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ITEC FACULDADE

DISCIPLINA:MICROBIOLOGIA

JENIFFER MARQUES DE OLIVEIRA

ESTUDO DA MICROBIOTA NORMAL HUMANA;


INFECÇÕES:TIPOS DE INFECÇÃO;
ANTIBIOTICOTERAPIA;

SOUSA, PB
2024
MICROBIOTA HUMANA

Introdução

Em Medicina Humana pode-se considerar microbiota normal ou residente


uma população microbiana associada de forma estável com a pele e mucosas
do hospedeiro, que permanece residente ao longo de sua vida.

A maioria das células presentes em nosso organismo não é humana. Essa


maioria não humana é encontrada nas comunidades microbianas riquíssimas
que habitam nosso corpo. Surpreendentemente, nosso corpo típico abriga
cerca de 10 vezes mais células bacterianas do que células humanas. Essas
bactérias, que coexistem em harmonia conosco sem causar doenças,
constituem o que chamamos de microbiota normal.

Nas últimas décadas, o estudo dos microrganismos que hospedamos cresceu


vertiginosamente, dando origem a um novo campo da microbiologia. Desde
então, essa comunidade amigável de minúsculos seres vem sendo chamada
de microbiota (ou ainda flora, microflora e microbioma, entre outros nomes).
Embora não a enxerguemos a olho nu, a microbiota é parte importante de
nosso organismo. Estima-se, por exemplo, que mais da metade do material
das fezes seja composto por células microbianas.

A microbiota está presente na boca, no estômago, no intestino, nos tratos


geniturinário e respiratório, nos olhos, na pele etc. Nossa maior coleção de
microrganismos se encontra no intestino. Acredita-se que a população da
nossa microbiota intestinal seja composta de 500-1000 espécies diferentes,
com uma biomassa de aproximadamente 1,5 kg.

Apesar da maioria da microbiota ser de bactérias, esta também apresenta


membros do grupo Archeae e Eucarea. Supondo que tenhamos 1000
espécies de bactérias compondo nosso intestino e, usando a espécie
Escherichia coli como um representante arbitrário dessa comunidade, a
quantidade total do genoma bacteriano intestinal poderia ser equivalente ao
nosso próprio genoma e o número de genes pode exceder o número total de
genes humanos em até 100 vezes.

Principais benefícios produzidos pela microbiota normal humana

A microbiota é multifuncional, incluindo a capacidade de:

- Auxiliar na digestão de polissacarídeos vegetais, na biotransformação de


conjugados ácidos da bile e na degradação de oxalatos;
- Sintetizar e excretar vitaminas, como ocorre com bactérias entéricas, que
produzem vitaminas K e B12, e bactérias do ácido láctico, que produzem
outras vitaminas do complexo B;
- Impedir a colonização por patógenos, através da competição por sítios e
nutrientes essenciais;
- Antagonizar outras bactérias, por meio de síntese de substâncias inibidoras
ou letais contra espécies não pertencentes à microbiota normal;
- Promover o desenvolvimento de tecidos, como o ceco e tecido linfático
(Placa de Peyer) no trato gastrointestinal;
- Estimular a produção de anticorpos “naturais”, em baixos níveis, contra os
componentes da microbiota normal, e que são capazes de reconhecer
cruzadamente patógenos relacionados, e,
- Ajudar o sistema imune na apresentação de antígenos, o que torna o
organismo mais tolerante a alguns determinantes imunológicos, reduzindo
assim as respostas alérgicas a comida e antígenos ambientais.

Funções da microbiota normal

A microbiota humana desempenha funções importantes na saúde e na


doença. Os microrganismos cumprem um papel crítico na sobrevivência do
homem, participando do metabolismo de produtos alimentares, provendo
fatores essenciais de crescimento, protegendo contra infecções por
microrganismos altamente virulentos e estimulando a resposta imune.

A microbiota normal pode ser considerada um componente fundamental da


imunidade inata, uma vez que desempenha um papel crucial na prevenção da
colonização de patógenos no hospedeiro por meio da competição.

Compreendendo a importância desses microrganismos para nossa saúde, o


interesse pelo estudo e uso de probióticos está em ascensão. Os probióticos,
que são culturas microbianas vivas, podem ser consumidos para promover
efeitos benéficos em nosso organismo.

