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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO MARAVILHA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO


COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENSINO DA BIOLOGIA

Proposta de projecto de investigação para elaboração do Trabalho de Fim de


Curso para obtenção do grau de licenciatura em ciências da educação, opção
Biologia

ESTUDO SOBRE AS PLANTAS MEDICINAIS E


VENENOSAS OU TÓXICAS NO COMPLEXO ESCOLAR
BG – 5003 JOÃO PAULO II DO MUNICÍPIO DA GANDA

Autor: Manuel Mussungo Kangonga

Benguela, 2021

1
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO MARAVILHA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENSINO DA BIOLOGIA

Proposta de projecto de investigação para elaboração do Trabalho de Fim de


Curso para obtenção do grau de licenciatura em ciências da educação, opção
Biologia

ESTUDO SOBRE AS PLANTAS MEDICINAIS E


VENENOSAS OU TÓXICAS NO COMPLEXO ESCOLAR
BG – 5003 JOÃO PAULO II DO MUNICÍPIO DA GANDA

Autor: Manuel Mussungo Kangonga


Orientador: Hélder Wafunga, PhD.

Benguela/Maio/2021

2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................4

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................8

1.1 – Definição de conceitos.....................................................................................8

1.2 - A importância da inclusão do estudo das plantas medicinais e


venenosas ou tóxicas no contexto escolar...........................................................10

2. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO.................................................................11

2.1 - Métodos e instrumentos de investigação....................................................11

2.2 – População e amostra.....................................................................................12

3. ESTRUTURA DO TRABALHO..............................................................................14

4 - CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES...................................................................15

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................16

3
INTRODUÇÃO
As plantas medicinais sempre foram usadas desde os tempos remotos. Hoje a
ciência pode dar uma grande contribuição em: nomear, conhecer substâncias,
sua acção no organismo, sua toxicidade, seus efeitos colaterais, suas
interacções, entre outros.

De acordo com Amorozo,


“o homem conhece os benefícios medicinais das plantas há séculos.
Registos da medicina romana, egípcia, persa e hebraica mostram que
ervas eram utilizadas de forma extensiva para curar praticamente
todas as doenças conhecidas pelo homem. A arte de curar através de
plantas é uma forma muito antiga de tratamento, que está
fundamentada no acúmulo de informações através de sucessivas
gerações. Há muitos séculos as plantas vêm sendo consideradas
fontes medicamentosas, empregadas em preparações tradicionais,
chás, sucos, xaropes, cataplasmas, tinturas, unguentos, entre outros”1.

De um modo geral, as plantas medicinais são alvo de investigação e


manipulação científica, entretanto, esta não é a realidade das pessoas quando
as fazem uso, já que, na grande maioria das vezes, a sua utilização está
baseada no senso comum e na herança cultural, representando uma
alternativa de tratamento de menor custo, de fácil acesso e equivalente
eficácia, na perspectiva dos usuários. Por fim, estudos com plantas medicinais
integrando o conhecimento popular e o saber científico são pertinentes,
podendo trazer benefícios quanto ao uso racional e adequado das plantas.

Segundo Moraes et. al., “por meio da experiência e da observação, durante


longos períodos da história o ser humano aprendeu a fazer uso da flora para a
cura de seus males”2. Mesmo com os avanços da medicina, para uma grande
parte da população, o tratamento com plantas medicinais ainda constitui a
principal alternativa para o tratamento de diversas doenças, simbolizando para
algumas comunidades o único recurso terapêutico existente.
1
M. C. M. A. AMOROZO. Abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. In: DI
STASI, L. C. (Org.). Plantas medicinais: arte e ciência – um guia de estudo interdisciplinar.
Botucatu: UNESP. 1996. pag. 23.
2
J. Q. MORAES; J. R. S. NUNES, A. P. PINHEIRO; S. P. M. PESSOA. (2010). Etnobotânica
de plantas medicinais com alunos do ensino médio de um colégio estadual de Tangará da
Serra-MT. 3ª Jornada científica da Unemat, 3. (jc), 2010, Cáceres/MT. Anais 3ª Jornada
Científica da UNEMAT, Cáceres/MT, Brasil, 20-24 Setembro.

