilatação térmica dos corpos pode causar danos. É
o que ocorre, por exemplo, quando os trilhos de uma ferrovia ficam deformados
após uma grande elevação de temperatura. Nesse caso, as juntas de dilatação
(pequenos espaços entre os trechos de um trilho) foram insuficientes.

1. DILATAÇÃO LINEAR

A figura mostra uma barra metálica, em duas temperaturas diferentes:

Verifica-se, experimentalmente, que:

A constante de proporcionalidade que transforma essa relação em uma


igualdade, é o coeficientede dilatação linear do material com o qual a peça
foi construída. Desse modo temos:
2. DILATAÇÃO SUPERFICIAL

Verifica-se, também experimentalmente, que o acréscimo na área de uma


superfície que apresenta variações de temperatura é diretamente proporcional à
sua área inicial So e à

correspondente variação de temperatura .

A constante de proporcionalidade é o coeficiente de dilatação superficial

tal que

teremos:

3. DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
Utilizando-se o mesmo raciocínio anterior e introduzindo-se o coeficiente de dilatação volumétrica ,
tal que

=3
teremos:
4. DILATAÇÃO ANÔMALA DA ÁGUA
A maioria dos líquidos se dilatam com o aumento da temperatura e se contraem
com a redução da temperatura, mas a ÁGUA constitui uma anomalia do
comportamento geral entre 0ºC e 4ºC, vejamos:
A partir de 0ºC a medida que a temperatura se eleva, a água se contrai, porém
essa contração cessa quando a temperatura é de 4ºC; a partir dessa temperatura
ela começa a se dilatar.
Sendo assim, a água atinge um volume mínimo a 4ºC e nesta temperatura a sua
densidade é máxima.

5. DILATAÇÃO DE CORPOS "OCOS"


"Corpos ocos se dilatam como se não fossem ocos."
Exemplos:
a) Um anel de aço, ao se dilatar, comporta-se como um disco de aço.

b) Um furo em uma chapa de ferro se dilata, quando aquecido, como se fosse


feito de ferro
.
c) Um cubo oco de cobre se dilata, quando aquecido, como se fosse sólido.

6. DILATAÇÃO APARENTE DOS LÍQUIDOS


"Na maioria das vezes os líquidos se dilatam muito mais do que os recipientes
que os contém."
Como conseqüência, se em uma certa temperatura o recipiente estiver
completamente cheio, ao aquecermos o conjunto haverá um derramamento de
parte do líquido contido no recipiente. Ao volume de líquido derramado damos o
nome de DILATAÇÃO APARENTE DO LÍQUIDO
CALORIMETRIA: MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
1. CALOR E MUDANÇA DE ESTADO
Toda matéria, dependendo da temperatura, pode se apresentar em três estados:
sólido, líquido e gasoso.
As possíveis mudanças de estado, quando uma substância recebe ou cede calor,
estão esquematizadas na figura abaixo:

Quando, à pressão constante, uma substância recebe (absorve) calor sensível,


sua temperatura aumenta: se o calor é latente, ocorre mudança de estado,
mantendo-se a mesma temperatura.
O gráfico ilustra a variação da temperatura de uma substância em função do calor

absorvido pela mesma.

IMPORTANTE:
1) O termo sublimação é usado para designar a mudança sólidoÛ gasoso. Alguns
autores classificam a passagem sólidoè gasoso como sublimação direta ou 1ª
sublimação, e a passagem gasosoè sólido como sublimação inversa ou 2ª
sublimação.
Na CNTP o melhor exemplo de sublimação é o da naftalina, que passa do estado
sólido diretamente para o gasoso.
2)A mudança líquido é gasoso, que chamamos vaporização, deve ser
subdividida em:
a) Evaporação: é um processo espontâneo e lento, que se verifica a uma
temperatura qualquer e depende da área de contato.
Na evaporação, quanto maior a área de contato mais rapidamente se
processa a passagem do estado líquido para o gasoso.
b) Ebulição: é um processo que se verifica a uma determinada temperatura (a
pressão tem influência sobre a temperatura, veremos posteriormente). Logo é um
processo forçado. É mais rápido que a evaporação.
c) Calefação: ocorre quando uma massa de líquido cai sobre uma superfície
aquecida a uma temperatura superior a temperatura de ebulição do líquido.
A calefação é um processo quase instantâneo. Ao observarmos gotas d’água
caírem sobre uma chapa bem quente, notamos que as gotas vaporizam
rapidamente emitindo um chiado característico.

2. CALOR LATENTE
Calor latente de mudança de estado L é a quantidade de calor, por unidade de
massa, que é necessário fornecer ou retirar de um dado corpo, a uma certa
pressão, para que ocorra a mudança de estado, sem variação de temperatura.
Matematicamente:

Da definição de calor latente resulta sua unidade de medida: cal/g , J/g, KJ/kg,
BTU/lb, etc.
A quantidade de calor envolvida na mudança de estado decorre da definição de
calor latente.

IMPORTANTE:
· À pressão constante, toda substância sofre mudança de estado a uma
determinada temperatura.
· À pressão constante, durante a mudança de estado a temperatura se
mantém constante.
· Nas mesmas condições, a quantidade de calor recebida (absorvida) ou
cedida (liberada) por uma dada substância, durante a mudança de estado,
é, em valor absoluto, igual para a unidade de sua massa.
Exemplo:
calor latente de fusão do gelo: LF = 80cal/g
calor latente de solidificação da água: LS = - 80 cal/g
O sinal (+) refere-se à quantidade de calor recebida (absorvida) pela substância, e
o sinal (-) à quantidade de calor cedida (liberada) pela mesma.

3. INFLUÊNCIA DA PRESSÃO
A pressão influi sobre as temperaturas em que ocorrem as mudanças de estado
físico.

3.1 INFLUÊNCIA NA FUSÃO


Quase todas as substâncias, ao fundirem, aumentam de volume. No entanto
existem algumas exceções, como a água, a prata, o antimônio, o bismuto,
que diminuem de volume ao fundirem.
A pressão influencia a temperatura de fusão desses dois grupos de maneira
distinta, vejamos.
Tudo o que foi dito sobre a temperatura de fusão também é válido para a
temperatura de solidificação.

3.2 INFLUÊNCIA NA EBULIÇÃO


A influência da pressão sobre a ebulição é muito mais simples que sobre a fusão,
pois a regra agora é única:
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Eletricidade

Uma das principais fontes de energia da civilização contemporânea é a energia


elétrica. O princípio físico em função do qual uma das partículas atômicas, o elétron,
apresenta uma carga que, por convenção, se considera de sinal negativo constitui o
fundamento dessa forma de energia, que tem uma infinidade de aplicações na vida
moderna.
Eletricidade é o fenômeno físico associado a cargas elétricas estáticas ou em
movimento. Seus efeitos se observam em diversos acontecimentos naturais, como nos
relâmpagos, que são faíscas elétricas de grande magnitude geradas a partir de nuvens
carregadas. Modernamente, confirmou-se que a energia elétrica permite explicar
grande quantidade de fenômenos físicos e químicos.
A constituição elétrica da matéria se fundamenta numa estrutura atômica em que cada
átomo é composto por uma série de partículas, cada uma com determinada carga
elétrica. Por isso se define carga elétrica como propriedade característica das
partículas que constituem as substâncias e que se manifesta pela presença de forças. A
carga elétrica apresenta-se somente em duas variedades, convencionalmente
denominadas positiva e negativa.
Primeiras noções. Nas civilizações antigas já eram conhecidas as propriedades
elétricas de alguns materiais. A palavra eletricidade deriva do vocábulo grego elektron
(âmbar), como conseqüência da propriedade que tem essa substância de atrair
partículas de pó ao ser atritada com fibras de lã.
O cientista inglês William Gilbert, primeiro a estudar sistematicamente a eletricidade
e o magnetismo, verificou que outros materiais, além do âmbar, adquiriam, quando
atritados, a propriedade de atrair outros corpos, e chamou a força observada de
elétrica. Atribuiu essa eletrificação à existência de um "fluido" que, depois de
removido de um corpo por fricção, deixava uma "emanação". Embora a linguagem
utilizada seja curiosa, as noções de Gilbert se aproximam dos conceitos modernos,
desde que a palavra fluido seja substituída por "carga", e emanação por "campo
elétrico".
No século XVIII, o francês Charles François de Cisternay Du Fay comprovou a
existência de dois tipos de força elétrica: uma de atração, já conhecida, e outra de
repulsão. Suas observações foram depois organizadas por Benjamin Franklin, que
atribuiu sinais - positivo e negativo - para distinguir os dois tipos de carga. Nessa
época, já haviam sido reconhecidas duas classes de materiais: isolantes e condutores.
Foi Benjamin Franklin quem demonstrou, pela primeira vez, que o relâmpago é um
fenômeno elétrico, com sua famosa experiência com uma pipa (papagaio). Ao
empinar a pipa num dia de tempestade, conseguiu obter efeitos elétricos através da
linha e percebeu, então, que o relâmpago resultava do desequilíbrio elétrico entre a
nuvem e o solo. A partir dessa experiência, Franklin produziu o primeiro pára-raios.
No final do século XVIII, importantes descobrimentos no estudo das cargas
estacionárias foram conseguidos com os trabalhos de Joseph Priestley, Lord Henry
Cavendish, Charles-Augustin de Coulomb e Siméon-Denis Poisson. Os caminhos
estavam abertos e em poucos anos os avanços dessa ciência foram espetaculares.
Em 1800, o conde Alessandro Volta inventou a pilha elétrica, ou bateria, logo
transformada por outros pesquisadores em fonte de corrente elétrica de aplicação
prática. Em 1820, André-Marie Ampère demonstrou as relações entre correntes
paralelas e, em 1831, Michael Faraday fez descobertas que levaram ao
desenvolvimento do dínamo, do motor elétrico e do transformador.
As pesquisas sobre o poder dos materiais de conduzir energia estática, iniciadas por
Cavendish em 1775, foram aprofundadas na Alemanha pelo físico Georg Simon Ohm.
Publicada em 1827, a lei de Ohm até hoje orienta o desenho de projetos elétricos.
James Clerk Maxwell encerrou um ciclo da história da eletricidade ao formular as
equações que unificam a descrição dos comportamentos elétrico e magnético da
matéria.
O aproveitamento dos novos conhecimentos na indústria e na vida cotidiana se iniciou
no fim do século XIX. Em 1873, o cientista belga Zénobe Gramme demonstrou que a
eletricidade pode ser transmitida de um ponto a outro através de cabos condutores
aéreos. Em 1879, o americano Thomas Edison inventou a lâmpada incandescente e,
dois anos depois, construiu, na cidade de Nova York, a primeira central de energia
elétrica com sistema de distribuição. A eletricidade já tinha aplicação, então, no
campo das comunicações, com o telégrafo e o telefone elétricos e, pouco a pouco, o
saber teórico acumulado foi introduzido nas fábricas e residências.
O descobrimento do elétron por Joseph John Thomson na década de 1890 pode ser
considerado o marco da passagem da ciência da eletricidade para a da eletrônica, que
proporcionou um avanço tecnológico ainda mais acelerado.
Natureza elétrica da matéria. Segundo a visão atomista do universo, todos os corpos
são constituídos por partículas elementares que formam átomos. Estes, por sua vez, se
enlaçam entre si para dar lugar às moléculas de cada substância. As partículas
elementares são o próton e o nêutron, contidos no núcleo, e o elétron, que gira ao seu
redor e descreve trajetórias conhecidas como órbitas.
A carga total do átomo é nula, ou seja, as cargas positiva e negativa se compensam
porque o átomo possui o mesmo número de prótons e elétrons - partículas com a
mesma carga, mas de sinais contrários. Os nêutrons não possuem carga elétrica.
Quando um elétron consegue vencer a força de atração do núcleo, abandona o átomo,
que fica, então, carregado positivamente. Livre, o elétron circula pelo material ou
entra na configuração de outro átomo, o qual adquire uma carga global negativa. Os
átomos que apresentam esse desequilíbrio de carga se denominam íons e se encontram
em manifestações elétricas da matéria, como a eletrólise, que é a decomposição das
substâncias por ação da corrente elétrica. A maior parte dos efeitos de condução
elétrica, porém, se deve à circulação de elétrons livres no interior dos corpos. Os
prótons dificilmente vencem as forças de coesão nucleares e, por isso, raras vezes
provocam fenômenos de natureza elétrica fora dos átomos.
De maneira geral, diante da energia elétrica, as substâncias se comportam como
condutoras ou isolantes, conforme transmitam ou não essa energia. Os corpos
condutores se constituem de átomos que perdem com facilidade seus elétrons
externos, enquanto as substâncias isolantes possuem estruturas atômicas mais fixas, o
que impede que as correntes elétricas as utilizem como veículos de transmissão.
Os metais sólidos constituem o mais claro exemplo de materiais condutores. Os
elétrons livres dos condutores metálicos se movem através dos interstícios das redes
cristalinas e assemelham-se a uma nuvem. Se o metal se encontra isolado e carregado
eletricamente, seus elétrons se distribuem de maneira uniforme sobre a superfície, de
forma que os efeitos elétricos se anulam no interior do sólido. Um material condutor
se descarrega imediatamente ao ser colocado em contato com a terra.
A eletrização de certos materiais, como o âmbar ou o vidro, se deve a sua capacidade
isolante pois, com o atrito, perdem elétrons que não são facilmente substituíveis por
aqueles que provêm de outros átomos. Por isso, esses materiais conservam a
eletrização por um período de tempo tão mais longo quanto menor for sua capacidade
de ceder elétrons.
Eletrostática. A parte da eletricidade que estuda o comportamento de cargas elétricas
estáticas no espaço é conhecida pelo nome de eletrostática. Ela desenvolveu-se
precocemente dentro da história da ciência e se baseia na observação das forças de
atração ou repulsão que aparecem entre as substâncias com carga elétrica.
Estudos quantitativos de eletrostática foram feitos separadamente por Coulomb e
Cavendish. A chamada lei de Coulomb estabelece que as forças de atração ou
repulsão entre partículas carregadas são diretamente proporcionais às quantidades de
carga dessas partículas e inversamente proporcionais ao quadrado da distância que as
separa. Determinada de forma empírica, essa lei só é válida para cargas pontuais em
repouso. Sua expressão matemática é:

Q e Q' indicam a grandeza das cargas, r é a distância entre elas e k é a constante de


proporcionalidade ou constante dielétrica, cujo valor depende do meio em que se
acham imersas as partículas elétricas. A direção das forças é paralela à linha que une
as cargas elétricas em questão. O sentido depende da natureza das cargas: se forem de
sinais contrários, se atraem; se os sinais forem iguais, se repelem. A unidade de carga
da lei de Coulomb recebe a denominação de coulomb no sistema internacional. A
força se expressa em newtons e a distância, em metros.
Campo elétrico. Com o desenvolvimento da eletricidade como ciência, a física
moderna abandonou o conceito newtoniano de força como causa dos fenômenos e
introduziu a noção de campo. A liberação das partículas passou a ser associada às
diferenças de níveis energéticos e não à ação direta de forças.
Define-se campo elétrico como uma alteração introduzida no espaço pela presença de
um corpo com carga elétrica, de modo que qualquer outra carga de prova localizada
ao redor indicará sua presença. Por meio de curvas imaginárias, conhecidas pelo nome
de linhas de campo, visualiza-se a direção da força gerada pelo corpo carregado.
As características do campo elétrico são determinadas pela distribuição de energias ao
longo do espaço afetado. Se a carga de origem do campo for positiva, uma carga
negativa introduzida nele se moverá, espontaneamente, pela aparição de uma atração
eletrostática. Pode-se imaginar o campo como um armazém de energia causadora de
possíveis movimentos. É usual medir essa energia por referência à unidade de carga,
com o que se chega à definição de potencial elétrico, cuja magnitude aumenta em
relação direta com a quantidade da carga geradora e inversa com a distância dessa
mesma carga. A unidade de potencial elétrico é o volt, equivalente a um coulomb por
metro. A diferença de potenciais elétricos entre pontos situados a diferentes distâncias
da fonte do campo origina forças de atração ou repulsão orientadas em direções
radiais dessa mesma fonte.
A intensidade do campo elétrico se define como a força que esse campo exerce sobre
uma carga contida nele. Dessa forma, se a carga de origem for positiva, as linhas de
força vão repelir a carga de prova, e ocorrerá o contrário se a carga de origem for
negativa. Diz-se, portanto, que as cargas positivas são geradoras de campos
magnéticos e as negativas, de sistemas de absorção ou sumidouros.
Dielétricos. As substâncias dielétricas (que isolam eletricidade) se distinguem das
condutoras por não possuírem cargas livres que possam mover-se através do material,
ao serem submetidas a um campo elétrico. Nos dielétricos, todos os elétrons estão
ligados e por isso o único movimento possível é um leve deslocamento das cargas
positivas e negativas em direções opostas, geralmente pequeno em comparação com
as distâncias atômicas.
Esse deslocamento, chamado polarização elétrica, atinge valores importantes em
substâncias cujas moléculas já possuam um ligeiro desequilíbrio na distribuição das
cargas. Nesse caso, se produz ainda uma orientação dessas moléculas no sentido do
campo elétrico externo e se constituem pequenos dipolos elétricos que criam um
campo característico. O campo é dito fechado quando suas linhas partem do pólo
positivo e chegam ao negativo.
O campo elétrico no interior das substâncias dielétricas contém uma parte, fornecida
pelo próprio dielétrico em forma de polarização induzida e de reorientação de suas
moléculas, que modifica o campo exterior a que está submetido. O estudo dos
dielétricos adquire grande relevância na construção de dispositivos armazenadores de
energia elétrica, também conhecidos como condensadores ou capacitores, os quais
constam basicamente de duas placas condutoras com potencial elétrico distinto, entre
as quais se intercala a substância dielétrica. Cria-se um campo elétrico entre as placas,
incrementado pela polarização do dielétrico que armazena energia. A capacidade de
armazenamento de um condensador se avalia mediante um coeficiente - conhecido
como capacitância - que depende de suas características físicas e geométricas. Essa
grandeza tem dimensões de carga por potencial elétrico e se mede comumente em
faradays (coulombs por volts).
Circuitos elétricos e forças eletromotrizes. Do estudo da eletrólise - intercâmbio
eletrônico e energético entre substâncias químicas normalmente dissolvidas -
surgiram as primeiras pilhas ou geradores de corrente, cuja aplicação em circuitos
forneceu dados fundamentais sobre as propriedades elétricas e magnéticas da matéria.
Uma carga introduzida num campo elétrico recebe energia dele e se vê impelida a
seguir a direção das linhas do campo. O movimento da carga é provocado físico
segundo o qual todo corpo alcança o equilíbrio em seu estado de energia mínima.
Portanto, a carga tende a perder a energia adquirida, ao movimentar-se para áreas
menos energéticas.
Em termos elétricos, o movimento das cargas é provocado por diferenças de potencial
elétrico no espaço, e as partículas carregadas se dirigem de zonas de maior para as de
menor potencial. Nessa propriedade se fundamentam as pilhas e, em geral, todos os
geradores de corrente, que consistem em duas placas condutoras com potenciais
diferentes. A ligação dessas duas placas, chamadas eletrodos, por um fio, produz uma
transferência de carga, isto é, uma corrente elétrica, ao longo do circuito. A grandeza
que define uma corrente elétrica é sua intensidade, que é a quantidade de cargas que
circulam através de uma seção do filamento condutor numa unidade de tempo. A
unidade de intensidade da corrente é o ampère (coulomb por segundo).
Muitos físicos, entre eles Gay-Lussac e Faraday, pesquisaram as relações existentes
entre a tensão e a corrente elétricas. Georg Simon Ohm estudou as correntes elétricas
em circuitos fechados e concluiu que as intensidades resultantes são diretamente
proporcionais à diferença de potencial fornecida pelo gerador. A constante de
proporcionalidade, denominada resistência elétrica do material e medida em ohms
(volts por ampères), depende das características físicas e geométricas do condutor.
Nesse contexto se dispõem de diferentes recursos que permitem a regulagem e
controle das grandezas elétricas. Assim, por exemplo, a ponte de Wheatstone se
emprega para determinar o valor de uma resistência não conhecida e as redes elétricas
constituem circuitos múltiplos formados por elementos geradores e condutores de
resistências distintas.
Efeitos térmicos da eletricidade. A passagem de cargas elétricas a grande velocidade
através de condutores origina uma perda parcial de energia em função do atrito. Essa
energia se desprende em forma de calor e, por isso, um condutor sofre aumento de
temperatura quando a corrente elétrica circula através dele.
James Joule calculou as perdas de uma corrente num circuito, provocadas pelo atrito.
Nesse fenômeno, denominado efeito Joule, se fundamentam algumas aplicações
interessantes da eletricidade, como as resistências das estufas. O efeito também ocorre
no filamento incandescente - fio muito fino de tungstênio ou material similar que
emite luz quando aumenta a temperatura - utilizado nas primeiras lâmpadas de Edison
e nas atuais lâmpadas elétricas.
Deve-se ao efeito Joule a baixa rentabilidade industrial do sistema de correntes
contínuas, em função das elevadas perdas que se verificam. Esse problema foi
solucionado com a criação de geradores de corrente alternada, nos quais a intensidade
elétrica varia com o tempo.
Aplicações. A principal vantagem oferecida por uma rede elétrica é a facilidade de
transporte de energia a baixo custo. Diversas formas de energia, tais como a
hidráulica e a nuclear, se transformam em elétricas mediante eletroímãs de orientação
variável que produzem correntes alternadas. Essas correntes são conduzidas com o
auxílio de cabos de alta tensão, com milhares de volts de potência.
Normalmente, a eletricidade é utilizada como fonte de energia em diversos tipos de
motores com múltiplos usos, cuja enumeração seria interminável: eletrodomésticos,
calefação, refrigeração de ar, televisão, rádio etc. Nos centros de telecomunicação, a
corrente elétrica funciona como suporte energético codificado que viaja por linhas de
condução para ser decifrado por aparelhos de telefonia, equipamentos de informática
etc.
Energia elétrica. Junto com as energias mecânica, química e térmica, a eletricidade
compõe o conjunto de modalidades energéticas de uso habitual. De fato, como
conseqüência de sua capacidade de ser transformada de forma direta em qualquer
outra energia, sua facilidade de transporte e grande alcance através das linhas de alta
tensão, a energia elétrica se converteu na fonte energética mais utilizada no século
XX.
Ainda que a pesquisa de fontes de eletricidade tenha se voltado para campos pouco
conhecidos, como o aproveitamento do movimento e da energia dos mares, as formas
mais generalizadas são a hidrelétrica, obtida pela transformação mecânica da força de
quedas d'água, e a térmica, constituída por centrais geradoras de energia alimentadas
por combustíveis minerais sólidos e líquidos.
Desde que se passou a utilizar eletricidade como fonte energética, sua produção
experimentou um crescimento vertiginoso. A importância dessa forma de energia se
pode provar pelo fato de, modernamente, os países mais industrializados duplicarem o
consumo de energia elétrica a cada dez anos. Entre os países de maior produção e
consumo em todo o mundo estão os Estados Unidos, a Rússia, o Reino Unido e a
Alemanha. Também ostentam consideráveis índices de produção os países que
dispõem de importantes recursos hídricos, como o Canadá e a Noruega.
Circuitos elétricos e eletrônicos; Eletromagnetismo; Eletrônica; Eletrotécnica;
Energia; Física
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Eletromagnetismo.
Parte da física que estuda as propriedades elétricas e magnéticas da matéria, em particular as relações
estabelecidas entre elas.

Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
Conta uma lenda grega que o pastor Magnes se surpreendeu ao ver como a bola de ferro de seu bastão era
atraída por uma pedra misteriosa, o âmbar (em grego, elektron). A história demonstra como é antigo o
interesse pelos fenômenos eletromagnéticos.
Denomina-se eletromagnetismo a disciplina científica que estuda as propriedades elétricas e magnéticas da
matéria e, em especial, as relações que se estabelecem entre elas.
Histórico. A existência de forças naturais de origem elétrica e magnética fora observada em contextos
históricos independentes, mas só na primeira metade do século XIX um grupo de pesquisadores conseguiu
unificar os dois campos de estudo e assentar os alicerces de uma nova concepção da estrutura física dos
corpos.
No final do século XVIII Charles-Augustin de Coulomb e Henry Cavendish haviam determinado as leis
empíricas que regiam o comportamento das substâncias eletricamente carregadas e o dos ímãs. Embora a
similaridade entre as características dos dois fenômenos indicasse uma possível relação entre eles, só em 1820
se obteve prova experimental dessa relação, quando o dinamarquês Hans Christian Oersted, ao aproximar
uma bússola de um fio de arame que unia os dois pólos de uma pilha elétrica, descobriu que a agulha
imantada da bússola deixava de apontar para o norte, orientando-se para uma direção perpendicular ao arame.
Pouco depois, André-Marie Ampère demonstrou que duas correntes elétricas exerciam mútua influência
quando circulavam através de fios próximos um do outro. Apesar disso, até a publicação, ao longo do século
XIX, dos trabalhos do inglês Michael Faraday e do escocês James Clerk Maxwell, o eletromagnetismo não foi
- nem começou a ser - considerado um autêntico ramo da física.
Variáveis e magnitudes. Os fenômenos eletromagnéticos são produzidos por cargas elétricas em movimento.
A carga elétrica, assim como a massa, é uma qualidade intrínseca da matéria e apresenta a particularidade de
existir em duas variedades, convencionalmente denominadas positiva e negativa. A unidade elementar da
carga é o elétron, partícula atômica de sinal negativo, embora sua magnitude não resulte em entidade
suficiente para cálculos macroscópicos normais. Como unidade usual de carga usa-se então o coulomb; o
valor da carga de um elétron equivale a 1,60 x 10-19 coulombs.
Duas cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, e quando de sinais contrários se atraem. A força destas
interações é diretamente proporcional a sua quantidade de carga e inversamente proporcional ao quadrado da
distância que as separa. Para explicar a existência dessas forças adotou-se a noção de campo elétrico criado
em torno de uma carga, de modo que a força elétrica que vai atuar sobre outra carga distanciada da primeira
corresponde ao produto da quantidade de carga desta primeira por uma grandeza chamada intensidade de
campo elétrico. A energia que este campo transmite à unidade de carga chama-se potencial elétrico e
geralmente se mede em volts.
Uma das variáveis magnéticas fundamentais é a indução magnética, intimamente relacionada com a
intensidade do campo magnético. A indução representa a força magnética exercida sobre um corpo por
unidade de carga elétrica e de velocidade. A unidade de indução magnética é o tesla, que equivale a um weber
por metro quadrado; o weber é uma medida de fluxo magnético (grandeza que reflete a densidade dos campos
magnéticos). Tanto a intensidade de campo elétrico e magnético quanto a indução magnética apresentam um
caráter vetorial e, por conseguinte, para descrevê-las adequadamente devem-se definir, para cada uma, sua
magnitude, direção e sentido.
Por correlacionar a eletricidade e o magnetismo, adquiriu função especial no campo da física a noção de
corrente elétrica, entendida como a circulação de cargas livres ao longo de um material condutor. Sua
magnitude é determinada pela intensidade da corrente, que é a quantidade de cargas elétricas livres que
circulam pelo condutor em um tempo determinado. Chama-se ampère a unidade de intensidade de corrente
resultante da passagem em um condutor de um coulomb de carga durante um segundo. Essa unidade tornou-
se a mais importante do ponto de vista eletromagnético, levando o sistema internacional de unidades a ter a
notação MKSA: metro, quilograma, segundo, ampère.
Indução eletromagnética. No decorrer do século XIX, as experiências de Örsted e Ampère demonstraram a
influência que as correntes elétricas exercem sobre os materiais imantados, enquanto Faraday e Joseph Henry
determinaram a natureza das correntes elétricas induzidas por campos magnéticos variáveis no espaço.
Os resultados de suas pesquisas, fundamento da indução eletromagnética, constituem a base do
eletromagnetismo. Outros postulados enunciam a existência de dois pólos elétricos, positivo e negativo,
independentes e separados, e de dois pólos magnéticos inseparáveis de nomes diferentes (norte e sul).
Ampère, estimulado pelas descobertas de Örsted, aprofundou-se na pesquisa das forças magnéticas
provocadas nas proximidades de uma corrente elétrica e demonstrou que esses impulsos se incrementam na
razão direta da corrente e na razão inversa da distância ao fio pelo qual ela circula. Comprovou, além disso,
que as forças induzidas estão em grande medida condicionadas pela orientação do fio condutor.
Ao aproximar-se um ímã de uma pilha elétrica observa-se uma variação em sua força eletromotriz, que é a
medida da energia fornecida a partir de cada unidade de carga elétrica nela contida. Essa alteração é
interrompida quando se imobiliza o ímã, e adquire sinal contrário quando este é afastado. Deduz-se daí que os
campos magnéticos produzem correntes elétricas em um circuito e que o sentido de seu fluxo tende a
compensar a perturbação exterior, com a indução simultânea de um campo magnético oposto ao inicial.
Analogamente, uma corrente elétrica que circula em um condutor gera um campo magnético associado que,
como efeito derivado, induz no condutor uma corrente de sentido contrário ao da inicial. Esse fenômeno é
conhecido como auto-indução, e a relação entre o campo magnético e a intensidade da corrente induzida por
ele é fornecida por um coeficiente denominado indutância, que depende das características físicas e
geométricas do material condutor. A unidade de medida de indução é o henry, definido como a grandeza
gerada entre dois circuitos dispostos de forma tal que quando num deles a intensidade varia em um ampère
por segundo seja induzida no outro uma força eletromotriz de um volt.
Interpretação do eletromagnetismo. Desde o advento das idéias inovadoras de Isaac Newton, estabeleceu-se
uma interpretação causal do universo segundo a qual todo efeito observado obedeceria a forças exercidas por
objetos situados a certa distância. Nesse contexto histórico nasceu a teoria eletromagnética, segundo a qual as
atrações e repulsões elétricas e magnéticas resultavam da ação de corpos distantes.
Era preciso, pois, encontrar a verdadeira causa final dessas forças, buscando-se uma analogia com a massa
gravitacional de Newton e, simultaneamente, explicar de forma rigorosa os mecanismos de interação
eletromagnética entre os corpos. Coube a Ampère, a partir de seus trabalhos sobre correntes elétricas, expor a
teoria da existência de partículas elétricas elementares que, ao se deslocar no interior das substâncias,
causariam também os efeitos magnéticos. No entanto, em suas experiências, ele não conseguiu encontrar
essas partículas.
Por outro lado, Faraday introduziu a noção de campo, que teve logo grande aceitação e constituiu um marco
no desenvolvimento da física moderna. Concebeu o espaço como cheio de linhas de força -- correntes
invisíveis de energia que governavam o movimento dos corpos e eram criadas pela própria presença dos
objetos. Assim, uma carga elétrica móvel produz perturbações eletromagnéticas a seu redor, de modo que
qualquer outra carga próxima detecta sua presença por meio das linhas do campo. Esse conceito foi
desenvolvido matematicamente pelo britânico James Clerk Maxwell, e a força de seus argumentos acabou
com a da idéia de forças que agiam sob controle remoto, vigente em sua época.
Os múltiplos trabalhos teóricos sobre o eletromagnetismo culminaram em 1897, quando Sir Joseph John
Thomson descobriu o elétron, cuja existência foi deduzida do desvio dos raios catódicos na presença de um
campo elétrico. A natureza do eletromagnetismo foi confirmada ao se determinar a origem das forças
magnéticas no movimento orbital dos elétrons ao redor dos núcleos dos átomos.
Ondas eletromagnéticas. O conceito de onda eletromagnética, apresentado por Maxwell em 1864 e
confirmado experimentalmente por Heinrich Hertz em 1886, é utilizado para demonstrar a natureza
eletromagnética da luz.
Quando uma carga elétrica se desloca no espaço, a ela se associam um campo elétrico e outro magnético,
interdependentes e com linhas de força perpendiculares entre si. O resultado desse conjunto é uma onda
eletromagnética que emerge da partícula e, em condições ideais - isto é, sem a intervenção de qualquer fator
de perturbação - se move a uma velocidade de 299.793km/s, em forma de radiação luminosa. A energia
transportada pela onda é proporcional à intensidade dos campos elétrico e magnético da partícula emissora e
fixa as diferentes freqüências do espectro eletromagnético.
Aplicações. A teoria eletromagnética é muito usada na construção de geradores de energia elétrica, dentre
estes destacam-se os alternadores ou geradores de corrente alternada, que propiciam maior rendimento que os
de corrente contínua por não sofrerem perdas mediante atrito. A base do alternador é o eletroímã, núcleo em
geral de ferro doce e em torno do qual se enrola um fio condutor revestido de cobertura isolante. O dispositivo
gira a grande velocidade, de modo que os pólos magnéticos mudam de sentido e induzem correntes elétricas
que se invertem a cada instante. Com isso, as cargas circulam várias vezes pela mesma seção do condutor. Os
eletroímãs também são utilizados na fabricação de elevadores e instrumentos cirúrgicos e terapêuticos. Seu
uso abrange diversos campos industriais, uma vez que os campos que geram podem mudar de direção e de
intensidade
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

ELETROSTÁTICA
1 – ELETRICIDADE – PEQUENO HISTÓRICO(*)
A seguir colocamos em ordem cronológica alguns fatos de grande importância no
desenvolvimento de teorias e conceitos sobre eletricidade.

600 a. C. Tales de Mileto – Observação de um pedaço de âmbar atrai pequenos


fragmentos de palha, quando previamente atritado.
William Gilbert – Outras substâncias além do âmbar são capazes de
1600 adquirir propriedades elétricas. Estudos sobre imãs e interpretação do
magnetismo terrestre.
1672 Otto von Guericke – Invenção da primeira máquina eletrostática.
Stephen Gray – Os metais tem a propriedade de transferir a
1729 eletricidade de um corpo a outro. Primeira caracterização de condutores e
isolantes. Experiências sobre indução elétrica.
Robert Symmer – Teoria dos Dois Fluidos: o corpo neutro tem
quantidade “normal” de fluido elétrico. Quando é esfregado uma parte do
1763 seu fluido é transferida de um corpo para outro ficando um com excesso
(carga positiva) e outro com falta (carga negativa). Fato importante: lei da
conservação da carga.
1785 Charles A. Coulomb – Experiências quantitativas sobre interação
entre cargas elétricas, com auxílio da balança de torção.
1800 Alessandro Volta – Invenção da Pilha.
1820 Hans Christian Oersted – Efeito Magnético da Corrente Elétrica.
1825 Andre Marie Ampere – Lei que governa a interação entre os imãs e
correntes elétricas.
1827 George Simon Ohm – Conceito de resistência elétrica de um fio.
Dependência entre diferença de potencial e corrente.
1831 Michael Faraday – Lei da indução eletromagnética entre circuitos.
1832 Joseph Henry – Fenômenos da auto-indução.
1834 Heinrich Friedrich Lenz – Sentido da força eletromotriz induzida.
1834 Michael Faraday – Leis da eletrólise: evidência de que íons
transportam a mesma quantidade de eletricidade proporcional a sua
valência química.
1864 James Clerk Maxwell – Teoria do Eletromagnetismo. Previsão da
existência de ondas eletromagnéticas. Natureza da luz.
1887 Heinrich Hertz – Produção de ondas eletromagnéticas em
laboratórios.
1897 Joseph John Thomson – Descoberta do elétron.
1909 Robert Milikan – Medida da carga do elétron. Quantização da carga.

2 – INTRODUÇÃO
2.1 – ESTRUTURA DA MATÉRIA – CARGA ELÉTRICA
A matéria é constituída por átomos, que são estruturados basicamente a partir de três
partículas elementares: o elétron, o próton e o nêutron (é importante ressaltar que essas
não são as únicas partículas existentes no átomo, mas para o nosso propósito
elas são suficientes). Em cada átomo há uma parte central muito densa, o núcleo, onde
estão os prótons e os nêutrons. Os elétrons, num modelo simplificado, podem ser
imaginados descrevendo órbitas elípticas em torno do núcleo (fig. 1), como planetas
descrevendo órbitas em torno do Sol. Essa região periférica do átomo é chamada de
eletrosfera.

Figura 1

Experimentalmente provou-se que, quando em presença, prótons repele prótons, elétrons


repele elétrons, ao passo que próton e elétron atraem-se mutuamente. O nêutron não
manifesta nenhuma atração ou repulsão, qualquer que seja a partícula da qual se aproxima.
Na figura 2 procuramos esquematizar essas ações.

Figura 2

Dessas experiências é possível concluir que prótons e elétrons apresentam uma


propriedade, não manifestada pelos nêutrons, denominada carga elétrica. Convenciona-se:

Carga elétrica positiva (+) ⇒ próton


Carga elétrica negativa (–) ⇒ elétron

Verifica-se que, quando um átomo apresenta um número de prótons igual ao número de


elétrons, o átomo é eletricamente neutro. Se o átomo perder um ou mais elétrons, o número
de prótons no núcleo passa a predominar e o átomo passa a manifestar propriedades
elétricas, tornando-se um íon positivo. Se o átomo receber elétrons, ele passará a manifestar
um comportamento elétrico oposto ao anterior e tornar-se-á um íon negativo.

Portanto, um corpo estará eletrizado quando o número total de


prótons for diferente do número total de elétrons.

IMPORTANTE:

) NP < NE → corpo eletrizado negativamente

) NP > NE → corpo eletrizado positivamente

) NP = NE → corpo neutro

) PRINCÍPIO BÁSICO DAS AÇÕES ELÉTRICAS estabelece que:


“corpos com cargas de mesmo sinal repelem-se e corpos com
cargas de sinais contrários atraem-se”.

OBS: Ne é o número de elétrons e NP o número de prótons.

UNIDADE DE CARGA ELÉTRICA (Q)

UNIDADE NO SI:

Q → carga elétrica ⇒ Coulomb (C)

CARGA ELEMENTAR (e)

A carga elétrica do elétron é chamada de carga elementar, em módulo, o seu valor é igual a
carga elétrica do próton. Através de experiências, foi possível determinar seu valor:
e = 1,6 x 10-19 C

Tendo em vista que a eletrização de um corpo se deve a falta ou excesso de elétrons,


podemos escrever que a carga elétrica de um corpo é calculada da seguinte forma:

Q = ± n .e

UNIDADES NO SI:
Q → carga elétrica ⇒ Coulomb (C)
n → número de elétrons em excesso (-) ou em falta (+)
e → carga elementar ⇒ Coulomb (C)
3 – Processos de Eletrização
3.1 – ELETRIZAÇÃO POR ATRITO
Duas substâncias de naturezas diferentes, quando atritadas, eletrizam-se com igual
quantidade de cargas em valor absoluto e de sinais contrários.
Se atritarmos vidro com seda, elétrons migrarão do vidro para seda, portanto o vidro ficará
eletrizado positivamente e a seda negativamente.

3.2 – ELETRIZAÇÃO POR CONTATO


Quando um corpo neutro é posto em contato com um corpo eletrizado, eletriza-se com
carga do mesmo sinal.
Após o
Antes do
Contato Contato
Contato

Corpo Corpo Corpo


Positivo Transferênc
Positivo Positivo
ia de
Figura 3

3.3 – ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO


Quando um corpo neutro é colocado próximo de um corpo eletrizado, sem que exista
contato, o corpo neutro tem parte das cargas elétricas separadas (indução eletrostática),
podendo ser eletrizado.

Ao atritarmos um pente e aproximamos o mesmo


de um filete de água, a água será atraída pelo
pente por indução.

Figura 4

O processo de indução, simplesmente, não eletriza um corpo. O que ocorre é um rearranjo


no posicionamento das cargas.
Após a
Antes da Na Indução
Indução
Indução
Indutor
Figura 5

Podemos,
Corpo dentro deste procedimento, fazer uma ligaçãoCorpo
Corpo Neutro a terra do corpoCorpo
induzido
Neutro e
Positivo
eletrizá-lo. Induzido

Ligando o corpo Induzido à terra, teremos, neste Como o corpo estava neutro, bastava
caso, o deslocamento de elétrons da terra para o um único elétron que ele ficaria

Figura 6

OBS: Caso a região ligada à terra seja negativa, haverá


deslocamento de elétrons do corpo para terra, fazendo com que o
corpo fique positivo.

3.4 – ELETROSCÓPIOS
Para constatar se um corpo está ou não eletrizado, utilizamos dispositivos denominados
eletroscópios. Existem os eletroscópios de folhas e o de pêndulo.

O eletroscópio de pêndulo é baseado no processo de


indução para detectar se um corpo está ou não
eletrizado. Ele possui um fio isolante amarrado a uma
esfera metálica.

Figura 7

O eletroscópio de folhas também se utiliza do


processo de indução para detectar se um corpo
está ou não eletrizado. Caso seja aproximado
um corpo eletrizado positivamente da esfera
condutora, as cargas negativas serão atraídas
para a esfera, já as cargas positivas se
acumularão nas lâminas metálicas que irão
abrir, devido a repulsão de cargas iguais.

Figura 8

3.5 – PRINCÍPIO DE CONSERVAÇÃO DA CARGA


Num sistema eletricamente isolado a carga elétrica total permanece constante.

Q A + Q B = Q 'A + Q 'B

Figura 9

IMPORTANTE:
Um corpo eletrizado, cuja dimensão é desprezível em relação às distâncias
que o separam de outros corpos, será chamado de carga puntiforme.

EXERCÍCIOS

1> Quantos elétrons devemos colocar num corpo neutro para que o mesmo fique eletrizado
com –1,0 C de carga ?

2> Quatro esferas metálicas idênticas estão isoladas uma das outras; X, Y e Z estão neutras
enquanto W está eletrizada com carga Q. Indicar a carga final de W se ela for colocada
em contato:
(a) sucessivo com X, Y e Z;
(b) simultâneo com X, Y e Z.
3> Um bastão de vidro, eletrizado positivamente, é aproximado de uma esfera condutora,
sem tocá-la. Verifica-se que o bastão atrai a esfera. O que se pode afirmar sobre a carga
elétrica da esfera?

4 – Lei de Coulomb
No fim do século XVIII, o físico francês Charles Augustin Coulomb realizou uma série de
experiências que permitiram medir o valor da força eletrostática que age sobre uma carga
elétrica puntiforme, colocada uma em presença de uma outra.
Para duas cargas puntiformes q e Q, separadas por uma distância d, Coulomb concluiu:

• A intensidade da foça elétrica é diretamente proporcional ao produto das cargas e


inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.