Portanto, é fundamental reconhecer e preservar os microrganismos


presentes em nossa microbiota para garantir nosso bem-estar a longo prazo.
INFECÇÕES

Introdução

As doenças infecciosas são geralmente provocadas por micro-organismos


que invadem o corpo e se multiplicam. Existem muitos tipos de organismos
infecciosos.
Seguem alguns exemplos de como os micro-organismos podem invadir o
corpo:
o Através da boca, olhos ou nariz
o Através de contato sexual
o Através de feridas ou picadas
o Através de dispositivos médicos contaminados

TIPOS DE INFECÇÃO

Infecções bacterianas

As infecções bacterianas são doenças ocasionadas pela invasão ou


pelo desequilíbrio das bactérias do organismo.

Principais infecções bacterianas: pneumonia, infecção urinária, meningite,


tétano, disenteria, gonorreia, infecções hospitalares.

Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus,


bactérias ou outros microrganismos.
Os principais tipos são:

o Herpes genital; o Doença Inflamatória Pélvica

o Cancro mole (cancroide) (DIP)

o HPV o Donovanose

o Gonorreia e infecção por


Clamídia
o Linfogranuloma venéreo o Infecção pelo HTLV
(LGV) o Tricomoníase
o Sífilis

Sepse ou infecção no sangue

É definida como uma síndrome clínica, na qual a síndrome de resposta


inflamatória sistêmica (Sirs) está associada a uma infecção.

Infecções virais

As infecções do trato respiratório superior (infecções do nariz, garganta, vias


aéreas superiores e pulmões) são provavelmente as infecções virais mais
comuns.

As infecções do trato respiratório superior incluem dor de garganta, sinusite e


o resfriado comum. Outras infecções respiratórias virais incluem gripe,
pneumonia e coronavírus, incluindo SARS-CoV-2 (o vírus que causa a
COVID-19).

Outros vírus infectam outras partes específicas do corpo:


 Trato gastrointestinal: as infecções do trato gastrointestinal,
como gastroenterite, são comumente causadas por vírus, como norovírus
e rotavírus.
 Fígado: essas infecções resultam em hepatite.
 Sistema nervoso: alguns vírus, como o vírus da raiva e o vírus do Oeste do
Nilo, infectam o cérebro, causando encefalite. Outros infectam as camadas de
tecido que recobrem o cérebro e a medula espinhal (meninges)
causando meningite.
 Cútis: as infecções virais que afetam somente a pele às vezes resultam
em verrugas ou outras manchas. Muitos vírus que afetam outras partes do
corpo, como catapora, também causam uma erupção cutânea.
 Placenta e feto: alguns vírus, como o vírus Zika, o vírus da rubéola e
o citomegalovírus, podem infectar a placenta e o feto de gestantes.

Infecção hospitalar

É qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente


no hospital e que se manifesta durante a internação ou após
a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou
com os procedimentos hospitalares.

ANTIBIOTICOTERAPIA

Antibioticoterapia é o tratamento de pacientes com sinais e sintomas clínicos


de infecção pela administração de antimicrobianos. A antibioticoterapia tem a
finalidade de curar uma doença infecciosa (cura clínica) ou de combater um
agente infeccioso situado em um determinado foco de infecção (cura
microbiológica).

Pode ser utilizada de forma terapêutica - que implica na utilização de


antimicrobianos a partir de um diagnóstico preciso, ou presuntivo da etiologia
do processo infeccioso, fundamentado na anamnese, nos exames clínicos e
laboratoriais.

A antibioticoterapia foi a mais revolucionária mudança ocorrida na história


da medicina no campo das doenças infecciosas. Podemos definir antibiótico
como sendo substâncias químicas produzidas por microrganismos vivos ou
obtidos em laboratório por síntese, capazes de inibir ou destruir o crescimento
de microrganismos patogênicos.

Utilizamos um antibiótico quando necessitamos prevenir (profilaxia antibiótica)


ou combater uma infecção causada por um determinado microrganismo.

Como avaliar a antibioticoterapia?

- Pela resposta clínica e


laboratorial em 48 a 72
- Pelos resultados de culturas -
horas:
segundo os critérios de:
• curva febril,
• toxicidade,
• leucograma,
• penetração no sítio de
• sinais específicos para cada
infecção,
tipo de infecção;
• necessidade de associação, • outros critérios, mesmo que
• disfunção de órgãos, haja melhora clínica;
• idade, gravidez e

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