4
O emprego de plantas medicinais, como medicamento, ainda é de grande
importância em todo o mundo, segundo dados da (OMS) Organização Mundial
da Saúde, 80% da população mundial utiliza-se de práticas tradicionais na
atenção primária, e desse total, 85% usa plantas medicinais ou preparações
destas3.

Nesta perspectiva, as plantas medicinais segundo Oliveira e Coutinho


“constituem um importante tema não só pelo património natural e cultural, como
também pode fornecer orientações a população para um maior aproveitamento
dos recursos terapêuticos de origem natural, alertando a mesma sobre os
problemas oriundos do uso indiscriminado de plantas medicinais e das plantas
com efeitos tóxicos comprovados”4. Por acreditar que as plantas são naturais e
incapazes de trazer malefícios, o uso indiscriminado é recorrente.

É um tema prático e funcional, que surge numa experiência prática vivida numa
das escolas dos arredores deste município, quando uma criança no intervalo
durante a brincadeira tocou numa das plantas que existia no pátio da instituição
causando-lhe comichões na pele e feridas.

Neste trabalho procuraremos investigar o conhecimento etnobotânico dos


alunos sobre plantas medicinais, bem como discutir a importância da escola na
disseminação de informações a comunidade escolar acerca do uso de plantas
medicinais.
Olhando para esta reflexão e tendo em conta a investigação exploratória para o
presente estudo, levantamos o seguinte problema de pesquisa: Quais são as
plantas medicinais e venenosas ou tóxicas que se localizam no Complexo
Escolar BG – 5003 João Paulo II do Município da Ganda?
Em função do problema de pesquisa, propomos as seguintes perguntas
científicas:
Quais são os presupostos teóricos que existem sobre as plantas
medicinais e venenosas ou tóxicas?

3
P. S. OLIVEIRA. Plantas medicinais numa comunidade rural assentada no município de
Cordeirópolis-SP: Etnofarmacologia e Educação. Dissertação de mestrado apresentada ao
Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas. 2010. pag. 43.
4
P. S. OLIVEIRA. & K. R. COUTINHO. Conhecimento popular sobre plantas medicinais: tema
gerador na educação de jovens e adultos. ETIC – Encontro de Iniciação Científica. 2006. pag.
23.

5
Que importância tem para os professores e alunos o conhecimento das
plantas medicinais e venenosas do Complexo Escolar BG – 5003 João
Paulo II do Município da Ganda?
Quais são os tipos de plantas medicinais e venenosas ou tóxicas
existentes no Complexo Escolar BG – 5003 João Paulo II do Município
da Ganda?
Que acções devem ser postas em prática para se evitar o riscos fatais
no uso de plantas medicinais e venenosas ou tóxicas?

Na tentativa de se encontrar uma resposta ao problema e as perguntas


científicas, formulamos os seguintes objectivos:
Geral: Realizar um levantamento etnobotânico referido as plantas medicinais e
venenosas ou tóxicas localizadas no Complexo Escolar BG – 5003 João Paulo
II do Município da Ganda.

Específicos:
Apresentar os pressupostos teóricos sobre as plantas medicinais e
venenosas ou tóxicas;
Identificar as plantas medicinais e venenosas localizadas no Complexo
Escolar BG – 5003 João Paulo II do Município da Ganda;
Caracterizar as plantas medicinais e venenosas ou tóxicas localizadas
no Complexo Escolar BG – 5003 João Paulo II do Município da Ganda;
Propor acções conducentes para se evitar o riscos fatais no uso de
plantas medicinais e venenosas ou tóxicas.

O nosso trabalho terá como objecto de estudo as plantas medicinais e


venenosas ou tóxicas existentes no Complexo Escolar BG – 5003 João Paulo II
e seus arredores do Município da Ganda e como Campo de acção o estado
qualitativo das plantas medicinais e venenosas ou tóxicas e sua influência na
saúde da população acadêmica deste Complexo Escolar.

Hipótese

6
A identificação das plantas medicinais e venenosas, assim como as utilidades
que estas têm, permitirá a aquisição de novos conhecimentos das mesmas
como alternativa terapêuticas por um lado e por outra a prevenção de
acidentes fatais.

