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ÍNDICE

I Introdução......................................................................................................................................2

1.1 Problematozação........................................................................................................................3

1.1.1 Objectivos...............................................................................................................................3

1.2.1 Objectivo geral.......................................................................................................................3

1.2.2 Objectivos específicos.............................................................................................................3

2.1 Justificativa................................................................................................................................3

2.1.1 Fundamentação teórica...........................................................................................................4

2.2.1 Localização geográfica...........................................................................................................4

2.2.2 Diversidade cultural da província da Zambézia.....................................................................5

2.3.2 Dança de cobra niketxe enouwa.............................................................................................5

2.3.3 Origem da dança Niketxe inouwa...........................................................................................6

3.1 Processo para a realização da dança de cobra...........................................................................7

3.1.1 O fenómeno que acorreu e que foi necessário a dança da cobra............................................8

3.2.1 Expressões religiosas e cerimónias tradicionais.....................................................................8

3.2.2 Metodologia............................................................................................................................9

II Conclusão...................................................................................................................................10

III Referência bibliográfica............................................................................................................11


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I Introdução

No presente trabalho da cadeira de Antropologia cultural II, recomendo pelo docente da


cadeira já referida, que tem como tema “Dança de cobra”, falaremos da sua origem processo
para a realização da dança de cobra, diversidade cultural da providência da Zambézia, expressões
religiosas e cerimónias tradicionais, fenómeno que ocorreram e foi necessário a intervenção da
dança da cobra. Importa referir ainda que o trabalho está dividido em três capítulos, onde o
capítulo I está reservado aos elementos de pré-textuais: a introdução, objectivos, e metodologia
usada. E o capítulo II foi reservado a fundamentação teórica onde traremos fundamentos de
autores que falam sobre o tema em alusão, e por fim o último capítulo está reservado aos
elementos pois textual conclusão e referências bibliográficas.

Portanto a que destacar que Niketxe é uma dança tradicional praticada no norte da
província da Zambézia, concretamente no distrito de Namarroi, 230km da cidade capital
Quelimane. A dança é caracterizada pelo uso de cobras venenosas vivas, colocadas no pescoço,
nas mãos e na cintura dos dançarinos, entre mulheres e homens.

No entanto dados orais indicam que a dança surgiu numa altura em que a população de
Namarrói procurava formas de reivindicação durante a época colonial e ao mesmo de
agradecimento aos espíritos após ocorrência de chuvas ou outro fenómeno natural esperado pela
comunidade local. Afirma que a música em Zambézia por exemplo pode servir a vários
propósitos que vão da expressão religiosa às cerimónias tradicionais. Os instrumentos musicais
são geralmente feitos à mão. Alguns dos instrumentos utilizados na expressão musical
zambeziana incluem tambores feitos de madeira e pele de animal.
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1.1 Problematização

Segundo Candieiro (2016) afirma que: no que se refere a estudos sobre a dança
tradicional de cobra "Niketxe inouwa" é uma manifestação cultural praticada por uma grande
maioria outra dança sofreu momentos críticos, isto no período colonial período em que esta
prática era controlada pelas autoridades coloniais, passando a ser da população da Zambézia, de
que forma está dança ajudou a população:

 De que forma?

 Qual é a sua origem?

 Qual é o papel cultural desta dança?

1.1.1 Objectivos

1.2.1 Objectivo geral

 Compreender a origem e o simbolismo da dança de cobra, Niketxe inuawa.

2.2.2 Objectivos específicos

 Conceitualizar a dança de cobra Niketxe inuawa;

 Identificar a origem da dança de cobra Niketxe inuawa;

 Apresentar o impacto desta dança na sociedade.

2.1 Justificativa

A dança de cobra, Niketxe inouwa localmente assim tratada é uma dança multifacetado e
definida como uma dança tradicional praticada no norte da província da Zambézia,
concretamente no distrito de Namarroi, a 230km da cidade capital Quelimane. A dança é
caracterizada pelo uso de cobras venenosas vivas, colocadas no pescoço, nas mãos e na cintura
dos dançarinos, entre mulheres e homens, tal também estão existindo diversidades lexicais, no
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uso do termo Niketxe inouwa como a existência de diversas interpretação e simbolismo,


dependendo da região.

De tal modo que para o caso da dança de cobra Niketxe inouwa que nos referimos exige
processo tradicionais para a sua execução, diferenciando-se das outras dança, a que compreender
que: antes da dança existe um ritual a ser seguido pelos dançarinos, obedecendo regras tais
como: absterem-se do sexo uma semana antes e durante o evento, a alimentação das cobras
escolhidas na mata é ovo e farinha e as cobras escolhidas deve ser mambas finas e verdes
daquelas muito venenosas.