Podemos então escrever:


Qq
F=k
d2

A constante k mostra a influência do meio onde a experiência é realizada. No vácuo,


utilizando as unidades do SI seu valor será: k = 9 . 109 N.m2/C2.

UNIDADES NO SI:

Q e q → carga elétrica ⇒ Coulomb (C)


d → distância entre as duas cargas ⇒ metro (m)
k → constante eletrostática ⇒ N. m2/C2

DIREÇÃO E SENTIDO:

Direção → Coincidente com a direção da reta que une as cargas.


Sentido → depende dos sinais das cargas; casos as cargas possuam
sinais iguais, teríamos:
EXERCÍCIOS
4> Duas cargas puntiformes q1 = 2 μC e q2 = - 4μC estão separadas por uma distância de 3
cm, no vácuo. Qual a intensidade da força elétrica que atua nessas cargas ?

5> Sabendo que as cargas A e B possuem valores respectivamente iguais a - 10 μC, 9 μC,
determine a força elétrica e sua natureza (atrativa ou repulsiva) na situação dada abaixo:

A B
3 cm
6> Duas cargas puntiformes Q1 e Q2, separadas por uma distância d, repelem-se com uma
força de intensidade F; se as cargas forem alteradas para 4.Q1 e 3.Q2 e a distância entre
elas for quadruplicada, qual será a nova intensidade da força de repulsão entre as cargas
?

7> Na figura dada a seguir, temos que q = 10-4 C e as cargas extremas são fixas nos pontos
A e C. Determine a intensidade da força resultante sobre a carga – q, fixa em B.

8> Duas cargas puntiformes Q1 = 6 μC e Q2 = - 8 μC encontram-se fixadas nos pontos A e


B como mostra a figura abaixo.

Determinar a intensidade da força resultante que atua sobre uma carga Q3 = 1 μC colocada
no ponto C. Considere o meio como sendo o vácuo.

5 – Campo Elétrico

5.1 – ANALOGIA DO CAMPO ELÉTRICO COM O CAMPO


GRAVITACIONAL
Para entendermos o conceito de campo elétrico façamos uma analogia com o campo
gravitacional.
Sabemos que a Terra cria um campo gravitacional em torno de si e cada ponto desse
campo existe um vetor campo gravitacional g. Assim um corpo colocado num ponto desse
campo fica sujeito a uma força de atração gravitacional chamada Peso.
m
ρ
P

Figura 10

Com as cargas elétricas o fenômeno é semelhante, um corpo eletrizado cria em torno de si


um campo elétrico. Cada ponto desse campo é caracterizado por um vetor campo elétrico E.
Qualquer carga colocada num desses pontos ficará submetida a uma foça elétrica. A grande
diferença aqui é que a força poderá ser de atração ou repulsão.

Figura 11

Para determinarmos o módulo do vetor campo elétrico podemos recorrer a analogia feita
anteriormente com o campo gravitacional. Sabemos que a aceleração da gravidade local
pode ser calculada como sendo a razão do Peso e da massa de um corpo colocado na região
do campo gravitacional.

P
g=
m
Portanto o campo elétrico de uma carga de prova q colocada em um ponto desse mesmo
campo será dado pela razão da Força sobre ela (natureza elétrica) e o valor dessa carga.
F
E=
q

DIREÇÃO E SENTIDO:

Direção → É a mesma direção da Força Elétrica.


Sentido → se q > 0, o sentido é o mesmo da força;
se q < 0, o sentido é o contrário da força.

UNIDADES NO SI:
q→ carga elétrica ⇒ Coulomb (C)
F → Força Elétrica ⇒ Newton (N)
E → Campo Elétrico ⇒ Newton/Coulomb (N/C)

EXERCÍCIOS

9> Uma carga q = -2 μC é colocada num ponto A de um campo elétrico, ficando sujeita à
ação de uma força de direção horizontal, sentido para a direita, e de módulo F = 8 . 10-3
N. Determine as características do vetor campo elétrico nesse ponto A.

10> Uma partícula de massa m = 2,0 g e carga elétrica q = 5,0 C está em equilíbrio estático,
sujeita simultaneamente a ação de um campo elétrico vertical e ao campo gravitacional
terrestre (g = 10 m/s2). Determinar as características do vetor campo elétrico no ponto
onde se encontra essa partícula.

5.2 – CAMPO ELÉTRICO GERADO POR UMA CARGA PUNTIFORME


Consideremos uma carga puntiforme Q. Colocamos uma carga de prova q a uma distância
d da carga geradora Q. Imaginando que as duas cargas são positivas, termos a situação que
se segue:

Figura 12

Partindo da definição de campo E=


F
elétrico, temos: q

Pela Lei de Coulomb, sabemos Q.q


F=k
que: d2
Substituindo a lei de Coulomb na k
Q.q
definição de Campo, temos: d2
E=
q

Q
Simplificando, fica: E=k
d2

IMPORTANTE:

Como conseqüência, do que vimos acima, podemos concluir que o campo


elétrico no ponto estudado não depende da carga de prova e sim da carga
que gera o campo.

5.3 – CAMPO ELÉTRICO GERADO POR VÁRIAS CARGAS


PUNTIFORMES.

Caso tenhamos mais do que uma carga puntiforme gerando campo elétrico, como na figura
abaixo, o campo elétrico resultante será dado pela soma vetorial dos vetores campos
elétricos produzidos por cada uma das cargas.

Q1

ρ ρ ρ ρ
E = E 1 + E 2 + ... + E n
Q2 Qn

Figura 13

5.4 – CAMPO ELÉTRICO UNIFORME.


Um campo elétrico é chamado uniforme quando o vetor campo elétrico for o mesmo em
todos os pontos desse campo. Este tipo de campo pode ser obtido através da eletrização de
uma superfície plana, infinitamente grande e com uma distribuição homogênea de cargas.
Figura 14

EXERCÍCIOS

11> Determinar a intensidade do campo elétrico gerado por uma carga puntiforme Q=
4,0 μC, num ponto situado a 3,0 cm, admitindo que o meio seja o vácuo.

12> A intensidade do campo elétrico gerado por uma carga Q, puntiforme num ponto P, a
uma distância d, é igual a E; qual a nova intensidade do campo elétrico gerado por uma
carga 3 Q num ponto situado a uma distância igual 4 d ?

13> Duas cargas puntiformes Q1 = 2,0 μC e Q2 = -2,0 μC estão fixas em dois vértices de
um triângulo equilátero de lado l = 6,0 cm. Determinar as características do vetor
campo elétrico resultante no terceiro vértice.

14> Duas cargas puntiformes, Q1 = 4 μC e Q2 = 9 μC, estão separadas por uma distância de
15 cm; em que ponto da reta que une essas cargas o campo elétrico resultante é nulo ?

15> Determine a intensidade, a direção e o sentido do


vetor campo elétrico resultante no ponto P, criado
pelas cargas elétricas. Considere Q = 3μC, d = 2 cm.

5.5 – LINHAS DE FORÇA.


Quando quisermos visualizar a distribuição de um campo elétrico através do espaço, nós o
faremos através do contorno das suas linhas de força que, por definição, são linhas
imaginárias construídas de tal forma que o vetor campo elétrico seja tangente a elas em
cada ponto. As linhas de força são sempre orientadas no mesmo sentido do campo.
Figura 15
No caso de um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme isolada, as linhas de força
serão semi-retas.
Caso a carga geradora seja puntiforme e positiva, teremos:

Figura 16

Se a carga geradora for negativa:

Figura 17

A seguir você tem o aspecto do campo elétrico resultante, gerado por duas cargas
puntiformes iguais e positivas.

Figura 18

EXERCÍCIOS

16> Uma carga elétrica puntiforme q = 1μC, de massa m = 10-6 kg é abandonada do


repouso num ponto A de um campo elétrico uniforme de intensidade E = 105 N/C,
conforme a figura.
Determinar:
(a) a intensidade da força que atua em q;
(b) o módulo da aceleração adquirida por q;
(c) a velocidade de q ao passar por B, situado a 0,2 m do ponto A.

6 – Trabalho Realizado pelo Campo Elétrico

6.1 – INTRODUÇÃO

Consideremos uma carga de prova q colocada


num ponto A de um campo elétrico; sob ação da
força elétrica, essa carga irá se deslocar até um
ponto B desse campo.

O campo elétrico irá realizar sobre esta carga um trabalho τAB. Uma propriedade importante
do campo elétrico é que ele é conservativo, ou seja, o valor do trabalho realizado independe
da trajetória.

6.2 – POTENCIAL ELÉTRICO E TENSÃO ELÉTRICA


Uma carga elétrica q, ao ser colocada num ponto A de um campo elétrico, adquire uma
certa quantidade de energia potencial elétrica EP. Definimos o potencial elétrico do ponto A
através da relação:

EP
VA =
q

Essa relação não depende da carga q utilizada, pois se mudarmos a carga q mudaremos
EP
também o valor da EP, mas a relação , permanecerá constante.
q

UNIDADES NO SI:
q→ carga elétrica ⇒ Coulomb (C)
EP → Energia Potencial ⇒ Joule (J)
V → Potencial Elétrico ⇒ Joule/Coulomb (J/C) ou Volt (V)

Se considerarmos dois pontos A e B de um campo elétrico, sendo VA e VB os seus


potenciais elétricos, definimos tensão elétrica ou diferença de potencial, ddp, entre os
pontos A e B, através da expressão:

U AB = VA − VB

IMPORTANTE:
Observe ainda que as grandezas trabalho, energia potencial, potencial
elétrico e tensão elétrica são grandezas escalares e por este motivo,
deveremos trabalhar com os sinais + e – das grandezas envolvidas na
resolução dos exercícios.

EXERCÍCIOS

17> Uma carga de prova q = 2 μC adquire uma certa quantidade de energia potencial
elétrica 2 . 10-4 J ao ser colocada num ponto A de um campo elétrico; ao ser colocada
em outro ponto B, adquire 3 . 10-4 J. Determinar:
(a) os potenciais elétricos dos pontos A e B;
(b) a diferença de potencial entre os pontos A e B.

6.3 – ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA DE UM PAR DE CARGAS


PUNTIFORMES
Seja Q e q duas cargas elétricas puntiformes, separadas por uma distância d, sendo q fixa.

Figura 19

Se quisermos determinar o valor da energia potencial elétrica adquirida pela carga q ao ser
colocada no ponto A, temos que calcular o trabalho realizado pelo o campo elétrico ao
transportar a carga q do ponto A até o nível de referência.

Q.q
EP = k
d

Observamos que se as cargas Q e q tiverem o mesmo sinal, a energia potencial do sistema


será positiva e caso tenham sinais opostos a energia será negativa.
6.4 – POTENCIAL ELÉTRICO DEVIDO A VÁRIAS CARGAS
PUNTIFORMES
Para determinarmos o potencial elétrico num ponto A de um campo elétrico gerado por
uma carga puntiforme Q, coloquemos neste ponto uma carga de prova q.

Figura 20

Partindo da definição de EP
VA =
Potencial Elétrico, temos: q

Sabemos que a energia EP = k


Q.q
potencial é: d

Substituindo a expressão de k
Q.q
energia potencial na expressão VA = d
de Potencial Elétrico: q

Q
Simplificando, fica: VA = k
d

Se tivermos uma situação na qual existem várias cargas puntiformes, o potencial num ponto
P desta região será dado pela soma algébrica dos potenciais devido a cada uma dessas
cargas.
Figura 21

VP = V1 + V2 + V3 + ... + Vn

Q1 ( −Q 2 ) ( −Q 3 ) Q
VP = k +k +k + ... + k n
d1 d2 d3 dn

EXERCÍCIOS

18> Qual o valor do potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme Q = 6μC, situada
no vácuo, num ponto A a 20 cm da mesma ?

19> Duas cargas puntiformes Q1 = 4 μC e Q2 = - 8μC estão separadas por uma distância d
= 50 cm. Determinar:
(a) o potencial elétrico resultante num ponto A, situado na reta que une as cargas e a 20 cm
de Q1;
(b) o valor da energia potencial elétrica das cargas.

6.5 – RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E TENSÃO ELÉTRICA


Consideremos uma carga q, deslocada de um ponto A até outro ponto B de um campo
elétrico, e sejam VA e VB os valores dos potenciais elétricos nesses pontos.

Figura 22

O trabalho realizado pelo campo elétrico nesse deslocamento é igual à diferença entre a
energia potencial armazenada pela carga nos pontos A e B:

τ AB = E PA − E PB
EP
Lembrando que V = ou E P = q.V , resulta:
q

τ AB = q.VA − q.VB

τ AB = q.(VA − VB )

Esta expressão nos dá o valor do trabalho realizado pelo campo elétrico quando uma carga
elétrica q se desloca no seu interior.

EXERCÍCIOS

20> Uma pequena partícula de massa m = 30 mg, eletriza-se com carga q = 1μC, é
abandonada a partir do repouso num ponto A situado a uma distância de 2 m de uma
carga puntiforme Q = 4μC, situada no vácuo e fixa. Com que velocidade a carga q irá
passar por um ponto B situado a uma distância de 3 m da carga Q ?

6.6 – TRABALHO DE UM CAMPO ELÉTRICO UNIFORME


Seja q uma carga de prova que se desloca de um ponto A para um ponto B, no interior de
um campo elétrico uniforme; para calcularmos o trabalho realizado pelo campo neste
deslocamento vamos escolher uma trajetória retilínea, uma vez que o trabalho não depende
da trajetória.

Figura 23

Sendo F constante, o trabalho do campo elétrico pode ser obtido a partir da expressão:

τ AB = F.AB. cos θ ,
onde F = q . E e AB . cos θ = d;
substituindo:
τ AB = q.E.d

É importante reconhecer que o valor da distância d nessa expressão não corresponde,


necessariamente, à distância entre os pontos A e B, mas corresponde à distância entre dois
planos perpendiculares às linhas de força contendo os pontos A e B.
Como conseqüência dessa expressão, podemos estabelecer uma relação entre a tensão
elétrica existente entre os pontos A e B e a intensidade do campo elétrico E, na forma que
se segue.
τ AB = q.(VA − VB ) => τ AB = q.U AB

Mas como vimos no caso de campo elétrico uniforme, o valor do trabalho é dado por:

τ AB = q.E.d

Igualando as duas expressões, resulta:


q.U AB = q.E.d => U AB = E.d

EXERCÍCIOS

21> Uma carga q = 4 μC, de massa m = 20 g, é abandonada em repouso num ponto A de


um campo elétrico uniforme de intensidade E = 4 . 103 V/m; conforme mostra a figura a
seguir.

Determinar:
(a) o trabalho realizado pelo campo elétrico no deslocamento AB;
(b) a diferença de potencial entre os pontos A e B;
(c) a velocidade da partícula ao atingir o ponto B; despreze as ações gravitacionais

6.7 – SUPERFÍCIES EQÜIPOTENCIAIS


Chamamos de superfície eqüipotencial ao conjunto de pontos do espaço, tais que todos eles
apresentem o mesmo potencial elétrico.

Vejamos os exemplos a seguir:


Figura 24

As superfícies eqüipotenciais de uma carga puntiforme são esféricas.

V1 > V2 > V3 >

Figura 25

Num campo uniforme, as superfícies eqüipotenciais são planos paralelos entre si.

IMPORTANTE:

• AS LINHAS DE FORÇA DE UM CAMPO ELÉTRICO SÃO PERPENDICULARES


ÀS SUPERFÍCIES EQÜIPOTENCIAIS;

• QUANDO CAMINHAMOS NO MESMO SENTIDO DAS LINHAS DE FORÇA, O


POTENCIAL ELÉTRICO DIMINUI.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Energia nuclear
A Energia Nuclear processa-se ao nível das partículas mais pequenas
que conhecemos, as partículas subatômicas. Por este motivo torna-se muito
peculiar controlá-la, especialmente quando esta se envolve com o Meio
Ambiente. Para observarmos uma verdadeira manifestação de Energia
Nuclear, basta olharmos para o Sol.
Embora seja considerada indispensável dadas as necessidades
energéticas que o nosso planeta comporta, a utilização de substâncias
radioativas deve ser objeto de grande precaução. Vários acidentes ocorridos
no passado mostraram a força destrutiva deste tipo de recurso energético.
A Radioatividade é um fenômeno da Natureza, tão comum como a
eletricidade. A sua existência provém desde o início do Universo e pelo
fato da sua descoberta ser recente, esquecemo-nos muitas vezes da sua
importância mesmo antes do surgimento do 1º ser vivo na Terra.
Se não existissem fenômenos radioativos, não existiriam certamente
seres vivos, pois não haveria Sol nem nenhuma estrela. A radioatividade é
uma força da Natureza com a qual o homem tem de aprender a lidar.
Desde 1898 quando o físico francês Antoine Henri Becquerel
descobriu que o elemento urânio sensibilizava as chapas fotográficas
mesmo através de vidro ou de folhas de papel pretas, a curiosidade do
Homem não cessou mais de investigar esta força invisível até então
desconhecida.
À medida que outros elementos foram adicionados à tabela periódica
como tendo propriedades radioativas, investigados por cientistas entre os
quais se destacam Marie e Pierre Curie, André Debierne, Ernest
Rutherford e Frederick Soddy, a radioatividade rapidamente se tornou
conhecida como a fonte de energia mais concentrada de todas.
Os Curie descobriram, por exemplo, que apenas 1Kg do elemento
rádio fornece cerca de 4,18KJ em apenas 1h do seu processo de
desintegração.
Todas as descobertas científicas são inofensivas e benéficas até ao
momento em que saem dos laboratórios e entram na utilização prática. No
caso da energia nuclear as primeiras aplicações tiveram lugar na guerra
(armas nucleares) e na produção de energia elétrica. Em cada um destes
casos, a energia nuclear já deu provas bem visíveis do outro lado da moeda:
a morte de milhares de pessoas e a geração de mutações em outras
tantas, que vivem hoje numa situação difícil de imaginar.
A energia nuclear é, como a eletricidade, uma força da Natureza.
Não podemos excluir as outras formas de energia das causas de morte e
origem de mutações no corpo humano. Choques elétricos matam e viver
por baixo de um cabo de alta tensão pode causar sérias perturbações a nível
celular. Apenas nenhuma outra força é tão difícil de controlar nem de ação
tão irreversível como a força nuclear.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Energia

A energia constitui o substrato básico do universo e de todos os processos de


transformação, propagação e interação que nele ocorrem.
Energia é a capacidade que possuem os corpos e sistemas de realizar trabalho.
Essa propriedade se evidencia de diversas formas que se podem transformar e se inter-
relacionar.Um trabalho realizado em um corpo ou sistema de corpos gera um aumento
de sua energia. Assim, quando se curva um arco ou se comprime uma mola, armazena-
se nesses objetos energia em forma elástica, que se manifesta quando a flecha é
disparada ou a mola se distende. Nesse processo se produz apenas cessão de energia
entre os componentes do sistema, de modo que o saldo geral é nulo. Esse fenômeno,
conhecido como princípio da conservação da energia, se traduz na máxima de que a
energia não se cria nem se perde, mas simplesmente sofre transformações, passando de
um estado para outro. Tal princípio constituiu um dos axiomas da física, até ser
superado pelas teorias relativistas de Albert Einstein.

Transformação da energia: No fim do século XVII, Isaac Newton lançou


as bases de um novo conceito da física e propôs a noção de força como um agente capaz
de alterar o equilíbrio dinâmico ou estático dos corpos. Entretanto, seus sucessores
substituíram as forças pelas energias a elas associadas como as causas fundamentais dos
fenômenos físicos. Segundo tais princípios, as trocas de energia entre os diferentes
sistemas são responsáveis por esses fenômenos e se manifestam em diversas formas
conversíveis entre si.
Um sistema ideal que não sofresse perdas constituiria um moto contínuo, ideal
perseguido durante séculos, já que sua energia geraria um trabalho permanente. Na
realidade, tais sistemas não existem, e as perdas de energia se traduzem em emissão de
calor. Por isso considera-se que o calor é a forma mais degradada de energia, a qual, por
não ser recuperável para o sistema, não é também transformável.
O século XX assistiu ao nascimento de uma nova teoria, que determinou a
modificação substancial do conceito de energia e de suas relações de troca com os
corpos. A relatividade física, defendida por Einstein, considera a energia e a massa
como diferentes manifestações de uma única propriedade, o que altera o tradicional
princípio da conservação. Segundo a teoria, a energia pode passar a outros estados e até
mesmo converter-se em massa e vice-versa. Experimentos científicos comprovaram, nas
altíssimas temperaturas alcançadas durante as reações nucleares, o fenômeno de
transformação de massa em energia pura, embora tenha sido impossível provocar a
conversão em sentido inverso. Quando o problema analisado não inclui processos
nucleares pode-se aceitar o princípio da conservação, que considera o calor o único
meio de perda energética em um sistema isolado.

Formas de energia: Energia cinética é a derivada do movimento das


partículas materiais, enquanto energia potencial é aquela que os corpos possuem em
virtude de suas posições ou configurações. Um martelo, por exemplo, utiliza a energia
cinética para vencer as forças de atrito que se opõem à penetração do prego. Por sua
vez, as quedas d'água transformam em energia elétrica a diferença de energia potencial,
decorrente das diferentes alturas ou distâncias em relação ao centro da Terra.
Tradicionalmente, distingue-se a energia cinética de translação, provocada pela
velocidade linear dos corpos, da energia de rotação dos sólidos em torno de um eixo. Do
mesmo modo, a energia potencial pode ser de natureza gravitacional, elástica,
magnética, elétrica, química etc.
A comparação entre todos esses tipos de energia baseia-se no trabalho mecânico
consumido na produção de cada uma delas. A física experimental demonstrou que a
uma dada variação na quantidade de energia corresponde sempre o mesmo trabalho,
definido como seu equivalente mecânico.
Interpretações da energia. No passado, a energia foi considerada, do ponto de vista
físico, como um fluido intrinsecamente presente nos diferentes corpos. A interpretação
dada aos fenômenos físicos pelos cientistas dos séculos XVII e XVIII, que os atribuíam
a forças que agiam a distância, reduziu o papel das manifestações energéticas a meras
conseqüências de tais forças, observadas em forma de trabalho mecânico ou de calor.
O progresso no estudo do eletromagnetismo, ocorrido principalmente no século
XIX, provocou uma primeira mudança a respeito dos conceitos de energia. A noção de
campo, proposta por Michael Faraday, segundo a qual os movimentos de correntes
elétricas, ou cargas, eram produzidos não por forças, e sim por perturbações e
curvaturas energéticas do espaço, fez renascer a idéia de fluido de energia. Mais uma
vez, as trocas energéticas se convertiam, aos olhos da ciência, em responsáveis pelos
fenômenos físicos, muito embora localizadas no espaço, independentemente dos corpos
que o povoassem.
A crescente abstração dos postulados científicos atingiu um ponto crítico com a
aparição das teorias quânticas, no início do século XX. Segundo elas, do ponto de vista
atômico as trocas de energia são produzidas pelos movimentos dos elétrons ou cargas
elétricas elementares entre os distintos níveis da estrutura do átomo, de modo que tais
movimentos provocam uma absorção ou emissão de energia, quantificada e múltipla da
chamada constante de Planck. Os quanta associados a esses saltos eletrônicos recebem
o nome de fótons e constituem a unidade elementar da energia. A emissão de fótons
produz uma onda eletromagnética que, de acordo com a energia associada, constitui a
radiação luminosa, os raios X, gama, infravermelhos etc.
Não obstante, a adoção desses conceitos quânticos não exclui o emprego de
interpretações e unidades macroscópicas de energia. Assim, para a solução de
problemas físicos tradicionais utilizam-se indistintamente duas unidades, o joule e a
caloria.
A unidade internacional de energia é o joule (J), equivalente ao trabalho
realizado por uma força de um newton que desloca seu ponto de aplicação em um
metro. (O newton é a unidade de força que imprimiria à massa de um quilograma a
aceleração de um metro por segundo ao quadrado) Por outro lado a caloria se definiu,
inicialmente, como unidade de calor e representa a quantidade necessária de energia
desse tipo necessária para elevar a temperatura de um grama de água de 14,5o C a 15,5o
C em pressão atmosférica normal. O equivalente matemático de uma caloria é 4,18
joules. Outras unidades energéticas, como o cavalo-vapor e o kilowatt/hora, são
múltiplos dessas unidades.

Equilíbrio dos sistemas físicos: Os problemas físicos macroscópicos


podem ser sempre analisados segundo um princípio geral e simples: um corpo ou um
conjunto de partículas evolui, sempre que não esteja submetido a perturbações externas,
para seu estado de energia mínima, que, uma vez alcançado, tende a se conservar. Esse
princípio, de certa forma aparentado com a lei da inércia de Galileu e Newton, resume
com relativa exatidão o comportamento dos sistemas físicos.
A termodinâmica, por meio da disciplina associada conhecida como física
estatística, estabeleceu uma importante relação entre energia e ordem. As sucessivas
transformações de certas formas de energia em outras são retardadas quando a
distribuição dos átomos e moléculas dentro dos materiais em questão não é uniforme.
Dessa forma, a desordem origina perdas energéticas, traduzidas em calor ou em maior
desordem, que são medidas por uma interessante grandeza física conhecida por
entropia. Os princípios da termodinâmica postulam que em todo processo isolado
produz-se indefectivelmente um aumento de entropia, isto é, de desordem e de energia
não reconversível. Em conseqüência, apontam, a longo prazo, para um esgotamento
térmico do universo, em decorrência da contínua degradação de sua energia.

Propagação da energia: São dois os processos de comunicação de energia


entre corpos ou sistemas distintos. A colisão entre objetos se faz de acordo com o
princípio da conservação da energia e do momento cinético (isto é, do produto da massa
pela velocidade). Assim, o saldo energético de uma colisão é nulo, motivo pelo qual a
troca de energia ocorrida no processo é facilmente detectável, se não considerarmos as
possíveis perdas, por atrito, em forma de calor.
A troca de energia a distância se produz em conseqüência das ondas
eletromagnéticas, que viajam no espaço à velocidade da luz. Tais ondas, constituídas
por fótons, atuam sobre as partículas do meio e dos corpos e se enfraquecem ao longo
de sua trajetória. De acordo com as considerações microscópicas da mecânica quântica,
pode-se dizer que esse é o único método de transmissão de energia entre os corpos,
mesmo quando, no caso de colisões, o mecanismo pareça ser diferente. A física
microscópica argumenta que na realidade tais colisões não chegam a ocorrer no átomo,
razão pela qual não deixam de ser também interações eletromagnéticas.

Equivalência massa-energia: As audaciosas hipóteses aventadas na


primeira metade do século XX por Einstein -- que defendia a idéia de uma relatividade
total dos fenômenos físicos, até então considerados imutáveis -- e corroboradas em parte
por experimentos posteriores, incluíam um ponto de vista revolucionário sobre o
conceito de energia.
Segundo Einstein, existe uma clara correspondência entre as massas e as energias
envolvidas nos processos físicos. Einstein expressou essa relação em uma fórmula
matemática, que se tornaria um ícone da física contemporânea: E = mc2.
De acordo com essa equação, a massa consumida em um processo e a energia
nele disponível, para velocidades máximas dos corpos e das partículas concernentes, são
proporcionais entre si, e a constante dessa proporcionalidade é dada pelo quadrado da
velocidade da luz.
As reações nucleares, nas quais se alcançam velocidades próximas à da luz,
mesmo que não sejam superiores a ela (por axioma, a velocidade da luz é insuperável),
comprovaram as previsões de Einstein no tocante à transformação de massa em energia.
O processo contrário, ou seja, a transformação de energia em matéria, prevista pelos
cálculos relativísticos, constitui um dos grandes desafios da física contemporânea.
Fontes de energia

Existe uma grande variedade de processos capazes de gerar energia em alguma


de suas formas. No entanto, as fontes clássicas de energia utilizadas pela indústria têm
sido de origem térmica, química ou elétrica, que são intercambiáveis e podem ser
transformadas em energia mecânica.
A energia térmica ou calorífica origina-se da combustão de diversos materiais, e
pode converter-se em mecânica por meio de uma série de conhecidos mecanismos: as
máquinas a vapor e os motores de combustão interna tiram partido do choque de
moléculas gasosas, submetidas a altas temperaturas, para impulsionar êmbolos, pistões e
cilindros; as turbinas a gás utilizam uma mistura de ar comprimido e combustível para
mover suas pás; e os motores a reação se baseiam na emissão violenta de gases. O
primeiro combustível, a madeira, foi substituído ao longo das sucessivas inovações
industriais pelo carvão, pelos derivados de petróleo e pelo gás natural.
Pode-se aproveitar a energia gerada por certas reações químicas, em
conseqüência de interações moleculares. À parte as reações de combustão, classificáveis
entre as fontes térmicas, e nas quais substâncias se queimam ao entrar em contato com o
oxigênio, a energia presente em certos processos de soluções ácidas e básicas ou de sais
pode ser captada em forma de corrente elétrica -- fundamento das pilhas e
acumuladores. Dá-se também o processo inverso.
A energia elétrica é produzida principalmente pela transformação de outras
formas de energia, como a hidráulica, a térmica e a nuclear. O movimento da água ou a
pressão do vapor acionam turbinas que fazem girar o rotor de dínamos ou alternadores
para produzir corrente elétrica. Esse tipo de energia apresenta como principais
vantagens seu fácil transporte e o baixo custo, e talvez seja a forma mais difundida no
uso cotidiano. Os motores elétricos são os principais dispositivos de conversão dessa
energia em sua manifestação mecânica.
As crises de energia ocorridas na segunda metade do século XX suscitaram a
busca de novas fontes. Registraram-se duas tendências, aparentemente opostas: os
projetos e invenções destinados a dominar os processos de reação nuclear e os sistemas
de aproveitamento de energias naturais não poluentes, como a hidráulica, a solar, a
eólica e a geotérmica. Como resultado dessas pesquisas obteve-se um maior índice de
aproveitamento dos recursos terrestres e marítimos em determinadas regiões do globo.
A energia hidráulica, utilizada desde a antiguidade, oferece amplas
possibilidades em rios e mares. As quedas d'água e a enorme força das marés
constituem exemplos claros do potencial dessas fontes. No entanto, embora as represas
e reservatórios representem meios para armazenar água e energia, facilmente
transformável em corrente elétrica, ainda não foram encontrados meios eficazes para o
aproveitamento das marés, devido à complexidade de seu mecanismo.
Ao longo da história, os moinhos e os barcos a vela tiraram amplo proveito de
um dos tipos primários de energia, a eólica, ou produzida pelo vento. Essa manifestação
energética, diretamente cinética por ser provocada pelo movimento do ar, apresenta
baixo nível de rendimento e sua utilização é insegura e pouco uniforme, ainda que de
baixo custo.
A energia solar representa o modelo mais característico de fonte renovável.
Apesar de ser praticamente inesgotável, por provir diretamente da radiação solar, seu
aproveitamento ainda não alcança rendimentos equiparáveis a outras fontes. A captação
dessa energia tem como principal finalidade a produção de energia calorífica, sobretudo
para calefação doméstica. Alguns dispositivos, como as células fotoelétricas, permitem
transformar a energia solar em elétrica.
As fontes térmicas naturais e as forças terrestres, como terremotos e vulcões,
constituem formas de energia de difícil aproveitamento, e a pesquisa científica para
utilização de tais fenômenos na indústria ainda está em fase inicial.
A pesquisa sobre energia nuclear, cercada por intensa polêmica, devido ao
perigo de sua utilização militar e ao risco de poluição e radiação, atingiu substancial
progresso na segunda metade do século XX. Fenômeno natural na formação do
universo, a reação nuclear, devido à magnitude das energias liberadas no curso do
processo, pode ser altamente nociva para o organismo humano, exigindo rigorosos
sistemas de segurança. Existem dois métodos de obtenção de energia nuclear: a fissão
ou ruptura de átomos pesados e a fusão de elementos leves, que se transformam em
átomos mais complexos. A enorme quantidade de energia resultante desse processo
deve-se à transformação de massa em energia, como previu Einstein em sua teoria da
relatividade.
Nas usinas nucleares, a energia é produzida por um dispositivo denominado
reator ou pilha atômica, assim chamado porque os recipientes de urânio e, às vezes, de
tório, são empilhados dentro de um receptáculo de outro material, geralmente o
carbono. A fissão atômica produz calor, que pode mover uma turbina e gerar
eletricidade. A grande vantagem da energia elétrica assim produzida reside na pequena
quantidade de matéria físsil necessária à produção de uma considerável quantidade de
calor: com meio quilograma de urânio, por exemplo, uma pilha atômica pode produzir
tanto calor quanto a queima de dez toneladas de carvão.
Calor; Carvão; Eletricidade; Eletromagnetismo; Nuclear, energia; Petróleo;
Quanta, teoria dos; Relatividade, teoria da; Termodinâmica
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

ESTADOS DA MATÉRIA

Estados da matéria, em física clássica, as três formas que pode tomar a matéria:
sólida, líquida ou gasosa. Os sólidos se caracterizam por sua resistência a
qualquer mudança de forma. Em estado líquido, a matéria cede às forças
tendentes a modificar sua forma. Os gases não oferecem nenhuma resistência à
mudança de forma e muito pouca às alterações no seu volume.

Líquidos, substâncias em um estado da matéria intermediário entre os estados


sólido e gasoso. As moléculas dos líquidos não estão tão próximas quanto as dos
sólidos, mas estão menos separadas que as dos gases. Caracterizam-se por uma
resistência à fluidez chamada viscosidade. São caraterísticos de cada líquido o
ponto de ebulição, o ponto de solidificação e o calor de vaporização (o calor
necessário para transformar em vapor uma determinada quantidade do líquido).

Evaporação, conversão gradual de um líquido em gás, sem que ocorra ebulição.


Em temperaturas abaixo do ponto de ebulição, é possível que moléculas
individuais tenham energia suficiente para escapar da superfície e passar para o
espaço acima, na forma gasosa. O processo oposto é a condensação. A
passagem de sólido a gás chama-se sublimação.

Sólido, estado físico da matéria, em que as amostras conservam sua forma e


tamanho. Os sólidos apresentam uma distribuição regular das partículas atômicas.

Cristal, porção homogênea de matéria com estrutura atômica ordenada e definida


e com forma externa limitada por superfícies planas e uniformes, simetricamente
dispostas. Os cristais formam-se quando um líquido torna-se lentamente um
sólido. Esta formação pode resultar do congelamento, do depósito de matéria
dissolvida ou da condensação direta de um gás em um sólido. O estudo do
crescimento, forma e geometria dos cristais chama-se cristalografia. Existem seis
sistemas cristalinos, caracterizados pelo comprimento e posição de seus eixos
(linhas imaginárias que passam pelo centro do cristal e interceptam as faces,
definindo relações de simetria no cristal). Os minerais de cada sistema dividem
algumas características de simetria e forma cristalina, assim como muitas
propriedades ópticas importantes.

Os sistemas cristalinos são: o sistema cúbico, que inclui os cristais com três eixos
perpendiculares, dois dos quais têm o mesmo tamanho; o ortorrômbico, que inclui
cristais com eixos de tamanhos diferentes e formando entre si ângulos oblíquos, e,
por último, o sistema hexagonal, que engloba os cristais com quatro eixos. Alguns
elementos ou compostos podem cristalizar em dois sistemas diferentes. Isto dá
origem a substâncias que, embora idênticas em composição química, são
diferentes em quase todas as demais propriedades físicas. Por exemplo, o
carbono cristaliza no sistema cúbico formando o diamante e no sistema hexagonal
formando o grafite.

Cristal líquido, substância que se comporta ao mesmo tempo como um líquido e


como um sólido. As moléculas de um cristal líquido podem deslocar-se, umas em
relação às outras, com bastante facilidade, tal como as de um líquido. No entanto,
todas as suas moléculas tendem a estar orientadas do mesmo modo, algo
semelhante à estrutura molecular de um cristal sólido. Emprega-se nos
mostradores de relógios digitais e calculadoras, televisões em miniatura,
computadores portáteis e outros aparelhos.

Fluido, substância que cede imediatamente a qualquer força tendente a alterar


sua forma e por isso adapta-se à forma do recipiente. Podem ser líquidos ou
gases.

Gás, substância em um dos três estados da matéria comum, que são o sólido, o
líquido e o gasoso. Os gases expandem-se livremente até encher o recipiente que
os contém, e sua densidade é muito menor que a dos sólidos e a dos líquidos. A
teoria atômica da matéria define os estados, ou fases, de acordo com a ordem que
envolvem. As moléculas têm uma certa liberdade de movimentos no espaço.
Esses graus de liberdade microscópicos estão relacionados com o conceito
macroscópico de ordem. As moléculas de um sólido estão dispostas em uma rede
e sua liberdade está restrita a pequenas vibrações em torno dos pontos dessa
rede. Em troca, um gás não tem uma ordem espacial macroscópica. Suas
moléculas se movem aleatoriamente e só estão limitadas pelas paredes do
recipiente que as contém. A temperaturas baixas e pressões altas (ou volumes
reduzidos), as moléculas de um gás passam a ser influenciadas pela força de
atração das outras moléculas e todo o sistema entra em um estado de alta
densidade e adquire uma superfície limite. Isso acarreta a entrada no estado
líquido. O processo é conhecido como transição de fase ou mudança de estado.

Vapor, substância em estado gasoso. Emprega-se a palavra vapor para referir-se


ao estado gasoso de uma substância que normalmente é líquida ou sólida.

Quando confinado, o vapor de uma substância a qualquer temperatura exerce


uma pressão conhecida como pressão de vapor. Ao aumentar-se a temperatura
da substância, a pressão de vapor eleva-se, como resultado de uma maior
evaporação.

Ponto crítico, condições de temperatura e pressão nas quais não se pode


liquefazer um gás. A temperatura, a pressão e o volume críticos são as constantes
críticas de uma substância.

Temperatura, propriedade dos sistemas que determina se estão em equilíbrio


térmico. Se dois corpos têm temperaturas diferentes, o calor flui do mais quente
para o mais frio até que as temperaturas sejam idênticas e se alcance o equilíbrio.
As mudanças de temperatura têm de ser medidas a partir de mudanças em outras
propriedades. O termômetro convencional mede a dilatação de uma coluna de
mercúrio. Se aplica-se calor a um gás, a temperatura pode ser determinada a
partir da mudança de pressão.

Existem várias escalas de temperatura: segundo a escala Fahrenheit, o ponto de


solidificação da água é 32 °F, e seu ponto de ebulição, 212 °F. A escala Celsius
designa 0 °C e 100 °C a estes pontos. Na escala absoluta ou Kelvin, o zero
absoluto corresponde a -273,15 °C (0 K) e um kelvin equivale a um grau
centígrado.

A temperatura desempenha um papel importante. Assim, as aves e os mamíferos


suportam uma variação muito pequena de temperatura corporal. Em temperaturas
árticas, o aço se torna quebradiço e os líquidos se solidificam ou são muito
viscosos.

Pressão, força por unidade de superfície que exerce um líquido ou um gás


perpendicularmente à dita superfície. Costuma ser medida em atmosferas (atm);
no Sistema Internacional de unidades (SI), é expressa em newton por metro
quadrado, chamada pascal (Pa). A atmosfera é definida como 101.325 Pa, e
equivale a 760 mm de mercúrio em um barômetro convencional. Para medir
pressões, usam-se os barômetros. Estes costumam medir a diferença entre a
pressão do fluido e a atmosférica, e por isto é preciso somar a última para obter a
pressão absoluta. Uma leitura negativa corresponde a um vácuo parcial.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
INTRODUÇÃO

Com a explosiva evolução das comunicações ópticas, motivada pela necessidade


de aumento da capacidade de tráfego de voz, vídeo e dados em alta velocidade,
Constantemente nos deparamos com novos conceitos em tecnologia de fotônica e
telecomunicações. Cada vez mais, as fibras ópticas passam para o cotidiano das pessoas.
A FIBRA ÓPTICA foi descoberta na década de 70 e utilizada para comunicação
somente em 1977 pela GTE e AT&T que quebraram os tabus e usaram cabos ópticos
em circuitos.

O que é fibra óptica ?

Uma fibra óptica é composta basicamente de material dielétrico (em geral sílica),
segundo uma longa estrutura cilíndrica, transparente e flexível, de dimensões
microscópicas, comparáveis às de um fio de cabelo humano. A estrutura cilíndrica
básica da fibra óptica é formada por uma região central, chamada núcleo, envolta por
uma camada, também de material dielétrico, chamada casca.
A composição da casca da fibra óptica, com material de índice de refração
ligeiramente inferior ao do núcleo, oferece condições à propagação de energia luminosa
através do núcleo da fibra, num processo de reflexão interna total. As principais
vantagens da fibra óptica são:
Permitir altíssimas taxas de transmissão, na ordem de Gbps (bilhões de bits por
segundo). A taxa de transmissão depende dos equipamentos que a realizarão total
imunidade a interferências eletromagnéticas externas, proporcionando distâncias
máximas permitidas maiores do que nos cabos metálicos, e podem ser empregadas em
lugares com grande taxa de ruído. Por ser isolante, é o meio mais indicado para
interligar prédios e sistemas com diferentes aterramentos, o que elimina o problema de
condução elétrica entre potenciais diferentes. Elimina também o problema de condução
de descargas atmosféricas no cabo.
Apresenta um alto grau de segurança para a informação transportada. Qualquer
tentativa de captação de mensagens ao longo de uma fibra é facilmente detectada, pois
exige o desvio de uma porção considerável de potência luminosa transmitida. São leves
e apresentam dimensões reduzidíssimas.
Vantagens:
PEQUENAS DIMENSÕES E BAIXO PESO:

O volume e o peso dos cabos ópticos é muito inferior ao dos cabos


convencionais em cobre, para transportar a mesma quantidade de informações,
facilitando o manuseio e a instalação dos cabos.

GRANDE CAPACIDADE DE TRANSMISSÃO E BAIXA ATENUAÇÃO:

Os sistemas de comunicações por fibras ópticas tem uma capacidade de


transmissão muito superior a dos sistemas em cabos metálicos.
Devido à baixa atenuação, podem transmitir sinais a distâncias muito grandes.

Com a tecnologia de amplificadores ópticos, é possível uma transmissão


interurbana com até centenas de quilômetros de distância sem estações intermediárias,
aumentando a confiabilidade do sistema, diminuindo o investimento inicial e as
despesas de manutenção.