Tarefas científicas a serem realizadas


Recolha e consulta bibliográfica
Recolha de folhas das plantas em estudo para a sua identificação.
Caracterização morfológica das plantas recolhidas.
Classificação das plantas em estudo de acordo com os conhecimentos
biológicos.
Aplicação dos instrumentos para obtenção de mais informações sobre o
uso das plantas.

7
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 – Definição de conceitos


Plantas medicinais
Segundo Amoroso e Gely “planta medicinal é toda a espécie vegetal que tem
um valor de carácter curativo para determinada comunidade, ou seja, que
possua uma propriedade real ou imaginária, aproveitada pela comunidade para
um ou mais fins específicos de cura, que seja empregada na prevenção, no
tratamento, na cura de distúrbios, disfunções ou doenças do homem e
animais”5.

As informações sobre o uso das plantas medicinais e suas virtudes


terapêuticas foram sendo acumuladas durante séculos, e muito desse
conhecimento empírico encontra-se disponível actualmente.

Na nossa perspectiva, o conhecimento sobre as plantas medicinais


representou e ainda representa o único recurso terapêutico de muitas
comunidades e grupos étnicos. Essa prática, que se “caracteriza pela utilização
dos recursos naturais como forma de tratamento e cura de doenças, é tão
antiga quanto a espécie humana”6.

Apesar de muitas plantas serem úteis ao homem, existem aquelas que


produzem substâncias tóxicas ou venenosas. É preciso conhecer bem as
características de cada planta para poder usá-la como remédio. É comum se
ouvir dizer que o uso das plantas medicinais se não fizer bem, mal não fará,
porém não é bem assim. Sua utilização inadequada poderá trazer efeitos
indesejados.

É necessário ter conhecimento da doença ou do sintoma apresentado e fazer a


selecção correcta da planta a ser utilizada, além de preparação adequada. A
forma de uso, a frequência e a quantidade são aspectos muito importantes
5
M. C. M. AMOROZO & A. GELY. Uso de plantas medicinais por caboclos do Baixo Amazonas.
Barcarena, PA, Brasil. Boletim Museu Parasense Emílio Goeldi, Série Botânica. 1988, pag. 64.
6
W. B. CROW. Propriedades oculta das ervas e plantas. Editora Hemus. São Paulo. 1993.
Pag. 19.

8
para sua utilização. A dosagem deve observar a idade e o tipo de metabolismo
de cada pessoa.

Plantas venenosas ou tóxicas

As plantas venenosas ou tóxicas possuem elementos nocivos aos seres


humanos e a outros animais, sendo muitas delas até mesmo letais. “Essas
plantas são venenosas por apresentarem princípios activos que são capazes
de causarem graves intoxicações se ingeridas e irritações na pele quando
tocadas. Existe uma variedade de plantas tóxicas sendo muitas delas
pertencentes à família das Opiáceas, como a cicuta”7.

Deste tipo de planta é possível extrair uma toxina mortal que, se ingerida, leva
a um óbito instantâneo. Os venenos de vegetais podem ser ingeridos sem
causar morte, porém causam sérias lesões em órgãos vitais como o cérebro,
coração e pulmões. Podemos citar como venenos vegetais deste grupo a
morfina, nicotina, ópio, cocaína, entre outros, que são conhecidos como
narcóticos. Há mais de cem plantas venenosas que são extremamente
perigosas, que nem se pode tocar e cuidados são essenciais quando existe o
desconhecimento do potencial tóxico de algumas espécies.

Segundo Furlan,
“as plantas medicinais e tóxicas constituem um grupo especial de vegetais,
dada à sua importância etnobotânica e educacional. As plantas tóxicas por
serem capazes de ocasionar danos, e como tais apresentam um extraordinário
metabolismo, que leva à produção de uma grande variedade de substâncias
químicas. Algumas destas substâncias como, por exemplo, as proteínas, os
lipídicos, os carbohidratos e os ácidos nucléicos são comuns a todos os seres
vivos, sendo usadas no crescimento, na reprodução e na manutenção do
vegetal”8.
No entanto, um grande número de compostos químicos produzidos pelos
vegetais serve a outros propósitos.

7
W. R. ACCORSI. Programas de plantas medicinais e fitoterapia: medicina popular e
fitoterapia. Edicao cursos Agrosootecnicos USP. Piracicaba. São Paulo. 1994, pag. 71.
8
M. R. FURLAN. Cultivo de plantas medicinais. Colecção Agroindustrialização, 13 edição
SEBRAE Cuibá. Mato Grosso. 1998, pag. 54.