O termo Niketxe inouwa é uma manifestação cultural praticada por uma grande maioria,
outra dança sofreu momentos críticos, isto no período colonial período em que esta prática era
controlada pelas autoridades coloniais, passando a ser da população da Zambézia. Esta dança
Inouwa N`niketxe assim comaticada em locais restritas. A dança Inouwa N`niketxe é elo de
integração e coesão social do grupo, pois reajusta o comportamento individual as normas da
comunidade e prescrições nas regras comportamentais.

2.1.1 Fundamentação teórica

2.2.1 Localização geográfica

Namarrói é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na


povoação de Sede Uetxe, também chamada de Namarrói, tem limite com:

 Norte: com o distrito de Gurué;

 Oeste: com o distrito de Milange;

 Sul e sudoeste: com o distrito de Lugela;

 Leste: com o distrito de Ile.

Em 2007, o Censo indicou uma população de 125 999 residentes. Com uma área de 3071
km², a densidade populacional rondava os 41,03 habitantes por km². (Censo populacional, 2007).
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2.2.2 Diversidade cultural da província da Zambézia

De acordo com Ine (2007), diz que diversidade cultural da província da Zambézia
desenrola-se pela miscelânea tradicional dos chuabos, senas, lomues, marendjes e manhauas.
Zambézia, província por excelência matrilinear é rica em recursos minerais, faunísticos, agrários
e marinhos.

Na Zambézia, pode-se conhecer a encantadora Lagoa Azul, a praia de Zalala bela e


ladeada por imensas casuarinas, as águas termais e a cordilheira do monte Namuli. No âmbito
magico religioso é prático a realização das cerimónias tradicionais denominadas Mukutho, em
todos os níveis e eventos sociais.

É ainda comum na Zambézia solicitar um feiticeiro (curandeiro) para se proteger, tratar


uma doença, garantir a fidelidade de um marido ou uma esposa ou seduzir a sua amada. Do
pequeno comerciante ao mais alto político, todos, pelo menos uma vez na vida, consultaram um
feiticeiro e ninguém pensaria de duvidar da eficácia dessas práticas.

Na região zambeziana também vive um número considerável de hindus e confucianos


pela forte presença de indianos e chineses, sobretudo na Capital. Esta mistura de crenças torna a
Zambézia uma região reconhecida pela sua tolerância religiosa.

Segundo a Ine (2012), afirma que Zambézia é composta por 40% de católicos,
evangélicos e Pentecostes 10%, islâmicos 9,7%, ziones 8,6%, 1,1% de anglicanos. Sendo que,
16% não tem religião ou são desconhecidos.

2.3.2 Dança de cobra niketxe enouwa

Conceitos básicos

Segundo Mucuala (2021), a dança de cobra Niketxe inouwa é uma dança tradicional
praticada no norte da província da Zambézia, concretamente no distrito de Namarroi, 230km da
cidade capital Quelimane. A dança é caracterizada pelo uso de cobras venenosas vivas,
colocadas no pescoço, nas mãos e na cintura dos dançarinos, entre mulheres e homens.
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Segundo Candieiro (2016), afirma que a dança tradicional Niketxe inouwa é uma
manifestação cultural praticada por uma grande maioria outra dança sofreu momentos críticos,
isto no período colonial período em que esta prática era controlada pelas autoridades coloniais,
passando a ser da população da Zambézia. Esta dança Inouwa N`niketxe assim comaticada em
locais restritas. A dança Inouwa N`niketxe é elo de integração e coesão social do grupo, pois
reajusta o comportamento individual as normas da comunidade e prescrições nas regras
comportamentais.

De acordo com Lemia e Vilanculos (2013 p27), a dança de cobra, ou seja, Niketxe
Enouwa como é designadamente e chamada localmente, é uma dança tradicional praticada no
norte da província da Zambézia, concretamente no distrito de Namarroi. A dança é caracterizada
pelo uso de cobras venenosas vivas, colocadas no pescoço, nas mãos e na cintura dos dançarinos,
entre mulheres e homens.

Partindo do conceito apresentado pelos autores acima pode-se concluir que a dança de
cobra Niketxe inouwa, é uma dança originária de Namarroi e a dança é caracterizada pelo uso de
cobras venenosas vivas, colocadas no pescoço, nas mãos e na cintura dos dançarinos, entre
mulheres e homens.