IMUNIDADE À INTERFERÊNCIA:

Por serem feitas de material dielétrico, as fibras ópticas são totalmente imunes a
ruídos em geral e interferências eletromagnéticas, como as causadas por descargas
elétricas e instalações de alta tensão.

AUSÊNCIA DE DIAFONIA: (linha cruzada)

As fibras ópticas não causam interferência entre si, eliminando assim um


problema comum enfrentado nos sistemas com cabos convencionais, principalmente nas
transmissões em alta freqüência, eliminando necessidade de blindagens que representam
parte importante do custo de cabos metálicos.

Aplicações:
Cabos submarinos de transmissão a longas distâncias
Controle de aviões
Instrumentação
Conexão entre computadores e periféricos
Comunicação por cabo para redes ferroviárias e elétricas
Comunicação em televisão a cabo

REDES DE TRANSMISSÃO
Circuitos de telefonia interurbanos. Quase todas as cidades, no Brasil, já estão
interligadas pela fibras ópticas.
Conexões de redes locais (LANs e WANs).
Redes de comunicação em ferrovias e metrôs.
Redes para controle de distribuição de energia elétrica
Redes de transmissão de dados.
Redes de distribuição de sinais de radiodifusão e televisão.
Redes de estúdios, cabos de câmeras de televisão.
Redes industriais, em monitoração e controle de processos.
Transmissão de sinais de processamento de dados de computador para computador,
e de computador para terminais.
Interligação de circuitos dentro de equipamentos.
Aplicações de controle em geral ( fábricas, maquinários).
Em veículos motorizados, aeronaves, trens e navios.

Introdução a Tecnologia de Redes Estruturadas


1 - Componentes de uma rede
Primeiramente faremos um breve descritivo sobre os principais componentes de
uma rede.
Nos capítulos subsequentes detalharemos os pertinentes a este informativo.

2 - Cabeação de rede
Os computadores nas redes modernas podem se comunicar em diferentes
sistemas tais como: Sistemas de cabeação metálicas, sistemas ópticos ou
mesmo através da propagação de ondas eletromagnéticas.
Na verdade, pode-se combinar todas essas técnicas em uma rede para suprir as
necessidades ou aproveitar o que já estiver instalado.

3 - Equipamentos de rede
Para que as informações sejam compartilhadas em uma rede, são necessários
equipamentos como: placas de rede, hubs, transceivers, bridges, routers, etc. que tem
a finalidade de interpretar os sinais digitais processados na rede e, encaminhá-los
ao seu destino obedecendo-se os padrões e protocolos.

4 - Sistema operacional
O sistema operacional de uma rede (NOS - Network Operating System) consiste
em uma família de programas que são executados em computadores interligados em
uma rede.
Alguns programas oferecem o recurso de compartilhar arquivos, impressoras e
outros dispositivos através da rede mas, a principal função do sistema operacional de
uma rede, é a administração lógica da rede.

5 - Estações de trabalho
Todos os usuários tem acesso a uma rede através de Estações de trabalho que
são, geralmente, microcomputadores equipados com uma placa adaptadora para
interface com a rede. Uma Estação de trabalho nada mais é do que um equipamento
ligado a rede pelo qual, qualquer usuário pode acessá-la.

6 - Periféricos
São considerados periféricos de uma rede os equipamentos secundários que
complementam o sistema de hardware de uma rede. Por exemplo: impressoras, modems
e plotters.

7 - O Cabling e as normas EIA TIA (Cabeação Estruturada)


Há algum tempo atrás, os fabricantes e projetistas de sistemas de comunicação,
desenvolviam produtos sem padrão em comum, ou seja, cada fabricante tinha seu
próprio sistema de cabeação. Durante esse período, qualquer nova geração de
computador, precisava de um sistema específico e especializado de cabos para a
conexão aos usuários. Quando um sistema tornava-se obsoleto, era substituído por outro
mais moderno que necessitava de cabeação diferente e, em muitos casos, os cabos
velhos eram abandonados ou retirados.
A partir da década de 80, com a introdução de padrões internacionais para redes
de computadores, os fabricantes de sistemas de cabeação passaram a produzi-los sob
normas definidas internacionalmente. Mesmo assim, não se podia impedir os muitos
problemas causados pela exigência de mão-de-obra especializada para sua instalação e
manutenção.
A partir de 1988, os primeiros sistemas de cabeação integrando sistemas de voz,
vídeo e dados foram lançados comercialmente, lançando no mercado o conceito de
Sistema de Cabeação Estruturada.

Definição de Rede Estruturada

A definição de Rede Estruturada baseia-se na disposição de uma rede de cabos


integrados serviços de voz, dados e imagem que, facilmente pode ser redirecionada no
sentido de prover um caminho de comunicação entre quaisquer pontos desta rede.
Numa rede projetada seguindo este conceito, as necessidades de todos os
usuários podem ser atendidas com facilidade e flexibilidade.

Normas Básicas

§ Uma Rede Estruturada deve fornecer um nível garantido de performance para o


sistema;
§ Uma Rede Estruturada deve permitir ampliações ou alterações sem perda de
flexibilidade;
§ A cabeação estruturada permite mudanças rápidas dos serviços para cada usuário
(voz, fax, vídeo ou dados);
§ A cabeação estruturada é dividida em sete níveis. São eles:
-Work Area;
-Horizontal Cabling;
-Backbone Cabling;
-Telecommunications Closets
-Equipment Rooms;
-Entrance Facilities;
-Administration.
§ A cabeação estruturada deve atender os mais variados padrões de redes como por
exemplo: 10BaseT Ethernet, 100BaseT, 4 e 16Mbps Token Ring, 100 BASE VG,
CDDI e ATM.

8 - Projeto de Cabeação UTP


Quando falamos em projeto de rede estruturada em cabeação UTP estamos
falando em uma grande quantidade de informações que deverá ser conhecida pelo
projetista da rede, para que se possa adequar às necessidades do cliente e ás suas
aplicações.
Descreveremos à seguir, as principais informações que devem ser conhecidas
com relação ao meio físico na hora de se projetar uma rede em cabeação UTP.

-Meio Físico
Compreende essencialmente os cabos que irão ser utilizados para cumprir esta
função que, neste caso, são os cabos UTP. Dentre os cabos UTP é necessário escolher o
tipo que apresente a melhor relação custo/benefício para uma determinada aplicação.
Na maior parte das aplicações de uma cabeação de uma rede estruturada os
cabos são utilizados para a interligação das estações de trabalho com os equipamentos
concentradores da rede (Hubs) e, em menor escala, na cabeação de Backbones também.
A partir de 1 991, com primeira edição da norma EIA/TIA 568, os sistemas de
cabeação passaram a ser classificados em categorias que caracterizam a performance do
meio físico e acessórios de acordo com intervalos de frequências.

-Categoria 3
Essa categoria se aplica a sistemas de cabeação baseados em cabos de par
trançado com impedância característica de 100 ohms.
As características de comunicação deste sistema são especificadas para
frequências de até 16MHz.

- Categoria 4
Esta categoria especifica a mesma descrição acima para frequências de até
20MHz.

- Categoria 5
Esta categoria especifica a mesma descrição anterior para freqüências de até
100MHz.

-Características Elétricas
As características elétricas estão diretamente relacionadas com a performance
dos cabos UTP pois, a comunicação de sinais irá depender, basicamente, dos parâmetros
elétricos dos cabos. Onde os principais parâmetros são:

- Impedância
É definida como sendo a soma de todas as resistencias, indutâncias e
capacitâncias inerentes nos cabos. A medida desse parâmetro é denominada impedância
caracteristica. É baseada em uma linha de transmissão de comprimento infinito. No caso
dos cabos UTP, o valor da impedância caracteristica deve estar em torno de 100 ohms +
ou - 15% em uma faixa de frequências que variam de 64 KHz até 100MHz.

- Atenuação:
É definida como sendo a diferença da potência de entrada no cabo e a potência e
saída, isto é, significa a perda do sinal no interior do cabo. A atenuação é medida em
decibéis (dB) e quanto menor for o valor da atenuação, melhor será a performance do
cabo. A norma EIA/TIA especifica a atenuação para os cabos UTP em
diferentes freqüências que variam de 64KHz até 100MHz.

- Paradiafonia (next)
É definida como sendo o parâmetro que mede o nível de interferência entre os
pares de condutores de um mesmo cabo. A paradiafonia é medida em decíbéis (dB),
sendo que a EIA/TlA-568 definiu valores mínimos para determinadas freqüências que
variam de 64 kHz até 100 MHz, isto é, os valores de paradiafonia medidos no cabo
devem atender á estes valores mínimos.

- Características Construtivas
As características construtivas dos cabos determinam os níveis de performance,
ou seja, as categorias dos cabos UTP. Basicamente, as características principais são:
- A bitola dos condutores dos cabos deve ser de 24 AWG isolado com materiais
termoplásticos.
- Os condutores devem estar trançados em pares no total de 4 pares em passos de
binagem pré-determinados.
- Os condutores devem obedecer a codificação de cores.

9 - Acessórios para redes de cabos UTP


Para a instalação de uma rede estruturada, além dos cabos, são necessários os
acessórios que complementam a instalação. Estes acessórios podem abranger uma lista
de materiais que, dependendo do grau de complexidade da rede á ser instalada, poderá
ser simples ou bastante complexa.
Em uma rede de cabeação estruturada é necessário que a mesma apresente
características flexíveis, principalmente no que diz respeito ás mudanças diversas que
ocorrem freqüentemente com qualquer rede e também suporte às inovações tecnológicas
à que as redes estão sujeitas. Em relação á categoria da rede, para que a mesma atenda
às exigências das normas EIA/TIA categoria 5, não só os cabos, mas todos os
acessórios deverão ser categoria 5.
À seguir, apresentaremos as principais características de todos os acessórios
aplicáveis na instalação de redes estruturadas.

10 - Conectores
Nas redes de cabos UTP, a norma EIA/TIA padronizou o conector RJ-45 para a
conectorização de cabos UTP. São conectores que apresentam uma extrema facilidade,
tempo reduzido na conectorização e confiabilidade, sendo que estes fatores influem
diretamente no custo e na qualidade de uma instalação. Os conectores estão divididos
em 2 tipos, macho (plug) e fêmea (jack)
O conector RJ-45 macho possui um padrão único no mercado, no que diz
respeito ao tamanho, formato e em sua maior parte material, pois, existem vários
fabricantes deste tipo de conector, portanto todos devem obedecer a um padrão para que
qualquer conector RJ-45 macho de qualquer fabricante seja compatível com qualquer
conector RJ-45 fêmea de qualquer fabricante.
Já o conector RJ-45 fêmea pode sofrer algumas alterações com relação a sua
parte externa.
Para a conectorização do cabo UTP, a norma EIA/TIA 568 A determina a
pinagem e configuração. Esta norma é necessária para haja uma padronização no
mercado. Contudo, existem, no mercado, duas padronizações para a pinagem categoria
5, o padrão 568 A e 568 B, que diferem apenas nas cores de dois pares de condutores
dos cabos UTP.
A tabela abaixo demonstra a diferença entre os dois padrões de pinagem no
conector RJ-45 plug:

11 - Tomadas e Espelhos
Para a acomodação e fixação dos conectores RJ-45 fêmea descritos
anteriormente, são necessários os acessórios de terminação que, no caso, são as tomadas
e espelhos para redes estruturadas, os quais, fazem parte da lista de acessórios
obrigatórios que compõem uma instalação.
- As tomadas são caixas moldadas em plástico e salientes que acomodam e
fixam os conectores RJ-45 fêmea que, geralmente, são utilizadas em locais onde as
condições oferecidas pelo ambiente não são apropriadas para a instalação de uma infra-
estrutura embutida. Por exemplo, locais onde são utilizadas canaletas aparentes para a
instalação de cabos a instalação de tomadas seria a mais apropriada, além de
proporcionar um bom acabamento.
- Já, com relação aos espelhos, estes possuem a mesma função das tomadas, ou
seja, também são utilizados para a acomodação e fixação dos conectores RJ-45 fêmea
e, ao contrário das tomadas, estes são utilizados em instalações que ofereçam uma
infra-estrutura embutida, onde estes espelhos possam ser fixados em caixas de embutir
de tamanho padronizado. Com relação ao tamanho e formato, os espelhos possuem
dimensões que atendem aos padrões 4 x 2 e 4 x 4, hoje muito utilizado no mercado.

12 - Patch Panels
Patch Panels são painéis de conexão utilizados para a manobra de interligação
entre os pontos da rede e os equipamentos concentradores de rede. É constituído, de um
painel frontal onde estão localizados os conectores RJ-45 fêmea e de uma parte traseira
onde estão localizados os conectores que são do tipo 110 IDC. Os cabos de par trançado
que chegam dos pontos de rede são conectorizados nesses conectores e, nos
conectores RJ-45 fêmea são ligados os cabos pré-conectorizados com conectores RJ-
45 macho (Patch cables). Os cabos denominados patch cables fazem a ligação entre o
concentrador e o painel (Patch Panel). O Patch Panel tem a função de uma interface
flexível, ou seja, através dele é possível alterar-se o lay-out lógico dos pontos da rede.
Além disso, os patch Panels, juntamente com as tomadas providas de
conectores RJ-45 fêmea, proporcionam à rede uma grande flexibilidade em termos de
deslocamento de pontos e eventuais extensões da localização de pontos. Por exemplo,
através dos patch Panels e tomadas é possível conectar-se os cabos pré-conectorizados
aos equipamentos com o comprimento necessário, isto desde que o
comprimento total do lance esteja dentro do permitido pela norma EIA/TIA. Portanto,
verificamos que as tomadas e os patch panels são acessórios importantíssimos de uma
cabeação estruturada.

13 - Blocos 110
São blocos de distribuição de cabos, ou seja, neste bloco são conectorizados
cabos multipartes, onde derivam-se para as estações e são constituídos de uma base que
possui um bloco com terminais para conectores do tipo 110 IDC e dos próprios
conectores 110 IDC. Os cabos multipares são conectados nos terminais do bloco. Os
condutores do cabo são fixados aos conectores 110 IDC, que possuem lâminas que
fazem a fixação (contato elétrico) dos condutores através do encaixe dos conectores
com o bloco e, na outra extremidade dos conectores, são conectorizados os cabos de
par trançado de distribuição (4 pares). Os blocos de conexão são muito utilizados
quando há a necessidade de interligar-se as estações da rede, cujos os cabos são os UTP
Cat.5 4 pares, com equipamentos e/ou acessórios de rede que aceitam interligação
apenas com cabos multipares (25 pares). Dependendo de cada situação, os blocos de
conexão são acessórios indispensáveis ara a instalação de uma rede com cabeação
estruturada.

14 - Patch Cables
Utilizados na interligação entre os patch panels, citados anteriormente, e os
concentradores de rede. Os patch cables proporcionam uma flexibilidade de alterações
lógicas de lay out dos pontos de rede. Basicamente são constituídos de um cabo UTP
Cat.5 - 4 pares provido de 2 conectores RJ-45 macho conectorizados nas
extremidades do cabo, O comprimento dos patch cables dependerá de cada aplicação,
mas a norma impõe limites.

15-Cabos de Fibras Ópticas


A reunião de várias fibras ópticas revestidas de materiais que proporcionam
resistência mecânica e proteção contra intempéries denomina-se cabo óptico. Em
nenhuma aplicação as fibras ópticas podem ser utilizadas sem uma proteção adequada,
ou seja, em todas as aplicações são utilizados os cabos ópticos. Além disso, os cabos
ópticos proporcionam uma facilidade maior de manuseio na instalação, sem o risco de
danificar as fibras. Existem vários tipos de cabos ópticos voltados para várias
aplicações. Descreveremos a seguir, os tipos, suas características principais e onde são
mais utilizadas.
- Loose
- Os cabos ópticos que possuem esta configuração apresentam as fibras ópticas soltas
acondicionadas no interior de um tubo plástico, que proporcionam a primeira proteção
às fibras ópticas. No interior destes tubos plásticos, geralmente e acrescentada geleia
sintética de petróleo, que proporciona um melhor preenchimento do tubo e,
principalmente, uma grande proteção das fibras ópticas contra umidade e choques
mecânicos. Além deste tubo, é introduzido um elemento de tração que, juntamente com
o tubo, recebe o revestimento final. Este tipo de cabo é bastante utilizado em
instalações externas aéreas e subterrâneas e principalmente, em sistemas de
comunicação a longas distâncias.
-Tight
- Nos cabos ópticos do tipo tight as fibras ópticas recebem um revestimento primário de
acrilato e acima dele, outro revestimento de material plástico (revestimento secundário)
que irá proporcionar uma proteção maior para as fibras. Cada fibra óptica com
revestimento secundário é denominado de elemento óptico. Os elementos ópticos são
reunidos em torno de um elemento de tração que, juntos recebem o revestimento final
resultando no cabo óptico do tipo tight Este cabo foi um dos primeiros a serem
utilizados nas redes de telefonia, contudo, atualmente, estes cabos estão sendo utilizados
em poucas aplicações onde as suas características demonstram ser bastante favoráveis,
como instalações internas de curtas distâncias e onde se faz necessária a conectorização.

16 - Emendas Ópticas
Além de especificar estes parâmetros, a norma especifica ainda que a atenuação
máxima de emendas por fusão ou mecânica não pode exceder o valor de 0,3 dB.

17 - Conectores Ópticos
Quanto aos conectores ópticos, a norma recomenda o uso de conectores do tipo
SC, sendo que a atenuação por inserção deve ser inferior à 0,75 dB por conecção e a
perda por retorno deve ser acima de 20 dB para fibras multimodo e 26 dB para fibras
monomodo. Os conectores devem ter uma vida útil de 1000 operações no mínimo, em
alterar suas características de performance.

18 - Acessórios Ópticos
Para a instalação de uma rede estruturada, além dos cabos, são necessários os
acessórios que complementam a instalação. Estes acessórios podem abranger uma lista
de materiais que, dependendo do grau de complexidade da rede a ser instalada, poderá
ser simples ou bastante complexa. Em uma rede de cabeação estruturada é necessário
que a mesma apresente características flexíveis, principalmente no que diz respeito ás
mudanças diversas que ocorrem freqüentemente com qualquer rede e também suporte
às inovações tecnológicas á que as redes estão sujeitas.
-Bloqueio Óptico
- Este acessório tem a função de acomodar e proteger emendas ópticas de fibras de
cabos Ópticos.
-DIO (Distribuidor Interno Óptico)
- Acessório óptico que representa uma solução completa em termos de proteção,
acomodação e distribuição das fibras e das emendas de um cabo óptico,
proporcionando o que há de mais moderno em terminações ópticas de uma rede com
cabeação estruturada.
-Cordões Ópticos
- São cabos simplex ou duplex do tipo tight, dotados de conectores ópticos com
comprimentos definidos.
- Os cordões se aplicam á interligação entre os equipamentos e entre equipamentos e
acessórios ópticos, por exemplo, o distribuidor óptico.
19 - Acessórios para Gerenciamento da Rede
Desde que em uma rede estrutura existem equipamentos concentradores, devem
também existir os cabos de interligação entre estes equipamentos e os acessórios.
Normalmente estes equipamentos e estes cabos encontram-se instalados em um único
local. Para que se obtenha uma rede com a cabeação organizada e estruturada, faz-se
necessário componentes para comporta-los e acomoda-los convenientemente. Estes
componentes além de proporcionarem uma proteção adequada, também garantem uma
maior flexibilidade para que os mesmos possam ser manuseados e/ou trocados sem
qualquer tipo de problema. Estes componentes compreendem racks, brackets e
acessórios de suporte que ofereçam as mínimas condições de acomodação e proteção.
No ambiente de rede, à medida que a importância da mesma cresce torna-se
extremamente necessário o uso de acessórios que ofereçam o mínimo de proteção
necessária aos equipamentos (servidores. hubs, routers, etc.), dispositivos e acessórios
(patch panels, blocos de distribuição). Além disso, a outra parte da cabeação, ou seja, os
cabos e acessórios que interligam os pontos de rede, também devem receber uma
proteção, ou seja, uma infra-estrutura adequada.

20 - Segurança de Produtos (As Normas UL/CSA)


A UL (Underwriters Laboratories) é uma entidade particular certificadora de
produtos com relação á segurança que, através de décadas de existência possuí hoje um
nome respeitado certificando diversos produtos de várias áreas Hoje a UL também testa
produtos de acordo com as diferentes normas existentes e necessidades técnicas dos
clientes. No caso de redes estruturadas, a UL certifica produtos de acordo com a norma
EIA/TIA.

- A Evolução das Normas

- Os comitês de padrões continuam se reunindo. Constantemente, eles fazem propostas e


publicam as principais atualizações. As novas tecnologias, juntamente com o desejo das
empresas de encontrar um mercado para novos produtos, farão pressão para que haja
evolução nos padrões de cabeação de redes. Além disso, outros órgãos que especificam
padrões, poderão seguir o caminho da EIA/TIA e da UL/CSA.

21 - Topologias de Redes
Entende-se por topologia de rede a forma pela qual os componentes estão
dispostos e interligados entre si. Existem várias configurações de redes, cada qual
apresentando suas vantagens e desvantagens. As tipologias mais encontradas no
mercado são:
- Anel
- Uma rede em anel usa os cabos para conectar as estações em forma de um laço (sendo
necessária a junção física do cabo do inicio da rede com o fim da mesma), o sinal é
transmitido de estação a estação até atingir seu destino. O tráfego das informações pela
rede caminha em um único ou ambos os sentidos do anel.
- Barramento
- Na topologia em forma de barramento, todas as estações de trabalho estão conectadas
a cabo central (chamado de barramento). O sinal é transmitido e permanece disponível
no barramento até que a estação de destino possa captá-lo.
- Estrela
- Uma rede em estrela compreende varias estações conectadas entre si através de cabos
e equipamentos centralizadores ou concentradores da rede, os quais, realizam o
controle do sistema. Neste caso, o sinal obrigatoriamente passa pelo concentrador e
segue para a estação destinatária, Atualmente, este tipo de topologia é a mais utilizada
no mercado devido às suas vantagens.

Dicionário dos termos da fibra óptica (A-W)

ABSORÇÃO: Atenuação de um sinal eletromagnético por sua conversão em calor.

ACOPLADOR: Dispositivo que permite combinar (misturador) ou separar (derivadorou


"splitter") sinais.

ACOPLADOR ESTRELA: Elemento ótico que permite a conexão de muitas fibras


a uma única.

ACRILATO: O tipo de resina acrílica mais usada como revestimento da fibra


óptica.

ADSL: Assimetrical Digital Subscriber Line. Sistema que possibilita transmissão


de banda larga (até 9 MHz) nos cabos telefônicos metálicos já existentes. É a
mais comum das tecnologias xDSL, que são vistas como possíveis estágios
intermediários na transição para redes totalmente ópticas.

AMORTECEDOR: Um revestimento protetor sobre a fibra.

AMPLIFICADOR ÓPTICO: Dispositivo que amplifica sinais ópticos sem a


conversão destes em sinais elétricos. Podem ser usados no meio da linha, como
os repetidores, ou acoplados ao transmissor ou receptor, aumentando a distância
de transmissão sem estações intermediárias, melhorando sensivelmente a
confiabilidade dos enlaces ópticos.

ANALÓGICO: Propriedade de um equipamento ou sinal (óptico ou elétrico) que


guarda semelhança (ou analogia) com o sinal que o gerou. Exemplo: O sinal
elétrico gerado pela conversão da voz humana através um microfone (comparar
com digital).

ÂNGULO CRÍTICO: Maior ângulo de incidência de uma onda que ao atingir outro
meio de índice de refração menor, ainda ocorre refração. A partir desse ângulo a
onda seria inteiramente refletida de volta ao primeiro meio de propagação.

ARAMIDA: Material dielétrico sintético, em forma de fibras, muito leve, de grande


resistência mecânica à tração. É usado em substituição ao aço como reforço de
resistência à tração em cabos. É muito conhecido por uma de suas marcas
comerciais: kevlar.

ATENUAÇÃO: Perda de potência de um sinal ao longo de sua propagação. Em


geral é medida em dB ou dB/km. As principais causas de atenuação em uma fibra
óptica são devidas à absorção por impurezas ou por íon OH-, espalhamento por
irregularidades na deposição do material, trincas e deformações ou ainda devido a
fatores externos, como emendas e conexões aos equipamentos.

BANDA A: Faixa de freqüências destinadas atualmente à exploração de serviços


de telefonia celular pelas operadoras de serviço público.

BANDA B: Faixa de freqüências destinadas à exploração de serviços de telefonia


celular por empresas privadas, concorrendo com a banda A.

BIT: A menor unidade de informação num sistema binário de notação; contração


de dígito binário.

CABO GELEADO: Cabo que possui seus interstícios preenchido por um composto
pastoso (geleia) com o objetivo de protegê-lo contra a penetração de água.

CABO ÓPTICO: Cabo que contém uma ou várias fibras ópticas destinadas à
transmissão de sinais.

CAIXA DE EMENDA ÓPTICA: Dispositivo protetor de emendas de fibras ópticas.

CANAL: Um caminho para transmissão de sinais entre dois ou mais pontos,


normalmente em uma única direção.

CANAL DE BANDA LARGA: Canal de largura de banda muito maior que o canal
de voz. Capaz de transmitir voz, vídeo e dados em alta velocidade. Normalmente
opera com bandas da ordem de vários MegaHertz.

CANAL DE VOZ: Um canal adequado à transmissão da fala e dados em baixa


velocidade como fax. Tem geralmente freqüência de 300 a 3000 Hz.

CASCA: Camada externa da fibra óptica, composta de material de baixo índice de


refração, que envolve o núcleo, fornecendo-lhe isolação óptica.

CCC: Central de Comutação e Controle. É a central telefônica que controla as


estações rádio-base dos telefones celulares.

CDMA: Code Division Multiple Access. Um dos sistemas de digitalização do


acesso de telefonia celular, onde vários celulares transmitem ao mesmo tempo e
na mesma freqüência, com sinais separados por códigos.
CÉLULA: Área geográfica de abrangência de uma estação rádio-base de celular.
Nos sistemas analógicos cada célula opera em uma freqüência distinta. Divide-se
o espectro dispo-nível em sete canais de freqüências diferentes, possibilitando que
cada célula não opere no mesmo canal que sua vizinha.

CHIP: Circuito integrado; encapsulamento de diversos componentes eletrônicos,


como transistores e resistores, em um único invólucro de material semicondutor.
Um único chip, como um microprocessador, pode conter mais de 100 mil
componentes.

COLAPSAMENTO: Compactação do tubo óptico para retirada de todos os


interstícios (bolhas), resultantes do processo de deposição ou encamisamento,
transformando-o em um bastão sólido e transparente (pré-forma). É realizado com
alta temperatura e vácuo.

COMPRIMENTO DE ONDA: Distância percorrida em um ciclo pela frente de onda.


Pode ser calculado pela divisão da velocidade de propagação da onda por sua
freqüência.

COMUTAÇÃO: Em telefonia, é a ligação temporária entre dois terminais, feitas


através de uma série de circuitos elétricos, que se desconectam após o fim da
conversação, liberando a linha para outra ligação.

CONECTOR ÓPTICO: Dispositivo instalado na extremidade de uma fibra óptica


permitindo acoplamento físico e óptico com um equipamento ou uma outra fibra.

CORDÃO ÓPTICO: Cabo óptico com uma única fibra, destinado à ligação de
equipamentos ópticos.

CROSSTALK: Linha cruzada; diafonia.

DECIBEL (dB): Unidade de medida muito usada em telecomunicações para


expressar a relação entre duas variáveis, normalmente potências de sinais
atenuados ou amplificados. Corresponde à um décimo do Bel e pode ser calculado
como: 10 . log (P1 / P2), sendo P1 e P2 as duas variáveis a serem comparadas.

dBm: Medida de potência em comunicações: o decibel com referência a um


miliwatt. Zero dBm = 1 miliwatt, com relação logarítmica à medida que os valores
aumentam.

DEMODULAÇÃO: O processo de recuperação de um sinal original de uma onda


transportadora modulada. Técnica utilizada em modems para tornar os sinais de
comunicações compatíveis com equipamentos como: micros, fax, etc.

DERIVADOR: Acoplador separador de sinais, com uma entrada e duas ou mais


saídas.

DIAFONIA: Linhas cruzadas.


DIELÉTRICO: Meio não metálico e não condutor de eletricidade.

DIGITAL: Propriedade de um equipamento ou sinal (óptico ou elétrico) onde uma


informação é transformada em bits (zero ou um) para ser transmitida ou
processada. Sistemas digitais permitem velocidades de transmissão muito
maiores e de melhor qualidade de sinal que os analógicos.

DIODO LASER DE INJEÇÃO (ILD): Uma fonte de luz coerente. Laser


semicondutor no qual a geração da luz coerente ocorre em uma junção P-N e a
energia necessária para alcançar e manter a inversão de população é fornecida
através de injeção de corrente.

DIODO EMISSOR DE LUZ (LED): Dispositivo semicondutor que emite luz


incoerente formada pela junção P-N. A intensidade de luz é proporcional ao fluxo
da corrente elétrica.

DISPERSÃO: A causa de limitações de largura de banda numa fibra. A dispersão


causa o alargamento dos pulsos ao longo do comprimento da fibra, resultando em
distorção do sinal transmitido.

DISPERSÃO CROMÁTICA: Dispersão causada pela diferença de velocidade dos


diferentes comprimentos de onda que compõem o espectro da luz transmitida.

DISPERSÃO MODAL: Dispersão causada devido aos diferentes modos


(caminhos) de propagação em uma fibra óptica multimodo.

DISPERSÃO DE RAYLEIGHT: Espalhamento da luz causado pela flutuação na


densidade do material causando pequeníssimas mudanças no índice de refração.
É uma das principais causas da atenuação de uma fibra óptica.

DISTORÇÃO: Mudança não desejada na forma de onda que ocorre entre dois
pontos em um sistema de transmissão.

DOPAGEM: Introdução de um elemento dopante à sílica, para mudar seu índice de


refração.

DOPANTE: Substância usada na dopagem, normalmente germânio ou óxido de


boro.

EHF: Extremely High Frequency. Microondas da faixa de 30 GHz a 300 GHz.

EMENDA ÓPTICA: União permanente ou temporária de duas pontas de fibras por


técnicas mecânicas ou de fusão. Na emenda por fusão, as fibras são decapadas
de seu revestimento, clivadas (cortadas) em suas extremidades, alinhadas e
fundidas por um arco elétrico, recebendo no final um invólucro protetor. Nas
emendas mecânicas, as fibras recebem o mesmo tratamento, porém não são
fundidas, mas apenas fixadas alinhadas por meio de um conector.
ENCAMISAMENTO: Revestimento externo de um bastão de pré-forma com um
outro tubo de sílica que passará a fazer parte da casca da fibra. É uma técnica
usada para aumentar a produtividade de uma linha de produção de pré-formas.

ENLACE ÓPTICO: Um transmissor e um receptor conectados por um cabo óptico.

ERB: Estação Rádio Base que conecta por rádio os telefones celulares e
transmite seus sinais aos CCC. É o núcleo de uma célula.

ESPALHAMENTO: Mudança de direção de uma onda (para várias direções),


depois de atingir partículas distribuídas aleatoriamente.

ESPECTRO ÓPTICO: Faixa de comprimentos de onda da radiação óptica


(infravermelho + radiação visível + ultravioleta).

FDM: Frequency Division Multiplexing. Sistema de multiplexação por divisão de


freqüência, que usa uma freqüência diferente para cada sub-portadora de cada
canal a ser transmitido por um único meio.

FIBRA ÓPTICA DISPERSÃO DESLOCADA (DS): Dispersion Shifted. Tipo de fibra


monomodo em que as condições de dispersão cromática nula foram deslocadas
da janela de 1310 nm para a janela de 1550 nm, onde as perdas de transmissão
são menores.

FIBRA ÓPTICA MONOMODO (SM): Single Mode. Tipo de fibra óptica na qual
apenas um modo se propagará, fornecendo o máximo em largura de banda. Tem
que ser utilizada com fontes de luz laser. Tem menor atenuação e portanto pode
transmitir sinais a grandes distâncias. É a fibra padrão ou standard para
telecomunicações.

FIBRA ÓPTICA MULTIMODO (MM): Multi Mode. Tipo de fibra óptica que permite
que mais de um modo se propague, apresentando normalmente altas taxas de
atenuação.
Não necessita de fonte de luz coerente, tornando os transmissores e receptores
mais baratos que os monomodo. São excelentes soluções para redes de dados
em distâncias de até apenas alguns quilômetros.

FONTE: O meio (normalmente LED ou laser) utilizado para converter um sinal


elétrico em um correspondente sinal óptico.

FOTODIODO: Dispositivo utilizado para converter sinais ópticos em sinais


elétricos.

FOTODIODOS DE AVALANCHE (APD): Fotodiodos que combinam a detecção de


sinais ópticos com amplificação interna da fotocorrente. O ganho interno é
percebido através da multiplicação avalanche de transportadoras na região da
junção. Sua vantagem é uma razão elevada de sinal-ruído, especialmente, a altas
taxas de bits.

FÓTON: Quantum (pacote) elementar de uma onda eletromagnética.

FREQUÊNCIA: O número de ciclos de uma onda por uma unidade de tempo. Em


geral expresso em Hertz (Hz). 1 Hz = 1 ciclo por segundo.

G/H

GIGA (G): Unidade que equivale a 1 bilhão = 109. Exemplo: 1 GigaHertz (GHz) =
109 Hertz.

GUIA DE ONDAS: Estrutura condutora ou dielétrica capaz de suportar e propagar


um ou mais padrões de campo eletromagnético (modos). Exemplo: Fibra Óptica.

HERTZ: Unidade de medida de freqüência. 1 Hertz (1 Hz) é igual a 1 ciclo por


segundo.

ÍNDICE DE REFRAÇÃO: Propriedade de um meio de transmissão óptico,


correspondente à proporção entre a velocidade da luz no vácuo e a sua velocidade
no meio de transmissão.

INFRAVERMELHO: Radiação óptica com comprimentos de onda maiores do que


aqueles da radiação visível, aproximadamente entre 800 nm e 1 mm.

JANELAS DE TRANSMISSÃO: São os comprimentos de onda de operação de


uma fibra óptica, para o qual a atenuação da mesma tem um ponto de mínimo.
São usadas três janelas:

1ª janela: 850 nm - Aplicável apenas a fibras multimodo.


2ª janela: 1310 nm - Aplicável a fibras multimodo ou monomodo.
3ª janela: 1550 nm - Aplicável apenas a fibras monomodo.

JUMPER: Pequeno lance de cordão óptico, conectorizado nas duas pontas.


Usado para a conexão de equipamentos ópticos.

K/L

KEVLAR: Um dos nomes comerciais para aramida.

LAN: Local Area Network. Rede local de computadores, restrita a uma pequena
área geográfica, normalmente um prédio ou empresa. É comumente operada pelos
próprios usuários.

LARGURA DE BANDA: Expressa a quantidade de informações que um sistema


tem capacidade de transportar. Em sistemas analógicos, é a diferença entre as
freqüências máxima e mínima que podem ser transportadas.

Exemplo: canais de voz que transportam sinais de 300 a 3000 Hz tem largura de
banda de 2700 Hz. Em sistemas digitais, é a máxima freqüência de operação.
Exemplo: Sistemas STM-16 tem largura de banda de 2,5 Gbit por segundo.

LASER: Light Amplification by Stimulated Emission of Radiance. Fonte de luz


coerente com estreita largura de banda espectral.

LINHAS CRUZADAS: Transferência de informações de um guia de onda para outro


adjacente; diafonia.

LOOSE: Tipo de construção de cabos ópticos, onde as fibras não estão


fisicamente vinculadas ao elemento de tração do cabo. Normalmente as fibras
ficam soltas dentro de tubetes plásticos cordados em torno de um elemento
central.

LUZ: Radiação visível; qualquer radiação óptica capaz de causar uma sensação
visual em um observador.

LUZ COERENTE: Luz monocromática com ondas de mesmo comprimento,


mesmo plano de vibração e mesma fase.

MAN: Metropolitan Area Network. Rede da abrangência metropolitana,


normalmente operada por empresa de serviço público.

MEGA (M): Unidade que equivale a 1 milhão = 106. Exemplo: 1 MegaHertz (1


MHz) = 106 Hertz.

MICROCURVATURAS: Causas de atenuação incremental em uma fibra óptica.


Normalmente são motivadas por:

a) ter a fibra encurvado à volta de um raio restritivo de curvatura;

b) pequeníssimas distorções na fibra, impostas por perturbações externamente


induzidas. Comumente associadas à uma extrusão ruim da fibra óptica ou
deficiências na fabricação do cabo.

MÍCRON (m m): Unidade de medida que equivale a um milionésimo de metro =


10-6 metro.

MICROONDA: Qualquer onda eletromagnética com freqüência acima de 890 MHz.


Normalmente dividida em três partes: UHF, SHF e EHF.

MISTURADOR: Acoplador de dois ou mais sinais ópticos dando origem a um


único sinal combinado.

MODEM: Contração de Modulador / Demodulador. Aparelho contendo circuitos


elétricos necessários para conectar equipamentos de processamento de dados a
um canal de comunicações, geralmente através de modulação e demodulação do
sinal.

MODO: Um padrão de campo eletromagnético.

MODULAÇÃO: Processo pelo qual uma característica de uma onda é variada de


acordo com outra onda, ou sinal, como em modems, os quais transformam sinais
de computadores em ondas que sejam compatíveis com instalações de
comunicação e equipamentos.

MULTIPLEXAÇÃO: Transmissão de dois ou mais sinais em um único canal.

NANO (n): Unidade que equivale a 1 bilionésimo = 10-9. Exemplo: 1 nanometro


(nm) = 10-9 metros.

NÚCLEO: A parte central de uma fibra óptica onde é confinada toda a luz, por
apresentar índice de refração mais alto que a casca que o envolve.

O/P

OPGW: OPtical Ground Wire. Cabo pára-raios de linhas aéreas de alta tensão com
núcleo contendo fibras ópticas.

PERDAS: Ver atenuação.

PERFIL DE ÍNDICE: Maneira como o índice de refração varia na seção transversal


de uma fibra óptica.

PERFIL DE ÍNDICE DEGRAU: Característica de um tipo de fibra que apresenta


índice de refração constante ao longo do núcleo e variação abrupta na interface
núcleo-casca. Perfil típico das fibras ópticas monomodo standard.

PERFIL DE ÍNDICE GRADUAL: Característica de um tipo de fibra onde o índice de


refração do núcleo varia continuamente em função da distância do eixo central. A
variação pode se dar com perfil parabólico, típico de fibras multimodo, ou com perfil
triangular, típico de fibras monomodo com dispersão deslocada.

PIGTAIL: Pequeno lance de cordão óptico, conectorizado em uma das pontas e


terminando em um pedaço de fibra nua na outra. É usado para a ligação de
equipamentos ópticos.

POTÊNCIA: Taxa na qual a energia é absorvida, recebida, transmitida, transferida,


etc., por unidade de tempo. Unidade: Watts.

PROTOCOLO: Conjunto de regras e padrões que as máquinas de um sistema


devem obedecer para trocar informações.
R

RABICHO: Ver pigtail

RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA: Emissão ou propagação de energia sob a


forma de onda eletromagnética.

RADIAÇÃO ÓPTICA: Radiação que engloba a luz visível, infravermelho e ultra


violeta, correspondendo a uma faixa de comprimentos de onda de
aproximadamente 4 nm a 1 mm.

RAIO DE DOBRAMENTO: Menor raio de curvatura que uma fibra pode apresentar
sem causar aumento significativo de atenuação.

RDSI: Rede Digital de Serviços Integrados. Rede digital de telecomunicações cujo


acesso permite a transmissão de banda larga.

RECEPTOR ÓPTICO: Equipamento opto-eletrônico que recebe um sinal óptico e o


converte para um sinal elétrico equivalente.

REDE: Uma série de pontos interconectados por canais de comunicações.

REDE DE BANDA LARGA: Rede com capacidade de transportar uma enorme


quantidade de informações ao mesmo tempo, em sinais de voz, vídeo e dados em
alta velocidade.

REPETIDOR: Regenerador de um sinal óptico atenuado. Através da combinação


de um receptor e um transmissor, efetua a transformação do sinal óptico em
elétrico e posteriormente reconverte em um sinal óptico regenerado. O uso de
repetidores tem sido substituído pelo uso de amplificadores ópticos.

REVESTIMENTO COLORIDO: Revestimento pigmentado de uma fibra óptica com


o objetivo de identificação.

REVESTIMENTO PRIMÁRIO: Revestimento de proteção de uma fibra óptica, mais


comumente feito de acrilato. É aplicado em dupla camada logo após o processo
de estiramento. O revestimento primário evita a formação de microcurvaturas,
causadoras de atenuação e confere resistência mecânica à fibra.

REVESTIMENTO SECUNDÁRIO: Revestimento aplicado, durante a fabricação do


cabo óptico, sobre sobre uma ou várias fibras, como proteção mecânica.

RIBBON: Estrutura de agrupamento de fibras ópticas, onde elas são coladas


paralelamente, formando pequenas fitas. Essa construção permite a obtenção de
cabos de pequeno diâmetro e com centenas de fibras ópticas.

RUÍDO: Qualquer perturbação que tenda a interferir na operação normal de um


aparelho ou sistema de comunicação. As unidades de medição de ruídos variam
com os procedimentos utilizados para a ponderação de ruídos.
S

SDH: Synchronous Digital Hierarchy. Sistema de transmissão síncrona com


grande capacidade de transmissão e simplicidade de construção e gerência.

SHF: Super High Frequency. Microondas da faixa de 3 GHz a 30 GHz.

SÍLICA: Dióxido de silício em forma vítrea; quartzo

SÍLICA DOPADA: Sílica contendo pequenas porcentagens de outros


componentes químicos capazes de alterar seu índice de refração.

SPLITTER: Derivador.

TAXA DE ERROS: Proporção de dados recebidos incorretamente (bits, elementos,


caracteres ou blocos), em relação ao total geral de dados transmitidos.

TDM: Time Division Multiplexing. Sistema de multiplexação por divisão de tempo.


Alinham-se diversos sinais e transmite-se um byte de cada sinal por vez, num
único canal de saída de alta velocidade.