9
“Os pigmentos (flavonóides, antocianinas e betalaínas) e os óleos essenciais
(monoterpenos, sesquiterpenos e fenilpropanóides) atraem polinizadores,
enquanto algumas outras substâncias como os taninos, as lactonas
sesquiterpénicas, os alcalóides e os hidróides, além de apresentarem sabores
desagradáveis, podem ser tóxicas e irritantes para outros organismos,
funcionando como dissuasórios alimentares, e protegem as plantas contra
predadores e patogenias”9.
Várias destas substâncias tóxicas podem causar graves envenenamentos em
seres humanos ou em animais domésticos quando plantas que as contenham
são ingeridas, ou quando entram em contacto com a pele. No entanto, a
simples presença destas substâncias em uma determinada espécie vegetal
parece não ser suficiente para qualificá-la como tóxica.

O desconhecimento das espécies tóxicas e quais os perigos que elas oferecem


podem ser os motivos de não haver registos de intoxicação. “Isto é considerado
um grande problema, pois as pessoas acabam se automedicando, ou, caso
procure atendimento médico acabam omitindo o que provocou os sintomas,
dificultando o diagnóstico. Torna-se de grande importância o conhecimento
como uma forma preventiva de acção sem deixar de usufruir da beleza destas
plantas ornamentais em casas e praças”10.

1.2 - A importância da inclusão do estudo das plantas medicinais e


venenosas ou tóxicas no contexto escolar.
Para Oliveira “o emprego de plantas medicinais, como medicamento, ainda é
de grande importância em todo o mundo, segundo dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS) 80% da população mundial utiliza-se de práticas
tradicionais na atenção primária, e desse total, 85% usa plantas medicinais ou
preparações destas”11.

Nesta perspectiva, pensamos que as plantas medicinais constituem um


importante tema não só pelo património natural e cultural, como também pode
fornecer orientações à população para um maior aproveitamento dos recursos
terapêuticos de origem natural, alertando a mesma sobre os problemas
oriundos do uso indiscriminado de plantas medicinais e das plantas com efeitos
tóxicos comprovados.
9
M. R. FURLAN, op. cit., pag. 57.
10
Ibid. pag. 61.
11
P. S. OLIVEIRA. op. cit., pag. 45.

10
Apesar do uso de plantas medicinais terem sua propagação associada ao
conhecimento popular empírico, paulatinamente vem sendo reconhecido e
incorporado ao saber científico, sendo a etnobotânica um dos principais ramos
da ciência que tem contribuído para a difusão da utilização terapêutica das
plantas medicinais.
Somos de opinião de Costa quando diz que, “uma didáctica que estabeleça um
vínculo entre o conhecimento etnobotânico com o conhecimento científico
abordado na formação escolar, constitui uma das maneiras de reduzir a
distância entre o popular e o científico, favorecendo o processo de ensino-
aprendizagem, pois possibilita o envolvimento do aluno no processo de
construção do conhecimento”12.

2. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

2.1 - Métodos e instrumentos de investigação


Métodos teóricos:
Dedutivo: o método dedutivo de acordo com a acepção clássica, é o método
que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Parte de princípios
reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a
conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua
lógica. “E o método (sic), proposto pelos racionalistas (Descartes, Spinoza,
Leibniz), segundo os quais só a razão é capaz de levar ao conhecimento
verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes e irrecusáveis”13.

Indutivo: Este método procede inversamente ao dedutivo, isto é, parte do


particular e coloca a generalização como um produto posterior do trabalho de
colecta de dados particulares. De acordo com o raciocínio indutivo, “a
generalização não deve ser buscada aprioristicamente, mas constatada a partir
da observação de casos concretos suficientemente confirmados dessa
realidade. Constitui o método proposto pelos empiristas (Bacon, Hobbes,

12
R. G. A. COSTA. Os saberes populares da etnociência no ensino das ciências naturais: uma
proposta didáctica para aprendizagem significativa. Revista Didáctica Sistêmica. 2008. Pag. 51.
13
A. C. GIL. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2006. pag. 44.