2.3.3 Origem da dança Niketxe inouwa

Dados orais indicam que a dança surgiu numa altura em que a população de Namarrói
procurava formas de reivindicação durante a época colonial e ao mesmo de agradecimento aos
espíritos após ocorrência de chuvas ou outro fenómeno natural esperado pela comunidade local.

De acordo com Jorgina Hemílio uma nativa de Namarrói, vários chefes de famílias eram
recrutados para trabalhar nas plantações de chá e algodão, e como forma de reivindicação dessa
exploração, as comunidades organizavam-se e faziam a dança Niketxe na frente dos colonos
onde ao mesmo se entretinham enquanto contestavam o trabalho doloroso.

Outra explicação da dança aponta que a mesma surge através de uma rainha chamada
Yáviya, que tivera um sonho com um medicamento de cobra que quando aplicado às pessoas as
cobras não faziam mal algum, Isso explica o facto de antes de se executar esta dança, os
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dançarinos passam por um ritual onde ficam fechados durante uma semana dentro de uma casa,
proibidos de manter relações sexuais e de ter contacto com o mundo exterior.

Depois de uma semana dentro desta casa, sem tomar banho, fazendo o tratamento, saem à
caça das cobras onde, perseguem-nas com ajuda de um medicamento tradicional que, por causa
do cheiro facilita a captura das cobras. As cobras capturadas lhes são removidos dentes e são
alimentadas com farinha e ovos de galinha durante dois dias. Posteriormente são guardadas em
uma maleta.

De acordo com a nativa, são somente usadas cobras mambas verdes e não outro tipo, pois
existem cobras muito perigosas que não podem ser levadas ao público. A dança é praticada por
homens e mulheres que colocam as cobras no pescoço, na cintura e nas mãos. A nossa
entrevistada afirma que a dança não pode durar mais de uma hora pois, segundo a sua
explicação, passado este período, os dentes que tinham sido removidos ficam rijos e as cobras
começam a tomar o seu comportamento natural, podendo assim atacar as pessoas. (Lemia e
Vilanculos, 2013).

3.1 Processo para a realização da dança de cobra

Lemia e Vilanculos (2013), a dança das cobras uma das manifestações artísticas mais
famosas da província da Zambézia é a Enowa N’niketxe ou dança das cobras, que se caracteriza
por um conjunto de homens e mulheres que realizam movimentos em forma de dança com
cobras no pescoço e nas mãos. Os integrantes do grupo executam os seus movimentos de dança
com cobras enroladas nos pescoços e braços. Esta dança fascinante é um legado do povo de
Namarroi, transmitido de geração em geração. Antes da dança existe um ritual a ser seguido
pelos dançarinos, obedecendo regras tais como: absterem-se do sexo uma semana antes e
durante o evento, a alimentação das cobras escolhidas na mata é ovo e farinha e as cobras
escolhidas deve ser mambas finas e verdes daquelas muito venenosas.

Depois de verificado estes aspectos preliminares, as cobras ficam hipnotizadas


permitindo desse modo, aos dançarinos de poderem dançar com elas demonstrando os mais
variados movimentos. Este grupo folclórico já participou em muitos eventos culturais locais e
nacionais destacando-se pela sua autenticidade e unicidade cultural que a caracteriza.
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3.1.1 O fenómeno que acorreu e que foi necessário a dança da cobra

Em 2012, no distrito de Namarroi ocorreu um fenómeno natural próximo de uma


montanha, na fonte onde canalizam água daquele distrito. Foi encontrada uma cova muito grande
com formato de um aquário contendo um líquido que se assemelhava a papas grossas de farinha
de mapira. Quando as pessoas aproximassem começavam a chorar. O líquido sujou toda água da
fonte de abastecimento, e nas torneiras jorrava também o líquido com aspecto de papas de
farinha de mapira durante um mês. Daí a Rainha Yáviya foi revelada em sonho que devia
realizar uma cerimónia.

Por causa do tamanho do problema, o governo daquele distrito convocou a Rainha e


alguns grupos culturais para se fazer a cerimónia, e se fez a dança da cobra, e passado uma
semana, a água da fonte ficou limpa e as papas que saiam daquela cova desapareceram e só
depois das cheias de 2015 a cova desapareceu misteriosamente, deixando o local irreconhecível.

Infelizmente a Rainha Yáviya faleceu em 2018 com aproximadamente mais de 90 anos,


deixando os seus trabalhos com o seu bisneto de apenas 16 anos de idade, que segue os mesmos
passos.