TDMA: Time Division Multiple Access. Sistema de multiplexação para


digitalização do acesso à telefonia celular que utiliza divisão de tempo. Ver TDM.

TIGHT: Tipo de construção de cabos ópticos onde as fibras são fisicamente


vinculadas ao elemento de tração do cabo.

TORNO DE DEPOSIÇÃO: Equipamento usado para confecção da pré-forma. No


processo MCVD o torno é dotado de garras que prendem o tubo de sílica, coloca-o
em movimento de rotação uniforme e injeta em seu interior os cloretos que serão
depositados por oxidação. É também dotado de queimadores que percorrem por
diversas vezes o tubo, elevando a temperatura para provocar a deposição.

TORRE DE ESTIRAMENTO: Equipamento usado para estirar o bastão de


pré-forma, transformando-o em fibra óptica. É dotado de uma cabeça onde a
pré-forma é aquecida até adquirir uma consistência "pastosa", e de um sistema de
tracionamento, que controla o diâmetro da fibra estirada.

TORRE DE PUXAMENTO: O mesmo que torre de estiramento.

TRANSMISSÃO ASSÍNCRONA: Um método de transmissão no qual cada


caractere de informação é individualmente sincronizado, normalmente pelo uso de
indicadores de "inicia / pára". (comparar com transmissão síncrona).

TRANSMISSÃO SÍNCRONA: Método de transmissão no qual a sincronização de


caracteres é controlada por sinais de sincronização gerados nas estações
receptora e transmissora (contrário de comunicações "inicia / pára"). Ambas as
estações operam continuamente na mesma freqüência e são mantidas numa
relação de fase desejada.

TRANSMISSOR ÓPTICO: Equipamento eletro-óptico que recebe um sinal elétrico


e o converte para um sinal óptico equivalente, pronto para ser propagado por uma
fibra óptica.

U/V

ULTRAVIOLETA: Radiação óptica com comprimentos de onda menores do que


aqueles da radiação visível, aproximadamente entre 4 nm e 400 nm.

VELOCIDADE DA LUZ (c): Aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo no


vácuo.

VHF: Very High Frequency. Microondas da faixa de 300 MHz a 3 GHz.

WAN: Wide Area Network. Rede de longa distância. A ligação entre duas
metrópoles constituem uma WAN.

WDM: Wavelength Division Multiplexing. Sistema de multiplexação onde diversos


canais são alocados em comprimentos de onda diferentes para transmissão por
uma mesma fibra. É o sistema que atualmente permite maior capacidade de
transmissão.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Física.
Ciência que estuda os fenômenos naturais e as propriedades da matéria, mediante método disciplinado por
relações entre teoria e experimentação.

Física
Física
O homem sempre buscou compreender melhor os fenômenos naturais e a estrutura do universo. Para isso, tem
procurado definir princípios e leis elementares. Todo esse esforço levou ao surgimento da física como uma
disciplina científica.
Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais pela aplicação de um método regido por determinados
princípios gerais e disciplinado por relações entre experimentos e teoria. Seu campo de ação compreende, em
linhas gerais, o estudo das propriedades da matéria - seus aspectos e níveis de organização - e das leis de seu
movimento e transformações. Busca formular essas leis em uma linguagem matemática capaz de abranger o
maior número possível de fenômenos.
A conceituação da física, no entanto, enfrenta o problema da adequada qualificação e delimitação da área e
aplicações próprias dessa ciência. O grupo de ciências da natureza é imenso e, além disso, a própria física e
seus campos de estudo estão em constante evolução, graças a novos instrumentos e descobertas. Excluídos os
aspectos químicos e biológicos da matéria, pode-se dizer que pertencem ao conteúdo próprio da física quatro
níveis microscópicos básicos da matéria - subnuclear, nuclear, atômico e molecular - e quatro modos de
organização (estados) - gasoso, sólido, líquido e plasmático. Suas propriedades gerais, leis de movimento e
transformações são descritas mediante quatro interações básicas: gravitacional, eletromagnética, interação
forte e interação fraca. As duas últimas atuam predominantemente nos domínios nuclear e subnuclear.
Também é preciso excluir do domínio da física aquelas interfaces com outras ciências da natureza que
constituem campos interdisciplinares, como a biofísica, a geofísica e a físico-química. Nessas disciplinas, a
abordagem é feita do ponto de vista da física, mas o objeto de estudos pertence a outras áreas. Diferente é o
caso da astrofísica, em que o objeto de estudos serve para testes dos conhecimentos obtidos em escala
terrestre e de fonte para fenômenos novos a serem estudados pela física.
A fronteira com domínios filosóficos aparece implicitamente no conceito exposto acima, na seguinte questão:
as propriedades e leis de movimento da matéria existem independentemente dos procedimentos empregados
para conhecê-las? Essa questão pertence à teoria do conhecimento e a maioria dos físicos parece disposta a
crer que o mundo material preexiste com suas leis próprias, que eles descobrem e representam numa imagem
tão fiel e correta quanto seus instrumentos, métodos de observação e de análise o permitem. Outras questões
filosóficas importantes relacionam-se com os conceitos de espaço e de tempo, intimamente ligados à matéria
e ao movimento, que suscitam interpretações relacionadas com limites eventuais de existência do universo e
com as categorias de determinismo e causalidade.
As fronteiras com a técnica têm origem na base empírica da física, construída sobre métodos experimentais e
instrumentos de medidas. A física ora cria e aperfeiçoa esses instrumentos, ora os busca em outras áreas de
estudo. A luneta telescópica, por exemplo, que permitiu a Galileu realizar observações de grande impacto
científico, foi criada para servir à técnica de navegação. A física também contribui com variadas aplicações
no lar, na indústria, na medicina e na pesquisa científica, como é o caso da energia elétrica e do raio X.
O reconhecimento das imensas possibilidades da física para a criação de técnica aproveitável pelas outras
ciências e pela sociedade motivou a mobilização de esforços e recursos humanos com o objetivo de explorá-la
sistemática e intencionalmente. O conjunto dessas atividades constitui a física aplicada, campo em que se
realizam, por exemplo, pesquisas sobre semicondutores voltadas para as aplicações da eletrônica, e pesquisas
sobre fusão nuclear controlada, em busca de novas formas para a produção de energia.
Metodologia e campos de estudo
Segundo o método de abordagem, a física subdivide-se em experimental e teórica. A primeira é uma
sondagem das propriedades da matéria, seu movimento e transformações, através de observações e medidas
dos aspectos quantitativos relevantes. A física teórica visa a incorporação dos resultados experimentais em
teorias consistentes, capazes de articular elementos novos com aqueles já conhecidos, representando-os
segundo estruturas lógicas abrangentes que recorrem a um conjunto mínimo de postulados e princípios gerais.
Enseja também a previsão de fenômenos ou comportamentos novos e a formulação da teoria dos instrumentos
de medida, essencial para o desenvolvimento do método experimental. Os dois tipos de abordagem se acham
em todos os campos e divisões da física.
A física teórica requer grande imaginação e domínio do instrumento matemático, enquanto a física (e a
matemática) experimental exige alta engenhosidade, conhecimento de técnicas variadas, habilidade de
planejamento experimental e perseverança na superação de dificuldades. Para responder às questões que são
apresentadas, a física requer inicialmente uma observação cuidadosa dos fenômenos, bem como a análise dos
fatores que podem influir sobre eles. Após a consideração de um fato concreto, chega-se a um raciocínio e se
enuncia uma hipótese de trabalho capaz de explicar o fenômeno observado e à qual se possa chegar de uma
maneira indutiva ou dedutiva.
O passo seguinte é a experimentação, ou seja, a reprodução do fenômeno sob condições previamente
preparadas e cuidadosamente controladas. Desse modo, podem-se alterar as variáveis que atuam sobre o
objeto de estudo e registrar a reação dessa mudança sobre o fenômeno observado. No método científico, a
comprovação de todo conhecimento é o experimento. Postulam-se assim leis cuja validez ou falsidade se
avaliam segundo o êxito ou o fracasso diante dos fatos experimentais. Finalmente, chega-se à formulação de
uma teoria e a sua expressão matemática. Se a hipótese conseguir explicar grande número de dados
experimentais, terá a categoria de lei natural.
A partir dos dados conhecidos, podem-se deduzir novas leis, de forma teórica, que logo deverão ser
comprovadas experimentalmente. A expressão matemática deve ser capaz de explicar os fenômenos não
observados, assim como justificar qualitativa e quantitativamente as medidas realizadas.
Os resultados de uma experiência física podem ser descritos por meio de tabelas, gráficos e equações. As duas
primeiras mostram os dados obtidos no experimento e a relação entre eles; as equações permitem generalizar
os conhecimentos obtidos ao estudar o fenômeno. De modo geral, as leis da natureza têm expressão
matemática simples. As expressões mais complicadas aparecem quando o fenômeno estudado envolve fatores
não conhecidos perfeitamente.
Evolução do conhecimento da matéria
O conhecimento em física se constitui em sondagens de aspectos quantitativos da matéria e do movimento e
de sua inserção em esquemas racionais que os articulem em teorias simples e unificantes. Seu
desenvolvimento histórico se manifesta, portanto, na história das transformações por que passaram os
instrumentos de sondagem e das grandes idéias gerais que orientaram a teorização. Duas grandes idéias
presidiram o pensamento científico na física por muitos séculos: o mecanicismo e a concepção atomística da
matéria.
Mecanicismo. O pensamento mecanicista consiste essencialmente em reduzir todos os fenômenos da física, e
mesmo da natureza, a sistemas de forças que atuam entre corpos materiais. Nessas condições, os aspectos
mais definitivos de qualquer fenômeno estariam, em última instância, subordinados às leis da mecânica.
Suas origens são encontradas nas concepções de Copérnico, que propôs em De revolutionibus orbium
coelestium (1543; Sobre a revolução dos orbes celestes) uma reformulação das concepções vigentes sobre o
sistema solar, particularmente no que diz respeito às posições relativas da Terra e do Sol, e nos trabalhos de
Johannes Kepler, que realçaram a importância de um esquema matemático adequado para a descrição das
propriedades dos corpos celestes em movimento.
Com suas idéias sobre a gravitação, Descartes deu forma mais nítida ao pensamento mecanicista, mas o ponto
alto só foi atingido mais tarde, com Isaac Newton. Nos célebres Philosophiae naturalis principia mathematica
(1686; Princípios matemáticos da filosofia natural), Newton deu forma clara a essa tendência, defendendo a
tese de que todos os fenômenos da natureza poderiam vir a ser enquadrados em esquemas puramente
mecânicos. O sucesso de sua teoria da gravitação e muitas outras realizações de grande mérito garantiram-lhe
autoridade científica sem precedentes, a qual exerceu papel muito importante na difusão dessas idéias por
parte de numerosas gerações de cientistas.
Durante algum tempo as aspirações mecanicistas adquiriram respaldo científico: várias descobertas sucessivas
mostraram que interpretações sob essa orientação podiam ser aplicadas a outros fenômenos além daqueles
ligados à gravitação. Por exemplo, cerca de um século após a publicação da obra de Newton, Charles-
Augustin Coulomb verificou que a interação entre corpos eletrizados ou magnetizados seguia precisamente a
mesma lei formal que a atração gravitacional, com a adição das repulsões ao lado das atrações.

Com essas descobertas configurou-se a perspectiva de que uma classe ainda mais extensa de fenômenos
pudesse seguir as previsões do mecanicismo. De fato, os novos conhecimentos sobre luz e calor encaixavam-
se também naquele esquema. A propagação retilínea da luz, a reflexão, a refração e a dispersão foram objetos
de duas históricas interpretações, uma devida a Newton, outra a Christiaan Huygens. O caráter mecanicista da
interpretação dada por Newton é óbvio, pois segundo ela todos os fenômenos citados resultam de forças que
agem entre a matéria e os corpúsculos da luz. No caso de Huygens, o caráter mecanicista se revela na
postulação da existência de um "éter" mecânico, portador da energia luminosa, semelhante aos meios
materiais portadores da energia das ondas sonoras.
Após os trabalhos de Augustin-Jean Fresnel sobre a difração das ondas luminosas, apresentados em 1816, as
idéias de Huygens passaram a prevalecer, mas a posição mecanicista saiu intocada. Instalou-se, a partir daí,
acirrada discussão sobre as propriedades mecânicas do éter, que só terminou no começo do século XX.
Os fenômenos térmicos deram também contribuição importante para a edificação dos ideais mecanicistas. A
associação entre movimento mecânico e calor é fato corriqueiro ao alcance da observação de qualquer pessoa.
Em 1841, James Prescott Joule demonstrou experimentalmente que o calor não passa de uma manifestação da
energia mecânica.
A teoria cinética do calor, desenvolvida por James Clerk Maxwell em 1866, interpretou os fenômenos
térmicos segundo um modelo mecânico microscópico, dentro do qual variáveis termodinâmicas
macroscópicas, como pressão e temperatura, resultam de oscilações ou de colisões entre átomos constituintes
da matéria. Assim, esses fenômenos se reduziam às forças entre os corpúsculos materiais e, embora
introduzissem um comportamento estatístico qualitativamente novo, se enquadravam nas teses mecanicistas.
O declínio do programa mecanicista começou a partir de 1820, com as descobertas de fenômenos magnéticos
associados a correntes elétricas. As forças envolvidas apresentavam características muito distintas daquelas
ligadas à atração gravitacional e à interação de cargas elétricas e pólos magnéticos. Demonstrou-se que elas
dependiam não só da distância entre os corpos mas também de sua velocidade relativa, além de se
manifestarem em direções outras que a linha reta entre as cargas em movimento.
Essas descobertas, embora revelassem forças de um caráter completamente novo, não invalidavam a essência
da interpretação mecanicista, reformulada para requerer apenas forças e corpos, quaisquer que fossem suas
particularidades, mas certamente introduziam um elemento de dúvida quanto à simplicidade da interpretação
desses fenômenos. O reducionismo da posição mecanicista tem o atrativo da simplicidade e da unidade, e
qualquer golpe nesses atributos é também um golpe na idéia inteira.
Passos importantes em direção ao desfecho final foram dados por Michael Faraday e Maxwell. O primeiro
introduziu a idéia de campo de forças para interpretar as manifestações magnéticas de correntes elétricas, e o
segundo formulou uma teoria, baseada na idéia de campo, que unificou todos os fenômenos elétricos e
magnéticos até então conhecidos e ensejou a previsão de fenômenos novos.
A mais notável das previsões de Maxwell foi a da existência de ondas eletromagnéticas, previsão que veio a
ser confirmada em fins do século XIX, quando Heinrich Rudolph Hertz demonstrou que essas ondas se
propagavam no espaço com velocidade igual à da luz. Além disso, as propriedades de propagação, reflexão,
refração, interferência, dispersão e difração são atributos também dessas ondas. Ao ser demonstrado que todas
as propriedades inerentes à luz se encontram também nas ondas eletromagnéticas, os dois conceitos passam a
ser idênticos. Com isso, as ondas de Huygens deixam de ser oscilações mecânicas do éter para serem
oscilações excitadas por forças elétricas e magnéticas.
Embora essa condição complicasse ainda mais as já estranhas propriedades do éter, de modo algum desmentia
sua existência. O golpe final da idéia do éter se deu em conseqüência dos progressos nas concepções
relativísticas, devidas principalmente a Albert Einstein, segundo as quais nenhuma ação entre corpos
materiais se pode propagar com velocidade superior à da luz no vácuo. Em conseqüência desse resultado,
torna-se necessário desvincular os campos e as partículas materiais que lhes servem de fontes, isto é, as forças
dos corpos materiais que as geram. Esse foi um duro golpe contra as pretensões mecanicistas. Em seguida,
experiências de medida da velocidade da luz em condições apropriadas demonstraram que o éter nem é
arrastado pelos corpos que nele se movem, nem permanece em repouso, sendo, portanto, uma ficção
mecânica. A derrubada da teoria do éter pela experiência mostrou que pelo menos os fenômenos luminosos
não estão sujeitos à interpretação mecanicista.
A luz é constituída de campos elétricos e magnéticos oscilantes que têm existência real tanto quanto as
partículas de matéria com as quais interagem. Os campos incorporam todos os atributos elétricos e
magnéticos associados ao movimento das cargas que lhes dão origem e produzem efeitos de maneira
autônoma, isto é, desvinculada daqueles movimentos. A energia das ondas luminosas está nos campos que a
transportam de um ponto a outro, sem a interveniência de qualquer meio material intermediário.
Concepção atomística da matéria. As primeiras formulações atomísticas do universo remontam a Leucipo e
Demócrito (século V a.C.). Segundo elas, move-se no espaço finito um número ilimitado de átomos eternos,
tão pequenos que não admitem fragmentação ou divisão ulterior, absolutamente cheios, sem poros ou bolhas,
incompressíveis, que preenchem completamente o espaço que ocupam, e os diferentes aspectos do universo
resultam da pluralidade infinita de formas atômicas e de sua ordenação e posição relativa.
A essas concepções se opôs o idealismo platônico-pitagórico, segundo o qual formas abstratas elementares
desprovidas de substrato material seriam os corpúsculos constituintes da terra, do fogo, do ar e da água, que
eram, por sua vez, as substâncias elementares de todas as outras.
Após essas contribuições da antiguidade, o pensamento filosófico esperou por outra formulação importante da
natureza do universo até meados do século XVII, quando Leibniz deu sua versão da doutrina das mônadas, de
Giordano Bruno. O monadismo de Leibniz tem semelhanças com o atomismo de Demócrito, porque ambos
apresentam uma visão do mundo segundo a qual seres e coisas são constituídos pela superposição de unidades
elementares.
A mônada é uma substância simples com a qual se constroem as complexas, não tem elementos, nem
dimensão, nem forma, não pode ser dividida ou decomposta. Uma mônada é necessariamente diferente de
qualquer outra e no seu interior não há movimento, nada pode mudar. Entretanto, cada mônada é passível de
outras mudanças - e as sofre incessantemente - determinadas por um princípio interno, que garante a
pluralidade de diferenças e de associações externas necessárias para a reprodução da infinita variedade do
universo.
Se de um lado o monadismo de Leibniz oferece alternativas não mecanicistas ao atomismo de Demócrito, de
outro introduz um forte componente teológico - por meio do princípio interno da mônada - e ideais de
harmonia universal. O atomismo, no entanto, se mantém dentro de limites materialistas, sustentando um
princípio de necessidade, intrinsecamente vinculado aos átomos, para explicar suas associações e
movimentos. Nenhuma dessas concepções resistiu íntegra ao peso das observações científicas, mas todas
desempenharam papel muito importante na orientação do pensamento científico ao longo da história.
A primeira abordagem científica das idéias atomísticas teve lugar na segunda metade do século XVII, com os
trabalhos de Newton sobre fenômenos luminosos, publicados em sua obra Opticks (1704; Óptica). Após
numerosos trabalhos experimentais sobre a propagação retilínea da luz, reflexão, refração e principalmente
dispersão cromática, Newton levantou a hipótese de que a luz seria constituída de corpúsculos materiais, cada
um responsável por uma das cores fundamentais que, reunidas, dão a luz branca, propagando-se com
velocidade que depende de sua qualidade cromática e da densidade do meio. Curiosamente, Newton analisou
detidamente, em suas experiências, fenômenos de interferência luminosa que mais tarde foram os principais
argumentos contra sua hipótese corpuscular da luz, finalmente refutada, em 1816, por Fresnel.
O passo seguinte foi dado em começos do século XIX, com Dalton. Físico e meteorologista, interessou-se
pelas propriedades elásticas dos gases. Considerando a repulsão mútua de suas partículas, procurou interpretar
tais propriedades dentro de um esquema newtoniano. Seus trabalhos levaram-no a considerar as proporções de
átomos diferentes em diversos tipos de gases e daí a enunciar, em 1804, a lei da combinação de elementos por
múltiplos de pesos definidos, mostrando assim que as substâncias compostas são construídas átomo por
átomo, agrupados aos pares, três a três etc.
Em 1827, o botânico inglês Robert Brown descobriu o movimento dito browniano das partículas de pólen de
certa erva em suspensão aquosa, o qual foi observado posteriormente com diferentes tipos de partículas em
suspensão. O movimento browniano sugere fortemente a interpretação de que o movimento das partículas em
suspensão lhes é imprimido por colisões com os corpúsculos da água. Essa idéia, nas mãos de Maxwell,
Ludwig Boltzmann e outros se transformou na teoria cinética dos gases, que oferece uma explicação para as
propriedades desses sistemas.
Na metade do século XIX, a idéia de átomo parecia muito bem assentada nos termos em que a concebeu
Demócrito. Considerava-se, então, que os átomos das substâncias diferentes fossem associações de átomos de
hidrogênio, o mais leve deles. Entretanto, as investigações do químico russo Dmitri I. Mendeleiev sobre a
classificação dos elementos químicos, publicadas em 1869, lançaram sérias dúvidas sobre a simplicidade
desse esquema, denunciando a possível existência de estruturas de organização intra-atômicas que exibiriam
aspectos comuns a vários elementos, o que explicaria a semelhança de suas propriedades.
Os átomos não eram, portanto, as unidades indivisíveis do filósofo grego, como Ernest Rutherford acabou por
comprovar, em 1911, com seu modelo atômico. O desfecho dependeu da descoberta do elétron, em 1897, por
Joseph John Thomson, a partir de experiências sobre descargas elétricas em gases rarefeitos, e de fenômenos
associados à radioatividade dos elementos, descoberta por Henri Becquerel em 1896. Rutherford demonstrou
que os átomos dos elementos eram constituídos de um núcleo central carregado de hidrogênio (prótons),
circundado por uma nuvem de elétrons em número suficiente para neutralizar os efeitos elétricos da carga
central. Essa idéia mostrou-se substancialmente correta até o dia de hoje, salvo pela introdução do nêutron
como constituinte do núcleo atômico, após sua descoberta, em 1932, por James Chadwick.
A ciência das primeiras décadas do século XX foi capaz também de demonstrar que as concepções
atomísticas não se limitam aos aspectos ordinários da matéria, mas estendem-se igualmente a suas
manifestações elétricas e ao movimento. Assim ficou demonstrado, particularmente depois das experiências
de Robert Andrews Milikan, que o menor valor de carga elétrica é o da carga do elétron, e qualquer outro
valor será múltiplo inteiro desse.
Na mesma época, os trabalhos de Max Planck sobre a entropia da radiação levaram-no à conclusão de que a
energia irradiada por dipolos elétricos oscilantes é concentrada em quantidades definidas (quanta),
dependendo da freqüência de oscilação, sendo a potência total um múltiplo inteiro dessas quantidades
elementares. De certo modo, esse resultado correspondia a um retorno às concepções de Newton sobre o
caráter discreto da radiação luminosa.
As idéias de Planck, nas mãos de Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg e Max Born, ganharam finalmente
outras luzes, com a edificação de uma nova disciplina, que veio a substituir a mecânica clássica em domínios
microscópicos: a mecânica quântica. Capaz de incorporar simultaneamente aspectos corpusculares e
ondulatórios, vinculando matéria e movimento, os princípios e métodos dessa disciplina ensejam a
formulação de uma teoria eletromagnética capaz de acomodar os pontos de vista de Newton e de Huygens
sobre a natureza da luz, interpretando acertadamente todos os fenômenos luminosos até hoje conhecidos.
Em domínios subatômicos, as unidades elementares são os elétrons na região extranuclear e os núcleos
atômicos. Elétrons são partículas estáveis e até hoje não foi possível identificar-lhes qualquer estrutura, mas
os núcleos atômicos estão longe de constituir aquelas unidades indivisíveis e imutáveis de Demócrito. Os
núcleos, constituídos de prótons e nêutrons, podem ser transformados uns nos outros mediante reações
nucleares ou processos de radioatividade natural em que ocorre emissão de partículas e/ou energia. Os
próprios prótons e nêutrons (núcleons) do núcleo atômico possuem estrutura própria. Os nêutrons são, além
disso, instáveis.
Após a descoberta do nêutron, a física nuclear identificou cerca de uma centena de partículas subnucleares,
denominadas elementares. A grande maioria delas não é elementar no sentido atomístico, porque se
desintegram em outras e revelam, assim, uma estrutura subjacente. Estáveis são apenas o próton, o elétron, os
fótons e os neutrinos, entre os quais apenas os três últimos não revelaram até hoje qualquer traço de estrutura
interna.
Desenvolvimentos da década de 1960 sugeriam fortemente a existência de partículas presumivelmente
estáveis, das quais todas as outras nuclearmente ativas poderiam ser construídas: os quarks. Atualmente, já
não há mais dúvida quanto à existência dos quarks. Até a década de 1990, essas partículas ainda não haviam
sido observadas sob a forma livre, mas experiências indicavam que o próton é composto de partículas
puntiformes. A análise teórica das propriedades dos quarks, porém, indicavam uma estrutura para o próton
constituída de quarks.
Até o fim do século XX, a física experimental procurava criar uma mistura de quarks por meio de compressão
e aquecimento do núcleo atômico para provocar uma forte colisão de núcleons com liberação de quarks. Isso
possibilitará a criação de um plasma de quarks que encontrará aplicações em diversas áreas como astrofísica
(estudo da hipótese da grande explosão primordial), física nuclear e medicina.
Organização social da física
A física, juntamente com as ciências da natureza, faz parte de um complexo de instituições de grande
importância na sociedade contemporânea, não só em função do vulto dos investimentos, como também do
contingente humano, do número e da diversidade de organizações comprometidas com sua manutenção e
expansão. Os físicos constituem hoje um grupo de profissionais socialmente prestigiados, formados em
organizações próprias. Dispõem de enormes facilidades de trabalho, como laboratórios, bibliotecas, serviços
de intercâmbio e divulgação de informações etc., os quais, em muitos aspectos, têm superado as vantagens
conquistadas por grupos profissionais mais tradicionais na cultura ocidental, como advogados e médicos.
Os países desenvolvidos normalmente aplicam cerca de três por cento do produto nacional na investigação
científica em geral, dos quais pelo menos metade com as ciências físicas e suas aplicações à engenharia e à
indústria. Também mantêm uma máquina burocrática para a gestão desses investimentos, constituída de
órgãos executivos e de assessoria especializada na condução dos assuntos referentes à pesquisa científica pura
e aplicada. A criação desse complexo foi fruto de uma evolução muito lenta, que dependeu do
amadurecimento de muitos fatores, demandas e aspirações, não necessariamente ligados à investigação
científica, mas originados no grande processo de substituição de cultura que foi o Renascimento.
Na física, essa passagem teve o aspecto de uma autêntica revolução. O sistema de Copérnico e a introdução
do método experimental como argumento de prova, devida particularmente a Galileu, abalaram
inexoravelmente a herança aristotélica dominante no pensamento filosófico até a Idade Média.
As grandes conquistas da astronomia, que culminaram com a síntese newtoniana, resolveram em definitivo os
problemas da navegação, que a ciência da etapa anterior foi incapaz de solucionar. A demolição do sistema
filosófico-religioso herdado da cultura anterior, e os frutos práticos na área da navegação libertaram a ciência
de sua posição contemplativa, especulativa, e abriram as portas para uma era em que passou a ser encarada
como instrumento de transformação.
No âmbito do Renascimento italiano criaram-se as primeiras universidades, que deram margem a novas
atividades intelectuais. Embora dominadas até meados do século XIX pelas heranças filosóficas de inspiração
aristotélico-tomista, abrigaram o trabalho de inúmeros contestadores, entre os quais Galileu. Foram também
criadas as primeiras sociedades científicas, a Accademia dei Lincei (1603), em Roma, e a Accademia del
Cimento (1651), em Florença. Esse movimento renasceu na Inglaterra, em 1662, com a criação da The Royal
Society, logo seguida da França, com a Académie Royale des Sciences, em 1666, e rapidamente atingiu
outros países. Em 1790, estimava-se em 200 o número de academias.
Essas academias nasceram com o intuito de conferir à ciência um novo status. O esboço dos estatutos da
Royal Society, redigido por Robert Hooke, em 1663, estabelece essas metas: "O objetivo da Royal Society é
aperfeiçoar o conhecimento das coisas da natureza e de todas as artes úteis, manufaturas e práticas mecânicas,
engenhos e invenções por meio da experimentação (e não especular sobre divindade, metafísica, moral,
política, gramática, retórica ou lógica)." Apesar do impulso renovador e do embrião de organização em que
consistiam, as sociedades científicas eram organizações muito fechadas, mantidas por seus membros, pessoas
de renda própria e posição social. Não havia remuneração pelo trabalho científico, situação que perdurou até a
segunda metade do século XIX, quando as universidades começaram a acolher institucionalmente a ciência.
Somente a partir dessa época o cientista contou com uma organização para a sua formação. Antes disso, todos
foram autodidatas.
Outros embriões de organização que apareceram no século XVII foram a criação, em 1672, do Observatoire
Royal, em Paris, e do Royal Observatory, em Greenwich, em 1675. Foram as primeiras organizações
dedicadas a setores da física patrocinadas pelo poder central, e sua criação dependeu muito do crédito obtido
na solução de problemas astronômicos necessários ao desenvolvimento da navegação. Também foram as
primeiras organizações, e durante muito tempo as únicas, a oferecerem um emprego regular a um especialista.
Durante os séculos XVIII e XIX não houve grandes avanços na organização social da física. Quase todos
foram fruto das demandas surgidas no século XX, em especial as geradas pela primeira e pela segunda
guerras mundiais, nas quais se empregaram armamentos sofisticados que exigiram conhecimentos avançados
de aerodinâmica, eletrônica, física nuclear etc.
Física no Brasil
A física foi introduzida no Brasil primeiramente como matéria necessária à formação de engenheiros civis e
militares e de médicos. O primeiro laboratório para o ensino da física, utilizado pelos alunos das escolas
militares e de medicina foi criado, em 1823, no Museu Nacional do Rio de Janeiro. À medida que o ensino de
engenharia tomava vulto, novos laboratórios didáticos foram equipados. A Escola Politécnica, hoje Escola de
Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, teve em Henrique Morize um organizador exemplar,
que equipou o laboratório de física, coordenou um bom programa de ensino teórico e experimental e conduziu
pesquisas.
O desenvolvimento da pesquisa física no Brasil, iniciado no fim do século XIX, está ligado aos nomes de
alguns brasileiros que tiveram sua formação científica fora do país e dedicaram seus talentos à matemática e à
física. Entre os que publicaram memórias e fizeram palestras sobre aspectos novos da física na época e
estimularam o estudo da ciência no país cabe citar os nomes de Joaquim Gomes de Sousa, Oto de Alencar,
Manuel Amoroso Costa e Teodoro Ramos.
Em 1934, foi fundada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Gleb
Wataghin, que chefiou o departamento de física, conseguiu atrair talentos e constituir uma equipe inicial de
pesquisadores de grande mérito, pelo que seu trabalho pode ser considerado o mais importante para a
implantação da física como ciência no Brasil. Já em 1936 e 1937, foram publicados os primeiros trabalhos
sobre física teórica, de Mário Schemberg, e experimental, de Marcelo Damy de Sousa Santos.
O sucesso da Faculdade de Filosofia de São Paulo estimulou a fundação, em 1939, da Faculdade Nacional de
Filosofia, no Rio de Janeiro, cujo departamento de física teve como organizador Joaquim da Costa Ribeiro.
Mesmo sem contar com os recursos e facilidades de sua congênere de São Paulo, o departamento de física da
nova faculdade promoveu cursos de formação e trabalhos de pesquisa, entre os quais os importantes estudos
sobre dielétricos de Bernardo Gross, Costa Ribeiro e colaboradores.
César Lattes, que fizera seus estudos iniciais na Faculdade de Filosofia de São Paulo, realizou no Reino Unido
e nos Estados Unidos pesquisas sobre raios cósmicos e sobre mésons. Sob sua influência foi organizado, em
1949, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), que contou de início com sua orientação científica na
parte experimental e a de José Leite Lopes no campo teórico. Em poucos anos a instituição adquiriu renome
internacional e sua coleção de trabalhos sob o título Notas de física constitui repositório essencial de
informações sobre a história da pesquisa física no Brasil. Além de sua tarefa fundamental de pesquisa, o
CBPF colaborou na formação de pessoal científico, e tomou também a seu cargo cursos de pós-graduação.
Várias instituições têm-se aparelhado para o trabalho de ensino e pesquisa no campo da física, especialmente
institutos e departamentos ligados a universidades. Destacaram-se por seus trabalhos no campo da pesquisa o
departamento de física do Centro Aeroespacial de São José dos Campos SP; o Centro de Tecnologia Nuclear,
na Universidade de Minas Gerais, em Belo Horizonte; o Instituto de Física da Universidade do Rio Grande do
Sul, em Porto Alegre; o Instituto de Física da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; os
departamentos de física das universidades da Bahia, de Pernambuco, de Campinas SP e de São Carlos SP.
A Sociedade Brasileira de Física, fundada na década de 1960, tem por finalidade promover a pesquisa e o
ensino da física no país, bem como defender os interesses profissionais dos físicos. Pouco depois de fundada,
congregava mais de mil associados.
Num resumo sobre a física do Brasil impõe-se ressaltar o trabalho do grupo teórico inicial que, no país ou no
exterior, elevou a física brasileira ao nível internacional: Mário Schemberg, José Leite Lopes e Jaime Tiomno.
Muitos profissionais atuantes no campo teórico são discípulos desses físicos. No campo da física experimental
merecem citação especial: Lattes, pelos estudos de partículas elementares e raios cósmicos; Marcelo Damy de
Sousa Santos, que construiu e operou o bétatron da USP; Oscar Sala, responsável pela construção e operação
do gerador Van der Graaf da USP; Hervásio de Carvalho, pelos estudos de partículas e radiações com o
emprego de emulsões nucleares; José Goldenberg, por seus estudos sobre reações fotonucleares; Jacques
Danon pelos trabalhos sobre o estado sólido e efeito Mossbauer. Além deles, destacam-se as pesquisas de
Moisés Nussenzveig, em ótica quântica; Leopoldo Nachbin, em matemática aplicada à física; Adir Moisés
Luís e Roberto Nicolsky, em supercondutividade; Ronaldo Cintra Shellard, em física de altas energias;
Francisco de Oliveira Castro, sobre raios cósmicos; Hélio Teixeira Coelho, sobre forças nucleares; Carlos
Bertulani sobre núcleos exóticos.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

FORÇAS E LEIS DE NEWTON


A Força é uma interação entre dois corpos, perceptível pelos seus efeitos. Uma
força pode causar vários efeitos diferentes em um corpo, como por exemplo:
imprimir movimento, cessar um movimento, sustentar um corpo, deformar um
corpo.

Uma atenção a mais deve ser dado ao estudo das forças, pois trata-se de uma
grandeza vetorial e como tal possui módulo, direção e sentido.

A Unidade de medida de força no S.I. é o Newton ( N ). Para se ter uma noção do


seu valor, saiba que um Newton (1N) é a força necessária para erguer uma
pequena xícara de café (100 ml) e 100N é a força necessária para levantar dois
pacotes de açúcar de 5 kg cada um.

Outra unidade também utilizadas, é o quilograma-força (kgf). Uma força de 1 kgf é


a força necessária para erguer um pacote de sal de 1 kg e 10 kgf é a força

1N ≅ 10 kgf
necessária para levantar dois pacotes de açúcar de 5 kg cada um. Daí, uma
relação entre as duas unidades:

Existem dois tipos de força: força de contato e força de campo.

As forças de contato são aquelas em que há necessidade de um contato físico


entre os corpos para que neles atuem a força, como no caso de uma pessoa
fazendo força em um carro para se movimentar, ou um boxeador socando o seu
adversário.

As forças de campo são aquelas que atuam à distância, sem a necessidade de


contato entre os corpos, como é o caso da força da gravidade da Terra, da força
de um imã sobre um prego, etc.

O comportamento geral das forças foi muito bem descrito por Isaac Newton, que
escreveu as três leis que levaram o sue nome.

1a LEI DE NEWTON ( LEI DA INÉRCIA)


Inércia é a Incapacidade de um corpo em alterar o seu estado de movimento ou
repouso. Ou seja, qualquer corpo, isolado é incapaz de entrar em movimento (se
estiver em repouso) ou mudar a sua velocidade (se estiver em movimento).
A primeira lei de Newton, basicamente pode ser assim enunciada:
Se não existe a ação de forças ou se é nula a resultante das forças atuantes
sobre um corpo, ele permanece em seu estado natural de movimento ( repouso ou
M. R. U.).

A conclusão mais direta desta lei é que um corpo em que a resultante das forças é
nula, estará em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Neste caso, diz-se
que um corpo está em Equilíbrio.

Uma pessoa que se encontra dentro de um ônibus em movimento, continuará em


movimento para frente, quando o ônibus parar, se não estiver segurando no
mesmo, pois a resultante das forças sobre ela é nula e ela tende a manter o seu
estado de movimento.

Uma partícula está em equilíbrio quando a resultante das forças que nela atuarem
for nula.

Existem dois tipos de Equilíbrio:


¾ Equilíbrio Estático: equilíbrio de um corpo em repouso.
¾ Equilíbrio Dinâmico: equilíbrio de um corpo em movimento retilíneo uniforme.
Matematicamente, a 1ª lei de Newton pode ser resumida por:

Equilíbrio: FR = 0
FRx = 0 FRy = 0
Esta forma é utilizada principalmente nos casos em que temos várias forças
inclinadas atuando no mesmo corpo.

2º LEI DE NEWTON (PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA DINÂMICA)

A Segunda lei de Newton trata dos casos em que a resultante das forças que
atuam em um corpo não é nula. Neste caso, nota-se o aparecimento de uma outra
grandeza conhecida: a aceleração.

Eis um enunciado resumido da 2ª lei de Newton:


Se existe a ação de forças ou a resultante das forças atuantes sobre um corpo
não é nula, ele sofrerá a ação de uma aceleração inversamente proporcional à sua
massa.

Pode-se concluir então, que toda vez em que sobre um corpo atuar uma resultante
de forças não-nula, este corpo ficará sujeito à ação de uma aceleração. Esta
aceleração será maior quando um corpo tiver uma massa menor e menor se o
corpo possuir uma massa menor.
Matematicamente,

FR = m.a
Note que a equação acima envolve a resultante das forças, isto é, o efeito
combinado de todas as forças que atuam no corpo. A não ser no caso de atuar
somente uma força no corpo, em que a resultante é a própria força.
Outra observação importante é que se trata de uma equação vetorial, entre duas
grandezas vetoriais, o que indica que a força resultante terá a mesma direção e
sentido da aceleração e vice-versa.

3ª LEI DE NEWTON ( LEI DA AÇÃO E REAÇÃO ):

Na definição de força no início deste capítulo, foi dito que a força é uma interação
entre dois corpos, o que leva-se a concluir que um corpo que faz uma força sobre
outro também recebe a ação de uma força, pois interação entre dois corpos
significa ação entre dois corpos.

Esta característica das forças foi muito bem descrita por Newton em sua terceira
lei, que pode ser descrita como:

Quando um corpo A exerce uma força (FA) sobre um corpo B (ação), o corpo B
exerce uma força de reação (FB) igual e contrária sobre o corpo A (reação).
Isto significa que as forças sempre ocorrem aos pares, sendo que cada membro
deste par atua em um dos corpos.

Cabe salientar que estas duas forças são iguais em módulo (valor), porém têm
sentidos contrários. Estas duas forças (ação e reação) atuam em corpos
diferentes, motivo pelo qual não podem se anular.

Muitas situações do nosso dia-a-dia se explicam pela 3ª lei de Newton: uma


pessoa ao andar, “empurra” o chão para trás e este a “empurra” para frente; um
avião ao voar, “empurra” o ar para trás e este o “empurra” para frente.

FORÇAS IMPORTANTES

A força Peso (P) é uma força de campo, gerada pela Terra, que atrai todos os

P = m. g
corpos próximos à sua superfície. A sua direção é vertical, seu sentido é sempre
de cima para baixo, para o centro da Terra (veja figuras) e o seu módulo é
determinado por:

P
P
P

A força Normal (N)é a força gerada pela compressão de um apoio por um corpo
apoiado sobre ele. A Normal é a reação do apoio. O apoio é comprimido pelo
corpo para baixo e reage com uma força igual para cima. A sua direção é
perpendicular ao apoio e o seu sentido é saindo do corpo, oposto ao apoio (veja
figuras). O seu módulo é igual à força de compressão do corpo.

N
N N

A Tração ou Tensão (T) é uma força de contato presente em fios ou cabos,


quando os mesmos são submetidos à forças de alongamento. Sua direção é a
mesma do fio e o seu sentido é oposto ao alongamento, saindo do corpo (veja
figuras). O seu módulo pode adquirir diferentes valores, de acordo com a situação
apresentada.

T T2 T1
T
FORÇA ATRITO E PLANO INCLINADO

FORÇA DE ATRITO
A Força de atrito ( Fa) é uma força de contato que atua contrária ao
movimento ou à tendência de movimento. Sua direção é sempre a
mesma do movimento e o sentido é contrário ao movimento.

Fa
N v
N N
v
Fa

Fa
v

A força de atrito pode existir sob uma das duas formas seguintes:

Força de atrito estático (Fae): Força que atua num corpo em repouso

Fae max = μe .N
dificultando o início do seu movimento. Seu módulo varia de acordo com a
força aplicada. O seu valor máximo pode ser calculado por:

Força de atrito cinético (Fac): Força que atua num corpo em movimento

Fac = μ c . N
dificultando a realização do mesmo. Seu módulo é constante e pode ser
calculado como:

Onde: μe é o coeficiente de atrito estático; μc é o coeficiente de atrito


cinético; e N é a força normal. É importante ressaltar que o valor dos
coeficientes de atrito é constante para determinado par de meios e depende
exclusivamente das superfícies de contato entre estes meios.
PLANO INCLINADO

Um estudo especial se faz necessário para o plano inclinado, uma vez


que o comportamento da força normal e, consequentemente da força de
atrito é um caso especial. Observe a figura abaixo:

Px

Py
α
P

Como pode-se observar, a direção da força peso não acompanha a inclinação do


plano, mas permanece vertical, enquanto que a força normal é perpendicular ao
mesmo. Em virtude disto a força peso causa dois efeitos distintos: pressiona o
corpo contra o apoio (assim como nos planos horizontais) e tende a deslocar o
bloco pelo plano.