11
Locke, Hume), para os quais o conhecimento é fundamentado exclusivamente
na experiência, sem levar em consideração princípios preestabelecidos”14

Matemático-estatístico: na perspectiva de Mesquita e Rodriguez é um método


que “fundamenta-se na utilização da teoria estatística das probabilidades, onde
suas conclusões apresentam grandes de serem verdadeiras, embora que
admita certa margem de erro”15. A manipulação estatística permite comprovar a
relação dos fenómenos entre si e obter a generalização sobre sua natureza,
ocorrência ou significado; de facto, este método permitiu o tratamento
estatístico dos dados obtidos.

Métodos empíricos:
Inquérito por questionário: Segundo Marconi & Lakatos o inquérito é um
conjunto de actos e diligências destinados a apurar alguma coisa. É um
processo em que se tenta descobrir alguma coisa de forma sistemática 16. Que
permitirá a colecta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas,
que serão respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador.

Observação: Marconi e Lakatos é um método empírico de colecta de dados


que se caracteriza pelo estudo das manifestações espontâneas no seu cenário
natural, sem a intervenção do investigador na produção e no desenvolvimento
do fenómeno, limitando-se apenas em registar as suas manifestações tal como
sucedem17. Permite a obtenção informações, ajudando a identificar e a obter
provas, a respeito do objecto de investigação.

2.2 – População e amostra


A população no contexto da investigação segundo Fortin et. al., “é um grupo
de pessoas ou de elementos que têm características comuns, sobre a qual se
faz o estudo”18. Esse estudo realizar-se-á no Complexo Escolar BG 5003, João
Paulo II situado no Município da Ganda na Província de Benguela. É uma
14
Ibid. pag. 46.
15
J. C. MESQUITA & J. F. RODRIGUEZ. Como investigar em pedagogia. Cuba: Editorial y
Educacion. 2004. pag. 35.
16
E. LAKATOS. & M. MARCONI. Técnicas de pesquisas. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2006. pag.
76.
17
Ibig. Pag. 79
18
FORTIN, M. F; COTÊ, J. & FILION F. Fundamentos etapas do processo de investigação.
Loures: Lusodidata, 2009.

12
escola que tem 14 salas de aulas, trabalha em dois períodos, isto é manhã e
tarde, com 3 membros de direção, 26 professores e um universo de 1042
alunos, dos quais 566 são femininos

Para os autores acima referidos a amostragem é um processo pelo qual um


grupo de pessoas ou porção da população é escolhido de maneira a
representar uma população inteira. Em conformidade com os autores e em
relação aos objectivos preconizados para o presente estudo seleccionaram-se
as turmas da 6ª Classe que constituem o total de 141 alunos (66 do sexo
feminino e 75 do sexo masculino). Visto que a amostra deve ser o subconjunto
de uma população, procuraremos formar alguns alunos e professores da
mesma escola que servirão de amostra e objecto de pesquisa para o presente
estudo.

Porém do conjunto de alunos que constituem a 6ª Classe, a nossa Amostra


aleatória simples foi de 30 alunos o que implica uma média de 8 alunos por
turma. Por ultimo, dos 26 professores existentes nesta escola, 4 apenas são da
6ª Classe, foram objecto da nossa pesquisa os mesmos professores de forma
intencional.

Importância social e actualidade


Este trabalho tem actualidade, se realizarrá pela primeira vez no Município da
Ganda, a importância social que tem é que as populações são participantes
activos que têm a informação básica para o desenvolvimento da investigação,
tendo em conta que as plantas também formam parte da cultura e a sabedoria
popular, o conhecimento das mesmas beneficiam a todos para o melhoramento
da saúde como medicina alternativa e prevenir possíveis acidentes com plantas
venenosas.