Na governação do antigo presidente Armando Guebuza, houve uma orientação segundo a


qual a dança Niketxe não precisava passar pelos concursos de apuramento aos festivais culturais
provinciais e nacionais, devia entrada automática, dado o seu simbolismo e a coragem dos
dançarinos. Tsevele (2013, p38).

3.2.1 Expressões religiosas e cerimónias tradicionais

Segundo Lemia e Vilanculos (2013), afirma que a música em Zambézia por exemplo
pode servir a vários propósitos que vão da expressão religiosa às cerimónias tradicionais. Os
instrumentos musicais são geralmente feitos à mão. Alguns dos instrumentos utilizados na
expressão musical zambeziana incluem tambores feitos de madeira e pele de animal.

Junto com as músicas, também a dança tem muitas vezes um carácter ritual, tornando-se
diferentes por cada tribo e de difícil compreensão e reprodução.
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Pelo que se refere à escultura esta esta vem pela maioria produzida em Madeira. Famosa
é a tradição de algumas comunidades do interior da Zambézia que utilizam máscaras com rostros
de pessoas, usadas nas danças tradicionais. No entanto as esculturas de madeira representam em
muitos casos “árvores genealógicas”, refigurastes a histórias da comunidade o de um grupo
familiar.

3.2.2 Metodologia

A pesquisa bibliográfica permitiu a obtenção de um embasamento teórico sólido, com a


revisão da literatura existente sobre a dança tradicional Niketxe inuawade informação no
contexto digital e interconectado.

Foram consultados artigos científicos, como o estudo de Carneiro e Mucuala (2016)


sobre a origem e impacto social que está dançando apresenta na sociedade da informação na era
da transformação digital, e a revisão bibliográfica de Limia (2016) sobre as expressões religiosas
e cerimónias tradicionais.

A selecção das fontes de informação será feita com critérios de relevância, qualidade
actualidade. Foram consultadas bases de dados académicas, como Scopus e Google Scholar,
além de bibliotecas virtuais e sites de instituições renomadas no campo da informação.

A análise dos dados obtidos será realizada por meio de uma abordagem qualitativa,
buscando identificar os principais pontos convergentes e divergentes nas obras consultadas. Com
base na pesquisa bibliográfica, foi possível identificar o local de origem desta dança e seu
impacto na sociedade.

Ao final da pesquisa, foi apresentada as conclusões sobre o impacto cultural e social que
está dança representa e seu local de origem.
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II Conclusão

Tendo em vista os aspectos apresentados, fundamentando-se nas definições encontradas


nas literaturas investigadas, Niketxe é uma dança tradicional praticada no norte da província da
Zambézia, concretamente no distrito de Namarroi, e que a dança Inouwa N`niketxe é elo de
integração e coesão social do grupo, pois reajusta o comportamento individual as normas da
comunidade e prescrições nas regras comportamentais.

Também chegamos a concluir que a dança surgiu numa altura em que a população de
Namarrói procurava formas de reivindicação durante a época colonial e ao mesmo de
agradecimento aos espíritos após ocorrência de chuvas ou outro fenómeno natural esperado pela
comunidade local.

Nas literaturas por nós abertas deu a conhecer que a diversidade cultural da província da
Zambézia desenrola-se pela miscelânea tradicional dos chuabos, senas, lomues, marendjes e
manhauas. Zambézia, província por excelência matrilinear é rica em recursos minerais,
faunísticos, agrários e marinhos. Por tanto deu a chegar a conclusões claras que a província da
Zambezia, pode-se conhecer no âmbito magico- religioso é prático a realização das cerimónias
tradicionais denominadas Mukutho, em todos os níveis e eventos sociais.

É ainda comum na Zambézia solicitar um feiticeiro (curandeiro) para se proteger, tratar


uma doença, garantir a fidelidade de um marido ou uma esposa ou seduzir a sua amada. Do
pequeno comerciante ao mais alto político, todos, pelo menos uma vez na vida, consultaram um
feiticeiro e ninguém pensaria de duvidar da eficácia dessas práticas.
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III Referência bibliográfica

Edmilson, M. para Tsevele. (2013). Dança Niketxe: do simbolismo aos mitos. p38.

Carneiro, V. (2016, p27). Síntese do livro Inouwa niketxe.

Ine. (2007). Senso populacional de Moçambique.

Lemia, V. (2013). Dança NIketxe enouws.

Mucuala, E. (2021, p26). Dança Niketxe: do simbolismo aos mitos.

Português, Noticias em. (2020). Niketche – uma dança entre mulheres.

Parruque, A, S, e Cossa, A. (2017). Educação Física 8ª Classe. Moçambique: Plural


Editores. ISBN 978-972-0-09045-4.

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