Para melhor relacionar estes efeitos às suas forças causadoras, a força peso é
decomposta em duas componentes:

¾ a componente tangencial ao plano ( Px ), que desloca o corpo pelo plano;


¾ a componente normal ao plano ( Py ), que apoia o corpo contra o plano.
O módulo das componentes são calculados em função do peso e do ângulo de

Px = P.senα Py = P. cos α
inclinação do plano (α)
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

FORMAS DE
ENERGIA
ÍNDICE

2
- Introdução pág 4

- Cinco formas de energia pág 5


· Energia das marés pág 5
· Energia eólica pág 5
· Energia hidráulica pág 6
· Energia nuclear pág 7
· Energia Solar pág 8

- A melhor forma de energia pág 9

- A energia elétrica pág 11


· Sua importância pág 11
· Formas de obtenção pág 11
· Uso em minha casa pág 11
- Conclusão pág 13

3
INTRODUÇÃO

Há várias formas de energia. Nesse trabalho, serão trabalhadas cinco


destas. Há, também, diferentes formas para se obter cada energia. E cada
tipo de obtenção de energia tem seu respectivo custo, bem como seus
impactos ambientais, a quantidade de energia produzida. Em cada região,
uma forma de obtenção de energia é mais vantajosa, mas isso depende das
características do lugar, como relevo, clima e condições financeiras. A
energia elétrica é, sem dúvida, a mais importante para nossa vida. Da
mesma forma, há várias formas de obtenção desta. E o trabalho também
trata do uso doméstico da energia elétrica, seu consumo e as formas que
podem ser tomadas para reduzir esse consumo.
O trabalho tem como objetivo estudar as formas de energia, e tomar
consciência de qual delas é a melhor, e quais são as formas de economizá-
las.

4
CINCO FORMAS DE ENERGIA

Energia das marés

- Fonte: É, como seu próprio nome diz, obtida através da força das
marés. Quando há uma grande diferença entre os níveis da maré baixa e da
alta (mais de uma dezena de metros), que consegue encher uma grande
piscina na maré alta, fechar as comportas e, quando a maré está baixa,
deixar fluir a água por turbinas e gerar eletricidade.
- Viabilidade econômica: Algumas vezes, são necessários sistemas
para aperfeiçoamento da obtenção da energia, o que acaba saindo
caro. Além disso, a quantidade de energia produzida é pequena.
- Espectro de utilização: Apenas em litorais onde a amplitude das
marés é grande.
- O Brasil: A energia das marés não é utilizada no Brasil. A maior usina
movida a maré já construída foi concluída em 1967 na França, na região da
Bretanha, no estuário do rio Rance e gera eletricidade tanto ao esvaziar
quanto ao encher a represa.
- Impactos ambientais: quase nenhum

Energia eólica

- Fonte: Vem da força dos ventos


- Viabilidade econômica: Os gastos não são grandes, e pode suprir até
20% da necessidade de energia em alguns países, como foi previsto,
mas na realidade, não passou de 1%, como foi na Noruega.
- Espectro de utilização: Litorais, alto de colinas e no mar, onde a
força dos ventos é maior.
- O Brasil: Não é muito utilizada no Brasil
- Impactos ambientais: A grande vantagem da energia eólica é que ela
não polui o meio ambiente. O único inconveniente é a alteração das
características naturais do local e à paisagem. Além disso, seus cata-
ventos geram fortes ruídos.

5
Energia hidráulica

- Fonte: Força da água em movimento.


- Viabilidade econômica: A produção de uma usina hidrelétrica é
muito cara, mas a fonte é constantemente renovada, ou seja, como a
fonte da energia mecânica que se converterá em elétrica é a água de
uma represa, não há risco dessa estar em falta. Além disso, a grande
quantidade de energia produzida compensa.
- Espectro de utilização: Represas que tenham, em algum ponto, um
grande desnível, para que possam se instalar nesse desnível as
grandes turbinas que convertem a energia mecânica em energia
elétrica. É usada em países que não dispõe de grandes reservas de
petróleo, carvão ou gás.

- O Brasil: Essa é a forma de energia mais utilizada no Brasil, que é


quase totalmente abastecido por suas várias usinas hidrelétricas,
como a maior do mundo, a usina de Itaipu, no Rio Paraná.

A Usina Hidroelétrica de Itaipu , construída em sociedade pelo Brasil e


pelo Paraguai, é a maior hidroelétrica do mundo, e supre 20% da
necessidade de energia do Brasil

6
- Impactos ambientais: São grandes, com grande desmatamento, que
mata a flora e atrapalha a fauna. Além disso, desvia o leito dos rios.

Energia nuclear

- Fonte: Fissão ou fusão nucleares. Na fissão, o núcleo de um átomo


pesado é dividido em duas partes comparáveis; na fusão, dois ou
mais núcleos relativamente leves se unem para formar um pesado.
Ambos os processos liberam uma imensa quantidade de energia.
Mas dessas duas, a única que se consegue controlar para ser usada
com propósitos pacíficos e militares é a fissão.
- Viabilidade econômica: O preço para a construção e manutenção de
uma usina nuclear é alto, mas a quantidade de energia produzida é
muito grande.
- Espectro de utilização: Lugares onde haja condições de manter a
usina com total segurança, pois os desastres relativos à energia
nuclear são os mais perigosos.
- O Brasil: Teve o fracassado projeto das usinas de Angra dos Reis,
no Rio de Janeiro. A Angra 1 foi feita, mas funciona muito mal.
7
Pelo fato de funcionar e parar continuamente, é apelidada de “usina
vaga-lume”. A Angra 2 está parada. E a Angra 3, nem do papel saiu.

- Impactos ambientais: As usinas nucleares têm risco de acidentes,


que são os mais perigosos e devastadores, com a liberação de
material radioativo. Um bom exemplo disso foi a grande explosão
da usina soviética de Chernobyl, que causou 31 mortes diretas, 1000
feridos imediatos, sem contar o grande mal feito a muitas pessoas ao
longo do tempo devido à irradiação da radioatividade da usina.

Energia solar

- Fonte: Luz do sol


- Viabilidade econômica: O custo inicial das placas que captam a luz
do sol e a transforma em energia é relativamente alto, mas,
considerando que ela é abundante durante todo o ano (com raras
exceções) e de graça, acaba saindo bastante barato. Além disso, a
quantidade de energia produzida é considerável.

8
- Espectro de utilização: Em qualquer lugar onde haja irradiação da
luz solar durante a maior parte do ano.
- O Brasil: A energia solar está chegando no Brasil, e tende só a
aumentar cada vez mais, pois essa é a forma de energia que, no
futuro, deverá ser a principal.
- Impactos ambientais: As placas podem tanto atrapalhar a harmonia
nas paisagens como pode também enfeitar. O vidro presente nas
placas colabora para o progresso do efeito estufa. Mas esse
problema tem solução: se forem instalados vidros refletores (que são
um pouco mais caros) no lugar dos convencionais, esse problema
será resolvido.

A estação de energia solar de Odeillo-Front-Tomeau, na França, tem


um refletor parabólico que concentra os raios solares numa fornalha
situada em seu foco. A temperatura no interior desta chega a 3800ºC
e o sistema pode gerar mais de 1000kw de potência

Qual é a melhor forma de energia?

Analisando, entre as cinco formas de energia pesquisadas, a nível


industrial, para abastecer uma cidade, uma é a melhor.
Começarei descartando a energia eólica e a das marés, que não têm um
grande custo, mas também não produzem o tanto de energia necessária para
abastecer uma cidade.
A energia nuclear, por sua vez, é bastante eficiente, mas tem também
altos gastos e altos perigos em acidentes. Então, ela também não é a melhor
forma.

9
Agora falta a energia hidráulica e a solar. O custo da solar é mais baixo,
e a fonte (sol) é abundante e gratuita. Em compensação, a água, fonte da
hidráulica, também é abundante, mas os gastos para a instalação de uma
usina hidrelétrica são grandes. Além disso, os impactos ambientais
causados pelas hidrelétricas são bem maiores que os causados pela energia
solar.
Portanto, tendo em vista os relatos acima, posso concluir que a energia
solar é a melhor forma de energia existente, e que, no futuro, tende a se
tornar a mais importante.

10
A ENERGIA ELÉTRICA

Sua importância
A energia elétrica é a mais importante energia para nossa vida. Em
quase tudo que fazemos, dependemos dela. Se ficássemos sem uma
televisão, um computador ou um rádio, iríamos sentir uma enorme
diferença, mas essa é pouca comparada a outras. Como a vida das pessoas
seria complicada, se à noite, nas ruas, fosse tudo escuro, e em casa, luz de
velas e lamparinas, que iluminam muito mal! A maioria das atividades
executadas pelo homem depende da energia elétrica. Sendo assim, conclui-
se que a energia elétrica é extremamente importante e indispensável para a
vida de todos.

Formas usadas para sua obtenção

São várias formas usadas para se obter a energia elétrica. Dentre elas,
destacam-se a energia hidrelétrica, a energia nuclear, eólica, térmica,
motora e a energia solar, que são todas convertidas em elétrica. Dentre
essas todas, a melhor, seguindo a mesma análise de qual é a melhor forma
de energia, a solar é a melhor, devido a seu baixo custo, impactos
ambientais quase nulos e fonte de energia abundante e boa quantidade de
energia produzida, que é convertida em energia elétrica.

Uso da energia elétrica em minha casa

Aparelho Potência Uso mensal Consumo


Lava-roupas 400W 60h 24KWh
Som 100W 100h 10KWh
Ferro elétrico 700W 12h 8,4 KWh
TV 85W 200h 17 KWh
Vídeo cassete 21W 65h 1,365 KWh
Microondas 200W 5h 1 KWh
Chuveiro 3000W 16h 48 KWh
Iluminação 100W 690h 69 KWh
Secador 1400W 4h 5,6 KWh
Computador 100W 55h 5,5 KWh
Geladeira 500W 180h 90 KWh
Lava-louças 700W 60h 42 KWh
Forno elétrico 500W 10h 5 KWh
Total 325 KWh
11
- Meu cálculo: 325KWh
Última conta de luz: 370KWh

- A discrepância entre os dois valores foi pequena, e se deve a alguns


fatores: eu não sei exatamente quantas horas cada aparelho é usado
por mês; eu não devo ter me lembrado de colocar todos os aparelhos
existentes em, minha casa na relação; o consumo em cada mês é
diferente.

- Nos 12 últimos meses, o valor do consumo diário variou entre 9 e 13


KWh, com uma certa progressão, o que indica que o consumo de
energia elétrica em minha residência tem aumentado.

- Atitudes para diminuir o consumo:


· Não deixar rádio, TV, computador ou vídeo cassete ligados sem
alguém usando-os;
· Esperar juntar mais roupas e mais louças para ligar as máquinas que
lavam as mesmas;
· Não deixar a geladeira aberta por mais tempo que o necessário;
· Reduzindo-se o banho de chuveiro elétrico em 5 minutos por dia,
economiza-se por mês 7,5KWh por cada morador;
· Não deixar luzes acesas desnecessariamente.
· Usar equipamentos mais econômicos, como a lâmpada palito, que,
além de gastar muito menos, ilumina mais.

12
CONCLUSÃO

Qual a vantagem de se estudar as diferentes formas de energia?

Estudando-se as diferentes formas de energia, podemos tomar um


conhecimento maior sobre o mundo que nos rodeia. Além disso, podemos
analisar criticamente as várias reportagens que aparecem sempre, sobre
desastres nucleares ou sobre a energia solar. E podemos também saber qual
delas é vantajosa e qual não é, tendo, pode-se dizer, uma cultura geral mais
incrementada. Com esses estudos, foi possível reconhecer a grande
importância da energia elétrica para nossa vida, que ela é extremamente
indispensável. Nós também aprendemos algumas maneiras de reduzir o
consumo de energia elétrica em nossas casas, o que é um hábito bom de ser
adotado por todos. Enfim, foi um trabalho legal, que associou a matéria da
sala de aula ao mundo.

13
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Parte I - Cinemática

Grandezas M.U. M.Q.L. M.C.U. M.H.S


básicas Δx
ρ = v. t gt 2
v=ω.R
Δx v = constante Δh = vo . t + Período do
vm = (m/s) 2 (m/s = rad/s.m)
pêndulo simples
Δt vo2 2π
Δv M.U.V. hmax = ω= = 2π . f L
a= (m/s2) 2g T T = 2π
at 2 g
Δt Δx = vo . t + v2
2 v
t h _ max = o ac = = ω 2 . R
v = vo + a. t g R Período do
m km nº voltas
1 = 3,6 v 2 = vo2 + 2. a.Δx f = pêndulo elástico
s h Δt m
1h = 60 min = v + vo (Hz) T = 2π
3600s vm = k
ρ 2 Δt
1m = 100 cm
a = constante T= (s)
1km = 1000 m nº voltas

Parte II – Dinâmica

ρ2ª Lei ρ
de Newton
ρ ForçaρPeso Energia Cinética Trabalho Plano inclinado
FR = m. a P = m. g mv 2 Mecânico
ρ ρ Py = P . cos θ
EC = (J) τ = F .Δx Px = P . se n θ
2
(N = kg.m/s ) 2
Força Elástica (J = N . m)
(Lei de Hooke) Energia
τ = F . Δx.cosθ
Gravitação Universal F = k. x Potencial τ F _resul tan te = ΔE C Quantidade de
Movimento
M .m Gravitacional ρ ρ
F = G. Força de atrito Q = m. v
d2 f = μ. N EPG = m.g.h
2 Potência (kg.m/s)
N .m
G = 6,67 x10 −11 Energia Mecânica
kg 2 Momento de Potencial τ Impulso de uma
uma força P= (W = força
Elástica Δt ρ ρ
(Torque)
kx 2
J/s) ρI = F .Δt (N.s)
ρ
M = F.d E PE = ou I = ΔQ
2 P = F .v
Parte III - Fluidos

Massa Empuxo (Arquimedes) Prensa hidráulica 1m3 = 1000 L 1cm2 = 10-4


E = μ Liquido . g.Vsubmerso
2
específica (Pascal) m
m p1 = p2 1atm=105 N/m2 = 76 cmHg=
μ= ( Peso aparente
10mH2O
v Pap = P − E F1 f 2
kg/m3) =
A1 a 2 μagua = 1000kg / m3
Pressão absoluta
Pressão
p = patm + μ. g. h μoleo _ soja = 910kg / m3
F
p= μalcool _ etilico = 790kg / m3
A
(N/m2)

Parte IV - Física Térmica

Escalas termométricas Capacidade 1 º Lei da Energia cinética média das


TC TF − 32 TK − 273 Térmica Termodinâmica moléculas de um gás
= =
5 9 5 Q Q = τ + ΔU 3 1
C= E CM = k . T = m. vmedia
2

ΔT
_ moleculas
2 2
(J/ºC)
Dilatação linear C = m. c Trabalho em uma kÎconstante de Boltzmann
ΔL = α .. L o . ΔT transformação k = 1,38x10-23 J/K
(m = ºC-1 . m . ºC) Calor isobárica.
específico τ = p.ΔV
Dilatação superficial Q (J = N/m2 . m3)
ΔS = β . So . ΔT c= Calor específico da água
m.ΔT c = 4,2 kJ/kg.K = 1 cal/g.oC
(J/g.ºC)
Dilatação volumétrica Gases ideais Calor latente de fusão da água
ΔV = γ .Vo . ΔT Calor sensível p1V1 p2V2 LF = 336 kJ/kg = 80 cal/g
Q = m. c.ΔT =
T1 T2
α β γ (p Î N/m2 ou atm)
Calor latente de vaporização
= = da água
1 2 3 (V Î m3 ou L)
LV = 2268 kJ/kg = 540 cal/g
Calor latente (T Î K)
Q = m. L
(J = kg . J/kg)
Parte V - Óptica geométrica

Lei da reflexão Equação de Gauss Ampliação Reflexão interna


i=r total
1 1 1 i − di f ) n
Associação de
= + A= = = sen L = menor
f di d o o do f − do nmaior
espelhos planos
L é o ângulo limite
360 o
n= −1 ou Índice de refração absoluto de incidência.
α de um meio
n Î número de f .d o c Vergência,
imagens di = nmeio =
do − f vmeio
convergência ou
“grau” de uma lente
Espelhos planos: 1
Imagem virtual,
f = distância focal
Lei de Snell-Descartes V=
di = distância da ) ) f
direta e do mesmo
imagem n1 .sen i = n2 .sen r
tamanho que o (di = 1/m)
do = distância do
objeto
objeto Índice de refração relativo Obs.: uma lente de
entre dois meios grau +1 tem uma
Espelhos convexos Convenção de )
n2 sen i v1 λ1 vergência de +1 di
e lentes sinais n2 ,1 = = ) = = (uma dioptria)
divergentes: di + Î imagem real n1 sen r v2 λ2
Imagem virtual, do - Î imagem
direta e menor que virtual Miopia
o objeto Equação de Halley * olho longo
f + Î espelho 1 ⎛ 1 1⎞ * imagem na frente
= (n − 1)⎜ + ⎟ da retina
Para casos aonde côncavo/ f ⎝ R1 R2 ⎠ * usar lente
não há conjugação lente
de mais de uma convergente divergente
lente ou espelho e f - Î espelho Hipermetropia
em condições convexo/ * olho curto
gaussianas: lente * imagem atrás da
Toda imagem real é divergente retina
invertida e toda do é sempre + para * usar lente
imagem virtual é os casos comuns convergente
direta.
Parte VI - Ondulatória e Acústica

n o ondas v = λ. f (m/s = m . Qualidades fisiológicas do Cordas vibrantes


f = (Hz) som
Δt Hz)
λ = v. T (m = m/s .
Altura v=
F
(Eq.
Δt s)
Som alto (agudo): alta ρ
T= o (s)
n ondas freqüência Taylor)
Fenômenos Som baixo (grave):baixa m
1
ondulatórios ρ=
f = freqüência L
T Reflexão: a onda bate (kg/m)
e volta Intensidade ou volume v
Espectro Refração: a onda f = n.
Som forte: grande 2L
eletromagnético no bate e muda de meio amplitude nÎ no de ventres
vácuo Difração: a onda Som fraco: pequena
Raios gama contorna um amplitude
Violet
Raios XBlue obstáculo ou fenda
Ultra violeta (orifício) Tubos sonoros
Green Nível sonoro
Yellow Interferência: Abertos
I
Orange
superposição de duas N = 10log v
Red
ondas IO f =n
Luz 2L
visível Polarização: uma Fechados
onda transversal que Timbre V
vibra em muitas Cada instrumento sonoro f = (2n − 1)
direções passa a emite ondas com formas 4L
Infravermelho vibrar em apenas próprias. nÎ no de nós
FREQUÜÊNCIA
Microondas uma (houve uma
TV seleção) Efeito Dopler-Fizeau
FM Dispersão: separação Som: onda
da luz branca nas
AM v ± vo mecânica
suas componentes. fo = .f longitudinal nos
Ex.: arco-íris e v ± vf fluidos e mista nos
prisma. sólidos.
Ressonância:
Luz: onda eletromagnética
transferência de
e
energia de um
transversal
sistema oscilante
para outro com o
sistema emissor
emitindo em uma das
freqüências naturais
do receptor.
Parte VII - Eletrostática

Carga elétrica de Vetor campo Energia potencial Campo elétrico 1cm = 10 −2 m


um corpo elétrico gerado elétrica uniforme
Q = n. e por uma carga 1μC = 10 − 6 C
E PE = k.
Q. q ρ ρ
e = 1,6 x10 −19 C
pontual em um
d F = E .q
ponto
(N = N/C . C)
Lei de Coulomb ρ Q Potencial elétrico
ρ Q. q E = k. 2 em um ponto V AB = E . d
F = k. 2 d Q (V = V/m . m)
d Q+: vetor VA = k .
kvácuo =9.109 divergente d
N.m2/C2 Q-: vetor
τ AB = q.V AB
convergente (J = C . V)
Parte VIII - Eletrodinâmica

Corrente elétrica Resistores em paralelo Consumo de energia Lâmpadas


Q elétrica Para efeitos práticos:
i= (C/s) Vários resistores R = constante
t diferentes E = P. t
1 1 1 O brilho depende da
1a Lei de Ohm = + +... SI Î (J = W . s) POTÊNCIA
V AB = R.i RTotal R1 R2 UsualÎ kWh = kW . efetivamente dissipada
Dois resistores
(V = Ω . A) h)
diferentes
Chuveiros
R .R Dica:
a
2 Lei de Ohm RTotal = 1 2 V = constante
L R1 + R2 10 min = 1/6 h
R = ρ. Vários resistores iguais
15 min = ¼ h
R⇑ I ⇓ P⇓ E⇓
A 20 min = 1/3 h
A ∝ r2 Rde _ um _ deles T⇓
RTotal = R: resistência
no Potência elétrica
A∝ D 2 I: corrente
rÎ raio da secção Geradores reais (1) P = i.V P: potência
reta fio
D Î diâmetro da
VFornecida = VGerada − VPerdida V2 dissipada
( 2) P = E: energia
secção R
reta V AB = ε − r.i consumida
ρ Î resistividade
(3) P = R.i 2 T: temperatura
ε
elétrica do i= água
material R+i Sugestões:
VAB Î ddp nos
ρ=Ω.m
terminais do (2)Î resistores em
ρcobre < ρaluminio < ρ ferro gerador paralelo
ε Î fem V = igual para todos
Resistores em série r Î resistência interna
RTotal = R1 + R2 +... R Î resistência (3)Îresistores em
externa série
(circuito) i = igual para todos
Parte IX - Eletromagnetismo

Vetor campo Força magnética sobre Força magnética sobre Fluxo magnético
magnético em um uma carga em um condutor retilíneo
ponto próximo a um movimento F = B.i. L sen θ φ = B. A.cosθ
condutor retilíneo Wb = T . m2
i F = q. v. B.sen θ Força magnética entre
B = k. ρ ρ
d θÎ ângulo entre v e B dois fios paralelos FEM induzida
μ Se: i .i μ Lei de Faraday
Îk = ρ ρ F = k. 1 2 . L Î k =
Δφ
2π v / /B d 2π ε=
θ = 0 ou θ =180 Î
o o
Atenção! Δt
MRU Correntes de mesmo
Vetor campo
magnético no centro ρ ρ
sentido: Haste móvel
de uma espira v ⊥B ATRAÇÃO ε = L. B. v
circular de raio r θ = 90o Î
MCU Correntes de sentidos
i Transformador
B = k. . N contrários:
(só Corrente
r Raio da trajetória REPULSÃO
Alternada)
μ circular
Îk = V1 N 1 i2
2 m. v μ = 4π.10-7 T.m/A = =
R= (permeabilidade V2 N 2 i1
q. B magnética do vácuo)
Vetor campo Para outros
magnético no centro ângulosÎMHU
de um solenóide (Movimento Helicoidal
N Uniforme)
B = k .i . Î k = μ
L
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Fórmulas de Física II

Q=né
é = 1,6 . 10-19
Resistores em série
i = ΔQ
Δt . Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn Se U = 0 (Curto circuito)
icc = ε
Pot = U . i Resistores em paralelo r

P=Ri² Req = R1 x R2 x R3 x ... x Rn Pd = r . i²

P = U² Curto Circuito Æ pontos num Pu = U . i


R. determinado circuito que Pt = ε . i
apresentam mesmo potencial.
Eel = P . Δ t η = Pu = U . i = U
Geradores Pt ε . i ε
R=ρ.L
A U=ε-r.i i= ε .
(R + r).
U=R.i Se i = 0 (Circuito aberto)
U=ε
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

INÉRCIA
Inércia, propriedade da matéria que faz com que ela resista a qualquer mudança
em seu movimento. Esta propriedade é descrita com precisão na lei do movimento
de Newton. Um objeto em repouso tende a permanecer nesta condição; e um
objeto em movimento tende a prosseguir em linha reta. A inércia de um objeto
diante de uma translação é determinada por sua massa. Diante de uma rotação, a
inércia do objeto é determinada por seu momento de inércia.

Momento de inércia, resistência oposta por um corpo em rotação a uma


mudança em sua velocidade de giro. Às vezes, recebe a denominação de inércia
rotacional. O momento de inércia desempenha na rotação um papel equivalente
ao da massa no movimento linear. Por exemplo, se uma catapulta lança uma
pedra pequena e uma grande, aplicando a mesma força a cada uma, a pedra
pequena terá uma aceleração muito maior que a da grande. De modo similar, se é
aplicado um mesmo par de forças (ver Momento de força) a uma roda com um
momento de inércia pequeno e a uma outra com um momento de inércia grande, a
velocidade de giro da primeira roda aumentará muito mais rapidamente que a da
segunda.

O momento de inércia de um objeto depende de sua massa e da distância da


massa ao seu eixo de rotação. Por exemplo, um volante de 1 kg com a maior
parte de sua massa perto do eixo terá um momento de inércia menor que outro
volante de 1 kg com a maior parte da massa próxima à borda.

O momento de inércia de um corpo não é uma quantidade única e fixa. Se um


objeto é girado em torno de eixos diferentes, também terá momentos de inércia
diferentes, uma vez que a distribuição de sua massa em relação ao novo eixo é
normalmente distinta do que era no anterior.

As leis do movimento dos objetos em rotação são equivalentes às leis do


movimento dos objetos que se movem linearmente (o momento de inércia substitui
a massa, a velocidade angular substitui a velocidade linear).

Rotação, movimento que força todos os pontos de um sólido rígido a descrever


arcos de igual amplitude, pertencentes a circunferências (Círculo e circunferência)
cujos centros se acham em uma mesma reta ou eixo de giro, a qual pode ocupar
qualquer posição no espaço.

Para o estudo da dinâmica dos corpos em rotação, introduziu-se o conceito de


sólido rígido ou corpo formado por um conjunto de pontos materiais cujas
distâncias mútuas permanecem invariáveis. Um sólido rígido está animado de um
movimento de rotação quando se move ligado a dois pontos fixos, que podem ser
interiores ou exteriores a ele.

A linha que une os citados pontos fixos é o eixo de giro, e os pontos de um sólido
em seu movimento descrevem circunferências em um plano perpendicular ao eixo
de giro e cujos centros se encontram sobre o dito eixo.

Momento de força, em física, medida do efeito de rotação causado por uma


força. É igual à grandeza da força multiplicada pela distância ao eixo de rotação,
medida perpendicularmente à direção da força. Em vez de descrever a dinâmica
de rotação em função do momento das forças, pode-se fazê-lo com base em
pares de forças. Um par de forças é um conjunto de duas forças iguais e de
sentido contrário aplicadas em pontos diferentes.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

MACETES GRAFICOS DE MATEMÁTICA E FÍSICA

Segmentos proporcionais X funções do 1º grau


Y

Y3

Y3–Y1 X3–X1
=
Y2–Y1 X2–X1 Y2

Y1

X1 X2 X3 X

Este macete pode ser utilizado na matemática e na física.

APLICAÇÕES:

1º ) – Funções do primeiro grau: f (x) = ax + b ( Para determinar a função utilizando um gráfico dado)
a) crescente

y Segmentos proporcionais:

y y – 12 = x - 2
17 - 12 5-2
17
y – 12 = x – 2 ∴ 3y – 36 = 5x – 10 ∴ y = 5x + 26
5 3 3
12

0 2 5 x X

Introduzir o ponto ( x; y )
b) decrescente

y Segmentos proporcionais:
Atenção !!!
6 A função é decrescente logo fique atento a ordem do segmentos.

y
y–6 = x–2 ∴ y – 6 = x – 2 ∴ y – 6 = - 2x + 4
4-6 3-2 -2 1
4 y = - 2x + 10

0 2 x 3 X Para evitar erros: - utilizar retas paralelas;


- colocar o eixo X em ordem
crescente.
- fazer segmentos
X Y proporcionais.
Introduzir o ponto ( x; y )
3 4

ATENÇÃO !!! x y

2 6

c) Com valor numérico


Sendo f(x) = ax + b , uma função do primeiro grau. Com f (3) = 10 e f(5)= 19, determine f(10).

X Y Segmentos proporcionais:

10 y y – 10 = 10 – 3
16 – 10 5–3

5 16 y – 10 = 7
6 2

3 10 2y – 20 = 42 ∴ 2y = 62 ∴ y = 31
2º) - Na física:
a) Cinemática : gráficos MRU – ( S x t ) posição x tempo
MRUV – ( Vx t ) velocidade x tempo

a . 1) O gráfico representa o movimento de um móvel. Sendo S a posição, em metros, e t o


tempo, em segundos. Determine a posição do móvel no instante t = 12s.
S(m)
Resposta:
? S – 14 = 5 – 1
22 – 14 3–1
22
S – 14 = 4
14 8 2

S – 14 = 2
8

0 1 3 5 t(s) S – 14 = 16 ∴ S = 30 m

a . 2) O gráfico representa o movimento de um móvel. Sendo V a velocidade, em metros por


segundos, e t o tempo, em segundos. Determine a velocidade do móvel no instante t = 8s.

V(m/s)
Resposta:
2 – 26 = 14 – 2
v – 26 8–2
26
– 24 = 12
? v – 26 6

2 – 24 = 2
v – 26

0 2 8 14 t(s) 2v – 52 = - 24
v = 14 ∴ v = 14 m/s

t v

14 2
8 v ATENÇÃO!!!

2 26

b) Termologia: termometria - escalas termométricas


Qual a temperatura de ebulição da água na escala X?

ºC
Resposta:
100 X – 10 = 100 – 60
12 – 10 68 – 60
68
X – 10 = 40
60 2 8

X – 10 = 5
2

0 10 12 x ºX X – 10 = 10 ∴ S = 20 ºX

ºX ºC

x 100

12 68 ATENÇÃO!!!

10 60
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Momento ou Torque
Suponhamos uma régua de madeira está fixada sobre a superfície de uma mesa;

Se você empurrar a régua com uma força F, provocará uma rotação na mesma
com sentido anti-horário;

Se o ponto de aplicação da força fosse deslocado mais para longe da origem O


(ponto de fixação), seria fácil produzir o mesmo efeito, isto é, com uma força menor
obteríamos o mesmo resultado;

Se você empurrar a régua na direção e sentido da força indicada neste caso


abaixo, será produzida uma nova rotação ( desta vez no sentido horário);

Se a força exercida for como a indicada abaixo, isto é, de tal maneira que sua
reta suporte passe pelo ponto fixo O (origem), não se produzirá rotação.

* Você pode inicialmente concluir que um corpo, no casa a régua, girará em


torno de um ponto, caso a força exercida não tenha reta suporte passando por este ponto.
*Além disso, você pode concluir também que quanto maior a distância do ponto
O até o suporte da força, mais facilmente o corpo girará.

Momento de uma força em relação a um ponto


Através dos exemplos anteriores, concluímos que, ao aplicarmos uma força
sobre um corpo qualquer, ela pode causar uma tendência de fazer o corpo girar em torno
de um ponto, e a esta damos o nome de momento da força em relação a um ponto. Esta
é uma grandeza vetorial;
Obs: a intensidade(módulo) do vetor momento em relação a um ponto é o
produto da intensidade da força pela distância do ponto até a reta suporte da força.
É conveniente observar, que a distância do ponto até a reta suporte da força é
necessariamente a perpendicular, tirada do ponto até o suporte da referida força;
Momento de F em relação a O
MF(0)=F.d
Pólo do momento= ponto O, donde o corpo tende a girar/
As Convenções de Sinais
Momento anti-horário - positivo
Momento horário - negativo
ou vice-versa;
Binário ou Par Conjugado
É um sistema constituído por duas for;as de suportes paralelos, de mesmo
módulo e de sentidos contrários

Resultantes
Uma resultante pela sua definição é uma força que sozinha produz o mesmo
efeito do sistema. Então binário não admite resultante, uma vez que força alguma,
sozinha, é capaz de produzir o efeito rotativo das duas componentes;
O momento resultante do binário é o produto da intensidade da força pelo braço
do binário.
M=F.b
M=F.b
Observe que sen & =b/d - b.sen &
Assim sendo: M=F.d.sen &

Em sala
Momento é a tendência do corpo em girar, em torno de um ponto.

FxR
12

F(gf) R(cm) MoF(N)


MF1 25 17,5 437,5 y = ax + b
MF2 62 15 930 lx = 15/294 = 0,05
MF3 105 12,5 1312,5 ly = 15/17,5 = 0.85
MF4 175 10 1750
MF5 294 7,5 2205

lx . x = 1,25 3,1 5,25 8,75 14,7


ly . y = 14,87 12,7 10,6 8,5 6,37

· O gráfico do exemplo citado acima encontra-se no final deste trabalho gráf. 1

F x 1/R

F(gf) 1/R(cm) MoF(N)


MF1 25 0,05 1,42 y = ax + b
MF2 62 0,06 4,13 lx = 15/294 = 0,05
MF3 105 0,08 8,4 ly = 15/0,13 =115,38
MF4 175 0,1 17,5
MF5 294 0,13 39,2

lx . x = 1,25 3,1 5,25 8,75 14,7


ly . y = 5,76 6,92 9,23 11,53 14,99

S x = 661
S y = 0,42
S x . x = 132555
S MoF = 70,65

a S x . x + b S x = S MoF
a Sx + n.b = S y

132555a + 661b = 70,65 _____________132555 a + 661.( 0,084 - 132,2 a) = 70,65


661a + 5b = 0,42 132555 a + 55,52 - 87384,2 a = 70,65
5b = 0,42 - 661 a 45170,8 a = 15,13
b = 0,42 -661 a / 5 a = 0,0003
b = 0,084 - 132,2 a
b = 0,084 - 132,2 .(0,0003)
b = 0,039

y = ax + b
y = 0,0003 x + 0,039

x (gf) y(cm) Yx . x Yy . y
MF1 25 0,046 1,25 5,75 y = ax + b
MF2 62 0,057 3,1 7,12 lx = 0,05
MF3 105 0,070 5,25 8,75 ly =125
MF4 175 0,091 8,75 11,37
MF5 294 0,12 14,7 15

* O gráfico da regressão aplicada acima encontra-se no final deste trabalho. - gráf. 2


Analise

M = F.b Pega-se pontos à esquerda, tende a cair para direita;


Força peso = Força na esquerda

a = b/d _ b = d . sen a ou melhor MoF = F . d . sen a

1º caso - F d MoF
25 17,5 437,5
437,5 = 25 . 17,5 . sen a
sen a = 1
a = 90º _ Equilibrado

Barra = 40 distância P = 175,10 Kg P=m.g


m = 0,175 Kg

P = T . 1/20 - P . 20 = T
175*20 = 3500 Torques.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

MOVIMENTO CURVILÍNEO E CARACTERÍSTICAS.

Introdução

O movimento curvilíneo é identificado como o verdadeiro


movimento de uma partícula, visto que as restrições unidimensionais
não mais são evidenciadas. O movimento não é mais vinculado. Em
geral as grandezas físicas envolvidas terão suas características plenas
: velocidade, aceleração e força.
Igualmente surge a possibilidade de termos o movimento curvilíneo
como sendo a somatória de mais de um tipo de movimento unidimensional.
Geralmente na Natureza, o movimento de uma partícula será
descrito por uma trajetória parabólica, como é característica do
movimento curvilíneo sob ação da força gravitacional terrestre, e
aqueles movimentos descrevendo trajetórias circulares estando
sujeitos à ação da força centrípeta, que não é uma força externa, no
sentido convencional, mas é uma característica do movimento
curvilíneo.

Movimento Plano

Classicamente o movimento plano é descrito pela movimentação


de uma partícula lançada com velocidade inicial V0, com inclinação
em relação à horizontal. Semelhante descrição se aplica quando o
lançamento é horizontal.
A movimentação da partícula se efetua em um plano formado
pela direção do vetor velocidade V e pela direção da ação
gravitacional terrestre. Portanto no movimento plano, tem-se a
partícula descrevendo uma trajetória em um plano vertical.
Suponhamos uma partícula de massa m lançada
horizontalmente com velocidade V, a partir de uma altura H. Como
nenhuma força horizontal age sobre a partícula ( Por quê ??? ), o
movimento desta seria ao longo da linha tracejada. Devido a ação
gravitacional, ao longo da vertical, perpendicular ao eixo horizontal X,
a partícula tem a sua trajetória retilínea desviada para uma trajetória
curva.
Do ponto de vista newtoniano, os tempos ao longo dos eixos
vertical e horizontal, são os mesmos, ou seja, dois observadores ao
longo destes eixos, medem o mesmo tempo t
Visto que inicialmente a velocidade está ao longo do eixo
horizontal, sem qualquer ação externa, e ao longo do eixo vertical é
nula, podemos considerar o movimento como a composição de dois
movimentos : um ao longo do eixo horizontal, uniforme; o outro ao
longo do eixo vertical sob ação gravitacional, uniformemente
acelerado. . Portanto o movimento será no plano definido pelos
vetores velocidade V e aceleração g.
Podemos escrever as equações do movimento da partícula :

x: x = Vx. tq .( 1 )

onde tq é o tempo de queda, o tempo de movimento da partícula até


interceptar o solo no plano horizontal.

y: y = H - (g/2). tq2 .( 2 )

Eliminando o tempo de queda entre as equações ( 1 ) e ( 2 ),


obtém-se :

y = H - ( g/2V2 ).x2 .( 3 )

A equação é a equação da trajetória da partícula, independente


do tempo, relaciona apenas as coordenadas espaciais x e y. A
equação é do segundo grau em x, indicando uma trajetória parabólica.
Conclui-se que sob ação gravitacional uma partícula lançada
horizontalmente, ( ou com certa inclinação com respeito a
horizontal ), terá sua trajetória parabólica. O movimento de
qualquer partícula sob ação gravitacional na superfície terrestre
sempre será parabólica, excetuando-se o lançamento vertical.
Na equação ( 2 ), determinamos o tempo de queda tq, quando y
= 0. Resultando que :

tq = (2H/g)1/2 .( 4 )

A distância horizontal percorrida no tempo de queda tq, chamada


alcance A, é dada por :

A = V. (H/2g)1/2 .( 5 ).
Verificar que quando o lançamento da partícula com velocidade
V, faz um ângulo com a horizontal, podemos raciocinar da mesma
maneira. Determinar o tempo de queda tq, o alcance máximo A, ao
longo da horizontal, e a altura máxima Hm, atingida quando a
velocidade ao longo da vertical se torna nula ( Por quê ??? ).

Movimento Circular Uniforme

A característica do movimento circular uniforme é que a trajetória


da partícula é circular, e a velocidade é constante em módulo, mas
não em direção. Daí, o surgimento de uma força presente no
movimento : a força centrípeta.
A partir da figura acima, para dois pontos P e P’, simétricos com
respeito ao eixo vertical y, correspondentes aos instantes t e t’ de
movimento da partícula, podemos analisar como segue.

Ao longo do eixo x, a aceleração média é dada por :

ax =[ Vx - Vx]/ t = 0 ao longo da direção x


não há aceleração.

Ao longo do eixo y, a aceleração média é dada por :

ay = [ V'y - Vy]/ t = -2.v.sen / t

No movimento circular, sendo pequeno, podemos determinar


t = 2Rq/v. Então :

ay = - (v2/R).(sen / )

A aceleração resultante será determinada no limite em que


sen / 1. Portanto teremos que :

a = - v2/R

Observamos que é uma aceleração voltada para o centro do


movimento, daí o sinal ( - ), sendo chamada aceleração centrípeta.
Em decorrência da segunda lei de Newton, há igualmente uma força
correspondente a esta aceleração, daí a força centrípeta existente no
movimento circular uniforme. Não como uma força externa, mas
como uma conseqüência do movimento. Em módulo a velocidade é
constante, mas em direção o vetor velocidade muda continuamente,
resultando numa aceleração associada com a mudança de direção.

NEWTON, ISAAC ( 1642 - 1727 )

Isaac Newton nasceu em Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra, no dia


04 de janeiro de 1643, o que corresponde no calendário gregoriano, usado hoje
em dia, ao 25 de dezembro de 1642, que por sinal foi o ano da morte do
grande Galileu Galilei.

Seu pai, um pequeno agricultor, também chamado Isaac Newton,


faleceu dois meses antes de Newton nascer. Sua mãe, Hannah Ayscough
Newton, casou-se novamente três anos depois do nascimento de Newton,
deixando-o aos cuidados de sua Avó, o que deixou amargas lembranças para
ele.
Aos doze anos, ele entrou para a escola pública, não apresentando muito
interesse pelo ensino formal escolar, e em junho de 1661 vai para o Trinity
College de Cambridge. É aqui, que Newton entra em contato pessoal ou
através de obras, com as maiores mentes que a "humanidade havia
produzido", tais como - Aristóteles, Platão, Copérnico, Kepler, Galileu,
Descartes, Pierre Gassendi, Robert Boyle, etc., produzindo um tamanho
turbilhão em sua mente, que inevitavelmente todo o seu potencial, passou da
"potência" para o "ato".
Newton, é considerado uma das mentes mais prolíficas e brilhantes
produzidas no ocidente. Terminou seus estudos de graduação em Cambridge,
na primavera de 1665, já com um enorme conhecimento e interesse pelas
matemáticas, física, etc.; e nesse mesmo ano, voltou à sua terra natal, para
fugir de uma grave epidemia de peste bubônica.
Em Woolsthorpe, Newton teve a paz e o tempo de que precisava, para
deixar fluir a sua mente, dirigindo-a para os campos que mais lhe
interessavam naquele momento - a matemática e a física. Como produto dessa
dedicação, durante os dois anos que ele passou em Woolsthorpe, desenvolveu
o teorema do binômio, o método matemático das fluxões (a diferenciação de
uma função é a operação inversa da integração), a teoria da composição da
luz, e parte da teoria da gravitação universal. Podemos tentar vislumbrar esse
período de grande criatividade, lendo o que Newton escreveu sobre ele:
" No início de 1665 encontrei um método para a aproximação de séries e
a regra para expressar qualquer potência de qualquer binômio nos termos
dessas séries. No mesmo ano, em maio, descobri o método de tangentes de
Gregory e Slusius e, em novembro o método direto de fluxões (cálculo
diferencial), e no ano seguinte, em janeiro, a teoria das cores e, em maio, o
método inverso de fluxões (cálculo integral). No mesmo ano comecei a pensar
na força da gravidade estendendo-se até a órbita da Lua e, [...] usando a
regra de Kepler para os períodos dos planetas (proporcional à distância do
centro de suas órbitas elevada à potência de 3/2), deduzi que as forças que
mantêm os planetas em órbitas têm de ser inversamente proporcionais ao
quadrado da distância entre os planetas e o centro de suas órbitas; e daí
comparei a força necessária para manter a Lua em sua órbita com a força da
gravidade na superfície da Terra e descobri que elas concordam de modo
bastante satisfatório. Tudo isso ocorreu durante os "anos da peste" 1665 -
1666. Pois nesses dias eu estava no auge da minha inventividade e me
preocupava com matemática e filosofia mais do que em qualquer período
desde então".
Ainda durante sua permanência em woolsthorpe, Newton trabalhou na
decomposição da luz, descobrindo e formulando teorias inéditas, que viriam a
formar as bases da "física ótica". Ele incidiu um feixe de luz solar sobre um
prisma e percebeu que a mesma era decomposta em sete outras cores, como já
antes era conhecido, mas explicado como sendo resultado da interação da "luz
branca" com o material com o qual ela estava interagindo, portando não era
uma característica da "luz branca". Newton porém, fez com que as luzes
refratadas incidissem separadamente sobre outro prisma e observou que elas
não se decompunham novamente, como era esperado pelo conhecimento da
época; também ele fez com que as luzes refratadas, incidissem sobre um
conjunto de prismas colocados em posições pré-determinadas, e se
recombinassem formando novamente a "luz branca", mostrando
definitivamente que ela não era pura, mas sim composta pelas outras cores.
Como conseqüência dessas descobertas, Newton inventou um novo tipo de
telescópio, o de "reflexão", que era muito mais eficiente do que o de
"refração".