13
3. ESTRUTURA DO TRABALHO
INTRODUÇÃO
CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 - História das plantas medicinais e venenosas no contexto mundial
1.2 - A utilização de plantas no alívio do sofrimento
1.3 - Jardins botânicos e herbários
1.4 - Dos herbários às floras
1.5 - Classificação e morfologia
1.6 – Etnobotânica
1.6.1 - Plantas medicinais
1.6.2 - O que é planta medicinal?
1.7 - Plantas venenosas ou tóxicas
1.7.1 - Princípios activos das plantas medicinais e venenosas ou tóxicas
1.7.2 - A importância da inclusão do estudo das plantas medicinais e
venenosas ou tóxicas no contexto escolar
CAPITULO II – METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
2.1 – Tipo de pesquisa
2.2 - Métodos e técnicas de recolha e análise de dados
2.3 – População e amostra
CAPITULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS
3.1 – Apresentação dos resultados do inquérito aplicado aos professores
3.2 – Apresentação dos resultados do inquérito aplicado aos alunos
Conclusões
Sugestões
Bibliografia
Apêndices

14
4 - CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
As actividades decorrerão num período máximo de oito (8) meses. Para uma
questão de planificação e definição de prazos o desenvolvimento do trabalho
obedecerá ao seguinte cronograma:

Período de execução
Principais tarefas
Jan Fev. Mar. Abril Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out.
1 Revisão
bibliográfica
2 Construção
do quadro
teórico
3 Elaboração
do Ante-
projecto
4 Confeição e
validação dos
instrumentos
5 Aplicação
dos
instrumentos
6 Construção
do quadro
teórico
7 Análise e
interpretação
dos
resultados
8 Redacção do
relatório de
investigação
9 Entrega do
relatório

15
BIBLIOGRAFIA

ACCORSI, W. R. (1994). Programas de plantas medicinais e fitoterapia:


medicina popular e fitoterapia. Edicao cursos Agrosootecnicos USP.
Piracicaba. São Paulo.
AMOROZO, M. C. M. A. (1996). Abordagem etnobotânica na pesquisa de
plantas medicinais. In: DI STASI, L. C. (Org.). Plantas medicinais: arte e ciência
– um guia de estudo interdisciplinar. Botucatu: UNESP.
AMOROZO, M. C. M. & GELY, A. (1988). Uso de plantas medicinais por
caboclos do Baixo Amazonas. Barcarena, PA, Brasil. Boletim Museu
Parasense Emílio Goeldi, Série Botânica.
COSTA, R. G. A. (2008). Os saberes populares da etnociência no ensino das
ciências naturais: uma proposta didáctica para aprendizagem significativa.
Revista Didáctica Sistêmica.
CROW, W. B. (1993) Propriedades oculta das ervas e plantas. Editora Hemus.
São Paulo.
FORTIN, M. F; COTÊ, J. & FILION F. (2009). Fundamentos etapas do
processo de investigação. Loures: Lusodidata.
FURLAN, Marcos Roberto. (1998) Cultivo de plantas medicinais. Colecção
Agroindustrialização, 13 edição SEBRAE Cuibá. Mato Grosso.
GIL, A. C. (2006). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo:
Atlas,
LAKATOS E. e MARCONI M. (2006).Técnicas de pesquisas. 5ª ed. São Paulo:
Atlas.
MACIEL, M. A. M; Pinto, A. C; Veiga Junior, V. F. (2002). Plantas medicinais: a
necessidade de estudos multidisciplinares. Quim.
MESQUITA J. C. & RODRIGUEZ. J. F. (2004). Como investigar em pedagogia.
Cuba: Editorial y Educacion.
MORAES, J. Q; Nunes, J. R. S.; Pinheiro, A. P.; Pessoa, S. P. M. (2010).
Etnobotânica de plantas medicinais com alunos do ensino médio de um colégio
estadual de Tangará da Serra-MT. 3ª Jornada científica da Unemat, 3. (jc),

16
2010, Cáceres/MT. Anais 3ª Jornada Científica da UNEMAT, Cáceres/MT,
Brasil, 20-24 Setembro.
OLIVEIRA, F. Q. e GONÇALVES, L. A. (2006). Conhecimento sobre plantas
medicinais e fitoterápicos e potencial de toxidade por usuários de Belo
Horizonte, Minas Gerais. Revista Eletrônica de Farmácia.
OLIVEIRA, P. S. (2010). Plantas medicinais numa comunidade rural assentada
no município de Cordeirópolis-SP: Etnofarmacologia e Educação. Dissertação
de mestrado apresentada ao Instituto de Biologia da Universidade Estadual de
Campinas.
OLIVEIRA, P. S. e COUTINHO, K. R. (2006). Conhecimento popular sobre
plantas medicinais: tema gerador na educação de jovens e adultos. ETIC –
Encontro de Iniciação Científica.

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