Conta a antiga estória, que foi a partir da observação de uma maçã


caindo, é que Newton teve a intuição de que - o mesmo tipo de força que
atuava na maçã, puxando-a para a terra, também atuava na Lua, puxando-a
para a Terra. Daí, para formular a teoria da gravitação universal, foi só
questão de tempo.
Teoria essa, que ao colocar questões do Céu e da Terra, sob uma mesma
formulação filosófica ( lei física), derrubava mais uma das postulações
aristotélicas, ou seja - as naturezas do Céu e da Terra, eram diferentes entre si
e regidas por leis diferentes.
Newton volta para Cambridge, onde assume em outubro de 1669, aos
26 anos, a cadeira de matemática, que ficara vaga com a saída do professor
Isaac Barrow, seu amigo pessoal e orientador. Em 1672, ele foi eleito membro
da Real Academia Britânica de Ciências. Em 1687, foi publicada a sua mais
importante obra científica, que viria a influenciar as mudanças na concepção
da visão científica futura. "Philosophiae naturalis principia mathematica"
(Princípios matemáticos da filosofia natural), englobava o ápice do
conhecimento sobre astronomia, ótica, mecânica e o cálculo das fluxões.
As três leis de Kepler sobre órbitas planetárias e as de Galileu sobre
corpos em queda livre, foram usadas na síntese da gravitação universal.
Foram enunciadas também as três leis da mecânica:
1)-
"Todo corpo permanece em seu estado de repouso, ou de movimento uniforme
em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças
impressas nele"
2)-
"A mudança do movimento é proporcional à força motriz impressa e se faz
segundo a linha reta pela qual se imprime essa força"
3)-
"A uma ação sempre se opõe uma reação igual, ou seja, as ações de dois
corpos um sobre o outro são sempre iguais e se dirigem a partes contrárias"
Outra questão profundamente filosófica que Newton assumiu, foi
relativa ao "espaço e tempo".
Ele definiu e usou o conceito de espaço absoluto e relativo, como
enunciado:
" O espaço absoluto permanece constantemente igual e imóvel, em
virtude de sua natureza, e sem relação alguma com nenhum objeto exterior; o
espaço relativo, ao contrário, é uma medida ou uma parte móvel do primeiro,
que nossos sentidos assinalam graças à sua situação em relação a outros
corpos e que, geralmente, se confunde com o próprio espaço imóvel, por
erro".

E o de tempo absoluto, como se segue:


" O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si mesmo e por sua
própria natureza, flui uniformemente sem relação com nada externo; por isso
mesmo é chamado duração".
Estes conceitos irão ser reelaborados por Albert Einstein, quando da
formulação de sua "Teoria da Relatividade".
As ferramentas matemáticas elaboradas por Newton nos "princípios"
foram imprescindíveis para os cálculos necessários na elaboração de suas
teorias.
Entre o muito que ainda poderia ser falado sobre Newton, destaca-se aqui o
fato de sua teoria ter tornado o "Universo", uma entidade eminentemente
mecânica, podendo ser expresso por leis físicas "exatas", o que veio provocar
profundas críticas das mentes mais conservadoras, dizendo que seu "Universo
mecânico", não precisava da existência de Deus, ao que ele respondeu:
" O fato de estar o universo organizado de acordo com leis tão
harmoniosas....tem de pressupor a existência de uma Sabedoria Divina, a mão
de um Divino Criador...Não posso formular nenhuma hipótese sobre Ele. Sou
um cientista e não especulo sobre matéria teológica. Não me ocupo de Deus,
mas unicamente de suas leis verificáveis".
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

MUDANÇAS DE TEMPERATURA
A mudança de temperatura de uma substância é acompanhada por uma série de
modificações físicas. Denomina-se fase de uma substância o seu estado, que
pode ser sólido, líquido ou gasoso. As mudanças de fase em substâncias puras
têm lugar a pressões e temperaturas definidas.

A quantidade de calor necessária para produzir uma mudança de fase chama-se


calor latente; existem calores latentes de sublimação, fusão e vaporização (ver
Destilação; Evaporação).

Se a água é fervida em um recipiente aberto, à pressão de 1 atmosfera, a


temperatura não ultrapassa os 100 °C, por mais calor que seja aplicado. O calor
absorvido sem mudar a temperatura da água é o calor latente.

Quando o vapor se condensa para formar água, esta energia é de novo liberada
(Condensação). Para fundir 1 kg de gelo, precisa-se de 19.000 joules e, para
converter 1 kg de água em vapor a 100 °C, gastam-se 129.000 joules. A
quantidade de calor necessária para aumentar em um grau a temperatura de uma
unidade de massa de uma substância é denominada calor específico.

Destilação, processo que consiste em aquecer um líquido até que seus


componentes mais voláteis passem à fase de vapor e, em seguida, esfriar o vapor
para recuperar estes componentes sob a forma líquida, por meio da condensação.
O objetivo principal da destilação é separar uma mistura de vários componentes,
aproveitando suas volatilidades diferentes, ou separar os materiais voláteis dos
não voláteis. É possível, por exemplo, purificar facilmente a água do mar,
evaporando-a e condensando depois o vapor para recolher o produto: água
destilada.

O recipiente em que os líquidos são fervidos, durante a destilação, chama-se


alambique, embora, às vezes, atribua-se este nome a todo o aparelho, incluindo a
coluna fracionadora, o condensador e o receptor em que se recolhe o líquido
destilado. Geralmente, os alambiques para trabalho em laboratório são feitos de
vidro, enquanto que os industriais são de ferro, cobre ou aço.

Pode-se fazer com que uma parte do destilado retorne do condensador e goteje
por uma longa coluna para uma série de placas. A interação em cada placa é
equivalente a uma redestilação.
Este processo é conhecido como retificação ou destilação fracionada. Quando se
esquenta uma substância a uma temperatura elevada, decompondo-a em vários
produtos valiosos e estes produtos são separados por fracionamento na mesma
operação, o processo se chama destilação destrutiva ou seca.

Condensação, em física, processo em que a matéria passa a uma forma mais


densa, como ocorre na liquefação do vapor.

É importante no processo de destilação e no funcionamento das máquinas a


vapor. Em química, a condensação é uma reação que implica na união de átomos
de moléculas diferentes para formar um composto novo e mais complexo.

Evaporação, conversão gradual de um líquido em gás, sem que ocorra ebulição.


Em temperaturas abaixo do ponto de ebulição, é possível que moléculas
individuais tenham energia suficiente para escapar da superfície e passar para o
espaço acima, na forma gasosa. O processo oposto é a condensação. A
passagem de sólido a gás chama-se sublimação.

Ponto de ebulição, temperatura em que a pressão de vapor de um líquido se


iguala à pressão atmosférica do ambiente. Durante a ebulição, forma-se vapor no
interior do líquido, que chega à superfície na forma de borbulhas, com a
característica agitação da fervura. Para uma pressão dada, a ebulição produz-se a
uma temperatura fixa, independentemente da quantidade de calor aplicada ao
líquido.

Vapor, substância em estado gasoso (Gás). Emprega-se a palavra vapor para


referir-se ao estado gasoso de uma substância que normalmente é líquida ou
sólida.

Quando confinado, o vapor de uma substância a qualquer temperatura exerce


uma pressão conhecida como pressão de vapor. Ao aumentar-se a temperatura
da substância, a pressão de vapor eleva-se, como resultado de uma maior
evaporação.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Unidade III: Movimento Uniformemente Variado (M.U.V.)
3.1- Aceleração Escalar (a): Em movimentos nos quais as velocidades dos móveis variam com o
decurso do tempo, introduz-se o conceito de uma grandeza cinemática denominada aceleração.

ACELERAÇÃO ESCALAR (a) = taxa de variação da velocidade escalar numa unidade de tempo.

Num intervalo de tempo (Dt = tf - ti ) , com uma variação de velocidade escalar (Dv = vf - vi ) , define-se a
aceleração escalar média (am) pela relação:
Dv
am =
Dt
Quando o intervalo de tempo é infinitamente pequeno, a aceleração escalar média passa a ser chamada
de aceleração escalar instantânea (a) .
EXEMPLO 1: Qual é a aceleração de um móvel que em 5s altera a sua velocidade escalar de 3 m/s para 13 m/s ?
Solução: Dv v - v0 13 m/s - 3 m/s 10 m/s 2 m/s
am = = logo am = Þ am = Þ am =
Dt t - t0 5s 5s s

Conclusão: am = 2 m/s2 Þ Esse resultado indica que a cada segundo que passa, a velocidade escalar
aumenta em 2m/s em média.

3.2- Classificação do movimento: A classificação do movimento com variação de velocidade escalar é


feita comparando-se os sinais da velocidade e da aceleração em um certo momento, deste modo:
v>0 e a>0 + +
- ACELERADO Þ mesmo sinal
v<0 e a<0 - -
v>0 e a<0 + -
- RETARDADO Þ sinais opostos
v<0 e a>0 - +

Conclui-se matematicamente, que nos movimentos acelerados o módulo da velocidade aumenta, enquanto
que nos retardados, diminui.

EXEMPLO 2: Qual é a aceleração escalar média de uma partícula que, em 10 segundos, altera a velocidade
escalar de 17 m/s para 2 m/s? Classifique o movimento.
Solução: Como já vimos no exemplo 1 : v - v0 2 - 17 15
am = logo am = =- = - 1,5 m/s2
t - t0 10 10

Observe que esta partícula está sendo freada pois sua velocidade é positiva mas sua aceleração é
negativa, logo, temos um movimento progressivo retardado.

Obs: As unidades mais utilizadas de aceleração são:


No SI No CGS Outras
m/s2 cm/s2 km/h2 , km/s2 etc.
3.3- Movimento Uniformemente Variado (M.U.V) : Um movimento no qual o móvel mantém
sua aceleração escalar constante, não nula, é denominado movimento uniformemente variado. Em consequência, a
aceleração escalar instantânea (a) e a aceleração escalar média (am) são iguais.

3.3.1- Equação das velocidades: Como no MUV a aceleração é constante, teremos a = am ou seja:

Como Dt = t – t0, chamaremos de t0 o exato


Dv
a= Þ Dv = a × Dt Þ v - v0 = a × Dt momento em que se dispara um cronômetro para
Dt registrar o tempo t0 = 0

v = v0 + a .t
v – v0 = a . t Þ Esta expressão é chamada de equação horária das velocidades de um
MUV.

EXEMPLO 3: Um móvel tem velocidade de 20 m/s quando a ele é aplicada uma aceleração constante e igual a - 2
m/s2 . Determine: a) o instante em que o móvel pára;
b) classifique o movimento antes da parada e depois da parada sabendo-se que o móvel continuou
com aceleração igual.
Solução: Dados: v0 = 20 m/s a) t = ? v = 0
a = - 2 m/s2 v = v0 + a.t Þ 0 = 20 - 2.t Þ 2t = 20 Þ t = 10
s

b) Como o movimento é uniformemente variado, isto significa que a aceleração é constante, sendo assim a = - 2
m/s2 < 0
Antes da parada - v > 0 e a < 0 - MUV progressivo e retardado
Depois da parada - v < 0 e a < 0 - MUV retrógrado e acelerado.

Obs: Se você não enxergou que a velocidade antes de 10 s é maior que zero e depois de 10 s é menor que zero,
basta substituir um tempo qualquer na equação das velocidades que verificará.

3.3.2- Gráfico das velocidades no MUV: Como no MUV temos que v = v0 + a t (uma função do
1º grau em t ) o diagrama correspondente será uma reta. Essa reta poderá ser crescente ou decrescente conforme a
aceleração seja maior ou menor que zero.

v v

v0

v0 a>0 a<0

t t

Da mesma forma que no M.U. , a área sob o gráfico v x t é numericamente igual ao espaço percorrido entre dois
instantes:
Uma outra propriedade relacionada ao diagrama v x t para o MUV , está ligada à tangente do ângulo formado
entre o eixo t e a reta do gráfico v x t:

Sabemos que tgQ = Dv / Dt = a


n
Portanto tgQ = a
Conclusão : A tangente é numericamente igual a aceleração da partícula.

EXEMPLO 4: Um ponto material desloca-se sobre uma reta e sua velocidade em função do tempo é dada pelo
gráfico:

v(m/s) Pede-se:
a) a velocidade inicial;
9 b) a aceleração;
c) a função horária das velocidades;
5 d) o deslocamento do ponto material entre 0 e 2s;
e) a velocidade média entre 0 e 2s.

0 2 t(s)

Solução: a) A velocidade inicial é determinada quando t = 0 , logo v0 = 5 m/s.


b) A aceleração é calculada pela tangente do ângulo Q .

9 Dv v2 - v 0 9 - 5 4
Dt = t - t0 a = tgQ = = = = = 2
5 Q Dt t2 - t0 2 - 0 2
Dv = v - v0
então: a = 2 m/s2
0 2 t(s)

c) Como o gráfico v = f(t) é uma reta, a função é do 1º grau; portanto: v = v0 + a.t


Substituindo os valores encontrados temos: v = 5 + 2 t

d) O deslocamento é calculado pela área compreendida entre os instantes 0 e 2s e a reta que representa a
velocidade:
v (m/s)
Área do trapézio
9 (9 + 5) . 2
A = DS = = 14 m
5 A 2

0 2 t(s)

e) DS 14
Vm = = = 7 , logo Vm = 7 m/s
Dt 2
V 1 + V2 5 + 9 14
ou leitura do gráfico só para MUV: Vm = = = = 7m/s
2 2 2
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM:
1) O gráfico da velocidade para um móvel que se desloca numa trajetória retilínea é dado a seguir:
Determine: a) A função horária das velocidades ;
b) o deslocamento do móvel entre 0 e 5 s
c) a velocidade média entre 0 e 5s.

V (m/s)

15

0 5 t(s)

2) Os gráficos abaixo indicados representam a velocidade de um móvel em função do tempo. Determine para cada
caso a função v = f(t) .

v(m/s) v (m/s) v (m/s)


8 10

6 6
1 t
(s) 0 2 t(s) 0 4 t (s)

3.3.3- Gráfico da aceleração: No movimento uniformemente variado a aceleração é constante e


diferente de zero; portanto, o gráfico tem as formas:
a a

a = cte > 0
0 t
a = cte < 0
0
t

Propriedade: No gráfico a = f(t) a área A , compreendida entre os instantes t1 e t2 , mede a variação de


velocidade entre estes instantes.
a Sabemos que: A = a1 . (t2 - t1) 1

DV DV
a1 Mas a1 = = Þ DV = a1 . (t2 - t1) 2
A Dt t2 - t1

0 t1 t2 t
Comparando 1 e 2 vem : numericamente
1 = 2 Þ A = DV

EXEMPLO 5: O gráfico a seguir indica a aceleração adquirida por um móvel em função do tempo sobre uma
trajetória retilínea:

a(m/s2)
4
t (s)

Sabendo que no instante t = 0 o móvel tinha velocidade 10 m/s e estava na posição + 8m , pede-se:
Construir o gráfico da velocidade em função do tempo.

Solução: Cálculo de:


a(m/s2) A1 = 3 Þ DV1 = 3 m/s
5 A2 = 5 Þ DV2 = 5 m/s
4 A3 = 4 Þ DV3 = 4 m/s
3 A4 = 4 Þ DV4 = -4 m/s
A1 A2 A3
t(s)
0 1 2 3 4 5
A4
-4
A velocidade no instante t = 1s é: V1 = V0 + DV1 = 10 + 3 = 13 m/s.
A velocidade no instante t = 2s é: V2 = V1 + DV2 = 13 + 5 = 18 m/s.
A velocidade no instante t = 3s é: V3 = V2 + DV3 = 18 + 4 = 22 m/s.
A velocidade no instante t = 4s é: V4 = V3 = 22 m/s.
A velocidade no instante t = 5s é: V5 = V4 - DV4 = 22 - 4 = 18 m/s.

V (m/s)
22
18

13
10 A2 A3 A4 A5
A1 t(s)
0 1 2 3 4 5

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM:

3) O gráfico a seguir indica a velocidade em função do tempo de um móvel que se movimenta sobre uma
trajetória retilínea:
v(m/s)
Sabendo que no instante t = 0 o móvel estava
10 na posição +6 m , pede-se:

a) representar numa trajetória esse


8 9 10 11 movimento;
0 2 4 6 t(s)
b) construir o gráfico da aceleração em fun
-5 do tempo.
4) O gráfico abaixo indica a aceleração adquirida por um móvel sobre uma trajetória retilínea.
Sabendo que no instante t = 0s o móvel tinha
velocidade de 8 m/s e estava na origem das
a (m/s2)
posições, pede-se:
3
a) construir o gráfico v = f(t);
b) representar numa trajetória esse
0 2 4 6 8 10 t(s)
movimento.
-3

3.3.4 - Equação horária das posições no MUV: Uma das formas de demonstrar a função horária
do espaço do MUV é a partir do diagrama v x t:
V n B+b n n n
Ds = área = . h e B = v , b = v0 e h = t
v 2
v + v0
B Então: Ds = . t , onde v = v0 + a . t
v0 2
t Logo: v0 + a . t + v0 2v0 . t + a . t2 a.t2
0 h t Ds = . t = = v0 . t +
2 2 2
ou a.t2
s - s0 = v 0 . t + Portanto, s = f(t) do MUV é: a . t2
2 S = S0 + V0 . t +
2

Esta função é do 2º grau em t, cujo gráfico é


parabólico, como será visto no próximo segmento.

EXEMPLO 6: Um móvel desloca-se sobre uma reta segundo a função horária S = -15 - 2t + t2 (no SI) . Pede-
se:
a) o tipo de movimento;
b) a posição inicial;
c) a velocidade inicial;
d) a aceleração;
e) a função v = f(t);
f) o instante em que o móvel passa pela origem das posições.
Solução: a) A função horária S = -15 - 2t + t2 é do 2º grau, portanto o movimento é uniformemente variado.
b) Por comparação: S = S0 + v0 t + a/2 . t2 Þ S0 = -15 m (o móvel está a 15 metros
da origem.
c) Também por comparação temos que V0 = -2 m/s.
d) Por comparação temos: (1/2) a = 1 então a = 2 m/s2
e) V = V0 + a.t Þ Substituindo os valores encontrados anteriormente temos que: V = -2 + 2.t
f) A origem das posições temos quando S = 0 :
S = -15 - 2t + t2
0 = -15 - 2t + t2
__
Resolvendo a equação temos: t= - b ± D = 2 ± (8) Þ t = 5s . Obs Em cinemática só se considera
o
2a 2 tempo positivo.

EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM:

5) Um ponto material caminha em MUV segundo a função horária S = 12 - 8 t + 4 t2 , no S.I. Pergunta-se:


a) qual a sua posição inicial;
b) qual a sua velocidade inicial;
c) qual a sua aceleração;
d) qual a sua posição no instante 10 s;
e) o instante em que ele passa pela origem dos espaços;
f) determine a função horária das velocidades;
g) o instante em que o móvel inverte o sentido do movimento;
h) classifique o movimento para o instante t = 3s .

3.3.5 - Gráfico S x t no M.U.V. : Para o MUV temos que S = S0 + V0 t + at2 / 2 . Como esta é uma
função do 2º grau em t, o gráfico correspondente será uma parábola.
S
S0

- PROPRIEDADES DO DIAGRAMA:
1ª) O diagrama horário de um MUV resulta sempre numa parábola, a qual pode apresentar sua concavidade
voltada para cima ou para baixo:

S S
S0
t
a>0
S0 a<0
t
O fato de a concavidade ser voltada para cima ou para baixo depende de o sinal da aceleração ser positivo ou
negativo.

2º) No diagrama horário, quando a curva se apresenta ascendente, a velocidade é positiva; quando descendente, a
velocidade é negativa. Nos vértices das parábolas, as velocidades se anulam.
V=0
S S

V>0 V<0
S0 t

V<0 V>0

V=0

A 2ª propriedade é que de uma maneira não muito simples, pode-se calcular velocidades através de
tangentes, da mesma forma que já foi visto no M.U. . A demonstração disso você verá quando cursar a
universidade e poderá utilizar esse fato quando conhecer um pouco de limites e derivadas que será dado no curso
de Matemática.

EXEMPLO 7: Baseado no que foi exposto, analisemos o gráfico abaixo:

t3 t4 t7 t8 t
0 t1 t2 t5 t6

Dele podemos concluir que:


1- De 0 a t2 temos um M.U.V. com aceleração negativa, pois a concavidade da parábola é para baixo.
2- De 0 a t1 o movimento é progressivo, pois o espaço é crescente, o que nos indica velocidade positiva.
3- De 0 a t1 o movimento é retardado, pois a velocidade e a aceleração apresentam sinais contrários.
4- De t1 a t2 o movimento é retrógrado e acelerado, pois temos velocidade e aceleração negativas.
5- De t2 a t4 a aceleração é positiva pois a concavidade da parábola é para cima.
6- De t2 a t3 o movimento é retrógrado e retardado, pois a velocidade é negativa e a aceleração é positiva.
7- De t3 a t4 o movimento é progressivo e acelerado, pois a velocidade e a aceleração são positivas.
8- De t4 a t5 o movimento é progressivo e uniforme, pois o espaço varia linearmente com o tempo e a curva é
crescente.
9- De t5 a t6 o corpo está em repouso, pois a sua posição não varia no decorrer do tempo.
10- A partir de t6 o movimento é uniforme e retrógrado, pois o espaço varia linearmente com o tempo e a curva
é decrescente.
11- Nos instantes t1 e t3 o móvel inverte o sentido do movimento.

3.3.6 - Equação de Torricelli : Temos até agora duas funções que nos permitem saber a posição do
móvel e a sua velocidade em relação ao tempo. Torna-se útil encontrar uma equação que possibilite conhecer a
velocidade de um móvel sem saber o tempo.
A equação de Torricelli relaciona a velocidade com o espaço percorrido pelo móvel. É obtida eliminando o
tempo entre as funções horárias da posição e da velocidade.
S = S0 + V0 . t + (a.t2) / 2 1 V = V0 + a . t 2

Isolando o tempo t na segunda equação e substituindo na primeira, vem:

v - v0 æ v - v0 ö 1 æ v - v0 ö
2

t= s = s0 + v0 × ç ÷ + ×a ×ç ÷
De (2) : a Substituindo em (1) è a ø 2 è a ø

vv0 - v02 1 æ v 2 - 2vv0 + v02 ö


s = s0 + + çç ÷÷
a 2è a ø
Reduzindo ao mesmo denominador:
2a(S - S0) = 2 v0v - 2v02 + v2 - 2vv0 + v02
2a(S - S0) = - v02 + v2
v2 = v02 + 2 a (S - S0) mas DS = S - S0 Sendo assim: v2 = v02 + 2aDS

Solução: São dados - v = 144 Km/h = 40 m/s


DS = 50 m
v0 = 0
v2 = v02 + 2.a. DS
402 = 02 + 2.a.50 Þ 1600 = 100 a Þ a = 16 m/s2

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM:
6) Um carro tem velocidade de 20 m/s quando, a 30 m de distância, um sinal vermelho é observado. Qual deve
ser a desaceleração produzida pelos freios para que o carro pare a 5 m do sinal?

7) A equação horária de um móvel é S = 3 - 4t + t2 (SI) . Construa o diagrama S x t desse movimento.


Sujestão: Após construir o diagrama, retorne para a equação horária a partir do diagrama.
8) Classifique o movimento para cada trecho do diagrama S x t abaixo:

t3 t8
0 t1 t2 t4 t5 t6 t7 t7
t

Exercícios de Fixação:
9) Coloque V de verdadeiro ou F de falso:
( ) 1. No MRUV a aceleração do móvel varia linearmente com o tempo.
( ) 2. No MRUV a velocidade varia linearmente com o tempo.
( ) 3. Um carro em marcha a ré não pode realizar movimento acelerado.
( ) 4. No movimento uniformemente retardado a velocidade e a aceleração têm sinais opostos.
( ) 5. No MRUV o diagrama e x t fornece uma reta inclinada em relação ao eixo dos tempos.
( ) 6. A declividade da reta que você obtém ao construir o diagrama v x t indica a aceleração do móvel.
( ) 7. A velocidade média do móvel que realiza MRUV , entre dois instantes, vale a média aritmética das velocidades
instantâneas que o móvel apresenta nos citados instantes.
( ) 8. O movimento uniformemente acelerado não pode ser retrógrado.

10) Um móvel percorre o segmento de reta AC com velocidade constante,passando por um ponto B, onde AB ¹ BC . Se t1 e
t2 são os tempos gastos nos percurso AB e BC, é verdadeira a seguinte relação:
a) AB / t1 = BC / t2 b) AB / BC = t2 / t1 c) AB / BC = (t2 / t1)2 d) AC = (AB / t1 ) + ( BC /
t2 ) e) AC = (AB + BC) t1 t2

11) Um móvel partindo do repouso executa movimento retilíneo cuja aceleração escalar varia com o tempo conforme o
diagrama. Pode-se afirmar que ao fim de 4s, o espaço percorrido é:

a (m/s2) a) 45 m
b) 100 m
4 c) 180 m
d) 30 m
e) 50 m
t(s)
0 3 6

12) Um ponto material caminha em MUV com aceleração de 10 m/s2 . Sabendo-se que inicialmente sua posição era 30 m e
sua velocidade 15 m/s , encontre a sua função horária e a sua posição no instante t = 3s.

13) É conhecida a função das velocidades de um ponto material que caminha em MUV como v = 2 - 8t (SI). Sabendo-se que
o móvel partiu da origem pede-se:
a) a função horária do móvel;
b) o instante em que sua velocidade é nula;
c) o instante em que o móvel passa pela posição -6m .

14) Um automóvel trafega sobre uma avenida em M.U. quando é obrigado a freiar bruscamente para não bater em um poste.
Sabendo-se que sua velocidade antes de frear era 20 m/s e que ele pára em 2s , e supondo que a aceleração imposta pelos
freios é constante, qual a distância que ele percorre durante a freagem?

15) Um fuzil é acionado e sabe-se que a bala sai do cano com velocidade de 500 m/s. Sabe-se também que o comprimento do
cano é 0,7 m. Calcule:
a) a aceleração da bala dentro do cano (suposta constante);
b) o tempo de percurso da bala dentro do cano.

16) O diagrama abaixo representa a variação da velocidade de um móvel em relação ao tempo. Determine:
V (m/s)
15
a) a aceleração do móvel;
b) o instante em que a velocidade é nula. 0 5 t (s)

-10
17) Um ponto material caminha obedecendo a função horária S = 2t2 - 18t + 6 (MKS) . Pede-se:
a) sua posição inicial;
b) sua velocidade inicial;
c) sua aceleração;
d) os instantes em que o móvel passa pela posição -10m.

18) Um ponto material caminha em MUV obedecendo a seguinte função das velocidades: v = 10 - 4t (SI) . Pede-se:
a) classificar o movimento para t = 2s;
b) classificar o movimento para t = 3s.

19) Um ponto material caminha segundo a função S = 3t - 8t2 (SI) . Classifique o movimento do móvel para:
a) t = 0 b) t = 1s.

20) Um motorista quando enxerga um obstáculo e precisa frear, leva cerca de 0,7s para acionar os freios. Se um motorista
caminha a 20 m/s , que distância irá percorrer após enxergar um obstáculo e frear (parar) ? Suponha que os freios do carro
imprimam ao veículo uma aceleração de 5 m/s2 .

21) Um objeto se move de acordo com a seguinte equação horária: d = 5t2 + 2t + 3. Determine a velocidade média deste
objeto entre os instantes 0 e 2s (use sistema CGS).

22) Um móvel animado de MRUV , parte do repouso e adquire ao fim de 5s a velocidade de 18 Km/h . Que distância, em
metros percorreu o móvel durante esse tempo?

23) Uma partícula se movimenta segundo a equação e = 5 + 2t + 5t2 . Nestas condições pode-se afirmar que, no SI:
a) a partícula se movimenta com a velocidade de 10 m/s;
b) a partícula se movimenta com aceleração variável;
c) no intervalo de tempo de 1 a 3s sua velocidade média é de 22 m/s;
d) a trajetória descrita por ela é retilínea;
e) a partícula inicia seu movimento com velocidade de 5 m/s.

24) O gráfico representa a velocidade de uma partícula em função do tempo. Podemos afirmar
que:
a) o movimento é retilíneo uniformemente variado; D
b) o movimento é acelerado somente no trecho CD; V
C
c) o movimento é retardado somente no trecho DE;
B
d) nenhuma das afirmativas é satisfatória.

A EE t
25) O gráfico a seguir representa a posição de um móvel dado pelo espaço em função do tempo. A velocidade escalar média
no intervalo de 0 a 7s foi igual a:
e(m)
a) 20 m/s 40
b) 2 m/s
c) 23 m/s 30
d) 6,6 m/s
e) zero. 0 3 5 6 7 t(s)

As informações a seguir referem-se às questões de 26 e 27:


Uma partícula descreve o movimento cujo gráfico horário, parabólico é dado abaixo, mostrando que para t = 1s , x é máximo.
Os valores da abcissa x são medidos a partir de um ponto 0, ponto origem da reta orientada sobre a qual a partícula se
movimenta.

x(m)
16

15

0 1 5 t(s)

26) A equação horária é:


a) x = 15 + 2t + t2
b) x = 15 - 2t - t2
c) x = 15 - t + t2
d) x = 15 + 2t - t2
e) x = 15 - 2t + ½ t2

27) A velocidade da partícula obedece a equação:


a) v = 2 - t
b) v = -2 + t
c) v = 2 - 2t
d) v = 2 + 2t
e) v = 1 - 2t

As informações a seguir referem-se às questões de 28 a 32:


O diagrama representa a velocidade de um pequeno foguete, com um só estágio, lançado verticalmente.

V(m/s)

500
0 10 60 t(s)

28) Enquanto o motor está funcionando a aceleração é:


a) 5,00 x 103 m/s2 b) 2,5 x 10 m/s2 c) 5,0 m/s2 d) 9,8 m/s2 e) n.r.a.

29) A altura em que o motor deixa de funcionar é:


a) 5,00 x 10 m b) 5,00 x 103 m c) 2,50 x 10 m d) 1,00 x 103 m e) n.r.a.

30) O foguete atinge sua altitude máxima no instante:


a) 10s b) 60s c) 5s d) 115s e) n.r.a.

31) A altitude máxima atingida pelo foguete é:


a) 3,00 x 104 m b) 2,50 x 103 m c) 1,50 x 104 m d) 5,00 x 102 m e) n.r.a.

32) O foguete atingirá o solo no instante t que vale aproximadamente:


a) 100s b) 120s c) 115s d) 60,0s e) n.r.a.

33) A velocidade de um carro em função do tempo, pode ser descrita pelo gráfico abaixo. Quanto andou o carro nos
primeiros 5s? Quanto andou durante vinte segundos? Qual a velocidade média do movimento?
V(m/s)

20

t(s)
0 5 15 20
34) O diagrama abaixo representa, em função do tempo, a velocidade de um objeto. Traçar um diagrama da aceleração em
função do tempo.
V(m/s)
20

0 10 20 30 t(s)

-20

35) Eis o diagrama representativo da variação do espaço S de um móvel em função do tempo t:

S(m) Assinale a alternativa errada:


5 a) A velocidade inicial é negativa.
b) Entre 0 e 1s , o movimento é retrógrado e uniformemente
retardado.
t(s) c) A partir de t = 3s o movimento é uniforme.
0 1 2 3 d) A velocidade escalar média entre 0 e 3s é igual a 5/3 m/s.
e) n.r.a.
-5

Dado o gráfico seguinte, que representa a variação do espaço de uma partícula em relação ao tempo, responda às questões de
36 a 45 de acordo com o seguinte código:
a. A assertiva e a razão são proposições corretas e a razão é justificativa da assertiva.
b. A assertiva e a razão são proposições corretas, porém a razão não é justificativa correta da assertiva.
c. A assertiva está correta e a razão incorreta.
d. A assertiva está incorreta e a razão correta.

S
0 t1 t2 t2 t3 t4 t

36) ( ) De 0 a t1 o móvel está se aproximando da origem dos espaços PORQUE de 0 a t1 a velocidade é negativa.
37) ( ) De 0 a t1 o movimento é acelerado PORQUE de 0 a t1 a aceleração é positiva.
38) ( ) De 0 a t1 o movimento é uniformemente variado PORQUE a velocidade é função do 2º grau em relação ao tempo.
39) ( ) De 0 a t1 o movimento é retrógrado PORQUE de 0 a t1 a velocidade é negativa.
40) ( ) De t1 a t2 o movimento é retardado PORQUE de t1 a t2 a velocidade diminui em módulo.
41) ( ) De t1 a t2 o móvel se afasta da origem dos espaços PORQUE no instante t = 2s a aceleração é nula.
42) ( ) De t2 a t3 o movimento é progressivo PORQUE de t2 a t3 a aceleração é positivo.
43) ( ) De t2 a t3 o movimento é acelerado PORQUE de t2 a t3 a velocidade aumenta em módulo.
44) ( ) De t3 a t4 o móvel está em repouso PORQUE de t3 a t4 a aceleração é nula.
45) ( ) De t3 a t4 o movimento é uniforme PORQUE de t3 a t4 o espaço varia linearmente com o tempo.

3.4 - Lançamento Vertical e Queda Livre:


Quando um corpo é lançado nas proximidades da superfície da Terra fica sujeito a uma aceleração
constante, orientada sempre para baixo, na direção vertical. Tal aceleração será estudada na Gravitação. Ela existe
devido ao campo gravitacional terrestre.
A aceleração da gravidade não é a mesma em todos os lugares da Terra. Ela varia com a latitude e com a
altitude. Ela aumenta quando se passa do equador (g = 9,78039 m/s2) para o pólo (g = 9,83217 m/s2) . Ela diminui
quando se vai da base de uma montanha para o seu cume.
O valor de g num lugar situado ao nível do mar e à latitude de 45º chama-se aceleração normal da
gravidade.
gnormal = 9,80665 m/s2
Se trabalharmos com dois algarismos significativos apenas, podemos considerar o valor de g como o
mesmo para todos os lugares da Terra:
g = 9,8 m/s2

Para facilitar os cálculos normalmente usa-se g = 10 m/s2 .


A expressão queda livre , utilizada com frequência, refere-se a um movimento de descida, livre dos efeitos
do ar; é, portanto, um M.U.V. acelerado sob a ação da aceleração da gravidade, assim como no lançamento
vertical. Porém no lançamento vertical, quando o corpo sobe o movimento é retardado e quando desce é
acelerado.
Observações: 1) Como a aceleração da gravidade nas proximidades da Terra é constante, nosso movimento será
uniformemente variado. (MUV)
2) Em um mesmo lugar da Terra todos os corpos caem livremente com a mesma aceleração, independentemente
do seu peso, forma ou tamanho. Isto é, naquele lugar da Terra o valor de g é o mesmo para qualquer corpo em
queda livre.
3) Quando lançamos um corpo verticalmente para cima, quando este alcançar a altura máxima, sua velocidade
será nula (V = 0).
Na subida Na altura máxima Na descida
v=0
v diminui g cte.

g cte. g cte. v aumenta

MUV retardado Mudança de sentido MUV


acelerado

Há duas possibilidades para a orientação da trajetória, conforme as conveniências. A seguir, elas são apresentadas
com as respectivas equações, em que o espaço (S) é trocado pela altura (h) e a aceleração escalar (a) , pela
aceleração gravitacional (g) :
Orientação para cima Orientação para baixo
v<0
+ h + g
- g
v>0
v>0 Nível de Nível de
referência
referência
(h = 0) (h
=0)
+ h
v<0
a=-g a=g

g .
t2 g . t2
h = h 0 + v0 t - h = h0 + v0 t +
2 2
v = v0 - g.t v = v0 + g.t
v2 = v02 - 2.g.Dh v2 = v02 + 2.g.Dh

EXEMPLO 9: Um corpo é lançado verticalmente para cima, com velocidade inicial de 20 m/s. Desprezando a
resistência do ar e admitindo g = 10 m/s2 , pede-se:
a) a função horária das alturas; g = - 10 m/s2 v0 = 20 m/s
b) a função horária das velocidades;
c) o tempo gasto para o corpo atingir a altura máxima;
d) a altura máxima atingida em relação ao solo;
e) o tempo gasto pelo corpo para retornar ao solo; 0
f) a velocidade do corpo ao tocar o solo. origem das
posições
Solução: Adotaremos como positiva a trajetória para cima: o movimento em questão é um MUV.
a) S = S0 + V0 t + ½ g t2 , como V0 = 20 m/s S0 = 0 e g = -10 m/s2 substituindo na eq. teremos: S = 20 t
- 5 t2

b) V = V0 + g t Substituindo os valores já conhecidos teremos: V = 20 - 10 t

c) Na altura máxima ( V = 0 )
V = 20 - 10 t então: 0 = 20 - 10 t Þ 10 t = 20 Þ t = 20 / 10 logo t = 2 s

d) Substituindo t = 2s em S = 20 t - 5 t2 , temos:
S = 20 . 2 - 5 . 22 então S = 40 - 20 ou seja: S = 20m

e) No solo (S = 0) , pois retorna a origem.


S = 20 t - 5 t2 , substituindo S = 0 na eq. teremos: 0 = 20 t - 5 t2 Þ 0 = 5t (4 - t) Þ t = 4s

f) Substituindo t = 4s em V = 20 - 10 t, temos:
V = 20 - 10 . 4 Þ V = 20 - 40 Þ V = -20 m/s (negativa porque é contrária ao sentido positivo
adotado).

Observe no exemplo anterior que: - Tempo de subida = tempo de descida.


- Velocidade de saída = velocidade de chegada (em módulo).
Esta observação é válida para qualquer corpo lançado verticalmente para cima, mas sempre em relação ao
mesmo plano de referência.

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM:

46) Um corpo é abandonado do alto de uma torre de 125 metros de altura em relação ao solo. Desprezando a
resistência do ar e admitindo g = 10 m/s2 , pede-se:
a) a função H = f(t);
b) a função v = f(t);
c) o tempo gasto para atingir o solo;
d) a velocidade ao atingir o solo.

47) Uma pedra é lançado no vácuo verticalmente para cima com velocidade de 10 m/s. Qual a altura máxima
atingida pela pedra? Adote g = 10 m/s2 .
Exercícios de Fixação:

48) Assinale com V de verdadeiro ou F de falso:


( ) 1. As acelerações dos corpos em queda livre dependem das massas dos corpos.
( ) 2.Na queda livre o tempo de queda pode ser determinado se conhecermos a altura de queda e a aceleração da gravidade
do local.
( ) 3.Na queda livre, a velocidade com que o corpo chega ao plano de referência pode ser determinada se conhecermos a
altura de queda relativa a esse plano e a aceleração da gravidade do local.
( ) 4.Na queda livre os espaços percorridos na vertical são proporcionais ao tempo de percurso.
( ) 5.Na queda livre, quando o corpo atinge a metade do percurso, sua velocidade será igual à metade da velocidade com
que atinge o plano de referência.
( ) 6.Na queda livre os espaços percorridos na vertical são proporcionais aos quadrados dos tempos de percurso.
( ) 7. Um corpo lançado verticalmente para cima realiza movimento uniformemente acelerado.
( ) 8. No lançamento vertical ascendente no vácuo o tempo de subida é igual ao tempo de queda.
( ) 9. A partir de um plano de referência um corpo é lançado verticalmente para cima com velocidade V. Ao retornar ao
plano de referência o corpo apresenta velocidade em módulo igual a V.
( ) 10. Você poderá calcular a máxima altura atingida por um corpo lançado verticalmente para cima no vácuo se conhecer
a velocidade de lançamento e a aceleração da gravidade do local.
( ) 11. No ponto de cota máxima, a velocidade de um corpo lançado verticalmente para cima, no vácuo, vale a metade da
velocidade de lançamento.
( ) 12. Considere um ponto da trajetória de um corpo lançado verticalmente para cima, no vácuo. No retorno, ao passar
pelo ponto considerado, o corpo apresenta velocidade em módulo igual à que apresentou na subida.

49) Um pára-quedista, quando a 120 m do solo, deixa cair uma bomba. Esta leva 4s para atingir o solo. Qual a velocidade de
descida do pára-quedista? ( g = 10 m/s2) .
a) 1 m/s b) 2 m/s c) 5 m/s d) 8 m/s e) 10 m/s

50) Dois objetos A e B, de massas m1 = 1 Kg e m2 = 2 Kg são simultaneamente lançados verticalmente, para cima, com a
mesma velocidade inicial, a partir do solo. Desprezando-se a resistência do ar, podemos afirmar que:
a) A atinge uma altura menor do que B e volta ao solo ao mesmo tempo que B.
b) A atinge uma altura menor do que B e volta ao solo antes de B.
c) A atinge uma altura igual à de B e volta ao solo ante de B.
d) A atinge uma altura igual à de B e volta ao solo ao mesmo tempo que B.
e) A atinge uma altura maior do que B e volta ao solo depois de B.

51) Uma bola é lançada para cima com velocidade de 20 m/s (g = 10 m/s2) . Indique a afirmativa errada (despreze a
resistência do ar) :
a) a bola atinge uma altura de 20 m.
b) no ponto mais alto a velocidade da bola é nulo.
c) no ponto mais alto a aceleração da bola é nula.
d) a bola retorna ao ponto de partida com velocidade de 20 m/s.
e) a bola volta ao ponto de partida depois de 4s.

52) Querendo determinar a altura de um edifício, um estudante deixou cair uma pedra do terraço e ela levou 3s para chegar ao
chão.
a) Qual a altura que ele obteve para o edifício?
b) Qual a velocidade da pedra ao chegar ao chão?

53) Uma pedra é lançada verticalmente para cima do topo de um edifício suficientemente alto, com velocidade de 29,4 m/s.
Decorridos 4s deixa-se cair outra pedra. Contada a partir do instante de lançamento da segunda, a primeira passará pela
segunda no instante: (dado g = 9,8 m/s2)
a) ½ s b) 2,0 s c) 3,0 s d) 4,0 s e) n.r.a.
54) Um observador vê um corpo cair, passando por sua janela, com velocidade de 10 m/s. 75 metros abaixo, outro observador
vê o mesmo objeto passar por ele em queda livre. Admite-se para a aceleração da gravidade do local g = 10 m/s2 . Qual a
velocidade do móvel ao passar pelo segundo observador?
a) 10 m/s b) 12 m/s c) 15 m/s d) 40 m/s e) n.r.a.

55) Na questão anterior o tempo que o corpo leva para ir de um a outro observador é:
a) 0,5 s b) 3 s c) 10 s d) 20 s e) n.r.a.

56) Continuando as questões anteriores, sabemos que o corpo leva ainda 1 segundo para chegar ao solo depois de passar pelo
segundo observador. Pode-se afirmar que:
a) O segundo observador está a 10 m acima do solo.
b) O primeiro observador está a 95 m acima do solo.
c) Não se pode determinar as alturas dos observadores sobre o solo.
d) O primeiro observador está a 120 m de altura.
e) n.r.a.

57) A figura representa o gráfico posição x tempo do movimento de um corpo lançado verticalmente para cima, com
velocidade inicial V0 , na superfície de um planeta.
H(m)

0 2 3 4 6 t(s)
a) Qual a aceleração da gravidade na superfície do planeta?
b) Qual o valor da velocidade inicial V0 ?

58) Um balão está subindo à razão de 12 m/s e se encontra a uma altura de 80 metros acima do solo quando dele deixa-
se cair um embrulho. Quanto tempo leva o embrulho para atingir o solo? Adote g = 10 m/s2 .
Gabarito:
UNIDADE III: M.U.V.
1) a) v = 3 t b) 37,5m c) 7,5 m/s
2) a) v = 6 + 2t b) v = 3t
c) v = 10 - 2,5 t
3) a)
t(s) 0 2s 4 e 11s 9s 6-8s
| | | 10s | |
S(m) 6 16 36 38,5 43,5 46
a(m/s2)
5

b) 0 2 4 6 8 9 10 11 t(s)

· 5

4) a) V(m/s)
26

20

8
0 2 4 6 8 10 t(s)

b) t(s) 0 2 4 6 8 10

S(m) 0 28 74 126 172 192

5) a) S0 = 12 m
b) V0 = - 8 m/s
c)a = 8 m/s2
d) 332 m
e) Ele não passa em S = 0.
f) V = - 8 + 8 . t
g) t = 1s
h) MUV progressivo acelerado.

6) - 8 m/s2
7) S (m)
3

t(s)
0 1 2 3
8) 0 a t1 - M.U. progressivo
t1 a t2 - repouso t2 a t3 - MUV retrógrado retardado t3 a t4 - MUV progressivo acelerado t4 a t5 - MUV progressivo
retardado t5 a t6 - MUV retrógrado acelerado t6 a t7 - repouso t7 a t8 - M.U. retrógrado.

9) 1.F 2.V 3.F 4.V 5.F 6.V


9) cont. 7.V 8.F
10) a
11) d
12) S = 30 + 15t + 5t2
S = 120m
13) a) S = 2t - 4t2
b) 0,25s
c) 1,5s
14) 20m
15) a) a = 178571,42 m/s2 b) t = 0,--28s
16) a) a = 5 m/s2
b) t = 2s
17) a) 6m b) -18 m/s c) 4 m/s2
d) 1s e 8s
18) a) mov. progressivo e retardado. b) mov. retrógrado e acelerado.
19) a) Progressivo retardado.
b) Retrógrado acelerado.
20) 54 m
21) 12 cm/s
22) 12,5 m
23) c
24) e
25) e
26) d
27) c
28) e
29) e
30) b
31) c
32) c
33) 50m , 300m , 15 m/s

34)
a(m/s2)
2

0 10 20 30
· 2

35) c
36) b 37) c 38) c 39) a 40) a
41) c 42) b 43) a 44) d 45) a
46) a) S = 5 t2 ou 125 - 5t2
b) V = 10t ou V = - 10 t
c) t = 5s
d) V = 50 m/s
47) 5m
48) 1.F 2.V 3.V 4.F 5.F 6.V 7.F 8.V 9.V 10.V 11.F 12.V

49) e
50) d
51) c
52) 45m e 30 m/s
53) d
54) d
55) b
56) d
57) a) 2 m/s2 b) 6 m/s
58) 5,4s
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

ONDAS
Definição: Denomina-se onda ao movimento causado por uma
perturbação que se propaga através de um meio.

Classificação das Ondas:


1- Quanto à natureza:
Onda Mecânica: Precisa de um meio natural para propagar-se
(não se propaga no vácuo). Ex.: corda ou onda sonora (som).
Onda Eletromagnética: Não necessita de um meio natural para
propagar-se. Ex.: ondas de rádio ou luz.

2- Quanto à direção da vibração:


Ondas Transversais: São aquelas que possuem vibrações per-
pendiculares à direção da propagação.

PROPAGAÇÃO
VIBRAÇÃO

Ondas Longitudinais: As vibrações coincidem com a direção da


propagação.

VIBRA
3- Quanto à direção da propagação:
Unidimensionais: Propagam-se numa só direção. Ex.: ondas em
corda.
Bidimensionais: Propagam-se num plano. Ex.: ondas na superfí-
cie de um lago.
Tridimensionais: São aquelas que se propagam em todas as di-
reções. Ex.: ondas sonoras no ar atmosférico.

Ondas Periódicas:
São aquelas que recebem pulsos periódicos, ou seja, recebem
pulsos em intervalos de tempo iguais. Portanto, passam por um
mesmo ponto com a mesma freqüência.

CRISTA l CRISTA

VALE l VALE
f=1
T V=lf

f= freqüência (Hz )
t = T = tempo ( s )
s = l = comprimento da onda ( m )
V = velocidade da onda ( m/s )

l=V O comprimento da onda é inversamente


f proporcional à freqüência.

Velocidade da Propagação:
A velocidade da propagação da onda depende da densida-
de linear da corda (m) e da força da tração.

T T= força da tração na corda


V= m V= T
l m m = m = densidade linear da corda
l
Reflexão:
É quando a onda, após incidir num segundo meio de caracte-
rísticas diferentes, volta a se propagar no meio original.

EXTREMIDADE FIXA EXTREMIDADE LIVRE

O pulso sofre reflexão com inversão de O pulso sofre reflexão e não ocorre in-
fase, mantendo todas as outras caracte- versão de fase.
rísticas

Refração:
Ocorre quando a onda passa de um meio para outro de ca-
racterísticas diferentes. Devido à mudança, a velocidade e o
comprimento se modificam. Ex: onda do mar passando do fun-
do para o raso.
lA lB

FONTE _ _ _ _ _ _ _ VA _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _VB_

OBS.: A freqüência não se altera porque esta depende apenas


da fonte.
fA = fB VA = VB
lA lB

Difração:
Ocorre quando uma onda encontra obstáculos à sua propa-
gação e seus raios sofrem encurvamento.

Princípio da Superposição:
Ocorre pela superposição de duas ou mais ondas.

Interferência Construtiva Interferência Destrutiva

A1 A2 A1
P
A2

A A

A1 A2 A1
A2

A = A1+A2 A = A1-A2

Ondas Estacionárias
São ondas resultantes da superposição de duas ondas com:
- mesma freqüência
- mesma amplitude
- mesmo comprimento de onda
- mesma direção
- sentidos opostos
Ao atingirem a extremidade fixa, elas se refletem, voltando
com sentido contrário ao anterior. Dessa forma, as perturba-
ções se superpõem às outras que estão chegando à parede,
originando o fenômeno das ondas estacionárias.
Característica: amplitude variável de ponto para ponto, isto
é, pontos que não se movimentam (amplitude nula).
Nodos: pontos que não se movimentam
Ventres: pontos que vibram com amplitude máxima
É evidente que, entre os nós, os pontos da corda vibram com a
mesma freqüência, mas com amplitudes diferentes.

onda incidente onda refletida

onda incidente
FONTE onda refletida

l l l
4 2 2
_________________________________

FONTE _ _ _ _ N _ _ _ _ _ _ N _ _ _ _ _ _ N _ _ _ _ _ __ N _ _ _ _ _ _ N

--------------------------------
V V V V V
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
ÓTICA
Nem todos os corpos tem a propriedade de emitir luz. Alguns só são vistos quando
iluminados. Os que emitem luz, por algum processo que ocorra em seu interior, são chamados
fontes de luz. Assim, no caso das lâmpadas, quando a corrente elétrica passa pelo filamento,
este se aquece, emitindo luz.
Ou ainda, se tomarmos um pedaço de metal e o esquentarmos, ele emite inicialmente
uma luz avermelhada, que se vai amarelando com o aumento da temperatura, até chegar a luz
branca. A emissão de luz pela vela também se deve ao calor que leva à incandescência
partículas de carvão. As estrelas também são fontes de luz, e muitas delas são responsáveis
pela iluminação dos planetas, principalmente o Sol, que permite a vida na Terra graças à luz.
A luz se propaga em todas as direções. Quando se acende uma lâmpada, por exemplo,
todos os pontos do ambiente são iluminados ao mesmo tempo. A luz se propaga em linha reta.
Quando um carro faz uma curva, o feixe de luz dos faróis ilumina a margem da rua, pois
enquanto o veículo está fazendo a sua trajetória curva, a luz dos faróis está se propagando em
linha reta. A luz se propaga em todos os meios materiais e no vácuo. Um exemplo é o fato da
luz do Sol e das outras estrelas chegar até nós depois de se propagarem no vácuo.
A luz consegue atingir a incrível velocidade de 300000 km/s. Para se ter uma idéia, em
um segundo a luz dá sete voltas e meia ao redor da Terra e a luz solar chega até a Terra em
apenas 8,5 segundos.
A luz que incide em um espelho volta ao meio de origem. Se o espelho for colocado em
posição perpendicular à lanterna, a luz voltará para ela. Isso porque todo raio de luz que incide
sobre um espelho, formando com este um ângulo de 90°, volta-se sobre si mesmo. Se
inclinarmos a lanterna, a luz voltará em outra região, formando com o espelho um ângulo que
será igual ao da inclinação do foco luminoso.
Aconteceu a reflexão da luz. O raio incidente reflete-se no ponto O e volta como raio
refletido. Os raios incidente e refletido formam o ângulo AôB. A linha N, perpendicular ao
espelho em O, forma os ângulos congruentes AôN (ângulo de incidência) e NôB (ângulo de
reflexão).
Um espelho é uma superfície polida que reflete a luz que recebe. Os espelhos podem
ser planos e esféricos. Chama-se espelho plano a uma superfície polida e lisa. Um espelho
plano forma imagens chamadas virtuais.A imagem virtual forma-se atrás do espelho,é direita e
simétrica em relação ao espelho.
Chama-se espelho esférico a uma calota esférica que reflete a luz. Podem ser côncavos
(encurvados para dentro) ou convexos (encurvados para fora). Dependendo da distância de um
objeto a um espelho esférico, a imagem pode ser: virtual, real (frente do esp), direita (posição
igual à do objeto), invertida, maior, menor ou igual ao ob.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Resumo:
Realizou-se uma experiência com o objectivo de, num pêndulo balístico, calcular a
velocidade de lançamento da bola e compará-la com o valor da velocidade obtido
experimentalmente.
Numa outra experiência tentou-se provar que, a partir da mesma altura, o tempo de
queda de um projéctil lançado na horizontal ou na vertical é o mesmo.

Fundamentos Teóricos

- 1ª experiência:

Considerando o sistema sem atrito podemos dizer que:


r r
p sist ant = p sist dep
donde:

mv 0 = ( m + M )v f em que “m” é a massa da esfera e “M” é a


massa do pêndulo.

Teremos portanto:

m+M
v0 = vf
m

Podemos saber o v f a partir da conservação da energia mecânica do pêndulo:

a
B

h
A

Em A = Em B

(m + M )v f = (m + M ) gh
1
2

v f = 2 gh

h = l - l × cos a

v f = 2 g l (1 - cos a )
Então podemos saber:
m+M
v0 = × 2 g l (1 - cos a )
m

- 2ª Experiência

A
B

A esfera A tem velocidade inicial na horizontal e a esfera B é largada. Ambas partem


da mesma posição. Temos portanto para cada uma:

A B

r r æ ö
r = h - gt 2
r
r = v 0 t e x + ç h - gt 2 ÷
1 1
2 è 2 ø

Daqui podemos tirar o valor de h para cada um dos projecteis:

A B

h= gt h= gt
1 2 1 2
2 2

Procedimento:
- Pêndulo balístico
Material:
- pêndulo balístico
- light-gate
- canhão
- timer
- esfera
- pêndulo

Procedimento:
1) utilizando o canhão realizou-se o lançamento de um projéctil na horizontal de modo
a que a esfera ficasse incrustada no pêndulo.
2) mediu-se o angulo máximo atingido pelo pêndulo
3) repetiu-se este procedimento mais 3 vezes.

- Lançamento de projecteis

Material:
- caixa de madeira com mola para lançamento de projecteis, um na vertical e
outro na horizontal
- 2 esferas

Procedimento:
1) colocaram-se as duas esferas na caixa de madeira
2) efectuou-se o lançamento das esferas, uma na horizontal e uma na vertical.
3) cronometrou-se o tempo que queda das duas esferas
4) mediu-se a altura de lançamento das esferas
5) repetiu-se a experiência 3 vezes

Resultados:

- 1º Experiência

Tempo (s) Ângulo ( º )


1º 0.005 1º 55.5
2º 0.005 2º 56.0
3º 0.005 3º 56.0
4º 0.005 4º 56.0
t 0.005 a 55.9

M bola (kg) M pêndulo (kg)


-3 -3
33.10 x 10 220 x 10
-3 -3
32.95 x 10 220.05 x 10
-3 -3
32.90 x 10 220.05 x 10
m =0.033 M = 0.220

Dados:
t = 0.005 s
a = 55 .9º ±0.4
m = 0.033 kg
M = 0.220 kg
A velocidade inicial obtida através dos tempos do light-gate e do diâmetro da bola é:

19 ´ 10 -3
v0 =
0.005

v0 = 3.80 ms -1

Usando a expressão deduzida atrás:

v0 =
(0.033 + 0.220) × 2 ´ 9.8 ´ 0.182 ´ (1 - 0.56 )
0.033

v0 = 0.767 ´ 1.253

v0 = 0.96 ms -1

Como ao trabalharmos com o pêndulo balístico considerámos o fio ideal e na


realidade não o é, multiplicamos portanto o valor da velocidade inicial deduzido
através da expressão pelo factor correctivo de modo a diminuir o erro.

Rm ´ R
f= f - Factor Correctivo
Rb
Rm- Raio a partir do cálculo do perímetro
R- comprimento de localização do centro de massa
Rb- localização rigorosa do centro de massa (0.24m)

perímetro:

10 oscilações t= 8.9 s
t=9.0 s
t= 9.0 s

t = 8.97 s

1 oscilação T= 0.89 s

Rm
T = 2p
g
Rm
0.89 = 2 ´ 3.14 ´
9 .8
Rm = 0.20

0.20 ´ 0.182
f =
0.24

f = 0.79

v0 ´ f = 0.96 ´ 0.79

= 0.76 ms -1

- 2ª Experiência

tempo de queda:

Vertical (s) Horizontal (s)


1º 0.3 1º 0.3
2º 0.3 2º 0.3
3º 0.4 3º 0.3
4º 0.3 4º 0.2
t 0.3 t 0.3

Altura de lançamento medida = 0.93 m

h = 4.9 ´ (0.3) Þ 0.44m


2
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
PRESSÃO
Pressão é a grandeza dada pela intensidade da força aplicada sobre uma superfície,
por unidade de área. A unidade de medida da pressão é o Pa (Pascal), que é igual a força
(newton) / área (m2). Contudo, são empregadas várias outras medidas de pressão, como a
atmosfera (101325 Pa), o bar (100000 Pa) e o milímetro de mercúrio (mmHg = 133,322 Pa).
A massa é uma propriedade da matéria e, para um determinado volume, depende da
natureza da substância, seu estado físico, sua temperatura e da pressão a qual está sendo
submetida. Podemos verificar como varia a massa com as diferentes substâncias, medindo a
massa da unidade de volume.
Assim, se tomarmos os metais magnésio, alumínio, ferro e chumbo e determinarmos a
massa de 1 cm cúbico de cada um deles,, encontramos respectivamente os valores: 1,74 g; 2,7
g; 7,85 g; 11,3 g. Esses valores, característicos de cada um desses metais, e chamados de
massa específica, são sempre expressos como uma relação entre massa e volume: g/cm cb ,
kg/dm cb, etc.
Todos nós vivemos no interior da grossa capa de ar que cobre toda a superfície do
nosso planeta: a atmosfera. Se estivermos numa praia, ao nível do mar, a pressão da atmosfera
sobre nós será aproximadamente a mesma qua uma coluna de mercúrio, com 76 cm de altura,
exerce sobre a sua base.
Essa pressão diminui, porém, quando subimos ao topo de uma montanha, porque
naquele ponto há menos quantidade de ar sobre nossas cabeças. A 10000 m de altitude, a
pressão atmosférica é muito baixa. Ali há tão pouco ar que não pode-se respirar sem a ajuda de
um equipamento de oxigênio. Os aviões que voam a essa altura possuem cabines
pressurizadas, que mantém internamente uma pressão atmosférica parecida com a que temos
ao nível do mar.
A pressão atmosférica é medida com instrumentos chamados barômetros e é igual a 1
kg/cm2. A água do mar exerce uma pressão, da mesma forma que a atmosfera. Nos pontos
mais fundos do oceano a pressão da água atinge várias toneladas por cm2. se mergulhássemos
até aquelas profundidades sem uma proteção adequada, seríamos esmagados pela pressão da
água.
Como o ar e a água, todos os fluidos exercem pressão. Esse efeito faz funcionar as
máquinas hidráulicas. Por exemplo, quando o motorista pisa no pedal do freio, ele empurra um
pistão que cria alta pressão num sistema de tubos cheios de óleo. Na extremidade final dos
tubos a pressão do óleo movimenta as lonas do freio e faz as rodas do carro parar.
Essa pressão hidráulica é usada também para acionar prensas que exercem pressões
de milhares de toneladas, macacos hidráulicos capazes de erguer pesos colossais, ou até
mesmo grandes perfuradoras. Na indústria a alta pressão é utilizada em muitos processos de
produção, incluindo a refinação do petróleo e a fabricação de objetos de matéria plástica. Na
vida diária, usa-se o ar sob pressão para inflar os pneumáticos dos veículos e as bolas dos
jogos esportivos
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
"Por momentos um cúmulus compacto, de bordas acobreado-escuras, negreja no
horizonte. Deste ponto sopra, logo depois, uma viração, cuja velocidade cresce rápida, em
ventanias fortes. A temperatura cai em minutos e, minutos depois, os tufões sacodem
violentamente a terra. Fulguram relâmpagos; estrugem trovoadas nos céus já de todo bruscos
e um aguaceiro torrencial desce logo sobre aquelas vastas planícies”.
Assim descreve Euclides da Cunha a tempestade, uma das mais espalhafatosas
manifestações da natureza, objeto de estudo de filósofos e cientistas desde a antiguidade. A
física das descargas elétricas atmosféricas, os raios, ainda não está completamente
desvendada, mas os especialistas até que já sabem alguma coisa.
Esse é o tema desta seção. Em nosso relato, vamos admitir que você já conhece um
pouco de eletricidade, sabe o que é um campo elétrico, um potencial, uma corrente e um
capacitor. Será uma exposição bem simplificada, por razões óbvias. A intenção é dar um esboço
geral dos fenômenos e, possivelmente, despertar o interesse de futuros físicos da atmosfera.

Introdução
Nas mitologias gregas indo-européias, o raio era um atributo divino, com o qual deuses
poderosos, como o grego Zeus, manifestavam sua ira e fulminava heróis e humanos que se
opunham a seus desígnios. Hoje a ciência estuda os raios para proteger de seus efeitos as
aeronaves e construções.
Raio é uma descarga elétrica luminosa visível que se produz entre uma nuvem e a
superfície terrestre. Atualmente sabe-se que os raios são fenômenos elétricos produzidos por
diferenças de potencial na atmosfera, com energia suficiente para superar a resistência do ar.
Na atmosfera da Terra e de outros planetas, como Júpiter, os raios restabelecem o equilíbrio
elétrico entre as nuvens e o solo, transmitindo de modo explosivo as cargas elétricas
acumuladas num determinado ponto.
Nas tempestades, agitação das nuvens faz com que suas cargas negativas se acumulam
na base das nuvens. As positivas dispõem-se e, seu topo. Ao mesmo tempo, uma carga positiva é
induzida na superfície da terra, sob a nuvem.
Quando a atração entre tais cargas se torna excessiva, uma súbita descarga é
desferida entre a terra e as nuvens. Reúnem-se cargas opostas.
O raio é acompanhado de relâmpagos e trovão. O relâmpago é um fenômeno luminoso: é
o clarão da faísca. O trovão é o estrondo que se ouve após alguns segundos, produzido pela
expansão e contração súbita do ar, atravessado pelo raio.
A ação do raio é violenta e muito violento: a descarga principal atinge o ponto de
encontro ou o solo em cerca de vinte milésimos de segundo, e a descarga de retorno dura cerca
de setenta milionésimos de segundo. A ocorrência típica de um raio envolve uma diferença de
potencial entre a nuvem e o solo de centenas de milhões de volts, com correntes máximas da
ordem de vinte mil ampéres. As temperaturas na trajetória do raio chegam a 30.000K (cerca
de 27.500o C).
Desde a antiguidade os efeitos devastadores dos raios sobre a terra deram-lhes um
aspecto mágico e ameaçador, que transparece em lendas e mitos de sociedades primitivas.
Foram provavelmente os incêndios provocados por raios que deram ao homem o conhecimento e
a posse do fogo.
Benjamin Franklin foi o primeiro a projetar um experimento para tentar provar a
natureza elétrica do relâmpago. Em julho de 1750, Franklin propôs que a eletricidade poderia
ser drenada de uma nuvem por um mastro metálico. Se o mastro fosse isolado do solo, e um
observador aproxima-se do mesmo um fio aterrado, uma faísca saltaria do mastro para o fio
quando uma nuvem eletrificada estivesse perto. Se isto ocorresse, estaria provado que as
nuvens são eletricamente carregadas e, conseqüentemente, que os relâmpagos também são um
fenômeno elétrico. Em maio de 1752, Thomas-François D’Alibard demonstrou que a sugestão de
Franklin estava certa e que os relâmpagos, portanto, eram uns fenômenos elétricos. Em junho
de 1752, Franklin realizaram outro experimento com o mesmo propósito, seu famoso
experimento com uma pipa. Ao invés de utilizar um mastro metálico, ele usou uma pipa, desde
que ela poderia alcançar maiores altitudes e poderia ser usada em qualquer lugar. Novamente,
faíscas saltaram de uma chave colocada na extremidade do fio preso a pipa em direção a sua
mão.
Também em 1752, L. G. Lemonnier repetiu o experimento de Franklin com o mastro
metálico, mas ao invés de aproximar um fio aterrado, colocou um pouco de poeira para ver se
ela seria atraída. Ele descobriu que mesmo quando não haviam nuvens, situação conhecida como
condição de tempo bom, uma fraca eletrificação existia na atmosfera. Ele também encontrou
evidências de que tal eletrificação variava da noite para o dia.

O que são raios?


A descarga atmosférica, popularmente conhecida como raio, faísca ou corisco, é um
fenômeno natural que ocorre em todas as regiões da terra. Na região tropical do planeta, onde
está localizado o Brasil, os raios ocorrem geralmente junto com as chuvas.
O raio é um tipo de eletricidade natural e quando ocorre uma descarga atmosférica
temos um fenômeno de rara beleza, apesar dos perigos e acidentes que o mesmo pode
provocar.
O raio é identificado por duas características principais:
- O trovão, que é o som provocado pela expansão do ar aquecido pelo raio.
- O relâmpago, que é a intensa luminosidade que aparece no caminho por onde o raio passou.
Os raios ocorrem porque as nuvens se carregam eletricamente. É como se tivéssemos
uma grande bateria com um pólo ligado na nuvem e outro pólo ligado na terra.
A "voltagem" desta bateria fica aplicada entre a nuvem e a terra. Se ligarmos um fio
entre a nuvem e a terra daremos um curto-circuito na bateria e passará uma grande corrente
elétrica pelo fio. O raio é este fio que liga a nuvem a terra. Em condições normais, o ar é um
bom isolante de eletricidade. Quando temos uma nuvem carregada, o ar entre a nuvem e a
terra começa a conduzir eletricidade porque a "voltagem" existente entre a nuvem e a terra é
muito alta: vários milhões de volts (a "voltagem" das tomadas é de 110 ou 220 volts).
O raio provoca o curto-circuito da nuvem para a terra e pelo caminho formado pelo raio
passa uma corrente elétrica de milhares de ampéres. Um raio fraco tem corrente de cerca de
2.000 A, um raio médio de 30.000 A e os raios mais fortes tem correntes de mais de 100.000
A (um chuveiro tem corrente de 30 A).
Apesar das correntes dos raios serem muito elevadas, elas circulam durante um tempo
muito curto (geralmente o raio dura menos de um segundo).
Os raios podem sair da nuvem para a terra, da terra para a nuvem ou então sair da
nuvem e da terra e se encontrar no meio do caminho.
Muitos raios ocorrem dentro das nuvens. Geralmente este tipo de raio não oferece
perigo para quem está na terra, no entanto ele cria perigo para os aviões.
O que são relâmpagos?
Relâmpagos são descargas elétricas de alta intensidade que ocorrem na atmosfera. A
maior parte delas ocorre dentro das nuvens e é vista por nós apenas como clarões. Porém, uma
parte delas sai das nuvens e dirige-se para o solo, atingindo-o A estas descargas damos o nome
de raios. São os raios que preocupam tanto os homens, devido ao seu poder de causar muitas
vezes prejuízos e mortes.

O gerador global: as tempestades


Como vimos, juntando todas as regiões de tempo bom no globo, verificou-se que há uma
corrente elétrica de uns 1000 Ampères descarregando o capacitor planetário. O gerador que
mantém o capacitor carregado, como veremos a seguir, são as tempestades e seus raios. As
"descargas" elétricas que chamamos de raio, na verdade, carregam o capacitor terrestre,
trazendo cargas negativas das nuvens para o solo.
Na figura abaixo mostramos uma "caricatura" do quadro global. A superfície da Terra é
a placa negativa do capacitor e a ionosfera, a uns 50 km de altitude, é a placa positiva. Nas
regiões de tempo bom, mostradas (apropriadamente) em azul, há uma corrente da placa
positiva para a negativa. No total, essa corrente chega a 1000 Ampères e tende a descarregar
o capacitor. Lembre que o "sentido convencional" da corrente elétrica vai da placa positiva para
a negativa. As regiões onde ocorrem tempestades funcionam como se fossem enormes baterias
suprindo uma corrente positiva do solo para cima. No cômputo geral, os dois efeitos se
compensam e o capacitor se mantém carregado.

As evidências que dão suporte a esse modelo são as seguintes.


Medidas da quantidade de carga trocada durante as tempestades elétricas levam a
valores de corrente total que se aproximam daqueles 1000 Ampères que fluem, em sentido
contrário, nas regiões de tempo bom. Isso dá um balanço quantitativo ao processo geral. Além
disso, verificou-se que as tempestades ocorrem, em média, com maior freqüência quando são
19 horas em Greenwich. Isto é, a distribuição das áreas de tempestade reproduz,
aproximadamente, a curva de Carnegie, mostrando que há uma correlação entre as duas
correntes.
Isso quer dizer que as tempestades com raios no Piauí, por exemplo, devem ocorrer com maior
freqüência por volta das 4 horas da tarde, quando são 7 horas da noite em Londres. Talvez
seja por isso que, de vez em quando, morre alguém jogando pelada de várzea no Piauí, atingido
por um raio.
Resta, agora, descrever os personagens principais de nossa novela: as nuvens de
tempestade e os raios.

A Eletricidade das Nuvens de Tempestade


As tempestades envolvem grandes nuvens chamadas "cumulus nimbus". São nuvens
pesadas, com uns 10, ou mais, quilômetros de diâmetro na base e uns 10 a 20 quilômetros de
altura. Medidas da carga elétrica em nuvens de tempestade indicam uma distribuição de carga
semelhante, a grosso modo, a esta vista ao lado. O topo da nuvem é carregado positivamente e
a base, negativamente.
As cargas negativas concentradas no pé da nuvem induzem cargas positivas no solo,
abaixo delas. Entre a nuvem e o solo podem surgir diferenças de potencial elétrico da ordem
de milhões de volts. É aí que se dão algumas das descargas elétricas que chamamos de raio.

A questão importante, nessa altura de nosso relato, é: como e por que as cargas se
separam na nuvem de tempestade? Pois é, isso ninguém ainda sabe responder direitinho. Vários
palpites já foram dados, é claro, alguns mais felizes que outros. Um dos melhores foi
apresentado pelo físico Charles T. R. Wilson, o mesmo que inventou a câmara de nuvens para
observar partículas sub-atômicas. Aliás, também foi dele a idéia de que as tempestades
funcionam como baterias para manter carregado o condensador planetário.
Imagine uma gota de água no interior de uma nuvem, caindo por gravidade. A figura
mostra essa gota com um "pequeno" exagero no tamanho. Como a gota está na presença de
nosso conhecido campo elétrico de 100 V/m, haverá alguma separação de cargas dentro dela. A
gota fica polarizada, com a parte de cima negativa e a de baixo, positiva. Na queda, a gota vai
encontrando alguns dos tais íons positivos e negativos que existem na atmosfera. Os íons
positivos são repelidos pela frente de ataque da gota em queda, enquanto os íons negativos são
atraídos. Desse modo, à medida que cai, a gota vai acumulando cargas negativas e levando-as
para a base da nuvem. Por conseqüência, a parte de cima da nuvem fica cada vez mais positiva.
O problema com esse modelo é que a carga total envolvida em uma nuvem de
tempestade é muito grande e, aparentemente, o número de íons disponíveis não é suficiente
para justificá-la. Na tentativa de salvar o modelo, Wilson e vários outros inventaram alguns
truques mais ou menos engenhosos.

Anatomia de um Raio
Na linguagem popular, relâmpago é o clarão intenso e raio é a descarga elétrica
que causa o clarão. Adotaremos essa terminologia para descrever como é um raio. A maioria
dos raios ocorre dentro da própria nuvem ou de uma nuvem para outra. Mas, vamos nos limitar a
descrever um raio entre uma nuvem e o solo. E, já avisamos que esse, também, é um assunto de
pesquisa em progresso, portanto, inacabado.
No final da página anterior tínhamos uma nuvem enorme com cargas separadas,
negativas na base e positivas no topo. A presença dessas cargas negativas na base da nuvem
induz uma carga positiva no solo, resultando em diferenças de potencial de milhões de volts
entre a nuvem e a terra. Uma voltagem tão alta pode romper a capacidade de isolamento do ar
(chamada de "rigidez dielétrica") fazendo com que elétrons, cargas negativas, comecem a se
mover da nuvem para a terra. A figura abaixo mostra uma seqüência do que acontece nesse
momento.

Os elétrons se movem na direção do solo em uma sucessão de passos, cada um com


cerca de 50 metros. Esse percurso em zig-zag é chamado de "líder escalonado". "Líder" porque
abre caminho para outros elétrons e "escalonado" porque é uma seqüência de degraus. A
velocidade de deslocamento desses elétrons é muito alta, da ordem de 100 km/s. Alguns
trechos podem se separar do trajeto principal, formando ramificações. Todo esse processo é
extremamente rápido e praticamente invisível, pois a luminosidade do líder é baixa.
Quando a ponta do líder chega a uns 20 metros do solo, uma descarga, chamada
"descarga de conexão", inicia-se de algum local pontudo no solo e fecha o circuito, formando
um "fio condutor" que liga a terra à nuvem. As cargas negativas presentes no líder movem-se,
então, em grande velocidade para o solo. As mais próximas do solo dão início à descarga e o
processo todo se propaga às partes superiores com uma velocidade incrível. Um belo e
apavorante risco luminoso corre do chão para a nuvem, mas, o processo é tão rápido que vemos
todo o raio de uma vez. Observe que os elétrons movem-se de cima para baixo no canal aberto
pelo líder enquanto a região de alta corrente e luminosidade sobe pelo canal. O ar em redor do
canal luminoso é subitamente aquecido e se expande com violência. O som dessa expansão é o
que chamamos de trovão.
Depois dessa descarga inicial, outras descargas secundárias costumam ocorrer,
aproveitando o mesmo caminho aberto pelo líder. São de menor intensidade e ocorrem depois
de um tempo tão curto que parecem ser um único raio. Só com câmeras de alta velocidade é
possível distinguir as várias descargas.

Pára-Raios
Ao inventar o pára-raio, em 1753, Benjamin Franklin julgava-o capaz de descarregar
nuvens de tempestade e proteger edifícios. Sabe-se hoje que essa invenção apenas intercepta
os raios terrestres e dissipa sua corrente na terra. O poder de atração do pára-raio se exerce
a uma certa distância horizontal de sua localização, cujo valor máximo é chamado de alcance de
atração. Para um raio de intensidade mediana e edifícios de até 60m de altura o alcance de um
pára-raio é de uns 30m. Os códigos modernos de proteção contra raios raramente recomendam
hastes verticais, mas sugerem condutores horizontais através das cumeeiras dos telhados, ao
longo das partes vulneráveis da estrutura, com espaçamento regular sobre tetos planos. Um ou
mais fios-terra são puxados dessa rede de condutores horizontais, evitando-se as espirais que
possam provocar centelhas. Dada a curta duração da corrente do raio, o aquecimento do fio-
terra não é significativo.
O terminal de terra geralmente consiste em uma ou mais hastes metálicas, às vezes
enterradas com os condutores horizontais nos solos de baixa condutividade. Mas, outras
precauções são necessárias, considerando-se a possibilidade do fio-terra desprender faíscas
laterais sobre o edifício, fenômeno particularmente perigoso quando a estrutura contém
instalações metálicas internas. Essas faíscas podem ser prevenidas mediante redução da
resistência do solo para minimizar as voltagens da descarga ou ligando os fios-terra a
instalações metálicas expostas.
Fatos e mitos sobre raios e tempestades
Raios nunca caem duas vezes no mesmo lugar.
Grande mentira. Pelo contrário, raios adoram cair várias vezes no mesmo local. Aquele horrível
mastro de bandeira que existe em Brasília, no meio da Praça dos 3 Poderes, já foi atingido por
raios inúmeras vezes. Infelizmente, resistiu. Como vimos antes, a "descarga de conexão"
costuma se iniciar em algo pontudo que se destaca da planura ao redor, como um prédio, uma
árvore ou um peladeiro de campo de várzea. Na Idade Média era costume tocar o sino das
igrejas durante as tempestades, para afastar os maus espíritos. Muito monge sineiro morreu
por causa desse costume. Se você for surpreendido por uma tempestade no meio do campo
aberto, nunca procure abrigo sob uma árvore isolada.
É perigoso falar no telefone durante uma tempestade.
A verdade é que muito pouca gente morre dentro de casa, atingida por raios. Mas, uns poucos
azarados morreram porque estavam no telefone quando um raio atingiu suas casas e propagou-
se pela fiação. Portanto, se a tempestade lá fora estiver mesmo braba, use o celular. Seguro
morreu de velho.
Contando os segundos entre o relâmpago e o trovão dá para saber a distância do raio.
Dá, mais ou menos. A velocidade do som no ar é cerca de 330 metros por segundo. Portanto,
conte os segundos desde o instante do relâmpago até ouvir o trovão, divida por 3 e terá a
distância aproximada até o canal do raio, em quilômetros.
Depois da trovoada, sempre vem uma forte chuva.
É verdade, embora possa haver chuvas fortes sem trovoadas. Um modelo do físico atmosférico
Bernard Vonnegut, irmão do famoso autor americano Kurt Vonnegut, sugere que grandes gotas
de água se formam em torno do canal de descarga elétrica dentro da nuvem. Esse modelo é
plausível, mas ninguém ainda conseguiu comprová-lo experimentalmente, em razão das óbvias
dificuldades de testá-lo.
O que existe de verdade nas supertições?
Muitas supertições e lendas existem sobre raios. Algumas têm fundamento e outras
não. Tentaremos analisar as principais supertições.
Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.
Isto não é verdade. As estruturas elevadas, por exemplo, são atingidas várias vezes por raios.
É perigoso segurar objetos metálicos durante as tempestades.
Sim e não. Segurar objetos pequenos, como uma tesoura ou alicate, não provoca risco.
Entretanto, carregar um objeto metálico, ou até mesmo um ancinho ou outra ferramenta
metálica em um local descampado pode oferecer riscos.

Devemos cobrir os espelhos durante as tempestades, pois eles atraem os raios.


Não, isto não é verdade. Até hoje não foi demonstrada nenhuma relação entre os espelhos e os
raios.
Andar com uma "pedra do raio" no bolso evita raios.
Quando um raio atinge o solo, sua corrente aquece o solo e se for muito intensa poderá
ocorrer a fusão de pequenas pedras, formando um pedregulho de aspecto estranho. Dizem que
carregar uma destas pedras dá sorte e evita os raios. Evitar raios a pedra não evita, mas dar
sorte, talvez sim!

Perguntas e respostas sobre os raios


É perigoso tomar banho em chuveiros elétricos durante as tempestades?
Sim. O chuveiro elétrico está ligado à rede elétrica que alimenta a residência e se um raio cair
próximo ou sobre a mesma poderemos ter o aparecimento de "voltagens" perigosas na fiação e
a pessoa que está tomando banho pode tomar um choque elétrico.

Não devemos operar aparelhos elétricos e telefônicos durante as tempestades?


Não, pelo mesmo motivo apresentado no caso de tomar banho. Os aparelhos elétricos e
telefônicos estão ligados a fios, que podem ter suas "voltagens" elevadas quando há queda de
um raio sobre ou perto das redes telefônicas e elétricas, ou mesmo no caso de um raio que caia
sobre a casa.

É possível se proteger contra os raios?


Sim. A adoção de medidas de segurança pessoal minimiza bastante os perigos provocados pelos
raios. A maior parte dos acidentes ocorre com pessoas que estão em locais descampados.
Raramente temos acidentes com pessoas dentro de edificações.

É possível proteger equipamentos elétricos e telefônicos contra raios?


Sim. Existem protetores especiais que devem ser instalados nas tomadas e nos telefones. Em
dias de tempestade é aconselhável desligar os equipamentos das tomadas.

É possível proteger casas e edificações contra raios?


Sim. A norma brasileira NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas -
Jun/93, estabelece os critérios e procedimentos para a instalação de pára-raios em casas e
edificações.
Existem os raio e o corisco?
Raio e corisco são nomes popularmente utilizados para designar as descargas atmosféricas.

O que é "raio-bola”?
É um tipo de raio muito raro. Ele tem o formato de uma bola de fogo, que fica flutuando no ar e
algumas vezes ele explode, podendo provocar queimaduras em animais e pessoas próximas.

Caem mais raios em locais rochosos?


Não existe evidência científica de que o tipo de terreno influencie no número de raios que
caem. O que sabemos é que em locais elevados caem mais raios de que em locais mais baixos.

Redes elétricas que cortam fazendas aumentam os riscos com raios?


Um raio que cai sobre uma rede elétrica, provavelmente cairia no mesmo local do terreno,
mesmo se não existisse a rede elétrica. Como a rede elétrica se destaca, ou seja, ela acostuma
ser um ponto elevado sobre o terreno, raios que iriam cair no solo ou sobre árvores acabam
caindo sobre a rede.
O perigo que a rede elétrica traz é devido ao fato dela estar ligada à instalação elétrica de
casas e edificações. Um raio que cai na rede elétrica ou nas suas proximidades acaba
provocando o aparecimento de "voltagens" perigosas na fiação das edificações.

Quando um rebanho inteiro morre devido a um raio próximo a uma cerca, é devido ao
próprio agrupamento dos animais ou à proximidade do rebanho da cerca? O que atrai
mais, o agrupamento de animais ou a cerca?
O que atrai o raio é a altura relativa do objeto ou animal em relação ao solo.
O raio sempre cai na estrutura mais alta. Em muitos casos os animais são mais altos que a cerca
e neste caso eles são pontos preferenciais para a queda de raios. Como a altura dos animais e
da própria cerca não é grande, eles não atraem muitos raios. As árvores isoladas, em geral,
atraem mais raios que cercas e animais.
Mesmo no caso de uma cerca devidamente protegida (aterrada e seccionada), se um
raio cair sobre ela e se junto dela estiver um rebanho, provavelmente o resultado será
catastrófico. O raio que cai diretamente na cerca energiza apenas um trecho dela, ou seja, o
seccionamento e aterramento evitam a energização de toda a cerca. Apenas os animais junto ao
trecho de cerca energizado correm grandes riscos.

Antes do Temporal
Você deve prestar atenção no céu.
Em um dia quente, nuvens se formam, tornam-se grandes e então escurecem. Como as
nuvens se movimentam, tornam-se carregadas com eletricidade e produzem então os raios.
Os raios podem circular de um lado a outro nas nuvens ou de nuvem para nuvem. Podem
também se movimentar da nuvem para a terra.
O raio pega o caminho mais curto. Portanto ele atinge o objeto mais alto, que pode ser
uma árvore alta, uma casa, uma torre ou uma pessoa que esteja sozinha em um campo aberto.
O trovão e o raio ocorrem ao mesmo tempo. Como, porém, a velocidade da luz é muito
maior que a do som, ocorre que a luminosidade (raio) aparece primeiro e o som do raio (ou
trovão) leva algum tempo para chegar aos nossos ouvidos.
Podemos calcular a distância do temporal. Se após um raio, o trovão demorar 3
segundos para ser ouvido, a tempestade estará a 1 quilômetro de distância. Caso o som e a luz
se derem ao mesmo tempo, cuidado: a tempestade estará perto de você.
O raio pode matar, atingindo diretamente as pessoas, iniciando incêndios e ceifando
vidas. Além disso, podem provocar estranhos fenômenos, como "explodir" árvores. Como isso
ocorre? O raio seca a seiva do interior do tronco de uma árvore, a seiva se transforma em
vapor. O vapor aquecido se expande e explode, dividindo então a árvore.

Dicas Para Evitar Acidentes Com Raios


Tome os Seguintes Cuidados:
· Abrigue-se em uma casa ou edificação;
· Entre dentro de um carro com capota de metal e permaneça dentro. Os pneus do carro
funcionam como isolantes;
· Evite lugares descampados (praias, campos de futebol, etc.). Os raios normalmente
"procuram" pontos mais altos e nesses lugares sua cabeça pode ser o alvo;
· Se estiver em campo aberto permaneça agachado; não se deite no solo, pois a terra
úmida é condutora de eletricidade;
· Se estiver dentro da água, saia. Não permaneça na praia. Nas tempestades, evite o mar
e as piscinas;
· Não utilize o celular ou qualquer aparelho de rádio comunicação durante uma
tempestade;
· Fique longe de torneiras e canos, pois qualquer desses objetos pode conduzir
eletricidade;
· Não use o telefone, exceto em caso de emergência;
· Não use trator, motocicleta, bicicleta ou qualquer outro veículo de metal de tamanho
reduzido;
· Não utilize eletrodomésticos como ferros de passar roupas, tostadeiras ou batedeiras,
porque o raio pode seguir o fio. Fique longe da TV;
· Evite abrigos isolados (como quiosques, por exemplo);
· Evite árvores isoladas. Devemos ficar longe das árvores e postes porque são altos, tem
pontas e acabam atraindo raios;
· Não se coloque em posição mais elevada que os outros objetos a sua volta;
· Evite o topo de uma montanha;
· Não permaneça em barcos;
· Não transporte qualquer coisa de metal e não permaneça junto de objetos metálicos.
· Verifique se sua casa ou prédio tem sistema de pára-raios;
· Obrigatoriamente, os prédios maiores de 30 metros e terrenos com mais de 1.500
metros quadrados devem ter pára-raios.

Poluição e calor podem causar Raios


É o q acredita o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Isso explica as 17
mortes causadas pelo fenômeno, sendo 5 em São Paulo.
Só neste mês, 17 pessoas morreram atingidas por raio em todo o País.
Cinco delas estavam na região da Grande São Paulo. As causas de tantas mortes em grandes
cidades chamou a atenção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
"Este dado é surpreendente", afirma o pesquisador do instituto Osmar Pinto Júnior.
"Cerca de 90% das mortes por raios acontecem em zonas rurais, mas o número de mortes nos
grandes centros está aumentando e ainda não sabemos o motivo", diz o especialista.
Ele conta que para verificar as causas de tantos acidentes o Inpe está realizando um
estudo, cujo resultado deve ficar pronto em abril. "O mais provável é que o número de raios
esteja aumentando nas metrópoles por causa da poluição e do calor. São fatores que alteram a
intensidade e a formação dos raios”.
Explicações baseadas em teorias sobre a grande concentração de torres de
comunicação sem fio nas cidades e a mudança na atividade solar foram totalmente
descartadas. "Não há nenhuma prova confirmando que estes fatores interfiram na formação
de raios", afirma.
Pinto Júnior explica que o número de raios no País não aumentou neste verão.
"O ano passado foi um ano com poucas tempestades, bem abaixo da média", diz.
Prejuízo Os 100 milhões de raios que atingem o Brasil anualmente matam por volta de
200 pessoas e trazem um prejuízo de aproximadamente US$ 200 milhões, segundo dados do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
As maiores perdas são causadas por incêndios e problemas com o fornecimento de
energia elétrica.
O professor de Meteorologia do Instituto Astronômico e Geofísico da USP, Mario
Festa, acredita que o alto índice de mortes se deve à falta de informação. "Todos os casos que
saíram na mídia são de pessoas que não tiveram o mínimo cuidado, como no caso das vítimas de
moto em Cubatão”, diz.

São Paulo foi atingida por 960mil raios em janeiro


Foram 200 mil a mais do q em 2000. O aumento é a conseqüência de falta de fenômenos
climáticos como o El Nino e El nina. Conclusão é do instituto q monitora a ocorrência do
fenômeno no Brasil.
Cerca de 960 mil raios atingiram a região metropolitana de São Paulo no mês passado,
250 mil a mais que em janeiro de 2000. Esses são os registros do Sistema de Meteorologia do
Paraná (Simepar), que faz parte da Rede Integrada de Detecção de Descarga Atmosférica.
Atualmente, existem 22 sensores espalhados nos Estados de Minas Gerais, Espírito
Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Brasília, Paraná e São Paulo. Eles são responsáveis pela detecção
das descargas elétricas de todo o País. "Mais de 95% dos raios são detectados, pois cada
sensor tem uma abrangência de mais de 900 quilômetros de distância", diz coordenador da
previsão do tempo do Simepar, César Beneti.
Os sensores captam perturbações, provocadas por raios, no campo eletromagnético da
superfície. As informações são enviadas para computadores. "Se pelo menos três sensores
confirmarem alteração nas partículas do ar em um determinado local, pode-se obter o lugar e a
intensidade exata do raio”.
Para o diretor do Instituto de Pesquisa Meteorológicas da Unesp, Maurício Agostinho
Antônio, a explicação para o aumento no número de raios é que este ano não há influência de
fatores climáticos, como La Niña, que interferem na atmosfera. "A média de chuvas e de raios
está voltando à normalidade", diz.
"No verão, os temporais acompanhados de raios são freqüentes por causa do calor
forte”.
A radiação solar aquece a superfície da Terra e correntes de ar quente se formam.
Conforme o ar quente sobe, a temperatura cai e as gotículas de água, que estavam no ar, se
transformam em pequenas partículas de gelo. Com o movimento das correntes de ar ocorrem
colisões entre essas partículas, fator que aumenta a carga elétrica na nuvem.
"O raio é uma descarga elétrica, uma transferência de energia que ocorre quando há
muita diferença de carga elétrica entre a nuvem e a superfície terrestre", explica Antônio.
Os pára-raios são bons aliados na hora de se proteger. A descarga elétrica percorre
sempre a menor distância e como os pára-raios estão bem no alto acabam sendo alvo fácil.
Segundo o diretor do Departamento de Controle e Uso de Imóveis (Contru), Clayton
Claro da Costa, se o pára-raio for bem instalado pode durar de 5 a 10 anos sem manutenção. "É
sempre bom verificar se nenhum cabo está derretido, principalmente se o pára-raio for
atingido", diz.
Mortes Em todo o País, já foram registradas 24 mortes por causa de raios este ano. Dez delas
ocorreram no Estado de São Paulo, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe).

Primeiros Socorros
Pessoas atingidas por raios recebem uma descarga elétrica muito forte e podem se
queimar. Em alguns casos, algumas delas podem não conduzir a eletricidade, escapando com
segurança.
Pessoas aparentemente mortas depois de atingidas por raios poderão ser reavivadas
mediante uma pronta ação. Mesmo quando um grupo de pessoas é atingido, a morte "aparente"
deve ser primeiro confirmada.
Vítimas que parecem ficar atordoadas ou "fora de si" também devem receber imediato
atendimento. Deve-se procurar no corpo sinais de queimaduras, especialmente nos dedos das
mãos e dos pés, junto à fivela de cintos, ou nas proximidades de relógio ou jóias. Faça os
primeiros socorros e não deixe a vítima caminhar. Solicite sempre ajuda de pessoas treinadas e
capacitadas, acionando o Corpo de Bombeiros (193), a Polícia Militar (190) ou a Defesa Civil do
seu Município (199). Permaneça com a vítima até a ajuda chegar. Esteja sempre alerta.

Bem, paramos por aqui nosso relato que se iniciou com um trecho de Euclides da Cunha
e será finalizado com uma citação, livremente adaptada, do físico americano Richard Feynman.
"Sabe-se, há muito tempo, que objetos altos são atingidos por raios. Artabanis, conselheiro de
Xerxes, dando recomendações ao rei persa sobre um ataque aos gregos, disse o seguinte:
'Veja como Deus, com seu raio, sempre golpeia os maiores animais e não se importa com os
menores. Como também seus raios sempre caem sobre as casas e árvores mais altas. Desse
modo, simplesmente, ele adora esmagar tudo que se mete a besta’.
Você pensa, agora que leu esse relato sobre raios, que sabe mais sobre o assunto do que
Artabanis sabia, 2300 anos atrás? Não se meta a besta. Você sabe o mesmo, só que menos
poeticamente “.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

TERMOLOGIA
1 – INTRODUÇÃO
Estudaremos dentro deste capítulo termômetros, escalas e funções
termométricas. Veremos como transformar de uma escala para outra e porque isto
é importante.
A discussão sobre temperatura é muito antiga, muitas vezes imaginamos essa
grandeza de forma errada, confundimos calor com temperatura e a pergunta fica –
Temperatura e Calor são as mesmas coisas? Vejamos se você é capaz de
distinguir as duas grandezas.

2 – TERMÔMETRO
Instrumento utilizado para medir o grau de agitação térmica de um corpo, ou seja,
a temperatura. Ele pode ser dividido em três partes:

(i) Bulbo - Parte que contém a substância termométrica;


(ii) Capilar - Maior parte do termômetro, ela contém a escala
termométrica;
(iii) Substância Termométrica - Substância colocada no interior do
termômetro, deve possuir dilatação regular, geralmente a substância
utilizada é o mercúrio.
O termômetro funciona com o princípio de equilíbrio térmico, ou seja, ao ser
colocado em contato com um corpo ao passar do tempo ele atinge o equilíbrio
térmico com corpo fazendo com que a substância termométrica se dilate ou
contraia, quando isso ocorrer ela indicará um valor. Mas para ter esse valor é
necessário ter escalas numéricas no Capilar, para isto ocorrer os termômetros são
feitos baseados em dois pontos de fácil marcação.

(i) Ponto de Gelo: Temperatura na qual ocorre a fusão do gelo em


água (ao nível do mar e latitude 45o);

(ii) Ponto de Vapor: Temperatura na qual ocorre a ebulição da


água (ao nível do mar e latitude 45o).

3 – ESCALAS TERMOMÉTRICAS

Abordaremos três escalas uma que é utilizada no Brasil e na maior parte do


mundo que é a escala Celsius desenvolvida pelo físico sueco Anders Celsius
(1701 – 1744). A segunda escala é utilizada pelo Estados Unidos é a escala
Fahrenheit desenvolvida por Daniel G. Fahrenheit (1685 – 1736). A terceira é a
escala absoluta Kelvin desenvolvida por William Thomson (1824 – 1907), mais
conhecido por Lorde Kelvin ela é utilizada pelo Sistema Internacional de Unidades.
É importante dizer que a escala Kelvin não utiliza em seu símbolo o grau o.

Para relacionar as escalas e determinar uma relação de conversão entre elas


basta elaborar uma expressão de proporção entre elas, podemos fazer da
seguinte forma:

tC − 0 t − 32 t − 273
= F = K
100 − 0 212 − 32 373 − 273
ou ainda:
tC t − 32 t K − 273
= F =
100 180 100
Dividindo todos os denominadores por 20, temos:

t C t F − 32 t K − 273
= =
5 9 5

Para utilizar essa expressão basta tomarmos duas delas, por exemplo, se
tivermos uma temperatura de 72oF quanto seria em oC ?
Solução
Dados: tF = 72oF; tC = ?

t C 72 − 32
=
5 9

5 x 40
tC =
9

200
tC = ≅ 22,2 o C
9

4 – VARIAÇÃO DE TEMPERATURA

É importante notar a diferença da medição de uma temperatura e a medição da


variação da temperatura, podemos notar que as escalas Celsius e Kelvin possuem
a mesma variação de temperatura 100oC, observe:

Variação da Escala Celsius:


Δt C = 100 − 0 = 100 o C

Variação da Escala Kelvin:

Δt K = 373 − 273 = 100 K

OBS: Basta notar que as duas escalas são divididas em 100 partes, portanto uma
certa variação de temperatura na escala Celsius será igual à variação na escala
Kelvin.

Já a Escala Fahrenheit é dividida em 180 partes e não corresponde a mesma


variação nas outras duas escalas:

Δt F = 212 − 32 = 180 o F

Relação de Conversão de Variações:

Δt C Δt F Δt K
= =
5 9 5
Para entender melhor façamos um exemplo. Uma variação de 20oC corresponde a
uma variação de quanto nas escalas Celsius e Kelvin

Dados: ΔtC = 20oC; ΔtF = ?; ΔtK = ?

Solução

20 Δt F 180
= => = Δt F
5 9 5

Δt F = 36 o F

Δt C Δt K
=
5 5

Δt C = Δt K

Δt K = 20 K

5 – DILATAÇÃO TÉRMICA
Neste capítulo discutiremos como os corpos se dilatam após serem aquecidos. È
importante sabermos que isto é um fenômeno que está em nosso dia-a-dia. Os
trilhos do trem que se dilatam, os cabos elétricos, as placas de concreto de um
viaduto e outros casos. Existe também a dilatação nos líquidos e estudaremos
suas particularidades neste capítulo.

5.1 – DILATAÇÃO TÉRMICA DOS SÓLIDOS


Começaremos discutindo a dilatação em sólidos. Para um estudo mais detalhado
podemos separar essa dilatação em três tipos: dilatação linear (aquela que ocorre
em apenas uma dimensão), dilatação superficial (ocorre em duas dimensões) e
dilatação volumétrica (ocorre em três dimensões).

5.1.1 – DILATAÇÃO LINEAR


Quando estamos estudando a dilatação de um fio, teremos a ocorrência
predominante de um aumento no comprimento desse fio. Essa é a característica
da dilatação linear. Imaginemos uma barra de comprimento inicial Lo e
temperatura inicial to. Ao aquecermos esta barra para uma temperatura t ela
passará a ter um novo comprimento L. Vejamos o esquema:
A dilatação é dada por:

ΔL = L - Lo

Existe uma outra forma de determinar esta


dilatação ?

Para responder a questão anterior devemos avaliar outra questão:

Do que depende a dilatação linear de uma barra ?

Poderíamos citar:

) o comprimento inicial;
) a variação da temperatura;
) o tipo do material.

Logo temos que:

ΔL = Lo . α . Δt

Onde:

Lo............comprimento inicial;
α.............coeficiente de dilatação linear;
Δt............variação da temperatura (t – to).

O coeficiente de dilatação linear é a grandeza que indica o material utilizado. Cada


material possui um α diferente. Ele é o fator determinante para escolhermos um
material que não se dilata facilmente ou o contrário.

É fácil demonstrar que (faça você):

L = Lo (1 + α . Δt )

Unidades Usuais:

Lo............centímetro (cm);
α.............oC-1;
Δt............Celsius (oC).

5.1.2 – DILATAÇÃO SUPERFICIAL


Quando estamos estudando a dilatação de uma placa de concreto, teremos a
ocorrência predominante de um aumento na área dessa placa. Essa é a
característica da dilatação superficial. Imaginemos uma placa de área inicial Ao e
temperatura inicial to. Ao aquecermos esta placa para uma temperatura t ela
passará a ter uma nova área A. Vejamos o esquema:

A dilatação é dada por:

ΔA = A - Ao

Existe uma outra forma de determinar esta


dilatação ?

Para responder a questão anterior devemos avaliar outra questão:

Do que depende a dilatação superficial de uma placa ?

Poderíamos citar:

) a área inicial;
) a variação da temperatura;
) o tipo do material.

Logo temos que:

ΔA = Ao . β . Δt

Onde:

Ao............área inicial;
β.............coeficiente de dilatação superficial;
Δt............variação da temperatura (t – to).

O coeficiente de dilatação superficial é a grandeza que indica o material utilizado.


A relação do coeficiente de dilatação superficial com o linear é dada por:
β =2.α

(Fale para o teu professor demonstrar para você)

É fácil demonstrar que (faça você):

A = Ao (1 + β . Δt )

Unidades Usuais:

Ao............centímetro quadrado (cm2);


α.............oC-1;
Δt............Celsius (oC).

5.1.3 – DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA


Quando estamos estudando a dilatação de um paralelepípedo, teremos a
ocorrência predominante de um aumento no volume desse corpo. Essa é a
característica da dilatação volumétrica. Imaginemos um paralelepípedo de volume
inicial Vo e temperatura inicial to. Ao aquecermos este corpo para uma temperatura
t ele passará a ter um novo volume V. Vejamos o esquema:

A dilatação é dada por:

ΔV = V - Vo

Existe uma outra forma de determinar esta


dilatação ?

Para responder a questão anterior devemos avaliar outra questão:

Do que depende a dilatação volumétrica do paralelepípedo ?

Poderíamos citar:

) o volume inicial;
) a variação da temperatura;
) o tipo do material.
Logo temos que:

ΔV = Vo . γ . Δt

Onde:

Vo............volume inicial;
γ.............coeficiente de dilatação volumétrica;
Δt............variação da temperatura (t – to).

O coeficiente de dilatação volumétrica é a grandeza que indica o material utilizado.


A relação do coeficiente de dilatação volumétrica com o linear é dada por:

γ =3.α

(Fale para o teu professor demonstrar para você)

É fácil demonstrar que (faça você):

V = Vo (1 + γ . Δt )

Unidades Usuais:

Vo............centímetro cúbico (cm3);


α.............oC-1;
Δt............Celsius (oC).

5.2 – DILATAÇÃO TÉRMICA DOS LÍQUIDOS

Como um líquido não possui forma definida (ele terá a forma do volume que o
contém) sua dilatação respeita tudo o que vimos na dilatação volumétrica.
Existe um fator importante a ser analisado. Como o líquido estará num recipiente,
ao se dilatar deveremos levar em conta a dilatação do recipiente.
A dilatação real de um líquido deve levar em
consideração a dilatação aparente
(extravasada) e a do recipiente. É lógico que
estamos considerando que o recipiente no
inicio estava cheio.

ΔVreal = ΔVr e c + ΔVap

Temos que:

) A dilatação do recipiente:

ΔVrec = Vo .γ rec .Δt

) A dilatação do líquido (real):

ΔVreal = Vo .γ real .Δt

) A dilatação Aparente:

ΔVap = Vo .γ ap .Δt

) Coeficiente Aparente:

γ ap = γ real − γ rec

6 – CALORIMETRIA
Passaremos a discutir a diferença entre Calor e Temperatura. Veremos também
como medir o Calor e como ocorre a transferência desse calor de um corpo para
outro.

6.1 – CALOR
Calor é a energia térmica em trânsito, que se transfere do corpo de maior
temperatura para o corpo de menor temperatura. Nessa transferência pode
ocorrer apenas uma mudança de temperatura (calor sensível) ou uma mudança
de estado físico (calor latente).

6.2 – UNIDADE DE MEDIDA DO CALOR


A substância utilizada como padrão para definir a unidade de quantidade de calor,
a caloria (cal), foi a água.

Uma caloria é a quantidade de calor necessária para que 1 grama de água pura,
sob pressão normal, sofra a elevação de temperatura de 1oC.

Como calor é energia, experimentalmente Joule estabeleceu o equivalente


mecânico do calor:

1 cal ≅ 4,186 J

Quando uma transformação ocorre sem troca de calor, dizemos que ela é
adiabática.

6.3 – CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO


Suponhamos que ao fornecer certa quantidade de calor Q a um corpo de massa
m, sua temperatura varie t.

Definimos Capacidade Térmica C de um corpo como sendo a quantidade de calor


necessária por unidade de variação da temperatura do corpo:

Q
C=
Δt

Unidades Usuais:

Q............caloria (cal);
Δt............Celsius (oC);
C...........cal/oC.

A capacidade térmica é uma característica do corpo e não da substância.


Portanto, diferentes blocos de alumínio têm diferentes capacidades térmicas,
apesar de serem da mesma substância.
Quando consideramos a capacidade térmica da unidade de massa temos o calor
específico c da substância considerada.

C
c=
m

Unidades Usuais:

C............ cal/oC;
m............grama (g);
c............ cal/g.oC.

Calor específico é uma característica da substância e não do corpo. Portanto cada


substância possui o seu calor específico.

Confira a tabela de alguns valores de calor específico.

Substância Calor
Específico
(cal/g.oC)
água 1,000
álcool 0,580
alumínio 0,219
chumbo 0,031
cobre 0,093
ferro 0,110
gelo 0,550
mercúrio 0,033
prata 0,056
vidro 0,200
vapor d'água 0,480

OBS: O calor específico possui uma certa variação com a temperatura. A tabela
mostra um valor médio.

6.4 – EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CALORIMETRIA

Combinando os conceitos de calor específico e Capacidade Térmica temos a


equação fundamental da Calorimetria:
Q = m . c . Δt

Unidades Usuais:

Q.................. cal;
m............grama (g);
c............ cal/g.oC;
Δt............Celsius (oC).

6.5 – TROCAS DE CALOR


Se vários corpos, no interior de um recipiente isolado termicamente, trocam calor,
os de maior temperatura cedem calor aos de menor temperatura, até que se
estabeleça o equilíbrio térmico. E de acordo com o princípio de conservação
temos:

Q1 + Q2 + Q3 + ... + Qn = 0

Se o calor recebido é QR e o calor cedido é QC, temos:

QR > 0 e QC < 0.

6.6 – PROPAGAÇÃO DO CALOR


O Calor pode se propagar de três formas: por condução, por convecção e por
irradiação, passaremos a discutir cada uma dessas possibilidades:

6.6.1 – CONDUÇÃO
A condução de calor ocorre sempre que há diferença de temperatura, do ponto de
maior para o de menor temperatura, sendo esta forma típica de propagação de
calor nos sólidos.

As partículas que constituem o corpo, no ponto de maior temperatura, vibram


intensamente, transmitindo sua energia cinética às partículas vizinhas. O calor é
transmitido do ponto de maior para o de menor temperatura, sem que a posição
relativa das partículas varie. Somente o calor caminha através do corpo.

Na natureza existem bons e maus condutores de calor. Os metais são bons


condutores de calor. Borracha, cortiça, isopor, vidro, amianto, etc. são maus
condutores de calor (isolantes térmicos).
6.6.2 – CONVECÇÃO
Convecção é a forma típica de propagação do calor nos fluídos, onde a própria
matéria aquecida é que se desloca, isto é, há transporte de matéria.
Quando aquecemos um recipiente sobre uma chama, a parte do líquido no seu
interior em contato com o fundo do recipiente se aquece e sua densidade diminui.
Com isso, ele sobe, ao passo que no líquido mais frio, tendo densidade maior,
desce, ocupando seu lugar. Assim, formam correntes ascendentes do líquido mais
quente e descendentes do frio, denominadas correntes de convecção.

6.6.3 – IRRADIAÇÃO
A propagação do calor por irradiação é feita por meio de ondas eletromagnéticas
que atravessam, inclusive, o vácuo.

A Terra é aquecida pelo calor que vem do Sol através da Irradiação.

Há corpos que absorvem mais energia radiante que outros. A absorção da energia
radiante é muito grande numa superfície escura, e pequena numa superfície clara.
Essa é a razão por que devemos usar roupas claras no verão.

Ao absorver energia radiante, um corpo se aquece; ao emiti-la, resfria-se.

6.7 – MUDANÇA DE ESTADO FÍSICO


Toda a matéria, dependendo da temperatura, pode se apresentar em 4 estados,
sólido, líquido, gasoso e plasma. Em nosso estudo falaremos apenas dos 3
primeiros.
As mudanças desses estados são mostradas abaixo;

Fusão: Passagem do estado sólido para o líquido;


Solidificação: Passagem do estado líquido para o sólido;
Vaporização: Passagem do estado líquido para o vapor, pode ser de três tipos -
Evaporação (processo lento), Calefação (líquido em contato com superfície a uma
temperatura elevada) e Ebulição (formação de bolhas).
Liquefação (ou Condensação): Passagem do estado de vapor para o estado
líquido.
Sublimação: Passagem do estado sólido diretamente para o estado de vapor ou
vice-versa.
O gráfico a seguir ilustra a variação da temperatura de uma substância em função
do calor absorvido pela mesma. Este é um gráfico muito comum em exercícios.

AB - Sólido;
BC - Fusão;
CD - Líquido;
DE - Vaporização;
EF - Vapor.
tF - temperatura de Fusão;
tV - temperatura de Vaporização;

6.7.1 – CALOR LATENTE


Calor Latente de mudança de estado é a quantidade de calor, por unidade de
massa, que é necessário fornecer ou retira de um dado corpo, a dada pressão,
para que ocorra a mudança de estado, sem variação de temperatura.
Matematicamente:

C
c=
m

Unidades Usuais:

Q............ cal;
m............grama (g);
L............ cal/g.

7 – TERMODINÂMICA
Termodinâmica é a parte da física que estuda as relações entre o Trabalho
Mecânico e o Calor.
No século XIX, James Precott Joule realizou várias experiências, concluindo que a
transformação de trabalho em calor é independente da maneira como ele é
transformado, isto é, ao mesmo trabalho sempre corresponde a mesma
quantidade de calor.

Suponhamos um gás confinado num cilindro dotado de um pistão móvel, de Área


A, que sofre deslocamento x.

A força aplicada pelo gás, perpendicular ao cilindro, é:

F = p . A, pois p = F/A

mas: W = F . x e F = p . A => W = p . A . x

ou ainda: W = p. V

Primeiro Princípio da Termodinâmica


Se realizamos um trabalho sobre o gás, comprimindo-o, ou se cedemos calor ao
gás, ele recebe energia que armazena como energia interna.
A variação da energia interna do gás, devida ao calor fornecido ao sistema e ao
trabalho realizado pelo mesmo será:

U=Q-W

Segundo Princípio da Termodinâmica


Máquinas Térmicas são dispositivos que convertem calor em trabalho e vice-
versa: máquinas a vapor, motores a explosão, refrigeradores, etc.
Se todo calor absorvido por uma máquina térmica fosse integralmente
transformado em trabalho, teríamos o caso ideal de rendimento (100%). Mas a
experiência mostra que isto não é possível, o que constitui o segundo princípio da
termodinâmica.

Clausius:
O calor só pode passar, espontaneamente, de um corpo de maior temperatura
para outro de menor temperatura.

Kelvin:
É impossível construir uma máquina térmica que, operando em ciclo, extraia calor
de uma fonte e o transforme integralmente em trabalho.

Exercícios
1> Um termômetro mal calibrado na escala Celsius registra 10oC para o 1o ponto
fixo e 90 oC para o 2o ponto fixo. Às 10 horas, esse termômetro registra 30oC à
temperatura ambiente. Qual a verdadeira temperatura ambiente naquele instante ?

2> Uma variação de temperatura de 30oC, corresponde a que variação de


temperatura nas escalas Fahrenheit e Kelvin.

3> Um termômetro graduado na escala Fahrenheit registra 68oF. Determine a


temperatura correspondente nas escalas Celsius e Kelvin.

(UFMT-MT) 4> Fahrenheit 451 é o título de um filme onde se explica que 451oF é
a temperatura da chama que destrói totalmente um livro. Qual será o título desse
livro se fosse usada a escala Celsius ? Justifique com cálculos.

(Mackenzie-SP) 5> Certo dia foi registrada uma temperatura cuja indicação na
escala Celsius correspondia a 1/3 da respectiva indicação na escala Fahrenheit.
Tal temperatura foi de:
(a) 80oF; (b) 80oC; (c) 41,8oF; (d) 41,8oC; (e) 26,7 oF.

(ITA-SP) 6> O verão de 1994 foi particularmente quente nos Estados Unidos da
América. A diferença entre a máxima temperatura de verão e a mínima do inverno
anterior foi de 60oC. Qual o valor dessa diferença na escala Fahrenheit?

(Unifor-CE) 7> Uma escala termométrica oA, criada por um aluno, é tal que o
ponto de fusão do gelo corresponde a - 20oA e o de ebulição da água corresponde
a 30oA. A temperatura Celsius em que as escalas oA e Celsius fornecem valores
simétricos:
(a) - 26,6 oC (b) - 13,3 oC (c) 13,3 oC (d) 18,8 oC (e) 26,6 oC

(FEI-SP) 8> Um mecânico deseja colocar um eixo no furo de uma engrenagem e


verifica que o eixo tem diâmetro um pouco maior que o orifício na engrenagem. O
que você faria para colocar a engrenagem no eixo ?
(a) aqueceria o eixo;
(b) resfriaria o eixo e aqueceria a engrenagem;
(c) aqueceria a engrenagem e o eixo;
(d) resfriaria a engrenagem e o eixo;
(e) resfriaria a engrenagem e aqueceria o eixo.
(UFAC) 9> Uma barra de cobre (α = 17 x 10-6 oC-1) tem o comprimento de 250 m a
30 oC. Calcule o comprimento dessa barra a 150 oC.

(ITA-SP) 10> Você é convidado a projetar uma ponte metálica, cujo comprimento
será de 2,0 km. Considerando os efeitos de contração e expansão térmica para
temperaturas no intervalo de - 40 oF a 110oF e o coeficiente de dilatação linear do
metal igual a 12 x 10-6 oC-1, qual será a máxima variação esperada no
comprimento da ponte ? (Considere o coeficiente de dilatação linear constante no
intervalo de temperatura dado.)
(a) 9,3 m; (b) 2,0 m; (c) 3,0 m; (d) 0,93 m; (e) 6,5 m.

(Mackenzie-SP) 11> Uma chapa plana de uma liga metálica (coeficiente de


dilatação linear 2,0 x 10-5 oC-1) tem área Ao à temperatura de 20oC. Para que a
área dessa placa aumente 1%, devemos elevar sua temperatura para:
(a) 520oC; (b) 470oC; (c) 320oC; (d) 270oC; (e) 170oC.

(Faap-SP) 12> Uma barra de estanho tem a forma de um prisma reto, com base
de 4 cm2 e comprimento 1,0 m, à temperatura de 68oF. Qual será o comprimento e
o volume da barra à temperatura de 518oF? Considere o coeficiente de dilatação
do estanho igual a 2 x 10-5 oC-1(linear).

(FAENQUIL-SP) 13> Um cilindro de 3 m de comprimento sofre uma dilatação


linear de 3 mm para uma elevação de 100 oC em sua temperatura. Qual o
coeficiente de dilatação linear do material do cilindro ?
(a) 2,0 x 105 oC-1; (b) 1,0 x 10-5 oC-1; (c) 3,0 x 10-2 oC-1;
(d) 1,0 x 105 oC-1; (e) 2,0 x 10-5 oC-1;

(FEI-SP) 14> Um recipiente de vidro tem capacidade de 91,000 cm3 a 0 oC e


contém, a essa temperatura, 90,000 cm3 de mercúrio. A que temperatura o
recipiente estará completamente cheio de mercúrio ? Dados: o coeficiente de
dilatação linear do vidro é 32 x10-6 oC-1, e o coeficiente de dilatação do mercúrio é
de 182 x 10-6 oC-1.

(CESGRANRIO) 15> Um petroleiro recebe uma carga de 1 milhão de barris de


petróleo (1,6 x 105 m3) no Golfo Pérsico, a uma temperatura de aproximadamente
50oC. Qual a perda de volume, por efeito de contração térmica, que esta carga
apresenta quando descarregada no Sul do Brasil, a uma temperatura de cerca de
20oC ? O coeficiente de dilatação térmica do petróleo é aproximadamente igual a
1 x 10-3 oC-1.
(a) 3 barris;
(b) 30 barris;
(c) 300 barris;
(d) 3000 barris;
(e) 30000 barris.

(UFRN) 16> Suponha um recipiente com capacidade de 1,0 litro cheio com um
líquido que tem o coeficiente de dilatação volumétrica duas vezes maior que o
coeficiente do material do recipiente. Qual a quantidade de líquido que
transbordará quando o conjunto sofrer uma variação de temperatura de 30oC ?
Dado: Coeficiente de Dilatação Volumétrica do líquido = 2 x 10-5 oC-1.
(a) 0,01 cm3; (b) 0,09 cm3; (c) 0,30 cm3; (d) 0,60 cm3; (e) 1,00 cm3.

17> A razão mais forte para não se usar a água como substância termométrica é:
(a) porque ela é líquida;
(b) porque sua massa específica é muito alta;
(c) porque sua massa específica é muito baixa;
(d) porque sua dilatação é irregular;
(e) n.d.a.

18> Qual a capacidade térmica de um corpo que recebe 0,7 kcal de calor para
elevar sua temperatura de 20oC para 90oC ?

19> Em cada caso a seguir determine a capacidade térmica de um corpo cujo


diagrama calor x temperatura é:

(a) (b) (c)

20> Quantas calorias uma massa de 1 kg de água a 30 oC deve receber para que
sua temperatura passe a 70 oC.

21> Um corpo de massa igual a 10 kg recebeu 20 kcal, e sua temperatura passou


de 50 oC para 100 oC.
(a) Qual o calor específico desse corpo ?
(b) Qual a capacidade térmica desse corpo ?
22> Uma manivela é usada para agita a água (massa de 100 gramas) contida em
um recipiente termicamente isolado. Para cada volta da manivela é realizado um
trabalho de 0,1 J sobre a água. Determine o número de voltas para que a
temperatura da água aumente 1 oC.
Dados: cágua = 1 cal/goC e 1 cal = 4,2 J

(UFRS-RS) 23> O consumo energético diário típico de uma pessoa totaliza 2000
kcal.
(a) Sendo 1 cal = 4,18 J, a quantos Joules corresponde aquela quantidade ?
(b) Calcule a potência, em watts, de uma pessoa, admitindo que essa energia seja
dissipada a uma taxa constante de 24 h.

(PUC-SP) 24> Um forno microondas produz ondas eletromagnéticas de 2,45 x 109


Hz de freqüência, que aquecem os alimentos colocados no seu interior ao
provocar a agitação e o atrito entre suas moléculas.
(a) Qual o comprimento dessas microondas no ar ?
(b) Se colocarmos no interior do forno um copo com 250 g de água a 20 oC,
quanto tempo será necessário para aquecê-la a 100 oC? Suponha que as
microondas produzem 10 000 cal/min na água e despreze a capacidade térmica
do corpo.
Dados: c = 3 x 108 m/s; cáhua = 1,0 cal/goC.

(UNIMEP-SP) 25> Num recipiente, colocamos 250 g de água a 100 oC e, em


seguida, mais 1000 g de água a 0oC. Admitindo que não haja perda de calor para
o recipiente e para o ambiente, a temperatura final dos 1250 g de água será de:
(a) 80 oC; (b) 75 oC; (c) 60 oC; (d) 25 oC; (e) 20 oC;

(PUC-SP) 26> Em um calorímetro de capacidade térmica de 200 cal/oC, contendo


300 g de água a 20 oC, é introduzido um corpo sólido de massa 100 g, estando o
mesmo a uma temperatura de 650 oC. Obtém-se o equilíbrio térmico final a 50 oC.
Dado o calor específico da água = 1 cal/goC. Supondo desprezível as perdas de
calor, determinar o calor específico do corpo sólido.

27> Têm-se 200 g de gelo inicialmente a -10oC. Determine a quantidade de calor


que o mesmo deve receber para se transformar em 200 g de água líquida a 20 oC.
São dados os calores específicos do gelo e da água, respectivamente, 0,5 cal/goC
e 1 cal/goC, além do calor latente de fusão do gelo, 80 cal/g.
(FUVEST-SP) 28> Um bloco de massa 2,0 kg, ao receber toda energia térmica
liberada por 1000 g de água que diminuem a sua temperatura de 1 oC, sofre um
acréscimo de temperatura de 10 oC. Considere o calor específico da água igual a
1 cal/goC. O calor específico do bloco em cal/goC é:
(a) 0,2; (b) 0,1; (c) 0,15; (d) 0,05; (e)
0,01.

superdesafio
(ITA-SP) 29> Cinco gramas de carbono são queimados dentro de um calorímetro
de alumínio, resultando o gás CO2. A massa do calorímetro é de 1000 g e há 1500
g de água dentro dele. A temperatura inicial do sistema é de 20 oC e a final, 43 oC.
Despreze a pequena capacidade calorífica do carbono e do dióxido de carbono.
Calcule o calor produzido (em calorias) por grama de carbono.
Dados: cAl = 0,215 cal/goC e cágua = 1 cal/goC.

(PUC-PR) 30> O gráfico a seguir representa o comportamento de 50 g de uma


substância, que, quando iniciado o aquecimento, se encontrava no estado sólido.
Supondo-se que não houve variação de massa durante todas as fases
apresentadas no gráfico, verificamos que a proposição INCORRETA é:
(a) O calor específico da substância no estado líquido é 0,1 cal/goC.
(b) A temperatura da ebulição da substância é de 90 oC.
(c) A capacidade calorífica no estado sólido é 20 cal/oC.
(d) O calor latente de vaporização da substância é 440 cal/g.
(e) A temperatura de fusão da substância é de 10 oC.

(UFES-ES) 31> O uso de chaminés para escape de gases quentes provenientes


de combustão é uma aplicação do processo térmico de:
(a) radiação; (b) condução; (c) absorção; (d) convecção; (e) dilatação.

32> A transmissão de energia térmica de um ponto para outro, graças ao


deslocamento do próprio material aquecido, é um fenômeno de:
(a) irradiação; (b) radiação; (c) convecção; (d) emissão; (e) condução.
(ITA-SP) 33> Uma garrafa térmica impede trocas de calor, devido às paredes
espelhadas, por:
(a) reflexão; (b) irradiação; (c) convecção; (d) difusão; (e) n.d.a.

(ITA-SP) 34> Uma garrafa térmica, devido ao vácuo entre as paredes duplas,
impede a troca de calor por:
(a) reflexão; (b) irradiação; (c) condução e convecção; (d) difusão; (e)
n.d.a.

(OSEC-SP) 35> Numa transformação isobárica, o volume de um gás ideal


aumentou de 0,2 m3 para 0,6 m3, sob pressão de 5 N/m2. Durante o processo, o
gás recebeu 5 J de calor do ambiente. Qual foi a variação da energia interna do
gás ?
(a) 10 J; (b) 12 J; (c) 15 J; (d) 2 J; (e)
3 J.

(PUC-RS) 36> A um gás mantido a Volume constante são fornecidos 500 J de


calor. Em correpondência, o trabalho realizado pelo gás e a variação da sua
energia interna são, respectivamente:
(a) zero e 250 J; (b) 500 J e zero; (c) 500 J e 500 J;
(d) 250 J e 250 J; (e) zero e 500 J.

(FATEC-SP) 37> Certa massa gasosa sofre a transformação AB indicada no


diagrama

O trabalho realizado pelo gás na transformação AB é de:


(a) 400 J; (b) 800 J; (c) 300 J; (d) 600 J; (e) 200 J.

GABARITO
1> 25oC 2> 54oF e 30 K 3> 20 oC e 293 K 4> 232,8oC
5> letra a 6> 108oF 7> letra c 8> letra b
9> 250,51 m 10> letra b 11> letra d 12> 100,5 cm e 406
cm3.
13> letra b 14> 131 oC 15> letra e 16> letra d
17> letra d 18> 10 cal/oC 19> (a) 2 cal/oC 20> 40 kcal
(b) 4 cal/oC
(c) 3 cal/oC
21> (a) 0,04 cal/goC 22> 4200 voltas 23> (a)8,36 x106J; 24> (a) 0,12 m
(b) 400 cal/oC (b) 100 W. (b) 2 min

25> letra e 26> 0,25 cal/goC 27> 21 000 cal 28> letra d
29> 7889 cal/g 30> letra d 31> letra d 32> letra c
33> letra b 34> letra c 35> letra e 36> letra e
37> letra a
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Vetores

GRANDEZAS VETORIAIS
Grandezas físicas que não ficam totalmente determinadas com um valor e uma
unidade são chamadas de grandezas vetoriais. As grandezas que ficam totalmente
expressas por um valor e uma unidade são chamadas de grandezas escalares. Como
exemplo de grandeza escalar temos a massa. Já as grandezas vetoriais, para que
fiquem totalmente definidas necessitam de:

• Um Valor (módulo);
• Uma Unidade;
• Uma Direção;
• Um sentido.

Como exemplos de grandeza vetorial temos:


Velocidade, força, aceleração, etc.

Um vetor por sua vez tem três características: módulo, direção e sentido.

Para representar graficamente um vetor usamos um segmento de reta orientado.

O módulo do vetor, representa numericamente o comprimento de sua seta. No caso


anterior, o módulo do vetor é igual a distância entre os pontos A e B, que por sua vez
vale 3 u.

Para indicar vetores usamos as seguintes notações:

O módulo de um vetor é indicado utilizando-se duas barras verticais.

|A| (Lê-se: módulo de A)

ADIÇÃO DE VETORES
Podemos somar dois ou mais vetores, para obter um vetor soma.
Regra do polígono:

Ligam-se os vetores origem com extremidade. O vetor soma é o que tem origem na
origem do 1º vetor e extremidade na extremidade do último vetor.

S=A+B+C

SUBTRAÇÃO DE VETORES
Para subtrair dois vetores adicionamos um deles ao oposto do outro.

D=A–B

VETOR x NÚMERO REAL


O produto de um número real n por um vetor A, resulta em um vetor R com sentido
igual ao de A se n for positivo ou sentido oposto ao de A se n for negativo. O módulo
do vetor R é igual a n x |A|.
DECOMPOSIÇÃO DE VETORES
A decomposição de vetores é usada para facilitar o cálculo do vetor resultante.

Seja um vetor R resultado da seguinte operação: R = A + B

Onde:

Rx = Ax + Bx

Ry = Ay + By

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